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DEZEMBRO 2011 1 Publicação Trimestral do Publicação Trimestral do COLÉGIO MANUEL BERNARDES COLÉGIO MANUEL BERNARDES FUNDADO A 6 DE ABRIL DE 1938 ANOS Director: Câmara Pereira Director: Câmara Pereira Dezembro 2011 • N.º 80 • ANO LXXI (2.ª Série) Dezembro 2011 • N.º 80 • ANO LXXI (2.ª Série) [email protected] [email protected] 73 Boas Festas Um Santo Natal e um Ano Novo cheio de Felicidade e Paz, deseja a Administração/Direcção do Colégio Manuel Bernardes a toda a comunidade educativa e restantes amigos. Faleceu subitamen- te no passado dia 10 de Novembro, com 68 anos, o Director do “NOVA FLORESTA” José Antó- nio da Câmara Pereira Gonçalves. Defensor acérrimo do Colégio e das suas singula- ridades e tradições, lutou sempre, como membro da Administração do Co- légio, da Fundação Casa de Nazaré e Presidente da Associação dos Anti- gos Alunos, para que o Colégio se mantivesse, fiel ao “Espírito do seu Fundador” e ocupasse um lugar cimeiro junto das Instituições com relevo, no panorama do Ensino Particular. Vibrava e enaltecia com ênfase os êxitos alcança- dos pelo colégio, como sucedeu com o recente 1º Lugar no Ranking do Secundário. Câmara Pereira cons- ciência crítica do Colégio e guardião das tradições e coisas boas, faz há muitos anos parte da minha res- trita Galeria de pessoas que considero terem um genuíno amor e orgulho de pertenceram ao Colégio, a esta grande Família! Vou sentir a sua falta no próximo ARRAIAL! Cá estaremos. J.A. 1.º lugar no ranking do ensino secundário 2010/2011 Até sempre A Administração / Direcção do Colégio vem por este meio agradecer, a Alunos, Encarregados de Educação, Docentes e a todos os trabalhadores, a excelente classificação obtida, mais uma vez, no Ranking de Escolas. Esta consistência de sucessos revela que o Colégio ao longo dos seus 76 anos de existência, tem trilhado o ca- minho certo em termos educacionais, o que significa que esta Instituição se preocupa, não apenas em ensinar, mas sobretudo educar na formação de Homens e Mulheres do amanhã, num fundamento humanístico, e reflectido em princípios básicos como o respeito pelo próximo, justiça, liberdade e solidariedade. Ciente de que o sucesso, por esta razão, só se alcança com trabalho árduo, disciplina e dedicação, reforçamos este agradecimento sincero com a convicção que no futuro poderão contar sempre com o Vosso Colégio como uma refe- rência e esteio ao longo da Vossa vida. COLÉGIO MANUEL BERNARDES

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DEZEMBRO 2011 1Publicação Trimestral doPublicação Trimestral do

COLÉGIO MANUEL BERNARDESCOLÉGIO MANUEL BERNARDES

FUNDADOA 6 DE ABRIL DE 1938

AN

OS

Director: Câmara PereiraDirector: Câmara Pereira Dezembro 2011 • N.º 80 • ANO LXXI (2.ª Série) Dezembro 2011 • N.º 80 • ANO LXXI (2.ª Série)[email protected]@cmb.pt

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Boas FestasUm Santo Natal e um Ano Novo cheio de Felicidade e Paz,

deseja a Administração/Direcção do Colégio Manuel Bernardes a toda a comunidade educativa e restantes amigos.

Faleceu subitamen-te no passado dia 10 de Novembro, com 68 anos, o Director do “NOVA FLORESTA” José Antó-nio da Câmara Pereira Gonçalves.

Defensor acérrimo do Colégio e das suas singula-ridades e tradições, lutou sempre, como membro da Administração do Co-légio, da Fundação Casa de Nazaré e Presidente da Associação dos Anti-gos Alunos, para que o Colégio se mantivesse, fiel ao “Espírito do seu Fundador” e ocupasse um lugar cimeiro junto das Instituições com relevo, no panorama do Ensino Particular.

Vibrava e enaltecia com ênfase os êxitos alcança-dos pelo colégio, como sucedeu com o recente 1º Lugar no Ranking do Secundário.

Câmara Pereira cons-ciência crítica do Colégio e guardião das tradições e coisas boas, faz há muitos anos parte da minha res-trita Galeria de pessoas que considero terem um genuíno amor e orgulho de pertenceram ao Colégio, a esta grande Família!

Vou sentir a sua falta no próximo ARRAIAL!

Cá estaremos.

J.A.

1.º lugar no rankingdo ensino secundário 2010/2011

Até sempre

A Administração / Direcção do Colégio vem por este meio agradecer, a Alunos, Encarregados de Educação, Docentes e a todos os trabalhadores, a excelente classificação obtida, mais uma vez, no Ranking de Escolas.

Esta consistência de sucessos revela que o Colégio ao longo dos seus 76 anos de existência, tem trilhado o ca-minho certo em termos educacionais, o que significa que esta Instituição se preocupa, não apenas em ensinar, mas sobretudo educar na formação de Homens e Mulheres do amanhã, num fundamento humanístico, e reflectido em princípios básicos como o respeito pelo próximo, justiça, liberdade e solidariedade.

Ciente de que o sucesso, por esta razão, só se alcança com trabalho árduo, disciplina e dedicação, reforçamos este agradecimento sincero com a convicção que no futuro poderão contar sempre com o Vosso Colégio como uma refe-rência e esteio ao longo da Vossa vida.

COLÉGIO MANUEL BERNARDES

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DEZEMBRO 20112

Natal 2011. Autoria- Prof. Augusta Branco e prof. Teresa Anacleto

Presépio do Colégio

Ranking do SecundárioMotivo de claro orgulho para o Colégio

2011 - Ranking Nacional

Total Provas: 181 664 Média: 10,45

2011 Escola Concelho Nº Provas Exame Interna Final

1 Colégio Manuel Bernardes Lisboa 194 14,54 15,1 14,99 2 Externato Ribadouro Porto 1236 14,43 17,2 16,42

3 Colégio Luso-Francês Porto 304 14,42 16,6 16,01

4 Colégio de Santa Doroteia Lisboa 309 14,10 15,5 15,09

5 Colégio Nossa Senhora do Rosário Porto 404 14,09 16,2 15,61

6 Colégio São João de Brito Lisboa 268 14,06 14,9 14,73

7 Colégio da Rainha Santa Isabel Coimbra 275 14,03 16,4 15,77

8 Colégio D. Diogo de Sousa Braga 343 14,02 16,0 15,50

9 Colégio Moderno Lisboa 340 13,98 15,2 14,92

10 Externato Paulo VI Gondomar 434 13,89 16,0 15,42

O Colégio Manuel Bernar-des, este ano, alcançou resul-tados excelentes nos exames nacionais, independentemente das análises diversas do dife-rentes meios noticiosos. Este desempenho deve-se, como já foi mencionado anteriormente, aos Alunos e ao seu trabalho atento e empreendedor, tal como o acompanhamento inex-cedível dos docentes. Natural-mente que tal performance só é possível se o integrarmos num sistema global, que garante as infraestruturas (e o seu bom funcionamento), materiais ou humanas, para que os alunos possam fazer o seu trabalho com a tranquilidade e segu-rança necessárias.

É, por conseguinte, motivo de claro orgulho para o Co-légio. Não só porque não foi um acidente (é a terceira vez que o Colégio consegue obter estes resultados), mas porque é fruto de um labor contínuo, dedicado e persistente, de um esforço de todos, que acontece ano após ano. E é esta vontade que deve sempre existir, tal como a reflexão e a análise dos processos quando não se alcançam tais desempenhos. E esses momentos irão ocorrer, incontornavelmente porque isso faz parte da natureza de uma instituição que está aberta a todos os alunos, que não faz qualquer triagem, que procura integrar os alunos que não fazem o percurso connosco desde a pré-escola até ao en-sino secundário e que procura auxiliar aqueles que têm maio-

res dificuldades. Sabemos, por isso, que a heterogeneidade das turmas é a grande responsável por resultados menos bons. E essa é uma marca de um Projeto Educativo. O Colégio tem, entre os seus princípios do Projeto Educativo, o pros-seguimento de estudos. Esse é um propósito que tem sido claramente alcançado, bastan-do olhar para a percentagem de alunos que entram no ensino superior todos os anos. Este ano alcançou a taxa de 90 % de entradas, mas o seu registo tem sido sempre na ordem dos 80 %. Mas é uma tarefa que comporta a permanente procura de levar os Alunos a ultrapassar as suas dificulda-des, de incutir no seu espírito os valores de trabalho, esforço, disciplina, mérito e o seu reco-nhecimento. Procurar valorizar as capacidades inerentes dos jovens que estão connosco, levando-os a quebrar supostos limites e ideias auto-inflingidas de incapacidade. Está longe, portanto, a ideia do efeito de pigmaleão, que leva as ciências sociais a dizer que, quando um aluno está caracterizado como mau Aluno, sê-lo-á sempre ( em termos da imagem que o professor projeta ). Pelo con-trário, faz parte do trabalho de uma instituição educativa recuperar estes alunos, capaci-tando-o de competências que o levem ao objetivo último, a entrada na Universidade. E é este o espírito do Colégio.

