28
COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Page 2: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Cursos e Eventos 20

Cartas 25

Últimas Notícias 24

Notas 16

2004:um ano de muitasconquistas

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Mais um ano se completa.E ao refletir sobre os principaisacontecimentos deste 2004tenho a certeza de que alcan-çamos muitas das metastraçadas para este ano.

Foram diversos eventos, pa-lestras e até mesmo longasbatalhas judiciais para garan-tir a plena autonomia dosprofissionais de enfermagemdurante o exercício da profis-são, além de buscarmos avalorização da imagem de en-fermeiros técnicos e auxiliaresde enfermagem junto à equipede saúde e frente à sociedade.

Na matéria de capa destaedição 54 da Revista COREN-SP, vocês podem acompanhara retrospectiva de todos ostrabalhos executados peloConselho durante este ano,bem como conferir quais sãoos objetivos para 2005.

Entre estes está a mobilizaçãoque estamos organizandoentre todos os profissionais dacategoria contra o Ato Médico,o qual restringe as atividades

de diversos profissionais dasaúde, inclusive, dos enfer-meiros.

Ao contribuir com a campanhao COREN-SP espera conscien-tizar o maior número de pes-soas sobre as implicações doProjeto de Lei que institui oAto Médico, já que esta dis-cussão envolve todos osprofissionais de saúde.

É essa a finalidade de um con-selho de classe. E esperamoscontar com a participaçãoativa de todos.

Desejamos Feliz Natal e umpróspero Ano-Novo ao todosnossos profissionais.

Boa leitura

Ruth Mirandapresidente

capa366 vezes enfermagem - Retrospectivaaponta conquistas do COREN-SP

artigo - Heródoto BarbeiroO vôo da angola

portariaResolução COFEN 295/2004

TecnologiaFalha de comunicação

EspecialQuando o sol é o inimigo

entrevistaSistema Integrado de fiscalizaçãoRuth Miranda e Cláudio Porto

06

12

14

17

18

01ciência e tecnologiaVeri Chip

04

02mercado de trabalhoEnfermagem no tratamento dedoenças renais

Índice

Page 3: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

ciência e tecnologia

01

Por João Marinho

Como funciona o chipque a FDA liberou

recentemente parafins médicos

ma das cenas marcantes do filme Matrix (1999)é aquela em que Smith (Hugo Weaving) implantaU

O primeiro ciborgue

Pronto-atendimento ouinvasão de privacidade?

em Neo (Keanu Reeves) um transmissor capaz de detectarsua presença em qualquer lugar. Parecia algo distante denós, mas, na verdade, a idéia pode estar mais perto doque pensamos.Em outubro, a empresa Applied Digital Solutions recebeuda FDA (Food and Drug Administration, Administração deDrogas e Alimentos), entidade responsável pelo controlede alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, auto-rização para comercializar o seu VeriChip para fins médicos.Trata-se de um chip subcutâneo do tamanho de um grãode arroz implantado no antebraço por meio de uma seringa.O VeriChip tem uma memória de 128 caracteres, que podearmazenar informações sobre seu portador. Ativado porum scanner, o chip emite um sinal de radiofreqüência ereleva os dados que contém.

Mil e uma utilidadesA tecnologia não é nova. Há anos, animais têm chips im-plantados no corpo. O próprio VeriChip é testado emhumanos desde 2002, quando uma família americana, osJacobs, decidiu implantá-lo e virou notícia.Além da médica, as aplicações são muitas: o sinal pode,por exemplo, ser transmitido via satélite e/ou liberar o acessodo portador a um determinado sistema. Não por acaso, oVeriChip tem versões anti-seqüestro (VeriKid), para controlede acesso a prédios (VeriGuard) e, em breve, para compras(VeriPay). Elas já são comercializadas internacionalmente. Aempresa Metro Risk, por exemplo, distribui os dispositivosem mais de 10 países, inclusive o Brasil.A aplicação aprovada pelo FDA é, porém, mais singela. OVeriChip fornecerá um número de 16 dígitos que médicos,enfermeiros e agentes de saúde poderão consultar emum banco de dados criptografado na Internet, com as

informações atualizadas sobre o estado de saúde da pessoa.A idéia é especialmente interessante para quem necessitade acompanhamento médico constante, mas nem sempretem condições de identificar-se ou dizer o que sente,como os pacientes de Alzheimer. Mesmo assim, a polêmicaé grande. Há quem tema que, no futuro, o chip seja usadopara fins mais maliciosos.

Em 1998, Kevin Warwick, professor de cibernética da Universidadede Reading, no Reino Unido, tornou-se o primeiro ser humano aimplantar um chip no braço, que lhe permitiu interagir comdispositivos de seu laboratório. Em 2002, novo implante, dessavez para monitorar impulsos nervosos. Com este último, Warwickconseguiu controlar uma mão artificial sem que os impulsos,

transmitidos via chip, passassem previamente pelo cérebro.

