Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Ir I
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidente
Fernando Henrique Cardoso
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO
Ministro
Marcos Vinlcios Pratini de Moraes
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
Presidente
Alberto Duque Portugal
Diretores
Dante Daniel Giacomelli ScolariElza Ângela Battaggia Brito da Cunha
José Roberto Rodrigues Peres
Chefia da Embrapa Amazônia Oriental
Emanuel Adilson Souza Serrão - Chefe GeralJorge Alberto Gazel Yared - Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento
Antonio Carlos Paula Neves da Rocha - Chefe Adjunto de Comunicação, Negócios e ApoioAntonio Ronaldo Teixeira Jatene - Chefe Adjunto de Administração
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
Governador
Almir José de Oliveira Gabriel
Vice-Governador
Hildegardo de Figueiredo Nunes
Secretaria Especial de Estado de Produção
Simão Robison Oliveira Jatene
Secretaria Executiva de Agricultura
Wandenkolk Pasteur Gonçalves
...•u..., -,
Boletim de Pesquisa NQ 5 Setembro, 1999
OCORRÊNCIA DE ESPOROS DE
FUNGOS MICORRíZICOS ARBUSCULARES
NO BAIXO AMAZONAS
Elizabeth Ying ChuItalo Claudio Falesi
Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:Embrapa Amazônia OrientalTrav. Or. Enéas Pinheiro, s/nTelefones: (91) 276-6653, 276-6333Fax: (91) 276-9845e-mail: [email protected] Postal, 4866095-100 - Belém, PA
Tiragem: 500 exemplares
Comitê de PublicaçõesLeopoldo Brito Teixeira - PresidenteAntonio de Brito SilvaAntonio Pedro da S. Souza FilhoExpedito Ubirajara Paixoto Galvão
Joaquim Ivanir GomesMaria do Socorro Padilha de OliveiraMaria de N. M. dos Santos - Secretária Executiva
Revisores TécnicosJoão Osvaldo Siqueira - UFLALuadir Gasparotto - Embrapa Amazônia OcidentalMarco Aurélio L. Nunes - FCAPMaria Marly de L. Silva Santos - FCAPOsvaldo H. Kato - Embrapa Amazônia Oriental
ExpedienteCoordenação Editorial: Embrapa Amazônia Oriental e SAGRINormalização: Lucilda Maria Souza de MatosRevisão Gramatical: Maria de Nazaré Magalhães dos SantosComposição: Euclides Pereira dos Santos FilhoCapa: Bernardo da Costa Ferreira
CDD: 589.2
CHU, E.V.; FALESI, I.C. Ocorrência de esporos de fungos mlcorrízlcos ar-busculares no Baixo Amazonas. Belém: Embrapa Amazônia Oriental,1999. 21p. (Embrapa Amazônia Oriental. Boletim de Pesquisa, 5).
1. Fungo - Distribuição geográfica - Brasil - Pará - Baixo Amazonas.2. Micorriza vesicular arbuscular. 3. Propriedade físico-química do solo.4. Acaulospora. 5. Gigaspora. 6. Glomus. 7. Scutellospora. I. Falesi, I.C.,colab. 11. Embrapa. Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental(Belém, PAI 111. Título. IV. Série.
© Embrapa - 1999
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
MATERIAL E MÉTODOS 8
RESULTADOS E DiSCUSSÕES 12
CONCLUSÕES 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20
OCORRÊNCIA DE ESPOROS DEFUNGOS MICORRíZICOS ARBUSCUlARES
NO BAIXO AMAZONASElizabeth Ying Chu 1
Italo Claudio Falesf
RESUMO: Com o objetivo de avaliar alterações na densidadede esporos de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) emagroecossistemas do Baixo Amazonas, foram feitas coletasde amostras aleatórias do solo da camada arável (0-20 cm)em diversas propriedades rurais nos municípios de Santarém,Belterra e Alenquer. Para cada propriedade foram colhidastrês amostras compostas e cada uma oriunda de 12 amostrassimples. A quantificação foi feita pela contagem de esporosde FMAs extraídos de 100g de cada amostra composta. Adensidade de esporos variou de 4 a 384 por 100g de solo,sendo a maior média de 299, e a menor, de 12 esporos por100g de solos encontrados nas áreas recobertas por macegae floresta, respectivamente. Não foram observadas correla-ções entre a densidade de esporos e as propriedades quími-cas e físicas do solo. Entretanto, o tipo e a idade de vegeta-ção influenciaram os números de esporos de FMAs recupera-dos. Dos esporos extraídos, foram identificados quatrogêneros de FMAs: Acaulospora, Gigaspora, Glomus eScutellospora, sendo Acaulospora com 100% de freqüênciade ocorrência, Glomus com 62,5%, Gigaspora com 31,9% eScutellospora com 6,9%. As características químicas (pH, P eAI) e físicas (argila total e porosidade) do solo influenciaramnas freqüências de ocorrência dos gêneros.
Termos para indexacão : agroecossistema, gênero, freqüênciade ocorrência, característica do solo
'Eng. Agr., M.Sc .. Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. Caixa Postal 48. CEP66017-970. Belém, PA.2Eng. Agr., Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental.
