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Conhecendo a Caatinga pelas Árvores Pedro Sérgio Moreira Leão

Conhecendo a Caatinga pelas Árvores

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Escrever este prefácio é uma honra para mim. Conhecer e reconhecer a importância do bioma da caatinga é vital para a preservação das espécies de animais e plantas. As árvores estão adaptadas ao clima semi árido e a pouca pluviosidade classificando como um dos mais difíceis habitats do planeta. Nós que moramos na região do Vale Jaguaribano em Quixeré devemos estar imbuídos de manter vivas estas espécies que estão adequadas ao clima semi-árido. Este livro constitui-se produções dos alunos a cerca das plantas da nossa caatinga que fazem parte do convívio social da nossa comunidade. Em seus textos estão colocadas varias características das plantas e de seus usos pelo homem. Raimundo Renalt de Sousa Professor Coordenador do Laboratório de Informática

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Page 1: Conhecendo a Caatinga pelas Árvores

Conhecendo a Caatinga pelas

Árvores

Pedro Sérgio Moreira Leão

Page 2: Conhecendo a Caatinga pelas Árvores

AUTORES

PEDRO SERGIO MOREIRA LEÃO

CO-AUTORES

Alessandra de Sousa Nunes

Amilton Ribeiro Nogueira

Aliny Fonseca Araújo

Benisia Cunha Sousa

Carlos Alexandre Ribeiro Sousa

Deyvid Fonseca Araújo

Édla Maria de Sousa

Elton Lemos Sousa Araújo

Francisco Weberton Sousa Freitas

Jaqueline Santos Moreira

Jonh Lennon Xavier de Melo

Laelton Ribeiro da Silva

Lucas Nogueira Xavier

Luciene Almeida Sousa

Maria Isabelle de Sousa Brito

Maria Suela da Silva

Maria Veridiana Xavier da Silva

Marilia de Sousa Brito

Naiara Patricia Silva Sousa

Rute de Jesus Sousa

Sandy Ellen Nascimento Ferreira

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Prefácio

Escrever este prefácio é uma honra para mim. Conhecer e reconhecer a importância do bioma da caatinga é vital para a preservação das espécies de animais e plantas. As árvores estão adaptadas ao clima semi árido e a pouca pluviosidade classificando como um dos mais difíceis habitats do planeta.

Nós que moramos na região do Vale Jaguaribano em Quixeré devemos estar imbuídos de manter vivas estas espécies que estão adequadas ao clima semi-árido.

Este livro constitui-se produções dos alunos a cerca das plantas da nossa caatinga que fazem parte do convívio social da nossa comunidade. Em seus textos estão colocadas varias características das plantas e de seus usos pelo homem.

Raimundo Renalt de SousaProfessor Coordenador do Laboratório de Informática

Agradecimento

Agradeço a todos os Professores e ao Núcleo Gestor da Escola Manoel de Castro Filho pelo incentivo dado aos alunos para a produção deste livro. Também não

poderia deixar de citar os nomes das coordenadoras do NTE da 10ª Crede Eliana, Monalisa e Fátima.

Correção Ortográfica.

PCA de Linguagens e códigosMaria Josenir da Silva Nascimento

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Sumário

Oiticica....................................................................................... 01

Mamona ..................................................................................... 02

Jucá ............................................................................................ 03

Aroeira ....................................................................................... 04

Juazeiro ...................................................................................... 05

Pereiro......................................................................................... 06

Cumaru ....................................................................................... 07

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Oiticica

O nome popular é Oiticica e o nome científico Licania Rígida Benth. É uma árvore de folhagem perene que pode atingir até 15m de altura, com tronco principalmente curto (3-4m)logo se ramificando em copa muito ampla, longa, com forma de guarda-chuva, os ramos são quase horizontais. Tem casca de cor cinza, largando lâminas irregulares. Folhas alternadas de consistência cariácia, que produz ao toque um tom quase metálico por causa da rigidez, a cor é verde, listrada por cima, esbranquiçada, fosca, áspera, com nervuras bem pronunciadas por baixo. Flores amarelas, de 3 mm de diâmetro, dispostas em espigas ramosas, com 8-10 ou mais ramos de 20-25cm de comprimento, terminais, fruto, drupa oblonga, de 3-7cm,de casca verde, mesmo quando maduro, tornando-se amareladas, cheiro pouco agradável e fibrosa. A madeira, dura, branca, tornando-se escura no decorrer do tempo, de fibras entrelaçadas, é muito resistente ao esmagamento. As raízes são profundas.

