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Aos nossos alunos e colaboradores
Introdução
Prezada aluna, prezado aluno, Seja bem-vinda, seja bem-vindo ao curso CONHECENDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO!
Veja, a seguir, algumas orientações para otimizar a utilização dos recursos didáticos e técnicos do nosso curso.
Guia do Estudante
Guia do Estudante
As orientações abaixo o ajudarão em sua trajetória de aprendizagem. Prazo - O sistema considera o dia da sua matrícula como data inicial do curso. A partir de então,
Aos nossos alunos e colaboradores
Se constatarem que utilizamos – na íntegra ou em parte e sem a devida citação da fonte – obras protegidas por direito autoral, solicitamos entrarem em contato para que, procedente a reclamação, providenciemos a imediata retirada do material indevidamente disponibilizado.
Enfatizamos, contudo, o caráter excepcional, inadvertido e de boa-fé dos procedimentos, pois é nosso objetivo principal difundir o conhecimento e a cidadania,
por meio de oferta gratuita, plural e democrática. Equipe de Educação a Distância do ILB
você terá 60 dias para conclusão. O não cumprimento do prazo estabelecido implicará o cancelamento automático de sua matrícula e consequente impedimento por 3 meses de nova matrícula nos cursos oferecidos pelo ILB (contados a partir da data prevista para finalização do curso). Atividades de estudo - Diversas atividades irão auxiliá-lo, funcionando como reforço naaprendizagem. Após o estudo do conteúdo de cada unidade e módulo, procure visitar o fórum e postar suas impressões sobre os temas propostos para debate.
Avaliação objetiva - Para a fixação do conteúdo estudado, clique em "Avaliações" no
menu lateral e realize a atividade proposta.
Avaliação Final - Para concluir o curso, faça a Avaliação Final, clicando no item"Avaliações" do menu lateral. Lembre-se de que a Avaliação Final é o único instrumento válido para a certificação do curso.
Aprovação - Na Avaliação Final você deverá obter no mínimo 70 pontos (de 100 possíveis). Nesse caso, será aprovado e fará jus à certificação.
Reprovação - Caso não tenha obtido o desempenho exigido, não desista. Após 30 dias da data de encerramento prevista, você pode inscrever-se novamente neste ou em outro de nossos cursos sem tutoria.
Desistência - Caso desista do curso, não concluindo a Avaliação Final no prazo determinado, o aluno ficará impedido de realizar novos cursos pelo prazo de 90 dias.
Certificação - O certificado, bem como uma declaração com o conteúdo programático, será disponibilizado 60 (sessenta) dias após a data de efetivação da matrícula.
No certificado virá um código de autenticidade digital. Basta acessar www.senado.gov.br/trilhas, clicar em "Autenticar certificado" e lá digitar esse código. Na tela aparecerá a informação solicitada.
Sugerimos que você imprima seu certificado em cores e com gramatura (espessura da folha) específica para diplomas.
IMPORTANTE: Você só pode acessar a Avaliação Final quando concluídas todas as etapas do curso. Porém, procure respondê-la quando estiver efetivamente preparado, visto que as questões não são as mesmas a cada tentativa.
Caso haja algum problema durante a resolução da Avaliação Final, e você a perca, o sistema admite ainda outras 2 possibilidades de envio. Porém, a partir do momento em que essa Avaliação é efetivamente enviada, não haverá mais possibilidade de reenvio.
Atenção: por segurança o sistema sofre bloqueio quando se passam mais de 30 minutos sem ação do usuário.
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Duração do curso Este curso dura sessenta dias, contados a partir do momento em que, tendo enviado seu cadastro e recebido sua senha de acesso, você finalizou seu processo de matrícula no presente curso.
Você poderá checar a data máxima para conclusão do curso logo na primeira página, no mesmo campo em que você visualiza o ícone “acessar curso”.
Se você não conseguir cumprir esse prazo, sua matrícula será automaticamente cancelada, o que a/o impedirá por três meses de se inscrever para outro curso oferecido pelo Instituto Legislativo Brasileiro – ILB.
Portanto, fique atenta/o a esse prazo.
Não desista no meio do curso! Faça um esforço para chegar até o final. Conte com a ajuda da coordenação, quando tiver dificuldades.
Coordenação
A coordenação vai ajudar você em todos os assuntos referentes à utilização da plataforma e seus recursos e à dinâmica do curso. Contate-a/o pelo correio eletrônico, enviando sua mensagem para [email protected].
Programa
O programa compõe-se de módulos e unidades, com informações e exercícios objetivos e de múltipla escolha.
MÓDULO I – CONTEXTO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico
Suporte técnico
O Núcleo Web do ILB oferece apoio a problemas de acesso ao ambiente virtual de aprendizagem
e orientações para a utilização dos recursos e ferramentas de EaD.
E-mail:[email protected] (Identifique o e-mail, informando seu nome completo e o curso em que está inscrito.)
Telefone: (00+55) (61) 3303-1475
Horários de atendimento ao aluno: 10h às 12h e 15h às 17h (dias úteis)
UNIDADE 2: A presença da Língua Portuguesa no mundo
UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?
UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico
MÓDULO II – MUDANÇAS TRAZIDAS PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
UNIDADE 1: Regras de acentuação gráfica
UNIDADE 2: Emprego do hífen
UNIDADE 3: Composição do alfabeto
UNIDADE 4: Eliminação do trema
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Fórum Temático entre Alunos / Críticas, Sugestões e Elogios Utilize este Fórum sempre que quiser trocar ideias com seus colegas. Ele foi criado para esse fim. Acesse-o clicando em “FÓRUM”, no campo da “COMUNICAÇÃO”, no menu lateral à esquerda.
Se, no entanto, você não estiver conseguindo acessar a plataforma ou quiser se dirigir particularmente à Coordenação, recorra, então, ao correio eletrônico, escrevendo para [email protected].
Quando postar mensagens pelo correio eletrônico, lembre-se sempre de identificar o seu curso no campo “ASSUNTO” da mensagem e assinar seu nome completo no final dela.
Avaliação Final
Após ter segurança de que apreendeu todo o conteúdo do curso, acesse, então, a Avaliação Final.
Para concluir o curso, faça a Avaliação Final, clicando no item "Avaliações" do menu lateral. Lembre-se de que a Avaliação Final é o único instrumento válido para a certificação do curso.
IMPORTANTE: Você só pode acessar a Avaliação Final quando concluídas todas as etapas do curso. O sistema permite três tentativas para que o aluno salve a avaliação final com sucesso. Porém, procure respondê-la quando estiver efetivamente preparado, visto que as questões não são as mesmas a cada tentativa. Caso, por algum motivo técnico, o sistema não salve sua Avaliação Final, você pode abri-la novamente e terá no máximo mais duas chances para respondê-la e salvá-la com sucesso. A Avaliação Final, após salva, não poderá ser modificada em hipótese alguma. Atenção: por segurança o sistema sofre bloqueio quando se passam mais de 30 minutos sem ação do usuário.
Certificação Eletrônica
A Avaliação Final vale 100 pontos. Para conseguir aprovação, você deverá obter no mínimo 70 pontos.
Nesse caso, você fará jus ao CERTIFICADO e à DECLARAÇÃO, com o conteúdo programático.
Você poderá extraí-los por meio do ícone “EMITIR CERTIFICADO”, que surgirá sessenta dias após a efetivação da matrícula.
No certificado virá um código de autenticidade digital. Basta acessar www.senado.gov.br/trilhas, clicar em "Autenticar certificado" e lá digitar esse código.
Sugerimos que você imprima seu certificado em cores e com gramatura (espessura da folha)específica para diplomas.
