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É CAMPANHA!O ex-ministro do Turismo Marx Beltrão subiu numpalanque em Maceió e atacou o vereador João Sam-paio, adversário de seu clã político, o chamando de“morde fronha”.
É CAMPANHA 2!No contra-ataque, o vereador (que não disputa reelei-ção), respondeu em vídeo que circula por WhatsAppcom a sugestão de Beltrão emprestar sua esposa paraela conferir.
CELA DO MISTÉRIOO Depen precisa explicar em que circunstâncias – ain-da misteriosas – morreu numa cela de penitenciáriafederalotraficanteEliasMaluco.Oficialmente,foisui-cídio. Seu principal inimigo ‘mora’ a poucas celas dedistância.
NO PLENÁRIOSão seis os senadores do movimento ‘Muda Senado’contrários à indicação de Kassio Nunes para o STF:Alessandro Vieira (Cidadania-SE) – que apresentariavoto em separado contra, conforme antecipamos –,Reguffe (PODE-DF), Styvenson Valentim (PODE-RN),Lasier Martins (PODE-RS), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Eduardo Girão (PODE-CE). Mas apenas eles, dos81 senadores em plenário, são contra.
BATEU SAUDADEA relação do presidente Jair Bolsonaro com a impren-sa é de tapas e beijos. Como os grandes veículos saíramdo cercadinho do Palácio da Alvorada, ele não paramaispara falartodamanhã. Chegoua perguntar pelosjornalistas dia desses a militantes.
OH LINDA ESQUECIDAPatrimônioCulturaldaHumanidadepelaUnesco,Olin-daparecenãoterasuaimportânciahistóricareconheci-dapelos gestores. Os acessos à cidade nãofazem alusãoao seu passado e presente ilustres. Ex-capital de Per-nambuco, sequer é mencionada em qualquer idioma.
O turista se perde fácil no labirinto do casario secular.
SEM DEFESAUma das estratégias do chefe da Polícia Civil do Rio deJaneiro, Allan Turnowski, é limpar o caixa de trafican-tes e milicianos. “Com isso, eles não podem ter dinhei-rosequerparapagaradvogados.Lembre-sedeAlCapo-ne, que foi preso por sonegação de imposto de renda.Vamos sufocar eles de todas as formas possíveis”, diz àColuna.
ACABOU A PANDEMIA?Empresários, políticos e promotores culturais do Reci-fe demonstram irresponsabilidade diante da pande-miaqueassolaomundo.Centenasdepessoasseacoto-velaram numa festa com show de Xande dos Pilaresno Boteco Parador, no Centro, sábado à noite.
LIBEROU GERALO evento começou às 15h e rolou até às 23h com aautorização da... Prefeitura e do Estado – cujos fiscaisaté pouco tempo prendiam banhistas na Praia de BoaViagem.
HAJA CARGAEstudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tri-butação mostra que cada empresa brasileira deve se-guir, acredite!, 4.377 normas tributárias. O gasto dascompanhias é de R$ 162 bilhões por ano para acompa-nhar mudanças na legislação. O estudo aponta quenos 32 anos da Constituição, foram editadas mais de6,4 milhões de normas.
OLHO VIVO!Veja a insegurançade contratos no Brasil: a operadorade telefonia Vivo cortou uma linha com contrato assi-nadono pós-pago de cliente emBrasília, para devolvero chip a um pré-pago que estava suspenso no sistema.Oempresárioque perdeuonúmero já odivulgavades-de fim de setembro para uso comercial para milharesde clientes, e agora vai à Justiça com os dadoscomprobatórios, por danos morais e financeiros.
COLUNA ESPLANADA
Opinião
As eleições 2020 chegaram e nem mesmo a pan-demia impediu os candidatos de saírem às ruas embusca de votos. Para aqueles que acreditavam quea campanha seria feita apenas pelas redes sociaisou, ainda, através dos programas de TV e rádio, apopulação tem mostrado que continua à moda an-tiga: quer ver os candidatos, quer conversar comeles sobre suas demandas, sobre suas necessida-des. O povo não quer apenas votar por ouvir dizer,por ver na TV, quer votar porque olhou no olhodeste e daquele candidato e enxergou ali a verdadeou aquela faísca que demonstra que foi ouvido,que sua história será respeitada e que haverá umempenho para garantir dignidade para o cidadão.
Mas nem todos os candidatos entenderam esseapelo do cidadão ou, talvez, tenham entendido,mas não compreendido a importância que a pre-sença física tem para o eleitor. Para aqueles quetêm o poder de escolher, de decidir quem vai admi-nistrar qualquer cidade brasileira e quem vai assu-mir uma das cadeiras no Legislativo municipal, apresença física dá segurança. E mais, é garantia deque os compromissos, do que foi acordado, não seperderá no tempo, mas será honrado.
Por isso, a campanha que começou fria, já estáesquentando com a presença daqueles que queremverdadeiramente mostrar a cara, que querem ver-dadeiramente apresentar suas propostas e mos-trar a viabilidade destas. Para estes, a população,mais do que cumprimentar com os olhos, que são“as janelas da alma” e que não estão cobertos pelamáscara que protege, tem guardado abraços, sorri-sos e muitas palavras de incentivo.