As pessoas conhecem a Oiticica do fato de ser sempre verde, a copa ampla e larga com folhas grande, duras e com nervuras bem aparente. Ocorrência: No ceará pode ser encontrada nos Estados do Piauí, Rio grande do norte, e na Paraíba e nos outros Estados do norte até a Bahia.

Fenologia: Não perde a folhagem na estação seca, emite brotação nova nos meses de março a junho de junho até outubro surge a floração nas pontas dos brotos, a abertura das flores coincide com a época mais seca do ano e as floradas são contínuas durante quase 100 dias, com cada florificando aberta por 4 dias, as frutinhas começam a crescer rapidamente, a primeira casca oca por dentro mede de 3 a 4 cm, a amêndoa, se desenvolve e enche o espaço interior da casca. De novembro até janeiro-fevereiro a fruta se completa, amadurece e cai.

A frutificação aparece depois 5-10 anos de idade. Utilidade: Na construção de casas, na indústria, na fabricação de tintas de automóvel e tintas de impressoras, jato de tintas, além de vernizes, biodiesel e apicultura e na produção de sabão, podendo ser utilizado também como planta medicinal, suas folhas servem para o tratamento de diabetes.

Importância cultural: O nome indígena mostra o profundo e antigo enraizamento dessa planta na cultura dos habitantes do nordeste. Hoje, a Oiticica continua sendo uma espécie de múltiplos usos para o homem e tem papel importante no ecossistema, fornecendo alimento para as abelhas na época seca, durante 3 meses quando tem poucas plantas florindo na caatinga. Seus frutos alimentam vários animais, servem para vários fins, até a década de 80, produzindo muito no nordeste. No futuro essa planta pode ser uma fonte muito interessante de renda adicional, já que é constante demanda para produtos natural, não só no exterior mas também no Brasil.

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Mamona

Nome botânico é Ricinus communis e seu nome popular é Mamona. Dela surgiu um programa de biodiesel que pode ser produzido nas regiões semi-áridas do nordeste. Características: Arbusto pouco lenhoso, copado, de 1 a 4 metros de altura. Há formas de folhas verdes e outras arroxeadas.

Propagação: Na beira de estradas, taperas, depósito de lixo, etc., geralmente não inundáveis, em solos argilosos ou arenosos, geralmente férteis.

Fenologia: Terrenos baldios, áreas agrícolas, proximidades das habitações rurais ou terrenos recentemente revolvidos e aterros de lixo, onde, por vezes, pode formar pequenos agrupamentos. Invade também ambientes ciliares, deslocando plantas nativas.

Utilidade: Óleos vegetais, matéria prima para o Biodiesel.

EQUIPE: WEBERTON, JACQUELINE E BENISIA.

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Jucá

O nome científico da jucá é Caesalpinia Ferrea. Jucá é o nome popular de uma árvore da família das Fabáceas ( ex-Leguminosas), sub-família das Cesalpiniá-ceas. Trata-se de uma árvore com até 20 metros de altura, tronco de 40 a 60 cm de diâmetro, casca acinzentada, lisa e fina.

Suas flores são pequenas, amarelas e brilhantes. Seu fruto é preto-avermelhado, chato, que ao amadurecer torna-se negro e chocolate, porque as sementes se soltam no seu interior. Cada fruto contém até 10 sementes, elipsóides, amarelas ou marrons, muito duras.Árvore mediana de caule liso, castanho com manchas esbranquiçadas, folhas compostas, bipinadas, alternas, de pínulas opostas, flores zigomorfas, amareladas, com estrias avermelhadas, em panículas terminais.

Ela é originária do Brasil, da região da mata atlântica. Pertence à família das Leguminosae-Caesalpinoideae. Pode chegar até 15 metros de altura. Ela é usada pelo homem no fornecimento de madeira de boa qualidade, dura, compacta, rígida, variando da cor vermelha ao quase preto, de longa durabilidade, que é utilizada na construção civil.

Finalidade terapêutica: Pedaços da madeira desta árvore, em cozimento, resultam num remédio largamente utilizado no interior do Nordeste para a cicatrização de feridas e para promover a expectoração em casos de afecções catarrais. Dizem que o chá das favas desta árvore é poderoso afrodisíaco. Partes Usadas : Vagens e casca da árvore.

