3
_ __ Enseñanza COMUNICACÁO E EDUCACAO: CAMINHOS CRUZADOS ED VA LDO PEREIRA LIMA : U m ampio fórum de debates da realidade brasileira e até certo ponto latino—americana perti- nente ao universo da comunicafáo e da educafáo. Este é o qualificativo mais preciso para representar a realizafáo do VIII Ciclo de Estados Interdisciplinares da Comunicacáo, em Itaici, Sao Paulo, entre 04 e 08 de setembro último. Com este evento a INTERCOM - So- ciedade Brasileira de Estudos Interdisci- plinares de Comunicacao, confirma seu papel de contribuir para o avango dos estudos científicos da comunicacáo, servindo como centro aglutinador dos esforcos académicos neste complexo, importante segmento do saber humano. O VIII Ciclo, tendo como tema central "Comunicacáo e Educafáo: Ca- minhos Cruzados, Hoje e Amanhá", desdobrou—se em conferencias, comuni- cacóes livres, comunicacóes coordenadas e sessóes plenárias, abordando um ex- tensivo número de temas específicos, girando em torno da proposta básica do evento, apresentando todos eles a característica de servirem de avalia9áo da experiencia brasileira no setor e de definicáo de rumos, no momento em que a sociedade civil brasileira retoma os destinos do país e parte para a construcáo de um modo de vida demo- crático e participatívo. Daí, o caráter pluralista do encontró, servindo de porta—voz aos diferentes segmentos de pesquisadores, professores e estudiosos que se debru9am sobre a questáo. O VIII Ciclo também foi apoiado, para sua realizacáo, pelo INEP-MEC, CNPq e pela Unesco. Na conferencia que marcou a aber- tura do Ciclo, o ministro da Cultura, 62 I enseñanza professor Aluísio Pimenta — por sinal, também socio da INTERCOM -, des- tacou justamente que a temática desta oitaya reuniáo anual de estudos da entidade inseriu—se "diretamente na problemática da comunicacáo diante da transicáo democrática que constituí nosso momento histórico atual e, por isso mesmo, fala de Caminhos Cruza- dos, entre as inquietafóes do hoje e as esperan?as e perspectivas para o amanhá". Indo mais além, o ministro manifestou sua confianca de que a INTERCOM, ao cruzar os caminhos da educagáo e da comunicacáo, "está contribuindo de maneira decisiva para a explicitacáo de um conhecimento e para a indica9áo de práticas que se trans- formaráo, de imediato, em subsidios fundamentáis para o Ministerio da Cul- tura, que emerge e se organiza neste alvorecer da Nova República". iscutindo "A Questáo da Comu- nicagáo ñas Faculdades de Educa- cáo e a Questáo da Educacáo ñas Escolas de Comunicafáo", os professo- res Pedro Goergen — da Faculdade de Educacáo da Unicamp, e José Marques de Meló da Escola de Comunicafóes e Artes da USP, em sua conferencia con- junta, enfatizaram de um lado a urgen- cia de os educadores aproveitarem mais sistemáticamente os conhecimentos e técnicas acumulados pela área de comu- nicasáo. De outro, refletiram sobre a constatafáo histórica de que ha ausencia de educacáo ñas Escolas de Comuni- cafáo. Para o professor Goergen, a com- partimentalizacáo da universidade brasi- leira é a grande responsável pelo dis- tanciamento da própria comunicacáo, gerando o isolamento dos diferentes segmentos do mundo universitario. E na visáo do professor Marques de Meló, a ausencia do processo educativo ñas Escolas de Comunicacáo deverá ser vencida através do aperfei9oamento do corpo docente, da integra9áo do estágio ao processo pedagógico, do desenvol- vimento de um projeto académico ñas universidades, encampado pela ad- ministra9áo superior e da articula9áo da escola com o mundo concreto. Apropriada ao momento históri- co que vive o país, a conferencia "Pre- sen9a dos Meios de Comunica9áo na Escola: Utiliza9áo Pedagógica e Prepa- ra9áo para a Cidadania", do professor Cipriano Carlos Luckesi Universidade Federal da Babia, apresentou como tese primordial o raciocinio de que a cidadania" — a posse plena dos direi- tos e o exercício dos deveres por todos os membros de urna sociedade", na de- finÍ9áo do conferencista —ainda per- manece um ideal e deve ser conquis- tada. Neste ámbito, "a escola pode ser um instrumento do-processo de trans- forma9áo social", possibilitando ao edu- cando "a apropria9áo do conhecimento e das habilidades necessárias para urna vida social mais digna". E é no processo pedagógico da apropriacáo do conheci- mento que os meios de comunica9áo po- dem desempenhar um imprescindível papel de mediador da realidade, na me- dida em que registrara e transmitem o acumulo de conhecimentos ja produ- zidos pela humanidade. As Comunicacóes Coordenadas Enquanto as conferencias prima-