Porque, na visão do cidadão, aqueles que tiverama coragem de deixar suas casas, de deixar suas famí-lias e ir até o povo merece tudo e merece mais,merece o voto. Eles acreditam que aquele que temessa coragem estará ao lado do povo em qualquersituação, como em um casamento: na saúde e nadoença... E é exatamente isso que se terá para ospróximos quatro anos, um casamento, selado nasurnas, em que povo e candidatos decidem unir for-ças para promover um amanhã melhor.
Aqueles que decidiram economizar saliva e solade sapato, ficando em casa, mostrando seus proje-tos apenas em cenas de programas, construídas eeditadas, que escolheram ficar longe do povo, quepreferiram caminhar sozinhos, podem, ao final, es-tar perdendo o trem da história. E mais, assumem orisco de ter um final longe do sonhado happy end.
LEANDRO MAZZINI
Baby Chico
ComWalmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
O senador Francisco Rodrigues (DEM-RR), o Chico Cueca (ganhou esse apelido entre portas na Casa após oflagrante da PF com dinheiro nas vestes íntimas) pediu afastamento por 121 dias. Horas antes, ele haviaprotocolado solicitação para se afastar por 90 dias. Mas foi alertado pelos assessores técnicos de que o filhosuplente, Pedro Arthur, só assume mandato, por regra, com 120 dias de afastamento do titular. E, o melhorpara o substituto provisório: com essa suplência, o herdeiro vai ganhar plano de saúde vitalício. Se aausência de Chico Rodrigues for prorrogada para mais de 180 dias, acredite, o filho terá direito a aposenta-doria como senador. Haja cueca.
Casamentoeleitoral
DE MINAS
O NORTE
EXPEDIENTE
O JORNAL QUE ESCREVE O QUE VOCÊ GOSTARIA DE DIZER
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Editora: Janaina Fonseca
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As criações intelectuais publicadas neste exemplar não podem
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2 MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 onorte.net
PRETO NOBRANCO
STF derrubaobrigatoriedade detítulo para votar
Política
Eleitor pode apresentar documento deidentidade com foto ou e-Título
u Sem querer fazer qualquer juízo de valor, nãovejo com bons olhos a presença de representan-tesdeentidadesquedesenvolvemtrabalho filan-trópico em programa eleitoral, deste ou daquelecandidato. Qualquer que seja o eleito a prefeito,a entidade vai necessitar de apoio. Aliás, vive doapoio de todos os segmentos da sociedade. Oque é aceitável é que, pelo bom trabalho realiza-doà frenteda entidade, estas pessoas enfrentemas urnas para melhor representar o segmento.
Lula/BolsonaroAntesdedeflagraroprocessoeleitoral, afirma-
mos que nem a figura do presidente Bolsonaro,nem a do ex-presidente Lula, teria qualquer in-fluência direta no processo. A leitura vem sendocomprovada de forma clara. O que está existin-do na prática é avaliação de valores sociais, ba-seado em posicionamento esquerda/direita.Aliás, mesmo tal avaliação se diferencia de re-gião para região, de município para município.
RenovaçãoPara as eleições deste ano, havia uma expec-
tativa do aumento na renovação tanto na pro-porcional como na majoritária (Câmaras e pre-feituras). No atual momento da campanha épossível afirmar que diminuiu o anseio pela re-novação política. A experiência está sendomais valorizada.
Campanha internetCandidatos com chance de eleição na propor-
cional entraram para o processo imaginandoque a internet seria o fator decisivo da campa-nha. A avaliação em parte dos casos está corre-ta. O erro vem sendo constatado na aplicaçãodas ferramentas. É visível a falta de direciona-mento e conteúdo. São postagens aleatórias,sem um enredo, uma sequência. É preciso, antesde tudo, imaginar que estão todos disputandoeleitor no mesmo espaço.
Avaliação das postagensComo sugestão na utilização da internet como
instrumento de campanha, a dica é a de que ocandidatoencontreuma formademedir oalcan-ce das postagens. Isto permitirá saber se devecontinuar, melhorar, mudar o conteúdo e a horade avançar para próxima fase.
Avaliação erradaConvencidos por dirigentes partidários, no-
mes conhecidos junto à sociedade em MontesClaros acabaramaceitando amissãode enfren-tar as urnas, acreditando que a visibilidade so-cial seria o suficiente para vencer o pleito. Emplena reta final de campanha, perceberam quecolocaram em cheque a avaliação profissionale social. O resultado é que vários destes estãopensando em desistir, mas não sabem por on-de começar.
Entidadesfilantrópicas
NOVA REGRA - Obrigatoriedade havia sido estabelecida na minirreforma eleitoral
Da Redação*
O plenário do Supre-mo Tribunal Federal(STF) confirmou, porunanimidade, que oeleitor não pode ser im-pedido de votar casonãotenha emmãos otí-tulo, sendo obrigatóriasomente a apresenta-ção de documento ofi-cial com foto.
