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1 CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 10º PLANO BIENAL DOS ORGANISMOS NACIONAIS - 1989/1990 APRESENTAÇÃO O 10º Plano Bienal de Pastoral é o segundo do quadriênio 1987/1990. Suas grandes linhas são as mesmas do anterior já que inspirado nas mesmas Diretrizes. Em muitos aspectos ele dá continuidade ao 9º Plano; em outros ele avança atendendo a novas exigências da Pastoral em nível nacional. A estratégia geral foi mantida. Há programas conjuntos, programas específicos (dimensões e situações), e o programa de coordenação. Eles definem orientações para a ação, atividades permanentes e projetos. Os programas conjuntos permanecem, mas com enfoques renovados. O programa da Campanha da Fraternidade, busca encaminhar uma pedagogia mais participativa. O programa “Eclesiologia integral” tem seguimento, mas cede maior espaço, neste biênio, ao programa “Igreja, Evangelização e Cultura”. Os programas relativos aos três destaques (Meios de Comunicação Social, Juventude e Família) receberam tratamento e ênfase especial. Em todo o conjunto procurou-se sempre o máximo de integração entre programas, dimensões e situações. Que este l0º Plano, seja como documento escrito, seja sobretudo, como conjunto de esforços e ações, constitua o testemunho, mais sincero do propósito de servir que é a vocação de nossa mesma Conferência. Brasília, Advento de 1988 † Antônio Celso de Queiroz Secretário Geral da CNBB I. PROGRAMAS CONJUNTOS (PC) PROGRAMA CONJUNTO 1 (PC-1): ECLESIOLOGIA INTEGRAL Objetivo Desenvolver uma eclesiologia como fundamento amplo para a articulação das várias pastorais e movimentos eclesiais na Pastoral orgânica, em conseqüência com as orientações da Igreja no Brasil, na América Latina e da Igreja universal. Justificativa 1. Transformações eclesiais e práticas pastorais Nas duas décadas que se seguiram ao Concílio Vaticano II, foram muitas e profundas as transformações nas estruturas e práticas pastorais da Igreja no Brasil. Sob o impulso de Medellín e de Puebla, e das provocações da realidade sócio-cultural e eclesial, emergiram novas práticas pastorais, enquanto outras se tornaram ultrapassadas. Além disso, caminhamos para o V centenário da Evangelização do Continente. Nesse período, uma nova visão da realidade, na fidelidade ao Espírito, orientou a Igreja e seu agir pastoral na direção dos pobres e de seu mundo. Fez com que ela descobrisse grupos minoritários e situações específicas e articulasse uma ação Pastoral mais

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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

10º PLANO BIENAL DOS ORGANISMOS NACIONAIS - 1989/1990

APRESENTAÇÃO O 10º Plano Bienal de Pastoral é o segundo do quadriênio 1987/1990. Suas grandes linhas são as mesmas do anterior já que inspirado nas mesmas Diretrizes. Em muitos aspectos ele dá continuidade ao 9º Plano; em outros ele avança atendendo a novas exigências da Pastoral em nível nacional. A estratégia geral foi mantida. Há programas conjuntos, programas específicos (dimensões e situações), e o programa de coordenação. Eles definem orientações para a ação, atividades permanentes e projetos. Os programas conjuntos permanecem, mas com enfoques renovados. O programa da Campanha da Fraternidade, busca encaminhar uma pedagogia mais participativa. O programa “Eclesiologia integral” tem seguimento, mas cede maior espaço, neste biênio, ao programa “Igreja, Evangelização e Cultura”. Os programas relativos aos três destaques (Meios de Comunicação Social, Juventude e Família) receberam tratamento e ênfase especial. Em todo o conjunto procurou-se sempre o máximo de integração entre programas, dimensões e situações. Que este l0º Plano, seja como documento escrito, seja sobretudo, como conjunto de esforços e ações, constitua o testemunho, mais sincero do propósito de servir que é a vocação de nossa mesma Conferência. Brasília, Advento de 1988 † Antônio Celso de Queiroz Secretário Geral da CNBB I. PROGRAMAS CONJUNTOS (PC) PROGRAMA CONJUNTO 1 (PC-1): ECLESIOLOGIA INTEGRAL Objetivo Desenvolver uma eclesiologia como fundamento amplo para a articulação das várias pastorais e movimentos eclesiais na Pastoral orgânica, em conseqüência com as orientações da Igreja no Brasil, na América Latina e da Igreja universal. Justificativa 1. Transformações eclesiais e práticas pastorais Nas duas décadas que se seguiram ao Concílio Vaticano II, foram muitas e profundas as transformações nas estruturas e práticas pastorais da Igreja no Brasil. Sob o impulso de Medellín e de Puebla, e das provocações da realidade sócio-cultural e eclesial, emergiram novas práticas pastorais, enquanto outras se tornaram ultrapassadas. Além disso, caminhamos para o V centenário da Evangelização do Continente. Nesse período, uma nova visão da realidade, na fidelidade ao Espírito, orientou a Igreja e seu agir pastoral na direção dos pobres e de seu mundo. Fez com que ela descobrisse grupos minoritários e situações específicas e articulasse uma ação Pastoral mais

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2adequada. Cresceram as CEBs, nasceram e se ampliaram pastorais específicas, movimentos emergentes, dentro de um projeto Pastoral mais amplo, orientado pelo Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. Abrindo-se a um mundo cultural e religiosamente policêntrico, a Igreja no Brasil ampliou também seu horizonte na direção de outros grupos religiosos e de culturas minoritárias, reconhecendo-lhes os valores e dispondo-se a um diálogo aberto. Essa atitude, como forma de serviço eclesial ao mundo, tornou-se um sinal de esperança para uma unidade mais profunda. Ao mesmo tempo, a Igreja se depara com um crescente secularismo, de um lado; e com a multiplicidade de grupos religiosos autônomos (seitas), novas formas de manifestação religiosa e de filosofias de vida, de outro. Esse dinamismo de renovação gerou processos novos de evangelização através de uma integração mais profunda entre fé e vida, Palavra de Deus e compromisso histórico, e de um novo tipo de apologia da fé. 2. Desafios e questionamentos Cresceram os desafios. Primeiro, o desafio dos pobres numa sociedade de classes. Segundo, o desafio da pluralidade de visões religiosas e das várias culturas num mundo cada vez mais complexo. Terceiro, o desafio de uma Ação Pastoral Orgânica para cumprir sua missão: evangelizar. A explosão de iniciativas e de atividades, que caracteriza nossa Igreja hoje, traz consigo também o risco não desprezível da dispersão dos objetivos parciais e de perda de uma visão de conjunto, necessária a uma evangelização mais eficaz. Há o risco de setorizar a Pastoral na diversidade de iniciativas e atividades, em si legítimas, mas que devem contribuir articuladamente para o objetivo central, a razão de ser da própria Igreja, sua missão. Pode-se, desta forma, diluir a identidade eclesial nas diferentes dimensões e perspectivas não integradas entre si, enfraquecendo os laços de pertença à Igreja e a eficácia missionária da mesma. Desta forma, pastorais setoriais ou movimentos podem não se sentir integrados na Pastoral Orgânica; a própria Igreja pode ser vista mais como mensagem em concorrência com outras da sociedade, do que como sacramento e mistério da fé. Corre-se o risco de, por um lado, igualar e, por outro, separar perigosamente o processo de libertação e evangelização. Neste sentido, observa-se a penetração de uma tendência espiritualista desencarnada que deixa na sombra a realidade social. Do mesmo modo, o processo pedagógico da apropriação da fé (catequese, pregação, liturgia.) arrisca separar-se do serviço concreto e ativo da caridade. 3. Pistas para a concretização do objetivo Para responder aos desafios e questionamentos acima, concretizando o objetivo, dever-se-á buscar uma visão de Igreja que possa oferecer maior coerência ao caminhar da Igreja dentro do mundo de hoje. Por isso, esse programa visa: a) Conduzir a uma maior consciência daquilo que a todos une: a presença e ação de Cristo e do Espírito na Igreja, povo de Deus. b) Superar a confrontação “clero-laicato” na direção de uma comunhão mais profunda e articulada entre comunidade e ministérios. c) Aprofundar o ser batismal de todo cristão, sua dimensão missionária, e a co-responsabilidade de todos os batizados na missão da Igreja. d) Valorizar a Igreja particular como lugar de uma comunhão dinâmica de serviço ao mundo e de articulação com as demais Igrejas particulares e a Igreja universal. e) Fundamentar a subsidiariedade de serviços na comunhão e co-responsabilidade. f) Apresentar a Igreja, Povo de Deus, em sua dimensão profética frente ao mundo, comprometida com a causa do pobre e da justiça na sociedade.

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3 SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1. Seminário sobre Igreja particular e Movimentos eclesiais: para Subsecretários e assessores da CNBB.

1989 maio

Linha 1: Setor Leigos INP.

2. Reino, Igreja e Sociedade conflitiva. Aprofundar as relações da Igreja com o mundo em conflito. Para Pastorais e organismos da CNBB.

1989 Linha 6

3. Eventos e atividades temáticas já incluídos no Plano de Pastoral das Dimensões e/ou organismos nacionais.

PROGRAMA CONJUNTO 2 (PC-2): IGREJA, EVANGELIZAÇÃO E CULTURA Durante a 25ª Assembléia Geral, bem como em outras reuniões, realizadas nos últimos anos, percebeu-se a necessidade de uma séria abordagem do tema “Evangelização e Cultura”. Afloraram, de fato, inúmeros desafios. Desafios do dia-a-dia – impacto da cultura dominante do último quartel do século XX sobre pessoas de culturas pré-modernas (indígenas, migrantes etc.), e da cultura brasileira sobre migrantes de outros continentes; – impacto da invasão cultural dos continentes do norte; – relacionamento saber popular versus saber sistematizado; – massificação cultural em ato em confronto com valores regionais; – cultura muitas vezes encastelada em superestruturas acadêmicas não engajadas na transformação da sociedade; – exigência dos pobres na América Latina e no Brasil como força histórica de transformação e libertação. Desafios emergentes – explosão da informática influindo na cultura, na evangelização, na educação; – engenharia genética e seu impacto sobre a vida, a família; – destruição do ambiente, esgotamento dos recursos não renováveis; – implicações éticas do uso da energia nuclear; – impacto dos MCS sobre os valores, a ética, a religiosidade, a educação (cf. CF 1989); – a expansão dos movimentos fundamentalistas (“seitas”), do processo de secularização e dos humanismos imanentistas; Cultura ou Culturas? É um desafio até a própria definição de “cultura”, frente à variedade das realidades e das acepções do termo, e às ideologias subjacentes. Desafios que vêm da História – fé encarnada na cultura peninsular, marginalizando as culturas indígenas e negras (cf. CF 1988); – saber e religiosidades populares longamente ignorados; – distanciamento da Igreja do campo do pensamento leigo, da ciência e da cultura sistematizada; criação de centros paralelos de produção do saber; – na passagem dos 500 anos do inicio da ocupação das Américas pelos europeus e de sua evangelização, apresenta-se o desafio de uma sincera avaliação global, visando uma conversão e um novo planejamento, na soleira do 3º milênio. Desafio específico da evangelização

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4A cultura reflete o lugar social em que se produz e reproduz; está envolvida pela ambigüidade da História, entre valores e contravalores. A evangelização realiza-se dentro desse processo cultural, numa contínua encarnação no mundo do ser humano. O grande desafio para a evangelização é o mesmo do Verbo: fez-se carne e plantou seu barraco entre nós, assumiu nossa fraqueza para libertar o homem todo, pessoa e sociedade. Como, então, anunciar a Boa Nova ao homem de hoje, culturalmente identificado, despertando suas energias, seu coração, para que ele assuma livremente o projeto de Deus, conserve sua identidade cultural e purifique do mistério do pecado a cultura, para que o Reino possa, como fermento, levedar toda a massa da cultura humana? SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1.Grupo de trabalho para sistematizar a reflexão sobre o tema.

1990 INP, IBRADES.

2.Seminário “Evangelização e MSC. 1989 Linha 6: Setor Comunicação, Social IBRADES.

3.Seminário “Cultura urbana contemporânea e Evangelização”.

1990 Linha 1

4.Seminários regionais sobre cultura popular e evangelização.

1989 Subsecretários, Representantes das Pastorais Populares

5.Eventos e atividades temáticas já incluídas no Plano de Pastoral das Linhas e/ou outros organismos.

PROGRAMA CONJUNTO 3 (PC-3): CAMPANHA DA FRATERNIDADE A Campanha da Fraternidade, criada em 1964, tornou-se, ao longo desses 25 anos, um privilegiado processo de evangelização nacional durante o período da Quaresma, e passou a ter uma profunda influência, como fio inspirador e condutor do planejamento Pastoral do ano todo. A CF passou a ser também um fator de unidade Pastoral, aglutinando as Igrejas locais do Brasil numa mesma proposta de reflexão e ação e cativando a simpatia de várias confissões evangélicas que, aos poucos, assumem a CF em sua ação evangelizadora. Sendo um projeto nacional de tamanha importância, requer um aperfeiçoamento cada vez maior do processo de participação de toda a Igreja em seus diversos níveis e o comprometimento consciente de todas as dimensões ou linhas da ação Pastoral. A 23ª Assembléia Geral da CNBB, em abril de 1985, recomendou que se fizesse uma avaliação global da Campanha da Fraternidade, para dirimir algumas dificuldades que ainda persistem e, conseqüentemente, procurar meios para torná-la mais eficaz. Essa avaliação aconteceu ao longo de 1985, com a participação dos Subsecretários Regionais, Coordenadores Regionais da CF e Assessores da CNBB. Em agosto do mesmo ano, o Conselho Permanente dedicou-se a esta avaliação, cumprindo o que lhe fora delegado pela Assembléia Geral. Os resultados foram publicados no Comunicado Mensal da CNBB de agosto de 1985, às páginas 999 a 1.002. O Encontro Nacional de Coordenadores da CF, maio de 1987, solicitou à CNBB o aproveitamento da comemoração aos 25 anos da Campanha da Fraternidade para intensificar a busca de novos processos de animação da CF. Para alcançar este propósito: – A CF passa a ser um PROGRAMA CONJUNTO, assumido pela Presidência e CEP e todos os Assessores Nacionais da CNBB. – Motivar-se-á toda a Igreja no Brasil para que a CF seja, cada vez mais, uma atividade de Pastoral ampla, envolvendo todos os grupos e setores da Igreja nas várias etapas do seu cronograma (planejamento, elaboração dos diversos subsídios, treinamento de animadores, realização e avaliação).

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5– Apresentar-se-á um roteiro para a produção e adaptação de subsídios para a evangelização e liturgia segundo espírito da CF em vista de maior criatividade, participação e co-responsabilidade. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL A) Atividades habituais Elaboração do Texto-Base e demais subsídios para a CF 91-92.

1990 e 1991, junho a agosto.

Secretaria Executiva. CF Equipe especializada no tema.

Escolha do tema e lema CF 91-92. Presidência e CEP. Impressão e distribuição do material da CF 90-91.

1989 e 1990, setembro e outubro.

Editora Salesiana Dom Bosco.

Esboço do Texto-Base CF 90-92 (lª redação). Secretário Executivo. CF Equipe especializada no tema.

Concurso de LETRAS CF 91-92. 1989 a 1990, novembro a janeiro.

Secretaria Executiva CF Assessor de Liturgia.

Envio da 1ª redação do Texto-Base aos Bispos, Coordenadores Regionais da CF para consulta e sugestões.

1990 a 1991, novembro a janeiro.

Secretaria Executica da CF

Elaboração, impressão e distribuição de Subsídios a cargo dos Regionais e Dioceses.

1989 e 1990, outubro e dezembro.

Coordenação Regional e Diocesana da CF

Reuniões de Planejamento e de Treinamento com anima-dores da CF: regional, diocesano e paroquial.

Seleção de Letras da CF 90-91. 1989 e 1990, janeiro e fevereiro.

Assessor Liturgia e equipe especial.

Organização imediata da CF nas dioceses, paróquias, grupos, movimentos, CEBs.

Coordenação Diocesana e Paroquial da CF

Início do CONCURSO DE MÚSICA e do CARTAZ para a CF 90-91

Assessores de Liturgia, Comunicação e Sec. Exec. CF

(Domingo antes da quarta-feira de cinzas) MOTIVAÇÃO para a ABERTURA DA CF Preparação dos animadores paroquiais.

1989, fevereiro 5; 1990, fevereiro, 25.

Coordenação Diocesana e Paroquial.

QUARTA-FEIRA DE CINZAS: Lançamento da CF pela CNBB e abertura nas Dioceses e Paróquias. Celebração do Envio (Catequistas, Animadores de Círculos Bíblicos, de Encontros nas Famílias...).

13. 1989, fevereiro, 8; 1990, fevereiro, 28.

Coordenação Diocesana e Paroquial da CF

PÁSCOA - DIA NACIONAL DA FRATERNIDADE, Coleta nacional em todas as missas e Celebrações.

1989, março, 26; 1990, abril, 15.

Coordenação Paroquial da CF

PARÓQUIAS: AVALIAÇÃO DA CF. Envio das Avaliações à Diocese e da porcentagem da Coleta.

1989, março 27 a abril 10; 1990, abril, 16 a 26.

Coordenação Paroquial da CF

DIOCESES: Síntese das Avaliações das Paróquias que deve ser imediatamente enviada ao Regional.

1989, abril, 10 a 20, 1990, abril 26 a maio 6.

Coordenação Diocesana da CF

Envio das porcentagens da coleta que cabem ao Regional e ao Nacional.

Coordenação Diocesana da CF

Motivação final do Concurso de Música e Cartaz para a CF de 1990 a 1991.

Coordenação Regional da CF

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6REGIONAL: Síntese das Avaliações das Dioceses e envio ao Nacional.

1989, maio, 1 a 10; 1990, maio 6 a 16.

Coordenação regional da CF

NAC1ONAL: Seleção prévia das Músicas e Cartazes da CF 90 e 91.

1989 e 1990 maio 1 a 15.

Assessor Liturgia para música e equipe especializada.

ENCONTRO NACIONAL DE SUBSECRETÁRIOS E DE ANIMADORES REGIONAIS DA CF: Avaliação Global da CF 89 e escolha do tema para 1991, apresentação dos Cânticos e do Cartaz de 1990 e 1991 e levantamento dos lemas para 1991 e 1992.

1989 e 1990, maio 20 a 22.

Secretaria Executiva da CF Assessor Liturgia, Assessor Comunicação.

B) Atividades específicas: Visita do Secretário Executivo da CF a todos os Regionais para um processo de animação da CF para um processo participativo na animação, preparação, realização, envolvimento das diversas modalidades de Pastoral.

1989 e 1990. Secretaria Executiva da CF

II. PROGRAMAS ESPECÍFICOS (PE) A. LINHAS OU DIMENSÕES PASTORAIS PROGRAMA 1: DIMENSÕES COMUNITÁRIA E PARTICIPATIVA LINHA 1 (PE-1) “É o Espírito que convoca e reúne seu povo para viver em comunidade, conforme o carisma e a missão que a cada um são concedidos, segundo o dom de Deus” (Diretrizes Gerais, 116). Pela dimensão comunitária e participativa, essencial para a vida de fé, a Igreja no Brasil pretende valorizar todas as vocações, carismas e ministérios do Povo de Deus; criar condições para que tais vocações sejam vividas em crescente comunhão e fazer com que suas estruturas possibilitem plena participação de todos para atingir aquela unidade que é gérmen do Reino e sinal para que o mundo creia. Nessa dimensão incluem-se três setores: · Vocações e Ministérios · Leigos · Estruturas de Igreja 1.1. SETOR VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS 1.1.1. VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS Orientações para a ação “Aprouve a Deus santificar e salvar os homens não singularmente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituí-los num povo...” (LG 9)1. O Povo de Deus se reúne hoje, especialmente, na Igreja. O Plano da Salvação, a formação do Povo de Deus e a constituição da Igreja nascem da própria Trindade divina, daquela comunhão em que estão unidos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por isso, a Igreja, como explicitou Puebla, é essencialmente comunhão e participação. Gerada à semelhança da Trindade, a comunidade eclesial é, ao mesmo tempo, perfeita comunhão na igualdade e na realidade ordenada segundo o plano de Deus Pai. Nela, todos recebem os dons do Espírito, ou carismas, e são chamados a fazê-los frutificar em múltiplos serviços e ministérios em benefício da comunidade e, principalmente, em função da missão evangelizadora no mundo.

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7 Entre os diversos ministérios sobressaem os apostólicos, consagrados pelo sacramento da Ordem, a serviço da unidade da comunidade e da sua fidelidade à origem apostólica. Há mútua relação entre ministérios e a comunidade: aqueles estão em função desta, do seu crescimento, na unidade e dinamismo missionário; ela se expressa através deles, os sustenta, se identifica com eles, até se tornar “toda ministerial”. Nisso se fundamentam também os critérios da ação Pastoral da Dimensão Comunitária e Participativa: - levar todos os cristãos à participação ativa na vida da Igreja e na transformação do mundo; - desenvolver as diversas formas de organização do apostolado e de participação da comunidade na missão da Igreja; - fazer com que os diversos ministérios atendam as necessidades da comunidade e da missão; - contribuir para que os ministérios hierárquicos - diaconato, presbiterato e episcopado - realizem sua função de animação e dinamização da vida eclesial, na comunhão de todos os carismas e ministérios, através de um testemunho de vida, que os torne sinal de unidade e autenticidade. O ideal, foi expresso eficazmente por São Bernardo, numa oração em que pede a Deus “que ordene nele aquele tanto de amor que lhe concedeu”: “a fim de que o todo, que a Deus pertence, eu o ame de tal forma que, em cada coisa, eu me preocupe com a parte que me foi confiada na divisão das tarefas, mas sem que isto me impeça de ter um grande amor interior, para as outras tarefas, que não fazem parte da minha função pessoal”. Em outras palavras: cada um deve amar e assumir a sua parte (participação), em comunhão e por amor ao todo, a comunidade inteira. Atividades permanentes - Incentivar e aprofundar a compreensão da vocação cristã como dimensão de toda a Pastoral, a ser concretizada nos diversos serviços e ministérios. - Aprofundar o sentido e acompanhar a práxis dos ministérios exercidos pelos leigos, como instrumentos de rejuvenescimento do dinamismo evangelizador da Igreja, dando particular atenção à formação para tais ministérios. - Oferecer condições e estímulo ao ministério episcopal, visando sua unidade e o exercício de sua missão específica. - Acompanhar regularmente a Comissão Nacional do Clero (CNC), apoiando suas tarefas de proporcionar a todos os que vivem a vocação presbiteral elementos para uma vivência de maior participação e comunhão e colaborar para a promoção integral dos presbíteros e seus presbitérios, a fim de que se realizem plenamente conforme sua vocação e missão. - Apoiar o Conselho Nacional de Leigos (CNL) no seu esforço de organização em nível nacional e regional, para que todos os cristãos, como Igreja, possam testemunhar seu batismo, no mundo, diante de tantos desafios para a justiça, a fraternidade e a paz. - Acompanhar a Comissão Nacional de Diáconos (CND), apoiando sua tarefa de animar a vocação ao ministério diaconal e sua formação. - Colaborar com a CRB e com a CNIS, no âmbito das respectivas Conferências, para que a vida consagrada assuma na Igreja a sua vocação específica, como manifestação profética e carismática do Reino. - Dar condições para a capacitação adequada dos formadores dos futuros presbíteros, apoiando cursos em nível nacional e regional. - Acompanhar, através de contatos e reuniões com formadores, a aplicação das Diretrizes Básicas da Formação presbiteral nos Seminários e Institutos de Formação. - Implementar, juntamente com a OSIB, instrumentos de aperfeiçoamento da formação sacerdotal, tais como a atualização do Catálogo dos Seminários e do Cadastro de Professores dos Institutos de Filosofia e Teologia do Brasil.

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8- Levantar constantemente a existência de bons textos, úteis para o ensino da Filosofia e da Teologia e encaminhar esta listagem bibliográfica, atualizada, aos Seminários e Institutos de formação presbiteral. - Incentivar o intercâmbio e a mútua ajuda entre os Institutos de Filosofia e Teologia, especialmente no referente a professores dedicados à formação intelectual dos novos presbíteros. - Despertar nas Dioceses e presbitérios a consciência da disponibilidade para o trabalho na formação presbiteral, tanto de novos professores quanto de formadores, vocacionados para a tarefa. - Dar condições e capacitação adequada aos formadores e professores dos futuros presbíteros, apoiando e viabilizando Cursos, Encontros, Seminários de Estudos e outras atividades, em nível Nacional e Regional. - Acompanhar e analisar as atividades dos regionais, no campo da promoção e formação vocacional, promovendo o intercâmbio de subsídios e informações, especialmente em preparação aos momentos intensivos de Pastoral Vocacional. - Incentivar iniciativas de promoção vocacional para a vida presbiteral e a vida consagrada, especialmente no meio urbano, entre os operários, universitários e profissionais liberais e na arca rural. - Promover uma Pastoral Vocacional com perspectiva universal, procurando suscitar vocações missionárias para toda a Igreja. - Manter fraterno relacionamento com o Departamento de Vocações e Ministérios do (DEVYM), do CELAM, bem como com os de outras Conferências Episcopais, colaborando com suas solicitações e participando de possíveis encontros internacionais. - Colaborar com a Pastoral da Juventude, Catequética, Educacional, Familiar-Comunitária, no que se refere à dimensão vocacional. - Proporcionar Cursos para a formação de assessores e animadores vocacionais. Projetos PASTORAL VOCACIONAL PROJETO PE-1.1: 9º Encontro Nacional da Pastoral Vocacional e 2º Encontro de Bispos Responsáveis, nos Regionais, pela mesma Por ocasião da realização do 1º Encontro de Bispos Responsáveis pela Pastoral Vocacional nos Regionais, ocorrido em setembro de 1988, os participantes deste decidiram-se pela participação no projeto acima, associando-se aos Coordenadores Regionais da Pastoral Vocacional, projeto que se realiza bimensalmente. Tal decisão se deu pelo fato de a Pastoral Vocacional estar recebendo novo impulso na Igreja do Brasil, inclusive com a indicação de um assessor específico para a área. O Encontro visa ainda unificar a reflexão e proceder aos encaminhamentos conjuntos entre os Coordenadores Regionais e Bispos do Setor, bem como tomar decisões co-responsáveis e integradas, entre os mesmos, no início deste novo período. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 9º Encontro Nacional da PV e 2º dos Bispos, responsáveis, nos Regionais, pela mesma.

1989, setembro, 11 a 15. Linha 1: Setor Vocações e Ministérios.

PROJETO PE-1.2: 3º Encontro de Bispos Responsáveis pela Pastoral Vocacional nos Regionais Como conclusão ainda do 1º Encontro dos Bispos da Pastoral Vocacional, decidiu-se pela realização anual deste projeto. Concluiu-se pela viabilidade do mesmo, dado a importância ímpar que ocupa tal Pastoral na Igreja do Brasil e os constantes novos desafios que se apresentam para a área. Justifica-se ainda pelo fato de muitos encaminhamentos a serem feitos para que esta Pastoral aponte, efetivamente, para uma Igreja Sinal e Sacramento do Reino, de Comunhão e Participação e toda ela ministerial.

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9 SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 3º Encontro Nacional 1990, setembro, 10 e 14. Linha 1: Setor Vocações e

Ministérios. PROJETO PE-l.3: Os Ministérios na Igreja O projeto aqui em questão contempla a realização de um Seminário, levando a efeito uma ampla reflexão sobre os ministérios leigos na Igreja. Tenciona-se convidar, para dele participar, alguns Setores e Dimensões da CNBB, o Setor Leigos, o CNL, o Setor Estruturas de Igreja: CEBs e Pastorais Sociais. Visa, acima de tudo, o projeto, clarificar a reflexão ao redor de tão importante temática, qual seja, a dos ministérios leigos na Igreja e sejam divisados novos caminhos para, na prática da Pastoral eclesial, esta possa mostrar o seu novo rosto, a de ser uma Igreja toda ela ministerial. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário sobre os ministérios leigos na Igreja. l

1989, junho, 12 a 18. Linha 1: Setor Vocações e Ministérios, Setor Leigos, Setor Estruturas de Igreja: CEBs, INP.

PROJETO PE-1.4: Cursos para Agentes de Pastoral Vocacional Como proposta concreta e votada, no lº Encontro de Bispos do Setor Pastoral Vocacional nos Regionais, foi indicada como de prioridade a da realização de cursos para a formação de assessores e animadores da Pastoral Vocacional, para os níveis regional e diocesano. Notou-se que houve um vazio nesta área e isto poderá estar determinando um pouco a sensível desaquecimento da Pastoral Vocacional em várias regiões do país. Dada esta situação, ouvidos os reclamos e percebendo a urgente necessidade de um maior quadro humano assessorar e dinamizar tão importante setor da Pastoral no Brasil, é que se oferecem estes cursos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1º Curso para agentes e assessores da Pastoral Vocacional.

1989 setembro, 16 a 22. Linha 1: Setor Vocações e Ministérios.

2º Curso de assessores e agentes da Pastoral Vocacional.

1990 julho,16 a 21.

SEMINÁRIOS PROJETO PE-1.5: Formação humano-afetiva nos seminários maiores Dando continuidade aos Cursos sobre temas específicos para a formação presbiteral e após 4 cursos sobre a Formação Participativa nos Seminários Maiores e 2 sobre a Formação Espiritual, reunidos, na 6ª Assembléia Geral da OSIB, mais de 100 Reitores e Formadores, com expressivo destaque e evidência, escolheu-se, como tema, o da Formação humano-afetiva (e sexual), no processo da formação presbiteral, para os Cursos do próximo biênio. Com estes novos Cursos objetiva-se criar condições para que os formadores possam avaliar o lugar e a importância da formação humano-afetiva e sexual nos Seminários, dar-lhes condições para estarem às voltas, por vezes, com situações delicadas nesta área ainda perceberam as “ilações” desta temática com o todo da formação presbiteral, especialmente o da espiritualidade e formação no e para o celibato. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio de Circular-convite e texto de 1988 outubro Linha 1: Setor

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10estudos sobre o tema. Vocações e

Ministérios OSIB. 7º Curso de Formadores. 1989, janeiro 23 a

fevereiro 02 abril

Envio de Circular-convite e texto de estudos sobre o tema.

1989, julho, 17 a 27, outubro.

8º Curso de Formadores. Envio de Circular-convite e texto de estudos sobre o tema.

1990, janeiro, 23 a fevereiro, 01

9º Curso de Formadores. PROJETO PE-1.6: Encontros nacionais sobre estudos filosóficos e formação presbiteral Os participantes do 1º Encontro Nacional sobre Estudos Filosóficos e Formação Presbiteral, realizado em 1987, pediram que se desse continuidade ao trabalho, destacando a necessidade de refletir com os formadores e professores da área, sobre o pensamento filosófico contemporâneo e, ao mesmo tempo, discutir mais a fundo o problema da integração da Filosofia em todo o processo da formação presbiteral. Todos se sentem bastante necessitados na área e há muitos desafios. Tal solicitação veio a confirmar-se por ocasião da 6ª Assembléia Geral da OSIB, em julho de 1988. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio de Circular-convite e texto-base para estudos.

1989, fevereiro. Linha 1: Setor Vocações e Ministérios OSIB.

2º Encontro Nacional sobre Estudos Filosóficos e Formação Presbiteral. .

1989, maio, 1 a 5.

Envio de Circular-convite e texto-base para estudos.

1990, fevereiro.

3º Encontro Nacional sobre Estudos Filosóficos e Formação Presbiteral.

1990, maio, 14 a 18.

PROJETO PE-l.7: Encontro para professores de pastoral e orientadores de estágios Inspirando-se no 1º Encontro de Professores de Pastoral nos Seminários e Institutos de Formação Presbiteral, realizado em São Paulo, no ano de 1985, percebendo a importância e a necessidade da continuidade desse estudo e reflexão e dadas ainda as constantes solicitações, decidiu-se pela realização do 2º Encontro similar. Tendo em vista a Pastoral como eixo integrador da formação presbiteral, quer-se, através desse encontro, proporcionar aprofundamento e intercâmbio entre os professores de Pastoral e os Orientadores dos Estágios (da Pastoral) dos estudantes de Teologia e melhor entender a importância da interdependência entre a formação teórica e a prática Pastoral dos nossos estudantes, candidatos ao presbiterato. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio da Carta-convite e texto-base de estudos.

1º Semestre 1989

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios INP - OSIB.

2º Encontro para Professores de Pastoral e Orientadores de Estágios de Pastoral nos Seminários

Setembro 18 a 22

PROJETO PE-1.8: Encontro nacional sobre o curso e ano propedêuticos

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11 Sendo uma exigência das “Diretrizes Básicas da Formação dos Presbíteros na Igreja do Brasil” (cf. CNBB - Doc. 30, n.54)2; sendo ainda solicitado por ocasião do l.º Encontro Nacional sobre Estudos Filosóficos e Formação Presbiteral (cf. as conclusões); constando ainda das conclusões e solicitado na 6ª Assembléia Geral da OSIB, em julho de 1988 e dadas as múltiplas experiências tão diversificadas existentes e um clamor geral para uma partilha e busca de alguns critérios mais unitários para todos, decidiu-se pela realização deste l.º Encontro Nacional sobre o Curso e Ano Propedêuticos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio de Circular-convite e solicitando material e subsídios existentes, relatando experiências concretas.