Caso não tenha obtido o desempenho exigido, não desista. Você poderá se inscrever novamente neste ou em outro curso do Instituto Legislativo Brasileiro após três meses.
Suporte técnico O Núcleo Web do Instituto Legislativo Brasileiro – ILB oferece apoio para a solução de problemas de
acesso ao ambiente virtual de aprendizagem e orientações para a utilização dos recursos e ferramentas de Educação a Distância - EaD.
Acesse-o pelo email [email protected].
Não se esqueça de identificar a mensagem, informando seu nome completo e o curso em que está inscrito.
Telefone: (00+55) (61) 3303-1475
Horários de atendimento ao aluno virtual: 10h às 12h e 15h às 17h (dias úteis)
Recomendações Agora que você já conhece todos os recursos disponíveis na plataforma do curso, aqui vão algumas sugestões para que você obtenha o máximo de aproveitamento possível: • assegure-se de que terá disponibilidade para se dedicar ao estudo, pois o prazo para conclusão do curso é limitado – dois meses; • administre bem seu tempo; • consulte regularmente o “MURAL” na primeira página; • Realize com segurança a avaliação final.
Esperamos que este curso atenda à sua expectativa de enriquecimento e de aperfeiçoamentoprofissional e pessoal e lhe proporcione momentos prazerosos no contato com seus colegas e a
Coordenação.
Felicidades!
Coordenação de Educação a Distância
Instituto Legislativo Brasileiro
Senado Federal
Apresentação
APRESENTAÇÃO
O curso CONHECENDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO tem por objetivo apresentar ao aluno o contexto histórico do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e de sua implantação na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, bem como esclarecer os motivos que ensejaram a assinatura desse tratado.
Ao longo do curso, o aluno será incentivado a adquirir a prática da consulta e da pesquisa, podendo recorrer, para esse fim, à farta documentação e material de estudo disponibilizados na plataforma do curso.
Módulo I - Contexto do Novo Acordo Ortográfico
UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico
UNIDADE 2: A presença da língua portuguesa no mundo
UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?
UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico
MÓDULO I
CONTEXTO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico
UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico
Desde 1º de janeiro de 2009, estão em vigor no Brasil as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem o objetivo primordial de unificar a Ortografia nos países que têm o português como língua oficial.
Ao fazê-lo, pretende garantir maior status à língua portuguesa no plano internacional, facilitando o intercâmbio cultural, comercial e jurídico-institucional entre os países da CPLP – Comunidade dos Países de LínguaPortuguesa.
Assim, incrementando o prestígio internacional do português, habilita-o a ingressar no rol dos idiomas oficiais utilizados na Organização das Nações Unidas (ONU).
Tais medidas, entretanto, não têm aplicabilidade imediata. O decreto legislativo assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê um período de transição para a aplicação das novas regras: de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012. Nesse período, as duas grafias são reconhecidas como oficiais. No entanto, a partir de 1º de janeiro de 2013, a Ortografia oficial vigente será aquela assentada nas bases do Acordo Ortográfico.
UNIDADE 2: A presença da língua portuguesa no mundo
UNIDADE 2: A presença da língua portuguesa no mundo
Estima-se que mais de
240 milhões de pessoas falem português, o que faz da nossa a quinta língua mais falada no mundo e a terceira no Ocidente. Ainda assim, o português ostentava (ouostenta) o título de ser o único idioma no mundo a ter duas ortografias oficiais, a do Brasil e a de Portugal.
Países e regiões onde se fala português.
Ocorre que, do ponto de vista das relações internacionais, a dupla grafia oficial implica flagrantes
desvantagens ao País, pois dificulta a afirmação do idioma no âmbito das Nações Unidas, bem como limita a possibilidade de compartilhamento, entre países lusófonos, de conteúdos no plano cultural, comercial e político. Com vistas a mudar essa realidade, um dos propósitos fundamentais do Acordo, como vimos, é congregar em torno do mesmo sistema ortográfico, todos os Estados signatários (as chamadas partes), a saber: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Ressalte-se que as partes, na formulação do Acordo, mesmo buscando o consenso entre as ortografias brasileira e portuguesa, optaram, em alguns casos, por manter duas redações oficiais.
UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?
UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário? Do ponto de vista do léxico da língua portuguesa, estima-se que o número de palavras cuja ortografia foi alterada com a celebração do Acordo, segundo dados da Academia de Ciências de Lisboa, é de pouco mais de duas mil num universo de cerca de 110.000. Com isso, unifica-se a ortografia de aproximadamente 98% do total de palavras da língua portuguesa.
No caso brasileiro, calcula-se que as modificações atingiram aproximadamente 0,5% das palavras. Já no caso do português de Portugal, a estimativa é de que 1,6% dos vocábulos foi alterado com a entrada em vigor do novo Acordo.
Para saber mais sobre a história da língua portuguesa, assista aos vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=sQaEFXIuy4c&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=bYd9HrqsbyI&feature=related
Observamos que, nesse levantamento, não foram contabilizadas, à época, as alterações decorrentes das novas regras de uso do hífen, bem como aquelas resultantes da supressão do trema.
UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico
UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico
Pelo quadro abaixo, pode-se acompanhar, no tempo, como evoluiu o processo de unificação da Ortografia da língua portuguesa.
BREVE HISTÓRICO DO ACORDO ORTOGRÁFICO
1904 O foneticista Gonçalves Viana (1840-1914) publica, em Lisboa, a maior obra sobre Ortografia da língua portuguesa, a Ortografia Nacional, que foi adotada pelo governo português como oficial em 1911. Nela, o estudioso apresenta proposta de simplificar a ortografia: •eliminação dos fonemas gregos /th/ (theatro), /ph/ (philosofia), /ch/ (com som de < k >, como em chimica), /rh/ (rheumatismo) e /y/ (lyrio); •eliminação das consoantes dobradas, com exceção de < rr > e < ss >: ‘cabello’ (=cabelo); ‘communicar’ (=comunicar); ‘ecclesiastico’ (=eclesiástico); ‘sâbbado’ (=sábado). •eliminação das consoantes nulas, quando não influenciam na pronúncia da vogal que as precede: ‘licção’ (=lição); ‘dacta’ (=data); ‘posthumo’ (=póstumo); ‘innundar’ (=inundar); ‘chrystal’ (=cristal); •regularização da acentuação gráfica.
1907 A partir de uma proposta do jornalista, professor, político e escritor Medeiros e Albuquerque, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elabora projeto de reformulação ortográfica com base nas propostas de Gonçalves Viana.
1911 Portugal oficializa, com pequenas modificações, o sistema de Gonçalves Viana.
1915 A ABL aprova a proposta do professor, filólogo e poeta Silva Ramos, que ajusta a reforma ortográfica brasileira aos padrões da reforma portuguesa de 1911.
1919 A ABL volta atrás e revoga o projeto de 1907, ou seja, não há mais reforma.
1931 A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras assinam acordo para unir as ortografias dos dois países.
1933 O governo brasileiro oficializa o acordo de 1931. 1934 A Constituição brasileira revoga o acordo de 1931 e
estabelece a volta das regras ortográficas de 1891,
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ou seja, ‘ortografia’ voltaria a ser grafada ‘orthographia’. Protestos generalizados, porém, fazem com que essa ortografia seja considerada optativa.
1943 Convenção Luso-Brasileira retoma, com pequenas modificações, o acordo de 1931.
1945 As modificações introduzidas pelo novo Acordo, ao priorizarem a ortografia lusitana, foram de tal monta que provocaram intensos protestos de parte dos brasileiros, culminando com a revogação do Acordo em 1955, restabelecendo-se o sistema ortográfico, instituído no Brasil em 1943. Divergências na interpretação de regras resultam no Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro. Em Portugal, as normas vigoram, mas o Brasil mantém a ortografia de 1943. Como consequência passaram a existir duas normas ortográficas oficiais para a língua portuguesa: uma brasileira (1943) e uma lusitana (1945).