Com a definição, osministros do Supremotornaram definitivauma decisão liminarconcedida pelo plená-rio às vésperas da elei-çãogeralde2010,apedi-do do PT.
Em uma ação direta
de inconstitucionalidade(ADI), o PT havia questio-nadoavalidadededisposi-tivosdaminirreformaelei-toral de 2009 (Lei 12.034),que introduziu na Lei dasEleições (Lei 9.504/1997) aexigência de apresenta-ção do título de eleitor co-mo condição para votar.
Os ministros entende-ram,agorademododefini-tivo, que exigir que o elei-tor carregue o título comocondição para votar nãotemefeitopráticoparaevi-tar fraudes, uma vez que odocumento não tem foto,e constitui “óbice desne-
cessárioaoexercíciodovo-to pelo eleitor, direito fun-damental estruturante dademocracia”,conformees-creveu em seu voto a rela-toraministra RosaWeber.
BIOMETRIA
A ministra acrescentouqueautilizaçãodaidentifi-cação por biometria, quevem sendo implementadanos últimos anos pela Jus-tiçaEleitoral,reduziuoris-co de fraudes, embora aidentificação por docu-mentocom foto ainda sejanecessária como segundorecurso.
E-TÍTULO
Ela destacou tambémque, desde 2018, o eleitortem também a opção deatrelar uma foto a seu re-gistro eleitoral no aplicati-vo e-Título, e utilizar a fer-ramenta para identificar-se na hora de votar, o queesvaziouaindamaisautili-dade de se exigir o títulode eleitor em papel.
“Oenfoquedeveserdire-cionado, portanto, ao elei-tor como protagonista doprocesso eleitoral e verda-deirodetentordopoderde-mocrático, de modo que aele não devem, em princí-pio, ser impostas limita-çõessenão aquelasestrita-mente necessárias a asse-gurar a autenticidade dovoto”, escreveu Rosa We-ber, que foi acompanhadaintegralmente pelos de-mais ministros.
*Com Agência Brasil Jornalista, articulista, analista político e empresarial
ARQUIVO/MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
ELEIÇÕES 2020
Aldeci Xavier
Com a definição, os ministros doSupremo tornaram definitiva umadecisão liminar concedida peloplenário às vésperas da eleiçãogeral de 2010, a pedido do PT
onorte.net MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 3
CONVERSAINTELIGENTE
Setor de eventosclama por socorro
Montes Claros
Representantes farão hoje, às 15h, umapasseata até a Prefeitura de Montes Claros
u
Cada vez mais o montes-clarense tem conheci-mento para decidir seu voto em 15 de novembro.As informações verdadeiras estão despertando osenso crítico da população. O vento sopra o dis-curso vazio e as ideias pragmáticas tomam contado debate político.
Dinheiro no raloCom as chuvas que caíram emMontes Claros, o
dinheiropúblico foi pelo ralo. Semplanejamento,a água levou parte dos serviços executados.
AditivoNãovai demorareogovernomunicipal deMon-
tes Claros vai solicitar aprovação dos vereadorespara torrar mais dinheiro nas obras demobilida-de urbana.
Bolso sem fundoEnquantoogovernomunicipalseguraodinheiroda
Covid-19, gastamilhões comobrasdemobilidadeur-bana, fazendoerefazendo,deacordocomaschuvas.
Asfalto borrachaQuemdera que o asfalto nos bairros periféricos
de Montes Claros tivessem a qualidade do reca-peamento do centro da cidade. A chuva recentesimplesmentetransformouruasemasfaltoborra-cha, ressuscitando o velho conhecido buraco.
AbandonadoO povo, além de sofrer em filas de hospitais e
bancos,estãosofrendosemapoiodobraçosocialnosbairroscarentes.EaPrefeituradeMontesCla-ros segurando mais de R$ 40 milhões que deve-riam ser gastos nos procedimentos médicos nocombate à Covid-19.
Sopro da verdade
Apresentador de TV e observador da cena política
SEGURANÇA - Setor se reuniu e criou protocolo de
segurança para retomada
Márcia Vieira
Repórter
Semrendaesempers-pectivadetrabalho,pro-fissionais do setor deeventosemMontesCla-ros pedem socorro. Elesalegamtersidoesqueci-dos pela administraçãomunicipal, sendo igno-radosemtodososdecre-tos. Um documentocom sugestão de proto-colo de segurança paraum retorno responsá-vel já foi entregue aoprocurador municipal,OtávioRocha.Entretan-to, não houve sequerumasinalizaçãodapre-feitura para retomadados eventos.
“Parece que pegarampara Cristo o setor deeventos. A gente sóquer o direito de voltara trabalhar. Vamos pa-ra oito meses parados equaseumanosemfatu-ramento. Algumas em-presas já venderamseus materiais e outrasestão à beira do colap-so”, afirma o gestor deproduçãoRogérioRockAraújo Miranda.