Por outro lado, os resultados também devem ser medidos ao

nível da coerência. Ou seja, os resultados que os alunos obtêm nas avaliações externas e a diferença mínima que existe nas classificações internas. Não esqueçamos que, naturalmen-te, não devemos comparar o trabalho que é feito ao longo do ano com os Alunos e a sua avaliação, momentânea e episódica, de um exame. São realidades diferentes e são critérios claramente diferentes. Não é de admirar, portanto, que haja alguma diferença entre a classificação interna de um Aluno e a sua avaliação externa. No entanto ( e sabemos que nunca é possível avaliar alguém na totalidade das suas capa-cidades), o Colégio assume claramente uma filosofia de coerência, ou seja, que haja uma proximidade clara entre esses momentos de avaliação. Não é casual o facto de exis-tirem provas uniformizadas, testes globalizantes às discipli-nas não terminais, testes com estrutura de exame. No que respeita à avaliação sumativa ( e não se pode desvalorizar, em circunstância alguma, a avaliação diagnóstica e forma-tiva), procura-se preparar os discentes para a circunstância de uma avaliação que é apli-cada universalmente, com as suas características particula-res. Não é coincidência, por isso, que a diferença entre a avaliação externa e a interna seja muito reduzida. Não nos esqueçamos que o peso de uma disciplina específica no acesso ao ensino superior é de 50 %.

Por outro lado, com a re-cente política de introduzir a avaliação externa como critério de aprovação no final de ciclo (nomeadamente no 6º ano), todo este trabalho será cada vez mais importante.

Deixo, por isso, uma pala-vra de alento e de confiança a todos os que trabalham no sentido de conseguir o melhor dos e para os nossos Alunos. Confiança em fazer sobressair o que há de melhor neles, mas ter também a humildade

e presença de espírito em ser capaz de alterar formas e métodos de aprendizagem quando não se atingem os objetivos pretendidos, numa perspetiva de melhoria e de reformular processos de modo a encontrar, novamente, o caminho certo.

Um Santo Natal!

O Diretor PedagógicoHugo Miguel Quinta

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DEZEMBRO 2011 3

Tampinhas solidárias

Novo espaço de recreio e remodelação dos páteos no 1.º ciclo

O Colégio está mais bonito!!!

No âmbito da disciplina de Formação Cívica, o 6º A pensou que seria interessante, tendo em conta o objectivo da disci-plina, pensar numa campanha de solidariedade que, para além do seu objectivo em si, pudesse contribuir para a interacção entre os alunos mais velhos (a partir do 2º Ciclo).

Deste modo, a aluna Mariana Soares, nº 21, sugeriu uma cam-panha de recolha de tampinhas de plástico.

A ideia foi aceite pela Profes-sora Fátima Silva, Directora de Turma do 6º A, bem como por todos os alunos da turma.

Assim se pôs “mãos à obra” iniciando a colocação de garrafões em todas as turmas do 2º, 3º ciclos e secundário, nas salas de

professores, na sala de directores de turma e, ainda, no bar.

Para satisfação de todos, alguns professores da primária aderiram também à campanha e, até, a pré-escola pediu garrafões para a recolha das tampinhas dos iogurtes líquidos do lanche dos pequeninos.

Estamos animados, com apenas algumas semanas decorridas, já temos um número significativo de tampinhas, como podem ver na foto.

Vamos continuar, queremos até ao final do ano escolar ter “tone-ladas” de tampinhas que possam ajudar alguém a ter uma cadeira de rodas, uma cama articulada, uma pró-tese ou outro material ortopédico.

Para isso precisamos juntar todas as tampinhas de plástico que forem possíveis.

Tampinhas de garrafas e garra-fões de água, de refrigerantes, de produtos de limpeza, detergentes, produtos de higiene pessoal, de iogurtes, de leite, de gelados, de azeite e óleo, entre outros.

Assim, contamos com todos: Alunos, Encarregados de Educa-ção, Pais e Professores..... tragam de casa sacos e sacos, garrafões e garrafões, cheios de tampinhas e, não se esqueçam, de colocar no garrafão da vossa sala todas as que resultarem do vosso dia de colégio.

A recolha dos garrafões é feita na sala do 6º ano A (junto à sala de TIC e da Reprografia).

Vamos ajudar quem precisa, vamos ser solidários!!!!

Mariana Soares, 6ºA, Nº 21

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A tradição impõe que se referencie a data festiva com um evento significativo para a aprendizagem dos alunos. A memória refresca-se com um alerta para a centralidade do acontecimento. O nascimento do Salvador constitui o motivo de festa e alegria para aqueles que procuram um novo céu e uma nova terra.

A exposição de presépios vem, mais uma vez, chamar à atenção para o símbolo mais importante da festa do Natal. Este simbolo, tantas vezes subvalorizado em deterimento de outros, é aquele que nos chama à atenção para a origem e verdadeiro sentido desta celebração.

Os alunos do quinto ano, em conjunto com as suas famílias, contribuíram de forma determinante para o sucesso desta atividade que já faz parte das tradiçôes do colégio. Por isso, os professores de EMRC vêm agradecer o empenho de todos na realização da exposição.

Caro leitor(a):Nos últimos anos, muitos ou todos se foram desviando

de um Natal, que, outrora, tanto encantava e tanta saudade deixou. Com profusão de “pais de barbas brancas e mantos vermelhos”, e assaz bonacheirões, pinheiros engalanados e ruas efusivamente iluminadas. O Natal converteu-se numa quadra de corrupios de gastos excessivos. Mas este ano, devido à famigerada crise, o Natal vai ser diferente.

Devemos regressar aos tempos em que o Natal era a época da simplicidade, da família, da fraternidade, da paz, da proximidade, da poesia, da religiosidade, das crianças, do encontro e partilha, do humanismo, dos avós e dos sonhos. Também de presentes que valiam pelos afectos de que eram expressão e não tanto pelos conteúdos que os pacotes afagavam.

Natal de nostalgia? Natal vencido? Talvez, mas um Natal que a muitos estruturou na sua personalidade com cambiantes de ser, estar, de sonhar, de intervir e de abraçar.

Muito provavelmente, a crise e o abandono progressivo dos valores, como o do Natal, acompanharam-se entre si irmãmente, de tal modo que já não se conseguirá distinguir entre causa e efeito, causador e consequência, porque o abandono dos eternos valores gera crises e nas crises sobra espaço para o niilismo.

O Natal deste ano parece confinado ao seu mês e re-configurado como menos folgazão e talvez menos “pai”. O que poderá nem ser mau de todo e até favorecer algum reencontro com origens, matriz, espaço e época que pareciam irremediavelmente adulterados.

Em tempo de crise, remanesça a capacidade de refletir, purificar e infletir. Quando é que aparece alguém a mostrar que os sacrifícios de hoje são sementes lançadas de uma nova aurora que despontará em tempo determinado de um amanhã mais risonho que a todos abraçará? Como construir o futuro sem horizontes de esperança? Como vai reagir a sociedade? E como ficam os muitos que já estão muito mal e que vêem agravada ainda mais a sua situação?

E em tempos de segurança, o que estará para acontecer?Celebremos um Natal de paz, amor, fraternidade, partilha,

solidariedade. Aguardemos um Ano Novo na esperança de novos postos de trabalho, de recuperação na economia, de menos pobreza e de maior espírito de ajuda fraterna. Sejamos corajosos e ajudemos quem mais precisa!

Um Santo Natal e um Ano Novo mais rico em emprego e desenvolvimento, na expetativa de realizarmos os nossos melhores sonhos.

Ex-Prof. Miguel dos Anjos Simões

Reencontro de Natal

Natal SolidárioEste ano o teu gesto solidário vai ser entregue no serviço de pediatria do IPO.Obrigado!

Marta Pires Pereira nº1110-4ºb

À conversa com…

Padre António TavaresO “Nova Floresta” foi ouvir

o Capelão do nosso Colégio, Padre António Tavares, acerca das suas funções enquanto Capelão nomeado pelo Pa-triarcado para este importante cargo.