1990, fevereiro Linha 1: Setor Vocações e Ministérios; OSIB

1º Encontro Nacional de Curso e Ano Propedêuticos.

maio, 7 a 11

PROJETO PE-l.9: 7ª Assembléia geral da OSIB É atividade já habitual e regulamentada, a Assembléia Geral da OSIB, acontecendo bienalmente. E um momento forte para avaliar a caminhada anterior e, em visão prospectiva, lançar a plataforma de trabalho para o novo período bienal, diante dos muitos e sempre novos desafios que se apresentam. É ocasião, também, para eleger sua nova Diretoria, para mais um período de dois anos. Como tema de estudos e reflexão abordar-se-á o da Formação Humano-afetiva (e sexual) no processo da Formação Presbiteral, encerrando, em nível nacional, os Cursos e Encontros com tal temática. Ulteriores reflexões deste tema ficam por conta dos níveis Regionais e/ou dos blocos Inter-Regionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio de Carta-circular-convite e texto-base de estudos sobre a temática.

1990 fevereiro. Linha 1 : Setor Vocações e Ministérios OSIB.

7ªAssembléia Geral da OSIB. Julho 10 a 14. PROJETO PE-1.10: Encontros de bispos representantes do setor seminários nos regionais Foram considerados como indispensáveis tais Encontros, dada a importância capital que ocupa, na Igreja, a formação presbiteral. Esta consciência consubstanciou-se a partir dos primeiros três já realizados e que aconteceram anualmente. Isto pelo simples fato de que dia a dia há situações novas no horizonte da formação presbiteral e renovados desafios se apresentam. E preciso estar atento a estes sinais dos tempos e com solicitude Pastoral de Bispos, encaminhar e orientar para as melhores opções e soluções possíveis. No momento está-se às voltas com a Visita Apostólica aos Seminários Diocesanos do Brasil e ulteriores desdobramentos. Tal fato exige que certamente seja necessário tomar algumas providências a partir das observações da Congregação para os Seminários e Institutos de Estudos, visando também aprimorar as “Diretrizes Básicas da Formação dos Presbíteros na Igreja do Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 4º Encontro de Bispos Representantes do Setor Seminários nos Regionais.

1989, agosto 15 a 17

Linha 1 : Setor Vocações e Ministérios; OSIB.

5º Encontro de Bispos Representantes do Setor Seminários nos Regionais.

1990agosto 14 a 16

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12 DIÁCONOS PROJETO PE-1.11: Encontro das comissões regionais de diáconos (CRDs) Já é sistemático o encontro bienal das Comissões Regionais de Diáconos. Tem-se por objetivo avaliar a caminhada do Ministério Diaconal em cada Regional, partilhar as experiências e acima de tudo tomar as decisões para novos desdobramentos diante dos desafios que se apresentam, tanto para a compreensão teológico-pastoral, bem como para o exercício concreto deste ministério, ordenado e permanente, nas Igrejas particulares do Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional das Comissões Regionais de Diáconos

1989Setembro 1 a 3

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios CNC.

PROJETO PE-1.12: 3º Encontro nacional das escolas diaconais Percebe-se que o Diaconato no Brasil ainda está em plena fase de expansão para um dia ser aceito como ministério ordenado e permanente em todas as Dioceses. Pairam ainda muitas interrogações sobre a compreensão teológico-pastoral deste Ministério. Diante deste panorama as Escolas de Formação Diaconal têm um papel fundamental para elucidar as questões ainda obscuras e, diante das resistências, são um momento de discernimento. Com a realização deste evento tenta-se unificar critérios mínimos na formação dos novos diáconos, diante da pluriformidade como as Escolas Diaconais se apresentam e garantem a formação permanente para os já chamados a este ministério. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 3º Encontro Nacional das Escolas Diaconais.

1990 2º Sem.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios; CND.

1.1.2. PRESBÍTEROS A programação Pastoral dos presbíteros será assumida pela Comissão Nacional do Clero (CNC), em colaboração com a Linha 1. Orientações para a ação A Comissão Nacional do Clero, órgão subsidiário da CNBB, considera tarefa sua a animação constante da vida e ministério do presbítero, para que ele possa responder com solicitude aos apelos de Deus que nos chama a ser Igreja de Jesus Cristo neste momento de nossa História, em comunhão com o Episcopado, dentro de uma Igreja evangélico-transformadora, conforme as “Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil”. É ainda tarefa sua buscar a encarnação de um novo modo de SER PADRE, frente aos novos desafios que se lhe apresentam, abrindo os caminhos necessários para uma feliz realização pessoal de todos os presbíteros. Sinal de unidade, a Comissão Nacional do Clero deve continuar fortalecendo as Comissões Regionais do Clero, como fidelidade às bases, buscando e gerando, num grande esforço de conjunto, “um consenso fraterno e compromissado sobre o que devemos ser, como devemos conviver e atuar, na fidelidade à missão que nos é dada”. Interessa à CNC incentivar os presbíteros e as Comissões Regionais a descobrirem os meios e recursos indispensáveis à sua própria organização.

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13 A CNC acompanhará, com vivo interesse, as realizações no campo da Pastoral Vocacional, sobretudo no que se refere à formação do futuro presbítero, cuidando e preparando a sua integração pessoal na Pastoral da Igreja local e no ministério presbiteral sem nunca esquecer que a Igreja é toda ministerial. Aberta a todas as iniciativas, a CNC apoiará as experiências pessoais e de grupos de presbíteros que realizam de maneira nova e autêntica a sua vocação eclesial e são portadores de novas e autênticas esperanças para a Igreja no Brasil. A CNC deseja intensamente chegar, através das CRCs, a todos os irmãos presbíteros espalhados neste imenso Brasil, alimentando a sua vida e ministério, oferecendo-lhes subsídios e o intercâmbio de experiências, esclarecendo mais o lugar extremamente relevante do presbítero na Igreja. Após a realização enriquecedora do 1º ENP e o próximo ENP (2º), a CNC se propõe conduzir sua caminhada até uma necessária Assembléia Nacional de Presbíteros, acompanhando e concretizando as decisões aqui assumidas. Atividades permanentes - Assessorar a CEP em assuntos relacionados com a vida e o ministério do presbítero, bem como participar, em nível de CNBB, de todos os encontros abertos à CNC. - Estabelecer contato permanente com as Comissões Regionais do Clero (CRCs) através de encontros, em diferentes níveis, e relatórios das atividades programadas. - Ampliar o contato com o Conselho Nacional de Leigos, com os vários setores, dimensões pastorais, organismos nacionais, em estreito espírito de comunhão e participação, buscando uma perfeita integração que venha ajudar-nos em nossa missão de presbíteros. - Realizar, duas vezes ao ano, encontros com os membros da CNC, empenhando-se pela presença e participação de todos, levando às bases a reflexão desenvolvida por ocasião destes encontros, desejando ser um instrumento de comunicação de experiências e subsídios de cada Regional. - Acompanhar a reflexão teológico-pastoral iniciada com a publicação dos Documentos de Trabalho preparatórios aos dois Encontros Nacionais de Presbíteros, aprofundando estes temas nos encontros, retiros e reuniões do clero. - Contribuir para que os presbíteros vivam em suas Igrejas o caráter colegial do ministério, como solução realista para que todos se sintam e sejam de fato co-responsáveis, através da partilha das tarefas que procura aproveitar os dons de cada um, mediante uma mudança de mentalidade e o funcionamento efetivo dos mecanismos jurídicos e institucionais de comunhão e participação. - Continuar a busca de uma espiritualidade, especialmente do padre diocesano, que seja fundamentada na espiritualidade cristã, encarnada na realidade latino-americana, alicerçada na escuta da Palavra de Deus e alimentada pela Eucaristia. Projetos PROJETO PE- 1.13: Reunião da comissão nacional do clero por ocasião das assembléias gerais da CNBB Estes encontros costumam acontecer por ocasião das Assembléias Gerais da CNBB dado que, para as mesmas, a CNC sempre é convidada. Têm por finalidade, além de acompanhar proximamente, como primeiros colaboradores dos Bispos, a caminhada da Igreja no Brasil e prestar serviços à Assembléia, em Itaici, revisar e estar atento a tudo o que diz respeito à vida e ao ministério presbiteral numa Igreja toda ministerial. Visa ainda preparar, mais imediatamente, os Encontros Nacionais de Presbíteros da CNC Ampliada e debruçar-se sobre a realidade trazida pelas comissões Regionais do Clero (CRSs). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL

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14Encontros da Comissão Nacional do Clero por ocasião das Assembléias Gerais da CNBB.

1989, abril 3 a 14; 1990, abril, 23 a maio, 04.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios; CNC.

PROJETO PE- 1.14: 3º Encontro nacional de presbíteros A pedido do 2º ENP decidiu-se por este novo encontro. É um momento ímpar para o estudo, a reflexão e para ouvir, em nível nacional, o que mais de perto desafia os presbíteros do Brasil, nos respectivos Regionais e Dioceses. O 3º ENP ocupar-se-á com a reflexão sobre o Celibato Sacerdotal, sua melhor compreensão e testemunho e com a urgente necessidade de investir na formação permanente dos já presbíteros, remetendo ainda para a formação em tempos de Seminário e encaminhando uma possível Pastoral Presbiteral que esteja atenta a estas grandes questões que envolvem os presbíteros e dê caminhos para superação. Os ENPs constituem-se ainda em fortes momentos de partilha, confraternização e de oração. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 3º Encontro Nacional de Presbíteros

1989, outubro, 17 a 22.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios CNC

PROJETO PE-1.15: Encontro da comissão nacional do clero ampliada Já é de praxe que nos anos imediatamente subseqüentes à realização dos ENPs, reúna-se a CNC, juntamente com outros presbíteros, indicados pelas CRCs (CRPs). Tal encontro tem por objetivo primeiro avaliar os Encontros Regionais do clero que trabalharam a mesma temática do tema central do Encontro Nacional de Presbíteros. Visa ainda avaliar os desdobramentos deste Encontro Nacional, encaminhamentos feitos, providências a serem tomadas e decidir-se, baseados nas sugestões dos Encontros Regionais, pela temática do próximo ENP. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro da Comissão Nacional do Clero Ampliada, isto é, com Representantes das CRCs.

1990 2º Sem. novembro27 a 30.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios CNC.

PROJETO PE-1.16: 1º Curso de reciclagem para presbíteros diocesanos A necessidade de proporcionar um tempo significativo para presbíteros desejosos e necessitados de uma reciclagem globalizante, nas dimensões teológico-pastoral, humano-afetiva, espiritual e de forte experiência de vida comunitária, já se faz sentir a mais tempo. Tenciona-se com este 1º Curso de Reciclagem para Presbíteros diocesanos atender a presbíteros, futuros multiplicadores de similares projetos em seus respectivos Regionais e/ou blocos de inter-Regionais. Pensa-se que este projeto venha a responder a uma solicitação tão insistentemente desejada e que ressoou fortemente por ocasião dos ENPs. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1º Curso de Reciclagem para Presbíteros Diocesanos.

1990 janeiro e fevereiro.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios CNC.

PROJETO PE-1.17: Encontro para a redação e posterior publicação de subsídio ao 3º ENP Faz-se necessário que, após a realização dos Encontros Regionais de presbíteros, ao longo de 1988, e vindos os relatórios e sugerido o tema central do 3º ENP, se encontro a comissão de redação do subsídio que servirá como instrumento de trabalho para, nas

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15dioceses e nos regionais, encaminhar-se o processo de reflexão que finalmente desemboca no Encontro Nacional de Presbíteros. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro da Diretoria da CNC e Equipe de Assessores para a redação do texto.

1989, janeiro 16 a 20; março

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios CNC

1.1.3. BISPOS PROJETO PE-1.18: 2º e 3º encontros de bispos recém-nomeados e ordenados Realizado o primeiro Encontro de Bispos recém-nomeados, os participantes o avaliaram como tendo sido de providencial importância a sua realização e o recomendam vivamente para os seus futuros e novos colegas no ministério episcopal. Diante deste fato são oferecidas outras duas novas possibilidades para os próximos dois anos. Pretende-se, com tais projetos, prestar um serviço aos bispos recém-nomeados e ordenados, visando familiarizá-los, mais imediatamente com as estruturas e organismos da Igreja, tais como a Santa Sé, a CNBB e outros. Visa ainda levar a efeito uma reflexão ao redor das Diretrizes Gerais da CNBB e de alguns aspectos da Teologia, sobretudo a do episcopado, da Igreja particular, da espiritualidade própria deste ministério e perceber tal serviço no horizonte das atribuições e responsabilidades previstas pelo Código de Direito Canônico. Este projeto também buscará proporcionar uma troca de experiências com outros Bispos de significativo serviço eclesial, no ministério episcopal, mormente os da Presidência e CEP (Linha 1) e ainda encontro com assessores da CNBB e Nunciatura Apostólica. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 2º Encontro de Bispos Recém-Nomeados.

1989, fevereiro 24 a 28.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios

3º Encontro de Bispos Recém-Nomeados.

1990 março 6 a 10

PROJETO PE-1.19: Curso para bispos Há mais tempo é sentida a necessidade de atender a solicitação de Bispos desejosos de que a CNBB lhes dê a oportunidade de um curso de atualização teológica, um tempo expressivo para a convivência, o diálogo, a partilha das experiências de vida e da solicitude pastoral, no dia-a-dia do governo nas suas dioceses. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1º Curso para Bispos. 1989 julho 31 a

agosto 10 Linha 1: Setor Vocações e Ministérios

2º Curso para Bispos. 1990 2º Sem. 1.2. SETOR LEIGOS Orientações para a ação Após a celebração do Sínodo Episcopal extraordinário, em 1985, avaliando a caminhada da Igreja nos 20 anos do Concílio Vaticano II, foi retomado, com grande interesse, na Igreja, o tema específico dos Leigos. Nota-se que aumenta a consciência de que é um aspecto candente no atual momento da vida da Igreja. Na verdade, já não se pode tratar do leigo sem sacudir toda a eclesiologia, e isto dentro da mais autêntica tradição da Igreja, isto é, da Bíblia, dos Santos Padres e do Magistério Eclesiástico. A Teologia do Povo de Deus da Lumen Gentium lentamente vai penetrando

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16na prática da Igreja, levando o Padre Congar a usar a expressão “eclesiologia total”, substituindo o binômio “hierarquia-laicato”, por Comunidade-Carismas Ministérios. Passamos da “Teologia do Laicato” para a “Teologia do Batismo”, acentuando mais o que une todos os membros do Povo de Deus. Assim sendo, o tema “leigo” deixa de ser um tema setorial para ser tema eclesial, de muita riqueza para a dinâmica da evangelização. Os leigos assumem seu compromisso no mundo como Igreja: no mundo dos empobrecidos do nosso Continente, do nosso País. A participação dos leigos na Igreja e seu compromisso como Igreja diante do clamor do povo tornam-se expressões de vivência da mesma Igreja, sinal de salvação, através dos cristãos que chamamos “Leigos”. Sem dúvida, a evangelização colocará os cristãos leigos em posição de destaque na transformação de um mundo que se apresenta, cada dia, mais complexo. De fato, em todas as organizações e instituições do Brasil há a presença de cristãos. Mas estes cristãos, em sua grande maioria, mesmo praticantes e, por vezes, membros de grupos ou movimentos que os despertam para o social, continuam “ganhando sua vida”, sem pensar na responsabilidade de uma evangelização realmente transformadora, sem abrir brechas nos mecanismos criados pela injustiça institucionalizada, pela opressão. Precisamos fazer uma revisão da vida global, numa avaliação lúcida da prática dos cristãos. A ação evangelizadora dos cristãos, como Igreja, supõe que eles se organizem em conselhos nos vários níveis: paroquial, diocesano, regional e nacional. Supõe que os leigos dos movimentos apostólicos, das pastorais específicas, das comunidades eclesiais de base estejam em sintonia eclesial, em comunhão e participação real para a construção do Reino de Deus. Supõe também que lhes sejam oferecidos os meios adequados para assegurar sua formação social, econômica, política e, evidentemente, uma sólida formação teológica a partir da vida e da ação, levando-os a crescer no processo de conversão a Jesus Cristo e, conseqüentemente, na mística missionária. A formação dos leigos deverá, também, contemplar as orientações da ação pastoral da Igreja, explicitadas nas Diretrizes Gerais. Atividades permanentes - Estudar, juntamente com os leigos, sua identidade de batizados, em sintonia com as Diretrizes propostas para o quadriênio, a fim de que suas atividades sejam orientadas em conformidade com o objetivo geral e as dimensões da ação Pastoral da Igreja no Brasil. - Colaborar com os leigos no aprofundamento da compreensão da vivência de sua vocação e missão como cristãos na Igreja do Brasil. - Continuar os esforços empreendidos para que os leigos assumam seu papel na Igreja e se organizem em nível diocesano/regional e estejam presentes nas instâncias pastorais correspondentes. - Oferecer condições ao Conselho Nacional dos Leigos (CNL) para melhor exercer sua missão de animação, organização e formação dos cristãos leigos, a serviço da evangelização do povo brasileiro. - Aprofundar a espiritualidade dos cristãos leigos, de modo especial na relação fé-vida, contemplação-compromisso transformador. - Encaminhar, de maneira orgânica, durante o quadriênio, as grandes orientações do Sínodo sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo realizado em outubro de 1987, dando continuidade ao que fora iniciado no período preparatório. Projeto PROJETO PE-1.20: Encontro dos bispos que acompanham os cristãos leigos nos regionais O Sínodo sobre vocação e missão dos Leigos na Igreja e no mundo (1987), antes e depois, desencadeou uma reflexão e uma maior dinâmica na Igreja do Brasil sobre o papel do cristão leigo na Igreja e no mundo, seu estatuto eclesiológico. Alguns desafios, tais como: articulação dos cristãos leigos, sua participação na Igreja, seu compromisso

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17político... tem exigido um aprofundamento teológico-pastoral. Este encontro se propõe fazê-lo à luz do Documento do Sínodo, elaborado pelo Santo Padre João Paulo II. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos Bispos que acompanham os cristãos Leigos nos vários regionais da CNBB, juntamente com alguns leigos, para aprofundar a caminhada nas respectivas áreas.

1989 maio 30 a junho 01 Brasília.

Linha 1: Setor Leigos.

PROJETO PE-1.21: 2º Seminário sobre fé e política O Seminário realizado em 1988 sobre Fé e Política, tratando do relacionamento Igreja-Política (aspecto histórico), relação fé-política (aspecto teológico) dentro da conjuntura nacional e analisando as questões pastorais no campo - criou exigências de continuidade. De modo especial, no acompanhamento dos novos desafios diante das eleições a realizar-se nos três próximos anos, dando maior atenção aos cristãos que assumem encargos políticos, como vereadores, prefeitos, deputados... O objetivo deste encontro (Seminário de aprofundamento) é reunir os vereadores e prefeitos cristãos, eleitos em 1988, para um intercâmbio entre eles e uma reflexão sobre o compromisso cristão. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião dos prefeitos e vereadores cristãos eleitos em 1988, com alguns assessores, para aprofundar sua prática política, as mediações e o compromisso cristão.

1989, junho 16 a 18 Rio de Janeiro

Linha 1: Setor Leigos; Linha 6: Setor Patoral Social IBRADES, CNL

PROJETO PE-1.22: Formação dos cristãos leigos A necessidade de uma formação mais profunda, tanto no campo da Teologia como nos diversos níveis socioeconômicos, políticos e culturais, têm sido aspiração dos cristãos leigos, manifestada a cada momento. Também um desafio que desabrochou, com ênfase, no desenrolar do Sínodo de 1987. Só um laicato bem formado é capaz de assumir a condição de cristão leigo nos organismos eclesiais e no mundo. No ano de 1988 foi iniciada uma sondagem sobre os Centros de Formação já atuando no Brasil. Também se concretizou um Seminário de intercâmbio entre alguns dos Centros com o desejo de conhecer melhor os conteúdos e metodologias utilizados. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário de representantes dos Centros, de Formação, com alguns assessores, para conhecer e aprofundar as grandes orientações da Formação em andamento.

1989 2º Sem. Rio de Janeiro.

Linha 1: Setor Leigos CNL IBRADES

PROJETO PE-1.23: Encontro das direções dos movimentos apostólicos e pastorais específicas Como continuidade ao trabalho já iniciado, especialmente pedido no encontro realizado em março de 1988, quando as direções de 23 entidades (Movimentos e Leigos das Pastorais) aprofundaram, em conjunto, as Diretrizes da Ação Pastoral da Igreja do Brasil (1987-1990) e os grandes temas do Sínodo sobre os Leigos de 1987. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião das direções dos Movimentos Apostólicos e das Pastorais específicas para aprofundar o compromisso cristão à luz das atuais tendências eclesiológicas.

1990 março. Linha 1: Setor Leigos CNL

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18 PROJETO PE-1.24: Cristãos leigos na classe média A Pastoral da Classe Média teve um refluxo após a experiência da Ação Católica. Surgem novos Movimentos após o Concílio, mas não visam atingir, de modo explícito, os meios sociais. O objetivo deste encontro é reunir representantes dos vários instrumentos de evangelização da classe média, em andamento no Brasil, para um aprofundamento sobre a relação fé - vida (realidade profissional e estruturas da sociedade). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro de cristãos leigos da classe média (professores universitários, profissionais...) para aprofundar o compromisso cristão na atual conjuntura nacional, a partir dos respectivos campos de atuação profissional.

1990 maio Brasília

Linha 1: Setor Leigos CNL.

1.3. SETOR ESTRUTURAS DE IGREJA A grande cidade não é apenas uma rápida e gigante concentração demográfica, mas, principalmente, uma mudança, quase total, de estilo de vida, de comportamento e das mútuas relações entre os homens. Cria-se um novo tipo de homem. O homem urbano. Este homem urbano, contudo, ainda coexiste com certa mentalidade rural. Mas, aos poucos, vai atingindo e penetrando todas as camadas sociais, irradiando-se pelas cidades menores e, em alguns casos, já se presencia a urbanização do agro. É um homem que, cada vez mais, passa de um tipo de relações prioritárias e globais, para relações secundárias e diversificadas. A Igreja corre o risco de repetir na cidade a sua experiência rural, não atendendo às exigências típicas do homem urbano. Responderá, apenas, às solicitações de atendimento religioso, mas não chegará a ser um sinal revelador da Páscoa do Senhor. As suas estruturas correspondem a um mundo estático, sendo ineficiente diante de uma sociedade dinâmica, pluralista... A linguagem, a mensagem dos seus agentes são cheias de símbolos da natureza. O homem urbano é mais sensível ao que é autenticamente humano: segurança, promoção, liberdade, justiça, solidariedade... O mundo urbano é intensamente dinâmico, vivo e não basta radiografá-lo. “A Igreja se encontra, pois, diante do desafio de renovar sua evangelização dos novos condicionamentos que a sociedade urbano-industrial cria para a santidade; para a oração e a contemplação; para as relações entre os homens, que se tornam anônimas e arraigadas no meramente funcional; para uma nova vivência do trabalho, da produção e do consumo” (Puebla 433)3. Há, portanto, a necessidade de se traçar critérios para novas estruturas de Igreja para que ela se torne uma presença visível e testemunha do nascimento de um novo humanismo e colabore na construção de uma sociedade justa e fraterna. 1.3.1. COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE Orientações para a ação As CEBs são obras do Espírito e devem ser afirmadas, apoiadas e multiplicadas com a decisão e o entusiasmo ilimitado que são devidos à causa do Evangelho que nelas é acolhido, anunciado, testemunhado. O Evangelho, porém, nunca é proclamado e vivido em toda a sua pureza. Ele exige, sempre, de todos e em todo lugar, conversão. Por isso, é possível e necessário analisar e discernir, criticar e corrigir alguns dos discursos e práticas em uso nas CEBs.

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19As CEBs são uma Igreja comprometida com os empobrecidos, com os pequenos. São o lugar de partilha, de igualdade, de espírito comunitário. Sua força não está em seu número e, sim, na união de seus membros. Reproduzem aquele ideal primitivo da comunidade dos Atos dos Apóstolos: simplicidade, fraternidade, liberdade de filhos de Deus, oração e celebração comunitária da fé, práticas de libertação, conversão continua, missionária e testemunho (martírio). Elas são (querem ser) uma Igreja com novo rosto, toda ela ministerial, comprometida com o povo, com base e destaque da leitura e meditação da Palavra de Deus: “A Bíblia é a água que carrega o barquinho das CEBs”. Partilhando o poder em inúmeras instâncias, do conselho comunitário até a Assembléia do Povo de Deus, elas não repetem simplesmente o paradigma preexistente, de uma Igreja centrada sobre o clero e os sacramentos. O serviço está em função da vida da comunidade. A articulação entre fé e vida é uma nota característica e fundamental das CEBs. Já é uma evidência de que a fé está ligada ao compromisso pela justiça, com suas conseqüências na nova maneira de celebrar. Nos últimos anos, houve nas CEBs um significativo crescimento da consciência e da prática político-partidária. As CEBs aprendem mais através de sua prática social do que detendo o correto domínio das teorias políticas. Contudo, há que incrementar a prática social das CEBs, complementada por um mínimo de formação teórica, para que tenham competência e habilitação no campo em que devem atuar, evitando-se, assim, o espontaneísmo, o basismo e vanguardismo. As CEBs estão colocando algumas tarefas sérias quanto às “CEBs, novo modo de ser Igreja”; CEBs e Hierarquia; perfil dos ministérios; novo jeito de celebrar a partir da Igreja-comunhão e participação”; posição dos cristãos frente à questão da política partidária; a questão da ocupação da terra agrária e urbana e as CEBs, semente de uma nova sociedade. São questões que necessitam de maior acompanhamento e reflexão. Atividades permanentes - Manter contatos com os Regionais da CNBB sobre encaminhamento e vida das CEBs. - Participar de encontros sobre temas relacionados com CEBs. - Assessorar encontros de CEBs, quando solicitado. - Acompanhar os Encontros e Assembléias Regionais de e sobre CEBs, observando, de maneira especial, os seguintes pontos: política sindical e partidária; movimentos e organizações populares; organização dos Sem-Terra e ocupações; espiritualidade libertadora; inculturação da fé; catequese e liturgia; funções do agente de Pastoral e da hierarquia. - Acompanhar os Encontros Intereclesiais de Comunidades de Base, reconhecendo a responsabilidade da Igreja que sedia o Encontro e a co-responsabilidade das Igrejas participantes. - Manter contato com o Setor de Comunicação Social para que subsidie e apóie a reflexão crítica sobre os processos alternativos da comunicação, dada a importância do desafio da comunicação. - Criar espaço de participação no Setor Ministérios-Vocações pela importância que os ministérios e vocações têm para as CEBs. Projetos PROJETO PE-1.25: Seminário de aprofundamento da eclesiologia e questões emergentes das cebs As CEBs foram legitimadas pelo magistério recente da Igreja. Contudo, existem tensões, conflitos em seu exercício de engajamento e presença no interior da vida da Igreja e da Sociedade. Estas tensões, não são apenas em relação às CEBs, mas de todo o exercício

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20Pastoral da Igreja. Participarão deste projeto os Bispos responsáveis pelas CEBs nos Regionais da CNBB, Membros de CEBs, CNL, Agentes de Pastoral e Teólogos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário para aprofundar a eclesiologia das CEBs e questões emergentes que surgiram nos Encontros Regionais de Comunidades de Base.

1990 março. Linha 1: Setor Estruturas de Igrejas-CEBs.

PROJETO PE-1.26: Preparação ao 7º encontro intereclesial de comunidades de base O serviço permanente de intercâmbio entre as CEBs é realizado pela Igreja que sedia o Encontro Intereclesial. A Igreja em Duque de Caxias, RJ, é a responsável pelo 7º Encontro Intereclesial. É de suma importância a presença e o acompanhamento por parte da CNBB. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Presença e acompanhamento das Reuniões da Coordenação responsável pela preparação do 7º Encontro Intereclesial.

1989 março, 31 a 2 de abril; Duque de Caxias-RJ

Comissão de Coordenação Comissão Ampliada do 7º Encontro Linha 1: Setor Estruturas de Igreja-CEBs.

PROJETO PE-1.27: Participação no 7º encontro intereclesial de comunidades de base Os Encontros Intereclesiais de Comunidades de Base são um momento forte de partilha e de celebração da vida, de troca de experiências e vivência da eclesialidade das CEBs que estão em cada Igreja particular. O 7º Encontro Intereclesial terá caráter de partilha e a celebração à luz do tema: POVO DE DEUS, NA AMÉRICA LATINA, A CAMINHO DA LIBERTAÇÃO”. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Participação e acompanhamento nas reflexões, partilha e celebrações das CEBs sobre: eclesialidade no urbano e no rural e seu aspecto econômico; Rosto Latino-americano nos aspectos cultural (índio, negro), histórico, sócioeconômico; Igreja e Libertação nas questões econômica, política, social; relação entre militância e mística do Reino.

1989 junho 10 a 14 Duque de Caxias-RJ.

Igreja em Duque de Caxias Comissão de Coordenação Comissão Ampliada.

PROJETO PE-1.28: Os ministérios na igreja -ver projeto pe-1.3 1.4. PASTORAL URBANA Merece uma atenção especial a Pastoral nas grande cidades diante dos desafios como: a divisão do trabalho com seus sujeitos; o proletariado urbano desempregado (reserva de mão-de-obra); as organizações e os movimentos populares; os movimentos migratórios; os problemas de uso do solo urbano (invasões) e de cidadania; de moradia (cortiços, favelas palafitas); a classe média; os MCS, a serviço da cultura dominante que criam e introjetam nova cultura, e descaracterizam as culturas locais e regionais; o estilo da vida urbana e a religiosidade e sua prática. Sendo a “missão da Igreja evangelizar pessoas que constróem estruturas sociais, econômicas e políticas; que criam cultura, que trabalham, que têm aspirações, que são

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21sujeitos de direitos e deveres, e agentes de sua própria História” (Diretrizes Gerais...), requer-se a busca de uma forma própria de ser Igreja nos grandes centros Urbanos. Atividades permanentes - Pesquisar, estudar e difundir as experiências em busca de uma Pastoral Urbana mais adaptada, bem como material sobre o urbano: cultura, modo de produção, instrumentos de trabalho, classes sociais e seus movimentos, manifestações religiosas. - apoiar, acompanhar e difundir os encontros, seminários sobre a Pastoral da Igreja do Urbano. Projetos PROJETO PE-1.29: Seminário sobre forma própria de ser igreja no urbano A missão da Igreja no Brasil enfrenta hoje o grande desafio de “atingir pela força do Evangelho os critérios, os valores, os centros de interesse e as próprias pessoas imbuídas da denominada cultura e vida urbana. Requer-se, pois, uma reflexão profunda, séria, corajosa e participada sobre a Pastoral das grandes cidades. O que se deve querer é buscar novos caminhos de organização da Igreja nas grandes cidades. Participantes do Seminário: Bispos e Coordenadores de Pastoral das grandes cidade, agentes de Pastoral Operária, dos MCS, da Educação, dos Movimentos Populares, pastoralistas, teólogos, urbanistas, sociólogos e demógrafos”. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário em duas fases; textos preparatórios sobre a problemática urbana e troca de experiências e de busca de soluções pastorais que venham favorecer a Evangelização das Grandes Cidades e a organização da Igreja nesses imensos aglomerados humanos.

1990 setembro S. Paulo.

Linha 1: Setor Estruturas de Igreja-Pastoral Urbana.

PROJETO PE-1.30: Simpósio sobre a questão habitacional A habitação constitui um bem social primário e não pode ser considerada simplesmente como objeto de mercado. A propriedade está a serviço da pessoa. 33% da população brasileira vivem, hoje, em condições sub-humanas de habitação. O compromisso da Igreja com aqueles que não têm casa é humanitário evangélico; é expressão do amor preferencial e solidário pelos pobres. Participaram do Simpósio: Cáritas Brasileira, Organismos e grupos engajados na luta pela moradia. Especialistas em questões urbanas e política habitacional e Agentes de Pastoral. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Simpósio para conhecer e analisar o direito e a política habitacional no Brasil; troca de experiências em relação aos instrumentos alternativos em vários países sobre a habitação.

1989 agosto S.Paulo.

Linha 6: Setor Pastoral, Social. Linha 1: Setor Estruturas de Igreja-Pastoral Urbana.

PROGRAMA 2: DIMENSÃO MISSIONÁRIA LINHA 2 (PE-2) “Ide por todo o mundo, proclamai o EvangeIho a toda a criatura” (Mc 16,15). “É o Espírito quem faz do Povo de Deus um povo que proclama a Palavra e oferece a toda a humanidade os dons de sua fé e pertença eclesial” (Diretrizes Gerais da CNBB, 117).

