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Diretoria

Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores Suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves

Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná

Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | www.sindiavipar.com.br [email protected]

Ed. nº 33 - Mar/Abr 2013

As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Neste momento de pós-crise, o Sindiavipar tem como prioridade

e está empenhado em pleitear junto ao governo todas as ferramentas que

possam garantir uma rápida e sustentável recuperação da avicultura para-

naense. Exemplo disso é a questão da energia elétrica no horário das 18h às

21h, que é 1.000% mais cara que a normal, tema da nossa matéria de capa

desta edição.

Iremos solicitar novamente ao governo estadual apoio nesta ques-

tão. Esse benefício já nos foi concedido em 2003 e é de vital importância

para a estabilidade do setor que ele volte a ser praticado.

Apresentamos também uma entrevista exclusiva com o secretário da

Casa Civil do Paraná, Reinhold Stephanes, que fala das prioridades para o

seu mandato, seu papel como coordenador no governo estadual e das pers-

pectivas para o agronegócio. Stephanes coloca que “o estado pode e deve

planejar e defender, junto ao governo federal, as ações no sentido de dar

uma melhor condição para a avicultura paranaense”.

Outra reportagem que abordamos nesta edição é a assinatura de um

termo de permissão entre entidades, gover-

nos e comunidades indígenas que vai pos-

sibilitar o início do processo de licitação

para a tão aguardada dragagem no Porto de

Paranaguá. É um caminho longo, mas isso

significa a possibilidade de navios maiores

atracarem no porto e uma boa notícia para

as exportações avícolas!

Uma ótima leitura!Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].

Recuperação é prioridade

Fale conosco

Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar

Editorial

ExpedienteRevista Avicultura do Paraná

Produção:

CNC Comunicação

cnccomunicacao.com.br

Jornalista responsável:

Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)

Editora-chefe:

Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)

Reportagem:

Bruna Robassa, Cecilia Gibson,

Juliana Vitulskis e Karina Kanashiro

Colaboração:

Fabio Wosniak, Guilherme

Costa, Manuela Ghizzoni

e Mariana Macedo

Design e diagramação:

Cleber Brito

Marketing:

Mônica Fukuoka

Impressão:

Maxi Gráfica

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ção

Espaço Sindiavipar.............................06

Canal aberto.........................................07

Radar...................................................08

Ciência................................................... 09

Agenda..................................................10

Observatório........................................10

Fiep........................................................12

Artigo técnico......................................13

Evento...................................................14

Entrevista............................16

Instituições...........................................18

Economia..............................................20

Capa..................................... 24

Infraestrutura...................................... 27

Ubabef...................................................28

Oportunidades....................30

Insumos.................................................32

Bem-estar animal................34

Mercado exterior................................36

Capacitação..........................................38

Adapar...................................................39

Canal do colaborador........................40

Pesquisa e tecnologia........................42

Associados............................................44

Notas e registros.................................46

Estatísticas...........................................48

Gastronomia........................................50

ELETRICIDADEIndústrias avícolas foram bene-

ficiadas pela recente redução

do valor da energia elétrica no

país. Porém, preço no horário

de pico, 11 vezes mais caro do

que no horário normal, ainda

preocupa setor.

ACORDOEm janeiro, Brasil e União Europeia

firmaram um acordo de coopera-

ção sobre bem-estar animal que

vai permitir a cooperação técnica

entre as duas partes. Continente é

um dos mais exigentes quanto ao

cuidado com animais de corte.

24 Capa

34 Bem-estar

CASA CIVIL Novo chefe da secretaria, Re i -

nhold Stephanes, atuará como

coordenador de ações estratégi-

cas do governo do estado. O ex -

ministro explica como será o seu

trabalho no cargo e as priorida-

des do Paraná.

16 Entrevista

CHUVAEmbrapa lança cartilha para en -

sinar produtores rurais a cons-

truírem cisternas e, assim, a rea-

proveitarem a água da chuva.

Trata-se de economia de água e

combate a escassez em épocas

de estiagem.

30 Oportunidades

Seções

Colaboração:

Fabio Wosniak, Guilherme

Costa, Manuela Ghizzoni

e Mariana Macedo

Design e diagramação:

Cleber Brito

Marketing:

Mônica Fukuoka

Impressão:

Maxi Gráfica

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Espaço Sindiavipar

6 | sindiavipar.com.br

FEVEREIRO

05/02: Encontro na sede do Centro de Inovação, Educação, Tecnologia e Empreendedorismo do Paraná (Cietep). Participantes:

Representantes do Sindiavipar, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ubabef, Associação Brasileira da Indústria Produtora e

Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e Associação Brasileira de

Frigoríficos (Abrafrigo). Objetivo: abordar questões relacionadas à segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e proces-

samento de carnes e derivados.

05/02: Encontro na sede da União Brasileira de Avicultura

(Ubabef). Participantes: Domingos Martins, presidente do Sin-

diavipar. Objetivo: reunião de mercado.

04 a 08/02: Show Rural Coopavel, em Cascavel. Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar. Objetivo: promover a avicultura

paranaense e divulgar as ações realizadas pelo Sindiavipar.

01/02: Visita à sede do Sindiavipar. Participantes: coorde-

nador do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), Hum-

berto Schiffer Cury, e Icaro Fiechter, do Sindiavipar. Objetivo:

discutir assuntos técnicos.

Avicultura em focoNos meses de janeiro e fevereiro, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sin-

diavipar) participou de vários encontros e eventos com o intuito de aperfeiçoar ainda mais a avicultura paranaense.

Porém, além de abordar assuntos relacionados à produção brasileira, temas como segurança no trabalho e meio am-

biente também entraram na pauta de discussões no início do ano. Confira a seguir as ações realizadas no primeiro

bimestre de 2013:

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Espaço Sindiavipar

União que faz a força

Canal aberto

O sindicato representa a

força de uma categor ia . Quanto

mais próximos do sindicato es-

t iverem seus integrantes , mais

for te e mais leg ít imo ele se tor-

na . Maior é sua capacidade de de -

fender seus sindicalizados , pois

é somente com união e organiza -

ção que uma categor ia avança em

conquistas .

É , por isso, que gostar ia

de agradecer a todas as indústr ias

av ícolas paranaenses que têm

passado retornos e acompanha -

do de per to junto com o Sindiav i-

par questões impor tantes , como

a alta dos insumos, a cr iação de

l inhas de crédito específ icas e a

redução do custo da energ ia elé -

tr ica no horár io de pico.

As ações do Sindiavi par são

direcionadas aos nossos associa-

dos e, por isso, é de suma importân-

cia que as indús tr ias man tenham

contato frequente com o sindica-

to para apontar suas necessida-

des. Reforço que esta mos aberto

a receber quaisquer solicitações,

dú v idas e demandas de todos os

nossos associados a qualquer mo-

mento. Contamos com a sua parti-

cipação contínua, obrigado!

Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]

7sindiavipar.com.br |

27/02: Encontro na sede da Agência de Defesa Agropecuá-

ria do Estado do Paraná (Adapar). Participantes: Icaro Fiechter,

do Sindiavipar, e Inácio Afonso Kroetz, presidente da Adapar.

Objetivo: reunião do Coesa para tratar de assuntos técnicos.

15/02: Reunião na sede da Federação das Indústrias do Es-

tado do Paraná (Fiep). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindia-

vipar. Objetivo: atualizar questões envolvendo assuntos de

meio ambiente.

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25/02: Reunião na sede da Federação de Agricultura do Es-

tado do Paraná (Faep). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindia-

vipar. Objetivo: encontro com a Comissão Técnica de Avicul-

tura da Faep. Abordou-se temas relacionados a comunicados,

palestras, levantamento de propostas e cronograma anual,

assuntos gerais, sanidade avícola IN 36 e bem-estar animal. Fo

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Radar

PROMOÇÃO AGROSTOCK

Boa tarde! Vocês estão de parabéns, não é qualquer en-tidade que chega até onde vocês chegaram , 20 anos de história e luta. A revista de vocês é nota 100, desejo a todos vocês muito sucesso. Abraços.

Fernando / Santa Terezinha de Itaipu (PR)

Resposta:

Boa tarde, Fernando

Agradecemos todo o carinho, atenção e elogios dados à

revista. Garantimos que não vamos parar de levar informa-

ções a leitores como você, que são os verdadeiros merece-

dores de uma nota 100 e de todo o sucesso possível. Um

abraço de toda a equipe Sindiavipar!

Carta do leitor

Ao acessar o portal do Sindicato das Indústrias

de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar),

você tem a oportunidade de conhecer um pouco mais so-

bre a entidade dentro da seção “Institucional”.

Nesta página você encontra tudo sobre a história

e a missão do Sindiavipar. Além disso, é possível conferir

quem faz parte da diretoria, ler a Mensagem do Presiden-

te e saber quais as ações que o sindicato já realizou em

prol da avicultura paranaense.

O Sindiavipar oferece ainda, diariamente, uma

newsletter com as principais informações da avicultura

para que você fique por dentro das principais notícias do

setor.

Acesse: sindiavipar.com.br

Conhecendo o Sindiavipar

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Ciência

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Enterite ulcerativaA doença bacteriana é conhecida também como doença das codornas

A Enterite ulcerativa (EU) é uma

doença bacteriana aguda, causada pela

Clostridium colinum, bacilo Gram positi-

vo, que acomete aves jovens e é carac-

terizada por inflamação e ulcerações no

intestino e necrose hepática. Ocasional-

mente, a doença pode ocorrer de manei-

ra crônica.

O agente etimológico da EU pos-

sui esporos que o torna resistente ao am-

biente e produtos químicos. Além disso,

o C. colinum é uma bactéria que só con-

segue ser isolada de aves doentes ou do

solo. A doença das codornas é conhecida

assim por atingir principalmente esse

animal, mas também pode acometer ga-

linhas, perus, faisões, pombos e outras

aves, menos as aquáticas. Exceto à cria-

ção de codornas, ela não tem grande im-

pacto econômico para o restante das aves

de exploração comercial.

Em galinhas, a Enterite ulcerati-

va geralmente ocorre associada a outras

doenças, como anemia infecciosa das ga-

linhas, doença infecciosa da bolsa e, prin-

cipalmente, após um surto de coccidiose.

A reprodução da doença em galinhas é di-

fícil, a não ser que as aves também sejam

infectadas com Eimeria brunetti e Eime-

ria necatrix.

A infecção na maioria das vezes

ocorre pela ingestão de água ou alimen-

tos contaminados e as aves infectadas

eliminam o C. colinum principalmente

pelas fezes. Frangos e codornas podem

desenvolver a doença de forma crônica e

eliminar a bactéria por meses. Não há evi-

dências de contaminação vertical.

Os sintomas podem não aparecer

em algumas aves durante surtos agudos

e elas morrem sem apresentarem sinais

clínicos da doença. Com o progresso da

EU, alguns animais começam a se tornar

anoréxicas, além de manifestarem de-

pressão, olhos fechados e relutância para

se movimentar. A caquexia também pode

se desenvolver em algumas aves. O curso

da doença tem duração de 2 a 3 semanas

e a mortalidade é relativamente baixa em

frangos, geralmente menos de 10%. O

período de recuperação é longo.

As lesões são encontradas prin-

cipalmente no intestino delgado, fíga-

do e ceco. Conforme a doença progride,

pontos hemorrágicos aparecerem em

outros pontos do intestino e a reação

inflamatória se intensifica, necrosando

e formando úlcera. As lesões podem ser

vistas da serosa como botões amarelo-

-esbranquiçados. No fígado, as áreas de

necrose se tornam pontos esbranquiça-

dos. O baço pode ficar congesto, edema-

ciado e hemorrágico.

Como a Enterite ulcerativa é agu-

da, o tratamento se dá primeiramente via

água e depois via alimentação. O C. coli-

num responde bem a vários antibióticos

para Gram positivos. Geralmente se usa o

bacitracina de zinco, estreptomicina ou o

tetraciclina, de cinco a dez dias. A preven-

ção pode ser feita com limpeza geral e de-

sinfecção rigorosa com vazio sanitário.

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Fonte: Manual de Doenças de Aves,

Alberto Back

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Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail

[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.

Data: 12 a 15 de novembro Local: San Salvador (El Salvador)Realização: Aves - El SalvadorE-mail: [email protected]ções: (503) 2243-2540Site: avicultura2013.com

Congresso Latino-americanode Avicultura

Data: 6 a 8 de junho Local: Marechal Floriano (ES)Realização: AvesE-mail: [email protected]ções: (27) 3288-1182Site: favesu.com.br

2ªFeira de Avicultura eSuinocultura Capixaba

Data: 10 e 11 de abril Local: Caldas Novas (GO)Realização: AGAE-mail: [email protected]ções: (62) 3203-3665Site: agagoias.com.br

XI Simpósio Goiano de Avicultura

Agenda

Data: 27 a 29 de agosto Local: São Paulo (SP) Realização: UbabefE-mail: [email protected] Informações: (11) 3031-4115 Site: ubabef.com.br

23° Congresso e Feira Brasileirade Avicultura

O Banco do Brasil (BB) lançou na se-

gunda metade de fevereiro uma nova linha de

capital de giro para crédito rural. A linha de cré-

dito rotativo, chamada “BB Agronegócio Giro”,

se destina ao financiamento das despesas

complementares e inesperadas na condução

dos empreendimentos contraídos pelos pro-

dutores rurais.

De acordo com o banco, a linha de cré-

dito cobre as movimentações em conta corren-

te, com a possibilidade de renovação automáti-

ca. Os juros variam de 1,15% a 2,36% ao mês,

de acordo com o relacionamento do produtor

com o banco. As liberações e amortizações

ocorrem no mesmo dia que forem solicitadas.

O vice-presidente de Agronegócios e

Micro e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias,

explica que a nova linha de crédito é para aten-

der a demanda dos produtores rurais por um crédito rotativo rápido e

de curto prazo. “É uma forma sem burocracia, rápida e ágil de ofere-

cer ao produtor a oportunidade de tomar esse recurso e fazer frente

aquele compromisso emergencial que surgiu” afirma ele.

Crédito rural

Resultado do processo

de fusão entre a Perdigão e a Sa-

dia, a BRF começa 2013 com um

novo posicionamento da marca

corporativa. Com o objetivo de se

consolidar como uma companhia global de alimentos, a BRF busca

ser líder em seu segmento no Brasil e no exterior.

Para iniciar a nova fase, a companhia renovou o padrão

visual para transmitir sua essência aos clientes e parceiros. “Nós

aproximamos o trabalho de milhares de parceiros para fornecer

alimento em todo o mundo, aproximamos talentos que gostam de

desafios e entregam o que prometem e também aproximamos mi-

lhares de consumidores em momentos de convivência e prazer”,

explica José Antonio Fay, diretor-presidente da BRF.

A BRF atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovi-

nos), alimentos industrializados e lácteos, com marcas como Per-

digão, Sadia, Batavo, Elegê, Qualy, entre outras.

BRF: uma nova marca

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11sindiavipar.com.br |

Observatório

11sindiavipar.com.br |

A União Brasileira de Avicultura (Ubabef)

iniciou um trabalho de estudos estratégi-

cos para expandir a receita das ex-

portações por meio da criação de

um Núcleo de Inteligência de

Mercado em parceria com a

Agência Brasileira de Promo-

ção de Exportações e Inves-

timentos (Apex – Brasil).