THE OCCURRENCE OF ARBUSCULAR MYCORRHIZALSPORES IN LOWER AMAZON REGION
SUMMARY: With the objective of evaluating the alteration inthe spore density of arbuscular mycorrhizal fungi (AMF) inagroecosystem of lower Amazon region, aleatory soil sampleswere collected from the arable layer (0-20 em] at diverserural properties in Santarém, Belterra and Alenquer counties.Three compost samples were collected from each propertyand each one was composed of 12 simpie samples. AMFspores were extracted from 100g of soil sample andquantified by spore counting. The spore number varied from4 to 384 per100g of soil and the greatest and least media of299 and 12 spores per 100g soil were found in the soil of theareas covered with macega and forest, respectively. Nocorrelation was observed between the spore density of AMFand the chemical and physical properties of the soil,however, the type and the age of the vegetation influencedthe spore density. Four genus of AMF were identified fromthe spores extracted: Acaulospora, Glomus, Gígaspora andScutellospora, with occurrence frequency of 100% inAcaulospora, 62.5% in Glomus, 31,9% in Gígaspora and6.9% in Scutellospora. The chemical (pH, P and AI) andphysical (total amount of clay and porosity) characteristics ofthe soil influenced the occurrence frequency of the genera.
Index terms: agroecosystem, genus, occurrence frequency,characteristic of soil
INTRODUÇÃO
As atividades agrícolas do século XXI estarão di-recionadas para o uso de recursos naturais visando a conser-vação do meio ambiente. Como as condições biológicas dosolo são um indicativo da sua qualidade, os estudos relacio-nados aos microrganismos edáficos são de extrema impor-tância para o uso e manejo do solo. O fungo micorrízico ar-buscular (FMA) ocorre em todas as partes do solo cobertaspela vegetação. Aproximadamente 95% das espécies deplanta formam associação simbiótica com esse fungo(Trappe, 1987). Inúmeros benefícios que resultaram dessaassociação já foram documentados, mas o aumento do ores-
6
cimento de plantas através da absorção maior de nutrientesdo solo, principalmente aqueles menos móveis, talvez seja oefeito mais consistente e marcante do FMA(Siqueira & Franco, 1988). Para a agricultura nos trópicos,onde predominam os solos de baixa fertilidade e alto poderde fixação de fósforo, a presença de FMA é, muitas vezes,necessária à sobrevivência e ao desenvolvimento das plantas(Janos, 1988).
Na Amazônia, a agricultura migratória é o sistemahabitualmente praticado pelo pequenos agricultores, onde asterras são preparadas através da derruba da vegetação,queima, cultivo de culturas alimentares (arroz, milho, caupi emandioca) e, por fim, pelo abandono da área que permaneceem pousio por determinado período. O uso agrícola de terrarevestida de floresta ou vegetação secundária (capoeiras)resulta em alterações edáficas mais ou menos intensas(Falesi, 1976). A pertubação de solo por fatores como des-matamento, fogo, erosão e compactação da camada aráveldo solo, monocultura prolongada, cultivo de espécies não--hospedeira de FMA e aplicação de biocidas podem causar aredução severa dos propágulos (esporos, hifa e segmentos deraízes colonizadas) de FMAs (Brundrett, 1991). A modifica-ção na composição das espécies de FMA foi encontradaquando estes solos foram cultivados (Siqueira et aI., 1989).Para poder aproveitar ao máximo os benefícios da associaçãomicorrízica na produção agrícola, aplicando a técnica de ino-culação ou manipulando a população nativa de fungos micor-rízicos através das práticas culturais e manejo de solo, é pre-ciso conhecer melhor a ecologia desses microrganismos.
O trabalho teve por objetivo avaliar as mudançasem densidade de esporos de FMAs e suas ocorrências em di-ferentes agroecossistemas na região do Baixo Amazonas.
7
MATERIAL E MÉTODOS
Foram selecionadas 20 propriedades rurais repre-sentativas de diversos agroecossistemas em municípios deSantarém e Belterra em Latossolo Amarelo Álico textura mui-to argilosa (Tabela 1) e quatro em Terra Roxa Eutrófica deAlenquer, para amostragem do solo durante o mês de no-vembro de 1997.
O clima da região de Santarém é do tipo Ami, deacordo com a classificação do Kõppen. O mês de novembro éconsiderado o final do período seco, que apresenta tempera-tura média de 26,9°C, umidade relativa de 79%, precipitaçãode 85mm e a água disponível do solo - 51mm (Bastos,1972).
Para cada propriedade, foram coletadas na cama-da arável (0-20cm) três amostras compostas, onde cada umaera oriunda de 12 amostras aleatórias simples. As amostrasforam armazenadas em caixas de isopor até serem processa-das. No laboratório, as amostras foram homogeneizadas eseparadas 100 g de solo por amostra para a extração deesporos do FMA, utilizando método de peneiragem úmida(Gerdemann & Nicolson, 1963) seguido por centrifugaçãoem água a 2.000 rpm, durante 3min, e em sacarose (45%) a1.500 rprn por 2 mino
Os esporos extraídos foram lavados com águacorrente sobre peneira com abertura de malha de 0,053mmpara remover a sacarose e, em seguida foram transferidospara placas de petri. Contaram-se os esporos com o auxíliode microscópio estereoscópico (40x), considerando-se so-mente aqueles que possuem conteúdos (citoplasma e lipídio).Após a contagem, esses esporos foram montados em lâmi-nas semipermanentes, usando PVLG (álcool polivinil + glice-rina + ácido lático) como fixador, para a identificação dosgêneros (Schenck & Pérez, 1987).