Ele acrescenta que oprejuízo é incalculável.Com uma receita zera-da, muitas pessoas es-tão desesperadas. “To-dos os outros setores jávoltaram. Precisamostrabalhar.Podemosvol-tar de maneira segura eaté mais organizadosdoqueoutrossetores.Ode eventos é uma ca-deia gigante, represen-ta 4,4% do PIB nacionale puxa vários outras
áreas”, diz Rock.Para chamar a atenção
do poder público, a Asso-ciaçãoMineiradeEventose Entretenimento (AmeeNorte) faz hoje, a partirdas 15h, uma manifesta-ção que irá reunir repre-sentantes do setor. Vesti-dos de preto, vão se con-centrar na BR Mania e se-guirão até a Prefeitura deMontes Claros.
“Não é só festa. É traba-
lho, é economia, são vidas.Porisso,vamosfazeranos-sa passeata pacificamentee todas as autoridadescompetentes já foram co-municadas”, destaca LuísFernando Aguiar Nobre,diretor da Amee Norte. “Ointuito não é atrapalhar arotina da cidade, mas simchamar a atenção do po-der público e da sociedadepara a importância do se-tordeeventosparaacultu-
ra, o entretenimento e aeconomia”, ressalta.
Para o representante dacategoria, há uma discre-pância na decisão do pre-feitoemrelaçãoà flexibili-zação. “Até o dia 24 de se-tembro, havia uma limi-narquelimitavaoavanço.Na ocasião, este foi o argu-mento utilizado pelo pro-curador para não conside-rarareabertura.Aliminarfoi cassada e as prefeitu-ras voltaram a ter autono-mia.O Estado depois dissojáflexibilizouearegiãoes-tá na onda verde. Então,não há justificativa paramanter essa decisão”, des-taca Luís Fernando.
Ele ressalta que o docu-mento levado ao prefeitoprevêoretornodospeque-nos eventos. “Nossa pro-posta é para o retorno dospequenos e com todas asregras. É inadmissível es-sa proibição. Os salões defestas, por exemplo, estãodeixando de utilizar a suacapacidadeemuitosbaresque não têm espaço estãorealizando casamentos eaniversários com 200 pes-soas. Existem profissio-nais,comomontadores desom, iluminação, garçons,quesótrabalhamemeven-tos e vários outros que jáforam ajudados com ces-tas básicas. Mas as empre-sastambémnãoestãocon-seguindomaisajudar,por-que chegaram ao limite.Precisamos de um retor-no urgente e de coerênciado prefeito”.
Oprocuradordomunicí-pio, Otávio Rocha, não foiencontrado para falar so-bre a situação.
Will [email protected]
DIVULGAÇÃO
“Não é só festa. É trabalho, éeconomia, são vidas. Por isso,vamos fazer a nossa passeatapacificamente”
Luís Fernando Aguiar Nobre
Diretor da Amee Norte
4 MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 onorte.net
Oito cidades recebem
material contra a Covid
Minas do Norte
EPIs, álcool em gel e água sanitária são produzidos e doados poracadêmicos do Instituto Federal do Norte de Minas e Grupo Ser(Tão)
u
EMAÇÃO - Emmarço, o grupo confeccionou edoou 455 protetores faciais com três dimensões para hospitais deMontes Claros e região
Christine Antonini
Repórter
O i t o c i d a d e s d oNorte de Minas rece-b e r a m d o a ç õ e s d eequipamentos de pro-t e ç ã o i n d i v i d u a l(EPIs) e produtos dehigiene pessoal queserão usados no com-bate ao coronavírus.
A ação foi realiza-d a p e l o G r u p oSer(Tão), do Institu-to Federal do Nortede Minas (IFNM). Omaterial será utiliza-do por dez Centrosd e E s p e c i a l i d a d e sOdontológicas da re-gião. Muitos dos pro-dutos, como álcoolem gel e água sanitá-ria, são produzidospelos próprios acadê-micos do instituto.
Em março, o grupoconfeccionou e doou4 5 5 p r o t e t o r e s f a -ciais com três dimen-sões para hospitaisde Montes Claros eregião.
Agora, as cidadesde Coração de Jesus,Francisco Sá, GrãoMogol, Monte Azul,Montes Claros, RioPardo de Minas, Sali-nas e Taiobeiras rece-berão 700 protetoresfaciais produzidos apartir de impresso-ras 3D, 300 litros deálcool em gel e 300 li-tros de sabonete líqui-do para uso dos pro-fissionais que atuamno Sistema Único deSaúde (SUS).
“Antes de iniciar aprodução, a equipefez diversos testes la-boratoriais com bebi-das alcoólicas apreen-didas pela Receita Fe-deral e com cachaçadoada por fabrican-tes de Salinas. A pro-dução do álcool 70%está sendo feita na fa-zenda Santa Isabel,onde fica o campus
do IFNM e que tambémpossui um alambique”,pontua Raphael Mesqui-ta, engenheiro químicodo IFNMG.