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22Orientações para a ação Sendo a Igreja missionária por natureza, toda a atividade Pastoral deve ser impregnada do espírito missionário. O povo de Deus é enviado para anunciar e testemunhar a todos a Boa Nova do Evangelho, assumindo compromisso especial com as regiões e situações mais carentes, dentro e fora do país e com aqueles povos e grupos nos quais o Reino ainda não foi suficientemente proclamado. É tarefa da Dimensão Missionária - Linha 2: - Contribuir para que a Igreja no Brasil, nos seus vários níveis e nas diferentes dimensões da sua atividade, mantenha viva a consciência de que Cristo, Missionário do Pai, é o único Salvador, prolonga, através de nós, a sua missão salvífica - Ajudar comunidades, paróquias, dioceses e regionais a se tornarem, cada vez mais, centros de serviço e de fraternidade para manter viva e eficaz a comunhão com as demais Igrejas e a solidariedade com todos os povos. - Estimular os institutos missionários a serem fiéis ao seu carisma “ad gentes” e ajudarem a Igreja local a vivenciar concretamente sua vocação missionária universal. - Incentivar a dimensão missionária das CEBs, para que não limitem suas preocupações aos problemas locais e imediatos. - Sensibilizar para o dever e a urgência de passar do “receber” ao “dar”, atendendo aos apelos das Igrejas mais necessitadas. - Cultivar a espiritualidade missionária, explicitando e aprofundando as motivações evangélicas da missão. - Alertar para o discernimento sobre as raízes dos males que oprimem o nosso povo e a humanidade em geral e favorecem os sistemas injustos que impedem a realização do Reino. Atividades permanentes 1. Cabe à Linha 2: - Promover e apoiar centros locais e regionais de animação missionária, participar de encontros e preparar subsídios de formação missionária. - Incentivar e acompanhar o programa “Igrejas-irmãs”: · despertando a consciência missionária da Igreja particular; · fomentando o conhecimento e o enriquecimento mútuo numa ótica de corresponsabilidade e partilha; · refletindo sobre a importância de uma integração eclesial entre as Igrejas no Brasil; · estimulando-as a assumirem os desafios no campo social e religioso. - Proporcionar o estudo e a reflexão teológico-missionária. hoje, a partir da realidade latino-americana. - Promover a formação missionária do clero e dos institutos, incentivando e apoiando cursos de missiologia, regulares ou de pós-graduação. - Estimular e acompanhar os grupos missionários leigos na sua formação e nas suas iniciativas missionárias. - Prosseguir no aprofundamento e na reflexão sobre evangelização e culturas. - Manter contatos com os missionários brasileiros que trabalham em outros países, enviando correspondências e subsídios. - Levando em conta os destaques da 25ª Assembléia Geral da CNBB: · despertar e difundir, através dos MCS, a consciência missionária, que deve atingir as famílias cristãs e todo Povo de Deus; · manter contato com a coordenação da Pastoral de Juventude, em vista de um empenho comum na formação missionária dos jovens; · estudar, juntamente com a Linha 4 e o centro de Pastoral Popular, a elaboração de subsídios para uma literatura doméstica, dando a estes subsídios enfoque missionário. - Articular-se com as pastorais dos grupos étnico-culturais: · povos indígenas através do CIMI (Conselho Indigenista Missionário); · os negros-brasileiros;

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23· grupos de origem asiática: nipo-brasileiros (PANIB) e outros. 2. Através do COMINA (Conselho Missionário Nacional): - Articular e incentivar as iniciativas dos institutos e organismos missionários existentes no Brasil. - Ajudá-los a prepararem missionários “ad gentes”. - Promover intercâmbio de experiências missionárias e troca de informações, especialmente com as Igrejas da América Latina e África. - Auxiliar na organização e dinamização de COMIREs (Conselho Missionários Regionais) e de Centros de Animação Missionária em nível diocesano. - Cooperar na elaboração de subsídios para a animação missionária. 3. Através do Centro Cultural Missionário: - Ao Departamento do SCAI (Serviço de Cooperação Apostólica Internacional) compete: encaminhar e acompanhar o processo de entrada e permanência dos missionários estrangeiros que pretendem trabalhar no Brasil, bem como, o processo de saída dos missionários brasileiros destinados a trabalhar fora do país. - Ao departamento do CENFI (Centro de Formação Intercultural) compete: · primeira aculturação para os missionários estrangeiros que vêm ao Brasil (curso de 4 meses); · preparação para os missionários brasileiros que se destinam a trabalhar fora do país (2 semanas); · formação permanente para os missionários (1 mês); · atualização e aperfeiçoamento lingüístico para missionários vindos de outros países (1 mês). Projetos PROJETO PE-2.1: Aprofundamento da teologia missionária, para tornar mais claro o sentido da missão, hoje, a partir da realidade da Igreja no Brasil Nos encontros e cursos que a Linha 2 vem promovendo nos últimos anos, têm surgido algumas questões que permanecem abertas. Sente-se a necessidade de aprofundar esses aspectos da Teologia da missão no contexto social e eclesial do País. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1. Encontros da Equipe de reflexão.

1989 março – 31 setembro 01 e 02 1990 março e setembro.

Linha 2.

2. Semana de estudos Interdisciplinares: A Missão Hoje.

1989 agosto 16 a 20.

PROJETO PE-2.2: Curso de formação e atualização para missionários que atuam em situações ou regiões missionárias do Brasil Considerando-se a necessidade de uma atualização e renovação missionária dos Padres, Religiosos e leigos que atuam nas regiões ou situações missionárias do País, e dos responsáveis pela animação missionária nos Regionais da CNBB, Dioceses, Institutos e outros organismos da Igreja a Linha 2, através do Centro Cultural Missionário, proporciona-lhes um curso anual de formação missionária. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Curso de formação missionária. 1989 janeiro 07

a fevereiro 04 1990 janeiro

Linha 2 CENFI PPOOMM.

PROJETO PE-2.3: Curso de formação para missionários “Ad Gentes”

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24 A Linha 2, desejando responder às solicitações das Dioceses, Congregações e Institutos Missionários, promove o Curso para missionários” ad gentes”, oferecido a todos os que são destinados a servir a outras Igrejas fora do Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Curso para missionários “ad gentes”

1989 dezembro 4 a 22; 1990 dezembro.

Linha 2: PPOOMM.

PROJETO PE-2.4: Encontro de formadores missionários Neste momento em que está acontecendo um despertar missionário na América Latina e, particularmente, no Brasil, as Congregações e Institutos Missionários sentem a necessidade de revitalizar e aprofundar o aspecto missionário no processo formativo, por meio de estudos, reflexões e troca de experiência dos formadores. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1. Encontro dos formadores missionários da região Norte.

1989 maio 5 a 7 1990 maio.

Linha 2.

2. Encontro dos formadores missionários da região Sul.

1989 setembro, 22 a 24 1990setembro.

PROJETO PE-2.5: Dimensão missionária na formação seminarística Evangelizar é a missão essencial da Igreja, sua vocação e sua identidade profunda. É de todo conveniente cultivar esta vocação fundamental do cristão entre os futuros presbíteros. Com o intuito de despertar no processo formativo presbiteral a dimensão missionária, será promovido um seminário. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário: formação presbiteral na ótica missionária com os responsáveis pelos Seminários Maiores e Institutos Teológicos.

1989 setembro, 29 a 02 de outubro; 1990 outubro.

Linha 2; Linha 1 Setor Vocações e Ministérios OSIB.

PROJETO PE-2.6: Programa “igrejas-irmãs” Cada Diocese deve redescobrir sua própria dimensão missionária, manifestando aos que estão distantes uma solicitude semelhante a que se tem para com seus próprios membros. O Programa Igrejas-Irmãs é um projeto em que duas Igrejas, ou Regionais, em espírito de solidariedade e mútua ajuda, se unem para levar a efeito a obra da evangelização. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos Responsáveis pelo “Projeto Igrejas-Irmãs”.

1989, junho, 21 a 23; 1990, junho.

Linha 2

PROJETO PE-2.7: Articulação dos animadores missionários regionais As equipes diocesanas de animação missionária, destinadas a coordenar, estimular e planejar as atividades missionárias da comunidade, exigem um maior apoio e acompanhamento para que se possa intensificar a animação e ação missionária e articular a preparação do primeiro Congresso Missionário - COMBRA I - em 1991. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião, por regional, com os 1989; 10 reuniões Linha 2

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25coordenadores diocesanos da animação missionária.

1990; 10 reuniões COMIRES.

PROJETO PE-2.8: Articulação dos institutos, organismos e movimentos missionários Este projeto visa incentivar os organismos missionários para uma ação conjunta, à luz das Diretrizes da Ação Pastoral na Igreja no Brasil, e com eles avaliar e planejar as iniciativas na área da ação e animação missionária nas dimensões internas e externas. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1.Assembléia Nacional do COMINA.

1989 outubro 30 a novembro 02 1990 outubro.

Linha 2 COMINA.

2.Reunião de Superiores Provinciais para rever a caminhada missionária.

1989 agosto 28 a 30; 1990 agosto.

PROJETO PE-2.9: Articulação dos responsáveis pelos grupos missionários estrangeiros que trabalham no Brasil A presença numerosa de missionários diocesanos e outros não dependendo de Congregações ou Institutos, vindos de outras Igrejas, inseridos na ação Pastoral, exige uma articulação dos grupos, para uma atuação conjunta em sintonia com a Igreja do Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro com os responsáveis dos grupos “Fidei Donum”

1990, agosto. Linha 2

PROJETO PE-2.10: Articulação dos grupos de missionários leigos Nos últimos anos, tem-se verificado um crescente surgimento de grupos missionários leigos. A Linha 2 prestará, neste biênio, um serviço no sentido de articular esses grupos e estudar com eles, modalidades mais viáveis de preparação para o trabalho missionário. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros dos coordenadores dos grupos de missionários leigos.

1989 junho 03 a 04; 1990 junho.

Linha 2 OMIL.

Reunião com a Diretoria do OMIL.

1989, outubro 14 a 15 1990 outubro.

Linha 2.

PROJETO PE-2.11: Articulação de agentes de pastoral para um acompanhamento de situações missionárias específicas: assentamentos de trabalhadores rurais Diante do desafio de grupos de trabalhadores rurais “Sem-Terra” que foram assentados, faz-se necessário uma articulação e acompanhamento Pastoral dos mesmos em face das novas exigências. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário com representantes dos assentados e agentes de Pastoral (Bispos, Padres, Religiosos e Leigos).

1989, julho, 3 a 5; 1990 julho

Linha 2 Linha 6 Setor Pastoral Social CPT; CÁRITAS.

PROGRAMA 3: DIMENSÃO CATEQUÉTICA LINHA 3 (PE-3)

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26 “É o Espírito quem faz crescer continuamente o Povo de Deus, mediante o aprofundamento e a vivência na fé, na esperança e na caridade, ensinando-o a ler os acontecimentos cotidianos à luz da Palavra e da Vida de Jesus Cristo e a participar eficazmente na construção de um mundo justo e fraterno” (Diretrizes Gerais, 118). Orientações para a ação A terceira dimensão da vida cristã e, portanto, da Ação Pastoral da Igreja, é a CATEQUÉTICA. Sua importância em vista de se alcançar o Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil é, fundamental, dado que “sempre mais se impõe uma educação permanente da fé que acompanhe o homem por toda a vida e se integre em seu crescimento global” (CR, 129)4 e dado ainda que, conforme escreve João Paulo II em CT, 635, “se a catequese for bem feita nas Igrejas locais, tudo o mais será feito com a maior facilidade”. Consciente disso, o Papa insiste para que se estabeleça por toda parte uma “organização adaptada e eficaz que empenhe na atividade catequética as pessoas, os meios e os instrumentos e também os recursos financeiros necessários” . . “de modo a suscitar e a alimentar uma verdadeira paixão pela catequese” (CT, 63)6. Dentro desse espírito, a CNBB aprovou e publicou o documento “Catequese Renovada, Orientações e Conteúdo”, em 1983, e dedicou todo o quadriênio 1983-1986 a torná-lo conhecido, operacionalizado e, sobretudo, assumido como referência e parâmetro para a renovação da Catequese no Brasil. Como ponto alto desse processo, aconteceu o Ano Nacional da Catequese (1986) e a Primeira Semana Brasileira de Catequese (outubro de 1986), que traçaram orientações para o prosseguimento da tarefa e que constam nas “Conclusões e Desafios da 1ª SBC”. A avaliação do quadriênio, realizada pela Linha 3, detectou também algumas urgências a serem consideradas no próximo quadriênio (cf. Comunicado Mensal de dezembro 1986, pp. 1728-1732)7. Ao longo do quadriênio 1983-1986, a Catequese redescobriu a importância de sua vinculação estreita com as demais dimensões da Ação Pastoral, comunitário-participativa, missionária, litúrgica, ecumênica e profético-transformadora. Toda a catequese deve vivenciar, o mais plenamente possível, estas dimensões e perpassá-las em todas as modalidades da Pastoral. Para o próximo quadriênio, a Igreja no Brasil escolheu, em nível nacional, três destaques: Comunicação, Família e Juventude. Os responsáveis nacionais pela Catequese deverão envidar esforços para que a Catequese assuma, de modo muito especial, estes três destaques, em nível de reflexão e de animação da práxis catequética. O mesmo há de se fazer em relação à Campanha da Fraternidade e aos Programas Conjuntos do Plano Bienal. Nestes últimos anos, foi-se delineando uma distinção cada vez mais clara e acentuando ao mesmo tempo a complementaridade entre Catequese, Ensino Religioso e Pastoral Bíblica, no processo de educação pessoal, comunitária, permanente, orgânica, ordenada, sistemática e transformadora da fé do Povo de Deus. É importante dar continuidade à reflexão sobre esse tema e, simultaneamente, subsidiar, a partir do nacional, a renovação da catequese da comunidade, do ensino religioso nas escolas e da Pastoral Bíblica com grupos comunitários. A capacitação de coordenadores diocesanos de Catequese e de professores para as escolas de Catequese foi uma das necessidades que mais se evidenciou ao longo do processo de operacionalização do documento “Catequese Renovada” e, portanto, deve merecer especial atenção da assessoria nacional de Catequese e dos regionais nos próximos anos. O mesmo se deve dizer e fazer com relação aos coordenadores do Ensino Religioso, para que tenham condições de investir na formação dos professores de Ensino Religioso.

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27 Outra necessidade evidenciada refere-se à dimensão catequética de toda modalidade de Pastoral na Igreja. Infelizmente, ainda é dominante o reducionismo da catequese à fase infantil e em vista da preparação aos sacramentos. Urge investir na mudança dessa mentalidade e dinamizar o processo catequético comunitário e permanente do interior de cada setor da Pastoral, nos movimentos e nos grupos. Isso redundará num imenso benefício a toda a Igreja, visto que os fiéis estarão continuamente aprofundando sua fé, sistematizando seus conhecimentos religiosos e estabelecendo a interação entre fé e vida enquanto se consagram à Pastoral na qual estão engajados. Atividades permanentes - Dar continuidade ao estudo e à operacionalização do Documento “Catequeses Renovada, Orientação e Conteúdo” (Doc. CNBB, nº 26 - Ed. Paulinas), prevendo uma avaliação em fins de 1990. - Empenhar todos os esforços a fim de que as Conclusões da 1ª SBC sejam postas em prática. - Apoiar as Coordenações Regionais de Catequese, através de contatos permanentes, cartas, circulares, boletins, subsídios, visitas, presença nas programações catequéticas, intercâmbio entre os Regionais. - Desencadear “um processo de contatos inter-regionais, a fim de chegar a um maior intercâmbio entre institutos e escolas catequéticas. - Dinamizar o GRECAT (Grupo de Reflexão de Catequese - CNBB) como assessoria especial à Linha 3, principalmente para a reflexão crítica sobre a caminhada da Catequese Renovada. - Dinamizar o GRERE (Grupo de Reflexão sobre Ensino Religioso Escolar), tanto das escolas da rede oficial como da particular, para acompanhamento, reflexão, troca de experiência, análise de textos, promoção de seminários, fornecimento de orientações, acompanhamento da elaboração das leis complementares dos Estados etc. - Dinamizar a GRECAT-DA (Grupo de Reflexão de Catequese com Deficientes Auditivos) e o GRECAT-DM (Grupo de Reflexão de Catequese com Deficientes Mentais) levantamento de situação, estudo, intercâmbio, promoção de encontros e seminários. - Acompanhar, apoiar os diversos movimentos de Pastoral Bíblica do Brasil, articulando-se com as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral, a Catequese Renovada e orientações de CELAM-FEBICAM. - Participar dos projetos do Departamento de Catequese (DECAT) do CELAM e do Conselho Internacional de Catequese (CIC) da Sé Apostólica. - Empenhar-se na articulação com as outras assessorias da CNBB, para um trabalho de maior integração. Dar ênfase, sobretudo, aos destaques de nível nacional e aos programas conjuntos. - Dinamizar a celebração do Dia do Catequista com fornecimento de subsídios para reflexão e celebração. - Incrementar a produção e distribuição de subsídios catequéticos sobretudo em linguagem popular, segundo os critérios da Catequese Renovada. - Integrar a reflexão que se está fazendo no Brasil sobre os santuários e a religiosidade popular, ressaltando os aspectos catequéticos presentes. - Levantar dados, articular experiências e refletir sobre catequese com menores abandonados, anciãos, enfermos, deficientes auditivos, deficientes mentais e outras situações (cf. CR, 143)8. - Investir de modo especial na atualização catequética do clero e na formação em Catequese e em Ensino Religioso de seminaristas e estudantes de congregações religiosas. - Colaborar nos cursos, escolas e institutos de Catequese, articulando experiências, currículos, professores e estágios etc. - Realizar intercâmbio e reflexão sobre Catequese familiar, para incrementar esse processo catequético no Brasil; - Participar da reflexão e das experiências sobre evangelização através dos Meios de Comunicação Social e Meios de Comunicação Grupal, sobretudo de índole popular.

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28- Colaborar em revistas especializadas em Pastoral com artigos, notícias, informações, entrevistas, etc. Dar atenção prioritária à “Folha Catequética” e à “Revista de Catequese”. - Subsidiar a renovação da catequese paroquial para que assuma a “catequese permanente, progressiva e orgânica”, interligando os sacramentos, não parando na Primeira Eucaristia. - Colaborar na elaboração dos subsídios da Campanha da Fraternidade, Natal em Família, mês das Missões etc. Projetos PROJETO PE-3.1: Encontro nacional de catequese-formação de catequistas A fim de dar continuidade à operacionalização do Documento “Catequese Renovada” e de cuidar da formação dos agentes da Pastoral Catequética, é necessário organizar novamente um Encontro Nacional de Catequese para coordenadores regionais e responsáveis por Institutos e Escolas de Catequese. Tal encontro terá por objetivo ver a caminhada da Catequese no Brasil, dar orientações para a formação de catequistas e para Institutos e Escolas de Catequese. Quer também preparar um movimento nacional através de congressos diocesanos e regionais de catequistas. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 4º Encontro Nacional de Catequese. 1989 abril

28 a 30. Linha 3.

Três reuniões com o Grupo de reflexão de Catequese (GRECAT).

1989. Linha 3.

Elaboração de um roteiro para formação de catequistas e diretrizes para Institutos e Escolas de Catequese.

1989. Linha 3: GRECAT.

3 reuniões com o grupo de reflexão de Catequese (GRECAT).

1990. Linha 3.

PROJETO PE-3.2: Animação da catequese em nível nacional A fim de animar o processo catequético em nível regional, diocesano e paroquial, e conseguir os objetivos da Catequese Renovada, a Linha 3 pretende estimular congressos de catequistas em nível diocesano e regional durante o 2º semestre de 1989 e o semestre de 90. No fim será feito um encontro nacional com as coordenações de Catequese a fim de chegar a uma síntese nacional para desenvolver uma linha de ação para dar continuidade ao processo. Os congressos diocesanos serão preparados através de estudos nas paróquias e dioceses. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Preparação de subsídios preparatórios para os congressos diocesanos e regionais.

1989. Linha 3: GRECAT Regionais.

Realização do encontro nacional. 1990 outubro. Avaliação e acompanhamento 1990. PROJETO PE-3.3: Catequese e pastoral bíblica O Documento “Catequese Renovada” evidenciou a Bíblia como o livro de Catequese por excelência (CR, n.154)9. Os diversos movimentos bíblicos, as CEBs e a Catequese renovada possibilitaram uma crescente aspiração da Bíblia por parte do povo e dos catequistas.

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29 Verifica-se que um dos grandes meios de re-evangelização e de Catequese de Adultos é a reflexão comunitária da Palavra de Deus. Multiplica-se a produção de subsídios populares de Pastoral Bíblica. A Linha 3 assumiu, junto com o SAB (Serviço de Animação Bíblica), com um acento especial para o Mês da Bíblia e a Bíblia na Catequese. Está providenciando um manual para a Pastoral Bíblica. Anualmente se realiza um encontro Nacional de Pastoral Bíblica com os coordenadores regionais de Catequese e pessoas engajadas nesta Pastoral. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Pastoral Bíblica. 1989, maio

1 a 3 Linha 3 SAB. .

Encontro Nacional Pastoral Bíblica. 1990 Linha 3 SAB.

Elaboração de um roteiro para a Pastoral Bíblica e para o uso da Bíblia na Catequese.

1990 Linha 3 SAB GRECAT.

PROJETO PE-3.4: Catequese familiar A fim de dinamizar a Catequese Familiar, a Linha 3 pretende fazer um dia de encontro com pessoas engajadas nesta Catequese, colocando em comum as diversas experiências que existem no campo, para, a partir daí, chegar a algumas linhas de ações. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Um dia de encontro com pessoas que têm experiência na área da Catequese Familiar

1989 2º Sem.

Linha 3: GRECAT Pastoral Familiar.

PROJETO PE-3.5: Catequese do sacramento da confirmação Sendo a Juventude destaque no Plano de Pastoral deste biênio, e para chegar a um maior entrosamento com a Pastoral da Juventude, especialmente em vista da Pastoral Catequética, a Linha 3, junto com o setor da Juventude, procura dar uma preparação melhor para o compromisso do sacramento da Crisma. Por isto pretende reunir um grupo de peritos neste assunto, como também algumas pessoas atuando na liderança juvenil, com experiência catequética, a fim de chegar a uma orientação mais definida. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Um encontro com alguns peritos e agentes de Pastoral de juventude sobre a preparação ao sacramento da Crisma.

1989 2º Sem. Linha 3: INP Pastoral da Juventude

Elaboração de orientações para a mesma.

1989 Linha 3: GRECAT Pastoral da Juventude

PROJETO PE-3.6: Catequese de deficientes Na evangélica opção pelos pobres, o educador da fé deve dedicar especial carinho e tempo para animar, com métodos, conteúdos e pedagogia adequados, a Catequese dos deficientes. A CNBB, Linha 3, está dando apoio ao GRECAT-DA (Grupo de Reflexão sobre Catequese de Deficientes Auditivos). Encontros nacionais, dinamizam a reflexão e a troca de experiências sobre a educação da fé com os DAs. Educadores da fé deste setor

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30necessitam de apoio e intercâmbio, pois o trabalho é muito difícil e ainda não suficientemente articulado e assumido pela Pastoral Orgânica. Foram iniciados contatos com pessoas que trabalham na Catequese de Deficientes Mentais, a fim de se chegar a um grupo de reflexão para este setor. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões com o GRECAT-DA (2).

1989 GRECAT-DA Linha 3

Reuniões com o GREAT-DA (2)

1990 GRECAT-DA Linha 3

Encontro com os agentes de Pastoral Catequética dos Das.

1990 GRECAT-DA Linha 3

Reuniões com o GRECAT-DM.

1990 GRECAT-DM Linha 3

PROJETO PE-3.7: ensino religioso nas escolas oficiais e encontro nacional de coordenadores estaduais de ensino religioso A nova Constituição do Brasil e o 7º Encontro Nacional de Ensino Religioso fazem o Grupo Nacional de Reflexão sobre Ensino Religioso (GRERE) da CNBB agilizar seu trabalho. Surgem novos desafios que a Igreja precisa acompanhar para não perder este espaço. O primeiro desafio advém da nova Constituição: acompanhar a elaboração das Constituições Estaduais, o Plano Nacional de Educação, a Lei de Diretrizes e Base e as Leis complementares no que tange à Educação, mormente ao Ensino Religioso. O segundo desafio é conseqüência do 7º E.N.E.R.: investir na formação de professores de Ensino Religioso. Terceiro desafio: o momento histórico da nova Constituição, a regulamentação, a implantação do E.R. requer a presença de um assessor da Linha 3, nas 5 regiões geopolíticas brasileiras, para um acompanhamento mais imediato. Há muitas Igrejas e entidades assumindo também a causa do Ensino Religioso e a CNBB não pode perder o acompanhamento deste processo. Em conseqüência, as seguintes metas são colocadas para 1989/90. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 4 Reuniões com o GRERE. 1989 Linha 3 4 Reuniões com o GRERE. 1990 Linha 3 Elaboração de subsídios para a formação dos professores de ensino Religioso.

1989 1990

Linha 3 GRERE

5 encontros Regionais de Ensino Religioso. 1989 Linha 3 8º Encontro Nacional de Ensino Religioso. 1990 setembro e

outubro. Linha 3

PROJETO PE-3.8: Organização e participação encontro latino-americano sobre pastoral bíblica A FEBICAM está organizando um encontro em nível latino-americano de Pastoral Bíblica. A Linha 3 ficou encarregada com a execução e a coordenação, junto com o SAB. O encontro visa chegar a um intercâmbio de experiências de Pastoral Bíblica, uma reflexão mais aprofundada sobre esta Pastoral, a elaboração de um manual para a Pastoral Bíblica.

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31

SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Latino-americano sobre Pastoral Bíblica, em Mendes-RJ.

1989, julho 17 a 23.

DECAT, FEBICAM SAB; Linha 3.

PROGRAMA 4: DIMENSÃO LITÚRGICA LINHA 4 (PE-4) “É o Espírito que reúne o povo em assembléias para a escuta da Palavra de Deus e para celebrar a Palavra feita carne e alimento e, em união com o mesmo Cristo, oferecê-lo como oblação pura, e assim comprometer-se a viver mais intensamente a fraternidade” (Diretrizes Gerais, J19). Orientações para a ação A dimensão litúrgica da vida cristã foi declarada pelo Concílio Vaticano II cume e fonte de toda a ação da Igreja (cf. SC, 10)10. Assim, o Concílio nos deu uma indicação sobre o lugar e a importância desta dimensão, também nas atividades pastorais da Igreja no Brasil, em nível nacional. No decorrer de quase 25 anos após a publicação da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, implantou-se, também no Brasil, a liturgia-pós-conciliar. Os livros litúrgicos foram publicados em língua portuguesa. Fizeram-se, igualmente, sobretudo na primeira década depois do Concílio, grandes esforços para a formação litúrgica em todos os níveis. Deve-se reconhecer, no entanto, que os livros litúrgicos traduzidos também deverão ser adaptados à índole do povo. A formação litúrgica ainda deixa a desejar. A liturgia da Igreja no Brasil procura integrar, como o Concílio Vaticano II o exige, o que há de válido nas tradições do nosso povo, como, por exemplo, nas Comunidades Eclesiais de Base, nas Paróquias, na piedade popular e em outros grupos de oração. São riquezas de expressão que deveriam ser aproveitadas para criar uma liturgia realmente renovada e adequada à Igreja no Brasil. Nos últimos anos, sobretudo a partir do levantamento sobre a situação da vida litúrgica no Brasil, feito por ocasião dos 20 anos da Sacrossantum Concilium (cf. Estudos da CNBB, n.42), vem se desencadeando um novo impulso à renovação litúrgica. Notam-se, contudo, mais aprofundada dos agentes de Pastoral em todos os níveis; a busca da identidade da Liturgia no confronto entre fé e vida, no contexto da evangélica opção preferencial pelos pobres, na caminhada profética e transformadora da Igreja no Brasil e a adaptação e inculturação da Liturgia na índole do povo brasileiro. Atividades permanentes - Traduzir, elaborar e publicar livros e subsídios litúrgicos: a) Liturgia das Horas: · edição em quatro volumes; · ofício das Leituras. b) Lecionários c) Missal e Lecionário Marianos d) Rito de Coroação de Imagens de Nossa Senhora e) Edição adaptada e definitiva dos livros litúrgicos: · Missal Romano, conforme a segunda edição típica, que foi publicada em 1975; · Rito de Iniciação Cristã de Adultos; · Rito do Matrimônio; · Rito do Batismo de Crianças; · Ritual de Bênçãos em duas versões: presididas por ministros ordenados e presididas por ministros leigos; edição simplificada e outra popular da Liturgia das Horas; · Músicas para a Liturgia das Horas; · Hinário Litúrgico Nacional;

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32· Documentário Litúrgico; · criação de novos texto litúrgicos. - Assessorar: a) Campanha da Fraternidade. b) Regionais e Dioceses. c) Centro de Pastoral Popular (Liturgia Doméstica), em Brasília. d) A Pastoral dos Santuários e Romarias. e) O Congresso Eucarístico Internacional de Seul em 1989. f) O Congresso Eucarístico Nacional. - Participar: a) De encontros setoriais, regionais, inter-regionais e internacionais de Liturgia. b) De outros encontros de interesse da Linha 4, por exemplo: CEBs, religiosidade popular, movimentos de oração, e arte litúrgica. c) De encontros de Pastoral dos Santuários. - Colaborar: a) Com o curso de pós-graduação e especialização em Liturgia da Faculdade de nossa Senhora da Assunção São Paulo. b) Com a Revista de Liturgia “A Vida em Cristo e na Igreja” e outras. c) Com a realização de cursos intensivos de formação musical a serviço da Liturgia. d) Com a Linha 1, no âmbito da Pastoral das CEBs, com as Linhas 2 e 5 no campo da Pastoral do Índio e do Negro, com as Pastorais Urbana, da Juventude e Universitária, na reflexão sobre a teologia e a práxis litúrgicas, para uma maior ligação entre liturgia e vida. - Dialogar: Com a Sé Apostólica, CELAM, Conferências Episcopais e outras instituições. Projetos PROJETO PE 4.1: Novo impulso para a renovação litúrgica no Brasil O levantamento sobre a situação da Liturgia no Brasil, por ocasião dos 20 anos da “Sacrosanctum Concilium”, revelou grandes desafios para a Pastoral Litúrgica e já desencadeou um processo de renovação. Expressão disso é o instrumento de trabalho Por-- um Novo Impulso à Vida Litúrgica. O caminho iniciado exige o prosseguimento de uma ação adequada, levando avante o processo. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Nova redação do Instrumento de trabalho Por um novo Impulso à Vida Litúrgica em preparação à Assembléia Geral de 1989.

1989 janeiro

Linha 4

Elaboração do Documento Por um novo Impulso em linguagem popular.

1989 Linha 4

PROJETO PE-4.2: Liturgia nos regionais Os desafios que a situação da Liturgia no Brasil apresenta, exigem reflexão e ação em todos os níveis. Elas devem ser incentivadas pelos Bispos Responsáveis pela Liturgia nos Regionais. Eles são auxiliados em sua tarefa. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL

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33Encontros nacionais dos Bispos responsáveis pela Liturgia nos Regionais.

1989 agosto 14 a 17 1990 agosto

Linha 4

PROJETO PE-4.3: Folhetos litúrgicos Dada a grande influência dos folhetos litúrgicos, é necessário trocar experiências que possam levar as assembléias a celebrar o Mistério pascal encarnado na vida das comunidades. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Autores e Editores de Folhetos Litúrgicos

1989 setembro 11 a 12.

Linha 4

PROJETO PE- 4.4: Adaptação e inculturação da liturgia Trabalhar na adaptação e inculturação da Liturgia à índole e tradições do povo brasileiro, conforme o espírito da “Sacrosanctum Concilium”, usando de assessoria qualificada no campo da piedade popular, das expressões religiosas das comunidades paroquiais, das CEBs e de outros grupos de oração. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Grupos de estudos para adaptação: - do Ritual do Matrimônio. - do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos. - do Ritual do Batismo de Crianças.

1989 Linha 4

PROJETO PE-4.5: Liturgia de rádio e televisão Veja Projeto PE-6.4 PROJETO PE-4.6: Música litúrgica (em nível nacional) Vista a situação da música litúrgica no Brasil, sente-se a necessidade de avaliar a realidade e de incentivar a criação de músicas propriamente litúrgicas. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Coordenadores e Compositores de Música Litúrgica.

1989 setembro, 18 a 20.

Linha 4

PROJETO PE-4.7: Música litúrgica (em nível inter-regional) Por causa da dificuldade de muitos músicos de participarem de encontros nacionais, é preciso possibilitar o contato deles entre si e com a CNBB, em encontros inter-regionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Quatro Encontros Inter-regionais de Coordenadores e Compositores de Música Litúrgica.

1990 Linha 4

PROJETO PE-4.8: Formação de músicos a serviço da liturgia Verifica-se uma crescente lacuna na formação de músicos a serviço da Liturgia. Para superar esta falta, pensa-se em promover cursos intensivos de férias para formação de músicos. Para um possível encaminhamento desse projeto é preciso que um grupo limitado e músicos prepare um primeiro esboço. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL

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34Reunião para se elaborar um anteprojeto de Curso de formação de músicos a ser apreciado na reunião nacional dos músicos em setembro de 1989.

1989 junho.