Page 4: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

P

02

Falta de informação e consumoindiscriminado de medicamentoscontribuem para altos índices de

pacientes com doenças renais

oucos sabem, mas hipertensão e diabetes são as principaiscausas, atualmente, de doenças renais em adultos. Estima-

Enfermagem notratamento dedoenças renais

se, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, que dos34 milhões de brasileiros que possuem estas enfermidades, 6,6%são doentes renais.

Fraqueza muscular, dispnéia, inapetência, vômitos, confusão mental, anemia,alteração da cor da pele, cabelos quebradiços são alguns dos sintomas indicativosde quem está desenvolvendo uma doença renal. “Uma medida de prevenção contraa doença seria a de educar a população para que não usassem medicamentosindiscriminadamente, sobretudo antiinflamatórios, e alertar para o risco do ex-cesso de sal na alimentação”, sugere Kelly dos Santos, enfermeira encarregadado serviço de nefrologia – diálise peritoneal e transplante renal – do Hospital doServidor Público.A falta deste tipo de esclarecimento pode fazer com que a doença saia do nível iniciale torne-se crônica. No estágio mais avançado, a insuficiência renal crônica afeta osangue por reter no organismo água e substâncias como uréia, creatinina, fósforo,potássio e paratohormônio, levando à anemia, edema agudo de pulmão,tamponamento cardíaco, parada cardíaca, crise convulsiva, tremores musculares eem casos extremos, ao coma e à morte. “Geralmente quando os pacientes procuramnosso hospital eles já se encontram no estágio terminal da insuficiência renal. Osrins já não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente”,

Page 5: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

mercado de trabalho

03

confirma Adriana Aleixo Dias, enfermeira que atua no serviçode hemodiálise da Beneficência Portuguesa há sete anos.Para se ter uma idéia dos riscos a que a população se expõe,quase um milhão de brasileiros têm problemas renais e 70%deles não sabem disto. A doença renal tornou-se, então, umproblema de saúde pública em que se faz necessário otrabalho de educação continua por médicos e, principal-

mente, por enfermeiros de orientação sobre o acom-panhamento ambulatorial desde o momento em que foiconstada à doença.Daí a importância de tratamentos preventivos mais eficazes.Nesse contexto, o profissional de enfermagem representaum excelente instrumento para o controle , não apenas dosmales que desencadeiam a insuficiência renal, mas tambémda própria doença. “O papel da enfermagem é fundamental,já que se situa mais próxima do dia-a-dia do doente renalcrônico, tendo assim a oportunidade de mantê-lo informadoe conscientizá-lo do processo de reabilitação”, esclareceÉrica Teodoro de Araújo, enfermeira especialista emnefrologia que atua há 3 anos no Instituto de Nefrologiade São Paulo.O mais importante no tratamento do renal crônico é umbom relacionamento do profissional com os familiares eo paciente, pois não basta só o tratamento curativo; é umpaciente que a vida toda vai depender de cuidados médi-cos e de enfermagem, ou fazendo tratamento dialítico ou sesubmetendo a um transplante renal, não podendo se es-quecer das reinternações que são freqüentes. “O profissionalde enfermagem deve atender ao paciente com eficiênciatécnica e humanizada”, atesta a enfermeira Adriana.

Mercado de trabalhoComo a grande maioria dos pacientes renais crônicos apresentamuma outra doença de base, é exigido do profissional conheci-mento em outras áreas clínicas, já que estes pacientes sãoextremamente instáveis e precisam de constante observação.“Eu acredito que o profissional que opte pela área de nefrologia,esteja ciente que além de conhecimento científico é necessário

o conhecimento técnico. Com a especialização as portascomeçam a se abrir”, analisa Kelly dos Santos.Com o aumento do número de transplantes renais e dos casosrenais crônicos diagnosticados, nota-se que há um mercado emexpansão para o desenvolvimento da enfermagem na área denefrologia, especialmente sob o ponto de vista qualitativo. Istoimplica dizer que, como citado acima, faz-se necessário que oprofissional de enfermagem especialize-se e qualifique-se para ocargo. “O enfermeiro deve estar apto a discutir os efeitos da doençae das medicações sobre o organismo do paciente, sintomas quepodem ocorrer durante o tratamento dialítico e as formas deevitar as complicações, principalmente por transgressõesdietéticas”, afirma a enfermeira Érica.“Enfermeiros, técnicos e auxiliares devem participar de programaseducativos junto a grupos da comunidade, promover a educaçãocontinuada e orientação ao paciente quanto a necessidade doauto cuidado”, aponta Patrícia de Oliveira Castro, enfermeira doserviço de nefrologia da Santa Casa. Desta maneira, entende-se oprofissional de enfermagem como um educador, portanto, umelemento essencial para a realização de campanhas sobre a im-portância da prevenção primária (grupos de riscos para doençarenal) e programas de reeducação alimentar, com participaçãoativa.