NF: Conte-nos como acon-teceu a sua nomeação para este cargo.

Esta nomeação aconteceu de uma forma muito institucional. O Sr. Dr. Mendonça precisava de um Capelão para o Colégio e pediu ao Sr. Patriarca, D. José, a nomeação de alguém para o cargo. O Sr. Patriarca em conversa com o Sr. Bispo D. Tomaz, Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã, apresentou o meu nome que foi aceite.

NF: “O Colégio mantém-se fiel ao espírito do seu Funda-dor e ministra uma educação fundamentada nos princípios cristãos defendidos pela Igre-ja Católica”, como é que na prática isso é implementado?

Como se registou na primeira pergunta, há da parte do Colégio esta preocupação em oferecer aos seus alunos um crescimento humano e um desenvolvimento cultural global amadurecido numa visão cristã do mundo e da vida.

Como o fundador do Colégio era sacerdote diocesano e tinha esta visão humanitária e cultural iluminada pela sua fé e amor à Igreja é natural que esses prin-cípios sejam fundamentais para todos que fazem ou querem fazer parte do Colégio.

NF: Quais as actividades religiosas previstas para este ano lectivo?

O Colégio tem sempre o pri-vilégio de poder oferecer aos seus alunos uma caminhada saudável na fé e uma preparação para os Sacramentos da Iniciação Cristã, assim e tal como acontece todos os anos, para além das missas semanais, confissões e catequeses, celebramos em Maio a Primeira Comunhão e o Crisma e faremos a festa da Profissão de Fé. No natal e Páscoa temos a alegria de alegremente valorizar estas festas como uma Missa mais solene no Ginásio.

NF: Exerce outra activida-de pastoral?

Sim, para além do cargo de Ca-pelão do Colégio sou o Pároco da Paróquia de S. Pedro de Caneças e responsável vicarial da catequese infantil e da adolescência.

NF: Aproveito a oportu-

nidade para lhe pedir uma saudação de Natal para esta edição do jornal.

O Natal deste ano vai ser mais pobre, no sentido económico, para muita gente. Há milhões sem emprego, sem salário, sem possibilidade de manter a casa, o carro e pagar as suas contas de farmácia, de educação. A mesa da consoada vai estar menos farta e talvez mais magra em comida. Em resumo, um Natal mais parecido com o de Belém, há dois mil e onze anos. Mas perante este quadro humano de carência, so-frimento e dor, o Menino traz-nos a alegria da Sua presença. Neste presépio vivo de milhões com fome e tristeza, o Menino vem enriquecer-nos com a sua graça, a sua vida, o seu conforto. Porque Ele nos ensina a viver a pobreza, ou seja, a pobreza é um convite a um Natal mais sério, mais cristão, mais partilhado. Não ofereçamos prendas sejamos prenda para todos. Tenhamos o divino atrevi-mento de saber receber os outros, de partilhar, de os fazer felizes, de lhes ensinar a sorrir e mesmo sem as iluminações e sem banquetes e confortos introduzi-los na bela escola de amor de Belém onde um Menino nos é dado para que o nosso Natal seja mais rico. Um santo e feliz Natal!

Exposição de presépios

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Como nota prévia, o termo “ser” é utilizado com o sentido de Existência, qualquer que ela seja. Mas para que a existência tenha fundamento, há que respeitar o que se é: o homem é o homem e o animal é o animal.

Mas, inevitavelmente, como o homem se questiona acerca de tudo, também se irá questionar sobre a sua própria existência, perguntar-se “afinal, o que sou eu?”. É assim que se constrói a ciência, que se vive da busca constante e interminável pelo saber. O Homem assumiu essa busca pelo saber como algo estru-turador da sua própria existência. Assim, a mudança tornou-se algo de permanente na constituição do ser humano. Ao lado da Ciência, encontra-se a Ética que impede os seres de quererem ser aquilo que não são, portanto, mantêm-nos ligados à sua própria natureza, impedindo-o de se transformar noutro ser ou objecto.

Inevitável é a ligação do ho-mem com o mundo que o rodeia, com a sua cultura, com a qual cria laços de moralidade, “regras” que ditam o que é eticamente per-mitido e o que não é. Pensando um pouco, a moral é um conjunto de regras de conduta que ditam até que ponto podemos ir, sem prejudicarmos o próximo.

Mas, o “dever ser” não fica por aqui: a dialética entre o “ser” interior e o “ser” em correlação com o mundo cria no homem um “conflito de consciência”: interior-mente, faz o que eticamente é correcto, mas em consonância com o mundo, faz o que é moralmente correcto. Como o “eu” só se revela na ligação com o outro e com o mundo, estabelece-se uma luta entre o “ser” subjectivo (ética) e o “eu” social (moral): na família, na religião ou na amizade.

A Ética é da ordem da ciência, do “dever-ser”, enunciadora dos princípios axiomáticos da existên-cia e da condição sine qua non da humanidade.

As morais, ao contrário, fun-cionam como técnicas, meios que

o Homem usa para, obter efeitos desejados, tais como diferentes comportamentos para cada tipo de situação. Assim, pode-se esta-belecer uma relação entre Ética e Moral, entre ciência e técnicas. No entanto, à Ética subjazem as morais, visto que aquela é um cri-tério para que as decisões não se tornem arbitrárias mas acertadas constantemente. A ideia que pode transparecer é que só as morais é que evoluem porque acompa-nham as regras da sociedade, mas o plano ético não é igualmente imutável, visto que o Homem, enquanto ser pertencente à na-tureza, também evolui. Evolui o seu pensamento à medida que vai convivendo mais com os outros, conhecendo e apropriando-se de outras realidades que não a sua. Sentimentos como a solidariedade ou a tolerância deixaram de ser morais porque são-no em relação aos outros, para passarem a ser constitutivos do ser humano: as pessoas são, por natureza, solidá-rias e tolerantes e isso reflecte-se nas acções que praticam.

Já num outro plano, podemos falar da distinção que existe entre as acções humanas e as acções do homem. As primeiras são cons-titutivas do Homem enquanto ser e dizem respeito ao acto de compreender, amar, ser justo, entre outras. Já aquelas acções que o Homem pratica mas que não são suas exclusivas, tais como: dormir ou comer, são as acções do Homem. A sexualidade é um dos aspectos que faz a diferença entre Homem e animal. O Homem não pratica o sexo apenes com efeitos reprodutivos.

A Deontologia, embora possa parecer, está directamente rela-cionada com todos estes aspeçtos visto estar ligada a uma profissão que se rege por um código de ética e que tem um objectivo, um fim. Por exemplo, o objectivo último da actividade de um educador é o desenvolvimento pessoal e social das crianças com quem trabalha. As queixas dos educadores que podem merecer atenção serão

as que dizem respeito à má opi-nião pública a seu respeito. Não deixando de ser verdade, há que pensar no problema de uma outra forma: se somos seres que transformamos o mundo com as nossas acções, então teremos que nos empenhar mais e mais para que os esforços para a mudança sejam realmente dignificados pelo “outro”. Por isso, é que a Educação deve ser tida em conta como a raiz do desenvolvimento da Humanidade, como o meio usado para progredir, para dar continuidade à Ética e Morais internas de cada um, contribuindo para uma harmonia e organização cada vez mais crescentes. O ser humano tem necessidade de se educar visto não ser um ser acabado, antes pelo contrário, a sua maturidade cria-se logo desde o jardim-de-infância, com a convivência com os outros, com os seus conhecimentos e experiências de vida.

E foi nesse âmbito da educa-ção como troca de experiências que nasceu o fenómeno da glo-balização, uma troca massiva de informação a nível planetário. Assim nasceu a “Aldeia Global”, isto é, as características da vida em pequenas comunidades foi transposta para todo o mundo: as troças dos factores de produção foi seguida de uma total abertura das fronteiras, em suma, todas as áreas da vida se internacionaliza-ram, ficaram interdependentes. Deixou de haver fronteiras para as experiências, cultura, ideias de cada povo para passar a existir uma mescla de interesses económicos, políticos e sociais que dominam o mundo e impedem de fazer crescer todos os países de igual modo. Por outro lado, a primazia da produtividade a todo o custo deixa o cidadão perante a realida-de do imediato e da permanente incerteza quanto ao futuro.

Hoje, os produtos, os medica-mentos, o dinheiro é destinado àqueles a quem os países mais fortes destinarem. Os outros ficam como que esquecidos, de-

sirmanados da população mundial, sem direito a expressarem seus sofrimentos e suas necessidades. Neste mundo, deixou de existir espaço para o sentimentalismo, para o interior do ser humano. Apenas há lugar para o exterior: para a economia de mercado, para a força bélica e monetária, para as trocas comerciais. Quem não tem poder para vencer no meio do jogo, não tem direito a viver.