Linha 4

PROJETO PE- 4.9: Encontro dos presidentes e secretários das comissões nacionais de liturgia dos países de língua portuguesa Os problemas comuns e a necessidade de intercâmbio entre os países de língua portuguesa no campo da Liturgia exigem um maior conhecimento mútuo, assim como reflexão e ação comum correspondentes. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Internacional em Angola 1990 agosto Linha 4 PROGRAMA 5: DIMENSÃO ECUMÊNICA E DE DIÁLOGO RELIGIOSO LINHA 5 (PE-5) “É o Espírito quem impulsiona a Igreja a viver a unidade, fazendo-a superar as divisões, crescer para a plena comunhão em Cristo e abrir-se para o diálogo religioso” (Diretrizes Gerais, 120). Orientações para a ação 1. Orientações comuns para o ecumenismo e o diálogo religioso Fiel às grandes inspirações do Concílio Vaticano II, ao crescimento do ecumenismo e do diálogo religioso depois do Concílio e em resposta ao crescimento do pluralismo religioso no Brasil, a Igreja Católica propõe-se realizar o objetivo geral de sua ação em diálogo com os irmãos de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais, com adeptos de outras Religiões e de Concepções de vida e de mundo, fechadas ao Transcendente. Entende-se por diálogo não só o colóquio, mas todo o conjunto de relacionamentos positivos e construtivos com quaisquer grupos e comunidades. Esse diálogo, em sentido amplo, visa o conhecimento, enriquecimento e auxílio mútuos e, ainda, a ação comum em prol da unidade do gênero humano, da qual a Igreja se professa sacramento ou sinal e instrumento (LG. 1)11. Inspirados no documento do Secretariado para os Não-cristãos (A atitude da Igreja perante os que seguem outras Religiões. Reflexões e Orientações sobre o Diálogo e Missão, Pentecostes 1984, L'Osservatore Romano ed. port. 12/08/84, pp 4ss)12, indicamos quatro formas de diálogo: - O diálogo da convivência humana: é o diálogo como espírito e atitude que devem guiar todo o comportamento. - O diálogo da ação comum: é a colaboração em objetivos de caráter humanitário, social, econômico e político que se orientam para a promoção e a libertação humanas. - O diálogo de especialistas, seja para confrontar, aprofundar e enriquecer os respectivos patrimônios religiosos, seja para aplicar os recursos, aí contidos, aos problemas que se põem a humanidade no curso da História; - O diálogo de participação da própria vida, oração e ação de outra comunidade, dentro dos limites indicados pela fé e a disciplina da Igreja. Estas quatro formas de diálogo valem também, e a fortiori, para o relacionamento com irmãos de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais. A luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja em seu relacionamento com Igrejas/Comunidades cristãs, com outras Religiões e com grupos humanistas fechados ao Transcendente, deve prestar especial atenção:

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35 - À defesa da dignidade da pessoa humana, mormente dos pobres e marginalizados. - Ao “ecumenismo de base” que está acontecendo nos meios populares, como CEBs, associações de bairro, grupos marginalizados e outros; bem como aos perigos de divisão nestes meios, suscitada por movimentos religiosos contemporâneos (seitas). - Aos caminhos para o diálogo com o Evangelismo em meios pobres, como sejam várias formas de Pentecostalismo, com as Religiões Negro-brasileiras, com expressões populares do Espiritismo e Sincretismo, e, ainda, com os “agentes religiosos autônomos” (curandeiros, benzedeiros. . .); embora nem todos esses grupos estejam abertos ao diálogo com a Igreja Católica. A fim de que a Igreja, em sua ação evangelizadora, seja realmente Igreja do diálogo, merecem especial cuidado: - Os cursos de ecumenismo e de diálogo religioso nos seminários e outros centros de formação Pastoral. - A formação de especialistas em ecumenismo e diálogo religioso. - Um mínimo de estrutura para a ação nos regionais e dioceses. 2. Orientações especiais para o ecumenismo A divisão entre os cristãos, que tem acontecido na História, e ainda acontece hoje, também no Brasil, e que faz surgir sempre novos grupos separados, “contradiz abertamente a vontade de Cristo, e se constitui em escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa do anúncio do Evangelho a toda criatura” (UR, 1)13. Todos os cristãos, obedecendo à ação do Espírito Santo, são chamados a crescerem até aquela plena comunhão que o Senhor deseja para sua Igreja e lhe oferece como dom. Assim, a partir da fé comum, da incorporação em Cristo pelo Batismo validamente administrado e de outros dons que possam ter em comum, os cristãos devem crescer em comunhão, seguindo os caminhos que o Espírito abre para a Igreja, colocando-se a serviço do mundo que o Senhor Jesus veio salvar. A fim de que cresçam o espírito e a ação ecumênica da Igreja, deve-se prestar especial atenção: - Ao ecumenismo espiritual que consiste na conversão do coração e na insistente oração pela unidade ou plena comunhão. - Ao fortalecimento dos organismos ecumênicos oficiais (CONIC e CESE) e a colaboração com outros organismos ecumênicos existentes no Brasil. - Aos acontecimentos ecumênicos significativos em nível mundial e latino-americano. - Aos itens já citados nas orientações comuns para o ecumenismo e diálogo religioso. - Ao fenômeno das expressões religiosas contemporâneas e aos desafios que as mesmas colocam para a Igreja (problemas das seitas”). 3.Orientações especiais para o diálogo religioso A partir da encíclica do Papa Paulo VI “Ecclesiam Suam” (06/08/1964), de documentos do Vaticano II e do Secretariado para os Não-Cristãos, a Igreja Católica tem desenvolvido uma visão de fé a respeito das Religiões Não-Cristãs, que constitui a orientação fundamental para o diálogo religioso. Uma síntese desta visão de fé encontramos no documento do Secretariado para os Não-Cristãos, já citado (Pentecostes de 1984), no qual a Igreja apresenta sua posição perante os que seguem outras religiões e oferece reflexões e orientação sobre Diálogo e Missão (DM). Citamos alguns elementos deste documento. A Igreja abre-se ao diálogo por fidelidade ao homem (DM, 20)14, mas sobretudo por motivos de fé (DM, 22)15. Pois, sem diminuir o caráter próprio e único da missão que recebeu (DM 9 10, 11)16, a Igreja descobre o Deus Uno e Trino agindo nas outras Religiões, como instrumentos do Seu único plano de salvação (DM 22, 23, 24)17.

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36Por esta razão, o diálogo não é estranho ou paralelo à missão, e sim integrado nela. A missão da Igreja, única mas complexa e articulada, se expressa em várias formas: simples presença e testemunho de vida cristã, empenho no serviço dos homens e toda atividade de promoção social vida litúrgica, oração e contemplação, diálogo, anúncio e catequese. Tudo isso faz parte do conceito amplo da missão (DM, 13)18. Nesta visão de fé, o diálogo é diálogo de salvação. No diálogo religioso, ocupa lugar especial o Judaísmo, por motivos históricos (a história do anti-semitismo) e mais ainda por motivos de fé (a aliança de Deus com o povo judeu; as raízes judaicas do cristianismo). A terceira Religião Abraâmica, o Islá, é outra que merece um lugar especial no diálogo religioso. A História do relacionamento entre judaísmo, cristianismo e islamismo e os atuais problemas de paz no oriente médio, sugerem, no Brasil, a busca de diálogo entre as três religiões abraãmicas, uma espécie de “triálogo”. O diálogo com as Religiões Negro-brasileiras, por várias razões históricas e atuais, deve ocupar um lugar de destaque. As várias formas do espiritismo e as novas expressões religiosas (seitas) exigem uma atenção especial no diálogo. Atividades permanentes Dimensão Ecumênica - Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja (atividades ad intra”): · apoio à formação ecumênica dos futuros presbíteros, outros ministros e agentes de Pastoral (subsídios para cursos) - com a OSIB; curso para Bispos; · apoio à formação de especialistas em ecumenismo; · contato com os Secretariados Regionais, em vista da criação de estrutura para a Dimensão Ecumênica; · contato com organismos da Igreja, em vista da Dimensão Ecumênica de suas atividades (AEC, CIMI, CPT, Centro de Defesa de Direitos Humanos, movimento Focolari e outros); · estudo das possibilidades de uma colaboração ecumênica na Campanha da Fraternidade; · propagação da Oração pela Unidade dos Cristãos, especialmente na semana que antecede o dia de Pentecostes; · participação nas atividades da Seção de Ecumenismo do CELAM; · participação em atividades do Secretariado para a Unidade dos Cristãos. - Atividades relacionadas com outras Igrejas e Organismos (Atividades ad extra”): · diálogo com as Igrejas da Ortodoxia; encontro dos Bispos da Presidência e CEP com autoridades das Igrejas Ortodoxas (pré-calcedonianas e as de tradição bizantina), encontro este preparado com os Bispos Católicos de ritos orientais e acompanhado pelos mesmos; · diálogo com as Igrejas Episcopal, Evangélica de Confissão Luterana, Metodista e Presbiteriana; · procura de diálogo com líderes de Igrejas Batistas, Pentecostais e grupos “evangelicais”; · participação em Concílios, Sínodos e Assembléias Nacionais de outras Igrejas, à título de observadores; · participação em atividades do CONIC (assembléias, comissão central, seminários); · participação em atividades da CESE (diretoria, assembléia anual, seminários e encontros; · participação em encontros de Organismos ecumênicos nacionais (atividade conjunta do CONIC e CESE);

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37· contato com a Fraternidade ecumênica de Taizé (Alagoinhas-BA), especialmente em vista de sua experiência em encontros de caráter participativo; com o Conselho Nacional do Dia Mundial de Oração; · colaboração com a Sociedade Bíblica do Brasil (a publicação da Bíblia completa na linguagem de hoje); · contato com organismos ecumênicos: CEDI, CEBI, CESEP, AGEN, Pastoral Ecumênica do Menor e outros; · contato com organizações de educação das Igrejas em vista de uma ação conjunta; · contato com OSIB e ASTE em vista de um entrosamento; · contato com organismos inter e transdenominacionais, como Visão mundial e outros; · elaboração de notícias e informações de caráter ecumênico para os MCS; · contato com o Conselho Latino-americano de Igrejas (CLAI), com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e com Conselhos Nacionais de Igrejas de outros países. Diálogo Religioso - Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja (atividades “ad intra”): · apoio à formação dos futuros presbíteros, diáconos permanentes e outros agentes de Pastoral para o diálogo religioso; · apoio à formação de especialistas em diálogo religioso; - Atividades relacionadas com outras Religiões (atividades “ad extra”): · apoio à Comissão Nacional de Diálogo Católico Judaico; contato com os Conselhos de Fraternidade Cristão-Judaica e outras formas de relacionamento com a comunidade judaica; · diálogo com líderes muçulmanos; · estímulo para um diálogo entre líderes judeus, cristãos e muçulmanos; · encontros com líderes de Religiões Negro-brasileiras, com a Linha 2; · encontro com líderes de Religiões Orientais antigas e novas; · encontros com líderes espiritualistas (espiritismo). Projetos PROJETOS PE-5.1: Reflexão sobre a situação do ecumenismo e do diálogo religioso no Brasil Para acompanhar e avaliar a evolução da situação do ecumenismo e do diálogo religioso no País, é importante reunião, anualmente, especialistas, responsáveis pela Linha 5 nos Regionais e representantes de outras Igrejas e Religiões. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro anual de especialistas, responsáveis regionais, representantes de outras Igrejas e Religiões

1989 novembro 1ª quinzena 1990 data a marcar.

Linha 5

PROJETOS PE-5.2: Publicação em português de documentos importantes para a dimensão ecumênica e o diálogo religioso O projeto visa responder à necessidade de ter à disposição os mais importantes documentos, estudos e relatórios no setor do ecumenismo e do diálogo religioso. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Tradução e publicação de Documentos da Igreja Católica

1990, setembro Linha 5

Tradução e publicação de relatórios de diálogos bilaterais e multi-laterais.

Linha 5 CONIC; CEDI.

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38PROJETO PE-5.3: Elaboração de publicações sobre outras igrejas e religiões O projeto pretende atender aos crescentes pedidos de informações sobre outras Igrejas e Religiões. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração de publicações informativas e orientadoras sobre outras Igrejas e Religiões.

1990 até setembro.

Linha 5 Grupo de Colaboradores.

PROJETO PE-5.4: Elaboração de um curso sobre o judaísmo para seminários O projeto tem a finalidade de pôr em prática as orientações da Igreja Católica sobre o Judaísmo, especialmente na formação dos futuros ministros da Igreja. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Cursos experienciais em Seminários. 1990 até

setembro. Linha 5: Com. Nacional de Diálogo Judeu-Católico.

PROJETO PE-5.5: Reflexão sobre maçonaria e a atitude doutrinário-pastoral da Igreja católica O diálogo iniciado com maçons nos anos 70, as declarações da Congregação para a Doutrina da Fé, de 1974 e 1983, exigem a continuação da reflexão, tanto sobre a Maçonaria no Brasil, quanto sobre a atitude doutrinário-pastoral da Igreja Católica. A reflexão, iniciada em 1985, será feita com a colaboração de representantes de outras Igrejas Cristãs e participação de maçons. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro de especialistas, representantes de outras Igrejas, maçons membros de Igrejas Cristãs.

1989 ou 1990 de junho a dezembro.

Linha 5

PROJETO PE-5.6: Reflexão sobre o fenômeno do crescimento de movimentos religiosos independentes e sobre os desafios pastorais que o mesmo coloca à(s) igreja(s) - problema das seitas - A preocupação com a transmissão integral da mensagem cristã. - A atração sobre um crescente número de católicos e outros cristãos. - A pregação e atuação violentamente anti-católicas e alienantes de certos grupos enfraquecem a organização e ação do povo pobre e marginalizado. - Certos movimentos constituem sério perigo à saúde física e psíquica do povo, ou causam verdadeiros atentados à identidade cultural do mesmo. - As implicações políticas (nacionais e internacionais) de certos grupos. - A necessidade de uma análise da profunda crise da sociedade (brasileira e mundial), sob todos os aspectos, e seu relacionamento com o surgimento de expressões religiosas contemporâneas. - A necessidade de uma análise séria da vida e ação da Igreja, a fim de descobrir fatores internos à mesma que possam favorecer o surgimento de expressões religiosas alternativas. - O fenômeno está suscitando preocupações, estudos e reflexões em todos os níveis (Sé Apostólica de Roma, Conferências Episcopais, CELAM, CONIC, Conselho Mundial de Igrejas, Conselho Latino-Americano de Igrejas). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Participação em seminários ecumênicos sobre o fenômeno.

1989 setembro; 1990 setembro até dezembro

Linha 5; CONIC Linha 5; Colaboração: CONIC, ISER, CEDI

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39PROGRAMA 6: DIMENSÃO PROFÉTICA E TRANSFORMADORA LINHA 6 (PE-6) “É o Espírito quem anima a vida do Povo de Deus para que atue no meio da sociedade como fermento, sal e luz, transformando-a pelo testemunho e ação, para que seja mais justa, solidária e fraterna, anunciando dessa forma os valores do Reino definitivo” (Diretrizes Gerais, 121). A Igreja, como Povo de Deus, em seu conjunto - hierarquia, religiosos e leigos -, fiéis individualmente ou em grupos, instituições e organizações, está presente na sociedade, influencia e sofre influência, interage, anuncia profeticamente o Reino e denuncia os contraventores à luz da fé, que é dom gratuito de Deus, e segundo a missão recebida de Jesus Cristo. Ela é luz, sal, fermento. E como tal ausculta e assume os anseios, aspirações e apelos de todos, principalmente dos pequeninos e dos pobres, e empenha-se numa ação transformadora da situação de injustiça na sociedade ainda não comprometida com a promoção do Bem comum. A dimensão profética e transformadora se operacionaliza através dos setores: · Comunicação Social · Educação · Pastoral Social 6.1. SETOR COMUNICAÇÃO SOCIAL Orientações para a ação Como forma de realizar a dimensão profética e transformadora, o Setor de Comunicação Social está no Plano Pastoral para servir a todos os setores da ação da Igreja, quer no seu interior, quer no seu relacionamento com o mundo. Pois “a comunicação é ato criador de cultura, concebida como expressão dos valores essenciais e identificadores do povo, os quais deverão ser base e centro de sua realização em busca também de uma Nova Ordem” (Nova Ordem Mundial de Informação e Comunicação NOMIC, Brasil, 1982). No esforço de contribuir para a realização do Objetivo Geral da Igreja no Brasil, o Setor Comunicação Social procura fazer com que tanto os comunicadores como os usuários tenham consciência da realidade e da sua responsabilidade diante da mesma. Dessa maneira, intenta provocar transformações, visando a libertação integral do homem e da sociedade. Porém, isto só será possível mediante uma Pastoral da Comunicação, que se realiza em três momentos: - ATRAVÉS dos meios de comunicação, buscando expressar-se com linguagem do veículo, da área e do receptor, sendo voz dos que não têm voz e abrindo espaço aos que não o têm. - NOS meios de comunicação, levando a Igreja a ser uma presença evangelizadora entre os profissionais, procurando conseguir “uma ordem mais humana e mais justa na Comunicação” (NOMIC, 1982). - DIANTE dos meios de comunicação, promovendo a formação do povo para que tenha uma atitude crítica em face do impacto das mensagens ideológicas, culturais e publicitárias. Neste sentido, é de importância continuar apoiando e assessorando grupos especializados que atuam junto a escolas, oferecendo elementos que facilitem o trabalho de formação da consciência crítica dos alunos. Além desses três elementos, uma nova ação será desenvolvida pelo Setor: - Busca de integração dos Meios de Comunicação da Igreja. - Presença de Igreja junto aos grandes Meios de Comunicação.

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40 Puebla nos diz que a “evangelização não pode prescindir, hoje em dia, dos meios de comunicação social” (1064)19. De fato, a evangelização é comunicação (cf. 1063)20. São inúmeros os espaços de que a Igreja dispõe nesses meios. Uma Pastoral adequada capacitará seus agentes a usar esses espaços com a técnica e a linguagem próprias de cada veículo. Por isso, é preciso retomar as propostas pastorais de Puebla: “Urge que a hierarquia e os agentes pastorais em geral conheçam, compreendam e experimentem mais a fundo o fenômeno da Comunicação Social, a fim de que se adaptam às respostas pastorais a esta nova realidade e se integre a Comunicação na Pastoral de Conjunto” (1083)21. Como, também, a afirmativa de que a tarefa de formação no campo da Comunicação é tarefa prioritária, quer para os aspirantes à vida sacerdotal ou religiosa, que devem ter programas específicos em seus estudos, quer para os sacerdotes, religiosos, religiosas e agentes de Pastoral que devem ter programas de formação permanente (1085)22. A Comunicação leva a liturgia a ser momento privilegiado da comunhão e participação para uma libertação integral. E importante que a missa e outras celebrações de rádio e TV sejam momentos fortes, geradores dessa comunhão participativa. A comunicação grupal e popular já é bastante vivida pela Igreja no Brasil. Importa tomar consciência do seu valor e da necessidade de integrá-la no conjunto da Pastoral da Comunicação. Um passo importante a ser dado é, sem dúvida, a constituição e dinamização de Equipes Regionais de Comunicação, marcando presença de Igreja nos meios de comunicação locais. Para que esta presença seja adequada; os agentes de Pastoral precisam conhecer a importância do uso dos meios de comunicação na evangelização hoje e convencer-se da necessidade de se capacitarem para transmitir a mensagem dentro da linguagem própria de cada instrumento. Atividades permanentes - Promover a organização e/ou animação dos Setores Regionais, com a finalidade de integrar sempre mais a Comunicação na Pastoral de Conjunto, colaborando na organização das atividades nos vários níveis. - Fortalecer e estimular no cumprimento de seus objetivos as Entidades de Comunicação (UCBC, União Cristã Brasileira de Comunicação; UNDA, União de Radiodifusão Católica; OCIC/BR, Organização Católica Internacional de Cinema e outras) e sua função na irradiação do pensamento e da ação da Igreja. - Estimular a conquista e o aproveitamento de espaços nos Meios de Comunicação, para uma comunicação verdadeiramente libertadora, avaliando constantemente as produções religiosas católicas, numa visão crítica dos conteúdos veiculados. - Estudar meios para a retomada, divulgação e aplicação dos Documentos sobre comunicação da Igreja no Brasil, na América Latina e universal. - Permanecer em contato com associações de pesquisa, centros, agremiações e sindicatos ligados à Comunicação, para um mútuo intercâmbio de informações e experiências, engajando-os na ação libertadora e evangelizadora da Igreja no Brasil. - Manter correspondência ativa com os Regionais e as Instituições de comunicação (UCBC, UNDA, OCIC, UCLAP, DECOS e outras afins) no Brasil e no exterior. - Preparar subsídios para o Dia Mundial da Comunicação, da Paz, bem como para as Campanhas da Fraternidade, das Vocações, da Bíblia e das Missões. - Incentivar, através de contatos freqüentes, os Meios de Comunicação para a divulgação dos momentos fortes da atuação Pastoral da Igreja no Brasil, como a Campanha da Fraternidade, Dia Mundial das Comunicações, da Paz, Mês das Vocações, da Bíblia, das Missões e outras, com o envio de subsídios adequados (artigos, filmes, discos). - Estimular a divulgação, em linguagem popular, dos documentos da Igreja, em boletins, revistas, jornais, programas de rádio e de televisão.

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41- Conferir o prêmio “Margarida de Prata” ao melhor filme brasileiro do ano. Encaminhar o estudo e a viabilidade de outorgar prêmios semelhantes nas demais áreas de comunicação (teatro, rádio, televisão, imprensa, literatura e outros). - Continuar promovendo a formação da consciência crítica diante dos Meios de Comunicação Social, em todos os níveis, visando a superação da sociedade consumista. - Promover, gradativamente, na comunidade eclesial, a consciência da realidade, importância e implicações da informática e novas tecnologias na Pastoral. - Realizar reuniões trimestrais com a Equipe de Reflexão, para um acompanhamento sistemático das atividades e projetos do Setor e motivar os Regionais para que também constituam as suas Equipes, em nível Regional, na área de Comunicação. - Continuar promovendo as reuniões semestrais e/ou anuais com as Editoras Católicas para manter um maior entrosamento com as mesmas e também promover encontro entre elas. - Dar continuidade aos encontros anuais dos diretores de Revistas e Jornais Católicos, a fim de que estas publicações se insiram sempre mais nas Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil e para promover o encontro entre as pessoas responsáveis pelas publicações. - Participar de encontros regionais, nacionais e internacionais promovidos por entidades afins e que tenham relacionamento com o Setor de Comunicação. - Participar, na medida do possível, nas diversas atividades que forem desenvolvidas relativas à Campanha da Fraternidade de 1989 a fim de dar continuidade à reflexão sobre o tema e se estabeleçam políticas de Comunicação, em nível nacional. Projetos PROJETO PE-6.1: Presença junto às escolas de comunicação das instituições de ensino superior católico (IESCs). A carência de comunicadores comprometidos com a transformação da realidade numa visão eclesial, e a exigência das próprias escolas de Comunicação, que gostariam de ter um posicionamento Pastoral mais claro sobre seu papel, requer que se leve as Faculdades Católicas de Comunicação a questionar sua identidade e seu papel na formação de agentes de Pastoral e de lideranças no campo da Comunicação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Contatos com a ABESC e outros Organismos de Comunicação

1989 fevereiro

Linha 6; Setor Comunicação Social.

Convocação para o Encontro com Diretores e representantes dos professores e alunos

1989 março

Realização do Encontro 1989 abril 19 e 20

Elaboração de Diretrizes Comuns Biênio Acompanhamento das atividades PROJETO PE-6.2: Encontro nacional com os responsáveis regionais de comunicação O papel que a Comunicação tem na informação e difusão da ação Pastoral da Igreja hoje e a necessidade, sempre de novo expressa, de os Regionais se sentirem entrosados e unidos ao Nacional, aconselham o fortalecimento dos Regionais através do incentivo mútuo e elaboração de pistas comuns de trabalho, respeitadas as características locais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento sobre tema de estudo 1989

1º Sem. Linha 6; Setor Comunicação Social

Envio de subsídio com as pistas de reflexão

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42Realização do Encontro julho

10 a 12

Acompanhamento das atividades Regionais

Biênio

PROJETO PE-6.3: Curso para professores de comunicação nos seminários e institutos de formação Na maioria dos Seminários e Institutos de Formação não se observa a norma conciliar, solicitada também em Puebla e, mais recentemente, pela Congregação para a Educação Católica (1986): Orientações para a Formação dos futuros Sacerdotes acerca dos Instrumentos da Comunicação Social, por falta de pessoas capacitadas, na maioria das vezes. A necessidade de inserir a Comunicação na Pastoral de Conjunto requer a urgente preparação de pessoas para dar continuidade às etapas anteriores (85/86.) SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento de candidatos. 1989 fevereiro

junho 12 a 17. Linha 6 Setor Comunicação Social.

Realização do Curso. Contato sistemático para atualização bibliográfica e atividades diversas.

Linha 1; Setor Vocações e Ministérios; OSIB.

PROJETO PE-6.4: Realização do 6º encontro nacional de liturgia de rádio e televisão: aprofundamento do tema: “Assembléia eletrônica, comunhão e participação”. A necessidade de dar continuidade aos encontros anteriores, de estudar o fato das missas de Rádio e Televisão e analisar até que ponto esse “fato” cria novas Assembléias Litúrgicas e interfere na Pastoral Orgânica, o estudo das possibilidades de outras Assembléias Eletrônicas que não sejam missa, justificam este Encontro. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Estudo, análise e complementação, por peritos, do material do 5º Encontro

1989 maio

Linha 6 Setor Comunicação Social

Elaboração de um instrumento de trabalho pelos peritos

1989 setembro

Linha 4

Realização do Encontro 1990 julho. Acompanhamento e avaliação sistemática das conclusões

1990

PROJETO PE-6.5: Pesquisa sobre a presença da igreja nos meios de comunicação social Para um trabalho mais objetivo e eficaz, requer-se maior conhecimento da realidade da comunicação da Igreja. Nesta pesquisa, dois aspectos deverão ser levados em conta: A Igreja e seus próprios Meios e a Igreja nos Meios que não lhe pertencem. Há necessidade de se fazer esta pesquisa para uma ação mais integrada e objetiva neste campo, dando prosseguimento ao levantamento feito pelo Setor em 1981. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento dos dados e divulgação do resultado.

1989 1990

Linha 6; Setor Comunicação Social; CERIS.

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43PROJETO PE-6.6: Produção de curso de comunicação em videocassete para agentes de pastoral Cada vez mais se torna necessária a formação de Agentes de Pastoral da Comunicação. Não raras vezes é difícil, para muitos Agentes, o acesso a cursos mais prolongados, seja por dificuldades financeiras, seja pelas distâncias. Por outro lado, o avanço da tecnologia e recursos didáticos possibilitam a aproximação das pessoas a conteúdos que as capacitam para coordenar cursos e encontros, que hoje se multiplicam nas várias regiões do País. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração de roteiro por especialistas.

1989, 1º Sem.

Linha 6 Setor Comunicação Social

Produção do Vídeo e Divulgação do Curso.

Biênio SSV- Sistema Salesiano de Videocomunicação.

PROJETO PE-6.7: Curso de pastoral da comunicação para bispos Aumenta a cada dia, na Igreja, a busca da compreensão do fenômeno da Comunicação para melhor evangelizar. Para responder a essa procura e atender pedido já explicitado por alguns Bispos na 26ª Assembléia Geral, o Setor promove este curso com momento privilegiado de experiência de comunicação entre os Bispos, numa perspectiva de responder aos desafios que a comunicação apresenta, hoje, à Igreja. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração do conteúdo. 1989 1º Sem. e

2º Sem. Linha 6 Setor Comunicação Social

Convite e Consulta aos Bispos. Realização do Curso. 1990. Contato sistemático com envio de material.

Biênio.

PROJETO PE-6.8: Avaliação da CF-89 com representantes de organismos e meios de comunicação de Igreja A Campanha da Fraternidade sobre Comunicação é um momento privilegiado para toda a Igreja no Brasil refletir sobre os desafios que esta Pastoral apresenta. E também um espaço para os Organismos e Meios de Comunicação de Igreja reverem suas políticas de Comunicação à luz das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja e que propostas concretas de ação podem ser assumidas para o futuro. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio de subsídio e convocação.

1989 abril julho 7 a 9.

Linha 6 Setor Comunicação Social

Realização do Encontro. Realização do Curso. Contato sistemático com envio de material.

PROJETO PE-6.9: Igreja e opinião pública Este projeto, em nível Continental, é do Departamento de Comunicação Social do CELAM. Será organizado com a colaboração do Setor. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Formação da Equipe de Coordenação.

1989 fevereiro.

DECOS/CELAM Colaboração Linha 6; Setor Comunicação

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44Social

Convite a Conferencistas e convidados.

1989 março.

Realização do Seminário. 1989 outubro 2 a 6.

6.2. SETOR EDUCAÇÃO Orientações para a ação Toda ação evangelizadora, enquanto converte a consciência pessoal e coletiva das pessoas, sua atividade, seu meio concreto (cf. EN, 18)23 é educativa. A educação eclesial, no entanto, se concretiza, particularmente, seja na educação da fé promovida de maneira sistemática na catequese, seja em outras formas de educação, que visam colaborar nas tarefas da promoção humana e cultural. Todos os cristãos são chamados a empregar seus esforços na tarefa de criar a nova educação (cf. Med. 4, II,2)24 exigida para a formação do homem novo, em vista da nova sociedade (cf. Puebla 1308)25. Ao Setor Educação cabe animar a Pastoral da Educação, tendo presente posições que decorrem das Diretrizes da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, da natureza da educação e dos apelos da realidade. Isto supõe a criação e/ou dinamização de organismos regionais e diocesanos de Coordenação da Pastoral da Educação. Em estreita relação com os demais setores da CNBB, a Pastoral da Educação tentará criar condições para que, nas diversas situações e instituições de educação, se concretizem todas as dimensões da vida eclesial. Neste sentido, deverão continuar recebendo especial atenção: o acompanhamento da Pastoral do Educador leigo, o apoio à formação de assessores de Pastoral da Juventude, o desenvolvimento de uma Pastoral Vocacional nas instituições escolares, a reflexão sobre a dimensão pedagógico-educativa das CEBs, dos movimentos populares e associativos, a irradiação da Pastoral das Escolas para a Pastoral da Família, a inclusão da dimensão do trabalho no próprio processo educativo-escolar. A Pastoral da Educação contribui para que o processo educativo, visando a promoção das pessoas - a pessoa toda e todas as pessoas - seja, ao mesmo tempo, expressão de um compromisso real com a formação de “homens novos”, evangelicamente críticos e criativos, com espírito fraterno e compromisso social, capazes de encontrar alternativas para uma nova sociedade (cf. Puebla 1308)26. A atuação do Setor incentiva e favorece uma educação libertadora-evangelizadora em todas as situações. Tal educação se realiza a partir da análise - iluminada pela fé - do próprio fenômeno educativo, dentro do contexto sócio-político-econômico, em que ele se processa e não a partir de uma visão idealista que pouco compromete. E preciso ter presente o engodo que representa uma preocupação puramente técnico-pedagógica, desvinculada da dimensão sócio-política da educação. A educação libertadora evangelizadora desafia os conteúdos, as metodologias, as relações educativas, o educador e as instituições, exigindo a revisão de práticas educativas que, por vezes, favorecem as desigualdades sociais, a eliminação dos mais pobres, reforçando o individualismo, a competição e o próprio sistema injusto que se denuncia verbalmente. A opção pelos pobres, ao mesmo tempo em que canaliza recursos e esforços para a educação das classes populares, exige uma pedagogia evangélica-libertadora para todos os setores da sociedade. E a partir da causa dos pobres e de seu projeto histórico que deve ser constantemente repensado o processo educativo, tanto na educação formal como na educação não formal.