“Segundo Renata Aleixo presidenteda SOBEN, hoje,

em São Paulo, há 9.838 mil pessoasaguardando na fila

de espera por um transplante.”

“Segundo Renata Aleixo presidenteda SOBEN, hoje,

em São Paulo, há 9.838 mil pessoasaguardando na fila

de espera por um transplante.”

Page 6: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

O04

Ruth Mirandapresidente do COREN-SP

Cláudio Portodepartamento de

fiscalização do COREN-SP

O SIF seráuma espécie

de guiadirecional ao

fiscal, visandoconduzir suas

ações para aefetiva

resolutividadeda ação

fiscalizatória

Foto

div

ulga

ção

Sistema Integradode Fiscalização

Estratégias operacionais irãoaperfeiçoar e agilizar o processo

fiscalizatório em 2005

COREN-SP, diante da necessidade de aprimorar seu sistema fiscalizatório

está implantando um novo sistema que visa melhorar a operacionalização

e agilizar o processo de fiscalização. No próximo ano será implantado o Sistema

Integrado de Fiscalização (SIF) que visa gerenciar todas as atividades fiscalizatórias

do Estado de São Paulo.

Page 7: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

e n t r e v i s t a

05

Revista do COREN-SP - O que éo Sistema Integrado deFiscalização (SIF)?Ruth Miranda, presidente doCOREN-SP - O SIF é uma importanteferramenta que será utilizada paraagilizar o processo de fiscalização doCOREN-SP. Hoje atendemos mais de260 mil profissionais no Estado deSão Paulo e cerca de 15.000 institui-ções de saúde, portanto precisamosque as informações sejam trans-mitidas e armazenadas de forma rá-pida e segura. Com o novo sistema,todo o Estado passa a ficar interligadoao banco de dados do Conselho.

RC: Como será a implantaçãodesse novo sistema?Ruth Miranda - Para a implantaçãoalgumas mudanças estruturais estãoacontecendo. Uma delas é a amplia-ção física de algumas subseçõesalém da aquisição de equipamentos.Todos os fiscais terão como ferra-menta de trabalho um Palmtop(computador de mão), através doqual terão acesso às informaçõesnecessárias para cada visita realiza-da. Atualmente estão sendo realiza-dos treinamentos com o departa-mento de fiscalização a fim de sanartodas as dúvidas sobre a operacio-nalização do sistema.

RC - E como funcionará o SIF?Cláudio Porto - depto de fisca-lização: O SIF será uma espécie deguia direcional ao fiscal, visando con-duzir suas ações para a efetiva re-solutividade da ação fiscalizatória,viabilizando e otimizando os resulta-dos de uma intervenção fiscalizatória.

RC - Como será a atuação dofiscal a partir da implantação doSIF?

Cláudio Porto - Com este novosistema será possível ter o controlee monitoramento estratégico dasações fiscalizatórias nas visitas etambém possibilitar o continuo aper-feiçoamento do trabalho dos fiscais.Com as reformulações e re-estrutu-ração em curso, teremos uma ex-pressiva melhoria do perfil operacio-nal e estratégico, onde o fiscal seráresponsável pelo controle, retorno eresultados das ações desenvolvidasna visita fiscalizatória, devendorepassar as situações à coorde-nação, somente depois de esgotadostodos os instrumentos ao seu al-cance, com relatórios, documentose justificativas.

RC - Atualmente qual o tempomédio entre uma visitafiscalizatória e a notificaçãode uma instituição?Cláudio Porto - Depende das situa-ções encontradas, e com o novo sis-tema e forma de atuação, estaremosreduzindo este tempo ao intervalomínimo possível entre a intervençãoinicial e a intervenção necessária àcorreção das situações constatadas.

RC - Com o novo sistema comoficará esse prazo?Cláudio Porto - Acredito que nomáximo em 60 dias da intervençãoinicial, teremos o perfil resolutivoesperado.

RC - O que o sistema tem deinovador?Ruth Miranda - O sistema possuiuma interface WEB integrada com obanco de dados do COREN-SP, per-mitindo que o fiscal tenha acesso aosdados de profissionais e instituiçõesde qualquer lugar, bastando, paraisso, estar conectado a Internet.

Com isso, agilizaremos todo o pro-cesso de trabalho resultante da in-tervenção realizada na fiscalização.