Esta situação da actualidade leva à coexistência de outros fac-tores igualmente preocupantes, como seja o aumento da crimina-lidade, a sua internacionalização. Noutra vertente, a generalização da democracia cujo símbolo mais recente foi a queda do muro de Berlim, o consequente fim do comunismo soviético levou ao renascimento dos nacionalismos, muitas vezes com actos muito pouco ou mesmo nada democrá-ticos. Estas realidades acabaram por obrigar a deslocações forçadas, mesmo a fugas pela sobrevivência de milhares de pessoas, as novas formas de emigração e imigração. Por fim, a concentração dos meios de comunicação nas mãos de urna minoria de pessoas ou empresas, tal como as indústrias culturais, leva a uma inevitável uniformiza-ção e nítido empobrecimento da qualidade, acompanhado de sen-timentos de perda de identidade cultural de muitas comunidades.

Para terminar, há que ter em conta que todas estas alterações não se dão só num sentido, quer dizer, a reacção a tantas e tão rápidas mudanças leva a uma procura das raízes individuais, enquanto todas as comunidades se encontram mais perto uma das outras, a globalização.

Em jeito de remate, porque o futuro é feito pelas pessoas, a educação deve consciencializar cada um da procura e respeito pelas suas raízes, e salientar o respeito pelas outras culturas.

Maria Julieta CarvalhoEste texto foi escrito sem estar

ao abrigo do Acordo Ortográfico

Ter que ser

No dia 10 de Novembro, a turma do 10ºE foi visitar a cozinha do Colégio a convite da Dª. Maria José de Mendonça.

Não sei se já tiveram curio-sidade ou pensaram como ela será; como é que se faz comida para tanta gente e o que é que comemos?!!!

Por trás das refeições do Co-légio, está um grande projecto, um trabalho de enorme respon-sabilidade em que nada pode ser deixado ao acaso.

A nossa visita foi guiada pela D. Maria José Mendonça, que, com grande amabilidade, nos abriu a porta da cozinha, e nos deixou observar a confecção do almoço daquele dia: bacalhau à brás. Ficámos a saber que o trabalho da cozinha se inicia às seis da manhã, hora em que começam a chegar os alimentos que com-

põem as refeições do mesmo dia, nomeadamente a carne e legumes.

Entrámos na cozinha onde nos foi pedido para colocar uma toca de maneira a tapar os nossos cabelos, medida de higiene que deve ser cumprida em todos os estabelecimentos que trabalham com confeção de alimentos.

Tentem imaginar a quantidade de refeições que são feitas naquela cozinha todos os dias, no tamanho que as panelas, tachos, frigideiras, fogões e até das colheres usadas para misturar os alimentos terão de ter. Nós não tínhamos noção de que tudo dentro daquela co-zinha era em ponto grande; até parece que somos nós os anões num país de utensílios gigantes de cozinha!!!

Após vermos o espaço onde os alimentos são confeccionados, visitámos a despensa do Colégio

com a ajuda do chefe da cozinha, o Sr. Fernando Santos.

Na despensa, estão guardados todos os alimentos usados na confecção das refeições, quer em arcas frigoríficas, frigoríficos ou em prateleiras, dependendo das necessidades específicas de cada produto.

É também aqui que são guar-dadas amostras de todos os ali-mentos usados pelo Colégio e respectivas embalagens, durante um prazo de 72 horas, para o caso de haver alguma inspecção das entidades competentes ou alguma intoxicação alimentar.

Foi na despensa que desco-brimos os produtos utilizados nas refeições, tais como ovos liofilizados, a base de batata para a confecção de sopas, as batatas em vácuo e já descascadas e ou-tras coisas mais simples e básicas

como massas, azeite, óleo, polpa de tomate ou farinha.

A visita foi muito proveito-sa, muito diferente daquelas a que estamos habituados. Agora já conhecemos como funciona a cozinha do nosso Colégio e, ficámos muito impressionados com ela. Vocês, não?

Agradecemos a disponibilidade de todos os funcionários da cozi-nha, que foram muito prestáveis e responderam a todas as nossas dúvidas.

Beatriz Silva, nº184Catarina Salvador, nº577

Henrique Albuquerque, nº62

Uma manhã de aventura diferente…na cozinha do Colégio

BibliotecaNo início do ano lectivo

assumi o cargo de coordenador da Biblioteca Escolar com os objectivos de implementar o interesse dos alunos pela leitura e implementar o espaço da biblioteca como um lugar de estudo e trabalho.

Relativamente à implemen-tação da leitura deparei-me com a concorrência dos meios de multimédia, ou seja a atracção dos “computadores” sobre os alunos é poderosa e muitos vaticinaram que era uma “batalha perdida”.

Não concordo com esta con-clusão. Sou um entusiasta de livros desde que me conheço e à medida que vou tendo contacto com o acervo da biblioteca, vou descobrindo “verdadeiros tesouros”, que quero partilhar com alunos e também professo-res. Na minha actividade como professor, que ainda mantenho, descobri auxiliares importantes para a minha actividade lecti-va, ao mesmo tempo que vou descobrindo outros auxiliares que podem ser úteis para os meus prezados colegas.

Logicamente não é minha intenção substituir os computa-dores pelos livros, mas sim levar os utilizadores a descobrir um mundo de informação comple-mentar aos meios informáticos.

Dá-me uma grande alegria quando os alunos encontram nos livros a informação que procuravam e não encontraram na Internet. De facto existe uma quantidade enorme de in-formação espalhada por diversos livros. Basta procurar.

Outro objectivo a que me proponho é transformar a bi-blioteca num local de trabalho e estudo.

Os alunos devem se habituar à ideia de que tanto a sala de leitura como, principalmente, a sala de multimédia são es-paços para fazer pesquisas e para estudar num ambiente de tranquilidade.

A biblioteca não é um local para fazer jogos de computador nem aceder às redes sociais. É um espaço de trabalho para todos aqueles que quiserem pesquisar informação tanto na Internet como, principalmente em livros.

A biblioteca deve propiciar um ambiente de trabalho a todos os que necessitam de utilizar o espaço.

Para isso aconteça existem regras que todos devem cumprir.

Em primeiro lugar o silêncio deve imperar. Ninguém conse-gue trabalhar com um barulho.

Os alunos devem ocupar os seus lugares e manterem-se sentados. A agitação perturba o ambiente de trabalho.

A biblioteca tem um número limitado de lugares. A gestão dos mesmos está a meu cargo e da D. Judite. A prioridade vai para os alunos que façam consultas de trabalho tanto nos computadores como nos livros. Seguidamente vêm os alunos que querem utilizar o espaço para estudar, nomeadamente para testes.

Queria terminar apelando a que todos venham descobrir a biblioteca.

Miguel Menezes de Freitas AlbuquerqueCoordenador da Biblioteca Escolar

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DEZEMBRO 20116

Em nome do Colégio Manuel Bernardes, da sua administração, do competente corpo docente , do corpo disciplinar e das demais estruturas que compõem esta instituição, agradeço a presença de todos os Encarregados de Educação, pais, familiares nesta cerimónia que é uma celebração em que os protagonistas são, primeiro e essencialmente, os Alunos.

Uma vez mais, encontramo-nos hoje, aqui, para celebrar o V. desempenho. É uma ocasião para refletirmos sobre o significado desta cerimónia e o seu propó-sito e alcance, contextualizada nos tempos que correm. Referi, amplas vezes, que o mérito ou o regime meritocrático serve os pro-pósitos de uma sociedade compe-titiva, que procura a concretização dos seus objetivos, em prol de um bem particular e ou comum

DISCURSO DO DIRETOR PEDAGÓGICO

Ocasião para refletirmose que visam o reconhecimento dessa prática. A competitividade proporciona a melhoria, a evolu-ção da nossa condição enquanto Alunos, enquanto trabalhadores, enquanto cidadãos, mas somente se se observar o bem comum. A competitividade desprovida da ideia do bem agir em função de todos os que estão à nossa volta não passa de uma corrida em que tudo vale, desde que se chegue

em primeiro à meta. Não faz parte do ideário do Colégio MB. A distinção do Quadro de Honra visa, não somente o reconheci-mento do mérito académico dos Nossos Alunos, mas ser também um impulso para ultrapassar progressivas exigências que lhes vão surgindo a cada ano letivo e, em última análise, promover o sucesso na transição para o ensino universitário. Não estranhemos, portanto, os 90% de alunos que

entraram no ensino superior na primeira fase de candidatura.