A freqüência da ocorrência dos gêneros identifica-dos foi calculada pela expressão: número de amostra queocorreu/número total de amostras observadas x 100. Dasmesmas amostras compostas de solo foram feitas também asanálises químicas e físicas (Tabelas 2 e 3) no laboratório deSolos da Embrapa Amazônia Oriental. A análise de variânciados dados foi feita pelo SAS, e a separação de média foi de-terminada pelo teste de Tukey (p=0,05).
8
TAB
ELA
1.Id
entif
icaç
ãoda
sam
ostr
agen
sdo
solo
àpr
ofun
dida
dede
0-20
cmem
agro
ecos
sist
e-m
aslo
caliz
ados
emco
mun
idad
esag
rícol
asdo
Bai
xoA
maz
onas
.N
'de
amos
traco
mpo
sta
Agr
oeco
ssis
tem
asde
San
taré
me
Bel
terr
a
tO
2
Roç
ado
recé
mqu
eim
ado
-C
omun
idad
eE
stra
da7.
Ant
erio
rmen
tese
ringa
lda
Ford
esta
bele
cido
em19
38.
Man
oel
Sam
paio
deO
livei
ra.
Bel
-te
rra.
Roç
ado
de1
ano,
ante
riorm
ente
capo
eira
de5
anos
.C
omun
idad
eE
stra
daN
ova,
14km
deS
anta
rém
.M
anoe
lR
odrig
ues.
Foi
feito
plan
tios
dem
ilho
ede
pois
man
dioc
a.A
amos
trage
mde
solo
foi
feita
dura
nte
ocr
esci
men
toda
man
dioc
a.R
oçad
ode
2an
os-
Com
unid
ade
Cip
oal,
Fran
cisc
oLi
ra,
a15
kmde
San
taré
m,
BR
-163
(Santarém-Cuiabá)
Ant
erio
rmen
te,
capo
eira
de8
anos
.Fo
ram
feito
spl
antio
sde
milh
oe
depo
isde
man
dioc
a.A
amos
trage
mde
solo
foi
feita
depo
isda
colh
eita
dem
andi
oca.
Mac
ega
2an
os-
Com
unid
ade
Est
rada
Nov
a,14
kmde
San
taré
m.
Man
oel
Rod
rigue
s.Fo
iro
çado
ante
riorm
ente
ean
tes
dest
aca
poei
rade
4an
os.
Mac
ega
2an
os-
Com
unid
ade
Est
rada
Nov
a,14
kmde
San
taré
m.
Man
oel
Rod
rigue
s.Fo
iro
çado
ante
riorm
ente
ean
tes
dest
aca
poei
rade
4an
os.
Pas
tage
mat
ual
Bra
quia
rão
de2
anos
.A
nter
iorm
ente
aes
ta,
past
agem
de15
anos
debr
aqui
arin
haqu
efo
ire
form
ada
com
quei
ma
epa
ssou
agr
ade
arad
ora,
sem
eand
oo
braq
uiar
ão.
Aár
ease
mpr
efo
ide
past
agem
.P
asta
gem
de7
anos
-C
omun
idad
eTi
piza
l.A
nter
iorm
ente
foi
uma
capo
eira
de7
anos
,se
ndo
em1970171
derr
ubad
ae
quei
mad
a.S
iste
ma
barr
eirã
oco
mm
ilho,
usan
doad
ubaç
ãoqu
ímic
apa
rao
milh
o.La
ranj
alde
14an
os-
Com
unid
ade
Est
rada
Nov
a.G
eral
doLe
onar
doR
eis.
Caf
ezal
de14
anos
-C
omun
idad
eE
stra
daN
ova.
Ger
aldo
Leon
ardo
Rei
s.C
apoe
irade
5an
os-
Com
unid
ade
Est
rada
Nov
a,14
kmde
San
taré
m.
Man
oel
Rod
rigue
s.C
apoe
irade
5an
os-
Com
unid
ade
San
taC
ruz.
Sér
gio
Fern
ando
Dia
s.C
apoe
rião
de15
anos
-C
omun
idad
eE
stra
daN
ova.
Eds
onP
erei
raR
eis.
Cap
oeirã
ode
15an
os-
Com
unid
ade
San
taC
ruz.
Sér
gio
Fern
ando
Dia
s.C
apoe
irão
de25
anos
-C
omun
idad
eC
ipoa
l,Fr
anci
sco
Lira
,15
kmde
San
taré
m,
BR
163.
Cap
oeirã
ode
50an
os-
Com
unid
ade
São
José
,16
kmde
San
taré
m.
Mig
uel
das
Frei
ras.
Cap
oeirã
ode
50an
os-
Com
unid
ade
Est
rada
Nov
a.G
eral
doLe
onar
doR
eis.
Cap
oeirã
ode
60an
os-
Com
unid
ade
Est
rada
7.Fo
rmad
aem
ex-p
imen
tal
esta
bele
cido
em19
38.
Bel
terr
a.C
apoe
irão
de70
anos
-C
omun
idad
eJa
cam
an,
20km
deS
anta
rém
,R
od.
San
taré
m-C
uruá
Una
.A
nton
ioS
ouza
Mai
a.Fl
ores
ta-
Rod
.C
uruá
-Una
,km
11,
Qui
ncó.