De acordo com o

presidente da Ubabef, Fran-

cisco Turra, o principal obje-

tivo é promover uma série de

ações junto às empresas asso-

ciadas e ao mercado internacio-

nal para conseguir agregar valor às

exportações brasileiras. A iniciativa

surgiu, conforme explica Turra, porque os em-

barques de carne de frango do Brasil ainda

detêm baixo índice de agregação de

valor. Segundo levantamentos fei-

tos pela Ubabef relativos a 2012,

apenas 5% dos produtos expor-

tados eram processados, con-

tra 55% de frango em cortes e

35% do produto inteiro.

Além de expandir as

divisas obtidas pela avicul-

tura, a agregação de valor às

exportações permitiria ao setor

avícola elevar os benefícios so-

ciais para o Brasil, com a retenção

no país da mão de obra gerada pelo

processamento dos produtos.

Inteligência de mercado

VPB agropecuária O crescimento previsto para o Valor Bruto da Pro-

dução (VBP) do setor agropecuário é de 18,2% em 2013

com relação ao ano anterior, de acordo com a Confedera-

ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O faturamen-

to obtido com a venda de 20 produtos agrícolas e cinco

pecuários está estimado em R$ 450,3 bilhões, sendo que

em 2012 o faturamento foi de R$ 380,8 bilhões. O bom re-

sultado para 2013 é consequência da aceleração dos pre-

ços das commodities agrícolas e do aumento no volume de

produção, especialmente de soja e cana-de-açúcar.

A estimativa do VBP da soja é de R$ 105 bilhões

em 2013, o que representa um aumento de 52% em re-

lação ao último ano. O crescimento é reflexo do aumento

de 24,5% da produção, que teve uma expansão de 9,2%

da área plantada na safra 2012/2013. Além disso, há uma

perspectiva de recuperação da produtividade das lavouras

nos estados que sofreram perdas na safra passada. O preço

da soja continua elevado, com valorização de 22% na com-

paração com 2012.

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12 | sindiavipar.com.br

No Paraná, mais de 40 mil pessoas,

entre trabalhadores da indústria e seus de-

pendentes, estão sendo beneficiados pelo

Cartão Sesi. Por meio dessa ferramenta ino-

vadora de gestão de benefícios, criada pelo

Sesi, os usuários têm acesso a serviços fo-

cados na melhoria da qualidade de vida dos

cidadãos, somados à facilidade e comodi-

dade do desconto em folha de pagamento.

“O serviço de maior destaque é o

de odontologia, pois sabemos que a maio-

ria das pessoas não tem condições finan-

ceiras para visitar o dentista regularmente.

No Cartão Sesi, os procedimentos odonto-

lógicos são subsidiados pela entidade, o

que permite o tratamento integral do nú-

cleo familiar do trabalhador”, explica Maria

Aparecida Lopes, gerente de Produtos para

Sindicatos do Sistema Fiep.

O atendimento odontológico aos

trabalhadores é feito em consultórios ins-

talados nas próprias unidades do Sesi, em

uma das 127 clínicas credenciadas à enti-

dade e, também, por meio de unidades mó-

veis, que levam o serviço diretamente às

indústrias. “Uma das ações desse serviço é

sensibilizar as pessoas sobre a importância

da educação, prevenção e manutenção da

saúde bucal”, observa Maria Aparecida.

VantagensO Cartão Sesi foi lançado em

2006 e é disponibilizado às indústrias pa-

ranaenses através dos sindicatos empre-

sariais filiados à Federação das Indústrias

do Estado do Paraná (Fiep). Hoje, são 82

sindicatos empresariais atendidos pelo

Cartão Sesi, contabilizando mais de 550

indústrias que ofertam o benefício aos

seus trabalhadores.

Entre as vantagens estão: maior

integração entre trabalhadores, indústrias

e sindicatos; redução dos processos buro-

cráticos de despesas, ao reunir em uma só

fatura todos os serviços utilizados; aprimo-

ramento do clima organizacional; e melho-

ria da qualidade de vida, com foco na saúde

e no bem-estar dos usuários.

O Cartão Sesi oferta todos esses

benefícios sem qualquer custo adicional

para a indústria. Para saber mais, acesse

cartaosesi.org.br.

Cartão com benefíciosProdutos e serviços são focados no bem-estar, educação,saúde e lazer dos usuários

Fiep

Confira os benefícios oferecidos pelo Cartão Sesi:

• Acesso a serviços odontológicos de

qualidade, com preços subsidiados.

• Compra de medicamentos em farmá-

cias credenciadas, com prazos de até 40

dias para pagamento.

• Compra em supermercados credencia-

dos, com prazos de até 40 dias para pa-

gamento.

• Compra de produtos em livrarias e pa-

pelarias credenciadas, nas quais o traba-

lhador pode realizar suas compras com

parcelamento em até três vezes.

• Compra em óticas, com desconto em

folha de pagamento.

• Acesso às academias de esportes do

Sesi e demais academias credenciadas.

• Descontos nas ações culturais do Sesi.

• Descontos em cinemas e teatros

parceiros.

• Cursos de Educação a Distância do Sesi,

parcelados em até três vezes.

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Redução da perda depeso em frangos

Artigo técnico

As condições ideais dos frangos

de corte no momento do abate devem

ser conhecidas a fim de possibilitar a

produção de carne de excelente quali-

dade. Em condições normais de abate

e processamento, a retirada de ração

é feita de 6 a 8 horas antes da apanha

das aves com o objetivo de esvaziar o

intestino e, com isso, minimizar a con-

taminação no abatedouro. No Brasil,

recomenda-se jejum de 8 a 12 horas.

A desidratação da carcaça co-

meça após o início do jejum. Períodos

prolongados de jejum podem afetar

o pH das diversas partes do intestino,

aumentando a presença microor-

ganismos patogênicos. Além disso,

determinam uma maior contaminação

pela bile e são

associados à

fragilidade

dos intesti-

nos durante

a evisceração

mecânica.

Portanto, os esquemas de pro-

cessamento devem ser estabelecidos

levando em conta a integridade e o

esvaziamento do intestino e da vesí-

cula biliar, bem como a desidratação e

os seus efeitos sobre o bem-estar das

aves, contaminação da carcaça e quali-

dade da carne.

Objetivou-se com este trabalho

avaliar o efeito da administração de água

acidificada com um blend de ácidos or-

gânicos durante o período de jejum pré-

-abate de frangos de corte e as devidas

perdas de peso durante este período.

Material e métodosO experimento foi realizado em

três núcleos de produção avícola, loca-

lizados no Norte do Paraná, onde foram

testadas 105 aves/galpão. O produto foi

diluído na caixa d’água no momen-

to que havia o procedimento do

corte da ração, assim todas as

aves do galpão-teste passa-

vam a consumir a água tra-

tada com Optimizer.

Deste momen-

to até o início do carre-

gamento das aves se

realizou o registro do

consumo de água/pe-

ríodo. No início do jejum

alimentar das aves separa-

ram-se as aves aleatoriamente

e essas foram isoladas em círcu-

los onde se procedeu a primeira

pesagem. Passadas 8 horas da

primeira pesagem e com a chegada das

caixas de transporte, as mesmas aves

receberam novo registro de pesagem.

Três horas após esse momento, as mes-

mas aves seriam pesadas na chegada à

plataforma de abate. O mesmo procedi-

mento foi adotado para as aves que não

consumiram a água tratada com Optimi-

zer (grupo controle).

Resultados e consideraçõesNa média de consumo geral, as

aves ingeriram 76 ml de água tratada

com Optimizer (1l/250 litros).

Considerando as perdas de

peso do jejum alimentar pré-abate até a

plataforma, tivemos em média uma re-

dução de 38,33 gr/ave na perda de peso

(1,40% do peso vivo).

A suplementação com mistu-

ras de ácidos orgânicos administra-

dos na água de bebida no período de

jejum pré-abate reduziram a perda

de peso das aves até a plataforma do

abatedouro.

Com base nos resultados obti-

dos neste experimento, pode-se con-

cluir que o produto Optimizer obteve

bom retorno econômico, proporcionan-

do mais carne processada à planta de

abatedouro.

Karla Marielli Oliveira Boso

Zootecnista, mestre em Nutrição de Aves

David Leopoldo Troian

Médico veterinário, assistente técnico de

Avicultura

13sindiavipar.com.br |

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14 | sindiavipar.com.br

A capital de Santa Catarina recebe

entre os dias 14 e 16 de maio um dos princi-

pais eventos do setor avícola do Brasil e da

América Latina. A Feira da Indústria Latino-

-Americana de Aves e Suínos (AveSui 2013),

organizada pela Gessulli Agribusiness, reú-

ne uma feira de negócios para produtores,

técnicos e empresários exibirem o que há

de mais moderno nos setores de suínos,

aves e ovos. Durante a programação, tam-

bém será realizado um seminário técnico

que irá apresentar e discutir as novas tec-

nologias do setor.

A novidade da edição de Florianó-

polis é a área de processing, exclusiva para

as empresas de processamento de carnes.

O espaço pretende atender todos os seg-

mentos da indústria avícola e suinícola da

América Latina, além de otimizar a visita-

ção da feira por meio da troca de informa-

ções e de conhecimentos entre as cadeias

produtivas. Ainda neste setor, a 13ª edição

da AveSui oferecerá um curso de cortes que

será realizado no espaço das empresas de

processamento de carnes.

Na edição de 2012, realizada em

São Paulo, 150 empresas compareceram

para expor seus produtos, insumos e tec-

nologias para 19 mil visitantes de vários

países como, Argélia, Venezuela, Nigéria,

Estados Unidos, Chile, China, Bélgica, África

do Sul, Turquia, Argentina, Holanda, Peru,

Paraguai, França, Macedônia, Colômbia, Pa-

quistão e Egito. Para a diretora da Gessulli

Agribusiness Andrea Gessulli, o evento é

uma forma de os profissionais se atualiza-

rem. “A AveSui se tornou o principal centro

de soluções integradas para os setores aví-

cola e suinícola, não só pela oportunidade

de negócios, mas também pela atualização

técnica dos profissionais da área, propor-

cionada pelos seminários técnicos realiza-

dos”, explica.

Trocando conhecimentoParalela à feira de negócios, irá

ocorrer o XII Seminário Técnico Científico de

Aves e Suínos das 9h às 17h. No primeiro dia,

será realizado o Painel Conjuntural, no qual

serão abordados temas econômicos e de

mercado. O evento promove também cursos

práticos e demais atividades, e agregará no-

vamente a Feira Biomassa & Bioenergia, na

qual os principais nomes e empresas destas

cadeias expuseram as tendências mundiais

e a potencialidade da energia de biomassa

e da reciclagem de subprodutos de origem

animal, fomentando o crescimento desses

setores em expansão.

Além das palestras com enfoque

técnico para as atividades avícola e suiní-

cola, a AveSui irá expor e premiar trabalhos

científicos. O espaço se destina à divulga-

ção de pesquisas para fomentar e difundir

o aprendizado dentro da feira. Todo mate-

rial enviado será avaliado por professores e

pesquisadores. Um trabalho científico será

premiado com um tablet e a universidade

que tiver mais representantes na disputa

ganhará 10 inscrições para o XII Seminário

Técnico Científico de Aves e Suínos.

Evento

Serviço:

AveSui 2013

Data: 14 a 16 de maio de 2013

Local: CentroSul - Centro de Conven-

ções de Florianópolis

Av. Gustavo Richard, s/n - Florianópolis -

Santa Catarina - Brasil

E-mail: [email protected]

Site: avesui.com

Organização: Gessulli Agribusiness

Aves e suínos em focoAveSui 2013 chega com novidades na programação

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15sindiavipar.com.br |

Evento

Próxima ediçãoTerminada a fase de balanço

do evento, a organização já concentra os

esforços para a realização da próxima edi-

ção do Show Rural Coopavel, que já tem

data definida, será entre 3 a 7 de Feverei-

ro de 2014.

Negociações na casa de R$ 1,6 bi-

lhão e público de mais de 200 mil pessoas.

Esse foi o resultado da 25ª edição do Show

Rural Coopavel, uma das maiores feiras

técnicas voltadas ao agronegócio no Bra-

sil. O evento foi realizado entre os dias 4 e

8 de fevereiro em Cascavel.

Considerado uma vitrine tec-

nológica, o evento recebeu 430 expo-

sitores de diversas áreas, entre elas

biotecnologia, genética, máquinas e

equipamentos. As principais empresas

mundiais de equipamentos e de pesqui-

sa compareceram ao evento.

O presidente da Coopavel, Dilvo

Grolli, destaca que o Show Rural busca

mostrar ao produtor como é possível utili-

zar as inovações tecnológicas para aumen-

tar a produtividade e, ao mesmo tempo,

preservar o meio ambiente. “A edição de

25 anos do evento foi histórica e bateu to-

dos os recordes. O mais importante, no en-

tanto, foram as tecnologias apresentadas,

o conhecimento adquirido e os resultados

que virão nas próximas safras”, afirma.

Pela primeira vez o Show Rural re-

cebeu um presidente da República. Dilma

Roussef esteve em Cascavel no primeiro

dia do evento especialmente para visitar e

conhecer a feira. Outras autoridades como

a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o

ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro e

o governador do Paraná, Beto Richa, tam-

bém marcaram presença.

NúmerosOs números da edição 2013 im-

pressionam. De acordo com a organização,

mais de mil caravanas visitaram o Show

Rural nos cinco dias de feira. Dezesseis

delas eram exclusivamente formadas por

mulheres, que além de conhecerem as no-

vidades do setor, ainda tiveram a oportu-

nidade de assistir a palestra motivacional

“Mulheres Cooperativistas: a participação

feminina no campo” organizada pela Uni-

coop e ministrada por Itamar Ribeiro.

Outro número que merece des-

taque foi a quantidade de empregos gera-

dos. Direta e indiretamente cerca de 1.800

pessoas trabalharam no evento entre or-

ganização, restaurante, estandes, limpeza,

estacionamentos e recepção.

PalestrasAlguns expositores também pro-

moveram palestras gratuitas para os par-

ticipantes, entre eles a Organização das

Cooperativas do Paraná (Ocepar), que re-

cebeu a primeira rodada do Ciclo de Pales-

tras Informação e Análise do Agronegócio,

promovido pela Gazeta do Povo.

Com o tema “No clima e no mer-

cado as oportunidades da safra 2012/13”,

o analista Vinicius Xavier, da consultoria

FCStone e o meteorologista Luiz Renato

Lazinski, do Instituto Nacional de Meteo-

rologia (Inmet), do Ministério da Agricul-

tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

abordaram um dos assuntos que mais pre-

ocupam os produtores rurais.

Superando expectativasShow Rural Coopavel bate todos os recordes ao completar 25 anos

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16 | sindiavipar.com.br

Recentemente o Governo do Para-

ná separou as atribuições da Secretaria de

Governo e regulamentou as novas compe-

tências da Casa Civil. A separação das pas-

tas visa aprimorar o sistema de administra-

ção do Poder Executivo, para garantir mais

agilidade e eficiência nas ações públicas.