Mas, como referi acima, o Ideário desta Instituição não se resume ao sucesso académico. Não é, por isso, acidental que, no quadro de Honra, se premeie também o caráter, o sentido de entreajuda, a solidariedade e empenho que cada um de Vós imprimiu neste Projeto Educati-vo que, na verdade, é de todos.

O prémio de Mérito Pessoal e de Mérito de Excelência visa, justamente, assinalar esta condi-ção do Aluno enquanto pessoa, com uma identidade dinamiza-dora do espírito do Colégio, na sua aceção essencial, ou seja, Humanista. Esta é a condição, inequivocamente importante nos tempos que correm, pois o desenvolvimento e construção de cidadãos qualificados no âmbito do pensamento científico não

dispensa, particularmente nas circunstâncias atuais, de uma Educação também centrada na excelências das competências so-ciais: relacionais, afetivas e morais.

É, por isso, fundamental não separar a Escola do Mundo. Isto significa, por outro lado, que se deve procurar ministrar aos Alunos as tarefas que lhe vão facilitando o desenvolvimento do corpo e da mente, participando com tudo aquilo que vão aprendendo, dei-xando para trás a noção simplista do lugar a que se vai para receber uma lição, enaltecendo-a como a condição de possibilidade para que uma criança contribua e ajude todos os que estão à procura de (se) libertar a condição humana do que nela há de primitivo. Não olhemos, então, para o aluno como o ser inferior e não preparado, a quem basta um tutor e um manual para se tornar elemento construtor da sociedade. Assim, o Aluno deve ver-se como elemento ativo na máquina do mundo e perceber que a comunidade não pode prescindir do seu trabalho e do seu contributo. Parafraseando Agostinho da Silva, a criança não

é um número de classe e mero fixador de conceitos, mas um cidadão em crescimento.

Assim, a Escola não é o seu mundo, mas parte indispensável deste. E é neste mundo que o Aluno quererá também que o seu trabalho seja amorosamente feito, em virtude do esforço indispen-sável para chegar à margem de um rio atribulado, mas sempre de modo proporcionado e alegre, porque tem consciência que o seu labor árduo tem a real e necessária importância de guiar o destino do progresso do futuro da nossas, vossas e das gerações vindouras. O Aluno deve assumir a atitude de artista e voluntário, mas sempre disciplinado e rigoroso impulsio-nador desta jangada comum.

‘Mas aos Educadores, Família e Escola, também cabe um papel neste caminho: o de, em primeiro lugar, não esmagar as faculdades superiores deste “ operário” sob o peso e a monotonia de tarefas sem interesse e sem vida, não fazendo a distinção entre o homem ( da sua condição humana, convivencial e relacional) e a máquina( cujo propósito é o cumprimento puro do seu propósito); em segundo lugar, cabe aos Educadores a consciência de que a sua ação, através do exemplo, irá conduzir e condicionar o desenvolvimento e resposta às situações concretas que se irá deparar no seu dia a dia . A propósito da importância do exemplo, que se estende a todos nós, adultos, deixo aqui as pala-vras de Manuel Bernardes: Não há modo de mandar, ou ensinar mais forte, e suave, do que o exemplo: persuade sem retórica, impele sem violência, reduz sem porfia, convence sem debate, todas as dúvidas desata, e corta caladamente todas as desculpas. Pelo contrário, fazer uma coisa, e mandar, ou aconselhar outra, é querer endireitar a sombra da vara.

Afinal de contas, o nosso pa-pel, é ajudar os Nossos Alunos a encontrar na sua ocupação, em todas as ideias que a cercam e a condicionam ou que ela própria provoca, o BEM Supremo da sua vida, mas sem nunca esquecer a vida dos outros.

Muito Obrigado.

O Diretor PedagógicoHugo Quinta

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DEZEMBRO 2011 7

QUADROS DE MÉRITODecorreu no passado dia 7 de Outubro a cerimónia de entrega de Diplomas e Medalhas aos

Alunos distinguidos no ano letivo 2010/2011 com o Quadro de Honra,Quadro de Mérito Desportivo, Pessoal e de Excelência

Mérito Desportivo

Mérito Pessoal

MéritodeExcelência

Maria José Silva Madalena Alves Inês Fonseca

Patrícia Miguel Marques Pires Beatriz de Jesus Gonçalves Luisa Vieira

Madalena Alves Gonçalo Miguel Glória Ana Rita Beato Brites

Joana Silva Ferreira

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DEZEMBRO 20118

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DEZEMBRO 2011 9

PRÉ-ESCOLA

Sempre entendi a educação como algo mutante, dinâmico, crescente, agora, mais do que nunca! Com essa ideia corro, permanentemente, atrás de mu-danças, de coisas novas, de novos métodos, em nada inventados por mim, simplesmente resul-tado de uma mescla de teorias de todos os autores que estudei e em que continuo a apoiar-me na minha prática pedagógica. O ser humano é complexo demais para ser analisado sob um único método padronizado, logo, para ser sujeito a um modelo de educação / atuação, que seja único e/ou que permaneça imutável.

Apesar da intensa adrenalina que isso implica, necessito de desafios, gosto de inovar, tendo sempre presente que estou a formar Pessoas, que posso estar a moldar pequenos seres que, na sua generosidade, e espontaneidade, são como um livro de páginas em

branco onde a história que agora começam a escrever poderá ter um final feliz ou não, muito em parte, por consequência do papel que eu conseguir desempenhar junto deles e do que de bom for capaz de lhes transmitir. Consciente desse papel, que não concebo sem uma entrega total, a minha atuação tenta ser sempre pautada pela noção da responsabilidade que isso implica e pela grandeza e privilégio que constitui.

A educação é um processo, muito para além de dinâmico, aberto e Imaginativo, muito mais do que cumprir programação curricular e cabe ao educador ser o impulsionador de mudanças só passíveis de acontecer com uma postura desafiadora, interessada, questionadora, aberta a aprendi-zagens. Assim tento ser, posso errar, mas tenho que tentar! E, se errar, estou disposta a recomeçar sempre.

Como educadora, vejo, em cada criança, um ser pensante, influenciado pela cultura que traz do meio em que vive, com elementos psíquicos próprios e muitos outros detalhes que a diferencia das outras. Sem contar que cada uma tem sua própria maneira de se expressar a respeito de cada estímulo. Dessa forma, tenho um olhar específico para cada uma.

Quanto ao processo educa-tivo deve ser portador de um dinamismo capaz de satisfazer as exigências mais profundas da própria personalidade humana no seu continuo desenvolvimento, como também, de corresponder aos desafios, cada vez mais exigen-tes, de um mundo em constantes transformações.

É com esta postura e com esta maneira de pensar, partindo do pressuposto que educar é partilhar e que a educação é um processo igualmente enriquecedor para todos os agentes interventivos, que parti para o trabalho de mais um ano letivo com o meu grupo de crianças de 5 anos de idade, dando ênfase a temas de suma importância nesta idade, como a “Educação para a Cidadania” ou a “Educação dos valores”, a “ Matemática” e “Despertar para a Leitura” e tendo sempre presente um pensamento de alguém que, em tudo coincide com a minha maneira de estar na educação:

“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que conduzi, o tipo de casa em que morei , quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança” Anónimo

A

MATEMÁTICANA PRÉ-ESCOLA

A matemática é antes de mais, um modo de pensar, a importância que se lhe dá na vida da criança deve-se ao facto desta permitir:

- Uma estruturação do pen-samento;

- Realizar funções na vida corrente;

- Aprendizagens futuras.Quanto mais cedo a criança for

estimulada nesse modo de pensar maiores as suas possibilidade na aprendizagem significativa desta disciplina.

Trabalhar matemática com as crianças da pré escola é preci-samente desenvolver hábitos de pensamento e, apesar destas ainda não serem capazes de deduzirem de forma a que seja entendido matematicamente, estão já aptas a produzir conjeturas e a defendê-las segundo o seu ponto de vista.

A Educação, por ser um proces-so em permanente mudança, e a forma como é entendida, passaram

por diversas transformações nos últimos anos e entende-se hoje que a criança é um ser ativo, competente, agente produtor de cultura, pleno de possibilidades atuais e não apenas futuras. As crianças estão inseridas no mun-do e, desde o seu nascimento, esforçam-se para compreendê-lo, reinventando e interagindo com ele a cada momento. Desta forma, ao professor caberá a tarefa de, não apenas ensinar-lhes conteúdos, mas propiciar-lhes momentos e oportunidades para que explorem e descubram esse mundo.