Comunicacao E Educacao

Embed Size (px)

DESCRIPTION

_ __ ED VA LDO PERE IRA LIMA : 62 I enseñanza Enquanto as conferencias prima- As Comunicacóes Coordenadas .enseñanza / 63 ! r

Citation preview

Page 1: Comunicacao E Educacao

_ _ _

Enseñanza

COMUNICACÁOE EDUCACAO:CAMINHOS CRUZADOS

ED VA LDO PE RE IRA LIMA :

U m ampio fórum de debates darealidade brasileira — e até certoponto latino—americana — perti-

nente ao universo da comunicafáo eda educafáo. Este é o qualificativo maispreciso para representar a realizafáo doVIII Ciclo de Estados Interdisciplinaresda Comunicacáo, em Itaici, Sao Paulo,entre 04 e 08 de setembro último.Com este evento a INTERCOM - So-ciedade Brasileira de Estudos Interdisci-plinares de Comunicacao, confirma seupapel de contribuir para o avango dosestudos científicos da comunicacáo,servindo como centro aglutinador dosesforcos académicos neste complexo,importante segmento do saber humano.

O VIII Ciclo, tendo como temacentral "Comunicacáo e Educafáo: Ca-minhos Cruzados, Hoje e Amanhá",desdobrou—se em conferencias, comuni-cacóes livres, comunicacóes coordenadase sessóes plenárias, abordando um ex-tensivo número de temas específicos,girando em torno da proposta básicado evento, apresentando todos eles acaracterística de servirem de avalia9áoda experiencia brasileira no setor e dedefinicáo de rumos, no momento emque a sociedade civil brasileira retomaos destinos do país e parte para aconstrucáo de um modo de vida demo-crático e participatívo. Daí, o caráterpluralista do encontró, servindo deporta—voz aos diferentes segmentos depesquisadores, professores e estudiososque se debru9am sobre a questáo. OVIII Ciclo também foi apoiado, para suarealizacáo, pelo INEP-MEC, CNPq epela Unesco.

Na conferencia que marcou a aber-tura do Ciclo, o ministro da Cultura,

62 I enseñanza

professor Aluísio Pimenta — por sinal,também socio da INTERCOM -, des-tacou justamente que a temática destaoitaya reuniáo anual de estudos daentidade inseriu—se "diretamente naproblemática da comunicacáo diante datransicáo democrática que constituínosso momento histórico atual e, porisso mesmo, fala de Caminhos Cruza-dos, entre as inquietafóes do hoje eas esperan?as e perspectivas para oamanhá". Indo mais além, o ministromanifestou sua confianca de que aINTERCOM, ao cruzar os caminhosda educagáo e da comunicacáo, "estácontribuindo de maneira decisiva paraa explicitacáo de um conhecimento epara a indica9áo de práticas que se trans-formaráo, de imediato, em subsidiosfundamentáis para o Ministerio da Cul-tura, que emerge e se organiza nestealvorecer da Nova República".

iscutindo "A Questáo da Comu-nicagáo ñas Faculdades de Educa-cáo e a Questáo da Educacáo ñas