Dia
man
tina.
Flor
esta
-C
omun
idad
eS
anta
Cru
z.Fr
anci
sco
Mor
eira
.C
acau
alde
20an
os-
Ale
nque
r.O
plan
tiode
caca
ual
foi
feito
nosu
b-bo
sque
deca
stan
heira
sna
tivas
.P
asta
gem
de30
anos
-A
lenq
uer.
Aár
eafo
ide
past
agem
dura
nte
30an
os.
Fora
mfe
itas
vária
squ
eim
adas
para
elim
inar
aser
vas
dani
nhas
.
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 24
TAB
ELA
2.A
nális
equ
ímic
ado
solo
(méd
iade
três
amos
tras
com
post
aspo
rár
ea)à
prof
undi
dade
de0-
20cm
,em
dive
rsos
agro
ecos
sist
emas
doB
aixo
Am
azon
as.
Tipo
de.
pHC
MO
NP
KN
aC
aC
a+M
gA
Iso
loA
qroe
coss
iste
mas
........
........
.....
%...
......
......
......
.....
.........
.....
ppm
........
.,.......
........
........
....M
mol
c/kg
.......
Lato
ssol
o1.
Roç
ado
quei
mad
o4,
02,
313,
980,
196,
346
,319
,00,
631,
131,
80A
mar
elo
2.R
oçad
o1
ano
5,2
2,36
4,06
0,18
13,6
62,3
17,6
4,20
5,20
0,00
Álic
o3.
Roç
ado
2an
os5,
12,
894,
980,
208,
045
,017
,64,
265,
260,
00A
rgilo
so4.
Mac
ega
5,1
2,26
3,89
0,16
10,0
38,3
17,0
3,96
4,93
0,26
5.M
aceg
a5,
31,
392,
390,
1314
,662
,614
,63,
704,
760,
006.
Pas
tage
m2
anos
5,1
1,54
2,66
0,12
9,6
39,3
15,6
1,90
2,80
0,30
7.P
asta
gem
7an
os5,
62,
253,
880,
173,
637
,613
,33,
334,
200,
008.
Lara
njal
14an
os4,
71,
942,
490,
136,
033
,616
,31,
732,
300,
669.
Caf
ezal
14an
os5,
01,
803,
100,
164,
039
,616
,32,
963,
700,
3310
.Cap
oeira
5an
os4,
31,
913,
280,
188,
034
,318
,31,
532,
201,
43....•
11.C
apoe
ira5
anos
5,2
1,55
2,66
0,13
7,6
44,0
16,3
3,46
4,40
0,23
O12
.Cap
oeirã
o15
anos
4,1
1,64
2,82
0,13
5,0
23,6
13,6
0,70
1,26
1,80
13.C
apoe
irão
15an
os4,
61,
532,
630,
1510
,028
,612
,02,
433,
060,
4014
.Cap
oeirã
o25
anos
4,2
2,53
4,36
0,19
6,0
36,3
16,3
2,60
2,23
1,16
15.C
apoe
irão
50an
os4,
22,
344,
030,
189,
637
,615
,61,
201,
701,
7016
.Cap
oeirã
o50
anos
4,1
2,34
4,02
0,18
5,3
43,6
19,0
2,03
2,70
1,00
17.C
apoe
irão
60an
os4,
02,
925,
030,
185,
035
,616
,00,
360,
662,
2318
.Cap
oeirã
o70
anos
4,2
2,00
3,44
0,17
5,6
40,0
22,3
1,56
2,36
1,13
19.F
lore
sta
3,7
1,80
3,16
0,17
12,3
40,0
22,3
0,43
1,03
2,20
20.F
lore
sta
3,9
1,35
2,32
0,12
11,6
39,6
14,6
0,7
1,26
1,33
Terr
a21
.Cac
aual
20an
os6,
31,
692,
910,
161,
318
5,6
39,6
9,1
11,5
00,
00R
oxa
22.C
apoe
irão
15an
os6,
41,
572,
690,
152,
322
2,3
48,3
9,4
11,1
00,
0023
.Flo
rest
a7,
21,
562,
690,
173,
021
0,3
44,6
10,6
12,3
00,
0024
.Pas
tage
m30
anos
6,9
1,60
2,75
0,14
2,0
142,
026
,310
,011
,30
0,00
TAB
ELA
3.A
nális
efís
ica
doso
lo(m
édia
detrê
sam
ostra
sco
mpo
stas
por
área
)à
prof
undi
dade
de0-
20cm
,em
dive
rsos
agro
ecos
sist
emas
doB
aixo
Am
azon
as.
Arg
ilato
tal
Den
sida
deM
acro
poro
sM
icro
poro
sM
a-Ti
pode
solo
Agr
ecos
sist
emas
apar
ente
cro/
Mic
ropo
-(%)
(g/c
c)(%)
(%)
rosi
dade
lato
ssol
o1.
Roç
ado
quei
mad
o72
,20,
9731
,11
34,5
60,
90A
mar
elo
2.R
oçad
o1
ano
56,7
1,21
25,7
930
,88
0,84
Álic
om
uito
3.R
oçad
o2
anos
68,0
1,08
24,9
734
,36
0,73
Arg
iloso
4.M
aceg
a49
,31,
0734
,65
27,3
51,
275.
