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Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 2
Estrutura da Aula
•Conceitos de Proximidade (Amin e Cohendet)
•Economia do conhecimento : conceitos e evidências (Cooke et
al.)
•Clusters e conhecimento (Bathelt et al.)
•Buzz na economia urbana (Storper e Venables)
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 3
Amin e Cohendet: Geography of Knowledge Formation in Firms
Espaço não é apenas territorial, como também organizacional
Anos 80 e 90:
• Foco nos sistemas nacionais de inovação e nos
elementos institucionais do território
• Estudos sobre clusters e vantagens das aglomerações
• Estudos sobre comunidades de prática
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Conceitos de Proximidade
• Estudos levam à noção de que território define
oportunidades dos empreendedores e capacidade de
inovação
• Mas não há nada que comprove a dualidade entre lugar
(aderente) e espaço (impessoal)
• O conceito de ba de Nonaka e Konno mostra que há
vários tipos de espaço de relacionamento
• Organizações modernas, ao reduzir distância cognitiva,
criam seus próprios espaços relacionais (ou
organizacionais)
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Conceitos de Proximidade
• O resultado é que a fronteira entre relações locais e
globais fica tênue
• Harris (1998) mostra papel organizações globais na
disseminação de valores comuns (exs. Companhia das
Indias, Companhia de Jesus durante as grandes
navegações)
• Como as organizações antigas, empresas modernas
globais funcionam em rede, têm mecanismos complexos
de governança
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Conceitos de Proximidade
• Organizações globais podem ficar aprisionadas em
trajetórias devido à acumulação de competências mas
também buscam inovar mobilizando e envolvendo suas
equipes
• Atributos de redes globais que levam à geração de
conhecimento apontados pela literatura sobre empresas
globais são os mesmos que são apontados na literatura
sobre clusters
• Portanto, é necessário levar em consideração os dois
tipos de proximidade: geográfica e relacional (ou
organizacional)
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Cooke et al.: The emergent knowledge economy
•Crescimento da literatura sobre economia do conhecimento
ou do aprendizado
•Debate suscitado por globalização e difusão das TICs
•Parte da literatura foca nos aspectos espaciais da economia
do conhecimento, em particular cluster high-tech, spillovers
locais e relações globais-locais
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Cooke et al.: The emergent knowledge economy
Diferentes formas de compreender economia do
conhecimento:
•Conhecimento como insumo
•Conhecimento como produto
•Conhecimento codificado
•Difusão do conhecimento via TICs
•Criação de conhecimento
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Cooke et al.: The emergent knowledge economy
•Economia do conhecimento não se refere apenas a setores
de base tecnológica
•Há limites à codificação e à difusão eletrônica do
conhecimento
•Distinção informação e conhecimento: informação se
constitui de conjuntos de dados passivos que são mobilizados
por conhecimento; conhecimento é capacidade cognitiva que
habilita seus possuidores para ação manual e intelectual
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Cooke et al.: The emergent knowledge economy
•Proximidade e geografia são importantes no processo de
inovação e de geração de conhecimento
•Várias abordagens sobre proximidade têm em comum a
constatação que economia do conhecimento tem distribuição
espacial desigual no espaço
•Duas visões de espaço: Marshall (externalidades positivas de
aglomerações especializadas) e Jacobs (externalidades
positivas de aglomerações diversificadas)
•Economia do conhecimento tem vários indicadores possíveis
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Clusters e conhecimento (Bathelt et. al 2004)
•Vários autores apontam para o conhecimento tácito como
sendo local e o conhecimento como sendo global
•Esta visão não explica por que interações e transações dentro
de um cluster podem ser limitadas
•Dicotomia tácito=local versus codificado=global deve ser
substituída por análise das relações de troca de conhecimento
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Clusters e conhecimento
Criação de conhecimento nas firmas se desenvolve de
diversas formas, dentro dos limites das competências
À medida que firma cresce estoque de conhecimento também
cresce e se torna menos coerente
Custos de coordenação e de mudança fazem com que firma