Escolas de Comunicafáo", os professo-res Pedro Goergen — da Faculdade deEducacáo da Unicamp, e José Marquesde Meló — da Escola de Comunicafóes eArtes da USP, em sua conferencia con-junta, enfatizaram de um lado a urgen-cia de os educadores aproveitarem maissistemáticamente os conhecimentos etécnicas acumulados pela área de comu-nicasáo. De outro, refletiram sobre aconstatafáo histórica de que ha ausenciade educacáo ñas Escolas de Comuni-cafáo. Para o professor Goergen, a com-partimentalizacáo da universidade brasi-leira é a grande responsável pelo dis-tanciamento da própria comunicacáo,

gerando o isolamento dos diferentessegmentos do mundo universitario. Ena visáo do professor Marques de Meló,a ausencia do processo educativo ñasEscolas de Comunicacáo deverá servencida através do aperfei9oamento docorpo docente, da integra9áo do estágioao processo pedagógico, do desenvol-vimento de um projeto académicoñas universidades, encampado pela ad-ministra9áo superior e da articula9áo daescola com o mundo concreto.

Apropriada ao momento históri-co que vive o país, a conferencia "Pre-sen9a dos Meios de Comunica9áo naEscola: Utiliza9áo Pedagógica e Prepa-ra9áo para a Cidadania", do professorCipriano Carlos Luckesi — UniversidadeFederal da Babia, apresentou comotese primordial o raciocinio de que acidadania" — a posse plena dos direi-tos e o exercício dos deveres por todosos membros de urna sociedade", na de-finÍ9áo do conferencista —ainda per-manece um ideal e deve ser conquis-tada. Neste ámbito, "a escola pode serum instrumento do-processo de trans-forma9áo social", possibilitando ao edu-cando "a apropria9áo do conhecimentoe das habilidades necessárias para urnavida social mais digna". E é no processopedagógico da apropriacáo do conheci-mento que os meios de comunica9áo po-dem desempenhar um imprescindívelpapel de mediador da realidade, na me-dida em que registrara e transmitemo acumulo de conhecimentos ja produ-zidos pela humanidade.

As Comunicacóes Coordenadas

Enquanto as conferencias prima-

Page 2: Comunicacao E Educacao

vam por um escopo ampio, mais genera-lizado, as comunicacóes coordenadasprestaram— se ao debate de experien-cias e situacóes particulares. Foi esteo caso de "Recepcáo Crítica dos Meiosde Comunicacáo — Projetos em Desen-volvimento na Escola". Despertou gran-de»interesse, neste painel, a experienciado Servico á Pastoral da Comunicacáodas Edicóes Paulinas, que desde 1982trabalha junto a algumas escolas de lo.e 2o. graus em Sao Paulo, tendo comoembasamento teórico a proposta peda-gógica e comunicacional de Paulo Frei-ré. Outro destaque foi o trabalho si-milar que vem sendo realizado, no Riode Janeiro, pelo Centro de TecnologíasEducacionais da Secretaria Estadual deEdu cacao.

A mesma questáo da leitura críti-ca de urna mensagem — mas aquí,presente ñas obras de arte — coubeao painel "Arte e Educa9áo", que trou-xe como contribuicáo evidenciar ainterrelacáo entre arte, educa?áo eComunicacáo. Como proposta, surgiudo painel a énfase em se estimular ointercambio entre essas tres áreas e oalerta á nescessidade da interdisci-plinariedade dos cursos ñas universida-des e escolas de lo. e 2o. graus. Aquestáo da interdisciplinaridade no en-sino da comunica?áo foi também pro-posta pelo grupo debatedor comoopfáo temática para o IX Ciclo deEstudos, que acontecerá em Sáu Paulo,entre 03 e 07 de setembro de 1986.

P rosseguindo na mesma tecla daleitura crítica, o painel "O Jornalna Escola — Da Leitura dos Jomáis

ao Jornal Escolar" enfatizou a elaborafáodo jornal de urna comunidade/pedagd-gica como sendo um exercício de ci-dadania, na medida em que da voz ácomunidade, enquanto grupo, e abreespaco para a criatividade, assim comopara a leitura crítica dos meios de co-municacáo.