Mac
ega
36,7
1,34
24,6
925
,64
0,96
6.Pa
stag
em2
anos
45,3
1,23
24,8
229
,18
0,85
7.Pa
stag
em7
anos
67,3
1,08
21,6
037
,40
0,58
8.la
ranj
al14
anos
58,7
1,16
29,8
428
,82
1,04
9.C
afez
al14
anos
60,0
1,18
25,2
329
,43
0,86
....•10
.Cap
oeira
5an
os46
,71,
2122
,72
30,2
80,
75....•
11.C
apoe
ira5
anos
43,3
1,16
31,3
625
,97
1,21
12.C
apoe
irão
15an
os57
,31,
1827
,15
30,5
10,
8913
.Cap
oeirã
o15
anos
46,0
1,18
29,9
826
,35
1,14
14.C
apoe
irão
25an
os74
,71,
0225
,14
33,1
90,
7615
.Cap
oeirã
o50
anos
68,7
1,14
23,3
832
,62
0,72
16.C
apoe
irão
50an
os64
,01,
0828
,41
32,9
20,
8617
.Cap
oeirã
o60
anos
72,0
0,88
36,1
131
,89
1,13
18.C
apoe
irão
70an
os57
,31,
1326
,07
31,2
60,
8319
.Flo
rest
a62
,71,
0628
,34
33,6
60,
8420
Flor
esta
42,0
1,20
25,7
427
,60
0,93
Terra
Rox
a21
.Cac
aual
20an
os28
,022
.Cap
oeirã
o15
anos
37,0
23.F
lore
sta
26,7
24.P
asta
gem
30an
os20
,7
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Observou-se na Tabela 4, que entre os locais deamostragem, a densidade de esporos variou de 4 a 384 por100g de solo, sendo a maior média de 299 e a menor de 12esporos por 100g de solo encontrados nos solos das áreasrecobertas por macega e floresta, respectivamente. Foi en-contrada grande variação em números de esporos recupera-dos das amostras de solo do mesmo ecossistema, coletadasem diferentes locais. Entre os agroecossistemas, a densidadede esporos em solo de macega foi maior, embora estatisti-camente não tenha diferenciado daquelas de pastagem, ca-poeira e laranjal (Fig. 1). Macega geralmente ocorre nas áreasde abandono após dois a três anos de cultivo, quando o solose encontra no início da degradação. Embora não tenha sido-feita a identificação das espécies de FMA encontrado, a ele-vada densidade de esporos no solo de macega pode ter efei-tos importantes na taxa de sucessão da vegetação secundá-ria.
As densidades de esporos não diferiram entre pas-tagens de dois, sete e trinta anos, e a média da densidade deesporos só foi superada pela aquela da macega (Tabela 4 eFig. 1). A gramínea braquiária, usada para pastagem na regi-ão, é considerada uma planta micorriza dependente (Siqueira,1994). As plantas que demonstram a dependência micorrízicaestimulam o crescimento de fungos micorrízicos no solo. Solode pastagem produtiva pode ter até dez vezes mais propágu-los efetivos de FMA do que de floresta. A infectividade dosolo que contém número elevado de esporos geralmente so-fre pouca alteração quando é perturbado (Jasper et aI. 1992).Talvez estas sejam as explicações para a aproximação dosnúmeros de esporos encontrados em pastagens de 7 e 30anos.
12
TAB
ELA
4.D
ensi
dade
dees
pora
sde
FMA
,m
édia
eva
riaçã
o(e
ntre
parê
ntes
es)
efr
eqüê
ncia
deoc
orrê
ncia
rela
tiva
dos
gêne
ros
emag
roec
ossi
stem
asdo
Bai
xoA
maz
onas
(méd
iade
três
amos
tras
com
post
as).
Freq
üênc
iade
ocor
rênc
iado
sLo
cal
Tipo
deso
loA
groe
coss
iste
ma
Nº
espo
ros/
1O
Og
solo
gêne
ros
(%)
Ac
Gig
Scu
tG
I
San
taré
mLa
toss
olo
Am
arel
o1
.Roç
ado
quei
mad
o23
(14-
35)
c10
0O
OO
eB
elte
rra
Álic
om
uito
argi
loso
2.R
oçad
o1
ano
70(1
7-13
3)bc
100
33,3
33,3
33,3
3.R
oçad
o2
anos
95(7
2-12
8)bc
100
33,3
O33
,34.
Mac
ega
299
(192
-389
)a
100
100
33,3
33,3
5.M
aceg
a11
0(5
5-20
0)bc
100
33,3
O10
06.
Pas
tage
m2
anos
202
(142
-246
)ab
100
100
O10
07.
Pas
tage
m7
anos
116
(112
-124
)bc
100
66,7
O10
08.
Lara
njal
14an
os12
8(8
1-21
1)bc
100
100
O66
,79.