1971
Decreto do governo altera algumas regras da ortografia de 1943: •abolição do trema nos hiatos átonos: ‘saüdade’ (=saudade), ‘vaïdade’ (=vaidade); •supressão do acento circunflexo diferencial nas letras < e > e < o > da sílaba tônica das palavras homógrafas, com exceção de ‘pôde’ em oposição a ‘pode’; ‘almôço’ (=almoço), ‘êle’ (=ele), ‘enderêço’ (=endereço), ‘gôsto’ (=gosto); •eliminação dos acentos circunflexos e graves que marcavam a sílaba subtônica nos vocábulos derivados com o sufixo < -mente > ou iniciados por < z >: ‘bebêzinho’ (=bebezinho), ‘vovôzinho’ (=vovozinho), ‘sòmente’ (=somente), ‘sòzinho’ (=sozinho), ‘ùltimamente’ (=ultimamente).
1975 As colônias portuguesas na África (São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e Moçambique) tornam-se independentes.
1986 São finalmente redigidas as Bases Analíticas da Ortografia Simplificada de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadas em 1986. Iniciam-se, assim, as discussões de que resultaram as bases do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entre Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Módulo II - Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico
UNIDADE 1: Regras de acentuação gráfica
UNIDADE 2: No emprego do hífen
UNIDADE 3: Na composição do trema
1991 Surge outra versão do documento anterior (1986): o Acordo de Ortografia Simplificado entre Brasil e Portugal para a Lusofonia, conhecido como Acordo Ortográfico de 1995, aprovado oficialmente em 1995 pelos dois principais países envolvidos (Brasil e Portugal).
1995 Brasil e Portugal aprovam oficialmente o documento de 1991, que passa a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995.
1998 Em Cabo Verde, foi assinado um Protocolo Modificado ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas apenas Brasil, Portugal e Cabo Verde o aprovaram. No Primeiro Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, fica estabelecido que todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem ratificar as normas propostas no Acordo Ortográfico de 1995, para que este seja implantado.
2002 Timor-Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
2004 Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, fica determinado que basta a ratificação por três membros para que o acordo entre em vigor. No mesmo ano, o Brasil ratifica o acordo.
2005 Cabo Verde ratifica o Acordo. 2006 São Tomé e Príncipe ratifica o documento, possibilitando
a entrada em vigor do acordo. 2008 Portugal aprova o Acordo Ortográfico. 2008 O Decreto Presidencial nº 6.586, de 29 de setembro de
2008, determina a implementação do Acordo Ortográfico a partir de 1º de janeiro de 2009 no Brasil, estabelecendo
período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.
MÓDULO II MUDANÇAS TRAZIDAS PELO NOVO ACORDO
ORTOGRÁFICO
UNIDADE 4: Na eliminação do trema
Com a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico, muitos podem pensar: “de que valeu o esforço para entenderpor que ‘infraestrutura’ se escrevia com hífen e anti-imperialista, sem ele?” Entretanto, esteja a favor do acordo ou contrário a ele, ninguém está livre de uma revisão ortográfica. O acordo, porém, visa unificar a ortografia e não a pronúncia e o significado das palavras.
As tiras abaixo são um bom exemplo disso. A primeira saiu em um jornal português; a segunda, num jornal brasileiro.
Unidade 1 - Regras da Acentuação Gráfica
Unidade 1 - Regras da Acentuação Gráfica
Pela fala expressamos a melodia da língua. É um processo quase intuitivo, que praticamos quando expiramos com maior ou menor força.
Na escrita, utilizamos recursos gráficos para “ensinar” ao leitor a cantar essa melodia, ora apontando a sílaba tônica, ora indicando se o som vocálico é aberto ou fechado com o uso dos sinais diacríticos. Por isso é que se diz que a palavra “acento” encontra sua etimologia, ou seja, a origem da sua formação na expressão latina ad cantum (=para o canto).
Sinal diacrítico é um signo gráfico que se associa a uma letra para lhe dar uma característica fonética diferente
daquela que a letra possui isoladamente. Exemplo clássico de sinal diacrítico é a cedilha, que diferencia a pronúncia do < c > de 'caco' do < c > de 'caço' (do verbo 'caçar'). Além dela, existem o acento agudo ('lá'), o til ('lã'), o acento circunflexo ('lâmpada') e o acento grave ('àquela').
Então, se aplicamos acentos gráficos para “ajudar a cantar” a melodia da língua, quais as regras formuladas pelo Novo Acordo Ortográfico no particular?
No que interessa aos brasileiros, a acentuação gráfica, que é tratada nas Bases VIII, IX, X e XI do Acordo, é o tema em que se verifica o maior índice de alterações, se considerada a quantidade de palavras que tiveram a grafia modificada.
De modo geral, as modificações se concentram:
. nas palavras paroxítonas (‘heroico’, ‘ideia’),
. naquelas em que ocorre hiato (‘feiura’, ‘voo’) e
. nas homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia (‘pelo’, ‘pera’).
Essas modificações têm sempre o objetivo de eliminar os acentos gráficos até então presentes nesses grupos de palavras, e não de acrescentá-los.
1ª Regra
1ª REGRA:
Elimina-se o acento agudo das palavras paroxítonas cuja sílaba tônica seja formada pelos
ditongos abertos < ei > e < oi >.
Como era antes Como deve ser agora
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
assembléia assembleia
bóia boia
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
Galiléia Galileia
geléia geleia
hebréia hebreia
heróico heroico
idéia ideia
intróito introito
Atenção! O acento PERMANECE: 1. Nas palavras oxítonas, mesmo que ocorram os ditongos abertos < ei > e < oi >, como em: ‘hotéis’, ‘heróis’, ‘papéis’; 2. Nas paroxítonas terminadas em < r >, como em: ‘destróier’;
3. Nos monossílabos tônicos: ‘dói’, ‘méis’, ‘réis’, ‘sóis’.
2ª Regra
2ª REGRA:
Elimina-se o acento agudo de palavra paroxítona formada pelas vogais < i > e < u >
precedidas de ditongo.
Mais uma vez atenção! O acento permanece nas palavras oxítonas onde o < i > ou o < u > estiverem em posição final, após ditongo, mesmo que seguidos de < s >, como em: ‘tuiuiú’, ‘tuiuiús’, ‘Piauí’.
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
onomatopéia onomatopeia
paranóico paranoico
platéia plateia
protéico proteico
tramóia tramoia
Como era antes Como deve ser agora
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
boiúna boiuna
cauíla cauila
feiúra feiura
maoísmo maoismo
Sauípe Sauipe
taoísmo taoismo
3ª Regra
3ª REGRA:
Elimina-se o acento circunflexo nos seguintes casos:
1. Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos ‘crer’, ‘dar’, ‘ler’, ‘ver’ e seus derivados.
2. Na vogal tônica fechada do hiato < oo > em palavras paroxítonas, seguidas ou não de < s >.
4ª Regra
4ª REGRA: Elimina-se o acento agudo na vogal < u > das formas verbais que contenham < qu > e < gu > rizotônicos, ou seja, quando o < u > presente nessas sequências é tônico e faz parte da raiz do verbo.