Reinhold Stephanes é o novo

secretário da Casa Civil, que passa a coor-

denar a execução dos contratos de gestão

firmados entre o governador e os secretá-

rios de Estado. Coordena também a execu-

ção dos programas e ações prioritárias do

governo, representando a organização do

relacionamento do governo estadual com

o federal.

Stephanes é economista, com es-

pecialização em Administração Pública na

Alemanha e técnico na área de finanças.

Além de deputado federal, foi ministro da

Previdência, Trabalho e Agricultura. No Pa-

raná, foi secretário de Agricultura, Adminis-

tração e de Planejamento e presidiu o Ban-

co do Estado do Paraná (Banestado). Como

deputado federal, presidiu comissões de

economia, finanças e a comissão especial

para os atos relativos ao plano real.

A atuação da nova pasta Casa Civil

foi detalhada na entrevista realizada pela

Revista Avicultura com Stephanes.

Avicultura – Quais as ações previs-

tas para seu mandato na Casa Ci-vil? Existe alguma meta principal?

Reinhold Stephanes – Fui convi-

dado a participar da equipe para articular

os programas, projetos e ações estratégi-

cas do governo. São questões complexas,

que envolvem, além do planejamento,

muitos atores e instituições. Como a bu-

rocracia limita a gestão de governo, se os

órgãos operadores não forem bem arti-

culados, o tempo entre a decisão de fazer

um projeto, até inicia-lo, pode ser longa, de

três até de cinco anos.

Um exemplo é a implantação do

Complexo Industrial Portuário de Pontal

do Paraná, que envolve meio ambiente,

indústria, portos, uma série de instituições,

o plano diretor da cidade, ligações rodovi-

árias e ferroviárias, entre outras questões.

Outro exemplo é a implantação da Klabin,

na região de Ortigueira – um investimen-

to de R$ 7 bilhões –, em que o Governo do

Estado tem papel de facilitador, pois serão

deslocados sete mil operários para o local

com as suas famílias. Será necessário criar

uma cidade nova, que ofereça saúde, edu-

cação e segurança. É importante também

um projeto de duplicação da via de acesso

à região de Maringá, que tem grande mo-

vimento, por ser uma grande artéria que

vem desde o Mato Grosso até Guaíra, em

direção ao interior do estado e também ao

porto de Paranaguá. Até agora já levanta-

mos cerca de quarenta casos como esses,

estratégicos para o estado. Minha função é

assumir a articulação destes projetos.

O senhor então vai atuar em várias frentes, como se fosse um coorde-nador?

Sim. Da mesma forma será com

financiamentos. O Paraná hoje tem qua-

tro em discussão: com o Banco Mundial, o

Banco Interamericano, o Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e o Ban-

co Mundial na área rural. Cada um deles se

desdobra em vários projetos, porém po-

dem levar anos para serem obtidos, porque

passam por diversas etapas de aprovação.

É preciso achar formas de articular e nego-

ciar, para que o processo seja o mais rápido

e eficiente possível.

O que muda com a separação das competências da Secretaria de Go-

Entrevista com StephanesNovo chefe da Casa Civil do Paraná, Stephanes fala sobre ações do Governo para a avicultura

Entrevista

16 | sindiavipar.com.br

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17sindiavipar.com.br |

Para o governador, é fundamental

acelerar os projetos de governo,

destravar situações e coordenar melhor

o entendimento entre os secretários

e instituições

Entrevista

verno e da Casa Civil?A Secretaria de Governo tratava

de toda a documentação que depende de

aprovação do governador, gerada pelas

secretarias do Estado. Eram milhares de

processos, e tudo isso passava pela Casa

Civil. Também era responsável por tudo

que depende de alterações, como decre-

tos, portarias, ou projetos que dependem

da Assembleia Legislativa. Tudo isso passa

agora para a Casa Civil, e aí vai para o go-

vernador. Cerca de 80% desse trabalho é

rotina, que a lei exige e é importante, mas

é burocracia que vai da aprovação de um

contrato, até a aprovação de uma licitação

ou de licenças ambientais. Como isso ab-

sorvia praticamente o tempo integral do

tradicional chefe da Casa Civil, não sobrava

tempo para articular programas estratégi-

cos, por isso a divisão. Para o governador,

é fundamental acelerar os projetos de go-

verno, destravar situações e coordenar me-

lhor o entendimento entre os secretários

e instituições, que participam do mesmo

programa ou projeto muitas vezes.

Com relação à crise que afetou a avicultura paranaense no último ano, de que forma o governo atua-rá nesta nova fase, que sinaliza iní-cio de recuperação no setor?

A maioria das ações e decisões

em relação à política avícola é de respon-

sabilidade do governo federal, o único que

pode instrumentar políticas de produção,

de sustentação de preço ou de estoque, ou

mesmo de fluxo de matérias-primas para

produção. Por exemplo, o frango precisa

de soja e milho como ração, porém o Para-

ná não produz o suficiente. Os grãos vêm

então de outros estados, para manter equi-

líbrio na cadeia produtiva. Isso é responsa-

bilidade do governo federal.

A grande dificuldade no Brasil é

que o estado tem poucos instrumentos

nesse sentido. Podemos planejar e defen-

der, junto ao governo federal, ações para

melhorar as condições para a produção,

para melhorar a infraestrutura e logística,

mas dependemos da decisão do governo

federal, que centraliza recursos para gran-

des investimentos e obras.

Infelizmente, o governo federal

não vê a agricultura como questão estraté-

gica para o desenvolvimento do Brasil, nem

o ministro da Agricultura tem visto nos últi-

mos anos. Tivemos problemas com o antigo

ministro, que saiu por problemas sérios de

corrupção, e o novo não assumiu até hoje,

por questões de saúde. Assim a situação

fica um pouco solta, e um estado produtor

como o Paraná sofre as conse quências. Por

outro lado, felizmente, o mercado externo

tem grande demanda, os preços têm me-

lhorado e os estoques mundiais estão bai-

xos, então há uma perspectiva boa para a

agricultura, mais por razões externas que

por ações internas de governo.

Com relação ao governo federal, a Casa Civil tem algo a reivindicar?

Temos muitas questões das áre-

as indígenas, com problemas sérios na

região de Guaíra, onde quase dois mil

índios, vindos do Paraguai e de outros

estados, se estabeleceram. É uma situa-

ção difícil e complicada. Temos também

questões ambientais, que dependem do

Ibama e outros órgãos federais. Temos a

questão dos portos, que têm concessões

e licitações centralizadas no governo fe-

deral. O Porto de Paranaguá, por exemplo,

tem um projeto muito bom, com licitação

eficiente, mas precisa se modernizar. Para

tanto, precisa de concessões do Meio Am-

biente, do Ministério dos Transportes, en-

tre outras. Para financiamentos, também

dependemos da aprovação do Tesouro e

do Senado. O Brasil é muito centralista

em termos de decisões.

Em sua opinião, quais as expectati-vas para o agronegócio paranaen-se neste ano?

Acho que estamos tendo um ano

bom, os estoques mundiais estão baixos

e a demanda está forte. E vejo uma pers-

pectiva muito boa para o futuro. Porém,

acho que o Brasil terá dificuldade na con-

corrência com produtos industriais, porque

tem como concorrentes eficientes, como

Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica, Ho-

landa, Japão, China, Coreia e EUA. Na área

agrícola, na produção de soja, temos ape-

nas os Estados Unidos e a Argentina como

concorrentes. Mas o nosso agricultor é efi-

ciente. O que temos é uma infraestrutura

deficiente. Se o governo conseguisse ver

melhor a importância estratégica dessa

área, teríamos um grande avanço ao Brasil.

E para o Paraná?A perspectiva do Paraná é muito

boa, porque 20%, ou seja, um quinto da

produção brasileira vem desse pequeno

território de 2,8% do Brasil.

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Instituições

18 | sindiavipar.com.br

A busca de trabalhadores in-

gleses por uma forma solidária de solu-

cionar problemas econômicos causados

pela concentração de capital originou

um movimento que é responsável,

a tualmente, por quase 20% do Produto

Interno Bruto (PIB) do Paraná. O coope-

rativismo é um modelo socioeconômico

que almeja o desenvolvimento econô-

mico sem deixar de lado o bem estar

social. E é esta filosofia que o Sindicato

e Organização das Cooperativas do Es-

tado do Paraná (Ocepar) segue.

No estado, o cooperativismo

teve início na década de 1920, quando

Valentin Cuts, considerado o pioneiro

da doutrina no estado, fundou a Socie-

dade Cooperativista de Consumo Svitlo,

na comunidade de Caraizinho, União da

Vitória, diante da necessidade de encon-

trar melhores opções para a compra de

insumos e para a venda de produtos de

seus associados. Já a Ocepar foi fundada

em 1971, passando a fazer parte da Or-

ganização das Cooperativas Brasileiras

(OCB), para representar e defender os

interesses do sistema cooperativista pa-

ranaense, além de prestar serviços para

o pleno desenvolvimento das suas coo-

perativas e de seus integrantes.

O Sistema Ocepar é composto

por três sociedades distintas: a Ocepar, o

Serviço Nacional de Aprendizagem do Co-

operativismo (Sescoop - PR) e a Federação

e Organização das Cooperativas do Esta-

do do Paraná (Fecoopar). A Ocepar faz a

representação institucional, presta servi-

ços adequados ao pleno desenvolvimento

das cooperativas e de seus integrantes. O

Sescoop realiza a capacitação e o monito-

ramento, além de atuar na formação pro-

fissional e promoção social. Por último, a

Fecoopar faz a representação sindical das

cooperativas. O Sistema comtempla 11

dos 13 ramos do cooperativo brasileiro.

No setor agropecuário são 80 entidades

que respondem por cerca 56% da econo-

mia do agronegócio regional.

NúmerosA entidade desempenha diversas

funções como elaborar estudos para esta-

belecer políticas de apoio junto ao gover-

no, coordenar e defender o cooperativis-

mo paranaense, orientar a constituição e

funcionamento das cooperativas, treinar

cooperados, dirigentes e funcionários

para melhorar sua formação e prepará-los

para suas atividades fins. “Em 2012 foram

realizados 5 mil eventos nas cooperativas,

com mais de 120 mil pessoas, para promo-

ver a gestão de Recursos Humanos e fazer

o monitoramento da gestão financeira de

cada cooperativa” conta Nelson Costa, su-

perintendente da Ocepar.

As cooperativas são responsá-

veis por mais da metade das riquezas

produzidas nas lavouras paranaenses. Em

2012, o faturamento do cooperativismo

paranaense atingiu o valor recorde de R$

38,5 bilhões, o que representa um cresci-

mento de 20% em relação a 2011, quando

o faturamento foi de R$ 32 bilhões. Atual-

Defensora das cooperativasImportante para as cooperativas agrícolas, o Sistema Ocepar representa o setor no Paraná

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19sindiavipar.com.br |

Instituições

mente, estima-se que o cooperativismo é

responsável pela geração de 1,5 milhões

de postos de trabalho no o Paraná.

Avicultura cooperativaO cooperativismo avícola pos-

sui um papel muito importante dentro

do estado, pois a conversão de grão em

carne de frango possui ótimos índices de

conversão alimentar. O Paraná é pratica-

mente o único com cooperativas fortes

no setor avícola, como Coopavel, Copa-

col, C. Vale, Lar, Copagril, Coasul, Cocari

e Unitá. Juntas, as cooperativas associa-

das abatem 1,5 milhão de cabeças por

dia, o que representa um terço de todo o

abate no estado.

Além de serem financeiramente

representativas, as cooperativas avícolas

do Paraná também desempenham um im-

portante papel na difusão de novas tec-

nologias e beneficia também a população

local, pois o sistema vertical de produção

das cooperativas permite a instalação de

agroindústrias em diversas regiões.

O produtor agropecuário que ti-

ver interesse em se tornar um cooperado

deve ir a uma cooperativa para ser instru-

ído sobre seus direitos e deveres, além de

receber um treinamento para a sua capa-

citação. “Aqui no Paraná quase todas as ci-

dades possuem uma cooperativa” afirma

Costa. O associado entrega sua produção

e cria um vínculo com a cooperativa para

comprar por preços menores e vender

por preços mais atrativos. “Além disso, o

cooperado recebe assistência técnica e

participa dos resultados no final do ano,

ao contrário das empresas privadas” com-

pleta o superintendente.

unIãoAtualmente, são 240 cooperativas

registradas na Ocepar.

unIãoAtualmente, são 240 cooperativas

registradas na Ocepar.

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20 | sindiavipar.com.br

Economia

Depois de um ano desafiador

para a avicultura, especialistas veem

alívio moderado nos primeiros três

meses de 2013. O cenário de custos

mais acomodados deve estimular a in-

dústria e promover a recuperação do

setor, expectativas que já se confir-

mam neste início de ano.

Em janeiro, o poder de com-

pra do avicultor aumentou em quase

todas as regiões do país, vez que os

principais insumos sofreram desvalo-

rização no período, segundo o Centro

de Estudos Avançados em Economia

Aplicada (Cepea/Esalq), da Universi-

dade de São Paulo (USP). Em dezem-

bro, 1 kg de frango comprava 2,7 kg

de farelo de soja. No final de janeiro,

o mesmo volume passou a comprar

quase 3 kg de farelo, melhora de 11%

na relação de troca. Para o milho, 1 kg

de frango comprava 5,3 kg do insumo

em dezembro. No último dia de janei-

ro, foi possível comprar 5,5 kg, um au-

mento de 3,8%.

Dados do Cepea ainda apon-

tam que no mês de janeiro, em São

Paulo o frango inteiro congelado teve

aumento de 35,8% no preço médio em

relação ao mesmo período do ano pas-

sado. O produto ficou mais caro tam-

bém na comparação com dezembro,

mês que tem alto consumo devido às

festas de fim de ano, com aumento de

1,5% no preço do frango congelado.

Além desta valorização dos preços em

janeiro, para este ano ainda é espera-

da alta de 7,5% para frango inteiro e

de 9,9% para o frango em pedaços.

MercadoSegundo o diretor de Opera-

ções da Indústria Averama, Genézio

Garbin, o mercado está se recompon-

do com a retomada de preços. “Ainda

não está com os preços justos, mas

desde dezembro já começamos a ter

alguma margem de lucro, com possi-

bilidade de recuperação do prejuízo

do ano passado”, comenta.

Quanto ao mercado exter-

no, também houve melhora: no

mês de janeiro, a carne de frango

ficou em quarto lugar no ranking

dos 10 principais produtos com

maior receita cambial do país.

Em 2012 o produto chegou, no

máximo, ao quinto lugar na

pauta exportadora.

Além da acomodação

dos preços dos grãos, a me-

lhora nos custos de produ-

ção está ligada à redução

da oferta de produtos e

do volume de empresas

no mercado. “Não houve

aumento de consumo,

mas a produção caiu e

o mercado externo se

manteve estável, com

mesmo volume de

exportações, o que

gerou redução de

produtos no mer-

cado interno”, explica Garbin. Segun-

do ele, com essa retração, a expectati-

va é de que o setor se reposicione e se

mantenha produtivo e lucrativo.