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45A própria maneira de encaminhar e realizar a ação na Pastoral Educativa deve ser um constante “questionamento crítico e construtivo” do sistema educacional vigente (cf. Puebla 440)27. “Ser educador, hoje, exige contínua disponibilidade e abertura às novas situações. Quem se propõe a tarefa de educar deve educar-se, também, continuamente, a si mesmo” (Mensagem do Santo Padre aos participantes do XI Congresso da AEC, 1983). Nesta perspectiva, impõe-se a formação permanente do educador e a valorização dos movimentos e grupos de leigos educadores. As atividades permanentes abaixo previstas constituem estratégias de ação, visando possibilitar estímulo e assessoria a atividades e projetos de nível regional, facilitando ou reforçando a organização e atuação da Coordenação Regional do Setor. Os projetos dizem respeito a situações específicas que requerem atuação especial do Setor Educação da CNBB, neste biênio. Atividades permanentes - Manter ligação com a AEC, ABESC, MEB e outras entidades de Igreja, de cunho nacional, que atuem no campo da educação, visando uma ação conjunta na dinamização da Pastoral da Educação. - Promover a reflexão sobre a dimensão Pastoral da Educação e sobre a dimensão educativa de toda a Pastoral, divulgando o Documento de Estudos da CNBB: “Para uma Pastoral da Educação” e assessorando encontros regionais ou inter-regionais com uma proposta de “reflexão-ação” em torno do tema. - Incentivar e assessorar a criação e/ou o fortalecimento de organismos de coordenação da Pastoral da Educação nos Secretariados Regionais da CNBB e favorecer o intercâmbio entre esses organismos. - Incentivar a articulação de centros, movimentos, instituições e associações de educação católica com a Pastoral Orgânica e com instituições similares de outras Igrejas e da sociedade civil. - Colaborar na dinamização da Pastoral do Leigo Educador, sua formação cristã, seu comprometimento como agente da Pastoral da Educação, presença da Igreja nas instituições de ensino, sua organização em nível regional e nacional e sua articulação com o Conselho Nacional de Leigos. - Desenvolver, com a AEC, um programa de assessoramento à transformação curricular, à revisão das estruturas de poder e econômicas das escolas católicas e à busca de novas estruturas participativas e de novas formas de manutenção das mesmas, em vista da educação na e para a justiça (opção pelos pobres). - Criar condições para que se efetue uma presença evangelizadora, através de educadores leigos e de escolas católicas no trabalho educativo das escolas mantidas pelos poderes públicos, na linha da reflexão, animação e disponibilidade de recursos. - Promover iniciativas em vista da Pastoral da e na Universidade, e colaborar com a ABESC para “desencadear um processo de reflexão e formação de agentes educativos e de revisão da ação das IESCs, em ordem a um Projeto Educativo que encarne a missão evangelizadora à luz das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil” (Conclusão do Seminário Nacional CNBB-AEC). - Acompanhar iniciativas no campo da educação popular, especialmente formas alternativas de educação de crianças e jovens, e promover a articulação dessas iniciativas com a educação formal convencional, em nível de reflexão e de ação. - Avaliar as iniciativas de educação popular da Igreja, em especial do MEB, colaborando no processo avaliatório, sempre que solicitado. - Acompanhar criticamente a elaboração das Constituições Estaduais, das Leis Orgânicas dos Municípios e das Complementares, no que diz respeito à educação. - Oferecer aos Regionais, paticularmente por meio da AEC, condições para assessorar e dinamizar as Campanhas da CNBB, em especial a CF e as Promoções Vocacionais e Missionárias nas escolas e nos movimentos de educação.

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46- Promover atividades conjuntas com outros setores e dimensões da CNBB, em especial com a Catequese, a Juventude, os Leigos, a Família, a Comunicação Social e as Estruturas de Igreja. - Entrosar-se com a CRB, sobretudo em aspectos relacionados com a Educação. - Manter contato e colaborar com organismos de educação em nível nacional e internacional, particularmente com a Sagrada Congregação para as Escolas Católicas e com o Departamento de Educação Católica do CELAM. - Participar de encontros que interessam diretamente ao Setor. Projetos PROJETO PE-6.10: Igreja - Constituição – Diretrizes básicas da educação A Educação brasileira passa por um dos momentos mais ricos e, ao mesmo tempo, mais conturbados de sua história. Promulgada a Constituição Nacional segue-se a elaboração das Constituições Estaduais, das Leis Orgânicas dos Municípios e das leis complementares. O Setor Educação deverá concentrar sua atenção no acompanhamento desse processo, que afetará toda a atuação da Igreja no campo da Educação, seja nas suas escolas próprias, seja nas escolas da rede oficial, ainda que as manifestações dos problemas sejam diferenciados para as escolas de 1º e 2º Graus e para as Universidades ou Escolas Superiores Católicas. Por isso, se propõe uma atuação conjunta com programações diferenciadas para o tratamento de problemas específicos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração e encaminhamento da proposta de LDBEN.

1989. Linha 6; Setor Educação AEC; ABESC.

Acompanhamento na elaboração das Constituições estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios.

1989; 1990 Linha 6 Setor Educação AEC/BR.

Cursos sobre a Nova Constituição. 1989. Linha 6; Setor Educação IBRADES; AEC.

PROJETO PE-6.11: Pastoral orgânica e pastoral da educação A caminhada da Pastoral da Educação já é uma realidade em número significativo de Dioceses. Muitas delas já contam com um organismo específico para a Pastoral da Educação (diferente e mais abrangente que o grupo de apoio ao ensino religioso nas escolas públicas). Sente-se, porém, que tal caminhada deve ser fortalecida. A necessidade de maior cultivo do professorado católico, quer atue em escolas públicas ou em escolas católicas ou outras, é inegável. Por outro lado, é preciso dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos em todo o Brasil através de seminários e vários encontros, e que resultaram na publicação do Livro “Para Uma Pastoral da Educação”, na coleção de Estudos da CNBB, n. 41. Há necessidade de criar e fortalecer uma consciência cada vez mais viva, do significado e papel da Pastoral da Educação, na Missão Evangélica da Igreja. O Seminário Nacional, com representantes dos vários regionais da CNBB e da AEC, propõe-se a dar continuidade a esse trabalho. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário Nacional com representantes dos Regionais da CNBB e das seções da AEC e Bispos responsáveis pela educação nos regionais.

1989 2º Sem.

Linha 6 Setor Educação AEC.

Apoio à criação de Organismos de Pastoral da Educação nas Dioceses que solicitarem em todos os Regionais da CNBB.

1989 1990.

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47PROJETO PE-6.12: Ensino religioso nas escolas católicas de 1º e 2º graus Como conseqüência de promoções já realizadas em Planos anteriores, em conjunto com a AEC, foi criado um grupo de coordenação e articulação de atividades sobre o ensino religioso na escola católica. Nesse biênio será promovido o 3° Encontro Nacional de responsáveis estaduais pela dinamização do ensino religioso na escola católica. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de responsáveis regionais capazes de dinamizar um trabalho conjunto nas escolas católicas.

1990 julho.

Linha 6 Setor Educação AEC.

6.3. SETOR PASTORAL SOCIAL Orientações para a ação O objetivo e as diretrizes gerais da CNBB inspiram o programa específico de atividades do Setor Pastoral Social. Esse programa visa colaborar com todas as demais dimensões de atuação eclesial, para que estejam atentas e sensíveis à transformação social, econômica, política e cultural pela qual passa o povo brasileiro, atentas e atuantes para que essa transformação se realize com a participação solidária de todos, objetivando a libertação integral do homem e a construção de uma sociedade justa e fraterna, segundo o Espírito de Jesus. O Setor Pastoral Social procurará evitar paralelismos entre evangelização, promoção humana e ação organizadora para a transformação de estruturas. O referencial supremo no qual vai buscar essa unidade é Cristo e seu Evangelho, a cuja luz toda a análise da realidade, reflexão e ação serão, efetuadas, verá também nas CEBs um exemplo dessa unidade entre fé e vida, oração e ação. Como procedimento metodológico, tratará inicialmente de obter uma compreensão adequada e crítica da realidade de modo a permitir a formação de um julgamento ético sobre a situação e a formulação de linhas de ação. Seguindo esse procedimento, a CNBB tem elaborado, com significativa colaboração do Setor Pastoral Social, documentos e estudos tais como sobre o solo urbano e rural, a situação econômica, política e social, principalmente do Nordeste. Essa forma de procedimento tem a vantagem de deixar o discurso genérico e partir para o discernimento das situações e a orientação para ações concretas, à luz da fé. Outro aspecto positivo desse modo de elaborar e propor suas reflexões é que sua palavra passa a interessar amplos setores da população, pouco identificados com outros aspectos da vida da Igreja. O Setor Pastoral Social procurará dinamizar e ampliar suas atividades através da criação de espaços para o encontro de pessoas e instituições interessadas em participar num processo de análise e reflexão global e continuada sobre o que se poderia chamar de “a sociedade que queremos”. Além de se tratar de algo importante para a vida da Igreja e do Pais, isso viria responder a uma necessidade sentida por muitos construtores da sociedade nova e pluralista. Um desafio para o qual aqui se deve encontrar uma resposta é de como manter esse processo articulado com os movimentos populares e de como divulgar os Resultados desta reflexão. Incentivará ainda a formação de pessoas que revelam dons de liderança. Busca-se uma formação mais continuada, mais exigente, tanto em colocar questões teóricas como na atuação prática. Enfim, uma formação que siga um método progressivo e grupal. Grande parte dos líderes de boa formação cristã no campo social foram formados há 20 e mais anos, através da Ação Católica especializada. A criação de movimentos de formação cristã para o campo social, de acordo com o meio em que se encontram os jovens, parece uma urgente necessidade apostólica da Igreja no Brasil.

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48Muitas pessoas e recursos da Igreja se encontram investidos nas “obras sociais” da Igreja, das quais o Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS) fez um levantamento nacional. E importante continuar explorando esse material com o intuito de introduzir um processo de renovação dessas obras, principalmente mediante uma maior participação de sua clientela e uma viva motivação dos agentes, a partir de Cristo e do seu Evangelho. Nesse campo, há muito ainda por fazer, tendo em vista a falta de oportunidade de maior participação do povo, a mentalidade paternalista dos agentes e a desarticulação das obras sociais da Pastoral em geral. O Setor Pastoral Social atua através de vários organismos que fazem parte da sua estrutura, mas que têm vida e dinamismo próprios. Maior articulação entre esses organismos é importante. O Setor Pastoral Social quer ser um espaço onde isso possa acontecer, bem como quer também abrir-se para articulações com outros organismos, com objetivos afins. Procurar-se-ão formas para colocar em prática esse objetivo, e isso com a criatividade e participação de todos esses organismos que já compõem o Setor Pastoral Social. Espera-se, com esse esforço, chegar a aperfeiçoar os métodos de trabalho de cada organismo, a promover ações verdadeiramente conjuntas e a elaborar um atualizado conceito de Pastoral Social que sirva de plataforma comum para a ação de todo o setor e da Igreja em geral. Atividades permanentes - Analisar a problemática nacional e questões sociais de atualidade e refletir, à luz da fé, sobre os resultados dessa análise. - Analisar e avaliar a Pastoral da Igreja no campo social, para uma renovação dessa ação. - Estudar e divulgar o ensino social da Igreja universal e também das Igrejas particulares, principalmente da América Latina, Estados Unidos e Canadá. - Apoiar iniciativas de Pastoral Social da Igreja, em nível regional e diocesano. - Apoiar grupos e movimentos de Pastoral Social, sobretudo de caráter popular e voltados para a defesa dos interesses das classes mais necessitadas. - Oferecer uma formação social a agentes de Pastoral, preferencialmente àqueles que estão a serviço das CEBs. - Apoiar sistematicamente as pastorais de setores mais marginalizados da população: camponeses, peões, bóias-frias, marítimos e pescadores, mulher marginalizada, doentes, idosos, menores abandonados, encarcerados etc. - Prestar assistência jurídica a pessoas enquadradas na lei de Segurança Nacional, vítimas de violência policial, estrangeiros em situação irregular no País, bem como a casos exemplares de conflitos em áreas urbanas e rurais. - Propiciar a possibilidade de uma análise e reflexão conjunta diante dos desafios e interesses comuns que surgem no campo social, em particular nesta fase de transição política. - No atual biênio, a Linha 6 - Setor Pastoral Social, deverá dedicar especial atenção à preparação da visita do Papa, inclusive tentando estabelecer quais os grupos humanos e os locais que poderiam ser visitados pelo Papa. - Manter fraterno relacionamento com o Departamento de Pastoral Social do CELAM (DEPAS) bem como os de outras Conferências Episcopais, colaborando com suas solicitações e participação de possíveis encontros conjuntos. Projetos de conjunto do setor PROJETO PE-6.13: Encontro de bispos responsáveis pela pastoral social e seus respectivos assessores com os assessores nacionais da pastoral social Este encontro está em continuidade com o primeiro realizado no 9º Plano Bienal. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL

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49Encontro dos Bispos da Pastoral Social e seus respectivo assessores com os assessores nacionais da Pastoral Social para dar continuidade ao 1º encontro e os seus encaminhamentos e buscar cada vez mais um mútuo enriquecimento e uma linha comum de pensar e agir.

1989 junho 20 a 22 1990 1º Sem.

Linha 6 Setor Pastoral Social

PROJETO PE-6.14: Formação dos agentes da pastoral social Em continuidade do que foi feito no Plano anterior no sentido de formação dos agentes dentro dos objetivos comuns e dentro dos temas básicos da Doutrina Social da Igreja e diretrizes da CNBB e práticas concretas de ação, sente-se a necessidade de aprofundar os pontos comuns presentes na formação de todas as pastorais e organismos que compõem a Linha 6 - Pastoral Social. Estes pontos comuns são a formação bíblica e a formação sócio-analítica. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos Organismos da Pastoral Social que atuam na Formação de agentes buscando capacitá-los também sob o ponto de vista da análise sócio-político-econômica.

1989 junho 15 a 16.

Linha 6 Setor Pastoral Social.

Encontro dos Organismos da Pastoral Social que atuam na Formação de agentes buscando capacitá-los especificamente na fundamentação teológico-bíblica.

1989 setembro 21 e 22.

PROJETO PE-6.15: encontro de bispos e agentes de pastoral envolvidos nos grandes projetos Os grandes projetos (Carajás, Jaíba, Grande Vitória e outros) constituem um enorme desafio à Pastoral Social pela situação totalmente nova que criam em grandes regiões do País envolvendo grandes multidões. Constituem-se também num desafio à capacidade da Igreja em perceber onde estão os centros de transformação social. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro de Bispos e agentes de Pastoral envolvidos nos Grandes Projetos para se buscar juntos uma maneira melhor de responder a este desafio Pastoral.

1990 1º Sem.

Linha 6; Setor Pastoral Social; CERIS; CPO; CPT; IBASE.

PROJETO PE-6.16: A Igreja e a violência A violência contra os trabalhadores no campo, no garimpo, e na cidade constitui-se num desafio ao engajamento dos cristãos na luta sindical e política. Esta violência por outro lado, atinge setores cada vez mais amplos das grandes cidades. A violência é um desafio que diz respeito diretamente à Pastoral Social (Pastoral Carcerária, Pastoral do Menor, CPT, CPO...). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro com os organismos da Pastoral Social e com Bispos e agentes de Pastoral envolvidos diretamente em áreas onde o problema da violência mais se agudiza, buscando delinear algumas possíveis pistas de atuação a partir de práticas concretas.

1989 novembro 10 a 12.

Linha 6 Setor Pastoral Social Pastoral Carcerária Pastoral do Menor Pastoral da Terra.

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50 PROJETO PE-6.17: Criação de uma equipe de reflexão para a pastoral social Sente-se a necessidade de um grupo de trabalho que ajude a Igreja no Brasil a pensar respostas mais eficazes aos urgentes e normais desafios colocados à Pastoral Social. Trata-se de um grupo de trabalho composto por teólogos, pastoralistas, cientistas sociais em número de cinco pessoas que se reunirá semestralmente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunir periodicamente este grupo de trabalho para subsidiar o trabalho da Pastoral Social no Brasil.

1989 1º Sem.

IBRADES Linha 6 Setor Pastoral Social.

PROJETO PE-6.18: Criação de um grupo de trabalho para a análise de conjuntura A análise de conjuntura é uma atividade constante dos organismos e pastorais da Linha 6 - Pastoral Social. E também um serviço que lhe é pedido por outros organismos da Igreja. Daí surge a necessidade para responder com mais qualificação e competência a esta crescente e urgente necessidade vê-se a importância de se constituir um grupo de trabalho que possa subsidiar periodicamente os organismos e pastorais da Linha 6 - Pastoral Social - e a outros setores pastorais que solicitarem. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Constituir um grupo de trabalho formado por cientistas, políticos, economistas, sindicalistas que se reunirão periodicamente para subsidiar, a partir dos dados oferecidos pelas pastorais e organismos da Linha 6 Pastoral Social, o trabalho da Pastoral Social.

1989 1º Sem.

Linha 6 Setor Pastoral Social IBRADES.

PROJETO PE-6.19: Semana social O estudo e a divulgação do Ensino Social da Igreja é uma das atividades permanentes da Pastoral Social. Em 1991 celebra-se o centenário da Encíclica Rerum Novarum. A evolução do Ensino Social da Igreja a sua incidência sobre a vida Pastoral da Igreja na América Latina e no Brasil, particularmente, exigem que este seja mais aprofundado nos seus temas principais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunir uma equipe em torno de 15 pessoas, de professores, intelectuais e estudiosos do Ensino Social da Igreja para juntos se discutir a viabilidade de uma semana Social no Brasil em 1990

1989 1º Sem.

Linha 6 Setor Pastoral Social IBRADES.

PROJETO PE-6.20: Encontro das pastorais e organismos que compõem a linha 6 - pastoral social A Linha 6 - Setor Pastoral Social compõe-se de vários organismos e pastorais que são: Comissão Pastoral Operária, Comissão Pastoral da Terra, Comissão Brasileira Justiça e Paz, Cáritas, IBRADES, CERIS, Pastoral da Mulher Marginalizada, Pastoral Carcerária, Pastoral do Menor, Pastoral da Saúde, Pastoral dos Nômades, Pastoral dos Pescadores, Pastoral dos Migrantes. Visando uma maior articulação entre estes organismos e pastorais e mútua animação, respeitando a diversidade e especificidade de cada organismo e Pastoral, através de reuniões periódicas quer se possibilitar o espaço

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51necessário para que a criatividade e a participação de todos possa contribuir para o conjunto da Pastoral Social da Igreja no Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião periódica dos assessores nacionais dos organismos e pastorais que compõem a Linha 6 Pastoral Social.

1989: março 17 e 18; abril 5 a 14 junho 20 a 22; setembro, 25 e 26

Linha 6 Setor Pastoral Social.

CÁRITAS BRASILEIRA Orientações para a ação A Cáritas Brasileira reafirma, pois, sua vocação permanente na animação e articulação da Pastoral Social na comunidade eclesial, para a vivência e o testemunho da Caridade Libertadora, descobrindo as causas estruturais e conjunturais da exploração e opressão. A serviço sempre e exclusivamente dos mais pobres, a Cáritas Brasileira socorre as vítimas de situações de emergências e calamidades, apóia a organização comunitária por meio de Projetos Alternativos, forma pessoas para atuarem no social, articula-se com os que lutam pela Reforma Agrária e sindicatos autênticos etc. Atividades permanetes A Cáritas Brasileira, através do Secretariado Nacional e dos seus Regionais, mantém como atividades permanentes de sua atuação: - Assessoria de formação e capacitação de agentes de Pastoral Social. - Divulgação do calendário nacional de cursos e encontros relativos à Pastoral Social. - Treinamento e atualização de assessores para a Pastoral Social. - Assessoria, apoio e acompanhamento aos projetos alternativos de trabalhos que fortaleçam as organizações comunitárias. - Realização de seminários sobre projetos alternativos. - Assessoria permanente para o atendimento às situações de emergência, naturais e político-sociais. - Contatos e ligação com outros órgãos públicos e outras entidades afins relacionadas com emergência. - Elaboração de informes sobre situações de emergência. - Preparação e distribuição de subsídios de orientações para as situações de emergência. - Articulação com entidades e organismos que militam na promoção e reflexão sobre a Reforma Agrária, educação política e organização dos trabalhadores. - Acompanhamento e apoio aos movimentos de reivindicações, denúncia, resistência e solidariedade aos empobrecidos, oprimidos e marginalizados. - Integração e articulação com os Organismos da Linha 6 da CNBB, em todos os níveis. - Assessoria e participação em cursos, encontros, seminários e simpósios sobre a Pastoral Social. - Preparação de subsídios e estudos relativos à Pastoral Social. - Publicação de boletins informativos e de relatórios de atividades. Prioridades de ação Na realização de seus objetivos a Cáritas Brasileira desenvolve as seguintes prioridades de ação: Dinamização da pastoral social Colabora com os grupos que atuam na Pastoral Social na busca de respostas e ações renovadas para a libertação integral do homem segundo os princípios do Evangelho.

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52 Ação nas emergências Atenta às situações de emergência, seja nas calamidades naturais, enchentes, seca, seja nas esferas dos fenômenos sócio-políticos: acampamentos de sem terra, grupo de trabalhadores desempregados etc. Estimular e fortalecer as iniciativas comunitárias nas regiões mais devastadas pelas situações de emergência. Por isso desenvolve através do apoio às experiências comunitárias para que possam ser um testemunho vivo, integral e concreto de fraternidade e solidariedade cristã e de conscientização dos direitos do homem na luta contra o pecado e as estruturas injustas que recriam diariamente a pobreza. Apoio à implementação dos projetos alternativos comunitários Trata-se aqui de apoiar iniciativas populares, através de trabalhos que visam aumentar a consciência política do povo, fortificam as organizações populares como alternativa para enfrentar os problemas sociais, possibilitam aos empobrecidos acreditar na sua capacidade criativa de planejar, executar e avaliar seus projetos; buscarem formas próprias para a saída da crise social em que se encontram as comunidades, concretizando a esperança de dias melhores. Apoio aos movimentos populares Intensifica o apoio aos movimentos populares sem interferir na organização dos mesmos. Atualmente, a Cáritas prioriza a organização dos trabalhadores, a educação política permanente, o compromisso com a reforma agrária e urbana etc. Promoção da capacitação de agentes Dá ênfase especial ao agente de Pastoral que atua em Cáritas, capacitando-o para um aprofundamento do seu trabalho pastoral. Para isso reflete e aprofunda seus conhecimentos sobre a Doutrina Social da Igreja, a realidade e a sua prática pastoral. Troca de experiências e reflexões no campo específico do social, a fim de que possam contribuir com a Igreja no alcance de seus objetivos, segundo as Diretrizes da CNBB. INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO (IBRADES) Orientações para a ação A finalidade do IBRADES é ajudar a Igreja a desenvolver e reforçar a dimensão social de sua ação Pastoral, mediante a assessoria e a formação de agentes pastorais e lideranças leigas, nos setores sócio-econômico, sócio-político e sócio-cultural. Deste modo, o IBRADES espera contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, participativa e fraterna, na qual as exigências sociais da fé encontrem a sua expressão concreta nas instituições, nas estruturas, na cultura e no modo de ser e proceder da nossa sociedade. Nesse contexto, as necessidades e aspirações das camadas mais pobres e injustiçadas, que são hoje a maioria da população, constituem um ponto essencial de referência para o trabalho do IBRADES. Atividades permanentes Para atingir os seus objetivos, o IBRADES e o Centro João XXIII de Investigação e Ação Social, ao qual a direção e administração do IBRADES estão confiadas, desenvolvem uma série de atividades das quais as principais são o estudo a formação e a divulgação. O estudo e a análise da realidade abrangem os aspectos conjunturais e estruturais, os problemas de curto, médio e longo prazo, e procuram chegar até os valores que condicionam tanto as estruturas, quanto o comportamento individual e coletivo.

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53 Os Seminários interdisciplinares de estudo, para peritos e sobre temas de atualidade, que o IBRADES organiza anualmente (5 por ano) contribuem para uma compreensão mais aprofundada da realidade. O trabalho de formação é realizado mediante uma variedade de Cursos e Seminários: a) Cursos Breves, de 3 a 5 dias de duração (12 por ano), para agentes sociais das bases, organizados a pedido de movimentos, grupos e instituições vinculados com a Igreja. b) Cursos de média e longa duração (de 6 dias até 2 meses, organizados sobretudo nos anos ímpares) para grupos mais homogêneos e mais qualificados. c) Curso Longo de 3 a 4 meses de duração (organizado apenas nos anos pares) para agentes de Pastoral e lideranças leigas na área social. O IBRADES divulga os resultados dos seus estudos, pesquisas e Seminários, mediante numerosas publicações: livros e artigos. Em colaboração com o Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus de Belo Horizonte, publica a Revista “Síntese”. A assessoria, tanto de movimentos e organizações populares, quanto das pastorais sociais na CNBB e de entidades e organismos engajados na área-econômica, sócio-política e sócio-cultural, também é parte integrante do trabalho do Instituto. O IBRADES se beneficia das atividades de promoção humana e social que o Centro João XXIII realiza nas favelas do Grande Rio, mediante a animação e acompanhamento de movimentos e associações populares e a realização de “Encontros para Grupos Populares” (4 ou 5 por ano), reunindo lideranças e representantes das populações faveladas, para o estudo e discussão dos seus problemas e das suas necessidades. Projetos Entre os projetos programados para o biênio 1989-90, destacam-se os seguintes: - 12 cursos breves em diversas regiões do país, para agentes de Pastoral e lideranças leigas. - 6 cursos de duração média para lideranças regionais e nacionais de organismos e movimentos relacionados com a Igreja e para agentes multiplicadores de mudança social. N.B.: Nesses Cursos o tema da nova Constituição receberá especial atenção, em 1989. - 5 ou 6 seminários por ano para peritos, para estudar e debater questões relacionadas com: a nova Constituição (análise das tendências políticas e ideológicas que intervieram na sua elaboração); família e valores; ética e política; ética da produção e transmissão cultural; as tendências ideológicas e os valores dominantes na sociedade brasileira contemporânea etc. No biênio 1989-90, o IBRADES continuará dando prioridade, na sua reflexão e estudo, à análise dos valores em jogo na sociedade brasileira contemporânea, nas áreas sócio-econômica, sócio-política, sócio-cultural e sócio-religiosa. Além de ser tratado e debatido em Seminários, o tema da nova Constituição também será objeto de uma análise mais aprofundada à luz da realidade e da doutrina social da Igreja. Nos próximos dois anos o projeto de pesquisa “Família e Valores: alterações e permanências entrara numa nova fase de aprofundamento, sobre a base dos resultados obtidos até agora. Também serão objeto de estudo: os movimentos sociais emergentes no Brasil; o quadro e as tendências político-partidárias; a estrutura e política econômica brasileira. CENTRO DE ESTATÍSTICA RELIGIOSA E INVESTIGAÇÕES SOCIAIS (CERIS) O CERIS, organismo ligado à linha 6, Setor Pastoral Social, propõe-se, nos anos de 87 e 88, as seguintes atividades permanentes, que se operacionalizam em dezenas de pequenos projetos, planejados e executados conforme as circunstâncias o exigirem.

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54- Apoiar e assessorar iniciativas e experiências de trabalho social na área e periferia DAS cidades. Atendimento à necessidade de colocar em comunicação, através do deslocamento de pessoas, grupos de base em diferentes estágios de desenvolvimento para melhor domínio e conhecimento das atividades a que se propõe e oferecimento aos grupos locais de meios de capacitação e formação de seus membros, através de encontros, trocas de experiências e estudos com assessoria técnica. - Estimular atividades locais de promoção social através de um diálogo crítico com grupos de base. A existência de um fundo de apoio a pequenos projetos não significa um simples repasse de dinheiro, mas buscar, através da ajuda financeira, o suscitar de uma vivência de solidariedade e participação de todos no encontro de soluções para problemas comuns. - Analisar projetos de trabalho social encaminhados a organizações de ajuda externa, tendo em vista uma integração com as linhas de atuação da Igreja no Brasil. Necessidade de oferecer, a quem recorre à ajuda externa, uma assessorai tanto técnica, na elaboração de seus projetos, quanto questionada da solução encontrada e para a qual se pede apoio não local e, portanto, externo. - Realizar pesquisas integradas para grupos locais que buscam conhecer sua realidade. Trata-se de assessorai de que, com conhecimento e práticas de pesquisas e levantamento de dados, propõe-se a oferecer um serviço não acadêmico, mas participativo na área de conhecimento da realidade, fazendo da coleta de informações e do seu aproveitamento uma atividade de todos. - Avaliar projetos realizados no campo social, em nível diocesano. Obras sociais, grupos locais e movimentos que atuam na área, muitas vezes precisam de uma avaliação do caminho andado, dos objetivos procurados, alcançados ou não, dos meios e recursos colocados à sua disposição. - Acompanhar projetos em curso no campo social, em nível diocesano. Obras sociais, grupos locais e movimentos que atuam no campo social, muitas vezes necessitam de um acompanhamento e assessoria na busca de seus objetivos. Esta atividade dispõem-se a oferecer uma ajuda com pessoas qualificadas na área técnica e de ciências humanas. - Assessorar organizações católicas de ajuda na determinação e inventariação de critérios prioritários de apoio e projetos sociais, em conformidade com as linhas de ação da Igreja no Brasil. Trata-se de um serviço tantas vezes já procurado pelas organizações de ajuda externa que, distantes dos problemas vividos pelo solicitante, premidos pelo aumento dos pedidos e limitações dos recursos disponíveis, precisam de uma escala de prioridades para as suas decisões. COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (C.P.T.) A Comissão Pastoral da Terra (CPT) continuando no e esforço de ser presença de Igreja na grave situação vivida pelo homem do campo, quer desenvolver o seu trabalho como compromisso de caridade libertadora. Em nível de Igreja:

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55 - No meio dos trabalhadores rurais procurará desenvolver os aspectos bíblicos (estudo da Sagrada Escritura) e celebrativos (celebrações de acontecimentos, romarias da terra) juntamente com outras equipes pastorais (CEBI, CEBs, Dioceses...) e - quando possível - com outra Igreja (ecumenismo). - Vai continuar na participação a encontros e assembléias de bispos agentes de Pastoral etc. para fazer com outras pastorais um trabalho conjunto e fornecer as necessárias informações sobre a situação do campo. Em nível sindical: - Reconhecendo no movimento sindical a organização privilegiada para os trabalhadores rurais levarem adiante as suas reivindicações, a CPT vai continuar apoiando a fundação de sindicatos autênticos, as chapas de oposição a sindicatos pelegos e as articulações dos sindicatos entre si. - O novo fenômeno, do surgimento de várias escolas sindicais, será acompanhado no sentido de fortalecer, na formação das lideranças, numa linha de formações não elitista e não doutrinária que respeita as pessoas e ajude os novos líderes a serem servidores competentes da sua classe. Em nível político: - A CPT encoraja a participação dos trabalhadores rurais à política em geral, como também à atividade político-partidária. Para isso desenvolverá a preparação de cartilhas, de material de formação, participando - quando possível - de encontros e cursos de candidatos ou recém-eleitos. Em nível de Reforma Agrária: - A nova Constituição não garante ao trabalhador rural uma verdadeira Reforma Agrária. A CPT, portanto, juntamente com o Movimento Sindical, o Movimento do Sem-Terra e as demais entidades que formam a Campanha Nacional da Reforma Agrária, procurará meios para que a democratização da propriedade de terra possa garantir a sobrevivência dos Trabalhadores Rurais. Encontros e Cursos: - Serão realizados dois encontros gerais: Assembléia Nacional (agosto 89) e o Conselho Nacional (agosto 90). A cada 3 meses os encontros da Diretoria. Em 1990 haverá o terceiro encontro nacional de Romarias da Terra. (junho ou julho). Continuarão os cursos de formação nacionais, após uma avaliação dos mesmos. Publicações: - A cada ano (abril-maio) será divulgada a pesquisa da violência no campo. Esta pesquisa, única no Brasil, é uma das atividades pela qual dispomos de uma equipe específica. Esta prevista para 89 a publicação de um livro que relata a violência no campo de 1976 até hoje. Até 1990 nos propomos de publicar um Estudo Bíblico Pastoral das romarias da Terra no Brasil. Entre Romarias diocesanas ou regionais, acontecem hoje mais de 40 romarias da terra no Brasil. Linha 6: - Continuarão normalmente as atividades conjuntas da CPT com as demais pastorais da linha 6 da CNBB e com as pastorais ligadas ao mundo do trabalho.