ATUAÇÃOO Grupo Ser(Tão) reú-
n e a c a d ê m i c o s d oIFNMG e pessoas interes-sadas em ajudar no com-bate à Covid-19. O grupoopera em três frentes:disponibilização de ven-tiladores de respiraçãopara a rede de hospitaise Serviço Móvel de Ur-gência (Samu); fabrica-ção de componente, pe-
ç a s e E P I s ; e i n s t r u -mentação e controle deventiladores respirató-rios obsoletos.
“Nós produzimos osprincipais itens de prote-ção contra a Covid-19, co-mo máscaras, sabão e ál-cool líquido, em gel e su-portes, juntamente comoutros membros do pro-jeto Ser(Tão) espalhadospela cidade. Os itens sãocoletados por uma equi-pe logística em parceriacom algumas institui-ções, como a Receita Fe-deral”, explica o profes-sor Wagner Leite.
O grupo disponibilizaventiladores de respiraçãopara a rede de hospitais e para oServiço Móvel de Urgência (Samu);fabricação de componentes,peças e EPIs; e instrumentaçãoe controle de ventiladoresrespiratórios obsoletos
DIVULGAÇÃO
onorte.net MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 5
Quem tem o melhorqueijo mineiro artesanal?
Minas do Norte
A resposta virá do concurso estadual, cujas inscrições vão até 6 de novembrou
Da Redação*
Produtores de todo oEstado têm até 6 de no-vembro para se inscre-verem no Concurso Es-tadual do Queijo Mi-nas Artesanal. Paraparticipar,éprecisoen-tregar as fichas preen-chidas nos escritórioslocais da Emater-MG,no município em que oqueijo é produzido. Oregulamento e a fichade inscrição estão pu-blicados no site da em-presa: www.emater.mg.gov.br.
O concurso é promo-vido anualmente pelaEmater-MG. O objeti-vo é estimular a produ-
ção de queijos de qualida-de, promover a divulga-ção entre consumidorese incentivar a legalizaçãode queijarias.
A edição de 2020 prestahomenagem aos 300 anosde Minas, Estado que pos-sui sete regiões caracteri-zadas e reconhecidas co-mo produtoras de QueijoMinas Artesanal . Sãoelas: Araxá, Campo dasVertentes, Canastra, Cer-rado, Serra do Salitre, Ser-ro e Triângulo Mineiro.
“A agenda do queijo fazparte do dia a dia dos tra-balhos da Emater. E oconcurso valoriza o pro-dutor”, destacou o presi-dente da Emater-MG,Gustavo Laterza.
A competição vai pre-miar os cinco primeiroscolocados. Os queijos se-rão avaliados em sabor,textura, aroma, apresen-tação, cor e consistên-cia, por um júri qualifica-do, formado por estudio-sos da produção queijei-ra e profissionais expe-rientes na área.
O concurso é válido pa-ra produtores de todo oEstado, desde que legali-zados junto ao IMA ou aoServiço de Inspeção Mu-nicipal e/ou ConsórcioRegional de Inspeção,desde que o município on-de está a propriedade fa-ça parte de uma das seteregiões caracterizadas.
*Com Agência MinasIGUARIA-Disputa em2020presta homenagemaos 300 anos deMinas
GIL LEONARDI/IMPRENSA MG
6 MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 onorte.net
Comparação
Esportes
Antes do Galo, Fla e Inter já passaram por momentos difíceis na Série Au
Alexandre Simões
@oalexsimoes
O momento de difi-culdade vivido peloAtlético na Série A doCampeonato BrasileirojáfoienfrentadoporIn-ternacional e Flamen-go, seus concorrentesaotítuloequenestemo-mento lideram a com-petição, com 34 pontos,sendoqueoColoradole-va vantagem no saldode gols (15 a 11).
O lado positivo para aequipedeJorgeSampao-li é que a queda de apro-veitamentomenossigni-ficativa,nomomentodeturbulência,éjustamen-te do Galo.
O ponto negativo éque o Flamengo, dono
domelhorgrupodejogado-res do país e grande favori-to ao título antes de come-çar o Brasileirão, tem seumelhor aproveitamentona competição (67%), con-solidando uma campanhade recuperação.
DESEMPENHO
Com um jogo a menosque colorados e rubro-ne-gros, o Atlético tem trêspontos a menos que osdois. A partida atrasada écontra o Athletico-PR, nasexta rodada, por causa dadecisão do CampeonatoMineiro, conquistado peloGalo sobre o Tombense.
Vencendo esta partida, otime de Jorge Sampaoli al-cançaria os mesmos 67%de aproveitamento de In-ternacional e Flamengo,
mas superaria os dois nonúmero de vitórias, poischegaria a 11 e os dois con-correntes somam 10, cada.
Apesar da instabilidade,o aproveitamento atual doAtlético, de 65%, não é o
piordotimenesteCampeo-nato Brasileiro. Na 9ª roda-da, após a derrota de 3 a 1para o Santos, na Vila Bel-miro,oalvinegrotinhacon-quistado 63% dos pontosdisputados. Eram cinco vi-
tóriase três derrotas em oi-to jogos, pois o confrontocontra o Athletico-PR, pela6ª rodada, foi adiado.