Bom começoAno tem início com aumento de preços e estabilidadenos mercados

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Economia

Para Ciliomar Tortola, diretor

industrial do Grupo GTFoods, indús-

tria de Maringá,

nesse momento

é necessário não

só manter as so-

luções utilizadas

para enfrentar

a crise,

mas trabalhar para que as variáveis

do mercado não influenciem tanto a

produção. “Avaliar o quanto podemos

produzir com o menor custo, investir

em tecnologias que proporcionem

produtos de valor agregado e tomar

decisões rápidas frente ao movimen-

to do mercado devem ser constantes

nas empresas para que a recuperação

do setor se concretize”, aponta.

Quanto aos insumos, o merca-

do externo dá sinais de estabilidade e

a expectativa da safra de verão é po-

sitiva. De acordo com o levantamen-

to de safra da Companhia Nacional

de Abastecimento (Conab), divulgado

em fevereiro, a produção nacional de

grãos é estimada em 185 milhões de

toneladas, 11,3 % a mais do que no

ciclo passado, quando o Brasil pro-

duziu 166,17 milhões de toneladas.

“O mercado interno de grãos ainda

está passando por acomodação, mas

já está com os preços estabilizados.

Os mercados internacionais também

estão mais estáveis e a expectativa é

que se mantenham assim”, completa

Garbin.

PerspectivasEmbora as expectativas

de crescimento da economia

brasileira em 2013 não sejam

altas, o consumo de carne de

frango no Brasil ainda deve

crescer devido à expansão

do consumo por parte das

classes C e D, segundo a

União Brasileira de Avi-

cultura (Ubabef). A instituição esti-

ma para o ano crescimento de até

3%, tanto na produção quanto nas

exportações.

O presidente da Globoaves,

maior produtora de ovos férteis e

pintos de um dia da América Latina,

Roberto Kaefer, explica que as ma-

trizes de corte no ano passado fo-

ram reduzidas em 8%, o que deve

gerar nos próximos meses decrés-

cimo na produção de pintos e ovos

férteis. “Ela deve cair para volumes

que reduzirão oportunidades de

crescimento na produção de car-

ne de frango. Com a menor oferta,

o corre recuperação de preços. Os

pintos de um dia deverão custar em

torno de R$ 1,00, praticamente o

dobro do valor do ano passado”.

No mercado internacional

também há espaço para ampliação

de exportações, segundo o presi-

dente executivo da Ubabef, Francis-

co Turra. “A crise nos ensinou que

um trabalho institucional forte e a

cadeia produtiva unida têm capaci-

dade de superação mais rápida e efi-

ciente”. E é com este foco que o se-

tor avícola deve trabalhar em 2013,

prevê Turra. “Com o pé no chão e

muita cautela, mantendo a força e

a estabilidade dos negócios. O dife-

rencial será a busca pela agregação

de valor ao produto, tanto para o

mercado interno quanto o externo”.

De maneira geral, segundo

Kaefer, com esse panorama, as ex-

pectativas são as melhores. “Pode-

mos concluir que esse será o ano da

avicultura, devido à estabilidade de

produção e à oferta de carne, com

os custos ajustados para baixo e os

preço valorizados”, finaliza.

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Uma luz de incentivo

Capa

Energia elétrica é o segundo maior custo das indústrias avícolas, que chegam a pagar preço 11 vezes mais caro no horário das 18h às 21h

24 | sindiavipar.com.br

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Capa

No final de janeiro, a presi-

dente Dilma Rousseff anunciou, em

pronunciamento em cadeia nacional

de rádio e TV, a redução na tarifa de

energia elétrica praticada no país. A

queda foi maior do que a anunciada

em setembro passado. Para os con-

sumidores residenciais, em vez de

16,2%, a conta de luz caiu 18% e

para a indústria, agricultura, comér-

cio e setor de serviços, passou de

28% para até 32%.

“Hoje, além de garantir a re-

dução, estamos ampliando seu alcan-

ce e antecipando sua vigência. Isso

significa menos despesas para cada

um de vocês e para toda a economia

do país. Vamos reduzir os custos do

setor produtivo, e isso significa mais

investimento, mais produção e mais

emprego. Todos, sem exceção, vão

sair ganhando”, afirmou a presidente

em seu pronunciamento.

Dilma também afirmou que

o Brasil tem energia suficiente para

o presente e para o futuro, “sem ne-

nhum risco de racionamento ou qual-

quer tipo de estrangulamento, no

curto, médio ou no longo prazo”. Para

bancar a redução no custo da tarifa, o

governo vai gastar R$ 19 bilhões em

indenizações às empresas do setor

elétrico e mais R$ 3 bilhões por ano

para um fundo criado para compensar

reduções de encargos.

Setor avícola O anúncio da presidente Dil-

ma foi recebido pelas indústrias aví-

colas paranaenses de forma positiva,

mas a categoria avalia que para que a

atividade possa se recuperar da crise

provocada pela acentuada alta dos in-

sumos no último semestre de 2012 e

se manter competitiva é necessário

suporte do governo do Paraná para se

rever a tarifa de energia elétrica pra-

ticada no horário de pico.

A reivindicação do setor é

que a Companhia Paranaense de

Energia (Copel) volte a fornecer

energia para as indústrias avícolas

a um preço reduzido no horário das

18h às 21h, que é 11 vezes mais cara

do que no horário normal.

“A energia é hoje o segundo

maior custo das indústrias do setor.

Gostaríamos de voltar a pagar pela

energia elétrica o mesmo preço da

energia a diesel. Esse benefício já nos

foi concedido em 2003 e é de vital im-

portância para a estabilidade do setor

que ele volte a ser praticado”, afirma o

presidente do Sindicato das Indústrias

de Produtos Avícolas do Estado do Pa-

raná (Sindiavipar), Domingos Martins.

A avicultura do Paraná vinha

crescendo a ritmo chinês, com cres-

cimento médio de 14,15% nos últi-

mos 5 anos, e seguia embalada por

recordes de produção e exportação

no primeiro semestre de 2012. En-

tretanto, como consequência da dis-

parada dos preços da soja e do mi-

lho, causada pela quebra da safra de

milho norte-americana, foi abrigada

a desacelerar.

Segundo o dirigente, a in-

clusão dos avicultores no programa

de fornecimento de energia elétrica

barata no período noturno poderia

dar um novo embalo aos produtores.

“Com certeza essa decisão do governo

fortaleceria toda a cadeia, pois econo-

mizando com a conta de luz o produ-

tor poderia investir em infraestrutura

como, por exemplo, na construção de

novos galpões, aumentando assim sua

capacidade de produção”, pondera.

Atividade diferenciadaAinda de acordo com Mar-

tins, a redução é necessária já que a

avicultura é uma atividade diferen-

ciada, que lida com animais vivos e,

portanto, necessita trabalhar 24 ho-

ras por dia. “Não podemos deixar de

resfriar e congelar nossa produção,

assim como as incubadoras não po-

dem ficar sem energia, pois os em-

briões morreriam”, justifica.

Outra preocupação do setor

é com relação à utilização de gera-

dores à diesel pelas empresas, cujo

custo é mais acessível nesse horá-

rio. Segundo Martins, isso tem feito

com que muitas indústrias precisem

recorrer a essa forma de energia no

lugar da elétrica, que é mais limpa e

renovável, e impedido que possam

aumentar sua produção.

O presidente do Sindiavipar

diz que o que se espera agora é que

o governo adote medidas para evitar

a redução na produção e o repasse

de preços ao consumidor. Ele ressal-

ta que o governo deve usar todas as

ferramentas que dispõem para olhar

para essa cadeia tão importante para

o fornecimento de energia elétrica

barata no período noturno poderia dar um novo embalo aos

produtoresDomingos Martins

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26 | sindiavipar.com.br

encontro Lideranças do setor já

reivindicavam tarifas menores desde 2011

Capa

a economia brasileira. “O governo

está demorando demais para ajudar

o setor, ele não se mostrou sensível

ao setor avícola nem mesmo quando

ocorreram fechamentos de empresas

e demissões”, ressalta.

A indústria avícola é atual-

mente o segundo item na pauta de ex-

portação do Paraná, perdendo apenas

para a soja, e, por isso, sua importância

para a economia regional. O setor em-

prega cerca de 660 mil pessoas, entre

empregos diretos e indiretos, o que re-

presenta cerca de 7% da população do

Paraná. Hoje, o estado tem 43 agroin-

dústrias atuando na atividade, entre

abatedouros e incubatórios, e mais de

18 mil avicultores integrados.

RetrospectivaEm abril de 2011, represen-

tantes do setor avícola estiveram

reunidos com o governador do Para-

ná, Beto Richa, para apresentar pro-

postas para a melhoria dos gargalos

encontrados pela cadeia produtiva.

Uma das reivindicações era de que

a Copel voltasse a fornecer energia

para as indústrias a um preço reduzi-

do no horário das 18h às 21h.

Na ocasião, o governador ga-

rantiu apoio ao setor e afirmou que,

em seguida, a proposta seria analisa-

da tecnicamente pela Copel. Partici-

param também da reunião o secretá-

rio da Agricultura e Abastecimento,

Norberto Ortigara, o deputado fede-

ral Alfredo Kaefer e o deputado esta-

dual Douglas Fabrício.

Dois meses depois, em junho

de 2011, os representantes do setor

avícola estiveram reunidos com o pre-

sidente Copel, Lindolfo Zimmer, que

informou os avicultores de que não

naquele momento não seria possível

atender o setor nessa solicitação.

Agora, de acordo com o sindi-

cato da categoria, solicitar novamente

ao governo estadual apoio nesta ques-

tão é uma prioridade para este ano de

pós-crise.

RepresentatividadeO Paraná é hoje o maior produ-

tor e exportador em volume de carne

de frango do país – a indústria avíco-

la paranaense responde sozinha por

28% de toda a produção de frango de

corte no Brasil e do volume de carne

de frango embarcada para o exterior.

O Paraná fechou o ano passa-

do com uma ligeira queda de 1,12%

no faturamento das exportações de

carne de frango, que somaram US$

2,04 bilhões entre janeiro e dezem-

bro, de acordo com a Secretaria de

Comércio Exterior (Secex) vinculada

ao Ministério de Desenvolvimen-

to, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC). Já a quantidade de aves aba-

tidas em 2012 no estado foi de 1,4

bilhão de cabeças, 0,85% superior

do que em 2011, quando produziu

1,3 bilhão de aves.

Mesmo assim, a avicultura pa-

ranaense conseguiu manter desempe-

nho acima da média nacional. Enquan-

to o Brasil recuou 0,5% no volume de

carne de frango embarcado em 2012,

o Paraná exportou 7% a mais. Já no

faturamento a retração foi de 6,6% a

nível nacional, enquanto no Paraná foi

de apenas 1,12%.

Uma das justificativas para

esse bom desempenho é a qualida-

de do frango de corte produzido no

Paraná, fruto de investimentos em

genética, manejo, ambiência e sa-

nidade. “Nosso desafio é manter a

posição de destaque nacional e in-

ternacional incentivando os avicul-

tores do estado a continuar priori-

zando o controle e na qualidade do

frango que é produzido aqui”, reve-

la o presidente do Sindiavipar.

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27sindiavipar.com.br |

aProFunDaMentoDragagem permitirá chegada de navios maiores

Foto

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20

12

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pa

Infraestrutura

No final de janeiro, entidades e

representantes do governo e das comu-

nidades indígenas de Sambaqui e Ilha da

Cotinga, no Litoral, assinaram um Termo de

Compromisso para atender algumas exi-

gências dos grupos locais e possibilitar o

início do processo de licitação da dragagem

de aprofundamento do Porto de Paranaguá.

Entre as demandas estavam o

fornecimento de energia elétrica, água

potável e três barcos para as comunida-

des. Esta seria a última pendência para a

licença prévia do Instituto Brasileiro de

Meio Ambiente e Recursos Naturais Reno-

váveis (Ibama) que autoriza a realização

do processo licitatório para a contratar a

empresa que fará a dragagem.

Assinaram o termo a Secretaria

de Portos, Secretaria de Estado da Justi-

ça, Cidadania e Direitos Humanos do Pa-

raná, Fundação Nacional do Índio (Funai),

Administração dos Portos de Paranaguá e

Antonina (Appa) e Ministério Público Fe-

deral, além dos caciques de Sambaqui e

da Ilha da Cotinga.

Desde outubro passado, o Ibama

havia se manifestado favoravelmente à

emissão da licença, mas as aldeias indíge-

nas de Sambaqui e da Ilha do Cotinga, não

concordando com o procedimento, se mo-

bilizaram chamando a atenção da Funai e

do Ministério Público e fazendo com que o

processo ficasse parado.

Depois do impasse, a ministra-che-

fe da Casa Civil Gleisi Hoffmann coordenou

ação com o objetivo de encontrar solução

ao impasse. “Essas melhorias vão implicar

em um investimento de R$ 800 milhões nós

próximos dez anos, garantindo a competiti-

vidade do porto”, anunciou a ministra.

A dragagem de aprofundamento

permitirá a chegada de navios ainda maio-

res a Paranaguá e Antonina. Após a inter-

venção, a profundidade dos berços de Para-

naguá passará dos atuais 8 a 12 metros para

até 16 metros. Já o de Antonina passará de 6

para 9,8 metros.

InvestimentosAlém dos recursos que o Paraná re-

ceberá do Governo Federal para a dragagem

do Porto de Paranaguá, até 2017 o estado

deverá receber R$ 4,3 bilhões em investi-

mentos privados nos portos, por meio de

concessões e arrendamentos de novas áre-

as portuárias. Os recursos estão previstos

no Programa de Investimentos em Logística

do Sistema Portuário Nacional, anunciado

no final do ano passado.

MovimentaçãoDe acordo com a Appa, o balanço

total da movimentação de cargas nos por-

tos paranaenses registrou crescimento em

2012. Considerando apenas as exporta-

ções, foram quase 28,5 milhões de tonela-

das movimentadas. Esse total é 12% maior

que os 25,5 milhões registrados em 2011.

Em receita cambial, foram gerados quase

US$ 18,6 bilhões – US$ 1 bilhão a mais que

no ano anterior.

As exportações representam qua-

se 56,5% da movimentação geral registra-

das pelos portos de Paranaguá e Antonina

em 2012. Esse volume - mais de 44,6 mi-

lhões de toneladas - é um novo recorde his-

tórico; 9% maior em relação aos 41 milhões

movimentados em 2011.

Dragagem a caminhoGoverno assina termo de permissão para obrasno Porto de Paranaguá

27sindiavipar.com.br |

aProFunDaMentoDragagem permitirá chegada de navios maiores

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28 | sindiavipar.com.br

Dados divulgados pela Ubabef

apontam que a produção de carne de fran-

go foi de 12,645 milhões de toneladas,

uma queda de 3,17% em relação ao ano

de 2011. Houve também redução nos em-

barques de carne de frango, principal pro-

duto das exportações avícolas brasileiras,

que somaram 3,918 milhões de toneladas

em 2012, menos 0,6% em relação a 2011.

A receita cambial totalizou US$ 7,703 bi-

lhões, diminuindo 6,7%, diante do mes-

mo período do ano passado.

A queda nos números do setor foi

um reflexo da disparada, no último ano,

dos preços do milho e da soja, que repre-

sentam os principais custos da produção.