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56 Nos próximos dois anos queremos desenvolver uma cadeia de centros de informação ligada ao IBASE para troca de notícias, denúncias e documentação em geral: a cadeia teria comunicação com centros e entidades nacionais e internacionais. Sempre em nível de informação será feito um trabalho de apoio e ampliação da AGEN como publicação ecumênica. B. SITUAÇÕES PASTORAIS PROGRAMA 7: PASTORAL DA JUVENTUDE (PE-7) 1. Formação Integral A evangelização dos jovens terá sucesso à medida que responda globalmente às necessidades e aspirações dos mesmos. Por isso, do ponto de vista pedagógico, é importante que o anúncio evangélico e a catequese não sejam realizados apenas de forma abstrata, mas dentro de um contexto vivencial e por meio de paciente e constante acompanhamento. A formação integral deve responder a três dimensões fundamentais da vida do jovem: Dimensão da Personalização. Dimensão da Integração. Dimensão da Conscientização Política. Dimensão Teológica-teologal. Dimensão da Capacitação Técnica. O compromisso com a verdade de Jesus deve conduzir os jovens a uma fidelidade à Igreja e ao homem. Jesus, a Igreja e o Homem, são inseparáveis. A fidelidade a um, exige a fidelidade aos outros. Juntamente com a Pastoral Vocacional, a Pastoral da Juventude contribuirá para amadurecer e valorizar as diversas opções de vida dos jovens. 2. Metodologia O eixo da Pastoral são os pequenos Grupos de Base, que criam relacionamento de irmão, confrontam a vida com o Evangelho e formam lideranças jovens para um engajamento na comunidade eclesial e na sociedade. O acompanhamento eficaz da Pastoral da Juventude exige, estrutura organizativa, coordenação dos vários níveis, planejamento, execução e acompanhamento, revisões, liberação e capacitação de lideranças e assessores, formação teórica através de cursos, retiros, escolas da fé, leituras, grupos de estudo e de uma prática libertadora e celebrações. O método principal da Pastoral da Juventude é o Ver-Julgar-Agir-Rever. Este método, quando bem entendido, evita, por um lado, o ativismo e, por outro lado, a mera participação de cursos e encontros sem engajamento concreto. O método deve garantir uma interação entre a formação teórica necessária e a experiência que vem da vida e da ação dos jovens. A Pastoral da Juventude de Meios Específicos é formada de pastorais especializadas que têm como objetivo acompanhar a militância do jovem no próprio meio. Estas pastorais procuram responder aos desafios desta militância em terrenos distintos entre si e da comunidade paroquial. Torna-se cada vez mais evidente a necessidade de uma Pastoral de Militância para acompanhar os jovens que passam para uma militância na universidade, na escola, no

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57local de trabalho, no bairro popular e zona rural e/ou engajando-se nos respectivos organismos intermediários da sociedade. A evangelização destes e com estes jovens exige um acompanhamento especializado, pois os desafios a uma educação na fé, levantados pelos diversos meios, são muito diferentes dos desafios apresentados aos jovens que têm militância apenas na comunidade eclesial. Há necessidade de um acompanhamento diferenciado para os jovens que ainda estão no processo de iniciação e os jovens no processo de militância para que não se queimem as etapas dos iniciantes e que não se impeça o crescimento dos mais conscientes. 3. Opção pelos Jovens das Classes Populares A opção da Pastoral da Juventude pelos jovens das classes populares é motivada, sobretudo, pela própria opção de Deus pelos marginalizados na Bíblia. Neste sentido, a PJ busca uma pedagogia que facilita o surgimento de lideranças populares dentro de uma Pastoral Orgânica da Juventude. Os jovens do meio popular deverão ser agentes da própria História, conscientização e libertação, (cf. Medellín, 5,11)28. Do mesmo modo, os jovens de outros segmentos sociais, não negando a própria classe, devem assumir “sem reservas e sem retorno, a causa dos irmãos que se debatem na pobreza, trabalhando para a mudança das estruturas injustas” (DG 42). 4. Espiritualidade É importante levar o jovem a perceber que sua recusa a uma espiritualidade cristã freqüentemente resulta da falsa compreensão da mesma. O que ele rejeita, às vezes, é uma espiritualidade incompleta, desencarnada e descomprometida com a realidade. A verdadeira espiritualidade deve ser sobretudo, bíblica porque integra fé e vida, oração e ação. A Pastoral da Juventude deve aprofundar os passos essenciais para uma espiritualidade conseqüente, tendo em conta os seguintes temas: Deus, como absoluto da vida; o Espírito Santo, como fonte para toda ação transformadora, o seguimento de Jesus Cristo; os valores do Reino, como por exemplo, amor, liberdade, justiça, cruz, perdão, a oração em suas dimensões pessoal, comunitária e social. Maria: Modelo dos Cristãos, Serva de Deus, Servidora da Humanidade. 5. Organização Sem articulação entre si nos diferentes níveis de Igreja, os grupos de jovens se fechariam numa visão particularista e limitada. Esta articulação permite a troca de experiências e reflexões que levam à sistematização de experiências e reflexões, assim clareando a pedagogia melhor adaptada para evangelizar a juventude hoje. Esta sistematização e preservação da memória histórica da caminhada suscita e conduz ao amadurecimento teórico e organizativo. Assim se evita a recaída em erros que provocam retrocessos. Os diferentes Movimentos de Igreja que trabalham com os jovens e assumem o Objetivo Geral da Igreja no Brasil, colocando fé e vida numa perspectiva de serviço ao Reino de Deus, fortalecem a PJ e nela se fazem presentes por sua inserção na Pastoral de Conjunto. Estes Movimentos, para que sejam apoio eficaz a PJ, devem: - avaliar continuamente a metodologia e o conteúdo da própria mensagem a fim de que sejam resposta libertadora e transformadora à realidade latino-americana; - aprofundar a eclesiologia da Igreja Local; - participar da Coordenação Diocesana da Pastoral da Juventude;

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58- enfrentar a tensão entre o Ministério da Coordenação Pastoral e a pluralidade de carismas, num espírito de diálogo, busca da verdade e conjugação de esforços; A Pastoral da Juventude só pode ser verdadeiramente Pastoral na medida em que estiver articulada com a Pastoral de Conjunto. Atividades permanentes A Pastoral da Juventude propõe-se para o biênio 1987-1988, como atividades permanentes: Colaborar no fortalecimento de coordenações regionais de jovens, assumidas pelos jovens e com assessoria de adultos. - Realizar visitas aos Regionais, visando o conhecimento e o acompanhamento de novas problemáticas e um bom entendimento da hierarquia com as coordenações da PJ. - Apoiar e ajudar a encaminhar o processo de encontros e seminários nacionais, lançados pelos próprios jovens junto com seus assessores. - Apoiar e fortalecer uma Pastoral que leve em conta o jovem situado, respeitando as diferenças entre adolescentes e jovens, jovens do meio rural e do meio urbano, jovens que estão no processo de iniciação e no processo de militância. - Apoio a opção preferencial da PJ pelos jovens das classes populares. - Colaborar no surgimento de estruturas de acompanhamento de uma Pastoral da Juventude Especializada por Meios Específicos jovens inseridos nos ambientes de trabalho, bairro popular, universidade, escola e zona rural) valorizado, também, a militância na comunidade eclesial, evitando que o enfoque da militância leve a uma desvalorização das etapas pedagógicas de iniciação, para a grande massa de jovens que ainda não se comprometeu com Jesus Cristo e com o homem sofrido, hoje; - Ajudar na superação de tensões entre os movimentos e os grupos de jovens ligados às comunidades e articulados em nível diocesano, regional e nacional. Estas tensões são provocadas, em parte, por linhas pastorais e metodologias diferentes e, em parte, por preconceitos de ambas as partes. Incentivar um diálogo franco, dentro de um sadio pluralismo, e respeito pelos dons diferentes e, ao mesmo tempo, buscando linhas comuns de colaboração à luz dos grandes documentos da Igreja universal, da América Latina e do Brasil. Este diálogo e colaboração mútua deve acontecer em dois níveis: Nível Nacional: um texto está sendo elaborado pela Comissão Nacional de Assessores (CNAPJ) e representantes de movimentos de jovens com expressão nacional, para servir como instrumento que fortalece uma Pastoral Orgânica de juventude. Também representantes destes movimentos serão convidados para participar das Assembléias Nacionais da PJ. Nível Diocesano: incentivar a participação de representantes de movimentos, com expressão diocesana, nas coordenações da PJ. - Colaborar para que se realizem cursos, seminários e encontros que auxiliem na formação de assessores de jovens, respondendo às exigências da PJ, bem como apoiar instituições já existentes, para que tenham condições de trabalho e estejam abertas às exigências da Pastoral de conjunto. - Incentivar a formação de assessores em níveis regional e Diocesano. - Ajudar na preparação do material do Dia Nacional da Juventude. - Fortificar os encontros inter-regionais, procurando encaminhar por eles, as articulações existentes. - Manter relacionamento com o Setor Juventude. do CELAM, bem como com o de outras Conferências Episcopais. Projetos da pastoral da juventude para 1989-1990

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59 Os seguintes projetos são o resultado de decisões tomadas em encontros em nível nacional com a participação de jovens e assessores, delegados dos Regionais. PROJETO PE-7.1: Seminario nacional de assessores (Nível de Militância) Este seminário tem como finalidade capacitar assessores para acompanhar o número crescente de jovens que passam de uma Pastoral de iniciação para uma militância eclesial, política e social e precisam de assessoria especializada em certas áreas. Além da formação teórica que se passa, estes seminários visam a criação de uma identidade e maior motivação entre os assessores. O 6º Seminário tem como tema: “Instrumentos de Análise Política com especial atenção aos Marxismos” e tem como finalidade preparar os militantes cristãos para um discernimento nos ambientes de pluralismo ideológico onde desenvolve seu engajamento político. O tema do 7º Seminário será escolhido pelos participantes do 6º Seminário. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 6º Seminário Nacional de Assessores.

1989 janeiro18 a 25.

Pastoral da Juventude.

7º Seminário Nacional De Assessores.

1990 janeiro

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.2: Reunião da comissão nacional de pastoral da juventude (CNPJ) A CNPJ tem como tarefa principal encaminhar os documentos e decisões dos Encontros Nacionais, manter contato com as coordenações regionais, e aprofundar questões relacionadas com a caminhada da PJ. Tem como tarefa, também, preparar os Encontros Nacionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da CNPJ. 1989, maio, julho, dezembro;

1990 maio, julho, dezembro. Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.3: Reunião da comissão nacional de assessores (CNAPJ) Esta comissão tem como finalidade: viabilizar maior liberação dos assessores nos seus regionais e dioceses; desenvolver uma pedagogia de acompanhamento e comprometimento dos assessores defasados do processo da PJ; incentivar o surgimento e capacitação de assessores leigos; buscar a formação de assessores para o processo de militância; preocupar-se em atingir os novos padres em sua formação, no que se refere à PJ; organizar seminários nacionais para assessores como um momento de aprofundamento de metodologia e espiritualidade, análise social e outros temas relacionados com a PJ; ser uma instância de reflexão sobre questões complexas que surgem a partir dos desafios levantados pela caminhada da PJ; encaminhar textos e cadernos de estudo para facilitar o aprofundamento destas questões pelas lideranças na base; e se formar uma Comissão de Assessores para auxiliar o Assessor Nacional. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da Comissão. 1989 janeiro, junho, novembro;

1990 janeiro, julho, novembro. Pastoral da Juventude.

PROJETO PE -7.4: 8ª Assembléia nacional da pastoral da juventude (ANPJ) A 5ª Assembléia definiu os objetivos dos encontros nacionais: fortalecer as articulações regionais e as Pastorais da Juventude de Meios Específicos; discutir e avaliar a articulação nacional; e abrir um espaço de articulação e discussão da PJ no Brasil, a partir das prioridades definidas nestes encontros e ver até que ponto estas correspondem às necessidades dos Regionais.

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60 SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Assembléia Nacional com um assessor e três jovens de cada Regional e representantes das Pastorais de Juventude de Meios específicos.

1989 julho

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.5: Dia nacional da juventude O primeiro domingo de outubro foi escolhido como Dia Nacional da Juventude para acentuar a dimensão missionária da Pastoral e ser uma experiência de mobilização da massa jovem em nível diocesano e paroquial. Tema do 5º Dia Nacional: EDUCAÇÃO. Os subtemas: Educação e Classes Sociais, Educação Libertadora, Educação Alternativa. O tema etc. do 6º Dia Nacional serão escolhidos na 7ª ANPJ, em 1989. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Preparação do cartaz e subsídio par reuniões.

1989 outubro 08 1990 outubro

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.6: Seminário nacional de assessores nível de iniciação Ao perceber que a PJ estava correndo o perigo de desenvolver uma Pastoral somente de militantes, tomou-se a decisão no 2º Seminário - nível de militância, de organizar um seminário também para assessores que acompanham o Processo de Iniciação (PJ Geral). 3º SEMINÁRIO - TEMA: PLANEJAMENTO DA AÇÃO PASTORAL 4º SEMINÁRIO - TEMA: A SER ESCOLHIDO PELOS PARTICIPANTES/ 30º SEMINÁRIO SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 3º Seminário 1989 julho Pastoral da Juventude. 4º Seminário 1990 julho Pastoral da Juventude. PROJETO PE-7.7: Encontro latino-americano (ELAPJ) Os Encontros Latino-Americanos, organizados pelo CELAM, contam com a participação de 14 países; é um espaço importante de inserção da juventude brasileira no contexto e na caminhada da Igreja no Continente. Tema do 6º Encontro: Etapas de Educação na Fé e preparação do Congresso Latino-americano de Jovens. O Congresso será realizado no final de 1991 na Bolívia e tem como finalidade celebrar os 500 anos da Evangelização da América Latina. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 7º Encontro Latino Americano 1989

outubro. Setor Juventude do CELAM.

8º Encontro Latino Americano. 1990 outubro.

Setor Juventude do CELAM.

PROJETO PE -7.8: 3ª Reunião conjunta da CNPJ e CNAPJ A Reunião Conjunta se realiza nos anos em que não há Assembléia Nacional da PJ. Participam desta reunião os membros da CNPJ e CNAPJ. A reunião tem o caráter de convivência e aprofundamento, tendo espaços de reflexão própria de cada uma das comissões. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 3ª Reunião Conjunta. 1990 julho. CNPJ.

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61PROJETO PE -7.9: 1ª Assembléia nacional da pastoral da juventude rural (1ª ANPJ) A convocação da 1ª Assembléia Nacional da PJR foi decidida pelos participantes do 1° Seminário da PJR que se realizou, em São Paulo em 1988 e teve a participação de oito regionais. A 1ª Assembléia tem como objetivo iniciar a sistematização de um projeto global de evangelização do jovem rural, abrir um espaço onde pode discutir os problemas específicos do seu meio e fortalecer as articulações regionais e diocesanas. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Assembléia Nacional com um assessor e quatro jovens de cada Regional.

1989 agosto.

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.10: Confecção de cadernos de estudo A CNAPJ já publicou três cadernos de estudo: 1. Os cristãos e a Militância Política, 2. Dimensão da Formação Integral, 3. A Mística da Caminhada. Cadernos em preparação são: 1. Afetividade e Sexualidade na Formação do Jovem, 2. Modelos de Igreja, 3. Critérios de discernimento diante das Ideologias Políticas, 4. Como Planejar a Ação Pastoral. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Os cadernos serão elaborados 1989 CNAPJ utilizando material dos Seminários Nacionais sobre os mesmos temas. As primeiras redações serão feitas por equipes designadas pela CNAPJ. Os cadernos facilitam a formação dos jovens mais comprometidos que já têm hábito de leitura individual.

1989 1990

CNAPJ

PROGRAMA 8: PASTORAL DA UNIVERSIDADE (PE 8) Orientações para a ação A Pastoral da Universidade tem como objetivo evangelizar a Universidade, como centro principal de produção e transmissão do saber sistematizado e, portanto, possuidor de grande influência sobre a sociedade, seus modelos, costumes, ideologias. O anúncio da boa nova na Universidade se faz, quer através de instituições universitárias mantidas pela Igreja, quer através da ação Pastoral exercida por grupos de universitários nas instituições de ensino superior, quer ainda por atividades pastorais no mundo da cultura sistematizada. A tendência é de unificar todas estas áreas em uma única “situação”. Atividades permanentes e projetos são aqui relacionados de forma unitária, inclusive porque há projetos que dizem respeito a duas ou mais áreas; e não podem ser divididos. Atividades permanentes A situação “Pastoral da Universidade” propõe-se, para o biênio 1989-1990, as seguintes atividades permanentes: A) Em nível da Pastoral Universitária de Estudantes (PU): - Assessorar a Comissão Nacional da PU pluralista (PU/ PLU) no crescimento na espiritualidade, na revisão de vida, na formação teológica, na dedicação Pastoral; promover a unidade entre as diversas experiências de PU.

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62- Assessorar indiretamente, por meio de seus secretariados nacionais e assessores nacionais, os movimentos, que existem no âmbito da PU, ou seja, o movimento Comunhão e Libertação (CL ou CUBs), o Movimento de Cristãos Universitários (MCU) e outros que futuramente passassem a participar da PU/PLU, aceitando a plataforma básica comum desta (Documento de Nova Iguaçu). - Assessorar mais diretamente a PU de linha Diocesana (a chamada PU/PU), em nível nacional, regional e mesmo local, dentro do princípio de subsidiariedade. - Promover a expansão da PU de linha Diocesana, em nível local e regional, sempre de acordo com as coordenações regionais da PU/PU. - Participar dos Encontros nacionais da PU/PLU e das suas três experiências (PU/CL; PU/MCU; PU/PU); bem como, no caso da PU/PU, de seus encontros estaduais e regionais. - Colaborar na promoção de cursos de Sagrada Escritura, Eclesiologia, História da Igreja e outros campos da Teologia; seminários, retiros, encontros de espiritualidade e outros, que auxiliem os estudantes universitários da PU a superarem os desafios do ambiente universitário e do Movimento Estudantil e refazerem sempre de novo a síntese com os dados da fé. - Promover encontros entre assessores da PU, bem como o entrosamento, a troca de experiência, a capacitação, o crescimento da vocação específica dos assessores. - Realizar visitas aos Regionais da CNBB, visando realizar a “regionalização” da PU e principalmente da PU/PU, ou seja, sua organização em nível regional, com o apoio e assessoria dos Regionais da CNBB. - Realizar visitas às Igrejas locais e a seus Bispos, quando necessário, visando propiciar o diálogo, que a experiência demonstra ser nem sempre fácil, entre eles e os grupos da PU; bem como facilitar a colaboração, o apoio e a assessoria local aos grupos da PU. - Trabalhar em estreito contato com a Pastoral da Juventude e com o Setor Leigos, com os quais a Pastoral Universitária possui uma ampla faixa de objetivos e interesses comuns. - Manter contato com o Departamento de Educação do CELAM, bem como com os setores correspondentes de outras Conferências Episcopais; manter contato também com o Secretariado Latino-americano (SLA) do Movimento Internacional de Estudantes Católicos (MIEC) e Juventude Estudantil Católica Internacional (JECI), visando uma troca de experiências com a Pastoral universitária e seus movimentos de universitários em outros países da América Latina e propiciando um maior contato, formal ou informal, entre MIEC e PU/PU. - Sentir e suscitar, em todos os níveis e instâncias, as preocupações e os cuidados pastorais para com a grande massa de quase um milhão e meio de universitários brasileiros, muitos dos quais não receberam ou não aceitam mais a mensagem evangélica e/ou não a praticam, e pouquíssimos dos quais vivem como cristãos ativos no ambiente universitário. B) Em nível de Instituições de Ensino Superior Católicas (IESCs) e de outras Instituições da Pastoral da Universidade: - Manter o contato com a Associação Brasileira das Escolas Superiores Católicas (ABESC), entre outras coisas, participando em seus encontros e reuniões. - Promover a reflexão e a revisão sistemática sobre os objetivos e métodos das IESCs, sobretudo do ponto de vista Pastoral; inclusive por meio de um grupo permanente misto de Bispos e Reitores das Instituições de Ensino Superior Católicas (IESCs). - Favorecer nas IESCs o aprimoramento da qualidade da pesquisa e do ensino, o desenvolvimento do estudo e da reflexão de temas interessantes para a ação Pastoral da Igreja, a formação de grupos de pós-graduação “sensu stricto” e “sensu lato” em áreas julgadas importantes do ponto de vista filosófico, teológico, ético, humanístico e em geral importantes do ponto de vista Pastoral. - Visitar as Paróquias universitárias e os Departamentos de Pastoral universitária e assemelhados das IESCS. - Promover o contato freqüente, de parte da CNBB, com os problemas pastorais do mundo universitário, e, de parte da ABESC e das IESCs, com as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e com o Plano Pastoral da CNBB.

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63- Realizar, dentro do biênio, um levantamento de dados sobre as demais instituições eclesiais na área, ou seja, os Centros de Pastoral Universitária, Pensionatos Universitários e outros. C) Em nível dos “vazios pastorais” na área: - Realizar um levantamento de dados sobre grupos de professores universitários, de administradores e funcionários da Universidade, bem como de profissionais e intelectuais ligados à Igreja. - Promover a instituições de grupos de professores universitários, no estilo da ação transformadora de ambiente e de revisão de vida. - Promover o desenvolvimento e/ou a instituição de grupos de profissionais e intelectuais ligados à Igreja, em colaboração com o Setor Leigos. D) Em nível de Pastoral da Universidade em Geral: - Trabalhar para unificar sempre mais, em nível de reflexão e de ação Pastoral, todas as instituições, movimentos e experiências atuantes na área da Pastoral da Universidade, para se chegar a uma Pastoral abrangente na área, na qual todos os esforços aconteçam em espírito de unidade e caridade e dentro de um plano Pastoral orgânico. Projetos PROJETO PE-8.1: Atendimento a grupos locais de PU e participação em encontros nacionais, regionais e estaduais O projeto visa a acompanhar principalmente grupos que não têm suficiente assessoria e apoio local e, em geral, dar um atendimento especial, dentro do princípio de subsidiariedade; bem como dar o apoio da CNBB a esta área da Pastoral que está em fase de crescimento dentro de um ambiente particularmente difícil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Visita a grupos da PU e participação em encontros e outros eventos em nível nacional, regional e estadual.

1989 1990.

Assessoria Nacional da PU.

PROJETO PE -8.2: Reuniões do grupo de reflexão “pastoral universitária abrangente” Visa à continuação de reuniões anuais de um grupo de reflexão do qual participam representantes de todas as forças engajadas na Pastoral da Universidade (ABESC, PU/PLU e suas experiências, MIIC, peritos, bispos e Assessores da área na CNBB), a fim de promover a organicidade da ação Pastoral no campo da Universidade. O projeto prevê duas reuniões, uma a cada ano. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de representantes dos grupos engajados na Pastoral da Universidade, para reflexão.

1989, outubro; 1990, outubro.

Assessoria Nacional da PU.

PROJETO PE-8.3: 4º Encontro nacional de assessores da PU O congraçamento e a troca de experiências e opiniões entre assessores de todo o país é importante para que a PU seja assessorada de forma unitária, dentro de uma visão eclesial e das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. O Encontro visa a reunir os assessores da PU de linha diocesana (PU/PU). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Assessores 1990, setembro. Assessoria Nacional da PU

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64da PU/PU, com a presença da Coordenação Nacional.

e Coordenação Nacional da PU/PU.

PROJETO PE-8.4: Encontro nacional da PU/PU É um encontro bienal de delegados dos grupos da PU, com fins de formação, informação, decisões e eleições da Coordenação Nacional e Assessoria Nacional. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Assessores da PU/PU, com delegados dos grupos.

1990, janeiro. Coordenação Nacional da PU/PU.

PROJETO PE-8.5: 6º Encontro nacional da PU/PLU É um tradicional encontro bienal que, depois da instituição da PU pluralista, passou a reunir representantes das três experiências da PU (Comunhão e Libertação-CL; Movimento de Cristãos Universitários-MCU; PU da Linha Diocesana-PU/ PU) com seus assessores, para troca de experiência, exame da conjuntura, formação, deliberações em nível de PU/PLU (eleições da Comissão Nacional, Assessor Nacional, decisões 50bre eventos nacionais etc.). No caso específico, tratar-se-á do “Encontro dos 10 anos” que comemorará o decênio do primeiro Encontro Nacional da PU. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional da PU/PLU, com delegados das três experiências.

1989, julho. Comissão Nacional da PU/PLU e Assessoria Nacional da PU.

PROJETO PE-8.6: Reuniões da coordenação nacional da PU/PU São quatro reuniões por ano da Coordenação Nacional da PU, com caráter deliberativo, executivo e formativo. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da Comissão Nacional da PU.

1989 1990 a cada 4 meses.

Comissão Nacional da PU.

PROJETO PE-8.7: Produção de subsídios A Pastoral Universitária sente a necessidade de uma reflexão mais aprofundada e sistematizada sobre o ambiente universitário, sua problemática, o significado de sua evangelização, os objetivos, métodos, estilo próprio da Pastoral neste âmbito. Programa-se produzir 4 cadernos de atas, reflexões, relato de experiências e 12 boletins nacionais da PU/PU, com fins formativo, informativo e de preservação da memória. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Publicação de 4 cadernos e 6 boletins nacionais da PU/PU.

1989, 1990. Comissão Nacional da PU/PU.

PROJETO PE -8.8: Levantamento de dados Pretende-se levantar dados, através da colaboração do CERIS, CIMI, sobre Centros de Pastoral Universitária e Pensionatos Universitários no país; bem como sobre grupos e atividades de Professores e Funcionários universitários e intelectuais e profissionais ligados à Igreja. O levantamento de dados visa a iniciar ou fortalecer atividades da CNBB nestas áreas, que se julgam praticamente abandonadas. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL

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65Levantamento de dados e estudo dos mesmos.

1989. CERIS; Assessoria Nacional da PU

PROJETO PE-8.9: Encontro de profissionais e intelectuais ex-participantes da PU O Encontro visa dar partida a atividades permanentes em nível nacional, para fomentar as instituições w o desenvolvimento de grupos de profissionais e intelectuais católicos, em forma de Pastoral ou de movimento. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento de dados e estudo dos mesmos.

1989, fevereiro 3 a 5 1990 fevereiro

Assessoria Nacional da PU.

PROGRAMA 9: PASTORAL DA FAMÍLIA (PE.9) Orientações para a ação No plano de Deus Criador e Redentor a família descobre não só a sua “Identidade”, o que é, mas também a sua “Missão”, o que ela pode e deve “fazer”. As tarefas que é chamada por Deus a desenvolver na História, brotam de seu próprio ser e representam o seu desenvolvimento dinâmico e existencial. Toda família descobre e encontra em si mesma o apelo urgente que, ao mesmo tempo, define a sua dignidade e a sua responsabilidade: Família, “Torna-te aquilo que és”. A família deve voltar ao principio do gesto criativo de Deus e buscar fazer realidade existencial o que é: uma íntima comunidade de vida e de amor. A essência e os deveres da família são, em última análise, definidos pelo amor. Por isso lhe é confiada a missão de guardar, revelar e comunicar o amor, qual reflexo vivo e participação real do Amor de Deus pela humanidade e do Amor de Cristo pela Igreja, sua esposa. Cada dever particular da família é a expressão e a atuação concreta de tal missão fundamental. É necessário, portanto, penetrar mais profundamente na riqueza singular da missão da família e sondar os seus conteúdos numerosos e unitários. Em tal sentido, partindo do amor e em permanente referência a ele, podemos afirmar que os quatro deveres gerais da família são: 1. a formação de uma comunidade de pessoas; 2. o serviço à vida, procriação e educação; 3. a participação no desenvolvimento da sociedade; 4. a participação na vida e na missão da Igreja como comunidade crente e evangelizadora, como comunidade em diálogo com Deus, como comunidade a serviço dos homens. Para atingir tal objetivo e assim “Evangelizar o povo brasileiro em processo de transformação social, econômica, política e cultural, anunciando a plena verdade sobre Jesus Cristo, a Igreja e o homem, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, pela libertação integral do homem, numa crescente participação e comunhão, visando formar o Povo de Deus e participar da construção de uma sociedade justa e fraterna, sinal do Reino definitivo”, a Pastoral Familiar deve buscar novas formas de apoio às famílias, para que elas enfrentem e superem os desafios e obstáculos que se opõem à realização plena de sua missão. Num momento histórico em que a família é alvo de numerosas forças que procuram destruí-la ou de qualquer modo deformá-la, a Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado ao bem da família, sente de modo mais vivo e veemente a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a família, para lhes assegurar a plena vitalidade e promoção humana e cristã, contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio Povo de Deus.

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66Promover a família contribui para a “libertação integral do homem numa crescente participação e comunhão”, pois é nela que o homem aprende a viver em comunhão e a participar. A ação Pastoral de promoção da família deve estender-se desde a preocupação com a preparação remota, próxima e imediata para o matrimônio até o acompanhamento da vida familiar em todas suas dimensões. O trabalho Pastoral com as famílias deve, portanto, desenvolver-se, quer no campo dos problemas ético-religiosos que as atingem, como também na área das questões sociais e econômicas onde têm origem muitos dos fatores que contribuem para sua desagregação e alienação. A Pastoral da Família deve, permanentemente, dedicar-se com dinamismo na defesa da instituição familiar e de seus valores fundamentais tão subvalorizados e ameaçados. Mas, além disso, ela deve ajudar as famílias, os agentes de família, os governantes e os responsáveis pela opinião pública a encontrar novas vivências desses valores na realidade de nosso tempo. A Pastoral da Família tem como seu princípio operativo e como protagonista responsável a mesma Igreja, por meio de suas estruturas e de seus responsáveis. E bom lembrar, porém, a importância da formação permanente destes responsáveis. Na diocese, o Bispo é o primeiro responsável. Como Pai e Pastor, ele deve estar atento de um modo particular, a este setor da Pastoral, sem dúvida prioritário. Deve consagrar-lhe uma grande dedicação, solicitude, tempo, pessoal e recursos, sobretudo, apoio às famílias e a todos que, nas diversas estruturas diocesanas, o ajudam na Pastoral da Família. Cada Igreja local e, em termos mais particularizados, cada comunidade paroquial, deve ter consciência mais viva da graça e responsabilidade que recebe do Senhor em ordem a promover a Pastoral da Família. Nenhum plano de Pastoral Orgânica, em qualquer nível que seja, pode prescindir da Pastoral da Família. Para ajudar a uma visão global da Pastoral Familiar e para a formação dos agentes recomenda-se a redação de algumas Diretrizes de Pastoral Familiar, em nível nacional. Levando em consideração que os movimentos familiares se desenvolveram quase exclusivamente na classe média, é urgente que se busque uma Pastoral da Família que, nascida nos ambientes populares, possa promover a vida familiar dos mais pobres e ajudá-los na realização de sua missão. O crescente número de famílias incompletas, deve levar a procurar meios adequados de responder a esse desafio. Infelizmente, há muitíssimas pessoas que não podem referir-se, de modo algum, ao que poderia definir-se em sentido próprio, uma família. Há várias e grandes regiões do Brasil, em que a promiscuidade, a carência de habitações, a irregularidade e instabilidade das relações não permitem, praticamente, poder falar de verdadeira família. Deve ser prioridade Pastoral a promoção dos sem-família, solicitando a colaboração dos governantes, movimentos e institutos familiares e as famílias em geral. Atividades permanentes 1. Articulação - Com os grupos ou movimento-familiares: Continuar o diálogo e a reflexão entre os movimentos familiares e participar de seus Encontros, Assembléias Regionais ou Nacionais. Apoiar e ajudar a encaminhar o processo de Pastoral Familiar nos ambientes populares e favorecer o entrosamento da família nas CEBs, PO.

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67- Com os Regionais: Suscitar a organização sistemática da Pastoral Familiar em nível regional, diocesano e paroquial e favorecer o entrosamento da Pastoral Familiar e dos movimentos familiares com a Pastoral Orgânica. - Com os demais organismos da CNBB: Entrosar-se com os outros setores da CNBB cujas atividades tocam uma ou outra dimensão da ação, Pastoral em relação à Família: Catequese, Liturgia, Comunicação Social, Ministérios, Leigos, Juventude, Ecumenismo, Pastoral Social, Educação (em particular, a popular). - Com os organismos do governo: Continuar os contatos com os Ministérios da Saúde, da Cultura, a Educação e da Previdência Social. - Com Centros de Planejamento Familiar: Acompanhar os Centros de Planejamento Familiar e promover novos Centros. Fortalecer a Pastoral da Vida. 2. Formação dos Agentes de Pastoral Familiar: Suscitar, promover e acompanhar a formação dos agentes de Pastoral Familiar principalmente pelo estudo e a assimilação dos documentos doutrinais e pastorais da família. 3. Pastoral dos casos difíceis: O matrimônio experimental, as uniões livres de fato, os católicos unidos em matrimônio civil, os separados e divorciados sem Segunda união, os divorciados que contraem nova união, os sem famílias. 4. Pastoral dos Anciãos: Apoiar e acompanhar a Pastoral dos anciãos. 5. Estudos Sociológicos da Família: Continuar o estudo da família no Brasil. 6. Criar e manter ativa: - uma equipe de reflexão; uma Comissão Nacional de Assessores; uma Coordenação Nacional de Pastoral Familiar. 7. Semana da Família: Suscitar em nível regional e diocesano a Semana da Família. 8. Publicações: Propiciar publicações científicas ou populares no campo de preparação ao matrimônio; espiritualidade conjugal e familiar, educação sexual dos adultos, adolescentes, crianças; Pastoral dos anciãos; direitos da família. 9. Acompanhar os resultados das novas orientações que receberão os leigos depois do Sínodo 1987 e ajudar na aplicação do que se refere à família, particularmente à mulher. Projetos PROJETO PE -9.1: Estudo multidisciplinar da problemática da família Os problemas da família são complexos. Um estudo interdisciplinar começado em 1988 deve contribuir para analisar a realidade, determinar as prioridades pastorais e estabelecer as grandes linhas da organização sistemática da Pastoral Familiar. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões de uma Equipe de peritos de várias disciplinas .

1989; 1990. Pastoral da Família, ABRADES, Peritos.

Preparação de subsídios. PROJETO PE-9.2: Reunião de coordenação nacional de pastoral familiar A inculturação da Fé Cristã deve-se realizar sempre mais amplamente no âmbito do matrimônio e da família. Tendo em conta a variedade das regiões e situações do país é preciso conhecer as várias categorias de famílias e proceder a uma ação Pastoral diversificada e coerente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de responsáveis regionais da Pastoral Familiar e de Movimentos:

1989, junho, 16 a 18.

Pastoral da Família, Representantes, Regionais e

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68Como organizar uma Pastoral Diocesana.

Peritos.

Preparação de subsídios. PROJETO PE -9.3: Encontro nacional dos movimentos e institutos familiares Existem no Brasil vários Movimentos e Institutos familiares que buscam objetivos semelhantes com metodologia as diversas e complementares. Para uma ação mais coerente e eficaz, um encontro nacional visando melhor conhecimento mútuo e uma coordenação nacional e regional é recomendável. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião dos Movimentos e Institutos Familiares.

1989, abril, 21 a 23.

Pastoral da Família, Movimentos.