Uso Popular : O chá da casca serve para infecções bronco pulmonares e diabetes (o chá sem açúcar). A tintura das vagens serve para contusões e cólicas intestinais. É usada para combater a asma, tosse amigdalite.

Importâncias culturais pela densidade da madeira, o lenho do Jucá era a madeira preferida pelos indígenas para a fabricação de tacapes. Pela semelhança do tronco, que se encontra a maior parte do tempo descascado, das folhas e da copa, o Jucá é muito confundido com a árvore denominada "pau-ferro" (Dallium ferrum), que tem um exemplar no Bosque Sonho do Carneiro e verbete específico. Ocorrência: É comum na Amazônia, mas originário do Nordeste do Brasil.

EQUIPE: SANDY ELLEN, ANA GABRIELE, MARÍLIA.

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Pau branco

Nome Popular: pau-branco, árvore decídua na estação seca com altura variando de 6 a 8m. Nome cientifico é Auxemma oncocalyx tem caule com casca acinzentada e manchas escuras, apresentando placas pequenas e fixas com diâmetro superior a 30cm. A copa é globosa e as folhas simples de até 18cm, alternas, lanceoladas, pilosas e de consistência coriácea. Inflorescência do tipo cimeira escorpióide, com flores hermafroditas, pequenas, alvas, perfumadas e com cálice e corola campanulados, formados por cinco peças cada.

Frutos do tipo núcula indeiscente, glabro, de coloração marrom, com 2 cm de comprimento, contendo quatro sementes sendo, em geral, apenas duas normais. As sementes são alvas e de tegumento fino, a reprodução ocorre durante a estação chuvosa.

Apresenta distribuição restrita ao Nordeste. É frequente no Ceará, mas ocorrem em alguns municípios do Rio Grande do Norte como também nos estados da Paraíba e Bahia. É considerada como uma espécie endêmica da vegetação da caatinga.

Além de áreas de vegetação de caatinga esta espécie também ocorre em pontos da região litorânea, que contém uma vegetação distinta denominada mata de tabuleiro. Auxemma oncocalyx ocorre, naturalmente, em vários tipos de solos, com exceção dos solos extremamente rasos e mal drenados, desenvolvendo-se melhor nos solos profundos e não muito secos.

Clima tropical chuvoso, de savana, quente, com inverno seco, do sul do Ceará, no norte de Minas Gerais e em partes do Rio Grande do Norte. Semi-árido, tipo estepe, muito quente, com estação chuvosa no verão que se atrasa para o outono, podendo não ocorrer no Ceará e no Rio Grande do Norte.

A espécie é de elevado valor madeireiro e tem uso múltiplo na região, sendo utilizados para marcenaria (mobiliário fino), tabuados, vigamentos, estacas, mourões, caibros, baús, caixões para cereais, ripas e construção pesada. Além disso, tem valor forrageiro, servindo de alimento para vertebrados (caprinos, roedores e aves) e invertebrados (coleópteros, dípteros, lepidópteros e hemípteros), devido, sobretudo ao alto valor protéico e lipídico de seus frutos.

Tem valor medicinal, pois suas flores são ricas em alantoína; valor ornamental, particularmente na arborização; e valor agro florestal, sendo utilizada como quebra vento nas plantações, além se ser utilizada em reflorestamento de áreas degradadas.

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O mercado de comercialização não é organizado, sendo a exploração do tipo extrativista. É uma espécie que requer fomento para o desenvolvimento de estudos científicos, sobretudo de propagação vegetativa e controle de ataques por fungos.

Em condições de campo, o cultivo é feito em canteiros semi-sombreados, contendo solo argiloso enriquecido com esterco e utilizando-se diretamente o fruto, por ser difícil a remoção da semente do interior do mesmo.

A taxa de germinação é lenta (70-100 dias) e baixa. O crescimento da planta em campo varia em função das condições do habitat. Quando cultivada em locais mais úmidos pode atingir a idade adulta e se reproduzir em 2 anos.

EQUIPE: LUCAS NOGUEIRA, AMILTON, DEYVID, EDYNARA.

