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TEATRO SIMBOLISTA

Conceito: Fim do século XIX e início do século XX; Faz parte do Teatro de Vanguarda ( Por se caracterizar em ser contra as convenções de sua época e

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Teatro Simbolista

TEATRO SIMBOLISTA

Conceito:Fim do sculo XIX e incio do sculo XX; Faz parte do Teatro de Vanguarda ( Por se caracterizar em ser contra as convenes de sua poca e estar frente de seu tempo);Abandono deliberado do Naturalismo;Se origina na Frana e toma espao por toda a Europa;Para os simbolistas, o empenho fotogrfico do drama naturalista era uma tela que obstrua a penetrao do olhar em vistas mais profundas.

Caractersticas:Criao repleta de subjetivismos, misticismos e individualismos, em que a abordagem da realidade, as valorizaes do contexto social feitas, tanto pelo Naturalismo quanto pelo Realismo, so deixados de lado;Seus textos so conduzidos por palavras e personagens que possuem significados simblicos.Os artistas simbolistas defendem uma arte que venha a ser uma sntese entre a percepo dos sentidos e a reflexo intelectual , revelando assim, o outro lado da mera aparncia do real.A obra As Flores do Mal, de Charles Baudelaire 1857 considerada a precursora do Simbolismo

Baudelaire defendia que o universo real e visvel era um enorme repertrio de imagens e smbolos em que a imaginao potica era a nica capaz de dar-lhe o verdadeiro valor e utilizao.Por terem uma proposta em que a abordagem da vida real abandonada, os personagens no so humanizados no palco, constituem uma representao baseada em ideias e sentimentos, o que leva a montagens em que o espetculo atribui um valor significativo para o som, a luz e a cor.

O Thtre dArt, de Paul Fort, monta seus espetculos em torno da obra do poeta belga Maurice Maeterlinck (1862-1949), autor de um dos textos simbolistas de maior relevncia Pellas et Mlisande, de 1893.Nesta obra, os personagens materializam as expresses poticas sobre as questes das efemeridades e brevidades da vida, assim como alguns aspectos da falta de sentido dessa mesma vida.Os simbolistas perceberam o que a cena poderia ser nas mos do poeta que, como um maestro, orquestraria a obra com a composio de todas as artes.A encenao surge, ento, como maior ferramenta das composies dos espetculos simbolistas, que conduziro as produes das dcadas seguintes do sculo.Um dos primeiros nomes dessa proposta foi Adolphe Appia (1862-1928), que j em 1892, esboava suas maquetes para os espetculos, dando enorme nfase para a luz, at ento no explorada.Os Elementos Cnicos

Appia criava espaos de profundidade entre espaos de luz e sombra, sendo a primeira vez que a sombra fora utilizada em palco como elemento significativo e proposital. Dessa forma, a luz passa a ter a funo de escultora das formas e volumes da ao cnica.Appia defendia que se o aluno, o ator, tomasse conscincia do seu corpo, ento tomaria conscincia do espao e dos volumes em sua volta na ao cnica.Sua proposta de encenao defendia uma liberdade que permitia ao ator uma ao de explorar e integrar sua representao a todos os elementos cnicos A substituio da IMITAO de um cenrio realista pela SUGESTO simblica de APPIA foi sua maior contribuio para o teatro que se baseia na experimentao, busca a unificao do espetculo partindo do ATOR em relao aos elementos cnicos.Outro grande encenador foi EDWARD GORDON CRAIG (1872- 1966). Ele desenvolvia um trabalho em sua escola, Florena, em que seus laboratrios propunham uma experimentao do ator e esta era a parte primordial.Tal experimentao passa pelas disciplinas de ginstica, dana, mmica, esgrima, voz, entre outras e o ator ir descobrir, como que cientificamente, o que lhe necessrio para que possa montar todos os gneros de personagens.Craig prope um cenrio onde a nudez do espao com jogos de claros e escuros provoque uma amplitude fsica e de trabalho para o ator.O Ator Para CraigCraig prope que o ator rejeite todo e qualquer decorativismo. Com escadas e planos superpostos, inseria os biombos de madeira ou tecido onde a luz passava a intervir como orientadora do ritmo do espetculo.Sua relao com o ator era a que ele chamou de SUPERMARIONETE.Ao observar uma marionete, que, na sua viso, no caricaturada, era um exemplo que o ator deveria ser, fez essa relao.O ator deveria ser desprovido de emoes e vaidades que eram sempre muito difceis de serem controladas.A SUPERMARIONETE deve ter total controle de seu corpo para que a interpretao no seja contaminada pelos desvios de seu ego.Essas ideias tem por objetivo a busca de um teatro que visa ao total controle da encenao e sua transformao em signo. Ibsen Como SimbolistaEscreve O PATO SELVAGEM em 1884Aborda diretamente o tema da dvida sobre as condues do ser humano, se este pode ou no se regenerar diante dos obstculos de sua trajetria emotiva e intelectual.Valendo-se da caracterstica subjetiva e metafrica, faz aluso do pato selvagem que est ferido e deseja morrer sozinho no fundo do lago, com a sociedade que rechaa a verdade e vive em plena mentira em uma auto piedade e complacncia.

Maeterlinck e Appia

Gordon Craig

Poema extrado da obra As Flores do MalA ALMA DO OUTRO MUNDOComo os anjos de ruivo olhar, tua alcova hei de voltarE junto a ti, silente vulto,Deslizarei na sombra oculto;Dar-te-ei na pele escura e nuaBeijos mais frios do que a luaE qual serpente em nusea fossaTe afagarei o quanto possa.Ao despontar o dia incerto,O meu lugar vers deserto,E em tudo o frio h de se pr.Como os demais pela virtude,Em tua vida e juventudeQuero reinar pelo pavor.

Tchaikovsky - Waltz of the Flowers450125.9