Caf
ezal
14an
os84
(70-
103)
bc10
0O
O10
010
.Cap
oeira
5an
os10
8(2
6-16
3)bc
100
66,7
O66
,7w
11.C
apoe
ira5
anos
139
(121
-162
)bc
100
OO
100
12.C
apoe
irão
15an
os54
(21-
97)
bc10
0O
O10
013
.Cap
oeirã
o15
anos
106
(65-
178)
bc10
033
,3O
100
14.C
apoe
irão
25an
os71
(7-1
07)
bc10
0O
O66
,715
.Cap
oeirã
o50
anos
30(9
-45)
c10
0O
33,3
66,7
16.C
apoe
irão
50an
os63
(4-1
68)
bc10
0O
O66
,717
.Cap
oeirã
o60
anos
21(6
-48)
c10
066
,7O
33,3
18.C
apoe
irão
70an
os40
(15-
63)
c10
0O
OO
19.F
lore
sta
45(3
6-54
)c
100
33,3
66,7
33,3
20.
Flor
esta
59(4
2-86
)bc
100
33,3
O66
,7A
lenq
uer
Terr
aR
oxa
21.C
acau
al20
anos
25(5
-44)
c10
033
,3O
33,3
22.C
apoe
irão
15an
os22
(10-
45)
c10
0O
O66
,723
.Fl
ores
ta12
(8-1
6)c
100
OO
33,3
24.P
asta
gem
30an
os10
6(9
4·12
1)bc
100
33,3
O10
0M
édia
=10
031
,96,
962
,5C
V(%
)=56
,47
Ae
=Aeaulospora;
Gig
=Gigaspora;
Seu
!=Scutellospora;
GI
=Glomus.
250
OÕ<liCI 200OOs~ 150LI..
CI>"O<li 1002oQ.<liCI>CI> 50
"O
ZO
FI Cap Ca
a
Ro Ma Pa La Cal Cac
Agroecosslstem as
FIG. 1. Densidade de esporos de fungos micorrízicos arbus-culares em diferentes agroecossistemas do BaixoAmazonas (FI: floresta., Cap: capoeirão, Ca: capoeira,Ro: Roçado, Ma: macega, Pa: pastagem, La: laranjal,Caf: cafezal, Cac: cacaual).
As áreas recobertas pela vegetação segundária fo-ram denominadas de capoeira (cinco a dez anos) e capoeirão(> 10 anos), dependendo da idade da vegetação. Foi obser-vada a tendência de decréscimo em densidade de esporos deFMAs com o aumento da idade da vegetação segundária(Fig. 2). Como as condições edáficas de capoeirão são se-melhantes às da floresta com o avanço da idade, a densidadede esporos de capoeirão não diferenciou daquele da floresta(Fig. 1). O número de esporos em solos de floresta do trópicoúmido é baixo devido à estabilidade desses ecossistemas na-turais onde, na presença constante de hospedeiros e na au-sência da variação brusca na fertilidade do solo, os fungosnão precisam esporular, perpetuando-se na forma de hifa. Aomesmo tempo, os esporos podem ser consumidos por outrosmicróbios, protozoários ou roedores, devido à inexistênciadas condições adversas para limitar suas populações(Janos, 1992). A densidade de esporos encontrados emagrossistemas do Estado de Minas Gerais foi duas vezes su-perior à daqueles encontrados em ecossistemas naturais.(Siqueira et aI. 1989).
14
...~ 1~r---------------------------------------~8120
~ 100
~ 80-8 60
'"e ~o~ 20Q)
Ó o L- ~------------~------------------~Z
y=-17,743x+ 125,93~=O,8323
•
5 anos 15 anos 25 anos 50 anos 60 anos 70 anos
Idade de capoeira
FIG. 2. Relação entre número de esporos de FMA recuperadode 1OOg de solo e idades de capoeiras em diferentescomunidades do Baixo Amazonas.
A população de fungos micorrfzicos pode aumen-tar significativamente quando o solo da floresta é cultivado,provavelmente devido ao aumento da densidade da plantapor hectare, à elevada taxa de assimilação de fotossíntesedas plantas cultivadas e à aplicação de alguns fertilizantes(Sieverding, 1987). No entanto, a diversidade das espéciesde FMAs é mais elevada no solo da floresta (Siqueira, 1994).
A área de roçado recém-queimado apresentoumenor densidade de esporos, quando comparada às áreas deroçado de um e de dois anos, embora não tenha sido estatis-ticamente significativa (Tabela 4). Como a camada arável dosolo é o principal reservatório de propágulos de FMAs(Bellgard, 1993), a prática de queima pode certamente redu-zir a população de FMAs nela contida. No solo cultivado comlaranjal de 14 anos, o número de esporos recuperado foi mai-or (128 esporos/IOOg solo), seguido pelo cafezal de 14 anos(84 esporos/IOOg solo) e cacaual de 20 anos (23 espo-ros/IOOg solo), embora as diferenças não tenham sido signifi-
15
16
cativas (Fig. 1). O número de esporos produzidos pode serinfluenciado pela planta, além do ambiente e do solo(Brundrett, 1991). A população de FMAs em agrossistemaspode oscilar conforme o estádio de crescimento da planta,estresse sazonal ou algum insumo agronômico (Sieverding,1989). Não foram observadas relações entre a densidade deFMAs e as propriedades químicas e tísicas do solo.
Dos esporos extraídos, foram identificados quatrogêneros de fungos micorrfzicos arbusculares: Acaulospora,Gigaspora, Scutellospora e Glomus, sendo Acaulospora o gê-nero encontrado em todas as amostras coletadas com 100%de freqüência de ocorrência, seguido pelo Glomus com62,5%, Gigaspora com 31,9% e Scutellospora com 6,9%(Tabela 4). Embora não haja evidência de que a quantidadede FMAs esteja relacionada aos nutrientes do solo, os estu-dos que exploram as relações ecológicas desses fungos indi-cam a existência das relações entre algumas característicasdo solo e a ocorrência de certas espécies de FMA (Schencket aI. 1986).