Como era antes Como deve ser agora
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
descrêem (do verbo descrer) descreem
lêem (verbo ler) leem
relêem (do verbo reler) releem
vêem (verbo ver) veem
Como era antes Como deve ser agora abençôo (verbo abençoar) abençoo
dôo (verbo doar) doo
enjôo (verbo ou subst.) enjoo
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vôo (verbo ou subst.) voo
zôo zoo
Em tempo: para melhor compreendermos os enunciados seguintes, vale recordar:
* As formas verbais regulares podem ser decompostas em três elementos: raiz, vogal temática e desinências. Assim, em ‘amaremos’, por exemplo, tem-se o radical < am >; a vogal temática < a >; e duas desinências: a desinência < mos >, que indica a pessoa do verbo (no caso, a 1ª
Na prática, além de perderem o trema quando o < u > é átono, verbos como ‘arguir’ e ‘redarguir’ e suas
flexões não mais recebem o acento agudo, ainda que mantida a tonicidade no < u >.
Atenção!
Quando no hiato < ui >a tonicidade recair sobre o < i >, este deve ser acentuado, como no exemplo: “Eu
arguí todas as testemunhas do caso”. Ainda: ‘arguíste’, ‘arguímos’, ‘arguís’.
Em alguns verbos, o emprego do acento é determinado pela pronúncia, como em ‘aguar’, ‘apaniguar’, ‘apaziguar’, ‘apropinquar’, ‘averiguar’, ‘desaguar’, ‘enxaguar’, ‘obliquar’ e ‘delinquir’. Nesses casos, admite-se que sejam grafados de duas formas, de acordo com a pronúncia.
1. Nas formas rizotônicas, ou seja, quando a tonicidade recai sobre o radical (aquele elemento que aparece
em todas as formas flexionadas de verbos regulares), acentuam-se o < a > e o < i > do radical. Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos ‘aguar’ e ‘averiguar’, em que a tonicidade recai sobre os
radicais < ag > de ‘aguar’ e < averig > de ‘averiguar’:
(*) Observe que, nas formas destacadas, a sílaba tônica recai fora do radical < ag > de ‘aguar’ e fora do radical < averig > de ‘averiguar’. Portanto, não são acentuadas. Veja o caso seguinte.
2. Já se a tonicidade da pronúncia recai fora do radical (arrizotônica), não se utiliza o acento. Nos exemplos
abaixo, a tonicidade não recai nem sobre o radical < ag > de ‘aguar’, nem sobre o radical < averig > de ‘averiguar’. Veja o quadro abaixo:
pessoa) e o número (no caso, plural); e a desinência < re >, que anuncia o modo (indicativo) e o tempo (futuro de presente). * Quando a tonicidade da forma verbal flexionada recai sobre a raiz ou radical, dizemos que é rizotônica; quando não, dizemos que é arrizotônica. É o caso do exemplo dado acima. A forma ‘amaremos’ tem a tonicidade marcada na sílaba < re >, portanto recai fora da raiz do verbo (< am >) e é, então, arrizotônica.
Para saber mais, consulte o link: http://educacao.uol.com.br/portugues/verbo-2.jhtm
ARGUIR arguo, arguis, argui, arguímos, arguís, arguem
REDARGUIR redarguo, redarguis, redargui, redarguímos, redarguís, redarguem
AGUAR AVERIGUAR
(eu) águo (que eu) águe (eu) averíguo (que eu) averígue
(tu) águas (que tu) águes (tu) averíguas (que tu) averígues
(ele) água (que ele) águe (ele) averígua (que ele) averígue
(nós) aguamos (*)
(que nós) aguemos
(nós) averiguamos
(que nós) averiguemos
(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis
(eles) águam (que eles) águem
(eles) averíguam
(que eles) averíguem
Assim, se a tonicidade recair sobre o < u >, este não receberá acento gráfico, como nas formas ‘enxague’,
‘oblique’; porém, se a tonicidade recair sobre as vogais < a > ou < i > da sílaba anterior, estas, obrigatoriamente, receberão acento gráfico (‘enxágue’, ‘oblíque’).
Atenção! “No Brasil, a pronúncia mais corrente é a aquela em que "a" e o "i" são tônicos”.
5ª Regra
5ª REGRA:
Quando palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia, verifica-se o fenômeno da homografia. As palavras homógrafas podem também ser homófonas, ou seja, terem o mesmo som, apresentarem os mesmos traços fonéticos. Para a Ortografia isso representava um complicador, daí a criação de ACENTOS DIFERENCIAIS – agudo ou circunflexo –, a fim de que, mesmo se tomadas isoladamente, fora de contexto, essas palavras contivessem “marcas” que indicassem a qual campo semântico pertenciam. Entretanto, com a entrada em vigor do Novo Acordo, a regra geral é no sentido de que não mais se distinguem palavras homógrafas.
Apenas algumas palavras permanecem acentuadas para se distinguir pelo acento gráfico:
AGUAR AVERIGUAR (eu) aguo (que eu) ague (eu) averiguo (que eu)
averigue (tu) aguas (que tu) agues (tu) averiguas (que tu)
averigues (ele) agua (que ele) ague (ele) averigua (que ele)
averigue (nós) aguamos (que nós)
aguemos (nós)
averiguamos (que nós)
averiguemos (vós) aguais (que vós)
agueis (vós) averiguais (que vós)
averigueis (eles) aguam (que eles)
aguem (eles)
averiguam (que eles) averiguem
Como era antes Como deve ser agora
pára (verbo parar) / para (preposição)
para (verbo e preposição)
péla (verbo pelar) / pela (preposição) / péla (substantivo)
pela (preposição, verbo e substantivo)
pólo (substantivo) / pôlo (substantivo) / polo (preposição
antiga)
polo (substantivos e preposição)
pélo (verbo pelar) / pêlo (substantivo) / pelo (preposição)
pelo (verbo, substantivo e preposição)
pêro (substantivo) / pero (conjunção antiga)
pero (substantivo e conjunção antiga)
pêra (substantivo) / pera (preposição antiga)
pera (substantivo e preposição antiga)
- ‘pôr’ (verbo) para diferenciar de ‘por’ (preposição); - ‘pôde’ (verbo na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de ‘pode’ (3ªpessoa do singular do presente do indicativo); e - os verbos ‘ter’ e ‘vir’, bem como seus derivados (‘manter’, ‘deter’, ‘reter’, ‘conter’, ‘convir’, ‘intervir’, ‘advir’ etc.) para diferenciar as formas da 3ª pessoa no singular (presente do indicativo) das formas da 3ªpessoa no plural (presente do indicativo).
6ª Regra
6ª REGRA:
CASOS FACULTATIVOS
O Acordo recebeu assim a duplicidade articulatória de algumas palavras geralmente provenientes do francês, que, como reporta, “nas pronúncias cultas, ora é registrada como aberta, ora como fechada”, admitindo, pois, tanto o acento agudo como o acento circunflexo:
1) Algumas palavras oxítonas terminadas em < e > tônico admitem tanto o acento agudo quanto o acento
circunflexo.
2) Torna-se facultativo o emprego do acento circunflexo nas palavras oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’;
É facultativo
bebê bebé bidê bidé
canapê canapé caratê caraté crochê croché guichê guiché nenê nené purê puré rapê rapé
3) É facultado, para fins de diferenciação, o uso do acento agudo nas formas verbais paroxítonas do pretérito perfeito do indicativo, na 1ª pessoa do plural, quando coincidirem com a forma verbal correspondente do presente do indicativo.
Atenção!
É facultativo o uso do acento da palavra ‘fôrma’ (substantivo) para diferenciar da palavra ‘forma’ (substantivo e verbo ‘formar’).