Enquanto o livro didático susci-tava propostas alternativas para o com-bate ao impasse do mercado livreiro—dividido entre a resistencia á mudancae a necessidade de competir —, sugerin-do, entre outras medidas, a organizacáodos consumidores de livro didático (in-cluindo entre esses os órgáos comprado-res estaduais e federáis) para reinvidi-car a melhoria do material editado,os órgáos laboratoriais das Escolas deComunicacáo, discutidos em painel,deram margem a um bom número depropostas visando a melhoria de seuaproveitamento didático. Entre estas, oreforco á necessidade de integracáo das

tres áreas de habilita?áo em Comunica-cáo Social, a produfáo de veículoslaboratorios que aproveitem os vaziosprofissionais existentes no mercado detrabalho, como preparo dos alunos aosnichos aínda nao aproveitados demaneira tradicional, a fomentado doensino básico tanto da língua portugue-sa quanto das informados de ordemgeral que visam a criacáo do embasa-mento geral do aluno e o delineamentodo perfil do profissional que as Escolasde Comunicacáo desejam formar.

Ao lado do enfoque dos veículosde comunicacáo coletiva tradicionais,tres dos painéis voltaram—se ao acom-panhamento da nova mídia eletrónicaque passa a ser empregada ñas escolas."Educacáo e Novas Tecnologías", porexemplo, trouxe como mocáo á plenáriado VIII Ciclo o incentivo ao incrementodo uso das novas tecnologías, poispossibilitam mais facilidade e rapidezno acesso as informafóes para a edu-cacáo. O painel que discutiu o vídeo—cassete serviu para revelar a bem sucedi-da experiencia do Sindicato dos Esta-belecimentos de Ensino do Estado deSao Paulo, que produz e fornece vídeoem VHS para as escolas particulares.Tamben experiencias felizes foram des-tacadas na área de introducáo do mi-crocomputador á escola. Urna délasé o uso do computador na educacáode crianzas excepcionais, na Unicamp.recurso empregado para a crianfa explo-rar seu conhecimento espacial, trabal-hando conceitos de linguagem e geomé-tricos.

Outro projeto com bons resulta-dos é o Educon, gerado na Secretaria de

Informática e que mediante o uso doLogo — linguagem de computador es-pecializada para educacáo, inspirada emPiaget—volta—se para o atendimento asenancas normáis. O computador podeser utilizado, neste último caso, tantoem instrucáo programada, como trans-missáo de informafáo, quanto comoferramenta de auto—aprendizagem dacrianca.

Fiel a seu propósito de tambémanteceder, com debates, a introducáode novos meios aos processos de comu-nicacáo, o VIII Ciclo teve em um deseus painéis um momento proficuo dediscussáo sobre a possibilidade da Uni-versidade Aberta no Brasil. Os cursosde atualiza9áo ou de reciclagem seriamos que mais se prestariam ao ensinoá distancia. Enriqueceu o painel odepoimento sobre a bem sucedidaexperiencia argentina, através de duasuniversidades e sobre os dois projetos,administrativos pela Associacáo Brasilei-ra de Tecnología Educacional, um vol-tado ao atendimento de professoresuniversitarios que nao tém oportunida-de de realizar estudos pos—graduados,outro destinado ao aperfeifoamento domagisterio de lo.grau.

Acompanhando esta trilha deaproveitamento dos meios de comuni-cacáo na tarefa educativa, o painel quedebateu a experiencia brasileira com oradio educativo criticou a excessivacentraliza?áo das programacóes, sem onecessário enfoque regional e sem alinguagem adequada aos diferentes seg-mentos do público para os quais se des-tinam as programacóes. Como proposta,o painel enfatizou a necessidade de

!r

.enseñanza / 63

Page 3: Comunicacao E Educacao

1

extensáo do ensino de radio ao 2o.grau e a utilidade da formafáo de gru-pos de estudos para a implantado deemissoras comunitarias. A mesma postu-ra de se incentivar a implantacáo deemissoras alternativas — mais direccio-nadas as necessidades de seu públicoespecífico esteve presente no painelque discutiu a televisáo educativa.