No que respeita à matemáti-ca, em vez de apenas ensinar a matemática, por exemplo, pode organizar-se o ambiente e disponi-bilizar ás crianças jogos e materiais que permitam desenvolver noções e conceitos matemáticos, que vão muito além de ensinar a contar.

Existem muitas formas de con-ceber e trabalhar com a matemá-

tica na pré escola. A matemática está presente na arte, na música, em histórias, na forma como se organiza o pensamento, nas rotinas diárias, nas brincadeiras e nos jogos. Uma criança aprende muito de matemática, sem que o adulto precise ensiná-la. Descobre coisas iguais e diferentes, organiza, clas-sifica e cria conjuntos, estabelece relações, observa os tamanhos das coisas, brinca com as formas, ocupa um espaço e assim, vive e descobre a matemática.

Contudo, é necessário ponde-rar muito bem que tipo de ma-teriais podemos disponibilizar às crianças a fim de lhes possibilitar tais descobertas e é igualmente importante que se perceba que o educador de infância pode trabalhar a matemática na sala de aula, sem se preocupar tanto com a representação dos números ou com o registo no papel. Podemos pensar a matemática a partir de qualquer situação que permita à criança criar, explorar e inventar o seu próprio modo de expressão

e de relação com o mundo. Tudo o que temos que fazer é criar condições para que a matemática seja descoberta, oferecer estímulo e estar atentos às descobertas das crianças.

Diariamente surgem circuns-tâncias que permitem à criança o contato com os números, com as formas, com as quantidades, sequências, etc. Além disso, é possível que o educador crie seu próprio material de trabalho, construindo, até com as crianças, quebra-cabeças, sequências lógi-cas, desenvolva atividades com ritmo, disponibilize, entre ou-tros, palinhas, tampinhas, copos, por exemplo, propondo jogos e brincadeiras.

Se uma criança mostrar 4 dedos e perguntar quantos dedos são, pode responder-se linearmente ou estimular o seu pensamento lógico-matemático. Pode responder-se que tem 4 dedos, como se pode desafiá-la, dizendo que ali só há um dedo e mostrar: 1, 1, 1 e1. Diante da contestação da criança, pode en-tão dizer que houve um engano e que afinal ali estão 2 e 2, ou 1 e3, dedos, fazendo com que ela descubra que os números são mais que eles mesmos, podendo ser um conjunto de outros números.

Desta e doutras formas a criança aprende matemática a brincar e, mais do que isso, desenvolve o raciocínio lógico-matemático, o cálculo mental e a capacidade de fazer associação e dedução lógica.

EDUCAÇÃO PELOS VALORES, UMA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

A Educação para a Cidadania visa desenvolver o conhecimento, a compreensão, as capacidades, as atitudes e os valores que ajudem as crianças, neste caso, a desem-penhar um papel ativo (dentro

das suas limitações de idade) no exercício dos seus direitos e responsabilidades, no respeito pela diversidade social e para o desempenho, mais tarde, de um papel ativo na vida democrática da escola, da comunidade e da sociedade em geral, tendo como referência os valores do Direitos Humanos.

Educar valores e educar para a cidadania, significa ajudar as crianças a compreenderem que podem ter influência e marcar a diferença na respetiva co-munidade de pertença, ou seja, é o processo de proporcionar a construção de identidade e o desenvolvimento da consciência cívica das crianças, de as ajudar a tornarem-se cidadãos ativos, informados e responsáveis, ten-do sempre como guia o respeito máximo pela diferença e pela vida humana.

Ser cidadão é construir-se como sujeito, assumir-se como pessoa e é indispensável, nessa construção, uma fundamentação cujas linhas sejam traçadas numa antropologia de amplas referências culturais, sociais, filosóficas.

Escusado será referir a im-portância que a educação pelos valores tem na formação dos alicerces do ser humano. Sabemos que educar com valores é fazer com que as crianças aprendam a conhecer, a conviver, a perceber e a respeitar o próximo, sendo a única maneira de formar adultos com referenciais de cidadania, tolerância e respeito. No entanto e apesar de serem os valores que permitem a convivência humana, não podem nem devem, quanto a mim, ser impostos, para que não sufoquem a personalidade da criança. Devem sim ser percebidos por ela, nas atitudes de quem as educa e nas vivências do dia a dia.

Sem perder de vista estes objetivos, no próximo período vamos trabalhar o tema “ Meninos de todas as Cores”, explorando as

Educar em consciência

A Nutricionista veio conversar connosco

Pisámos uvas

Visita à Culturgest Visita à Extruplá, empresa de reciclagem

(Continua na pág. 10)

Ida ao hipermercado

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DEZEMBRO 201110

BASKET CMB

I torneio Dr. Ludovico Mendonça

catacteristicas, formas de vida e particularidades de cada povo do mundo, valorizando-as e levando as crianças a perceberem que da diversidade nasce a riqueza, nos mais diversos domínios.

Vamos aproveitar a multiplici-dade cultural e racial existente na nossa cidade, perto de cada um de nós, como ponto de partida para o nosso trabalho.

Vamos igualmente falar de “Profissões” e permitir que as crianças percecionem e entendam, nesse campo, as realidades que as cercam e as propostas que existem , estimulando sempre que venham a ser capazes, futu-ramente, de criar e/ou reinventar novas possibilidades.

Durante o primeiro perío-do, com as mesmas motivações, falámos sobre os “Meios de

Transporte”, a Alimentação” e, por último, a “Reciclagem”. Em todos os temas que retratamos tentámos alertar as crianças para o mundo que as rodeias e que está à sua disposição, pronto para ser usufruído e à espera de ser por cada uma enriquecido.

O papel principal da escola consistiu, não só em dar visi-bilidade, mas, particularmente, em alertar para a necessidade e importância de fazer um uso correto e consciente de tudo o que a sociedade coloca à nossa disposição e de preservar, respei-tar e enriquecer tudo, formando pessoas capazes de fazer as es-colhas e tomar atitudes corretas e conscientes, não com base em teorias, mas sim em exemplos práticos, passíveis de serem bem entendidos, que nos permitam, a todos os intervenientes no pro-cesso educativo, crescer enquanto seres humanos, com valores que fiquem para sempre e deem origem a espíritos críticos, ser cívicos e solidários.

GÉNESE DO CONHECIMENTO IMPLÍCITO DA LÍNGUA

É inquestionável a importân-cia de preparar bem as crianças, começando o mais precocemente possível, na utilização da sua língua materna, promovendo-a de forma apelativa e divertida.

Uma criança que aprenda a usar fluente e corretamente a sua língua abre um mundo de possibilidades que de outra forma lhe estaria vedado. A facilidade com que dominar o português determinará o seu desempenho, na escola, de forma restrita, e em todas as áreas da sua vida, de forma geral.

Nada desenvolve mais a ca-pacidade verbal que a leitura de livros e como as crianças de 5 anos não sabem ler é de extrema importância que os adultos lhes leiam, muito!

Isso mesmo estamos a fazer na nossa sala, leitura diária de histó-

rias, que vão sendo gradualmente mais extensas e que, regra geral, duram uma ou duas semanas cada. Na semana seguinte recomeçamos com a leitura de uma história nova. Até ao final do ano vai ser assim.

As crianças vivem à espera daquele momento em que são, agradavelmente, transportadas para outras realidades, para mun-dos desconhecidos, para situações que, muitas vezes, só existem no nosso imaginário. E é nesses momentos que aprendem palavras novas, que fixam expressões que não conheciam, que percebem como é que se pronuncia corre-tamente esta ou aquela palavra. É então que fazem análises de tex-tos, que recontam, que resumem, que descobrem sinónimos e antó-nimos e os géneros das palavras, entre muitas outras coisas. Tudo isto sem se aperceberem, sem que ninguém nomeie as apren-dizagens que estão a fazer, de forma natural, adquirindo aquilo a que se chama o conhecimento implícito da língua.

Ler é estimulante. Tal como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assusta-dores, e por vezes, complicados. Os livros partilham sentimentos e pensamentos, feitios e interesses. Os livros colocam-nos noutros tempos, noutros lugares, noutras culturas. Os livros colocam-nos em situações e dilemas que nós nunca poderíamos imaginar que encontrássemos. Os livros ajudam-nos a sonhar, fazem-nos pensar.

Ler é essencial, também por-que através da leitura, testamos os nossos próprios valores e experiên-cias com as dos outros. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas vivências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente, ficaremos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios.

ANA FERNANDES,Educadora da turma A (5 anos)

Nota: Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

(Continuação da pág. 9)

PRÉ-ESCOLA

O Dr. Mendonça entrega o Troféu a Sónia Teixeira ex-aluna e atleta do CMB e árbitro de nível nacional de basquetebol.