Esse impacto foi seguido pela ausência de

créditos para avicultores e agroindústrias,

resultando em milhares de demissões e

na paralisação de diversas empresas.

É importante frisar que a produ-

ção avícola atravessou essa conjuntura

mantendo seus atributos de qualidade,

sanidade e sustentabilidade. É preciso

destacar também que o Brasil se mantém

como maior exportador mundial e terceiro

maior produtor de carne de frango, atrás

apenas dos Estados Unidos e da China.

Entre os fatores que contribuem

para que o país mantenha essa posição de

destaque no ranking do comércio interna-

cional de carne de frango estão a atuação

e a dedicação dos seus trabalhadores. Por

isso, as agroindústrias mantêm uma pre-

ocupação constante com a segurança e

a saúde desses profissionais. As práticas

incluem, por exemplo, um intenso treina-

mento sobre comportamento seguro no

ambiente de trabalho, programas de gi-

nástica laboral e paradas periódicas.

Para ratificar esse processo re-

lacionado à saúde e segurança do tra-

balhador, foi aprovada a nova Norma

Reguladora (NR) para agroindústrias de

abate e processamento de carnes e de-

rivados. Há dois anos, entidades ligadas

aos trabalhadores e empresas do setor,

juntamente com membros do Ministério

Público do Trabalho, reuniram-se para

formar um grupo tripartite que discutiu e

analisou todos os pontos relacionados ao

tema. O resultado foi o desenvolvimento

de uma norma elaborada em conjunto e

que atende às aspirações de emprega-

dos, empregadores e governo.

O Brasil detém hoje uma das

melhores condições de trabalho em

frigoríficos do mundo. Dessa forma, a

nova NR, além de aprimorar o mode-

lo de produção das agroindústrias, vai

oferecer segurança jurídica para que as

empresas operem com uma legislação

clara, que até então não existia.

Segurança da produção

Ubabef

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30 | sindiavipar.com.br

Amenizar os problemas causados

por períodos de estiagem, evitar desper-

dício de água potável e gerar economia

estão entre as principais vantagens de uti-

lizar cisternas para coleta, armazenagem e

utilização da água da chuva por produto-

res de aves e suínos. Com o crescimento

da produção registrado nos últimos anos, a

necessidade de utilizar esse tipo de fonte

de água na criação dos animais e também

nas residências dos produtores tem sido

cada vez maior.

O armazenamento de água da

chuva em cisternas é utilizado no Brasil

há muito tempo, mas em algumas re-

giões, como Santa Catarina, por conta dos

recentes períodos de estiagem, a prática

vem aumentando. É importante, ressaltar,

no entanto, que os resultados proporcio-

nados pelas cisternas somente serão sa-

tisfatórios se as instalações forem feitas

da forma correta.

Para facilitar o trabalho dos

produtores interessados em instalar cis-

ternas em suas propriedades, a Embrapa

Suínos e Aves de Concórdia (SC), unidade

da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-

pecuária (Embrapa) vinculada ao Minis-

tério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-

mento (MAPA), publicou recentemente o

documento “Aproveitamento da água da

chuva na produção de suínos e aves”.

De acordo com técnico da Embra-

pa, Paulo Cesar Baldi, os interessados em

instalar esse tipo de reservatório devem

utilizar modelos e sugestões de construção

que melhor se adaptem as suas realidades,

baseados na demanda de água da proprie-

dade e no fim proposto: utilização para

a dessedentação animal ou limpeza geral

apenas. “As cisternas precisam receber os

mesmos cuidados exigidos para as caixas

d’água quanto a material e limpeza. É im-

portante também que as primeiras águas

coletadas da chuva sejam descartadas, por-

que elas arrastam as impurezas existentes

nos telhados e nos encanamentos”, explica.

Ainda segundo Baldi, os principais

pontos levantados no documento produ-

zido pela Embrapa são a necessidade de

instalar pré-filtro, decantador (onde fica ar-

mazenada a primeira água coletada), assim

como os filtros de pedras e a proteção da

cisterna, tudo visando à obtenção de água

de melhor qualidade, no caso de utilização

para produção animal. No caso de uso re-

sidencial também é necessária a instalação

de pré-filtro após a calha, sendo que neste

caso a água coletada deve ser restrita a ba-

nheiro, irrigação de jardins e hortas e ser-

viços de limpeza em geral, como calçadas.

EscassezAlgumas regiões sofrem com a

Aproveitando a chuvaInstalação correta de cisternas evita falta de água e gera economia

Oportunidades

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31sindiavipar.com.br |

Oportunidades

31sindiavipar.com.br |

escassez de água em períodos de estiagem

com mais frequência. “Em certos locais

acontece de não chover com regularidade

por períodos de dois a três meses. Nesse

tempo é essencial contar com a água co-

letada em período de chuva abundante”,

relata.

A água coletada da chuva deve ser

utilizada principalmente para limpeza, nos

banheiros e na sedentação de animais, des-

de que esteja com o nível determinado de

potabilidade. “Para que a água coletada te-

nha a qualidade desejável e recomendada

para esse tipo de uso é essencial que alguns

padrões sejam seguidos”, reforça Baldi.

Acompanhamento Ainda de acordo com o técnico da

Embrapa, a entidade fez algumas monito-

rias da água proveniente de cisternas ins-

taladas por produtores de Concórdia (SC) e

notou resultados otimistas em termos de

economia e qualidade. “Quem está seguin-

do o padrão sugerido pela Embrapa tem

conseguido um bom armazenamento, o

que garante o abastecimento com qualida-

de para períodos de escassez”, avalia. Baldi

ainda conta que o documento com orien-

tações criado pela Embrapa foi elaborado

para suprir a necessidade dos produtores

da região que vinham procurando a enti-

dade para obter informações a respeito da

técnica correta.

O objetivo, no entanto, segundo

explica o técnico, não é oferecer um mo-

delo padrão de cisterna, haja visto que há

outros modelos de sucesso em diferentes

regiões do Brasil. De acordo com Baldi o ob-

jetivo deve ser o oferecimento de água de

qualidade aos animais pelo sistema optado.

“Aqui na região muitos produto-

res não possuíam cisternas, então a insta-

lação delas tem como princípio as orien-

tações fornecidas por esse documento, no

entanto, qualquer produtor ou indústria

que queira conhecer o modelo sugerido

pela Embrapa, com base em estudos, pode

acessar o arquivo e adaptar as técnicas su-

geridas”, sugere o técnico.

Governo catarinenseSanta Catarina passou por um pe-

ríodo de estiagem severa no início de 2013,

o que já tem sido uma constante para o

estado. Visando evitar perdas com futuras

estiagens, o governo do estado autorizou

o financiamento de R$ 60 milhões junto

ao Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) para financiar

a construção de cisternas, com capacidade

que varia de 300 mil a 400 mil litros. A ex-

pectativa é que a medida amenize em 70%

os problemas provocados pela estiagem.

Avicultura paranaenseNo Paraná, segundo o Instituto Pa-

ranaense de Assistência Técnica e Extensão

Rural (Emater), os produtores avícolas de-

vem seguir as orientações para instalação

de cisternas das indústrias integradoras.

Pelo fato da atividade avícola paranaense

seguir o modelo de integração, o material

disponibilizado pela Embrapa poderia ser-

vir de apoio para as indústrias que desejam

aprimorar a técnica já adotada por seus

produtores integrados ou até mesmo po-

deria ser adotado como padrão por aquelas

indústrias que ainda não incorporaram ao

seu modelo produtivo a captação de água

da chuva.

Para baixar documento feito pela

Embrapa Suínos e Aves sobre a instala-

ção de cisternas é só acessar o site cnpsa.

embrapa.br e clicar nos links: Informações

Técnico-Científicas -> Publicações -> Pu-

blicações da Série Embrapa -> Série Do-

cumentos -> DOC157 “Aproveitamento

da água da chuva na produção de suínos e

aves”. Também é possível acessar o docu-

mento diretamente no link: www.cnpsa.

embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publica-

cao_v7r28u3f.pdf.

Vantagens do aproveitamen-to da água da chuva:• Combate a escassez de água

em períodos de estiagem ou de

maior demanda.

• Reduz o consumo e o gasto com

água potável na propriedade.

• Evita a utilização de água potá-

vel na lavagem de pisos na suino-

cultura e na avicultura.

• Ut iliza estruturas já existen -

tes , como os telhados e as co-

ber turas .

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32 | sindiavipar.com.br

Dados do sexto levantamento

da safra atual, anunciados no início de

março, pela Companhia Nacional de

Abastecimento (Conab), vinculada ao

Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa), indicam que a

segunda safra de milho, também cha-

mada de milho safrinha, deve chegar

a 41,2 milhões de toneladas no ciclo

2012/13. A quantidade é 5,5% maior

do que na safra passada quando Brasil

produziu 39,1 milhões de toneladas.

O número supera a produção

do milho primeira safra, estimada em

34,7 milhões de toneladas. “A tecno-

logia da soja precoce está viabilizando

o plantio da safrinha. No Centro Oeste

os ciclos chegavam a 128 dias, hoje

já dá para colher com 100 dias. Além

disso, muitas áreas de pastagem es-

tão dando lugar as lavouras”, comen-

ta o secretário de Política Agrícola do

Mapa, Neri Geller.

No fim de janeiro, as altas

precipitações registradas na região

Centro-Oeste acabaram atrasando a

colheita da soja variedade precoce em

alguns municípios e, por consequên-

cia, provocou o atraso do plantio do

milho. Porém, de acordo com Geller,

a chuva não atrapalhou a safra já que

no mês de fevereiro o clima se estabi-

lizou dando condições de trabalho no

campo. Somente o Centro-Oeste deve

colher 26,1 milhões de toneladas de

milho na safra 2012/13, a área plan-

tada é de 5,1 milhões de hectares. O

Mato Grosso, principal estado produ-

tor do milho segunda safra, colherá

sozinho 16,1 milhões de toneladas do

grão, de acordo com dados da Conab.

Já o Paraná, segundo maior

estado produtor, estima colher uma

safra recorde por causa das excelen-

tes condições climáticas. De acordo

com o Departamento de Economia

Rural ( Deral), ligado à Secretaria de

Agricultura e Abastecimento do Es-

tado ( Seab-PR), as lavouras parana-

enses serão responsáveis pela pro-

dução de 11,3 milhões de toneladas,

14% a mais do que na safra anterior

quando foram colhidas 9,9 milhões

de toneladas.

Ainda de acordo com a Conab,

as duas safras de milho (1ª e 2ª sa-

fra) deverão proporcionar uma safra

recorde de 76 milhões de toneladas

do grão, o que representa um cres-

cimento de 4,2% em relação à safra

passada.

O levantamento apontou que,

no Brasil inteiro, a área total de plan-

tio de grãos, incluindo o milho, na se-

gunda safra será de 52,9 milhões de

hectares, 4,1% maior do em relação

à safra passada quando foram planta-

dos 50,8 milhões de hectares. O milho

ampliou a área em 8,6% passando de

7,6 milhões de hectares para 8,3 mi-

lhões de hectares.

Os técnicos ouviram, no pe-

ríodo de 18 a 22 de fevereiro, represen-

tantes de órgãos públicos e privados

das áreas de grande produção. Foram

atualizadas as informações de área,

produção e comportamento climático

nos estados da região Centro-Sul, oeste

da Bahia e sul do Piauí e Maranhão, além

dos estados de Rondônia e Tocantins.

Insumos

Produção milho safrinha deve superar a do milho verão

Bom desempenho

32 | sindiavipar.com.br32 | sindiavipar.com.br

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33sindiavipar.com.br | 33sindiavipar.com.br |

Insumos

ParanáNo estado, a segunda safra do

milho deverá ocupar uma área de 2,06 mi-

lhões hectares, o que corresponde a 51%

da área prevista para a segunda safra de

grãos em geral. A produção poderá alcan-

çar até 11,3 milhões de toneladas, 14%

a mais do que na safra passada quando o

Paraná colheu 9,9 milhões de toneladas.

O incremento da área foi bem

pequeno, ficou em 1%. No ciclo 2011/12,

o milho safrinha ocupou 2,03 milhões de

hectares. Porém, de acordo com a agrô-

noma da Seab-PR, Juliana Yagushi, a alta

produtividade alcançada nas lavouras irá

render uma boa safra para o estado. Se-

gundo estimativas do Deral, a produtivi-

dade média deve ficar em torno de 5,4 to-

neladas por hectare, 12% a mais do que

na safra passada quando a produtividade

ficou em 4,8 toneladas por hectare.

Juliana explica que as novas

tecnologias aplicadas nas propriedades

tem proporcionado o aumento grada-

tivo da produtividade. “Hoje existem

cultivares resistentes as variáveis que

atingem o campo como pragas e clima,

além disso, foram desenvolvidos mate-

riais adaptados especialmente para a

safrinha”, comenta.

Outro fator determinante para a

boa safra paranaense tem sido o clima. No

início do plantio as precipitações foram

pequenas, porém as chuvas foram regula-

rizadas. Segundo a Conab, as excelentes

condições climáticas criam a expectativa

de rendimentos recordes.

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MILHO 2ª SAFRA 2012/13Região Área (mil ha) Produtividade (kg/ha) Produção (mil ton)

Norte 111,6 3.872 432,2

Nordeste 504,9 2.907 1.467,5

Centro-Oeste 5.157,6 5.080 26.199,1

Sudeste 432,3 4.427 1.914

Sul 2.066,6 5.450 11.263

Brasil 8.723 4.989 41.275,8

Fonte: Conab – Levantamento de março/2013

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IntercâMbIo6ª Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia, no Palácio do Planalto

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Bem-estar animal

Um dos bons resultados obti-

dos durante a 6ª Cúpula Brasil-União

Europeia, realizada em janeiro deste

ano, em Brasília, foi a assinatura de um

acordo de cooperação na área de bem-

estar animal entre o Brasil e a União

Europeia. O acordo foi assinado no

Palácio do Planalto, pelo ministro in-

terino da Agricultura, Pecuária e Abas-

tecimento (Mapa), José Carlos Vaz, e

pela chefe da delegação da União Eu-

ropeia no Brasil, a embaixadora Ana

Paula Zacarias.

O protocolo foi elaborado pe-

lo Mapa, por meio da Secretaria de

Desenvolvimento Agropecuário e Co-

operativismo (SDC) com a colaboração

do Departamento de Inspeção de Pro-

dutos de Origem Animal (DIPOA/SDA).

Com o objetivo de ampliar a

cooperação técnica entre o governo

brasileiro e a diretoria-geral de Saúde

e Proteção do Consumidor da União

Europeia, será constituído um grupo

de trabalho para intercâmbio regular

de informações e cooperação técnica

para o bem-estar de animais de pro-

dução. Segundo o Mapa, estrategica-

mente o acordo é muito importante,

pois o Brasil tem a Europa como um

grande mercado consumidor de pro-

teína animal e o bem-estar animal

é um ponto muito importante para

os europeus. Só em 2011, de acordo

com dados do Ministério do Desen-

volvimento, Indústria e Comércio Ex-

terior / Secretaria de Comércio Exte-

rior (MDIC/Secex), o Brasil exportou

488.407 toneladas de frango só para

a União Europeia.