No outro lado da moeda, um dospauléis discutiu a educacáo comotema do noticiario jornalístico,

entendendo como pertinente ao proce-sso educativo a veiculac.áo de informa-$óes que também propiciem o aumen-to da cultura científico/tecnológica dapopulacáo, principalmente dos jovens.E em meio a este contexto que des-pertou interesse o relato da experienciada Universidade de Sao Paulo, atravésde sua Coordenadoria de AtividadesCulturáis, produzindo tanto noticiariobreve quanto reportagens jornalísticasem profundidade sobre as pesquisasem desenvolvimento nos mais diferen-tes campos científicos trabalhados pelaUSP. Essas reportagens sao encaminha-das aos veículos de imprensa para publi-cacáo e ao mesmo tempo em que con-tribuem para a expansáo do contyiuoprocesso educativo dos receptores desuas mensagens, presta—se ao trabalhoparalelo de formac.áo de urna nova men-talidade, junto aos novos e jovens jor-nalistas formados pela Escola de Comu-nicacóes e Artes da USP, quanto aotratamento dos temas científicos.

A questao do ensino de jornalismofoi ainda mais ampliada no painel quediscutiu este tema, em particular, tra-zendo como subsidios a posifáo clarade que falta ao país um projeto atuali-zado de ensino de jornalismo. Este pro-

64 I enseñanza t

jeto deve envolver desde a definÍ9áodo profissional que se quer formar atéo estabelecimento dos campos de fun-damentafáo do currículo de comuni-cafáo, passando por aspectos como asespecificidades regionais de carátersocio—económico—cultural, a formacáoe selecto de professores e a necessidadede se equipar escolas com laboratorios.

Quanto as questóes de ensino derelacóes públicas, publicidade e propa-ganda, também discutidas em pauléis,as colocacóes navegaram muito próxi-mas as mesmas constatacóes na áreade jornalismo. No caso .de publicidadee propaganda, os participantes enfati-zaram explicitamente a necessidade dese determinar urna pedagogía para oensino na área. No caso de rela9Óes —públicas, a énfase maior recaiu tambémsobre a necessidade de as universidadesapoiarem o aperfeifóamento do corpodocente, através de bolsas de estudos,por exemplo e sobre o caráter indis-pensável de maior articulacáo da áreacom os outros segmentos profissionaisda comunicagáo, aproximando—se doconceito de comunica9áo integrada.

Todas essas questóes puderamtambém ser debatidas no painel sobre aimplantagáo de novo currículo decomunicagáo. Para os debatedores, éimprescindível que se crie um fórumpara refletir de forma constante aimplantacáo do currículo, trabalho a serincentivado também através das trocasde informac.óes frequentes entre asescolas de comunicagáo.

As Comunica?óes Livres e oEncerr amento

Destinadas ao enfoque aberto de te-mas nao previstos ñas sessóes dedebates, as comunicacóes livres

traduziram— se por representar contri-buicóes adicionáis á questao dos ca-minhos cruzados entre comunicacáo eeducac.áo, ou mesmo algo fora datemática central. E o caso do trabalhoque coloca reflexóes sobre a questao dopúblico de televisáo no Brasil, ou do queexamina a prática fotográfica ñas classessulbalternas. Alguns deles aproximam—semais do tema central, como por exem-plo quando tratam do estudo dos meiosde comunicafáo como fontes para apesquisa histórica QU quando conside-ram o ensino da comunica?áo no niveltécnico —secundario.

Com a posse da nova diretoria daINTERCOM para o bienio 1985/87—presidida pelo professor FranciscoGaudéncio Torquanto do Regó, daUSP — e com a palestra do secretariode imprensa e divulgacáp da Presiden-cia da República, jornalista FernandoCésar Mesquita, sobre a "A Comunica-cáo na Nova República", foi encerradoo VIII Ciclo, que contou com partici-pantes de varios Estados brasüeiros emais alguns países sul—americanos. OCiclo Intercom/86, ja tem tema centraldefinido: "Comunicagáo para o Desen-volvimento", devendo se realizar nacidade de Sao Paulo.

EDVALDO PEREIRA LIMA.- Profe-sor de la Facultad de ComunicaciónCásper Libero. Miembro del Direc-torio de INTERCOM.