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Aroeira

Nome popular: Aroeira é nome botânico é Schinus molle. Essa planta da família das anocadiaceae também conhecida como aroeira brasileira, aroeira vermelha, aroeira mansa, cambury, fruto-de-sabia, aguaraíba, aroeira-pimenteira, balsamo corneiba, aroeira do Paraná, aroeira do sertão seus frutos são utilizados na Florida para decoração de natal.

Ela aparece principalmente nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, região sudeste e região Sul. Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato Grosso (região sul), Mato Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste).

A planta é muito resistente a altas temperaturas em altitude e solo íngremes, tolerando ate lugares brejosos ou pedregosos. As sementes perdem o poder germinativo rapidamente, 50% delas nascem em 20 a 30 dias. As mudas crescem rápido e começam a frutificar com 2 anos de idade. O espaçamento entre as arvores 10x10, cresce ao pleno sol, não se desenvolve na sombra, tolera a seca. A planta pode ser mudada.

É utilizada de várias maneiras com indicações terapêuticas: Azia, gastrite, febre, bronquite, reumatismo, íngua, dor de dente, gota ciática. Parte usada da planta são as cascas, folhas, sementes, frutos, óleo resenos.

Esta é uma importante oportunidade para o estudo de plantas da caatinga por abranger uma variedade de espécies com grande potencial de uso e importante com grande importância cultural.

EQUIPE: ALINY , EDLA E RUTE.

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Juazeiro

O nome popular é Juá, o cientifico é zizyphus. É uma espécie abundante em certas regiões do nordeste. Possui copa larga, seus frutos são pequenos. Pode ser encontrado no nordeste brasileiro principalmente nas regiões semi-áridas.

Fenologia: Clima quente, semi úmido e semi árido. Utilizado geralmente usado como planta medicinal, também usada para fabricação de móveis.

Importância Cultural: O juá como as outras plantas são importantes para o homem e para muitas outras necessidades. Também importantes para o nordeste, pois mesmo durante o período seco permanece verde dando esperanças aos nordestinos da vinda do período chuvoso.

EQUIPE: ALESSANDRA, SUELA,VERIDIANA, PATRICIA ARAÚJO.

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Pereiro

O nome popular é Pereiro e o botânico é Aspidosperma pyrifolium. Árvore de tamanho médio, com 7-8 m de altura, caule bem desenvolvido, ereto e de copa normal, em ambientes não degradados (quando nestes, freqüentemente se encontram indivíduos rebrotados. Com casca de sabor amargo, lisa, acinzentada, folhas simples, alternas, ovais, de 4-9 cm de comprimento, amargosas, flores aglomeradas, alvas, pequenas, de perfume muito agradável, frutos lenhosos, em forma de gota achatada, de 5-6 cm de comprimento, castanho-claros, madeira de cor amarelo-clara ou creme, ora com manchas avermelhadas, ora com faixas acastanhadas, moderadamente pesada, macia e fácil de trabalhar, de textura fina e uniforme, resistente e muito durável.

Na caatinga dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais, na zona de sertão baixo e baixios argilosos, próximos a leitos de rios e elevações de terra, e também entre pedras e rochedos podemos encontrar o pereiro. Também em ambientes da Caatinga nordestina, principalmente em várzeas fluviais, mata de altitude e terrenos próximos a elevações de terra (serras, chapadas) em clima de agreste ou sertão, possui floração de setembro a janeiro, e frutificação de janeiro a março.

Planta extremamente ornamental pelo formato de sua copa e de casca medicinal, no tratamento de distúrbios respiratórios, de estômago e febres. Sua madeira é bastante utilizada para serviços de carpintaria, fazer carvão, cerca e lenha. Também utilizada na recuperação de áreas degradadas, por sua adaptação as mais severas condições de seca e solo rasos ou pedregosos.

Equipe: Carlos Alexandre, Elton Lemos, Laelton.

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Cumaru

Tem nome popular de Amburana de cheiro, mas o seu nome cientifico é Amburana cearensis. O seu caule é ereto com casca lisa, de cor variável, amarelo-avermelhado, vermelho-pardacenta, soltando lâminas finas irregulares e transparentes, casca interna, amarelada, fibrosa. Exala forte odor característico de cumarina, apresenta-se gorduroso e o sabor é amargo.

As folhas são compostas, alternadas com 7 a 11folidos, pequenos (2,5-5x1-2cm) cavadas no ápice não agudo. A brotação nova é muito bonita por formar um verde-claro brilhante.

EQUIPE: LUCIENE & ISABELLE.