Segundo o secretário de Re-

lações Internacionais do Agronegócio

do Mapa, Célio Porto, os técnicos bra-

sileiros terão oportunidade de trocar

experiências com profissionais espe-

cializados no tema, considerando que

a União Europeia é um dos mercados

mais exigentes e demanda cada vez

mais por tratamento adequado aos

animais de produção.

“A assinatura do termo de

co o pe ração é um avanço no entendi-

mento dos técnicos brasileiros e eu-

ropeus, especialmente para estudos e

treinamentos, visto as diferenças sig-

nificativas entre Brasil e Europa quan-

to às condições climáticas, culturais e

logísticas, que interferem significati-

vamente no bem estar dos animais de

produção”, explicou o secretário.

Bem-estar e qualidadeO bem-estar animal depende

de cuidados durante a produção que

ajudem a evitar estresse nos animais,

tanto durante o período de criação

quanto no abate. De acordo com o

Mapa, o manejo inadequado, além de

causar estresse e sofrimento desne-

cessário, afeta diretamente a qualida-

de da carne em fatores como cor, pH,

consistência e tempo de prateleira,

entre outros.

Segundo o Mapa, o setor aví-

cola brasileiro está avançado em rela-

Brasil amplia cooperação técnica na área de bem-estar animal

Acordo com a Europa

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35sindiavipar.com.br |

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ção ao bem-estar animal. Porém, o setor

ainda pode evoluir. Para tanto, o foco se-

rão os treinamentos na fase de manejo

pré-abate, para harmonizar os procedi-

mentos técnicos da indústria e do Ser-

viço de Inspeção Federal. O transporte é

outra etapa que deve apresentar melho-

rias no transporte rodoviário.

PreocupaçãoCada vez mais os consumidores

estão exigindo o abate humanitário de

animais e de olho no mercado interna-

cional, a cadeia produtiva brasileira já

acompanha as tendências do mercado

no que se refere aos cuidados com a

produção de frangos de corte. Uma das

garantias da origem do produto é o Cer-

tified Humane Brasil, outorgado pela

Ecocert Brasil, empresa pioneira no se-

tor de certificação de orgânicos e que

atua em parceria com a ONG americana

Humane Farm Animal Care.

Para ter o selo, o produtor de-

ve seguir uma lista de 86 requisitos

que buscam cumprir as cinco princi-

pais questões quanto ao bem-estar

animal: alimentação saudável; con-

forto e abrigo apropriados; prevenção

ou diagnóstico e tratamento rápido de

doenças e infestações; ausência de

medo e estresse, inclusive na hora do

abate; criação em um espaço que pro-

mova o comportamento natural da es-

pécie. Todos esses padrões na criação

e abate das aves podem ser encontra-

dos no site certifiedhumane.org.

O cumprimento dessas exigên-

cias torna possível a produção humani-

tária de alimentos. Com a certificação,

o produto pode ser comercializado com

o selo de bem-estar animal impresso no

rótulo. Segundo o diretor geral da Eco-

cert Brasil, Luiz Mazzon, “a adoção do

selo de bem-estar animal no Brasil ain-

da é pequena. Mas o crescimento anual

de mais de 30% no mercado de pro-

dutos orgânicos em geral sinaliza uma

tendência de que o consumidor de pro-

dutos que respeitam o homem e o meio

ambiente está disposto a prestigiar este

tipo de mercadoria”.

cÚPuLaPresidente do Conselho Europeu, presidente Dilma Rousseff e presidente da Comissão Europeia

cÚPuLaPresidente do Conselho Europeu, presidente Dilma Rousseff e presidente da Comissão Europeia

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Mercado exterior

36 | sindiavipar.com.br

A avicultura brasileira recebeu

uma boa notícia no mês de fevereiro.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa) anunciou que

cinco frigoríficos foram habilitados para

exportar carne de frango à China. Três

indústrias são de Santa Catarina, uma do

Mato Grosso e uma de São Paulo.

Para serem habilitados, os frigo-

ríficos passaram por uma rigorosa sele-

ção. Os empresários tiveram que enviar

um dossiê com todas as características

da planta para o governo chinês com in-

formações sobre higiene, instalações,

formas de processamento do produto,

condição dos uniformes dos funcioná-

rios, entre outras características. Depois

de tudo analisado, a China enviou uma

missão ao Brasil para verificar in loco os

dados fornecidos pelas indústrias.

As exigências foram definidas

em um acordo biliteral firmado pelos go-

vernos chinês e brasileiro. Os requisitos

constam no chamado Certificado Sanitá-

rio Internacional (CSI), que é assinado por

um fiscal do Mapa e atesta que todos eles

foram cumpridos pelo frigorífico.

De acordo com Célio Porto, se-

cretario de Relações Internacionais do

Mapa, 47 frigoríficos se candidataram

para a habilitação chinesa, mas apenas

seis foram selecionados nesta fase, cinco

de aves e um deles de suínos, no Rio Gran-

de do Sul. Foram enviados para a China,

centenas de documentos na intenção de

comprovar que as indústrias estavam

dentro dos padrões exigidos. Ainda se-

gundo Porto, nem todas as plantas foram

conhecidas pela missão chinesa, mais de

20 ainda aguardam uma visita.

MercadoCom as novas habilitações o Brasil

garante mais participação no maior mer-

cado consumidor do mundo, já que hoje a

China tem mais de 1,3 bilhão de habitantes.

A abertura do mercado chinês ocorreu em

2009 e de lá para cá, as exportações para

o país asiático cresceram de maneira con-

siderável. Dados da Secretaria de Relações

Internacionais do Mapa mostram que em

2009 foram exportadas 23.989 toneladas

de frango para a China, em 2010 foram

121.522 toneladas, em 2011 foram embar-

cadas 195.844 toneladas e em 2012 as ex-

portações chegaram a 227.445 toneladas.

“Só em 2011, o Brasil respondeu

por 74% da carne de frango que entrou

no mercado chinês. Acreditamos que a

participação possa ser maior ainda por-

que o consumo só tende a crescer por lá”,

comenta Porto.

Em 2012, de 1,12 milhão de tone-

ladas de carne de frango exportadas pelo

Paraná, 82,82 mil toneladas foram para a

China, colocando este país em segundo

lugar no ranking de principais destinos da

carne de frango paranaense. A China res-

pondeu por 7,35% do total exportado, o

primeiro lugar continua sendo da Arábia

Saudita, que no ano passado exportou

261.174 toneladas, ou 23,19% do total.

Mais cinco frigoríficos brasileiros são habilitados paraexportar frango para a China

Abertura chinesa

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Mercado exterior

Domingos Martins, presiden-

te do Sindicato das Indústrias de Pro-

dutos Avícolas do Estado do Paraná

( Sindiavipar), enfatiza que o mercado

chinês é altamente tentador por causa

do potencial de consumo. “A população

chinesa é gigantesca. Se o consumo per

capita da China fosse de apenas um quilo

de frango, mesmo assim o reflexo no mer-

cado mundial seria enorme”, argumenta.

ProdutosAtualmente, o país é um grande im-

portador de pedaços do frango que são pra-

ticamente descartados por outros mercados

como é o caso das asas ou pés das aves. Com

isso, as partes consideradas nobres como o

peito e a sobrecoxa são destinados ao mer-

cado interno ou para outros países. “Para o

Brasil a preferência dos chineses por essas

partes acaba se tornando um ótimo negócio

porque, dessa forma, os frigoríficos conse-

guem comercializar vários produtos e com-

plementam sua renda”, explica Porto.

Segundo dados da Secretaria

de Relações Internacionais do Mapa, até

março de 2011 a China já havia habili-

tado 24 frigoríficos para exportar carne

de frango, isso sem contabilizar as cinco

plantas anunciadas no final de janeiro.

Porém, outras unidades continuam ten-

tando obter a habilitação, mas não há

previsão de uma nova visita da missão

chinesa ao país. Porto comenta que o

Brasil está pleiteando junto ao gover-

no chinês que outros frigoríficos que já

requisitaram a habilitação sejam apro-

vados como exportadores por equiva-

lência. Nesse caso, fiscais brasileiros fa-

riam uma auditoria e enviaram à China,

porém o secretario diz que essa é uma

questão que ainda deve ser negociada.

Domingos Martins diz que

as novas habilitações representam

uma vitória para a avicultura brasi-

leira, mesmo que sejam apenas cinco

unidades. “Agora nossa batalha é que

outras indústrias do mesmo porte se-

jam autorizadas para exportarem para

a China. Temos dezenas de frigoríficos

no país em condições de exportação”,

afirma. No Paraná apenas seis abate-

douros tem habilitação para exportar

para o país asiático.

Novas habilitações

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38 | sindiavipar.com.br38 | sindiavipar.com.br38 | sindiavipar.com.br

Capacitação

O laboratório Eurofins Alac, que

atua na análise de drogas veterinárias,

com apoio do Sindicato das Indústrias

de Produtos Avícolas do Estado do Para-

ná (Sindiavipar), promoveu no dia 7 de

março, em Maringá, um workshop que

abordou temas que os próprios parti-

cipantes escolheram. O resultado não

poderia ter sido melhor, público parti-

cipativo e palestras diferenciadas que

puderam ser abordadas com profundi-

dade. É o que conta uma das organiza-

doras do evento, Dione Karina Francis-

co, consultora de relações institucionais

do laboratório Eurofins Alac.

Dione conta que para realizar o

evento foram feitas enquetes em campo

abordando o que os veterinários e técni-

cos gostariam de ouvir. A escolha foi por

temas atuais e que ainda geram dúvidas

como a utilização de drogas veterinárias

e a incidência de patógenos. “Consegui-

mos atingir o objetivo. Os palestrantes

puderam abordar situações envolvendo

drogas e patógenos que acontecem des-

de o campo até a fiscalização”, conta.

Cerca de 40 pessoas, entre fis-

cais de sanidade, especialistas em nu-

trição animal e veterinários de indús-

trias avícolas participaram do evento.

“Outro destaque desse workshop foi a

valiosa troca de ideias entre os partici-

pantes e com os próprios palestrantes.

Durante as abordagens tivemos espaço

para esclarecimentos e exposição de

situações reais e cotidianas do público”,

relata Dione.

DestaqueEntre as palestras de desta-

que no workshop foi a ministrada pelo

médico veterinário, doutorando em Ci-

ências Veterinárias pela Universidade

Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

e fiscal federal agropecuário do Minis-

tério da Agricultura, Pecuária e Abaste-

cimento (Mapa), Leonardo Werlang Iso-

lan. Ele abordou o “Programa Nacional

de Redução de Patógenos em Carne de

Aves: presente e futuro”, que tem como

principal objetivo monitorar e contro-

lar a salmonela em carcaças de aves.

“Foi uma palestra esclarece-

dora em que foram expostos resul-

tados e novas perspectivas do pro-

grama que existe desde 2003”, conta

Isolan. No Brasil, 179 estabelecimen-

tos participam desse monitoramento.

“Temos a intenção de incluir novas

patogenias de interesse da avicultura

e do poder público nesse trabalho”,

esclarece o fiscal.

Para o médico veterinário Fer-

nando Salla, inspetor da empresa Fran-

go Sabor Caipira, a participação no

evento foi muito produtiva e proveito-

sa. Ele destaca a palestra realizada pelo

Mapa como a mais interessante. “Como

trabalho com inspeção, a abordagem da

microbiologia e a atualização sobre o

que está sendo feito na área de controle

e monitoramento me interessa muito e

ajuda no trabalho com a linha de produ-

ção”, relata Salla.

Além da palestra com o fiscal

do Mapa, participaram como palestran-

tes do evento o farmacêutico e bio-

químico da Eurofins Leandro Pires, o

engenheiro agrônomo da Eurofins Feli-

pe Barreto, o médico veterinário João

Batista Lancini, da Lavenco Consultoria

e Representações, e Rodrigo Santana

Toledo, da empresa Aurora Alimentos

com a palestra “Principais riscos e re-

sistência associados ao uso de antimi-

crobianos na produção avícola”.

Eurofins Alac promoveu workshop com temas escolhidos pelo público alvo

Informação sob medida

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39sindiavipar.com.br |

Adapar

Em sua primeira reunião de 2013,

realizada em 27 de fevereiro, o Comitê Es-

tadual de Sanidade Avícola (Coesa-PR) de-

finiu novas regras para a criação comercial

de aves no Paraná. Com a decisão unanime

tomada pelas lideranças da cadeia avícola,

ficou definido que todos os produtores de

aves do estado, que tenham finalidade co-

mercial, devem ter cadastro e registro co-

mercial na Agência de Defesa Agropecuária

do Paraná (Adapar).

Até então a regra valia apenas

para produtores com mais de mil cabe-

ças de aves. “Essa iniciativa é baseada em

questões sanitárias. Somos o maior estado

produtor de frangos de corte e precisamos

estar na vanguarda do controle de qualquer

variável que afete a produção, como por

exemplo, doenças”, explica o coordenador

do Coesa-PR, o médico veterinário Hum-

berto Schiffer Cury.

Na reunião também foram toma-

das outras decisões que alteram a legis-

lação estadual. Elas foram definidas após

consulta aos quatro SubCoesas, por meio

de formulários, e posterior debate e vota-

ção de um parecer único do Coesa Estadual.

A Instrução Normativa nª 36, do Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(Mapa), possibilitou alterar as distâncias mí-

nimas entre aviários e das cercas de isola-

mento a partir de parecer técnico do Coesa,

baseado em avaliação de risco.

Com a autonomia, o comitê deci-

diu que as propriedades com aviários pré-

existentes a 4 de dezembro de 2007, com

distância entre 2,5 e 3 mil metros, e que fo-

rem passar por ampliação terão que passar

por uma análise de risco realizada pela Ada-

par. Além disso, os novos aviários terão que

cumprir as exigências e critérios utilizados

na reprodução e definidos pela Instrução

Normativa nª 36, do Ministério da Agricul-

tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para

os novos aviários valem as mesmas regras.

Nos estabelecimentos comerciais

preexistentes localizados a menos de três

quilômetros de outros de reprodução (cor-

te e postura), a distância entre os aviários

novos e ampliações e os limites da proprie-

dade deverá ser de 20 metros. Já no caso da

distância entre os aviários e outros aviários

na mesma propriedade ou unidade epide-

miológica, a distância será definida pela

própria empresa.

Em núcleos ou unidades epide-

miológicas diferentes na mesma proprie-

dade, o distanciamento será de 300 metros

para os novos aviários.

BiossegurançaCom as mudanças, os estabeleci-

mentos avícolas comerciais, instalados a

menos de três quilômetros de um estabe-

lecimento comercial de reprodução indus-

trial, devem cumprir as mesmas exigências

feitas para reprodução, conforme já define

a IN 36. Serão exigidas as distâncias míni-

mas (definidas pelo Coesa), interiores dos

galpões que permitam a limpeza e desin-

fecção, piso em alvenaria, tela de 2,54 cm

ou uma polegada e cerca de isolamento de

no mínimo um metro de altura em volta do

aviário ou unidade epidemiológica, com

afastamento mínimo de dez metros.