acabe se concentrando num leque de competências específico
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Clusters e conhecimento
Firmas multidivisionais, ao mesmo tempo que apresentam
tensões no desenvolvimento de inovações, podem ter
vantagens na combinação de ideias de vários campos
Mas à medida que inovações se esgotam devido ao foco das
competências da firma, firmas buscam cooperação com outras
firmas para desenvolver inovações
Esta cooperação tem limites dados pelo aumento da distância
cognitiva resultante da cooperação
Clusters podem ser modo de equilibrar criação de
conhecimento dentro e fora da firma
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Clusters e conhecimento
Estudos sobre clusters mostram que relações input-output
internas ao cluster são raramente expressivas
Quadro institucional, comunicação interfirmas e
desenvolvimento de competências localizadas nos clusters são
elementos decisivos para inovação e crescimento
Qualidade exclusiva do cluster: burburinho (“Buzz”)
Buzz consiste de informação específica, atualização de
informações, aprendizado não intencional em encontros
organizados e acidentais, aplicação de interpretações comuns a
respeito de tecnologias, compartilhamento de hábitos e
tradições dentro de determinado campo tecnológico que
contribuem para o estabelecimento de convenções e outros
arranjos institucionais
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Clusters e conhecimento
Buzz contribui para o estabelecimento de laços de confiança
Clusters podem se tornar catalisadores para o
estabelecimento de comunidades de prática
Porém, não há evidência empírica de que redes locais
prevalecem sobre redes globais
Redes externas ao território são importantes para transmitir
conhecimento
“Pipelines”: termo usado para designar canais de
conhecimento externo
Tanto buzz como pipelines são fundamentais na construção de
conhecimento do cluster
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Clusters e conhecimento
Firmas tendem a formar pipelines para complementar suas
competências específicas
Conhecimento que chega via pipelines será assimilado de
acordo com a capacidade de absorção da firma
Quanto mais desenvolvidas as pipelines, maior será a
qualidade do buzz
Há limites no número de pipelines que cada firma é capaz de
administrar
Implicações de política: estabelecimento de redes externas
deve ser encorajado para garantir sobrevivência do cluster no
longo prazo
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Buzz e economia urbana (Storper e Venables)
•3 forças por detrás da urbanização:
Ligações para frente e para trás entre empresas
Aglomeração da força de trabalho
Interações que promovem inovação tecnológica
•Nestas três forças, o contato cara a cara é importante
•Jacobs: cidades são ambiente variado
•Marshall: aglomerações permitem troca de conhecimento
•Questão: como esta troca se realiza no contato cara a
cara?
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Buzz e economia urbana
•3 forças por detrás da urbanização:
Ligações para frente e para trás entre empresas
Aglomeração da força de trabalho
Interações que promovem inovação tecnológica
•Nestas três forças, o contato cara a cara é importante
•Jacobs: cidades são ambiente variado
•Marshall: aglomerações permitem troca de conhecimento
•Questão: como esta troca se realiza no contato cara a
cara?
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Buzz e economia urbana
•Motivação para o contato cara a cara
Incentivos em projetos cooperativos
Formação de grupos
•Indivíduos num ambiente com buzz interagem e cooperam
com outros indivíduos de alta capacidade, estão aptos a
comunicar ideias complexas e são altamente motivados. Colher
estes benefícios requer co-localização em vez de interlúdios
ocasionais do contato cara a cara
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Buzz e economia urbana
Exemplos: projetos de C&T, interação universidade-empresa,
•Cidades apresentam fertilização cruzada entre redes de
empresas
•Cidades com buzz derivam sua força aglomeradora de
externalidades de aglomeração e desenvolvem atividades
intensivas em informação como: funções criativas e culturais;
serviços financeiros; pesquisa, ciência e tecnologia; atividades
de poder e influência ligadas ao setor público
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Buzz e economia urbana
•Conclusões:
•Duas forças contraditórias:
•Codificação conhecimento reduz necessidade do contato cara a
cara e permite localização de atividades industriais em regiões
remotas
•Surtos de inovação envolvem processos complexos e esforço
de coordenação