O momento complicadodo Internacional foi vividoentre a 10ª e 13ª rodadas.Em quatro jogos, o Colora-dosomouapenasdoispon-tos, viu seu aproveitamen-to despencar de 74% para56%,suamenormarcanes-te Brasileirão.
No caso do Flamengo, oinício foi muito ruim. Naestreia, foi derrotado peloAtlético, por 1 a 0, noMaracanã, e na segundarodada, goleado pelo Atle-tico-GO, em Goiânia, por 3a 0. A transição do coman-do entre o português JorgeJesus e o espanhol Domè-nec Torrent foi traumáti-ca. Nos cinco primeiros jo-
gos neste Brasileirão, o ru-bro-negro marcou apenascinco pontos, aproveita-mento de 33%.
Nos últimos 12 jogos, fo-ram 29 os pontos conquis-tados, aproveitamento de81%, maior até que os 78%alcançados no ano passa-do na impressionantecampanha do título brasi-leiro de 2019.
Quemvai levantar ataçaem 24 de fevereiro do anoque vem, quando será dis-putada a 38ª rodada da Sé-rieAdoCampeonatoBrasi-leiro, é difícil prever. Umacertezaédequedificilmen-te deixará de ser um inte-grante do trio formado porInternacional, Flamengo eAtlético, que dominam acompetiçãonestaretafinalde primeiro turno.
FASE–Atlético, de Sampaoli, vive instabilidade
BRUNO CANTINI/AGÊNCIA GALO/ATLÉTICO
INTERNACIONAL FLAMENGO ATLÉTICO
Alto nívelO APROVEITAMENTO DOS TRÊS PRIMEIROS DO BRASILEIRÃO A CADA RODADA
100
100100
100
100
0%
10%
30%
50%
70%
90%
20%
40%
60%
80%
100%
RODADAS
APRO
VEITAM
ENTO
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª
0 0
67 75
80 8376
71 7467
6158
5660 62 65
33 33 33
4452
5863
5761
58
62 64 6765
75
60 60
7167
63
67 70 73 7569 71 69 67
67
65
FONTE: CBF
onorte.net MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 7
VITRINELITERÁRIA
Cores e formas das‘Memórias de Minas’
Cultura
DIVULGAÇÃO
Exposição do norte-mineiro Mário Soares é umadas atrações do Montes Claros Shopping
u
ARTE - Temas bemcaracterísticos do dia a dia do norte-mineiro são retratados
comcores intensas e vibrantes
Para seguir o artista:
Instagram:
@galeriamariosoares
Facebook:
galeriamariosoares
Site:
www.galeriamariosoa-
res.com
EstouaproveitandoomeuisolamentoporcausadaCovid-19parareveralgumaspelículasantigas,emes-pecial aquelas que me trazem boas recordações.Aqui, nestemomento, relembro-me, commuita sau-dade, do filme “Um Homem e uma Mulher”, que foiexibido emMontes Claros, no Cine São Luiz, em1968,doisanosdepoisde ser lançadoemParis.Atémesmo pelo título, o filme despertou interesse
pelomundo inteiro,ganhandoprêmioseosOscardeMelhorFilmeEstrangeiroeMelhorRoteiroOriginal.Asinopsefalasobre“opilotodecorridasJean-LouisDu-roceAnneGauthier,doisviúvosrecentes,encontram-se por acaso quando visitam seus respectivos filhosnuma escola interna, e isso se repete todos os finaisde semana. Um dia, Anne perde a condução e Jean-Louisoferece-lheumacaronadevoltaà cidade. Elesacabamtornando-seamigose,finalmente,apaixona-dos.Maspercebemqueas lembranças dos cônjugesfalecidosaindasãomuito fortes”.Infelizmente, não foram exploradas as belezas de
Paris e nem se preocuparam emmostrar os pontosmaisexóticosdaCidadeLuz.OArcodoTriunfoquasequepassadespercebidoaosolhosdosespectadoreseaTorreEiffelsequerapareceparaabrilhantarosen-controsdosdoisamantes.Entretanto,ascançõessu-peraram todas as expectativas de umapreciador daboa música. A composição de Um Homm et umaFemm,deFrancisLai,executadaporMauriceVendereorquestra, é ovacionada pela beleza de ritmo e pelamelodia que agrada aos ouvidos de quem a ouve.Também, com Baden Pawell e Vinícius de Morais, amúsicaSambaSaravah,navozdePierreBarouh,queestimulouodespertardoamorentreumsolitáriocon-victoeumamulherprecocementeviúva.Nesta lindahistóriadeamor,ondeosatoresnunca
separamdeseusfilhos,serveparamostraraomundoa necessidade de uma avaliaçãomais adequada notratamento familiardoscasais.O filmeaindatemes-paçoparaapreservaçãodahonraedorespeitoaoserhumano.Nãoseesmiúçacenaseróticas,senãonomo-mento apropriado para o complemento da história,issosemoabusonaexploraçãodasexualidadeindivi-dual oucoletiva.Nota-sequeo filme foi realizado, comsucesso,nos
anos dourados, época dos grandes acontecimentosculturais.