Realizou-se em 15 de Outubro deste ano, pela primeira vez, o Torneio Drº LUDOVICO MEN-DONÇA, no Colégio Manuel Bernardes, com a presença de 4 equipas de todas as gerações que já jogaram basquetebol no Colégio – as sub-13, as sub-16, as sub-25 e as sub-37.

A Final do Torneio disputada entre a equipa mais jovem e a mais experiente, pendeu para o lado das mais “cotadas” que

fizeram valer a sua “ratice” e venceram por 21-15. Parabéns ás vencedoras e honra aos vencidos. Depois o Drª Mendonça entregou o troféu e as medalhas num clima de alegria e boa disposição. Os

pais e maridos das atletas tam-bém fizeram uma “peladinha” . A repetir em 2012 com mais participação, pois desta vez “só” participaram 38 atletas.

A título de curiosidade, referir

que a Sónia deverá estar presente num Encontro – Formação de Árbitros de Nível Europeu, e poderá ser a primeira mulher a conseguir estatuto europeu na arbitragem do basquetebol.

Novos Equipamentos

Com o apoio da “MODESTER-2”, as equipas de Futebol e Basquetebol Feminino, estrearam este ano lectivo, uns bonitos, modernos e confortaveis equipamentos desportivos que irão fazer furor nos campeonatos deste ano!.

Torneios da Federação Portuguesa de Basquetebol e da Associação de Basquetebol de Lisboa

As equipas jovens do CMB têm participado com muita qua-lidade nos Torneios Escolares e também nos torneiuos federados da Associação de Basquetebol de Lisboa (ABL) , com muitos clu-bes e algumas escolas da região

de Lisboa, onde ainda se dá im-portância á formação desportiva regular e sistemática.

Estão no topo da classificação em todas as provas ( sub-12 e sub-13) e têm alunas que são convocadas para as seleções regionais ( Madalena

Rodrigues e Beatriz Lago sub-14 ; Luana Serranho e Leonor Lago sub-13) . A Equipa de Infantis venceu o Torneio Ibérico do Compal Basket 3x3 (FPB) em 2011 e prepara-se para tentar igual desempenho no próximo ano.

Está também agendado o 22º Estágio na Serra da Estrela de 12 a 15 de Abril de 2012, na Quinta do Crestelo em Seia ( neste local é a 15ª vez), onde tentaremos organizar pela primeira vez um verdadeiro Torneio Regional com equipas da região de Coimbra, Guarda , Lisboa e Figueira da Foz. É que em Lisboa, em 26 de Maio de 2012, iremos realizar o VI TORNEIO NACIONAL DRº ANTÓNIO RODRIGO LOURO com equipas de várias regiões do país (Porto, Coimbra, Aveiro, Setúbal, Lisboa e Algarve).

Prof. João Pereira

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DEZEMBRO 2011 11

No dia 11 de Novembro de 2011, a turma B do 6ºano realizou uma visita de estudo ao Museu da Cidade de Lisboa, com o objetivo de conhecer a maqueta da cidade de Lisboa antes do terramoto de 1 de Novembro de 1755, estabelecendo desta forma as diferenças entre a cidade antes e após o terramoto, assim como obter mais conhecimentos sobre a cidade no séc. XVIII.

A realização de visitas de es-tudo continuam a ter um papel muito importante para os alunos, uma vez que os ajudam a conso-lidar os conteúdos programáticos lecionados no decorrer das aulas e os motiva para os temas em estudo.

O serviço educativo do Museu da Cidade de Lisboa continua a proporcionar visitas de elevada qualidade aos alunos.

A maqueta da cidade de Lis-boa foi restaurada, sendo neste momento interativa, tornando a visita ainda mais interessante.

Os alunos elaboraram um relatório sobre a visita realizada.

Margarida RemédioProfessora de História e

Geografia de Portugal

No dia 11 de Novembro de 2011 a turma B do 6º ano do Co-légio Manuel Bernardes realizou uma visita de estudo ao Museu da Cidade de Lisboa, para conhecer a maqueta da cidade antes do terramoto que a atingiu em 1755.

Situado no Campo Grande, o Museu da Cidade de Lisboa está instalado no Palácio Pimenta, nome que deriva do apelido de uma das famílias que viveu na-

Visita de estudo ao museu da cidadequele palácio. Apresenta-nos uma vasta coleção sobre: arqueologia, pintura, desenho e gravura. A data de construção das diversas peças que lá constam varia entre a pré-história e o séc.XX. Uma das peças que se destacam é a maqueta da cidade de Lisboa antes do terramoto de 1755.

O palácio era usado como refúgio de férias para os nobres.

Assim que chegámos ao museu foi-nos dito que aquele edifício tinha sido um palácio, apesar de nós já termos reparado devido à sua imponência. Disseram-nos também que nele havia 3 esca-darias: uma para dias normais, outra para festas e outra para os criados que ia desde o rés-do-chão até ao sótão.

Caminhámos pelo exterior do palácio e foi aí que nos disseram que naquela altura as pessoas ou se abasteciam através da agricultura ou então através dos vendedores que vinham dos arrabaldes da cidade com alimentos para vender.

De seguida, olhámos para uma linda mata que antes era muito maior que hoje. Era aí que os nobres caçavam quando lá passavam férias.

Muito perto da mata situa-se o jardim das cerimónias ou bucho, onde os nobres davam as festas e onde realizavam as cerimónias mais importantes.

Passámos à sala da maqueta, que era a parte principal da visita e com ela vieram muitas surpresas. Começámos por saber que a tão famosa casa dos bicos (hoje a sede fundação José Saramago) só tem bicos na frente, pois estes apenas representam luxo. Disseram-nos também que a família que lá viveu foi a família Albuquerque. Depois foi-nos dito que o Terreiro do Paço apenas se chamava terreiro no tempo dos reis anteriores a D. Manuel I. Foi ele que mandou fazer o Paço da Ribeira no Terreiro, que depois se viria a denominar “do Paço”, devido à presença do palácio real. Ora, D. Manuel I só decidiu construir aquele Paço porque como estavam na altura dos Descobrimentos, controlava melhor a saída e entrada de barcos

no estuário. Até aí os reis viviam no Castelo de S. Jorge.

Antes do terramoto havia um hospital denominado Hospital Real de Todos os Santos numa das duas praças principais de Lisboa, o Rossio.

Era devido a esse hospital que não havia a Praça da Figuei-ra. Esta só foi construída depois do terramoto porque o hospital ocupava aquele espaço.

De seguida foi-nos dito que quem mandou construir o famo-so Convento do Carmo (que foi destruído com o terramoto de 1755) foi D. Nuno Álvares Pereira, nomeado Condestável do reino por D. João I.

Depois de tudo isto, e para nossa grande surpresa e espanto disseram-nos que o Panteão Na-cional de Santa Engrácia tinha demorado 250 anos a ser constru-ído e é atualmente o local onde estão sepultados os membros da família Bragança e, entre outras personalidades, Amália Rodrigues. Pareceu-me também que o ditado popular “São as obras de Santa Engrácia” deriva do tempo que aquelas obras demoraram.

A monitora disse-nos também que o Palácio das Necessidades, que era um dos paços do rei, é atualmente o ministério dos Negócios Estrangeiros.

Depois disto fomos até à copa, que era o sítio onde os criados comiam.

Passámos à frente e chegámos ao quarto do rei, onde reparámos que era tudo forrado a talha dourada. Mesmo em frente ao quarto estava uma mesa de jogo. Ela servia para jogar xadrez, da-mas, gamão e dados. Ainda havia uma parte dela que, abrindo-se a transformava numa mesa de lan-che. Nesta mesma sala também havia uma espreguiçadeira para o rei se deitar e relaxar um pouco.

Na altura, tanto o marquês como marquesa usavam peruca, tal como qualquer outro nobre.

De seguida passámos a uma sala onde nos foi explicado que o Aqueduto das Águas Livres vem de Belas até Lisboa, o que equivale a um percurso de 50km.

Na altura em que o aqueduto ia começar a ser construído, a Câmara não tinha dinheiro para a obra e por isso criou um imposto. O Real de Água, consistia na cobrança de um real por cada vez que um vendedor vendesse carne, arroz, azeite ou bebidas alcoólicas.

Depois foi-nos dito que o pregão (grito) dos vendedores de água (aguadeiros) era:

- A A A A A A A A A A -A A A A A A A A A A A A -AUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!- que queria dizer água.