Preparação de subsídios. PROJETO PE -9.4: Revisão dos cursos já existentes de preparação próxima ao casamento Depois de longa prática de preparação próxima ao casamento, num mundo em mudança rápida e profunda, torna-se indispensável incentivar a revisão desse instrumento de ação Pastoral, oferecendo estímulos e condições que permitam uma avaliação permanente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de peritos na preparação ao casamento.

1989, maio, 5 a 7.

Pastoral da Família, Movimentos. Peritos.

Preparação de subsídios. PROJETO PE-9.5: Seminário: 20 anos Humanae Vitae A transmissão da vida e o respeito à mesma merece um cuidado pastoral especial. Envolve valores fundamentais da pessoa humana, do exercício da sexualidade, da instituição do matrimônio, da responsabilidade política e social dos governantes. Uma avaliação de nossa Pastoral neste campo se faz necessária, um estudo da conjuntura nacional e algumas perspectivas frente ao desafio permanente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião dos agentes de Pastoral Familiar que trabalham neste setor e articulação dos vários serviços que a Igreja pode oferecer nos centros especializados, nos Institutos de Saúde e de Educação.

1989, setembro 1 a 3.

Pastoral da Família CENPLAFAM, Ação Familiar do Brasil.

PROJETO PE -9.6: Pastoral dos casos difíceis Muitas pessoas vivem o matrimônio experimental, em união livre de fato, ou são unidas só em matrimônio civil, ou são separadas e divorciadas sem segunda união, ou divorciadas e contraem nova união etc. É preciso elaborar linha de Pastoral para estes casos que são numerosíssimos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de estudo da Pastoral dos casos difíceis.

1989 2º Sem. 1990 1º Sem.

Pastoral da Família, Peritos, Regionais.

Preparação de subsídios. 1989, agosto 17 a 19.

PROJETO PE-9.7: Valores da família da classe popular

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69 A Pastoral da Família foi sempre pensada a partir dos valores da classe média. Percebe-se cada dia melhor, especialmente à luz da opção pelos pobres, a importância de levar em consideração, na Pastoral os valores familiares da classe popular. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário com a participação da CPO, CEBs, Cortiço, favelas, movimentos familiares.

1989, junho 30 a julho 02

Pastoral da Família, CEBs, CPO, CÁRITAS, Movimento Familiares.

Preparação de Subsídios. PROJETO PE-9.8: Formação de uma equipe de reflexão A família nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições tem sido colocada em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. A Igreja, conhecendo que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado ao bem da família, sente de modo mais vivo, a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a família. A ação Pastoral e educativa deve ser preparada, orientada e realizada a partir de uma reflexão permanente de peritos e casais. A formação desta equipe corresponde a este objetivo. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Freqüentes encontros da Equipe de reflexão.

1989 1990.

Pastoral da Família, Peritos.

PROJETO PE -9.9: Inserção na pastoral da América Latina As experiências dos demais países podem ajudar a compreender melhor problemas que temos em comum, e juntos buscar soluções. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Participação nas atividades da Segundo os Pastoral da Família Pastoral Familiar do CELAM (CEPAF), de organismos internacionais ou de outros países.

Segundo os convites.

Pastoral da Família.

PROGRAMA 10: PASTORAL DOS GRUPOS ÉTNICO-CULTURAIS (PE-10) Orientações para a ação No Brasil, não existe um só povo e uma só cultura: aqui convivem e, freqüentemente se mesclam diversos povos e diversas culturas. Os fatores históricos e sociais que estão na origem dessas diferenças determinam diversas visões e vivências da fé. Para que a Igreja chegue a ser um povo unido e harmônico, sem, porém, destruir a legítima identidade das diversas minorias étnicas, é preciso refletir sobre a problemática, a partir de um diálogo sincero e respeitoso entre Evangelho e cultura. De modo particular, deve-se prestar atenção aos desafios de evangelização dos afro-brasiIeiros, dos índios, das minorias étnicas de origem asiática presentes no País. Nos últimos tempos, verifica-se um incremento notável, qualitativo da consciência de uma identidade afro-brasileira que encontra suas principais manifestações em iniciativas não somente recreativas e folclóricas, mas especialmente de caráter associativo no campo cultural, social e religioso. A Igreja não pode deixar de estar presente neste processo de tomada de consciência. Atividades permanentes

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70- Refletir sobre as situações étnico-culturais do País e acompanhar os movimentos e programações, em vista de uma presença e solidariedade por parte da Igreja nas problemáticas: indígena, através do CIMI, afro-brasileira, e de outras minorias étnicas. - Acompanhar e assessorar os missionários que atuam junto às comunidades indígenas na reflexão e aprofundamento teológico. Para isto, está sendo encaminhada a formação de uma comissão específica por teólogos e antropólogos. - Acompanhar a assessoria das comunidades e organizações indígenas através de pequenos encontros locais e regionais, por uma equipe de advogados liberados nas diversas regiões. - Desenvolver a relação de colaboração e entreajuda com as Igrejas Evangélicas e organismos indigenistas que buscam a autodeterminação dos povos indígenas. Esta entreajuda inclui permuta de assessorias e outros serviços. Aprofundar e ampliar a colaboração e entreajuda com as Igrejas, em nível latino-americano. - Entre os projetos do presente biênio, o CIMI está dando especial atenção à formação e acompanhamento dos missionários. Devido à complexidade das culturas existentes e das situações enfrentadas, é necessário promover encontros periódicos não só para o aprofundamento bíblico-teológico, como também um intercâmbio de experiências vividas e estudos técnicos sobre temas específicos. PROJETO PE -10.1: A Igreja e a realidade do negro brasileiro Considerando: - os 500 anos de evangelização da América Latina e tendo em vista a nova evangelização; - em continuação da Campanha da Fraternidade de 1988 sobre o tema “Negro”; - a continuação da marginalização do negro, depois dos 100 anos da “Lei Áurea”; - o racismo latente; presença do negro no Brasil (presença numérica e cultural) negada na pratica; - estamos vivendo um momento de conscientização étnico-cultural, faz-se urgente para a Igreja a participação neste processo, assumindo a realidade do povo negro em sua busca de cidadania; - a questão do negro, acenada em Puebla, desencadeou um processo que ganha consciência e participação e que está a exigir um maior aprofundamento na medida que a Igreja caminha para a 4! Conferência Episcopal latino-americana (1992); - a evangélica opção preferencial pelos pobres significa opção especial pelos negros brasileiros: pobres dos pobres; - várias pastorais especiais da Igreja no Brasil atingem particularmente a população negra, como por exemplo, Pastoral de Favelas, Pastoral de Menores abandonados, da Mulher marginalizada, Pastoral Carcerária, movimentos populares e outros; - o Vaticano II exige maior inculturação da fé; - a realidade negro-brasileira está fazendo exigências a todas as dimensões da vida e ação da Igreja no Brasil. Dimensão Comunitária e Participativa: - atuação crescente de negros em CEBs; - número crescente de negros em seminários e institutos de vida consagrada; - formação dos agentes de Pastoral para atender à realidade negro-brasileira etc. Dimensão Missionária, Catequética e Litúrgica: a inculturação da fé na realidade. Dimensão Ecumênica e de Diálogo: o diálogo com as Religiões negro-brasileiras. Dimensão Profética e Transformadora: a verdadeira libertação do negro-brasileiro.

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SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões do Grupo de Trabalho.

1989, fevereiro, 14 e 15, outubro 27 e 28 1990, fevereiro, outubro.

Linha 2 Linha 3

Estudos interdisciplinar sobre a Igreja e a Realidade negro-brasileiro.

1989, outubro, 5 a 8; 1990, outubro, 1ª Semana

Linha 2 Linha 5 Grupo de trabalho.

Elaboração de uma guia da Igreja em face do universo negro-brasileiro.

1990 até novembro. Linha 2 Linha 5 Grupo de trabalho, Especialistas, convidados

Incentivo à organização de equipes nos regionais de reflexão e articulação sobre a realidade negro-brasileira.

1990 até novembro. Linha 2 Linha 5

Elaboração de subsídios para cursos de formação de agentes de Pastoral.

1990, até novembro. Linha 2, Linha 5 OSIB INP.

PROJETO PE -10.2: Pastoral indigenista Os projetos do CIMI para este biênio estarão dando ênfase maior a três pontos: - Formação e acompanhamento dos missionários que atuam na Pastoral Indigenista. - Assessoria e apoio direto às comunidades indígenas e às suas organizações, visando a concretização das novas normas constitucionais. - Estudo da problemática da Pastoral junto a grupos indígenas já cristianizados. Para isto o CIMI executará os projetos seguintes concretos neste biênio: SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Curso de formação para missionários que iniciam seu trabalho junto aos povos indígenas.

1989, janeiro; 1990, janeiro.

CIMI.

Curso - Encontro de Pastoral da Inculturação destinado a missionários que trabalham com grupos indígenas já cristianizados.

1989, 2º Sem. CIMI.

Encontro de espiritualidade, destinado a missionários- religiosos que vivem junto a comunidades indígenas e têm como objetivo troca de experiências referente à vivência espiritual dos missionários.

1990, janeiro. CIMI.

8ª Assembléia do CIMI 1989, agosto, 8 a 13.

CIMI.

PROGRAMA 11: PASTORAL DOS SANTUÁRIOS E ROMARIAS (PE-11) Orientações para a ação A peregrinação é um sinal muito ao gosto do nosso povo. Basta ver o grande número de santuários, em todo o Brasil, e considerar as multidões dos peregrinos. O Santuário de Aparecida se destaca entre todos. Algumas vezes, são motivos interesseiros que levam os romeiros à peregrinação: para pedir graças e pagar promessas. Freqüentam templos, santuários, túmulos, monumentos

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72e lugares de manifestações extraordinárias do divino. Parte dos peregrinos são cristãos que não participam assiduamente da vida de nossas comunidades. O Santuário é, para muitos, o único lugar onde ouvem a Palavra de Deus e recebem os sacramentos. Daí a necessidade de uma atenção especial à Pastoral dos Santuários, a fim de que sejam lugares de verdadeira evangelização e que se integram na Pastoral de Conjunto. Faz parte da natureza do homem o “ser peregrino”. O homem está sempre à procura do infinito que é Deus. Insatisfeito consigo mesmo, esmagado, muitas vezes, pela rotina do cotidiano, ele suspira por alguém que o possa libertar. Todo homem se sente como um ser a caminho. Sua vida é uma caminhada à Pátria definitiva, à Casa do Pai. O sentido cristão da palavra peregrinar ou fazer romaria é, antes de tudo, caminhar pela estrada, ser alguém que passa, como Cristo passou pelas estradas da Palestina. E só abrirmos a Bíblia e logo percebemos figuras de grandes peregrinos, por exemplo: Abraão, Moisés, Elias, David, e entre eles, Jesus, que foi o maior. Desde o início do cristianismo, a terra do nascimento, da vida, da morte e da ressurreição de Jesus, bem como o túmulo de São Pedro, em Roma, tornaram-se lugares de peregrinação. Em 1936, a Santa Sé deu orientações pastorais para as peregrinações aos santuários, recomendando que as romarias sejam consideradas e realizadas como atos de piedade cristã, isto é, revestindo-se de um caráter verdadeiramente religioso, visando à conversão e ao aprimoramento da vida cristã. Paulo VI e João Paulo II, em várias oportunidades, mostraram o valor das peregrinações, sobretudo como ocasião de intensificação de oração, reencontro com a misericórdia divina, “um lugar privilegiado para a evangelização de nossa cultura”. A evangélica opção preferencial pelos pobres, assinalada por Puebla e assumida no Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, se torna imperiosa nos Santuários, porque a eles acorrem pobres, marginalizados, enfermos, abandonados e aflitos, que formam a maioria da população do nosso continente. Atividades permanentes - Incentivar uma melhor preparação das romarias e a continuidade das mesmas, num esforço para que haja maior interação da fé com a História do nosso povo. - Motivar, para que a Liturgia seja sempre momento forte da vida nos santuários, sobretudo, o anúncio da Palavra de Deus e as Celebrações dos sacramentos da Eucaristia, como centro e ápice da vida cristã - e da Reconciliação, como ocasião forte de conversão. - Apoiar o trabalho da Pastoral dos Santuários, valorizando o Conselho de Reitores de Santuários do Brasil e sua ação. - Participar nos Encontros Nacionais e do Cone Sul sobre Pastoral dos Santuários e nas reuniões do Conselho de Reitores de Santuários do Brasil (CRSB). - Incentivar os responsáveis pelos santuários para que os ajustem às orientações do novo Código de Direito Canônico. - Colaborar para que as Diretrizes Gerais para os Santuários elaboradas pelo CRSB, cheguem a todas as dioceses e sejam postas em prática. PROGRAMA 12: PASTORAL DO MENOR (PE-12) Orientações para a ação O Ciclo da Marginalização do Menor, apresentado no texto-base da CF/87, a reflexão bíblica que o iluminou e as diversas pistas de ação sugeridas, trouxeram a todos, agentes de Pastoral, bispos, religiosos e leigos, um apelo inegavelmente forte.

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73A realidade do menor empobrecido aparece hoje na Igreja do Brasil e em vários países da América Latina, como merecedora de uma resposta Pastoral significativa. Renova-se então a necessidade de nos propormos como objetivo, de um lado, desenvolver ações próprias de uma intervenção eclesial nas questões referentes ao menor, criança, adolescente e jovem empobrecidos; de outro lado, buscarmos uma sensibilização e conscientização da sociedade como um todo, em vista de uma resposta profunda e integrada aos apelos da criança empobrecida. Fazendo eco ao que foi proposto em Cachoeira do Campo, no Encontro Nacional de Articuladores, a nossa identidade como agentes da Pastoral do Menor construi-se na história de compromisso eclesial com a vida das crianças empobrecidas. A identidade é dinâmica e hoje assim se configura: relemos o Evangelho a partir da relação com as crianças empobrecidas, valorizando algumas dimensões esquecidas ou distorcidas como a revelação aos pequenos, o perdão, acolhida e inclusão dos excluídos. Nossa ação vai colocando o menor no centro das atenções, vai dando existência às crianças esquecidas. Não ê missão da Pastoral do Menor resolver tudo o que se refere ao menor. Nossa ação são sinais. Com estas ações simbólicas, a Pastoral do Menor vai profeticamente forçando a reorganização da sociedade. Assim acreditamos que haverá verdadeira conversão quando o menor for visto no seu valor, como portador da revelação de Deus e não como carente, necessitado de ajuda. Nós entramos em comunhão com as crianças empobrecidas e não apenas trabalhamos para elas. Acreditamos que ê na comunidade que se dá o resgate do menor como filho de Deus, como irmão menor da humanidade. Comunidade familiar, de bairro, eclesial. Nela convivemos a fundo com a criança. Olhamos o MUNDO a partir do MENOR. Olhamos o MUNDO junto com as crianças, partindo da cultura e da experiência delas. Defendemos com elas os direitos fundamentais à vida, ao respeito, à participação. Buscamos colocar a criança concreta, irrepetível e empobrecida, no centro da vida da Igreja e da sociedade humana. Propomos aos nossos agentes que nossa ação do dia-a-dia, cheia de contratempos e imprevistos (assim ê a vida de nossas crianças), se fortaleça e ilumine com a leitura da Palavra de Deus (na Bíblia) e da realidade (análise de conjuntura). Atividades permanentes - Promoção da articulação da Pastoral do Menor no âmbito dos Regionais com vistas a fortalecer a articulação nacional. - Formação de educadores e agentes pastorais dentro de uma pedagogia alternativa. - Continuidade da reflexão acerca da caminhada e da identidade da Pastoral do Menor. - Planejamento, avaliação e reprogramação das atividades pastorais em seu conjunto, de maneira participativa. - Desenvolvimento de ações alternativas de combate a todas as formas de violência. - Desenvolvimento de ações que promovam a defesa dos direitos da criança e do adolescente. - Participação em reuniões junto à CNBB. - Representação da Pastoral do Menor junto ao DCA (Fórum de entidades não-governamentais de defesa da criança e do adolescente), bem como a outras entidades e organismos. - Participação na elaboração das Leis Complementares, Regulamentações. - Elaboração de subsídios a partir de material pedagógico. - Sistematização das conclusões de eventos promovidos pela Pastoral do Menor.

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74 Projetos EVENTOS PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões Ordinárias da Comissão Nacional de Articuladores.

1989 fevereiro 1990 fevereiro

Comissão Nacional de Articuladores.

Comissão ampliada. 1989 julho 1990 julho

Comissão Nacional de Articuladores.

Assembléia da Pastoral do Menor.

1990 julho

Comissão Nacional de Articuladores.

Seminários Nacionais: a) Violência (ref. às Leis Complementares b) pedagogia.

1989 abril 1989 setembro

Comissão Nacional e Secretariado Nacional.

Semana Ecumênica do Menor. 1989 novembro 1990 novembro

Comissão Ecumênica do Menor.

Apoio aos encontros regionais Publicações: a) Material pedagógico (cartilhas livretos), Identidade da Pastoral do Menor. b) Conclusões das Semanas Ecumênicas do Menor na série verde da CNBB.

no período Comissão Nacional Articuladores, Secretariado Nacional.

PROGRAMA 13: PASTORAL DA CRIANÇA (PE-13) Orientações para a ação A mortalidade infantil nas áreas rurais carentes e nas periferias urbanas chega a ser três a seis vezes maior que a taxa de mortalidade infantil da mesma região. As crianças que sobrevivem nessas áreas de carência correm o risco de terem o seu potencial humano, em grande pane, irremediavelmente perdido, se não forem assistidos de forma adequada. Mais de 50% das mortes infantis podem ser prevenidas e o desenvolvimento da criança nas áreas biopsico-social pode ser assegurado quando a comunidade se organiza para a partilha dos conhecimentos e dá apoio às mães, em ações simples, mas da mais profunda importância para o seu futuro. A Pastoral da Criança contribui para a transformação social através da organização da comunidade para ser agente de seu próprio desenvolvimento, como defesa da vida e escola de vida e de fraternidade. Atividades permanentes - Assessoria aos Regionais e às Dioceses. - Participação em Seminários e Encontros. - Coordenação Nacional para viabilizar a operacionalização das atividades de campo. - Articulação com outras Pastorais e Movimentos de Igreja com base nas necessidades sentidas pelas famílias e comunidades. - Publicação trimensal do Boletim Informativo da Pastoral da Criança. - Entrosamento com os meios de comunicação da Igreja. - Elaboração, impressão e distribuição de materiais educativos. - Implementação dos instrumentos para acompanhamento e avaliação das ações básicas de Saúde e das condições de coordenação, em nível nacional.

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75- Acompanhamento da metodologia transformadora da Pastoral da Criança. - Avaliação do impacto sobre a mortalidade infantil e a desnutrição por intermédio do desempenho do trabalho dos agentes da Pastoral. Projetos Entre outros projetos, a Pastoral da Criança pretende realizar os seguintes: 1. Comunicação e Formação de Recursos Humanos: - Seminários para treinamento e reciclagem de coordenadores diocesanos e paroquiais. - Sete Encontros Regionais de Equipes de Coordenação Diocesana para troca de experiências, avaliação, reciclagem e consolidação da Pastoral da Criança. - Três Encontros para Bispos das Regiões Norte, Nordeste, Leste 1 e Leste 2. - Encontro da Pastoral da Criança para Clero, Religiosos e Agentes da Pastoral. - Cursos de Alternativas Alimentares de Alto Valor Nutritivo e Baixo Custo. - Formação de Equipes de Coordenação da Campanha Nacional do Soro Caseiro para consolidação da mesma, com prioridade para o Nordeste. - Cursos para Identificação Precoce de Deficiências Infantis. - Curso sobre utilização de medicina caseira. 2. Projetos Alternativos de Apoio às Ações Básicas de Saúde: - Incentivo na área de nutrição: hortas comunitárias, microcooperativa de alimentos alternativos e outros. - Na área de Geração de Rendas da mulher: Clube de Mães e outros. - Na área de saneamento básico: aquisição de filtros e outros. 3. Luta por Melhores Condições de Vida: - Distribuição às Comunidades do Documento da nova Constituição, que versa sobre os Direitos da Criança com o objetivo de levar informação e incentivos ao debate e à luta pelos seus direitos à população carente. PROGRAMA 14: PASTORAL DA SAÚDE (PE-14) Orientações para a ação A Igreja sempre dedicou especial atenção aos doentes através da Pastoral dos Enfermos, tanto em hospitais quanto a domicílio. Porém tratava-se de um atendimento quase individualizado, limitando-se à pessoa doente e à sua família, sem questionar as causas geradoras da doença. Em nossos dias, frente às graves ameaças à vida e as condições precárias em que vive o povo brasileiro, deu-se um passo significativo através da Saúde Comunitária. Não mais se compreende, quem entendeu esta proposta, o doente isoladamente, mas ele é visto como indivíduo, família e comunidade. As ações básicas são também mais abrangentes, não se limitando apenas à cura, mas enfatizam a PROMOÇÃO, a PREVENÇÃO e RECUPERAÇÃO da saúde. É uma proposta que requer a participação das comunidades na conquista de sua saúde. E também um desafio que requer muito amor, fé e esperança. Atividades permanentes - Coordenação das atividades do setor. - Concretização dos Objetivos - Geral e Específicos. - Reuniões periódicas da Equipe de Coordenação Nacional. - Cursos de Saúde Comunitária, visando a formação de lideranças que garantam a continuidade do processo. - Assessoria a Dioceses e Paróquias. - Articulação com outras Pastorais, com as CEBs etc.

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76 Projetos Na atual biênio, entre outras atividades, a Pastoral da Saúde pretende realizar. ·Encontros com as Equipes Regionais (Coordenadores). ·Seminário para cultivo e formação de lideranças. ·Assessoria e apoio às Equipes regionais de Coordenação já constituídas. ·Formação de Equipes de Coordenação nos Regionais que ainda não se constituíram. ·Elaborar subsídios para reflexão e aprofundamento. PROGRAMA 15: PASTORAL OPERÁRIA (PE-15) No atual biênio, entre outras atividades, a Pastoral da Saúde pretende realizar: Objetivo e papel da pastoral operária A Pastoral Operária nasceu a partir da necessidade de se ter uma ação orgânica enquanto Igreja no meio operário, já que todos os movimentos e pastorais populares sofriam um desmantelamento e abafamento com o golpe militar. E, também, por uma opção de participar da caminhada da Igreja do Brasil numa perspectiva de integração com a Pastoral de conjunto. Ela nasce sendo uma Pastoral de serviço à luta dos trabalhadores. Podemos dizer que a Pastoral Operária, nestes doze anos de caminhada, deu uma contribuição importante na construção e fortalecimento das Organizações dos trabalhadores. Por causa da fragilidade e até inexistência de muitas organizações populares, a Pastoral Operária teve que assumir um papel suplementar no movimento operário: coordenando e puxando mobilizações, oposições sindicais, greves etc. Foi importante ter assumido essa perspectiva pois ela era um dos poucos espaços que os trabalhadores tinham para discutir seus problemas. É importante constatar que, já no começo, aparece claro que a Pastoral Operária não podia instrumentalizar e nem se deixar instrumentalizar, fazendo com que o trabalhador fosse o sujeito do processo através do fortalecimento de suas próprias organizações. Através da contribuição da Pastoral Operária e de muitas forças políticas, os trabalhadores criaram e fortaleceram suas próprias entidades. Com isto, as organizações dos trabalhadores, que a PO ajuda a construir, assumem a articulação da luta. Essa nova conjuntura do movimento social e a própria realidade nacional exigem uma postura diferenciada, pois a Pastoral Operária não quer ser uma tendência a mais, mas sim fermento neste meio. Na nossa última assembléia nacional colocamos que a essência (a razão de ser, o fundamento) da existência da Pastoral Operária tem por base dois motivos: 1) Ser espaço de encontro e celebração dos companheiros que tenham uma perspectiva de fé; 2) Estar dentro do campo de luta dos trabalhadores tendo a clareza de que a Pastoral Operária não seta uma instância onde se definirá as táticas e estratégias do processo de transformação da sociedade, mas estes elementos serão definidos nas instâncias dos trabalhadores, onde estaremos testemunhando nosso compromisso. Podemos dizer que na Pastoral procuramos desenvolver, basicamente, três níveis de trabalho: 1º Despertar a solidariedade de classe.

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772º Incentivar a assumir compromisso com os trabalhadores nas suas lutas e organizações, impulsionados pela Fé. 3º Ser espaço de celebração e revisão de vida da militância. Estes três níveis de trabalho são acompanhados de um trabalho de formação de militantes, na maioria das vezes, de forma não sistemática. Temos tido maior habilidade de trabalhar os dois primeiros níveis que é despertar o companheiro para luta e incentivá-lo a assumir o seu compromisso através da militância. Os nossos objetivos estão em contínuo. processo de redefinição, buscando responder ao momento histórico que vivemos, a partir de uma síntese de nossas experiências passada e presente. 1. Objetivo Geral Definido na última Assembléia Nacional da Pastoral Operária. Caminhando para a construção do Reino, queremos contribuir decisivamente na construção da Nova Sociedade, participativa, igualitária, democrática, pluralista, sem classes. Nosso instrumento principal nessa construção é a Igreja Nova, Povo de Deus que caminha, na qual surgem o Homem Novo e a Mulher Nova, antecipação dessa mesma Nova Sociedade e do Reino. 2. Objetivos Específicos (Médio Prazo) - SER TESTEMUNHO na luta a partir da nossa fé: participando das organizações dos trabalhadores para aí ser fermento, contribuindo para sua unidade. - Levar a Igreja a assumir a luta dos trabalhadores, legitimando e apoiando suas organizações. - Denunciar e anunciar a situação vivida pelos trabalhadores, suas lutas, sofrimentos e conquistas. - Capacitar os militantes para atuar nos diversos campos de atuação social, garantindo uma formação integral. - Celebrar as lutas, sofrimentos e alegrias dos trabalhadores numa perspectiva transformadora. - A partir dos nossos valores, testemunhar o homem integral. Ir construindo no nosso meio, valores que já caracterizam a Nova Mulher e o Novo Homem. - Fundamentar nossa ação no Ensino Social da Igreja -para isso popularizar os Documentos da Igreja. Atividades para o biênio 1989-1990 - Assembléia Nacional - Com delegados de todos os Estados do Brasil. - Curso Intensivo de Formação e Capacitação - Para lideranças da Pastoral Operária do Brasil, durante 20 dias. - Curso de Formação nos Regionais da PO. - Encontro de Agentes padres, freiras, bispos, religiosos) e animadores de PO. Formação desses Agentes a partir da realidade do Mundo do Trabalho. - Curso de Formação de Formadores para a PO - Dois (2) encontros no período de 989/1990. - Encontro de Companheiros que se dedicam integralmente à PO. - Encontros de Aprofundamento e Celebração da vida dos companheiros Engajados na luta dos trabalhadores. - Encontro sobre a relação Fé e Política com os companheiros que estão engajados em partidos políticos e na vida parlamentar. - Encontro com os companheiros que estão na luta Popular e Sindical. - Preparação de agentes para atuarem nas principais áreas de transformação econômica e social (Grandes Projetos).

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78PROGRAMA 16: PASTORAL DOS MIGRANTES (PE-16) Orientações para a ação As migrações no Brasil continuam sendo um fenômeno de grande relevância e graves conseqüências no campo social, econômico, político, cultural, psicológico e religioso. De forma sintética, podemos hoje elencar quatro importantes movimentos migratórios: a) migrações campo-cidade (êxodo rural), onde a expulsão do campo provoca o “inchamento” da zona urbana e a queda dos salários reais, destacando-se sobretudo o fluxo nordeste-sudeste; b) migrações para novas terras, fluxo orientado principalmente do sul para o centro-oeste e norte, em que na constituição da nova fronteira agrícola são sacrificadas milhares de famílias; c) migrações sazonais ou temporárias, deslocamentos em busca de safras agrícolas de grandes projetos, da construção civil, do garimpo etc.; d) imigração e emigração, sublinhando-se a considerável presença de latino-americanos no Brasil, em situação irregular e clandestina e o fenômeno dos “brasiguaios” (brasileiros residentes no Paraguai), que tende a se estender a outros países limítrofes. Frente a essa realidade, constituiu-se o SPM, organismo que tem como objetivo fundamental articular, em nível nacional os serviços pastorais realizados junto aos migrantes, bem como incentivar toda forma de evangelização, conscientização e organização do povo migrante na busca da Terra prometida. Na caminhada do SPM - através de suas assembléias e encontros - vem se delineando uma espécie de coluna vertebral do que poderíamos chamar de Pastoral Migratória, e que poderia ser assim resumida: combater todo e qualquer tipo de migração forçada, o que coincide com o esforço pela fixação na terra, no sentido de evitar deslocamentos compulsórios; defender o direito do migrante, onde quer que ele se localize: moradia, saúde, escola, trabalho, condições de vida digna etc.; celebrar a peregrinação desse povo com vistas à conquista da pátria definitiva. Atividades permanentes - Encontros de Migrantes: analisar a situação e buscar soluções. Os encontros são realizados em diversos níveis: local, regional, estadual e nacional. - Assembléia do Serviço Pastoral dos Migrantes (5PM), realizada a cada dois anos: partilha de experiências, revisão da prática pastoral e definição de novos rumos ditados pelas urgências da realidade e pela luz do Evangelho. - Acompanhar, estudar e analisar os fluxos migratórios mais expressivos, no sentido de uma atualização permanente de uma realidade sempre em movimento. - Socorrer as necessidades mais urgentes dos que se deslocam: acolhida, atendimento jurídico, emprego, habitação, documentação etc. - Constituir e/ou fortalecer equipes de migrantes, responsáveis, sobretudo, pela integração dos “chegantes” na comunidade, nos movimentos populares e sindicais, enfim, na vida do novo local de moradia. - Articular e assessorar pessoas, entidades, organismos, grupos e comunidades que tenham algum trabalho com migrantes, procurando assim uma pastoral “orgânica e de conjunto”. - Oferecer assessoria também no sentido de aprofundar a realidade migratória em suas causas/conseqüências e fluxos/tendências. - Estimular, em espírito missionário, as Igrejas particulares e as comunidades a uma redistribuição mais eqüitativa dos recursos humanos e materiais da Igreja no Brasil, em favor das áreas mais atingidas pelos fluxos migratórios. - No mesmo espírito missionário, promover através de programas conjuntos, a integração entre a área de origem e a área de destino dos migrantes. - Promoção anual da Semana do Migrante (que culmina com o Dia do Migrante), através da elaboração de subsídios, de cursos intensivos, de visitas especiais, de celebrações específicas. - Formação de agentes - análise de realidade, critérios evangélicos e prática pastoral - que possam assumir nas comunidades a Pastoral Migratória.