Adriana Queiroz
Repórter
Cores intensas cha-mam a atenção nos tra-balhos do norte-minei-ro Mário Soares, queprocura retratar o coti-dianodaspessoasapar-tir de suas memóriasafetivas e vivências.Com uma técnica con-temporânea de pinturadigital,usandoumalin-guagem visual moder-na, o artista plástico seenveredou para essaseara recentemente. Sededicava mais o mun-do da moda e do design.
Os trabalhos podemser vistos em exposiçãonoMontesClarosShop-ping até 13 de novem-bro. “Essa é minha pri-meira exposição física.Estou em conversacom outros lugares so-bre a possibilidade denovos eventos”, diz Má-rio Soares.
O artista leva para astelas conversas e obser-vações de experiênciasem viagens feitas peloBrasil. As telas são pro-duzidas com impres-sãodealtaqualidadeso-bre tecido. Comriquezade detalhes, os acaba-m e n t o s t o r n a m a sobras ainda mais ricase contemporâneas.
“Interessante que te-nho recebido diversosregistros fotográficos efeedbacks de pessoasdaqui de Montes Clarose da região que visita-ramaexposição.Aspes-soas comentam muitosobre a temática quere-
trato e as cores também.Sãoessesosprincipaisdes-taquesqueopúblicomefa-la que chamam atençãodeles”, conta.
TRAJETÓRIAFoi aos 20 anos de ida-
de que o menino apaixo-nado por desenhos dei-xou para trás Bocaiuva,sua terra natal, em buscade um sonho. “Em 2017,
após me formar em de-sign de moda pela Escolade Belas Artes da UFMG,passei uma temporadana Itália. Foi aí que aper-feiçoei meu olhar sobre aarte, moda e design”, re-vela Mário Soares.
De volta ao Brasil, ini-ciou um trabalho comodesigner de estampariatêxtil, atuou em diversasmarcas de moda e reno-
mados estúdios brasilei-ros e italianos. “Morei emCuritiba (PR) por um pe-ríodo e tornei-me cofun-dador do estúdio de cria-ção de estampas RapóCreative. Ao longo da ex-periência em diferenteslocais, frequentei diver-sos cursos e imersões emarte, moda, design e em-preendedorismo”, diz.
Um homem e
uma mulher
u SERVIÇO
Advogado, aposentado do Banco do Brasil e
historiador. Membro fundador do Instituto Histórico
e Geográfico de Montes Claros
Dário Teixeira Cotrim
As telas são produzidas comimpressão de alta qualidadesobre tecido. Com riqueza dedetalhes, os acabamentostornam as obras ainda maisricas e contemporâneas
8 MONTESCLAROS,QUINTA-FEIRA, 22DEOUTUBRODE2020 onorte.net
Pandemia que inspiraVariedades
Artistas lançamobras commensagemde apoio a quemvive impactos daCovidu
BÁRBARA
DONHINI
ERENATO
ENOCH–Dupla
compôs
“Pra Secar
oChoro”,
que aborda
temas
como
saudade e
superação
Paulo Henrique Silva
Do Hoje em Dia
Bárbara Donhini e RenatoEnoch compuseram “Pra Secaro Choro” há cinco anos, comouma reação ao sofrimento deum amigo, que havia acabadode perder o avô. Com a pande-mia, a música saiu da gaveta eganhou um contexto mais am-plo, abraçando as milhares deperdas ocorridas no país devidoao vírus.
“Quando nosso amigo rece-beu a notícia, nós estávamosnumsítio, junto com ele.A gen-te queria passar uma mensa-gem de conforto para ele e amúsica nasceu. Ao longo dessetempo, eu e o Renato tambémpassamos por perdas e, no ins-tante que a pandemia come-çou,sentimosavontadedelan-çaramúsica”,registraBárbara.
A compositora destaca que“Pra Secar o Choro” surgiu deuma maneira muito espontâ-nea, minutos depois do recebi-mento da notícia da perda.“Na hora, a gente nunca sabe oque dizer. Eu fiquei travada,mas no momento que coloca-mos nossos sentimentos namúsica, saiu”.
Bárbara assinala que, após aprimeiraversão,eles a revisita-ram diversas vezes, buscandoincluirsentimentosquesignifi-cassemalgo para elesmesmos.
“Esse processo foi muito do-loroso e a canção foi se desen-
volvendo como a junção davontade de botar algo para fo-ra com um cuidado de esco-lher a melhor forma de con-tar”, sublinha.
A música traz referências doindie folk. “O fato de estarmosnumsítio,no interiordeMinasGerais, no momento que com-pusemos,traztambémumare-lação com a natureza”, salien-ta. O videoclipe, por sinal, evi-dencia essa relação a partir dociclo solar.