Entre as propriedades químicas do solo, o pH tal-vez seja a característica mais indicada pára os estudos quali-tativo e quantitativo dos fungos micorrfzicos. Indiretamente,o pH influencia também na solubilidade do AI, que tem açãofungistática no solo ácido do trópico (Siqueira & Franco,1988). O P do solo atua no estabelecimento e funcionamentoda simbiose. Estes são os fatores que têm maiores influên-cias sobre a formação de FMAs (Siqueira & Franco, 1988).Devido à pouca amostragem e variação observada em análi-ses química e tísica do solo de Terra Roxa, os resultados des-ta são apenas demonstrativos e não serão discutidos nestetrabalho.
Na Tabela 5, foi observada, em Latossolo AmareloÁlico muito argiloso, a ocorrência generalizada do gêneroAcaulospora em classes de solos estudados, evidenciando asua predominância no solo da Amazônia. O Acaulospora foirelatado também como o gênero predominante no solo dosestados de São Paulo (Lopes et alo 1983) e de Minas Gerais(Siqueira et alo 1989). O gênero Gigaspora ocorreu com maiorfreqüência em solos com pH entre 5,0 - 6,0; AI < 1,0 e P >6,0 ppm, enquanto a ocorrência do Glomus foi maior no solocom pH entre 5,0 - 6,0, AI < 1,0 e P< 12,0 ppm.A freqüência de ocorrência do gênero Scutellospora é relati-vamente baixa em comparação com os demais gêneros,e junto com o Gigaspora preferiram solos com teores maisaltos de P.
Na literatura foram encontrados resultados con-traditórios. Segundo Siqueira et alo (1989), o Gigaspora ocor-reu com menor freqüência em solos com P> 6ppm, enquantoo Glomus mostrou maior ocorrência em solo com pH > 6,5 eP> 12 ppm. Existe tolerância de algumas espécies a uma fai-xa ampla de pH e de nível de fertilidade do solo e outras quesó ocorrem em condições específicas. As diferenças em me-todologias usadas para análises de solo tornaram difíceis ascomparações entre os resultados obtidos pelos diferentes au-tores.
São escassas as informações sobre a relaçãoentre física do solo e a ocorrência dos FMAs. Por seremaeróbios obrigatórios, os solos com elevado teor de umidadecom aeração deficiente são, geralmente, desprovidos de mi-corrizas (Siqueira & Franco, 1988). Foi observada neste tra-balho, que a percentagem de argila contida no solo não influ-enciou a freqüência de ocorrência do gênero Acaulospora en-quanto a ocorrência dos gêneros Gigaspora e Glomus foimaior em solo com 35% a 55% de argila e uma proporção de1,02 entre o macroporo e o microporo. Para o generoScutellospora, a freqüência de ocorrência foi mais elevada emsolos com 55% a 75% de argila e a proporção de 0,86 entreo macroporo e o microporo (Tabela 6).
17
TAB
ELA
5.O
corr
ênci
are
lativ
ado
sgê
nero
sde
fung
osm
icor
rízic
osar
busc
ular
esen
cont
rado
sem
amos
tras
com
post
asco
leta
das
emdi
vers
osag
roec
ossi
stem
asno
Bai
xoA
maz
onas
por
cara
cter
istic
asqu
ímic
asdo
solo
.
Loca
lTi
pode
solo
Gen
eros
deFM
AFr
eqüê
ncia
deoc
orrê
ncia
por
clas
sede
solo
pHA
lfJm
eQll0
0Cc
P(p
pm)
<5,0
5,0-
6,0
>6,0
<0,5
0,5-
1,0
>1,0
<6,0
6,0-
12,0
>12,
0
San
taré
me
Lato
ssol
oA
mar
elo
Auco
Acaulospora
100
100
100
100
100
100
100
100
Bel
terr
aM
uito
argi
loso
Gigaspora
27,8
45,8
44,4
50,0
22,2
22,2
42,4
33,3
Scutellospora
8,3
8,3
7,4
O12
,5O
6,1
33,3
Glomus
55,6
75,0
77,8
83,4
48,2
66,7
63,6
55,5
-"' (X)
Ale
nque
rTe
rra
Rox
aAcaulospora
100
100
100
Gigaspora
16,7
16,7
16,7
Scutellospora
OO
O
Glomus
58,3
58,3
58,3
Ae
=Acaulospora;
Gig
-Gigaspora;S
eul
-Scutellospora;
GI
-Gtomus.
TABELA 6. Ocorrência relativa dos gêneros de fungos micor-rízicos arbusculares em amostras compostas cole-tadas em diversos agroecossistemas do BaixoAmazonas por granulometria e característicasffsicas do solo.
Local Tipo de soloGêneros de Freqüência de ocorrênciaFMA por argila total
Santarém e Latossolo Amarelo 20-35 % 35-55% 55-75%Belterra Álico argiloso
Acaulospora 100 100Gigaspora 52.4 25,6Scutellospora 4,8 10,3Glomus 81,0 56.4
Alenquer Terra Roxa Acaulospora 100Gigaspora 16,7Scutellospora OGlomus 58,3
Proporção entre macroporosidade e microporosidade 1.02 0,86
Ae - Aeaulospora; Gig - Gigaspora; Seut - Scutellospora; GI - Glomus.