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79- Relacionar-se com entidades, organismos e pastorais que tenham afinidade, com o propósito de buscar uma caminhada conjunta (CPT, CPO, ACR, CIMI, MDF etc.). - Serviço de publicações (boletins, jornais, livretos de reflexão etc.) que mantenham os migrantes e demais interessados atualizados quanto ao fenômeno das migrações, bem como a luta dos “sem-terra, sem raiz e sem rumo”. - Recuperar a “memória viva” dos migrantes, fazendo-os perceber que sua história, embora aparentemente individual e familiar, está inserida num contexto mais amplo de expropriação/exploração/marginalização dos trabalhadores. PROGRAMA 17: PASTORAL CARCERÁRIA (PE-17) Entendemos por Pastoral Carcerária a presença atuante da Igreja nos cárceres no sentido de contribuir para a passagem de uma situação de opressão - da qual a prisão é a cristalização absoluta - para a libertação integral das pessoas encarceradas. Julgamos que a prisão, em si, é um mal, portanto, não temos a ilusão de “reformá-la” ou “humanizá-la”. Nosso objetivo é colaborar para que os presos se descubram como pessoas humanas. E a metodologia, se assim podemos dizer, é fazer com que os presos, que cada preso se Sinta profundamente amado. Só assim eles realizarão a imagem e semelhança de Deus, que é amor. E nós também. Quem tem alguma experiência de vida nos presídios sabe qual é a resposta de amor que as pessoas encarceradas são capazes de dar. Acreditamos ser este o caminho pelo qual a salvação chega aos homens e mulheres presos. “A Luta pela libertação... se tornou o caminho para a humanização, (...) caminho privilegiado para a salvação”, (Francisco Catão, O que é teologia da libertação, SP, Brasiliense, 1986, p.78)29. Atividades permanentes - Elementos (noções elementares) para uma Pastoral Carcerária, em nível de estudo bíblico-teológico. · Produzir · Difundir - Mapeamento Levantamento de quem trabalha com presos, com Pastoral Carcerária; Até junho de 1989: visitas às regionais, preparando assembléias regionais; Até segundo semestre de 1990: encontro nacional. PROGRAMA 18: PASTORAL DA MULHER MARGINALIZADA (PE -18) Objetivo geral A Pastoral da Mulher Marginalizada tem como objetivo geral, a libertação e integração da mulher vítima da prostituição, visando a construção de uma sociedade, justa e fraterna. Linhas de ação e estratégias Colaborar na descoberta e desempenho de sua missão de filha de Deus, valorizando o papel da mãe na obra da criação e construção da sociedade. Colaboração na ação educativa e saúde preventiva junto as orientações para: - Aleitamento materno - Medicina alternativa (medicina caseira) - Alimentação - Criação de creches

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80Articular, apoiar, animar as equipes e agentes que trabalham junto a P.M.M. para que os direitos da mulher sejam cumpridos e as vítimas da prostituição sejam tratadas como criaturas humanas e como tais reconhecidas, realizando: - Cursos e encontros para formação de agentes - Reciclagem -Visitas aos movimentos Criar projetos alternativos, como resposta à problemática do desemprego. Incentivar e articular o entrosamento das mulheres em outros movimentos existentes na comunidade - CEBs e outros... despertando o valor comunitário. Formar uma consciência clara de que a transformação acontece perante um trabalho promocional, libertador e evangelizador. Questionar e condicionar os objetivos dos programas públicos e governamentais de ação social quando não trazem benefícios para o povo. Proporcionar atividades como: a) cursos profissionalizantes b) alfabetização e círculos de cultura c) corte e costura e outros... Encaminhamento médico, Escolas, Creches, Entidades como: SENAI, SENAC, SESI, LBA etc. Proporcionar meios para celebrar a fé, aproveitando os tempos fortes do ano litúrgico, valorizando as devoções populares tais como romarias, procissões etc. Criar espaço para lazer, com o objetivo de explorar a cultura e a vivência fraterna, através de passeios, exposições artesanais, concursos... PROGRAMA 19: PASTORAL DOS PESCADORES E MARÍTIMOS (PE-19) Podemos resumir o nosso objetivo assim: O Conselho Pastoral dos Pescadores, movido pela força libertadora do Evangelho, tem por finalidade: a) Estimular e acompanhar a organização dos pescadores, tendo em vista a sua libertação integral e a construção de uma nova sociedade. b) Articular e dinamizar os que trabalham pastoralmente a serviço dos pescadores. Os meios, que usamos, são de um lado visitas aos pescadores nas praias; claro que isto só é possível, onde a Pastoral dos Pescadores é presente e estruturada. A solidariedade com o pobre pescador e a luta contra a pobreza aparecem como tarefas gigantescas. Pois, ser pobre não é só a situação de marginalização em que vivem os pescadores, mas também a maneira de sentir, de conhecer, de raciocinar, de fazer amigos, de amar, de crer, de sofrer, de festejar, de rezar. Comprometer-se com eles significa entrar, o mais possível, neste universo. Considerá-lo não como um local de trabalho, mas, sim, como o local de convivência. Requer-se uma grande humildade para comprometer-se realmente com os pescadores. No outro lado promovemos encontros com os pescadores em todos os níveis. A Constituinte Nacional, apesar de ter sido de elite e de ter deixado o povo por fora, aprovou o artigo de grande importância para os pescadores, e isto, até certo ponto, foi um fruto da luta dos próprios pescadores. A Colônia de Pescadores, fundada pela Marinha como órgão de classe, autônomo e livre, sem interferência do poder público.

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81 Para que esta novidade seja assimilada por todos os pescadores são importantíssimos os encontros de formação e conscientização sobre a livre associação e a autonomia. Ao mesmo tempo é uma ótima oportunidade de evangelização, liberdade de se associar ou não à Colônia, pode ser facilmente entendida como um direito a um isolamento egoísta. A verdadeira liberdade só se concretiza na medida em que as pessoas procuram viver dentro da ordem estabelecida pôr Deus e buscam a comunhão com Deus. Esta, porém, só é possível quando procuram viver em comunhão com o próximo. O próximo do pescador é o companheiro, que sofre os mesmos problemas. O Evangelho de Jesus Cristo chama o pescador à solidariedade para com o companheiro. E esta se expressa na organização da categoria e na luta comum por uma vida mais digna. Como planejamento podemos então indicar: encontros locais, estaduais e regionais dos pescadores em torno desta nova organização da categoria. Continuam os encontros de luta contra a poluição e especulação imobiliária. Para os próximos dois anos planejamos também em nível nacional dos encontros de formação e de estudo só para os agentes pastorais. Estes encontros de estudo terão sua multiplicação em nível estadual. C. COORDENAÇÃO NACIONAL PROGRAMA 20: SERVIÇOS ESPECIAIS DA PRESIDÊNCIA, SECRETARIADO GERAL, CEP E CED Este Programa prevê atividades desenvolvidas em vista dos fins próprios da Conferência, das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral e da implementação deste Plano, como um serviço aos Regionais, visando suscitar e integrar a busca e a realização de ações comuns expressivas para a missão da Igreja no Brasil. Atividades permanentes - Promover reuniões do Grupo de Assessores (GA). - Assessorar os Regionais. - Acompanhar, permanentemente, a execução dos programas deste Plano Bienal. - Dar atendimento a assuntos emergentes relacionados com os fins da CNBB. * Através da Consultoria Jurídica: - informar e manter atualizado o Episcopado em matéria jurídico-canônica por meio de respostas a consultas no Comunicado Mensal; - possibilitar o conhecimento mais aprofundado do Novo Código de Direito Canônico, através de cursos intensivos, a podido de Dioceses, Institutos Teológicos e de Institutos de Vida Consagrada; - prestar serviço de assessorai e orientação jurídica-canônica aos órgãos da CNBB e membros desta; - acompanhar e animar os Tribunais Eclesiásticos do Brasil. * Comissão Episcopal de Doutrina - CED Atividades permanentes - Incentivar e acompanhar os que se dedicam à reflexão, ensino e produção nas áreas doutrinárias de interesse para a missão da Igreja. - Fomentar, apoiar, seguir a pesquisa, publicações, cursos e encontros nesta área. - Examinar a concordância com a fé católica das publicações. - Mediar, em questões doutrinárias, o diálogo entre autores e bispos. PROJETO TÍTULO SISTEMÁTICA RESPONSÁVEL PRAZO

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82PE - 20.1. 27ª Assembléia

Geral da CNBB, 28ª Assembléia geral da CNBB.

Reuniões plenárias, Reuniões por grupos regionais, inter-regionais, comissões integradas especiais, Reuniões por grupos de estudos.

Presidência CEP, Secretariado Geral.

5 a 14/4/1989.

PE - 20.2. Conselho Permanente.

Convocação com antecedência razoável, Reuniões plenárias, Encontros por grupos constituídos segundo as conveniências.

Presidência CEP, Secretariado Geral.

(5) 22 a 25/8/1989, (6) 21 a 24/11/1989

PE – 20.3. Presidência e CEP. Reuniões: Privativa dos Bispos, Por Linhas de ação pastoral, Sessões de estudo.

Secretariado Geral. 21 a 23/2/ 1989, 14 a16/3/ 1989, 4/4/1989, 22 a 24/5/1989, 27 a 29/6/1989, 21/8/1989, 26 a 28/9/1989, 24 a 26/10/1989

PE - 20.4. Comissão Episcopal de Doutrina

Reuniões da Comissão, Publicação de cadernos de orientação doutrinal, Reflexão sobre a evangelização por ocasião do 5º Centenário, Acompanhamento da coleção Teologia e Libertação.

CED, CED com teólogos, Assessores.

9 a 11/3/1989, 26 a 28/9/1989, 1990 até dezembro.

PE - 20.5. Comissão Nacional de Pastoral.

Reuniões preparatórias, Convocação, reuniões Plenárias, Reuniões, por comissões especializadas.

CEP.

PE - 20.6. Participação dos Regionais no acompanhamento do Plano Bienal.

Encontros Nacionais de subsecretários Regionais.

Secretariado Geral. 17 a 19/5/ 1989, 17 e 18/11/1989.

PE - 20.7. Dois Encontros anuais da Presidência da CNBB e Diretoria Nacional da CRB.

Reflexão sobre temas de interesse comum, Tratamento de assuntos que interessam às duas Conferências.

Presidência, CNBB, Diretoria CRB.

30/6/1989, 27/10/1989.

PE - 20.8. Encontro da Presidência com as Conferências Episcopais da América Latina.

Tratamento de problemas pastorais comuns, especialmente de migrantes.

Presidência das Conferências.

PE - 20.9. Acompanhamento da administração econômica financeira da

Reunião do Conselho Fiscal, Reunião do Conselho Econômico.

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83CNBB.

____________________________________ Nota:1 LG 9: “Todo aquele que pratica a justiça é acolhido por Deus (cf. At 10, 35), em qualquer situação, tempo ou lugar. Deus quis entretanto santificar e salvar os homens não como simples pessoas, independentemente dos laços sociais que os unem, mas constituiu um povo para reconhecê-lo na verdade e servi-lo na santidade. Escolheu então o povo judeu, fez com ele uma aliança e o foi instruindo gradativamente. Manifestou-se-lhe revelando sua vontade através da história e o santificando para si. Tudo isso, porém, era preparação e prenúncio da nova aliança, perfeita, a ser realizada em Cristo, Revelação plena, que seria selada pelo próprio Verbo de Deus encarnado. Virão os dias, diz o Senhor, que farei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma nova aliança... Colocarei minha lei em seu peito e a escreverei em seu coração. Serei o Deus deles e eles serão o meu povo... Porque todos, grandes e pequenos, me conhecerão (Jr 31, 31-34). Foi Cristo quem instituiu essa nova aliança, testamento novo, firmado com seu sangue (cf. 1Cor 11, 25), reunindo judeus e pagãos na unidade de um só povo, não segundo a raça, mas segundo o Espírito: o povo de Deus. Os fiéis renascem em Cristo pela palavra de Deus vivo (cf. 1Pd 1, 23), que não está sujeita à corrupção como o está a geração humana. Renascem não da carne, mas pela água e pelo Espírito Santo (cf. Jo 3, 5-6). Constituem, assim, uma raça eleita, sacerdócio régio, nação santa e povo adquirido (...) que antes não era povo, mas se tornou povo de Deus (1Pd 2, 9-10). Cristo é a cabeça desse povo messiânico. Foi entregue à morte pelos nossos pecados, mas ressuscitou, para nos tornar justos (cf. Rm 4, 25). Seu nome reina agora gloriosamente no céu, acima de todo nome. A condição desse povo messiânico é a da dignidade e da liberdade dos filhos de Deus, em cujo coração habita, como num templo, o Espírito Santo. Sua lei é o mandamento novo: amar assim como Cristo nos amou (cf. Jo 13, 34). Seu objetivo, o reino de Deus iniciado na terra pelo próprio Deus e destinado a crescer até o fim dos séculos. Deus então o consumará com a vinda de Cristo, nossa vida (cf. Cl 3, 4) e a libertação da criatura da escravidão da corrupção, para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus (Rm 8, 21). É verdade que o povo messiânico não reúne, de fato, todos os homens. Às vezes parece até não ser senão um grupo insignificante. Mesmo assim é princípio eficaz de unidade, esperança e salvação para todo o gênero humano. Cristo o estabeleceu na comunhão da vida, do amor e da verdade. Assumiu-o como instrumento de redenção universal e o estabeleceu como luz do mundo e sal da terra (cf. Mt 5, 13-16), enviando-o a todo o universo. Caminhando no deserto, Israel merece, desde então, o nome de igreja de Deus (cf. Esd 13, 1; Nm 20, 4; Dt 23, 1). Da mesma forma, o novo Israel, que caminha na história, em direção à cidade futura que não passa (cf. Hb 13, 14), pode ser chamado igreja de Cristo (cf. Mt 16, 18), pois foi adquirido com seu sangue (cf. At 20, 28) e Cristo o cumulou de seu Espírito, dotando-o de todos os recursos necessários ao convívio social visível. Deus constituiu como igreja a reunião de todos os que reconhecem Jesus como autor da salvação, princípio de unidade e de paz. A Igreja é assim, para todos e para cada um dos homens em particular, o sacramento visível da unidade da salvação: estende-se a todas as latitudes e penetra toda a história humana, sem deixar de transcender a todos os tempos e limites. A Igreja se alimenta da força da graça de Deus que lhe foi prometida pelo Senhor e caminha assim através de muitas tentações e sofrimentos. Apesar da fraqueza da carne, não deixará de ser fiel a seu Senhor, como esposa digna. Renova-se constantemente sob a ação do Espírito Santo, até que chegue, através da cruz, ao dia sem ocaso da ressurreição”. Nota:2 cf. CNBB, Diretrizes Básicas da Formação dos Presbíteros na Igreja do Brasil, Doc. 30, n.54. Nota:3 Puebla, 433: “A Igreja se encontra pois diante do desafio de renovar sua evangelização, de modo que possa ajudar aos fiéis a viver sua vida cristã no quadro dos novos condicionamentos que a sociedade urbano-industrial cria para a vida de santidade; para a oração e a contemplação; para as relações entre os homens, que se tornam anônimas e arraigadas no meramente funcional; para uma nova vivência do trabalho, da produção e do consumo”. Nota:4 CR, 129: “Sempre mais se impõe uma educação permanente da fé que acompanhe o homem por toda a vida e se integre em seu crescimento global. A comunidade catequizadora velará zelosamente para que isso aconteça de fato, estabelecendo uma organização adaptada e eficaz que empenhe na atividade catequética as pessoas, os meios, os instrumentos e os recursos financeiros necessários (CT 63; cf. Diretrizes Gerais da CNBB 1974-78, p. 59; P 998; Sínodo de 1977, proposição 15)”. Nota:5 CT, 63: “E dirijo-me em primeiro lugar ao meus Irmãos Bispos: o Concílio Vaticano II já vos recordou explicitamente as vossas tarefas no campo da catequese, como também os Padres da IV Assembléia Geral do Sínodo as acentuaram com vigor. Na verdade, quanto a este ponto, vós, caríssimos Irmãos, tendes uma missão particular nas vossas Igrejas; vós sois aí os primeiros responsáveis pela catequese, os catequetas por excelência. Depois, a vós juntamente com o Papa, no espírito da colegialidade episcopal, incumbe a responsabilidade pela catequese na Igreja inteira. Permiti, pois, que eu vos fale com o coração aberto. Eu sei que tendes de arrostar com um ministério episcopal cada dia mais complexo e sobrecarregado. Mil e um compromissos vos solicitam, desde a formação de novos sacerdotes à presença ativa no meio das comunidades dos fiéis, e desde a celebração vivida e digna do culto e dos sacramentos ao cuidado da promoção humana e da defesa dos direitos do homem. Pois bem: que a preocupação de promover uma catequese ativa e eficaz não ceda nada frente a qualquer outra preocupação seja ela qual for. Uma tal solicitude vos levará a transmitirdes vós próprios a doutrina da vida aos vossos fiéis. Mas o mesmo cuidado deve levar-vos a assumir nas vossas Dioceses, em correspondência com os planos da Conferência Episcopal de que vós fazeis parte, a superior direção da catequese, rodeando-vos de colaboradores competentes e merecedores de confiança. O vosso papel

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84principal deve ser o de suscitar e alimentar nas vossas Igrejas uma verdadeira paixão pela catequese; uma paixão, porém, que se encarne numa organização adaptada e eficaz, que empenhe na atividade as pessoas, os meios e os instrumentos e também os recursos financeiros necessários. Podeis ter a certeza disto: se a catequese for bem feita nas vossas Igrejas locais, tudo o mais será feito com maior facilidade. Por outro lado e não seria necessário que eu vo-lo dissesse se o vosso zelo tiver de vos impor algumas vezes a tarefa ingrata de denunciar desvios, corrigir erros, ele deve proporcionar-vos muito mais freqüentemente a alegria e a consolação de ver as vossas Igrejas florescentes, porque a catequese aí é dada como o quer o Senhor”. Nota:6 CT, 63: “E dirijo-me em primeiro lugar ao meus Irmãos Bispos: o Concílio Vaticano II já vos recordou explicitamente as vossas tarefas no campo da catequese, como também os Padres da IV Assembléia Geral do Sínodo as acentuaram com vigor. Na verdade, quanto a este ponto, vós, caríssimos Irmãos, tendes uma missão particular nas vossas Igrejas; vós sois aí os primeiros responsáveis pela catequese, os catequetas por excelência. Depois, a vós juntamente com o Papa, no espírito da colegialidade episcopal, incumbe a responsabilidade pela catequese na Igreja inteira. Permiti, pois, que eu vos fale com o coração aberto. Eu sei que tendes de arrostar com um ministério episcopal cada dia mais complexo e sobrecarregado. Mil e um compromissos vos solicitam, desde a formação de novos sacerdotes à presença ativa no meio das comunidades dos fiéis, e desde a celebração vivida e digna do culto e dos sacramentos ao cuidado da promoção humana e da defesa dos direitos do homem. Pois bem: que a preocupação de promover uma catequese ativa e eficaz não ceda nada frente a qualquer outra preocupação seja ela qual for. Uma tal solicitude vos levará a transmitirdes vós próprios a doutrina da vida aos vossos fiéis. Mas o mesmo cuidado deve levar-vos a assumir nas vossas Dioceses, em correspondência com os planos da Conferência Episcopal de que vós fazeis parte, a superior direção da catequese, rodeando-vos de colaboradores competentes e merecedores de confiança. O vosso papel principal deve ser o de suscitar e alimentar nas vossas Igrejas uma verdadeira paixão pela catequese; uma paixão, porém, que se encarne numa organização adaptada e eficaz, que empenhe na atividade as pessoas, os meios e os instrumentos e também os recursos financeiros necessários. Podeis ter a certeza disto: se a catequese for bem feita nas vossas Igrejas locais, tudo o mais será feito com maior facilidade. Por outro lado e não seria necessário que eu vo-lo dissesse se o vosso zelo tiver de vos impor algumas vezes a tarefa ingrata de denunciar desvios, corrigir erros, ele deve proporcionar-vos muito mais freqüentemente a alegria e a consolação de ver as vossas Igrejas florescentes, porque a catequese aí é dada como o quer o Senhor”. Nota:7 cf. Comunicado Mensal de dezembro 1986, p.1728-1732. Nota:8 cf. CR, 143: “A comunidade deve prestar particular atenção e procurar meios adequados para ir ao encontro das necessidades catequéticas daquelas categorias de pessoas que, por sua condição de vida, mais dificilmente podem participar da vida normal da comunidade cristã. Lembramos sobretudo migrantes, menores abandonados, anciãos, motoristas, operários com turno especial de trabalho, encarcerados, prostitutas, bóias-frias etc.”. Nota:9 CR, 154: “Em primeiro lugar, recordamos que o uso dos manuais não deve substituir a leitura da Bíblia, livro de Catequese por excelência, mas orientar para ela. A própria Bíblia, com a extrema riqueza e variedade de gêneros literários, sugere que também em nossa Catequese haja recurso a expressões estéticas e literárias diversificadas, que ofereçam diferentes caminhos de aprendizagem e múltiplas possibilidades de apresentação da mensagem”. Nota:10 cf. SC, 10: “Mas a liturgia é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de que promana sua força. Os trabalhos apostólicos visam a que todos, como filhos de Deus, pela fé e pelo batismo, se reúnam para louvar a Deus na Igreja, participar do sacrifício e da ceia do Senhor. A liturgia também leva os fiéis a serem unânimes na piedade, depois de participarem dos sacramentos pascais, para que na vida conservem o que receberam na fé. A liturgia renova e aprofunda a aliança do Senhor com os homens, na eucaristia, fazendo-os arder no amor de Cristo. Dela, pois, especialmente da eucaristia, como de uma fonte, derrama-se sobre nós a graça e brota com soberana eficácia a santidade em Cristo e a glória de Deus, fim para o qual tudo tende na Igreja. Em primeiro lugar, recordamos que o uso dos manuais não deve substituir a leitura da Bíblia, livro de Catequese por excelência, mas orientar para ela. A própria Bíblia, com a extrema riqueza e variedade de gêneros literários, sugere que também em nossa Catequese haja recurso a expressões estéticas e literárias diversificadas, que ofereçam diferentes caminhos de aprendizagem e múltiplas possibilidades de apresentação da mensagem”. Nota:11 LG,1: “O concílio deseja ardentemente iluminar todos os homens com a claridade de Cristo, luz dos povos, que brilha na Igreja, para que o Evangelho seja anunciado a todas as criaturas (cf. Mc 16, 15). A Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da união com Deus e da unidade de todo o gênero humano. Insistindo no tema dos concílios anteriores, ela quer manifestar, tanto aos fiéis como ao universo inteiro, com redobrado vigor, sua natureza e sua missão universal. Nos dias de hoje, os homens estão profundamente ligados uns aos outros pelos laços sociais, pela interdependência técnica e pela cultura. Torna-se então mais urgente o dever que tem a Igreja de promover a unidade perfeita de todos, em Cristo”. Nota:12 A atitude da Igreja perante os que seguem outras Religiões. Reflexões e Orientações sobre o Diálogo e Missão, Pentecostes 1984, L' Osservatore Romano ed. port. 12/08/84, p.4s. Nota:13 UR, 1: “Promover a reintegração de todos os cristãos na unidade é um dos principais objetivos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Embora a Igreja tenha sido fundada por Cristo como única, diversas comunhões cristãs

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85se propõem hoje como a verdadeira herança de Jesus Cristo. Todos se dizem discípulos do Senhor, mas têm sentimentos diversos e seguem caminhos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido. Essas divisões, evidentemente, contrariam a vontade de Cristo, são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho a toda a criatura. Sábia e pacientemente, o Senhor dos séculos persegue os objetivos de sua graça. Ultimamente começou a provocar com maior intensidade, entre os cristãos separados, a dor espiritual pelas separações e o ardente desejo de se unirem. Um número cada vez maior de pessoas foi tocado por essa graça. Surgiu assim, entre os irmãos separados, por inspiração do Espírito Santo, um movimento em favor da restauração da unidade entre todos os cristãos. Desse movimento em prol da unidade, denominado ecumênico, participam todos os que invocam o Deus Trino, confessam que Jesus é Senhor e Salvador, não de cada um de nós em separado, mas das comunidades em que estamos reunidos, em que se ouve o Evangelho, nossa Igreja e de Deus. Embora de maneiras diversas, quase todos aspiram a uma Igreja una, visível, universal de fato, enviada a todo o mundo para que o mundo se converta ao Evangelho e assim seja salvo, para a glória de Deus. Alegrando-se com tudo isso, o concílio, depois de declarar a doutrina da Igreja, movido pelo desejo de restaurar a unidade entre todos os discípulos de Cristo, decidiu propor a todos os católicos subsídios, caminhos e maneiras de agir para que também eles, por vocação divina, possam corresponder a essa graça”. Nota:14 DM, 20: “O diálogo não brota de oportunismos táticos do momento, mas sim de razões que experiência, a reflexão, bem como as próprias dificuldades, foram aprofundando”. Nota:15 A Igreja, todavia sente-se empenhada no diálogo sobretudo por causa da sua fé: A revelação faz-nos entrever no mistério trinitário uma vida de comunhão e de intercâmbio. Em Deus Pai nós contemplamos um amor preveniente, sem limites de espaço nem de tempo. O universo e a história estão repletos dos seus dons. Todas as realidades e todos os acontecimentos estão envolvidos pelo seu amor. Apesar da manifestação, por vezes violenta, do mal, nas vicissitudes de cada homem e de cada povo está presente a força da graça que eleva e redime. A Igreja tem o dever de descobrir, trazer à luz, fazer amadurecer a riqueza que o Pai escondeu na criação e na história, não só celebrar a glória de Deus na sua liturgia, mas também para promover a circulação, entre todos os homens, dos dons do Pai”. Nota:16 DM 9 10, 11: “9. Deus é amor (1Jo 4,8.16). O seu amor salvífico foi revelado e comunicado aos homens em Cristo e está presente e ativo mediante o Espírito Santo. A Igreja deve ser o sinal vivo deste amor de modo a torná-lo norma de vida para todos. Querida por Cristo, a missão da Igreja é uma missão de amor, pois que é nele que encontra a origem, o fim e a modalidade de exercício (cf. AG 2-5, 12; EN 26). Cada aspecto e cada atividade da Igreja devem, portanto, estar impregnados de caridade, exatamente por fidelidade a Cristo, que ordenou a missão e que continua a animá-la e a torná-la possível na história. 10. A Igreja, como sublinhou o Concílio, é povo messiânico, assembléia visível e comunidade espiritual, povo peregrinante, a caminho, com toda a humanidade, com a qual compartilha a experiência. Deve ser fermento e alma da sociedade para renová-la em Cristo e torná-la família de Deus (cf. Lg 9; Gs 9, 40). Este povo messiânico tem por lei o novo mandamento, o de amar assim como o próprio Cristo nos amou, e tem por fim o Reino de Deus, começado na terra pelo próprio Deus (LG 9). A Igreja peregrina é, pois, por sua natureza, missionária(AG 2, cf. 6, 35, 36). A dimensão missionária é, para cada cristão, uma expressão normal da sua fé vivida. 11. A missão da Igreja realiza-se, pois, mediante a atividade pela qual, obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torna atual e plenamente presente a todos os homens e povos... (AG 5). Esta tarefa é única, mas realiza-se de diversos modos, de acordo com os condicionamentos em que se exerce a missão. Esses condicionamentos tanto podem depender da Igreja como dos povos, dos agrupamentos ou até dos indivíduos a quem a missão se dirige... A cada condicionamento e a cada situação devem corresponder ações apropriadas ou meios aptos... O fim próprio desta atividade missionária é a evangelização e a implantação da Igreja nos povos ou grupos em que ainda não está radicada (AG 6). Outras passagens do mesmo Concílio sublinham que a missão da Igreja é também trabalhar para a extensão do Reino e dos seus valores entre todos os homens (cf. LG 5, 9; 35; GS 39, 40-45, 91, 92; UR e; DH 14; AA 5). Nota:17 DM 22, 23, 24: “22. A Igreja, todavia sente-se empenhada no diálogo sobretudo por causa da sua fé: A revelação faz-nos entrever no mistério trinitário uma vida de comunhão e de intercâmbio. Em Deus Pai nós contemplamos um amor preveniente, sem limites de espaço nem de tempo. O universo e a história estão repletos dos seus dons. Todas as realidades e todos os acontecimentos estão envolvidos pelo seu amor. Apesar da manifestação, por vezes violenta, do mal, nas vicissitudes de cada homem e de cada povo está presente a força da graça que eleva e redime. A Igreja tem o dever de descobrir, trazer à luz, fazer amadurecer a riqueza que o Pai escondeu na criação e na história, não só celebrar a glória de Deus na sua liturgia, mas também para promover a circulação, entre todos os homens, dos dons do Pai. 23. Em Deus Filho é-nos dada a Palavra e a Sabedoria, onde tudo preexiste e subsiste desde todo o sempre. Cristo é o Verbo que ilumina todo o homem, porque nele se manifesta ao mesmo tempo o mistério de Deus e o mistério do homem (cf. RH 8, 10, 11, 13). Ele é o Redentor presente com a graça em cada encontro humano, para libertar-nos do nosso egoísmo e fazer-nos amar uns aos outros como ele nos amou. Cada homem, sem exceção alguma escreve João Paulo II foi redimido por Cristo, e com o homem, com todo e qualquer homem, sem nenhuma exceção, Cristo está de algum modo unido, mesmo quando esse homem não é disso consciente. Cristo, morto e ressuscitado por todos, dá sempre ao homem a cada homem e a todos os homens luz e força para responder à sua suprema vocação (RH 14). 24. Em Deus Espírito Santo, a fé faz-nos entrever aquela força de vida, de movimento e de regeneração perene (cf. LG 4) que age na profundidade da consciência, e acompanha o caminho secreto dos corações em direção à

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86Verdade (cf. GS 22). Espírito que atua mesmo para além dos confins visíveis do Corpo Místico... (RH 6; cf. LG 16; GS 22; Ag 15); Espírito que antecipa e acompanha o caminho da Igreja, a qual, em conseqüência, se sente comprometida em discernir os sinais da sua presença, a segui-lo aonde quer que Ele a conduza, e a servi-lo como colaboradora humilde e discreta”. Nota:18 DM, 13: “A missão apresenta-se, na consciência da Igreja, como uma realidade unitária, mas complexa e articulada. Podem ser indicados os seus elementos principais. A missão é constituída já pela simples presença e pelo testemunho vivo da vida cristã (cf. EN 21), mesmo se se deve reconhecer que levamos este tesouro em vasos de argila(2Cor 4,7), e por isso a diferença entre o modo como o cristão aparece, existencialmente, e aquilo que afirma ser, nunca desaparece. Há, depois, o empenho concreto ao serviço dos homens e toda atividade de promoção social e de luta contra a pobreza e as estruturas que a provocam. Há a vida litúrgica, a oração e a contemplação, testemunhas eloqüentes de uma relação viva e libertadora com o Deus vivo, e verdadeiro que nos chama ao seu Reino e à sua glória (cf. At 2,42). Há o diálogo, no qual os cristãos encontram os que seguem outras tradições religiosas para caminhar em conjunto em direção à verdade e colaborar em ações de interesse comum. Há o anúncio e a catequese, quando se proclama a boa notícia do Evangelho e se aprofundam as suas conseqüências para a vida e para a cultura. Tudo isto faz parte do conceito amplo de missão”. Nota:19 Puebla, 1064: “A comunicação, como ato social vital, nasce com o próprio homem e tem sido potencializada na época moderna mediante poderosos recursos tecnológicos. Por conseguinte, a evangelização não pode prescindir, hoje em dia, dos meios de comunicação”. Nota:20 cf. Puebla, 1063: “A evangelização, anúncio do Reino, é comunicação: portanto, a comunicação social deve ser levada em conta em todos os aspectos da transmissão da Boa Nova”. Nota:21 Puebla, 1083: “Urge que a hierarquia e os agentes pastorais em geral conheçam, compreendam e experimentem mais a fundo o fenômeno da comunicação social, a fim de que se adaptem às respostas pastorais a esta nova realidade e se integre a comunicação na pastoral de conjunto”. Nota:22 Puebla, 1085: “A tarefa de formação no campo da comunicação é uma ação prioritária. Portanto, urge formar neste campo todos os agentes da evangelização”. Nota:23 cf. EN, 18: “Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: “Eis que faço novas todas as coisas”. No entanto não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo e da vida segundo o Evangelho. A finalidade da evangelização, portanto, é precisamente esta mudança interior; e se fosse necessário traduzir isso em breves termos o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente firmada na potência divina da mensagem que proclama, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios”. Nota:24 cf. Medellín, 4,II,2: “Como toda libertação já é uma antecipação da plena redenção de Cristo, a Igreja na América Latina sente-se particularmente solidária com todo esforço educativo tendente a libertar nossos povos. Cristo pascal, imagem do Deus invisível, é a meta e o desígnio que Deus estabelece para o desenvolvimento do homem, para que alcancemos todos a medida da idade madura da plenitude de Cristo. Por isso, todo crescimento em humanidade capacita-nos a reproduzir a imagem do Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos. A Igreja, no que se refere à sua missão específica, deve promover e fomentar a educação cristã a que todos os batizados têm direito, para que alcancem a maturidade de sua fé. Enquanto servidora de todos os homens, a Igreja busca por meio de seus membros, especialmente pelos leigos, colaborar nas tarefas de promoção cultural humana sob todas as formas que interessam à sociedade. No exercício desse direito e serviço, juntamente com os demais setores responsáveis, a obra educadora da Igreja não deve ser obstaculizada por discriminações de qualquer espécie. Esta é a visão alentadora que, sobre a educação na América Latina, apresenta hoje a Igreja. Ela, isto é, todos os cristãos, empregarão seus esforços, com humildade, desinteresse e desejo de servir, na tarefa de criar a nova educação exigida pelos nossos povos, neste despertar de um novo mundo”. Nota:25 cf. Puebla 1308: “É necessário criar no homem latino-americano uma sã consciência social, um sentido evangélico crítico face à realidade, um espírito comunitário e um compromisso social. Tudo isto tornará possível uma participação livre e responsável, em comunhão fraterna e dialogante, para a construção da nova sociedade, verdadeiramente humana, penetrada de valores evangélicos. Ela deve ser modelada em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e dar resposta aos sofrimentos e aspirações de nossos povos, cheios de uma esperança que não poderá ser iludida”. Nota:26 cf. Puebla, 1308: “É necessário criar no homem latino-americano uma sã consciência social, um sentido evangélico crítico face à realidade, um espírito comunitário e um compromisso social. Tudo isto tornará possível uma participação livre e responsável, em comunhão fraterna e dialogante, para a construção da nova sociedade, verdadeiramente humana, penetrada de valores evangélicos. Ela deve ser modelada em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e dar resposta aos sofrimentos e aspirações de nossos povos, cheios de uma esperança que não poderá ser iludida”. Nota:27 cf. Puebla, 440: “Um questionamento crítico e construtivo do sistema educativo na América Latina”. Nota:28

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87cf. Medellín, 5,11: “Vê, portanto, na juventude o contínuo recomeço e a persistência da vida, ou seja, uma forma de superação da morte. Isso não tem apenas um sentido biológico mas também sociocultural, psicológico e espiritual. De fato, diante das culturas que mostram sinais de velhice e caducidade, a juventude está sendo chamada a trazer uma revitalização; a manter uma ‘fé na vida’ a conservar sua ‘faculdade de se alegrar com o que começa’. Ela tem a tarefa de reintroduzir constantemente o ‘sentido da vida’. Renovar as culturas e o espírito significa trazer e manter vivos novos sentidos da existência. A juventude está, pois, chamada a ser perene ‘reatualização da vida’.” Nota:29 Francisco Catão, O que é teologia da libertação, SP, Brasiliense, 1986, p.78.