Em 1755, a cidade sofreu um violento terramoto. Como era dia de todos os Santos, as pessoas estavam na missa e tinham deixado o almoço a fazer. Por isso, quando a terra tremeu, os fogões caíram, pegando fogo às casas. As velas das igrejas também tombaram, provocando o mesmo efeito. Cerca de 10.000 edifícios ficaram em ruínas. Devido a esta catástrofe, as pessoas dirigiram-se num passo apressado para o Terreiro do Paço, pois era um sítio descampado e aí julgavam estar livres de perigo. Acontece que, de repente, as águas do Tejo começaram a movimentar-se e formou-se um maremoto que destruiu a parte ribeirinha da cidade. No meio da catástrofe, o povo nem tinha reparado que o paço da Ribeira tinha desabado, e que com ele se tinham perdido 70.000 exemplares de livros únicos da biblioteca real. Também tinha ficado em ruínas a Casa da Ópera, cujo edifício tinha sido inaugurado no dia 1 de Abril desse mesmo ano.

Marquês de Pombal tomou conta da situação, visto que o Rei D. José I estava no paço de Belém,

onde ficou até ao fim desse mesmo Inverno, muito amedrontado. Por isso, o seu homem de confiança, Sebastião José de Carvalho e Melo fez o plano de construção da Lisboa Pombalina que contava com ruas largas e perpendiculares, passeios, esgotos, ruas para cada profissão, uma praça chamada Praça do Comércio no lugar do Terreiro do Paço, um sistema anti-sísmico chamado “gaiola” e um sistema de esgotos. Além de tudo isto, D. José mandou Marquês de Pombal construir para ele um palácio de madeira num monte, pois com o medo tinha jurado nunca mais viver num palácio de pedra e cal. Acontece que quando encomen-dou o paço em madeira, D. José tinha-se esquecido dos incêndios e em consequência desse ato, o palácio foi destruído num incên-dio em 1794. A este palácio foi atribuído, pelo povo, o nome de Real Barraca.

A praça do Comércio, que veio substituir o antigo Terreiro do Paço, foi concebida de maneira diferente da planeada.

Eu gostei muito da visita, porque acho que nos ajudou a compreender melhor a matéria a que se referia. As pessoas que nos acompanharam são especialistas na área. Acho que lá tivemos recursos diferentes dos que são usados na escola, quando está a ser dada determinada matéria. Acho que devemos continuar a realizar visitas de estudo, pois assim compreendemos melhor o que está a ser estudado.

David Ribeiro Pinheiro de Mendonça Costa, nº378, 6ºB

Maquete de Lisboa antes do terramoto de 1755

Os alunos do 10º ano turma E, no âmbito da disciplina de Formação Cívica e a propó-sito do tema da Alimentação, manifestaram curiosidade em saber mais sobre os cuidados que o Colégio na confeção dos alimentos que diariamente ser-ve a toda a população escolar. Pediram uma entrevista com a D.ª Maria José de Mendonça e foram muito bem recebidos.

Entrevistadores: Há quanto tempo o Colégio implementou o Programa de Alimentação que está atualmente em vigor?

D.ª Maria José: Há cerca de 10, 12 anos.

Entrevistadores: Por que ra-zão sentiu necessidade de o fazer?

D.ª Maria José: Para ver como seria se os alimentos fossem fornecidos por um grossista, sendo

que antes era o Colégio quem comprava os produtos necessários.

Entrevistadores: Os objeti-vos estão a ser cumpridos?

D.ª Maria José: Estão e seguimos o programa HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points - Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle).

Entrevistadores: Os encar-regados de educação manifestaram alguma opinião relativamente à alimentação providenciada pelo Colégio?

D.ª Maria José: Sim, fazem-no maioritariamente através do Facebook da Associação de Pais.

Entrevistadores: Reparámos também nalguma diferença nos produtos vendidos no bar do Colégio desde há um tempo a esta parte, sendo eles agora mais

saudáveis. A que razão se deve essa alteração?

D.ª Maria José: O bar é explorado pela Gertal, que paga uma rende mensal. O Colégio tem influência em alguns as-petos, como, por exemplo, na diminuição da venda de doces e de brinquedos mais apelativos. São colocados mais à frente os produtos mais saudáveis. Para evitar um consumo excessivo de doces da parte dos mais jovens, há uma tentativa de limitação da quantia de dinheiro que os alunos trazem para gastar no bar, especialmente os do 1º ciclo.

Entrevistadores: A partir de onde surgiu esta ideia?

D.ª Maria José: Esta ideia partiu do Diretor Sr. Louro e de mim própria.

Entrevistadores: O Programa

de Alimentação foi revisto por algum nutricionista ou profissional de saúde?

D.ª Maria José: Sim, a Gertal tem um nutricionista que controla essa área.

Entrevistadores: A comida é confecionada com óleos e/ou gorduras naturais?

D.ª Maria José: Sim, o Co-légio só utiliza produtos naturais e saudáveis.

Entrevistadores: Que parâ-metros são utilizados para escolher as ementas?

D.ª Maria José: Vai ao encon-tro do que é mais saudável, das preferências dos alunos e das dos encarregados de educação, que pedem para que sejam servidas três refeições de peixe e duas de carne, por semana, ou vice-versa.

Entrevistadores: O Progra-ma de Alimentação em vigor no Colégio foi baseado no Programa Oficial do Ministério da Saúde?

D.ª Maria José: Sim, foi (Foram-nos entregues folhas com-plementares acerca do mesmo).

Entrevistadores: Qual é o critério utilizado para a escolha das sobremesas?

D.ª Maria José: Fruta e fruta! (risos) Uma vez por mês servimos gelatina ou arroz doce. É obrigatório comer a fruta.

Dando por terminada a entrevista, os alunos foram convidados a visitar a cozinha, que deu origem a uma pequena reportagem…

Beatriz Silva, nº184Catarina Salvador, nº577

Henrique Albuquerque, nº62

Entrevista com a D. Maria José de Mendonça

Page 12: COLÉGIO MANUEL BERNARDESCOLÉGIO MANUEL … · FLORESTA” José Antó-nio da Câmara Pereira ... o que significa que esta Instituição se preocupa, ... isso faz parte da natureza

DEZEMBRO 201112

Propriedade e Administração: Colégio Manuel BernardesMorada: Quinta dos Azulejos - Largo Padre Augusto Gomes Pinheiro, 44 - Paço do Lumiar - 1600-549 LisboaTelefone: 21 757 05 01 / 21 757 05 12 - Fax: 21 757 23 11 - e-mail: [email protected] - site: cmb.ptDirecção/Redacção: Câmara Pereira - Jorge AmaroComposição: Regigráfica, Lda. - Dep. Legal: 19238

FICHA TÉCNICA

Dr. Mendonça distinguido com o prémioPadre Burguete

Distinguido pela AEEP com a medalha “ Padre Burguete ”.

Em cerimónia promovida pela AEEP (Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular), que decorreu no Auditório da Universidade Católica do Porto no passado dia 21 de Outubro, foi atribuída a Medalha “Padre Burguete” ao Dr. Mendonça pelos seus mais de cinquenta anos de doação e entrega ilimitada ao Colégio, com horas felizes e também amargas, numa linha

recta, rumo ao horizonte de-finido, sempre norteado pelos princípios que são os pilares de toda a sua vida. Salientamos no Dr. Mendonça, a estatura ética e moral, a boa disposição, a pontualidade, a frontalidade e a franqueza, a disponibilidade e a preocupação em querer ajudar, o sentido de justiça e de grande responsabilidade, o carinho e a exigência, a sinceridade e a verdade.(…) A este homem, de uma alma sensível e compreen-sível muito se deve. Imbuído do espírito, dos propósitos e ideais do Fundador continua a revelar-se uma trave mestra e um pilar imprescindíveis do nosso Colégio. (…) Mas,

o que dissemos e sentimos, espelhou um pouco da nossa gratidão a um homem como toda a gente, um homem co-mum, um homem de singela humildade.” O Dr. Mendonça na circunstância agradeceu as palavras que pessoalmente lhe foram dirigidas, pelo seu trajecto ao longo dos anos, da vida, na defesa e promoção do ensino privado.

Agradeceu também, as fe-licitações de parabéns da Di-recção da AEEP e das dezenas de colégios que assistiram à cerimónia, pelo 1º lugar alcan-çado no Ranking das melhores

escolas secundárias do ano 2010/2011.

Reafirmando de que tudo fará para que o Colégio Manuel Ber-nardes em particular e o ensino privado em geral, continuem a merecer a confiança dos Pais e Encarregados de Educação, a mesma confiança mercê do nosso trabalho, dedicação e exigência, na defesa da qualidade de ensino como até aqui tem acontecido, apesar das vicissitudes da actual conjuntura.

Contem connosco!Cá estaremos, como temos

estado nestes mais de cin-quenta anos!