Presente do Indicativo
Pretérito perfeito do Indicativo
Aceita-se a grafia para representar o pretérito perfeito
amamos amamos amámos cantamos cantamos cantámos dançamos dançamos dançámos louvamos louvamos louvámos
Veja, a seguir, um quadro resumido das novas regras de acentuação gráfica:
QUADRO RESUMIDO
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRA NOVA EXEMPLOS
Atenção! Como era Como fica
Não se acentuam mais
os ditongos abertos < ei > e < oi > das
palavras paroxítonas.
andróide, estóico, geléia, heróico, idéia,
platéia
androide, estoico, geleia, heroico, ideia,
plateia
O acento permanece:
1) Nas palavras oxítonas,
mesmo que ocorram os
ditongos abertos < ei > e
< oi >, como em: ‘hotéis’,
‘heróis’, ‘papéis’, ‘troféu’,
‘troféus’; 2) Nas
paroxítonas terminadas em
< r >, como ‘blêizer’,
‘contêiner’, ‘destróier’,
‘gêiser’; 3) Nos
monossílabos tônicos: ‘dói’, ‘méis’, ‘réis’,
‘sóis’.
Não se acentuam mais o < i > e o < u
> tônicos quando vierem
depois de ditongos em
palavras paroxítonas.
baiúca bocaiúva,
cauíla, feiúra
baiuca, bocaiuva,
cauila, feiura
O acento permanece:
1) nas palavras oxítonas em
que o < i > e o < u > aparecem em posição
final, seguidos ou não de < s >,
tal como em ‘Piauí’ e ‘tuiuiús’; 2) nas
paroxítonas em que o < i > e o <
u > não vêm depois de
ditongo, como acontece em
‘juíza’, ‘uísque’, ‘ruína’ e ‘saúva’.
Não se acentuam mais
as palavras
abençôo, crêem, enjôo, lêem, perdôo,
abençoo, creem, enjoo, leem, perdoo,
terminadas em < eem > e < oo
>.
vêem veem
Não se acentua mais o
< u > tônico precedido de < g > ou < q > na conjugação de verbos como
arguir, redarguir, apaziguar, obliquar e averiguar.
apazigúe, argúi, averigúe, obliqúe
apazigue, argui, averigue, oblique
Não se usa mais o acento diferencial em:
‘pára/para’, ‘péla/pela’, ‘pêlo/pelo’,
‘pólo/polo/pôlo’, ‘péra/pêra’.
“Ela pára o carro”;
“Foi ao mercado comprar pêra”; “Viajaram ao pólo Norte”; “O cachorro
estava com o pêlo macio”
“Ela para o carro”:
“Foi ao mercado comprar pera”; “Viajaram ao polo Norte”; “O cachorro
estava com o pelo macio”.
Permanecem os seguintes acentos: 1) o que
diferencia ‘pode’ (verbo
‘poder’, 3ª pessoa do
Presente do Indicativo) de ‘pôde’ (verbo
‘poder’, 3ª pessoa do Pretérito
Perfeito do Indicativo);
2) o que diferencia
‘por’ (preposição) de ‘pôr’ (verbo);
3) o que diferencia o singular do plural na 3ª pessoa do
Presente do Indicativo dos verbos ‘ter’ e ‘vir’ e seus
derivados, tais como ‘manter’, ‘reter’, ‘deter’,
‘conter’, ‘convir’, ‘intervir’, ‘advir’
etc: ele mantém/ eles mantêm; ele detém/eles
detêm; ele intervém/eles
intervêm.
Devido à duplicidade articulatória observada em
certas regiões, admite-se tanto
‘bebê ou bebé’; ‘bidê ou bidé’,
‘caratê ou
São facultativos: 1) o acento
Complementando os estudos
Complemente o seu estudo, consultando o material que disponibilizamos em GLOSSÁRIO, DICIONÁRIOS, WEBIBLIOTECA e LINKS RELACIONADOS no menu à esquerda.
Unidade 2 - O Emprego do Hífen
o acento agudo como o acento circunflexo em algumas
palavras oxítonas terminadas em < e > tônico.
caraté’; ‘guichê ou guiché’;
‘nenê ou nené’
circunflexo nas palavras
oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’; e
2) o acento
circunflexo para diferenciar as
palavras ‘forma’ (substantivo e verbo ‘formar’)
e ‘fôrma’ (substantivo).
Para fins de diferenciação, é facultativo o uso do acento agudo nas formas verbais
paroxítonas do pretérito perfeito do indicativo, na 1ª pessoa do plural, quando coincidirem com a forma verbal correspondente
do presente do indicativo.
‘amamos ou amámos’;
‘cantamos ou cantámos’;
‘louvamos ou louvámos’
MÓDULO II - UNIDADE 1 COMPLEMENTANDO OS ESTUDOS
MÓDULO II - UNIDADE 2
O termo deriva do grego hýphen (juntos, juntamente). O vocábulo chegou ao português pelo latim tardio hyphen, que, frise-se, manteve o < h > na grafia, muito embora essa letra já não fosse pronunciada. O hífen, como garante a sua origem, existe para unir e não para “separar”. Ainda quando “separa”, para evitar a criação de uma sílaba indesejada e, assim, indicar uma melhor pronúncia, como em ‘mal-humorado’, ‘pan-hospitalar’, ‘sub-reino’, a sua simples presença preserva a “unidade semântica esintagmática” do vocábulo, expressão usada no Novo AcordoOrtográfico.
Eis os casos em que, segundo o novo Acordo Ortográfico da
língua portuguesa, emprega-se o hífen:
1) Nas palavras compostas que designam nomes de plantas e animais, estejam ou não ligados por preposição ou qualquer outro elemento.
Observação: tendo em vista que, nesses casos, ora se utilizava o hífen, ora não, o Acordo uniformizou a grafia.
2) O Acordo define que o hífen só será usado em palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos, como nosseguintes casos:
2.1 Quando o segundo elemento começa por < h >.
EMPREGO DO HÍFEN
EMPREGA-SE O HÍFEN:
abóbora-menina bênção-de-deus
bem-me-quer couve-flor
erva-do-chá ervilha-de-cheiro
fava-de-santo-inácio andorinha-grande
cobra-capelo formiga-branca
andorinha-do-mar
cobra-d’água lesma-de-conchinha
bem-te-vi tartaruga-marinha
anti-higiênico arqui-hipérbole
contra-harmônico
pré-história extra-humano
semi-hospitalar
Observação: Não se usa o hífen em formações que contenham os prefixos < des > e < in > e nas quais o segundo elemento perdeu o < h > inicial: ‘desumano’, ‘desumidificar’, ‘inábil’, ‘inumano’ etc.
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Exceção: ‘subumano’, em que ‘humano perde o < h >.
2.2 Quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo coincidir com a vogal inicial do segundo elemento da composição.
circum-hospitalar pan-helenismo
eletro-higrômetro mini-hospital
geo-história sub-hepático neo-helênico super-homem
anti-ibérico
micro-ondas
auto-observação
micro-organismo
contra-almirante
semi-intensivo
infra-axilar supra-auricular
2.3 Nos compostos formados pelos prefixos ‘ex’, ‘sota’, ‘soto’, ‘vice’ e ‘vizo’.
2.4 Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ ou ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas em vogal, < m > ou < n >.