A compositora, que está noprimeiro lançamento mas tem
outras obras na gaveta, desta-caque,apósachegadadamúsi-caàsplataformasdigitais,mui-tas pessoas que perderam en-tes queridos durante a pande-mia entraram em contato comadupla.“Elasfalamqueamúsi-ca teve o papel de ser um respi-ro no meio dessa loucura. Esseé o objetivo dela, ao trazer umapalavra de esperança”.
PRIMEIRO
O vídeo com uma música so-bre o coronavírus, divulgadona conta pessoal de Gabriel
Gouveia no Instagram tam-bém viralizou. O engenheirometalúrgicofoiumdosprimei-ros a apresentar uma composi-ção sobre o tema no Brasil. “Es-tava ainda muito recente, nãosabíamos como lidar com oproblema, o que acontece atéhoje”, lembra.
Eleregistraquecomeçouaes-crever “Pra nos proteger” co-mo uma forma de reflexão so-bre tudo o que estava aconte-cendo. Em certo trecho da can-ção, a letra destaca que o “cor-podoricotambémcontrai”,co-
mo uma forma de mostrar queapandemia“nãotemclasse,pe-gando todos de surpresa”.
Formado em EngenhariaMetalúrgica, Gouveia compõedesde os 14 anos, mas foi a pri-meira vez que exibiu um traba-lho musical de sua autoria. “Re-solvi divulgar porque era algoque poderia acalentar as pes-soas”,explicaomúsico,que,pos-teriormente, passou por mo-mentos difíceis ao ver os paiscom Covid. “Felizmente, eles ti-veram sintomas leves”.
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Variedades
O cineasta Helder Quiroga estava no primeiromês de isolamento quando viu, na TV, odepoimento de uma italiana, dirigido aosbrasileiros, de que a terceira semana dapandemia seria o pior momento. “Na primeirasemana, disse ela, estão todos aindaconversando, tentando se adaptar à novarotina. Mas na terceira um silêncio muitogrande tomou conta da Itália, tornando-se umadas coisas mais assustadoras que ela sentiu”,registra Quiroga.O depoimento mexeu com o realizador, que pôsos seus sentimentos na letra de uma música.Escrita em inglês, “The World in Silence” (“OMundo em Silêncio”) ganhou melodia de VitorSantana (do grupo Coladera) e será o temamusical de um curta-metragem, de mesmotítulo, dirigido por Quiroga e Antonio Lucio, emcoprodução com a Colômbia. A históriaacompanha a vida do último sobrevivente noplaneta e sua experiência com a solidão.
u SAIBA MAIS
SÉRGIO
PERERÊ -Oprimeiromês
de isolamento
social
representou
para o artista
ummomento
de
introspecção,
produzindo
músicas que,
reunidas,
ganharão a
formade
disco
GABRIEL
GOUVEIA–Engenheiro
escreveu
“Corona
Vírus”
comouma
formade
reflexão
sobre o que
a pandemia
estava
gerandona
sociedade
PATRICK ARLEY/DIVULGAÇÃO
Sérgio Pererê recorre à arte comoalento para momentos sombrios
ARQUIVO PESSOAL
Sérgio Pererê escreveu “Tempode Viver” muito antes da pandemiaganhar as manchetes. Um dos car-ros-chefes do álbum “Canções deBolso”, lançado em agosto nas plata-formas digitais, a música ganhououtra leitura numa época em que ocotidiano se transformou radical-mente, com as pessoas se vendoobrigadas a ficarem distantes de fa-miliares e amigos.
“Foi algo bem intuitivo mesmo.Nem sonhava que teríamos uma si-tuação como essa. É uma cançãoq u e f a l a d e t r a v e s s i a , d eautoperdão. As pessoas escrevemnas redes sociais, falando do bemque ela fez, mas atribuo isso ao po-der que a arte tem, de ir além de seutempo”, registra o cantor, que, du-rante a quarentena viveu um inten-so processo de composição.
Ele registra que o primeiro mêsde isolamento social representouum momento de introspecção, emque ficou sozinho em seu aparta-mento, escrevendo músicas que,reunidas, ganharão a forma de ou-
tro álbum, já intitulado de “Can-ções de Outono”. “É disco sobreamor. Deu-me vontade de falar da-quilo que é mais humano, do senti-mento, da saudade”, salienta.
Pererê pondera que o amor é umtema constante de seu trabalho,mas nunca havia dedicado um ál-bum inteiro a ele. Foram quase 30músicas compostas neste períodofalando exclusivamente do que omúsico define, em tom divertido,de “sofrência”. Quando conseguir“se acalmar um pouco”, ele faráuma seleção de 13 para entrar nodisco, planejado para 2021.
Pererê não para. Só neste ano, omúsico lançou três álbuns e umquarto está a caminho, com umaversão ao vivo de “Cada Um”, de2018. Para ele, toda esta atividade éuma forma de “lançar luzes sobre omeu breu”. É uma espécie de antído-to contra momentos tão sombrios.“A criação lhe dá algum alento paraprosseguir. Confesso que tenho bus-cado estas luzes para dar conta demim mesmo”.
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