Ficou ainda decidido que quan-

do uma propriedade com aviários pré-

existentes, localizada no raio de 2,5 a 3

mil metros de um estabelecimento de re-

produção avícola, estes deverão cumprir

as mesmas normas de biossegurança e

biosseguridade e controles sanitários do

aviário a ser ampliado ou construído, ou

seja, as mesmas exigências de reprodu-

ção e analise de risco quando for a caso

conforme pareceres do Coesa-PR.

Outra medida adotada para ga-

rantir a limpeza e a desinfecção dos avi-

ários é a obrigatoriedade do uso calçado

exclusivo para a mesma unidade epide-

miológica e bota descartável para visi-

tantes. As regras começam a valer a partir

de abril de 2013.

Coesa-PR estabelece novas regras para criação comercial de aves no Paraná

Maior controle sanitário

COESA-PRComitê é coordenado pelo médico veterinário Humberto Cury

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40 | sindiavipar.com.br

Canal do colaborador

Desde 2005, o Grupo Pioneiro re-

aliza, sistematicamente, Pesquisas de Cli-

ma Organizacional (PCO), que auxiliam no

planejamento e reforçam a importância do

seu diferencial competitivo: as pessoas.

Dessa forma, devido os resulta-

dos da última PCO, em 2012, surgiram di-

versas novidades, como a implantação de

uma ouvidora interna e também do Plano

Diretor de Desenvolvimento e Treinamen-

tos Pioneiro (PDDT), este último consoli-

dando uma ampla parceria entre a área de

Recursos Humanos (RH) e os demais seto-

res da organização.

O PDDT proporcionou uma ver-

dadeira revolução, pois no ano passado,

mais de 95% do quadro de colaboradores

do Grupo Pioneiro receberam treinamen-

to técnico ou comportamental, com temas

específicos, em consonância com o Levan-

tamento de Necessidades de Treinamento

(LNT), que leva em conta as competências

necessárias a cada função, totalizando

aproximadamente 16 mil horas de treina-

mentos. “Foi um ótimo trabalho realizado

e que necessitou da participação dos ou-

tros departamentos para viabilizar este

resultado”, observa o gerente de recursos

humanos, Renato Módolo.

LíderesOutro destaque é o treinamento

PróLíder, integrante do Programa de De-

senvolvimento de Lideranças , que ocor-

re em dois níveis. O primeiro é composto

por treinamentos voltados à gestão e ao

planejamento estratégico. São mais de 20

grupos que representam diversos setores

do Grupo Pioneiro, totalizando cem lide-

ranças.

Esses colaboradores reúnem-se

quinzenalmente e desenvolvem dezenas

de planos de ação que geram integra-

ção produtiva, convivência qualificada e

orientação para resultados. “Os treina-

mentos fazem a gente olhar mais a fundo

as coisas que no dia a dia e em nossa rotina

acabam passando despercebidas”, conta o

colaborador do setor de suprimentos, Le-

andro Lemes Carneiro.

Em segundo nível, ocorrem trei -

na mentos gerais, com a participação mé-

dia de 160 colaboradores do escopo de

líderes e gestores. As ações abordam o

desenvolvimento pessoal e comunicação

que, por meio de estímulos, dinâmicas

e atividades em grupo, promovem o de-

senvolvimento do potencial da liderança

Pioneiro.

“Eu sentia a necessidade de mu-

danças e o curso veio relembrar alguns

conceitos de comunicação que eu tenho

colocado em prática na minha vida pro-

fissional e também na pessoal. Ouvir mais

as pessoas que estão ao meu redor é be-

néfico, tanto para mim quanto para elas”,

comenta a colaboradora do departamento

comercial, Larissa Valle.

“Tenho sentindo dentro do meu

setor uma melhora no convívio entre os

funcionários. Eu mesmo tenho procurado

cuidar da forma como eu falo, pois tenho o

tom de voz alto e isso, às vezes, é interpre-

tado como grosseria”, acrescenta o líder

de produção de frangos, Rodrigo Mio.

MinitreinamentoUm dos principais cursos ofer-

tados é sobre comunicação e feedback.

Para concluir o módulo, organizou-se o

minitreinamento “Comunicação: chave

do bom relacionamento familiar e pro-

Em 2012, 95% dos colaboradores do Grupo Pioneiroreceberam treinamento

Foco na capacitação

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41sindiavipar.com.br |

Canal do colaborador

fissional”. A capacitação é chamada de

minitreinamento porque é realizada em

horário de trabalho e possui duração de

sessenta minutos.

O objetivo do curso é conscien-

tizar os colaboradores de que a comu-

nicação é responsável pela qualidade

dos relacionamentos. Tão importante

quanto “o que” se fala é o “como” se

fala. O treinamento tratou desde ques-

tões como objetividade, conveniência e

percepção na comunicação, até os tipos

de comunicação e a responsabilidade

de quem envia ou responde os estímu-

los (mensagens), dentro de uma meto-

dologia que brinca com verdades e faz

rir diante de situações reais. Apenas em

2012, 511 colaboradores passaram pelo

minitreinamento.

“Não apenas eu, mas todo mun-

do necessita aperfeiçoar a comunicação e

se expressar melhor. Eu aprendi bastante

a me relacionar com os amigos aqui na

empresa, além de saber como conversar

mais com meus familiares”, conta o co-

laborador do setor de cortes, Welligton

Pinheiro Viana.

Outra vantagem citada pelos

funcionários foi a aquisição de confiança

para falar em público. “Considerei essa

ação fundamental para perder o medo

de falar. O que mais gostei foi na parte

em que você recebe um sorriso de uma

pessoa e devolve aquele mesmo sorriso,

transmitindo assim aquela mensagem

que foi positiva para você”, conta Junius

Vicente Barbosa.

Em 2013, os minitreinamentos

continuam. Em apenas três meses, mais

de 100 colaboradores já participaram e

comprovam que os resultados ultrapas-

sam os limites corporativos, influencian-

do e contribuindo também para a vida

pessoal de todos. “Este assunto foi uma

novidade para mim. É incrível entender

que há várias formas de comunicação.

Creio que irá servir de aprendizado para

minha vida pessoal”, comenta o colabo-

rador do setor de elaboração, Vinicius Ca-

margo de Oliveira.

“Este treinamento serviu para

relembrar algumas coisas que a gente já

sabe e acaba não colocando em prática.

Ajudou até mesmo em casa. Nós che-

gamos cansados, sem tempo e esque-

cemos que precisamos dar atenção e

nos comunicarmos melhor com nossos

familiares”, acrescenta a funcionária do

setor de embalagem, Kellen dos Santos

Bueno Ramos.

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42 | sindiavipar.com.br

Pesquisa e tecnologia

Para oferecer qualidade de vida

aos trabalhadores dos frigoríficos brasi-

leiros, a Confederação Nacional da Indús-

tria (CNI), o Sesi (Serviço Social da Indús-

tria) e entidades ligadas ao setor estão

desenvolvendo um projeto que vai iden-

tificar problemas relacionados a seguran-

ça do trabalho dentro de agroindústrias.

Segundo o gerente de Planejamento, De-

senvolvimento e Avaliação da Unidade de

Qualidade de Vida do Sesi, Eduardo Aran-

tes, o objetivo é criar, a partir das infor-

mações levantadas, soluções para todo o

segmento. “Queremos identificar padrões

para encontrar saídas para todos os frigo-

ríficos”, comenta. Atualmente, o setor de

frigoríficos emprega 750 mil pessoas e

exporta cerca de US$ 15 bilhões ao ano.

Arantes conta que o projeto nas-

ceu da própria demanda dos frigoríficos,

que pediram apoio à CNI e ao Sesi para

melhorar o bem-estar dos trabalhado-

res. A partir disso, foi encomendada uma

pesquisa à Universidade Federal da Bahia

sobre a segurança do trabalho em frigorí-

ficos do Brasil e do mundo, que levou em

consideração os principais problemas re-

lacionados à saúde do trabalhador como

o frio, umidade, materiais de trabalho e

ergonomia. Com as informações em mãos,

as entidades deram início a elaboração do

“Programa Setorial Frigorífico” e criaram

um comitê que conta com vários repre-

sentantes do setor.

A iniciativa foi apresentada no

Seminário Nacional de Segurança e Saúde

no Trabalho do Setor Frigorífico, realiza-

do pela CNI e pelo Sesi em novembro, em

Brasília, e discutido com representantes

das áreas de recursos humanos, saúde e

segurança no trabalho de frigoríficos de

aves, bovinos e suínos.

Foram meses de planejamento

e, a partir de março deste ano, o projeto

será implantado, inicialmente, em seis

Programa piloto quer identificar oportunidades de melhoriaem frigoríficos para trabalhadores

Qualidade de vida

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43sindiavipar.com.br |

Pesquisa e tecnologia

plantas distribuídas entre os estados do

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa

Catarina. “Os frigoríficos foram indicados

pelas próprias entidades patronais. Agora

vamos fazer um diagnóstico dessas em-

presas para tentar mapear as causas que

impedem o bem-estar do trabalhador na

linha de produção”, explica Arantes. So-

mente entre essas unidades selecionadas

para a primeira fase do programa, são cer-

ca de 120 mil funcionários envolvidos.

TrabalhoArantes explica que esse projeto

será desenvolvido em longo prazo, ele

acredita que serão necessários pelo me-

nos dois anos para que o trabalho gere

resultados que possam ser soluções para

os frigoríficos melhorarem a qualidade

de vida do trabalhador. Por enquanto

as empresas selecionadas passarão por

uma análise com o objetivo de identifi-

car os problemas. A partir disso, serão

criados procedimentos e processos para

neutralizar as causas que geram aciden-

tes de trabalho e afastamentos da linha

de produção.

Com o estudo e desenvolvimen-

to de programas específicos para ajudar

no bem-estar do trabalhador dentro das

empresas modelos, será possível levar

soluções para os outros frigoríficos brasi-

leiros. Materiais para treinamento, vídeos

educativos e outras ferramentas ajudarão

no trabalho de orientação.

Segundo o diretor de Produção e

Técnico Científico da União Brasileira de

Avicultura (Ubabef), Ariel Antônio Men-

des, o projeto contemplará investimentos

em aprimoramento de estruturas e imple-

mentação de procedimentos e processos

que permitam ampliar o gerenciamento

do bem-estar do trabalhador dos frigorí-

ficos nacionais. “O bem-estar do trabalha-

dor é um dos tripés da sustentabilidade,

ao lado da preservação ambiental e do

bem-estar animal. Como um dos líderes

mundiais na produção e exportação de

carne de aves, bovinos e suínos, o Brasil

defende amplamente este tripé como

uma filosofia de trabalho, o que coloca o

setor nacional na vanguarda mundial da

saúde ocupacional”, ressalta.

De acordo o Fator Acidentário

de Prevenção (FAP), feito pelo Instituto

Nacional do Seguro Social, o setor avíco-

la figurava em 48º lugar no ranking por

frequência, em 44º lugar por gravidade

e em 105º lugar por custo. Hoje está, res-

pectivamente, em 190º, 159º e 232º. O

FAP é um dado apresentado no Anuário

Estatístico da Previdência Social. É apu-

rado de acordo com a gravidade, a fre-

quência e o custo dos benefícios previ-

denciários decorrentes de afastamentos

por doença e/ou acidentes de trabalho.

Quanto mais alta a colocação no ranking,

pior a situação do setor.

Workshop NR

O Programa Setorial Frigorífi-

cos foi apresentado para os representan-

tes do setor avícola paranaense durante

um workshop realizado no dia 5 de feve-

reiro, em Curitiba. Entidades represen-

tativas da indústria e do setor frigorífico

se reuniram para discutir com dirigentes

sindicais, técnicos e gestores das áreas

de recursos humanos, engenharia de

segurança, medicina do trabalho e de

abate e processamento, sobre a Norma

Regulamentadora (NR) que estabelecerá

novas diretrizes para o trabalho no Setor

Frigorífico. O curso foi realizado no Cen-

tro de Inovação, Educação, Tecnologia e

Empreendedorismo do Paraná ( Cietep).

De acordo com Clovis Veloso de

Queiroz Neto, coordenador do evento

e da área de defesa do interesse sobre

Segurança e Saúde no Trabalho da Ge-

rência de Relações do Trabalho da CNI, o

objetivo dos encontros promovidos pela

entidade é esclarecer dúvidas dos repre-

sentantes do setor sobre a nova regula-

mentação. “Fazemos uma apresentação

sobre todos os aspectos da nova norma,

inclusive a abordagem jurídica”, explica.

Queiroz Neto destaca que o

workshop é uma ação proativa do setor

agroindustrial para adiantar os traba-

lhos no âmbito das empresas com rela-

ção à regulamentação e que esse é um

trabalho inédito com o segmento. Cerca

de 700 pessoas foram capacitadas em

todos os encontros, que também foram

realizados em Cuiabá, Porto Alegre, Belo

Horizonte e São Paulo.

“Por meio deste curso e de

outros que promoveremos pelo país,

buscaremos oferecer esclarecimentos

que contribuam para agilizar processo

de adequação até a entrada em vigor da

NR, prevista para março ou abril”, explica

Queiroz Neto.

O workshop é uma iniciativa

da Confederação Nacional da Indús-

tria (CNI) e do Serviço Social da Indús-

tria (Sesi), em parceria com a Ubabef,

a Associação Brasileira das Indústrias

Exportadoras de Carne (ABIEC), a As-

sociação Brasileira da Indústria Pro-

dutora e Exportadora de Carne Suína

(ABIPECS) e a Associação Brasileira

dos Frigoríficos (Abrafrigo).

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44 | sindiavipar.com.br

A Globoaves começou como um

pequeno comércio local, de origem fami-

liar, e hoje é a maior fornecedora nacional

de ovos férteis e pintos de um dia para cor-

te e postura. A indústria possui granjas de

matrizes de corte e fábricas de ração, com

unidades de produção próximas aos maio-

res centros nacionais – o que possibilita

agilidade na entrega e melhor qualidade

dos produtos.

Atualmente, grupo tem incubató-

rios em oito estados, além do Paraná. “Nes-

tes quase 28 anos de existência, a empre-

sa sempre se concentrou no agronegócio

com foco especial na avicultura, em que se

destaca na produção de pintainhos, ovos

férteis, frangos, embutidos e também na

biotecnologia”, explica o diretor-presiden-

te da empresa, Roberto Kaefer. As granjas

da empresa são de administração própria,

todas utilizam a mesma metodologia de

produção e treinamento e têm programas

de reflorestamento como parte do progra-

ma de biossegurança. As fábricas de ração

próprias atendem exclusivamente às gran-

jas do grupo.

Em 2001, a Globoaves deu início

ao abate de frangos, mantendo inicialmen-

te uma parceria com o Frigorífico Avenor-

te, do município de Espigão do Oeste (RO)

– único frigorífico da região Norte e que

abate mais de 30 mil aves/dia. O salto para

produção de frangos ocorreu em dezem-

bro de 2003 quando a Globoaves assumiu

a unidade do antigo frigorífico Chapecó,

em Cascavel (PR), planta que já havia per-

tencido a família no início de suas ativida-

des, na década de 70.

Desde então foram iniciados in-

vestimentos para ampliação e melhorias

da unidade, visando principalmente a ex-

portação para o Mercado Comum Europeu.