CONCLUSÕES
Os fungos micorrízicos arbusculares são encontra-dos em solos de todos os agroecossistemas do Baixo Ama-zonas investigados, com a ocorrência predominante dogênero Acaulospora, seguido por Glomus, Gigaspora eScutellospora.
A densidade de esporos de fungos micorrízicosarbusculares varia entre os locais de coleta, o tipo de solo e avegetação. A idade de vegetação segundaria influencia nega-tivamente a densidade de esporos de fungos micorrízicos ar-busculares.
As características do solo não se relacionam coma densidade de esporos do fungo micorrízico, porém, a fre-qüência de ocorrência dos gêneros é influenciada pelo pH, AI,P e argila total do solo.
19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, T.X. O Estado atual dos conhecimentos das condi-ções climáticas da Amazônia brasileira. In: IPEAN. Zonea-mento agrícola da Amazônia: 1a aproximação. Belém,1972. p.68-122. (lPEAN. Boletim Técnico, 54).
BELLGARD, S.E. The topsoil as the major store of thepropagules of vesicular-arbuscular mycorrhizal fungiin southeast Australian sandstone soils. Mycorrhiza,Netherlands, v.3, p.19-24, 1993.
BRUNDRETT, M. Mycorrhizas in natural ecosystems.Advances in Ecological research. London, v.21,p.1 71-313, 1991 .
FALESI, LC. Ecossistema de pastagem cultivada na Amazôniabrasileira. Belém: Embrapa-CPATU. 1976. 193p.(Embrapa-CPATU. Boletim técnico. 1).
GERDEMANN, J.W.; NICOLSON, T.H. Spores of mycorrhizalendogone species extracted from soil by wet sieving anddecanting. Transaction British Mycology Society, v.46,p.235-246, 1963.
JANOS, D.P. Mycorrhiza applications in tropical forestry: aretemperate - zone approaches appropriate? - In: NG,F.S.P.ed. Trees and mycorrhiza. Kuala Lumpur: ForestResearch Institute of Malaysian, 1988. p.133-188.
JANOS, D.P. Heterogeneity and scale in tropical vesicular-arbuscular mycorrhiza formation. In: READ, D.J.; LEWIS,D.H.; FITTER, A.H.; ALEXANDER, LJ. ed. Mycorrhizasin ecosystems. Wallingford: CAB International, 1992.p.276-282.
JASPER, D.A.; ABBOTT, L.K.; ROBSON, A.D. Soildisturbance in native ecosystems - the decline andrecovrery of infectivity of VA mycorrhizal fungi. In: READ,D.J.; LEWIS, D.H.; FITTER. A.H.; ALEXANDER, LJ.ed. Mycorrhizas in ecosystems. Wallingford: CABInternational, 1992. p.151-155.
20
LOPES, E.S.; OLlVERA, E.; DIAS, R.; SCHENCK, N.C.Occurrence and distribution of vesicular-arbuscularmycorrhizal fungi in coffee (Coffiea arabica L.) plantationsin central São Paulo State - Brazil. Turrialba, San Jose,v.33, n.4, p.417-42, 1983.
SCHENCK, N.C.; PEREZ, Y. Manual for the identification ofVA mycorrhizal fungi. Gainesville: INVAM/University ofFlorida, 1987. 245p.
SCHENCK, N.C.; SIQUEIRA, J.O.; OLIVEIRA, E. Incidenceof VA mycorrhizal fungar species in some native andcultivated cerrado soils of Minas Gerais State. Fitopatolo-gia Brasileira, Brasllia, v.11, p.350-351, 1986.
SIEVERDING, E. VA mycorrhizal in soils under cultivation intropical America. In: CONGRESS OF INTERNATIONALSOCIETY OF SOIL SCIENCE, 13., 1986, Hamburg.Transactions. Hamburg: ISSS, 1987. v.6, p.840-852.
SIEVERDING, E. Ecology of VAM fungi in tropicalagrosystems. Agriculture, Ecosystems and Environment,Amsterdam, V.29, p.369-390, 1989.
SIOUEIRA, J.O. Micorrizas arbusculares. In: ARAUJO, R.S.;HUNGRIA, M., ed. Microrganismos de importância agríco-la. Goiânia: Embrapa-CNPAF/Brasília: Embrapa-SPI, 1994.226p. (Embrapa-CNPAF. Documentos, 44).
SIOUEIRA, J.O.; COLOZZI - FILHO, A.; OLIVEIRA, E. Ocor-rência de micorrizas vesicular arbusculares em agro eecossistemas do estado de Minas Gerais. Pesquisa Agro-pecuaria Brasileira, Brasília, v.124, n.12, p.1499-1506,1989.
SIOUEIRA, J.O.; FRANCO, A. A Biotecnologia do solo: fun-damento e perspectivas. Lavras: MEC/ABEAS, 1988.236p.
TRAPPE, J.M. Phylogenetic and ecologic aspects ofmycotrophy in the angiosperms grom na evolutionarystandpoint. In: SAFIR, G.R., ed. Ecophysiology of VAmycorrhizal plants. Boca Raton, 1987. p.5-25.
21