2.5 Quando os prefixos ‘hiper’, ‘inter’ e ‘super’ formar compostos com palavras iniciadas por < r >.
3) Para ligar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares do tipo:
4) Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como < açu >, < guaçu > e < mirim >, e quando a vogal final do primeiro elemento é acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos:
5) Nos compostos formados com os advérbios ‘bem’ e ‘mal’ quando estes formam, com o elemento que se segue, uma unidade sintagmática e semântica.
ex-almirante
ex-hospedeira
ex-diretor ex-
primeiro-ministro-ministro
sota-piloto soto-mestre
vice-reitor vice-
presidente
vizo-rei
circum-escolar circum-navegação
pan-mágico
pan-africano
pan-americano
pan-negritude
hiper-realista
hiper-requintado
hiper-resistente
inter-racial inter-regional inter-relação
super-resistente
super-revista
- divisas: ‘Liberdade-Igualdade-Fraternidade’;
- trajetos e percursos: ‘ponte Rio-Niterói’, ‘trecho São Paulo-Santos’;
- em que se opõem relações e noções: ‘professor-aluno’, ‘ensino-aprendizagem
amoré-guaçu
anajá-mirim
andá-açu
capim-açu
Ceará-mirim
tamanduá-mirim
Observações:
1) Prefixo < mal->: Usa-se o hífen com o prefixo < mal- >, quando a palavra seguinte começar por vogal, < h > ou < l >. Exemplos: mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo. Nos outros casos, escreve-se sem hífen: Exemplos: malcriado, malcomportado, malcheiroso, malfeito, malsucedido, malvisto. Quando 'mal" significa doença, usa-se o hífen se a palavra não tiver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias. 2) Prefixo < bem->: De modo geral, usa-se o hífen nos compostos com o prefixo < bem- >. Exemplos: bem-aventurado, bem-intencionado, bem-humorado, bem-merecido, bem-nascido, bem-falante, bem-vindo, bem-visto, bem-disposto. Há, contudo, vários casos em que < bem > se liga sem hífen à palavra seguinte, quer ele tenha ou não vida à parte. Exemplo: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto, benquerença, etc. Regra de ouro: Para não correr o risco de errar, é aconselhável consultar o dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelo uso. Exemplos disso são as palavras "malmequer" (consagrada sem hífen) e bem-me-quer (consagrada com hífen).
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bem-aventurado
bem-estar bem-humorado
bem-criado
bem-ditoso
bem-educado
bem-falante
bem-mandado
bem-nascido
bem-soante
mal-acabado mal-adaptado mal-afortunado
mal-amado mal-educado mal-estar mal-curada
mal-entendido mal-humorado mal-intencionado
Casos em que não se emprega o hífen.
1) Nos compostos formados por prefixo ou falso prefixo terminado em vogal em combinação com palavra iniciada
por < r > ou < s >, que, nesses casos, são dobrados.
Observação: A medida uniformiza várias exceções antes existentes.
2) Nos compostos, quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo é diferente da vogal inicial da palavra com a qual se combinam.
3) Nos compostos que, devido ao uso, perderam a noção de composição.
Observação:
O Novo Acordo incluiu “paraquedas” e derivados ("paraquedista" e "paraquedismo") entre os casos de "compostos que, devido ao uso, perderam a noção de composição" (veja o art. 1º da Base XV doAcordo) e deixou de fora os demais compostos com a forma verbal "para": para-choque, para-lama, para-raio, para-vento, para-brisa, para-sol. Tanto que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, assim registra essas palavras. Antes do Novo Acordo, tanto “pára-quedas” como “pára-choque”, "pára-lama" e demais compostos dessa natureza tinham hífen e o acento diferencial em "pára", para diferenciar a forma conjugada do verbo "parar" da preposição "para". Tendo em vista que o Novo Acordo eliminou esse acento diferencial da forma verbal "para", os substantivos compostos com esse elemento também perderam o acento.
NÃO SE EMPREGA O HÍFEN:
COMO ERA COMO DEVE SER ante-sala
auto-retrato anti-social
contra-senso ultra-sonografia
supra-renal
antessala autorretrato antissocial
contrassenso ultrassonografia
suprarrenal
COMO ERA COMO DEVE SER anti-aéreo
anti-americanismo auto-afirmação
auto-ajuda infra-estrutura
neo-impressionista
antiaéreo antiamericanismo
autoafirmação autoajuda
infraestrutura neoimpressionista
COMO ERA COMO DEVE SER manda-chuva pára-quedas pára-quedista
mandachuva paraquedas paraquedista
4) Nos compostos que apresentam elementos de ligação.
Observação: Incluem-se nesse caso os compostos que formam uma oração, como: ‘maria vai com as outras’, ‘leva e traz’, ‘diz que diz que’, ‘deus me livre’, ‘deus nos acuda’, ‘cor de burro quando foge’, ‘bicho de sete cabeças’, ‘faz de conta’. Exceções (7): ‘água-de-colônia’, ‘arco-da-velha’, ‘cor-de-rosa’, ‘mais-que-perfeito’, ‘pé-de-meia’, ‘ao deus-dará’, ‘à queima-roupa’.
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5) Nas formações com o prefixo < co > este se une diretamente ao segundo elemento, mesmo quando este se inicia por < o > ou < h >.
Observação: Dobra-se o < r > inicial do segundo elemento.
6) Nos vocábulos formados pelos < pre > e < re >, mesmo diante de palavras começadas por < e >.
pé de moleque pé de vento pai de todos
dia a dia fim de semana cor de vinho
ponto e vírgula camisa de força
cara de pau olho de sogra.
coobrigação
coedição
coeducar cofundador coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável coocorrência.
preexistente
preelaborar reescrever reedição.
Observação: Como o acento do prefixo < pré > é praticamente imperceptível em algumaspalavras, como ‘predeterminado’ e ‘preexistente’, na dúvida é sempre bom consultar o dicionário. Não se usa o hífen na formação de locuções com o advérbio ‘não’.
Observação: O Acordo Ortográfico aboliu o hífen das formas em que a palavra ‘não’ tem valorprefixal: ‘não agressão’, ‘não engajado’, ‘não fumante’, ‘não violência’, ‘não participação’, ‘não governamental’ etc.
Divisão silábica e translineação
Na divisão silábica quando da translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen ou mais, se a partição coincidir com o final de um dos elementos ou membros, deve-se, por clareza gráfica, repetir o hífen no início da linha imediata: Exemplos:
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(acordo de) não agressão
(reservado para) não fumantes
“O comandante da polícia é um ex- -capitão do Exército” “Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá- -los-emos na próxima semana.”
Ou
“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá-los-
-emos na próxima semana.” O carro do presidente era seguido de perto pelo do vice- -presidente.”
QUADRO-RESUMO
NÃO SE USA O HÍFEN:
REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕES
Em palavras compostas que apresentam
pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia,
Incluem-se nesse caso os
compostos que
elementos de ligação.
fim de semana, cor de vinho,
ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho
de sogra.
formam uma oração. Ex.:
Maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de
sete cabeças, faz de conta.
* Exceções (7): água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-
roupa. Se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
autoajuda, autoestrada, autoescola, antiaéreo,
intermunicipal, supersônico,
superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicírculo.
Se o prefixo terminar por vogal e a outra
palavra começar por < r > ou < s >, dobram-se essas letras.
contrarrelógio, minissaia,
antirracismo, ultrassom, semirreta.
Quando o prefixo < co- > juntar-se com o segundo elemento,
mesmo quando este se inicia por < o > ou <
h >.
coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação,
coerdeiro, corréu, corresponsável, coocorrência.
Com os prefixos < pre- > e < re- >, mesmo diante de palavras
começadas por < e >.
preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
Como o acento do prefixo é praticamente
imperceptível em algumas
palavras, como ‘predeterminado’ e ‘preexistente’,
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na dúvida é sempre bom consultar o dicionário.
Na formação de compostos começados por
‘não’.
(acordo de) não agressão
(reservado para) não fumantes.
O acordo ortográfico aboliu
o hífen das formas em que a palavra "não" tem valor
prefixal: ‘não agressão’, ‘não engajado’, ‘não fumante’, ‘não violência’, ‘não participação’,
‘não governamental’
etc.