Aliado a isso, foram implantados progra-

mas de treinamentos e de qualidade, BPF

e HACCP. Atualmente o frigorífico de Cas-

cavel (PR) produz frango inteiro e cortes,

destinados principalmente ao mercado

externo.

Tecnologia Com relação à inovação tecnoló-

gica, a Globoaves foi a primeira no país a

utilizar a tecnologia de vacinação “in ovo”.

Também foi pioneira no uso do sistema de

escaneamento e remoção automática de

ovos inférteis. “Sempre buscamos aprovei-

tar as oportunidades oferecidas pelo mer-

cado e nos adiantar às mudanças no setor”,

destaca Kaefer. Segundo ele, a empresa foi

pioneira também na produção indepen-

dente de pintinhos de um dia, no início dos

anos 80, período em que as grandes indús-

trias não encontravam fornecedores regu-

lares do produto.

A indústria hoje conta com um

centro de tecnologia avícola que realiza

pesquisas e projetos na produção de fran-

gos de corte e com um centro de genética

para o desenvolvimento de linhagens colo-

niais. “Em 1995 fizemos uma joint-venture

com a Cobb para comercializar a linhagem

no Brasil. Na época, a linhagem detinha

apenas 5% do mercado e hoje é a líder

em matrizes de corte”, diz Kaefer. A em-

presa também foi a primeira a estruturar

uma Central de Ovos Férteis para seleção e

classificação de ovos para exportação.

Na área genética, a Globoaves

desenvolve linhagem de frango colo-

nial por meio da Global Breeders, em

sociedade com o Groupe Grimaud. Além

disso, a empresa ainda é sócia do grupo

francês na Novogen para o desenvol-

vimento de linhagem de Postura. Já na

área de biotecnologia, desde 2007, a

empresa é também fornecedora de ovos

embrionados para produção de vacinas

contra influenza para o único laborató-

rio do gênero na América Latina.

QualidadeA empresa foi a primeira a rece-

ber a recomendação de certificação HAC-

Expansão equalidadeGloboaves é a maior fornecedora de ovos férteis e pintainhos do país

Associados

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Associados

45sindiavipar.com.br |

CP (Hazard Analisys and Critical Control

Points), programa padrão em excelência

na garantia da qualidade sanitária dos

produtos. Os incubatórios têm equipa-

mentos automatizados para classificação

de ovos, ovoscopia e vacinação in ovo,

com processos supervisionados por equi-

pe certificada.

A Globoaves também possui fri-

goríficos para produzir cortes e frangos

congelados com foco especial no merca-

do externo e mantém unidades próprias e

em parceria para a produção para o mer-

cado interno.

Os integrados recebem suporte

técnico para o acompanhamento dos lo-

tes e adequação das granjas ao programa

de qualidade 5S. Também é feita a rastre-

abilidade dos lotes para adequação no

uso de produtos, de acordo com as nor-

mas internacionais.

ExpectativasCom relação à crise da avicultura

em 2012, Kaefer conta que, com as altas

dos preços dos insumos para produção

de ração, uma das soluções foi importar

milho do Paraguai. “O país teve uma safra

recorde e o produto está mais próximo do

Paraná que o milho trazido do Mato Gros-

so. Isso nos ajudou a atender nossas gran-

jas e clientes”. Para ele, o fato de a empre-

sa ser gerenciada pelos sócios-diretores

permitiu decisões rápidas nos momentos

de crise.

Para 2013 as perspectivas são

boas: “além da queda no preço dos insu-

mos, no decorrer do ano teremos uma boa

produção de milho e soja no Brasil e pro-

jeção de safra recorde nos Estados Unidos

para 2013/14”, analisa Kaefer. Além disso,

com a eliminação de matrizes em 2012, ele

diz que houve queda na produção de pin-

tinhos de um dia, o que gera consequente

aumento no preço, tanto do pintinho quan-

to do frango.

Outro aspecto que deve contri-

buir é a aprovação da desoneração da folha

de pagamento para a avicultura. “Espe-

ramos que em 2013 o setor se recupere e

possa planejar bem os próximos anos, com

alojamentos e produção adequada à reali-

dade. É isso que estaremos fazendo e que

estaremos incentivando”, finaliza.

GranjasAs granjas de recria têm com

galpões dark house com estruturas

para alojar machos e fêmeas, ideais

para que as aves potencializem a ca-

pacidade reprodutiva. As granjas de

produção têm aviários amplos, equi-

pados e com equipe qualificada para o

manejo adequado das aves e a coleta

de ovos, de acordo com normas de

biossegurança.

Fábricas de raçãoAs fábricas de ração da Glo-

boaves atendem a demanda da em-

presa com a produção de ração em for-

ma farelada e peletizada. A produção

é feita sob a responsabilidade de uma

equipe de nutricionistas e veterinários

para que seja garantida composição

nutricional balanceada e adequada às

necessidades de cada tipo de ave.

InteravesTendo iniciado suas ativida-

des em 1996, a Interaves Agropecuária

– atuando principalmente no estado

de São Paulo – é a empresa do grupo

voltada a produção e comercialização

de poedeiras comerciais. A empresa

possui incubatório e departamento

comercial na cidade de Birigui (SP),

bem como granjas de matrizes distri-

buídas por diversas cidades do estado.

A Interaves trabalha com as linhagens

Hisex e Bovans, poedeiras brancas e

vermelhas campeãs em produção de

ovos comerciais.

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46 | sindiavipar.com.br

Notas e registros

A Casp marcou presença no

Show Rural Coopavel 2013, realizado

entre os dias 4 e 8 de fevereiro, em Cas-

cavel. Em sua participação, a empresa

voltada à área de agronegócio, procurou

fortalecer a marca junto aos produtores

da região, divulgando especialmente as

inúmeras soluções em equipamentos

para incubação, matriz, frango de corte,

suinocultura e armazenagem de grãos.

Após um ano repleto de desafios

na avicultura e suinocultura em 2012, as ex-

pectativas para o evento eram as melhores

possíveis. De acordo com Everton Garde-

zan, do marketing, a oportunidade permitiu

a visita de muitos clientes que já possuem

equipamentos da marca, além de novos

consumidores à procura de novidades. Para

mais informações acesse: casp.com.br.

Casp no Show Rural

O aumento da produtividade

de aves no Brasil e o reaproveitamen-

to de cama, associados a outros fatores

predisponentes, aumentaram o desafio

com o “cascudinho aviário”, inseto de

nome Alphitobios diaperinus.

Sanitariamente, o cascudinho

pode causar grandes riscos às aves,

pois é considerado o reservatório de

diversos patógenos que acarretam pre-

juízos à sua saúde e aumentam o risco

de contaminação da carcaça no abate-

douro.

Para minimizar as perdas na

produção das aves devido ao inseto,

a Ourofino desenvolveu o Programa

de Controle Integrado de Cascudinho,

que faz parte do Proaves (Programa

de Redução de Pragas e Patógenos

Para Avicultura). O controle é realizado

com o Colosso Pulverização, compos-

to por três princípios ativos que agem

sinergicamente: Cipermetrina, que é

o inseticida mais eficiente do merca-

do; o Clorpirifós, também inseticida

e com ação desalojante dos besouros

das frestas/forro; e a Citronela, um re-

pelente natural. Conheça esse e outros

produtos em: ourofino.com.

Controle do cascudinho

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47sindiavipar.com.br |

Notas e registros

A Quimtia, que operava no Brasil

através da Nuvital Nutrientes S/A e Quimtia

Ind. e Com. de Prod. Químicos, passou a ser

Quimtia S.A., resultado do ciclo de reorgani-

zação da empresa. A mudança oficial ocor-

reu a partir do dia 10 de Janeiro de 2013.

Desde novembro de 2011, as empre-

sas químicas do grupo Fierro foram agrupadas

em uma única marca: a Quimtia. A partir desta

data, nasceu uma corporação química que pos-

sui em sua estrutura centenas de profissionais

qualificados, unidos para oferecer as melhores

soluções possíveis aos consumidores.

Hoje, a Quimtia é uma corpora-

ção presente na América Latina, Europa e

Ásia. Cada unidade é responsável por solu-

cionar desafios nos segmentos de nutrição

e saúde animal, alimentação farmacêutica

e indústria química em geral. Para mais in-

formações, acesse: quimtia.com.

Transformações na Quimtia

Durante a AveSui 2013, o

workshop sobre Dark House na avicultu-

ra será destaque do XII Seminário Técnico

Científico de Aves e Suínos. Elaborado

pela Gessulli Agrobusiness, o treinamen-

to será coordenado por Daniella Jorge de

Moura, professora da Faculdade de Enge-

nharia Agrícola – Unicamp, e tem como

objetivo trazer as experiências norte-

americana, europeia e brasileira com o

uso de galpões semelhantes e, especial-

mente, transmitir ao público técnicas im-

portantes para o controle ambiental des-

tes galpões.

Segundo a coordenadora, pales-

trantes internacionais abordarão concei-

tos essenciais para o sucesso da produção

de frangos em galpões Dark House. “Va-

mos apresentar a experiência nacional e

internacional a fim de consolidar técnicas

e conceitos do sistema Dark House visan-

do o aumento da produtividade e do bem-

estar na produção de frangos de corte na-

cional”, explica. Para mais detalhes sobre

o workshop, acesse: avesui.com.

Dark House na avicultura

Nos últimos meses, os con -

sumidores têm acompanhado o es-

cândalo da carne de cavalo na Eu-

ropa e fontes indicam que há um

sistema de fraude na produção de

alguns alimentos processados. A

carne de cavalo é amplamente con-

sumida no mundo todo, inclusive

em países europeus, porém, há in-

dicativo de fraude quando a carne

de cavalo é encontrada em produ-

tos processados que deveriam con-

ter somente carne de um determi-

nado tipo de animal.

Para detectar seguramente

a presença de carnes exógenas em

misturas cárneas cruas e processa-

das é preciso lançar mão das mo-

dernas técnicas de biologia mole-

cular para detectar e analisar o DNA

dos tipos de carnes específicas

contidas no alimento.

A técnica é robusta e sen-

sível porque o método se funda-

menta na análise do DNA da car-

ne, que não se deteriora durante

o processamento dos alimentos.

Além disso, constitui a técnica

mais específica tecnologicamen-

te disponível, pois cada tipo de

carne é proveniente de uma es-

pécie animal que tem seu código

genético único e é baseado neste

código que o teste é realizado.

Para mais informações, acesse

gruposaocamilo.com.

Detecção de carnesexógenas em alimentos

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Estatísticas

PER

UParticipação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg

Fevereiro14,30%

Paraná 81.278.792

Brasil 568.284.117

Acumulado18,87%

Paraná 162.076.053

Brasil 858.759.393

pAr

An

ápA

rA

FRA

NG

O

kg US$Jan 1.093.035 1.999.513Fev 1.423.020 2.612.473

Acumulado 2.516.055 4.611.986

EXPO

RTA

ÇÃ

OEX

PORT

ÃO

kg US$Jan 80.797.261 149.733.874Fev 81.278.792 160.720.605

Acumulado 162.076.053 310.454.479

Jan 120.744.159 124.366.449Fev 114.098.661 111.941.517

Acumulado 234.842.820 236.307.966

Jan 703.456 702.691Fev 673.614 655.878

Acumulado 1.377.070 1.358.569

Fo

nte

: S

ind

iav

ipa

r/S

ece

Participação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg

Fevereiro19,36%

Paraná 1.423.020

Brasil 7.347.667

Acumulado17,76%

Paraná 2.516.055

Brasil 14.162.632

Fo

nte

:Sin

dia

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Se

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AB

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eças

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2012

2012

2013

2013

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49sindiavipar.com.br |

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50 | sindiavipar.com.br

Hambúrguerde frango

• 600 g de frango moído

• 1 cebola ralada

• 2 colheres (sopa) de farinha de rosca

• 1 clara

• 1 colher (sopa) de mostarda

• 2 colheres (chá) de azeite

• Sal a gosto

INGREDIENTES

ReceitaReceita

Preaqueça o forno a 180º. Se preferir, em vez de comprar o frango moído, bata os 600 gramas de peito frango desossado e sem a pele no processador de alimentos até obter uma mistura lisa. Numa tigela, coloque todos os ingredientes, exceto o azeite. Misture com as mãos até obter uma massa compacta e lisa. Cubra com plástico filme e leve à geladeira por 15 minutos. Divida a massa em quatro partes. Com as mãos, faça uma bola com cada parte e aperte cada uma para formar hambúrgueres bem redondos. Leve uma frigideira antiaderente ao fogo médio. Quando aquecer, coloque uma colher (chá) de azeite e espalhe, girando a frigideira. Coloque dois hambúrgueres e deixe dourar por 3 minutos de cada lado. Transfira os hambúrgueres para uma assadeira e leve ao forno para não esfriar, enquanto frita os outros dois discos com a outra colher (chá) de azeite.

MODO DE FAZER

50 | sindiavipar.com.br

Tempo de preparo: 40 minutos

Rendimento: 4 porções

Fonte: panelinha.ig.com.br

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Frango Sabor Caipira

SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br

Diplomata Industrial e Comercial

SIF 1132Mandirituba - diplomata.com

PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola

Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br

Granja RealPato Branco - granjareal.com.br

Marco AviculturaTamarana

Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores

SIF 1860Paraíso do Norte

Abatedouro Coroaves

Agrícola Jandelle

Agroindustrial Parati

Agroindustrial Parati

Anhambi Alimentos

Avebom

Avenorte Avícola Cianorte

Maringá - coroaves.com.br

Rolândia - bigfrango.com.br

Rondon - agroparati.com.br

SIF 2137

SIF 1215

SIF 3925

SIF 2010

SIF 3170

SIF 2677

SIF 4232

Umuarama - agroparati.com.br

Itapejara do Oeste - anhambi.com.br

Jaguapitã - avebom.com.br

Cianorte - guibon.com.br

Avícola Felipe

BRF - Brasil Foods S.A.SIF 1880

SIF 8096

Paranavaí - misterfrango.com.br

Carambeí - brasilfoods.com.br

SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango

Diplomata Industrial e Comercial

SIF 2539Capanema - diplomata.com

Frango DM

SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br

Diplomata Industrial e Comercial

SIF 1619Londrina - diplomata.com

Frango Seva

SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br

Frangos Pioneiro

SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br

Gonçalves & Tortola

SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br

Jaguafrangos

SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br

Granjeiro Alimentos

SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br

Coop. Agroindustrial Lar

SIF 4444Medianeira - lar.ind.br

Copacol Coop. Agroindustrial Consolata

SIF 516Cafelândia - copacol.com.br

C. Vale Cooperativa Agroindustrial

SIF 3300Palotina - cvale.com.br

Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br

Coopavel Cooperativa Agroindustrial

SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br

Seara Marfrig Group

SIF 530Lapa – seara.com.br

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 716Toledo - brasilfoods.com

Tyson do Brasil

SIF 2694C. Mourão - tyson.com.br

Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com

Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br

Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br

Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br

Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br

Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br

Seara Marfrig Group

SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br

Kaefer Agroindustrial (Globoaves)

SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 1985Dois Vizinhos - brasilfoods.com

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 2518Francisco Beltrão - brasilfoods.com

Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon

SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br

ABATEDOUROS

INCUBATÓRIOS

exportação geral

Habilitações:

exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal

sindiavipar.com.br

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