USA-SE O HÍFEN: REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕES
Com os prefixos < circum- > e < pan- >, quando o
segundo elemento começa por vogal, < h >, < m > ou < n >.
circum-navegação, pan-africano;
Com os prefixos < hiper- >, < inter- > e <
super- >, quando o segundo
elemento começa por < r >.
hiper-realista e super-resistente
Quando o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
micro-ondas, anti-
inflacionário, sub-
bibliotecário, inter-regional, infra-axilar
Nas palavras compostas que não apresentam
guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-
Não se usa o hífen em certas palavras que
elementos de ligação.
feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-
ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-
boca.
perderam a noção de composição, como ‘girassol’, ‘madressilva’, ‘mandachuva’, ‘pontapé’,
‘paraquedas’, ‘paraquedista’, ‘paraquedismo’.
Em palavras onomatopeicas (isto é, que representam ruídos ou sons
naturais) que são compostas, mas não apresentam elementos de
ligação.
reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom,
pingue-pongue, zigue-zague, bi-bi, fom-fom, tim-tim (tim-tim por tim-
tim).
Nos compostos entre cujos
elementos há o emprego do apóstrofo.
queda-d'água, gota-d'água, copo-d'água.
Nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes de lugares) que apresentam ou não elementos de ligação.
belo-horizontino (Belo
Horizonte); porto-alegrense (Porto Alegre);
mato-grossense-do-sul (Mato
Grosso do Sul); rio-grandense-do-norte (Rio Grande do Norte)
Nos compostos que designam
espécies animais e botânicas (nomes de
plantas, flores, frutos, raízes, sementes),
tenham ou não elementos de
ligação.
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-
paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro,
pimenta-do-reino, peroba-do-campo,
cravo-da-índia.
Não se usa o hífen, quando os compostos que
designam espécies
botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares: 1) arroz-do-campo (certo tipo de erva) e arroz de festa
(alguém que está
sempre presente em festas). 2)
bico-de-papagaio (espécie de planta
ornamental) e bico de papagaio (deformação nas
vértebras). 3) olho-de-boi (espécie de
peixe) e olho de boi (selo postal).
Diante de palavra começada por <
h >.
anti-higiênico, sub-hepático, super-homem, sobre-humano.
Exceção: ‘subumano’
Com o prefixo < sub- >, usa-se o hífen também
diante de palavra começada por < b > e < r >.
sub-base, sub-bibliotecário, sub-região,
sub-reitor, sub-regional.
Com os prefixos < ex- >, < sem- >, < além- >, < aquém- >, < recém- >, < pós- >, < pré- >, < pró- >, <
vice- >.
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu, vice-rei.
A dúvida, nesse caso, é sempre comum. Como o
acento nos prefixos < pré- >, < pós- > e < pró- > é praticamente imperceptível na fala, em algumas palavras, como ‘predeterminado’ e ‘preexistente’, muitos não sabem se o hífen deve ou não ser usado. Assim, também aqui é sempre bom consultar o
dicionário. Com o prefixo < mal- >, quando
a palavra seguinte
começar por vogal, < h > ou
< l >.
mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-
limpo.
* Nos outros casos, escreve-se
sem hífen: malcriado,
malcomportado, malcheiroso, malfeito,
malsucedido, malvisto.
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se a palavra não
Regra de ouro: Para não correr o risco de errar, quando não se souber se a palavra perdeu a noção decomposição, é aconselhável consultar o dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelo uso. Exemplos disso são as palavras malmequer (sem hífen) e bem-me-quer (consagrada com hífen).
Complementando os estudos
Complemente o seu estudo, consultando o material que disponibilizamos em GLOSSÁRIO, DICIONÁRIOS,WEBIBLIOTECA e LINKS RELACIONADOS no menu à esquerda.
tiver elemento de ligação. Ex.: mal-
francês. Se houver elemento
de ligação, escreve-se sem hífen. Ex.: mal de lázaro, mal de sete dias.
Com < bem- >, de modo geral, nos compostos.
bem-aventurado,
bem-intencionado, bem-humorado, bem-merecido, bem-nascido, bem-falante, bem-vindo,
bem-visto, bem-disposto.
* Mas há vários casos em que bem se liga sem hífen à palavra seguinte. Ex.: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto.
MÓDULO II - UNIDADE 2 COMPLEMENTANDO OS ESTUDOS
Unidade 3 - Composição do Alfabeto
Uma inovação que o texto de unificação ortográfica de 1990 apresenta, logo na Base I, é a apresentação do alfabeto, acompanhado das designações que usualmente são dadas às diferentes letras.
No alfabeto português passam a figurar também as letras < k >, < w > e < y >, pelas seguintes razões:
a) Os dicionários da língua já registram estas letras, apresentando um razoável número de palavras do léxico português iniciado por elas;
b) Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que elas ocupam; e
c) Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que são grafadas com elas.
Apesar da inclusão no alfabeto das letras < k >, < w > e < y >, mantiveram-se as regras já fixadas anteriormente quanto ao seu uso restritivo, uma vez que
Atividade Complementar
JOGO DO HÍFEN Para jogar, acesse o link: http://educarparacrescer.abril.com.br/regras-hifen/index.shtml OBSERVAÇÃO
Consulte também o link http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
MÓDULO II - UNIDADE 3 COMPOSIÇÃO DO ALFABETO
existem outros grafemas com o mesmo valor fonético daquelas.
Ocorre que se, de fato, fossem abolidas as restrições quanto ao uso das letras < k >, < w > e < y >, provavelmente seria introduzido no sistema ortográfico português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade derepresentar, indiscriminadamente, por aquelas letras fonemas que são transcritos por outras.
O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução das letras < k >, < w > e < y >, largamente utilizadas na escrita de símbolos de unidades de medida, como km (quilômetro) e W (watt), e em palavras de origem estrangeira, comoshow, windsurf e playboy.
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A Base I do Acordo Ortográfico trata do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados:
1) O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
Observação: a) Além dessas letras, usam-se o < ç > (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: < rr > (erre duplo), < ss > (esse duplo), < ch > (cê-agá), < lh > (ele-agá), < nh > (ene-agá), < gu > (guê-u) e < qu > (quê-u). b) Os nomes das letras acima sugeridos podem ser designados de outras formas.
2) As letras < k >, < w > e < y > usam-se nos seguintes casos especiais:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantistno; Darwin, darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista; b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kwanza; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de cursointernacional: TWA, KLM; K (de kalium – potássio), W (West – oeste); kg (quilograma); km (quilômetro); kW (kilowatt); yd (yard – jarda); Watt.
3) Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller; shakesperiano, de Shakespeare.
Os vocábulos autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgaçãode certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, bungavília/ bunganvílea/bougainvíllea).
4) Os dígrafos finais de origem hebraica (< ch >, < ph > e < th >) podem conservar-se em formas onomásticas da tradição bíblica, como ‘Baruch’, ‘Loth’, ‘Moloch’, ‘Ziph’, ou então simplificar-se: ‘Baruc’, ‘Lot’, ‘Moloc’, ‘Zif’.
Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se, como em ‘José’ e ‘Nazaré’, em vez de ‘Joseph’ e ‘Nazareth’; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: ‘Judite’, em vez de ‘Judith’.
5) As consoantes finais grafadas (< b >, < c >, < d >, < g > e < h >) mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropônimos e topônimos da tradição bíblica: ‘Jacob’, ‘Job’, ‘Moab’, ‘Isaac’; ‘David’, ‘Gad’; ‘Gog’, ‘Magog’, ‘Bensabat’, ‘Josafat’.
Integram-se também nessa forma: ‘Cid’, em que o < d > é sempre pronunciado; ‘Madrid’ e ‘Valhadolid’, em que o < d > ora é pronunciado, ora não; e ‘Calcem’ ou ‘Calicut’, em que o < t > se encontra nas mesmas condições. Nada impede, entretanto, que os antropônimos em apreço sejam usados sem a consoante final ‘Jó’, ‘Davi’ e ‘Jacó’.
6) Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente.
Exemplos: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Justland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Muniche; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique etc.
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Emprego de maiúsculas e minúsculas
Se compararmos as disposições do Novo Acordo com o que está definido no atual Formulário Ortográfico Brasileiro (1943), observaremos que se implementou uma simplificação quanto ao emprego das letras maiúsculas.
Uso restrito:
· Aos antropônimos reais ou fictícios: Maria, José, Dom Quixote, Sancho Pança; · Aos topônimos reais ou fictícios: Belo Horizonte, Pará, Rio de Janeiro, Lumpalândia,
Herzoslováquia; · Aos nomes de instituições (pessoas jurídicas): Universidade de Brasília, Instituto Nacional
da Seguridade Social, Ministério da Educação; · Aos nomes de seres mitológicos ou antropomorfizados: Júpiter, Netuno, Minerva; Saci
Pererê; · Aos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Carnaval, Ano Novo;
· Às designações dos pontos cardeais e colaterais quando se referem a grandes regiões do Brasil e do mundo: Nordeste, Sudeste, Oriente, Ocidente;
· Às siglas: CPF, IPI, AGU, FAO, ONU; · Às iniciais de abreviaturas: ‘Sr.’, ‘Gen.’, ‘V. Exª’; e
· Aos títulos de periódicos: Diário do Povo, Veja, Estadão, Folha de S. Paulo.
Uso facultativo:
· Nas citações bibliográficas, com exceção do primeiro vocábulo e daquelesobrigatoriamente grafados com letras maiúsculas: O Primo Basílio ou O primo Basílio; Casa-grande e Senzala ou Casa-grande e senzala, Memórias Póstumas de Braz Cubas ou Memórias póstumas de Braz Cubas.
· Nos pontos cardeais e colaterais ordinários, mas não nas suas abreviaturas: norte, sul, leste, mas SW, SE, N etc.
· Nos axiônimos (formas de tratamento e reverência) e hagiônimos (nomes sagrados e que designam crenças religiosas): Senhor Pedro ou senhor Pedro; Doutora Marta ou doutora Marta; Governador Agnelo ou governador Agnelo; Magnífico Senhor Reitor ou magnífico senhor reitor; Santa Cecília ou santa Cecília; Papa Bento XVI ou papa Bento XVI.
· Nos nomes que designam domínios do saber ou disciplinas: Medicina ou medicina,Matemática ou matemática, Arte Renascentista ou arte renascentista.
· Nas categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios: Rua/rua TeodoroSampaio, Igreja/igreja de Santa Efigênia, Edifício/edifício Copasa etc.
Observação: no particular, nem o Acordo Ortográfico em vigor, nem o Formulário OrtográficoBrasileiro foram suficientemente explícitos ao tentarem estabelecer normas e critérios para o emprego das iniciais maiúsculas. Tanto é assim que o Acordo lança, ao final do tema, a seguinte observação:
“Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizaçõesespecíficas (terminologias antropológica, geológica, biológica, botânica, zoológica etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas internacionalmente”.
Ainda assim, vale observar certas tendências. - O emprego de maiúsculas em excesso, assim como dos negritos, dos sublinhados ou dos destaques, deve ser evitado, pois “polui" o texto. - A tendência é, pois, a seguinte:
a) mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúsculas;
b) mais modernidade, menos “poluição" gráfica, mais simplicidade: minúsculas.
Atenção! - A mídia é uma fonte inesgotável de criação de tendências, formulando, para cada caso,
normas próprias. - Nunca se pode, no entanto, esquecer a regra taxativa que preceitua o emprego obrigatório
de inicial maiúscula nos substantivos próprios de qualquer natureza.
Complementando os estudos
Complemente o seu estudo, consultando o material que disponibilizamos em GLOSSÁRIO, DICIONÁRIOS,WEBIBLIOTECA e LINKS RELACIONADOS no menu à esquerda.
Unidade 4 - Eliminação do Trema
Objeto da Base XIV, o TREMA, ou sinal de diérese (divisão de duas
vogais adjacentes em duas sílabas), é inteiramente suprimido em
palavras portuguesas ou aportuguesadas, permanecendo, contudo,
em nomes próprios estrangeiros e derivações: ‘Hübner’, ‘hüberiano’,
‘Müller’, ‘mülleriano’.
Empregado em diversas línguas, o trema ocorre para:
a) indicar alteração do som regular ou ordinário de uma vogal;
MÓDULO II - UNIDADE 3 COMPLEMENTANDO OS ESTUDOS
MÓDULO II - UNIDADE 4 ELIMINAÇÃO DO TREMA
b) indicar, em encontros vocálicos, que a vogal átona não
formava ditongo com a anterior;
c) dar identidade própria a determinada letra;
d) assinalar a independência de uma vogal em relação a uma vogal anterior.
No português, o trema é o diacrítico que se emprega sobre a letra < u >, quando átona, para indicar que ela
deveria ser pronunciada nos grupos < gue >, < gui >, < que >, < qui >.
Histórico do trema
O trema foi extinto da língua portuguesa pela segunda vez!
Sim; até 1971, ainda que pouco difundido, era facultado o uso do trema para indicar hiatos átonos. Dessa forma,
podíamos encontrar o trema sobre o < u > e até sobre o < i > em palavras como ‘païsinho’ e ‘paraïbano’, para
indicar a pronúncia do hiato pa-i-si-nho (diminutivo de país) e pa-ra-i-ba-no.
Como recurso poético, para estender a métrica da palavra ‘saudade’, era possível encontrar a grafia ‘saüdade’ (sa-
u-da-de).
Entretanto, justamente por ser de emprego facultativo e ainda porque em todas as línguas impera o princípio do
menor esforço (gráfico e oral), o uso do trema na representação de hiatos átonos, de tão raro, acabou caindo no
esquecimento. Com a reforma ortográfica de 1971, acabou-se por extinguir o uso do trema nesses casos.
Entretanto, a partir da década de 70, maus articulistas e outros não muito dedicados autores generalizaram o
equívoco de que, com a reforma recém-implantada, o trema havia sido abolido definitivamente da língua pátria,
como de resto já ocorrera em Portugal desde 1945.
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Pronúncia das palavras afetadas
Mesmo com o fim do trema, não haverá modificação na pronúncia das palavras. O novo acordo garante o direito de se manter a grafia original com o trema nos casos de nomes próprios, de empresas e de marcas com registro público.
Observações:
a) Embora o trema não seja mais usado, a pronúncia das palavras que recebiam o trema não mudará, ou seja,deveremos continuar pronunciando a letra < u >.
b) Não esqueça que jamais houve trema quando a letra < u > estava seguida de “o” ou “a”, como em ambíguo, longínquo, averiguar, adequado...
c) Se a letra < u >, antes de < e > ou < i >, fosse pronunciada e
tônica, devíamos usar acento agudo em vez do trema, tal como em “que ele averigúe”, “que eles apazigúem”, “ele argúi”, “eles argúem” etc. Este acento também foi abolido, como vimos anteriormente.
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AVALIAÇÃO FINAL
MÓDULO II - UNIDADE 4 COMPLEMENTANDO OS ESTUDOS
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Conteudista
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Coordenação Carlos Escosteguy
Núcleo pedagógico
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