RC - O que permitiu criar essesistema?Ruth Miranda - O sistema inte-grado somente é possível, porque oCOREN-SP investiu, ao longo de seisanos, na sua plataforma tecnológica.Contamos hoje com um banco dedados bem mais abrangente que éconstantemente atualizado. Alémdisso, temos investido no desen-volvimento de programas próprios,capazes de gerenciar tais atividadese também na segurança dos dadosde nossos profissionais. Outra gran-de vantagem deste processo, funda-mentado em nosso experiência evivência experimentadas, é o fato deque estaremos transmitindo, aosdemais COREN’s, todo o nosso co-nhecimento tecnológico adquiridoatravés de experiências desen-volvidas no Estado, colaborando pa-ra que exista uma uniformização nasações fiscalizatórias em todo o Pais.

RC - Como o COREN-SP esperaque esse novo sistemacontribua para a qualidade daassistência prestada aopaciente/cliente?Ruth Miranda - As intervençõesfeitas pelo COREN-SP, além debuscar um exercício profissionallegal e ético, possibilitarão efetiva-mente, a melhoria da qualidade daassistência de Enfermagem em todoo Estado de São Paulo, pois oCOREN-SP, além das intervençõesque sejam de sua competência legal,estará também desenvolvendoações que objetivam as respostas esoluções aos problemas detectadose constatados pela fiscalização.

Page 8: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Page 9: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5407

capa

Por Mônica Farias

ezembro. O final de 2004 chegaquase que num susto, mal parecendoD

366 VEZESRetrospectiva

aponta asconquistas doConselho em

2004

ENFERMAGEM

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

ter iniciado. Para o COREN-SP foram rá-pidos, porém intensos 366 dias (2004 foiano bissexto) em que a enfermagem e seusprofissionais deram o tom de suas ações,seus projetos e reinaram absolutos pelas salase corredores da sede e subseções, já pre-parando a entidade para os muitos projetosque a presidência, diretoria e colaboradoresjá desenvolvem para 2005.

Page 10: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5408

capa

Presidência: plantão 12h x 12h

Adotado como mera referência, o horário de 6 da manhãcostuma transformar-se com freqüência em 5h30 ou mesmo5h. “Não é possível adotar uma carga horária menor que estapara dar andamento a tudo que envolve o desempenho das

atividades do COREN-SP”, explica a presidente.

Estes projetos visam dar con-tinuidade ao trabalho executadopelo COREN-SP, o qual ano a anointensifica a campanha para a valo-rização da imagem do profissionalenfermeiro, além de estimular aqualificação deste por meio daobtenção de conhecimento técnico-científico. E este próximo ano nãoserá diferente; não pouparão esfor-ços para garantir a autonomia doexercício da enfermagem e a res-peitabilidade dos profissionais en-fermeiros junto à comunidade desaúde e frente à sociedade.

Fiscalização: Todos os dias emtodos os lugaresEmbora represente a alma de todoConselho de Classe, acredita-se quegrande parte do trabalho desen-volvido por estes órgãos passequase invisível aos olhos de seusprofissionais – no caso do COREN-SP, 260 mil enfermeiros, técnicos deenfermagem e auxiliares de enfer-

magem registrados em nossoestado até novembro deste ano.A fiscalização, o olho que tudo vêdo Conselho, se faz ativa atravésdo trabalho de um pequeno exér-cito de enfermeiros-fiscais que es-tão todos os dias nas ruas, seja nacapital, nas movimentadas grandescidades do interior e litoral, sejanum pequeno município da zonarural. Visitando toda e qualquerinstituição de saúde onde a enfer-magem seja exercida, lá estará ofiscal do COREN-SP. O objetivo:garantir que apenas profissionais deenfermagem, e não leigos, estejamexercendo as atividades exclusivasdos verdadeiros profissionais. Etambém, que cada profissionalesteja exercendo exatamente aqui-lo que a Lei determina.Em 2004 este trabalho não foi me-nos penoso aos fiscais – já que, emmuitas situações, existe uma posturaagressiva da instituição à figura dofiscal. Mas, por outro lado, esta

atividade tem contado cada vez maiscom o apoio dos profissionais, queaos poucos sentem-se mais segurose confiantes em procurar seu órgãode classe para denunciar situaçõesque estão em evidente desacordocom as legislações que regem asatividades da enfermagem.Um aspecto desconhecido dafiscalização – uma atividade quepode se desenvolver durante o dia,à noite, num final de semana ouferiado – é que o fiscal sabe o mo-mento em que iniciará a visita, masnunca saberá o horário de terminar.Ou, então, o local em que irá ter-minar. É muito comum visitas fiscali-zatórias, motivadas ou não pordenúncias de colegas, terminaremnuma delegacia, com a abertura deum boletim de ocorrência pelo fis-cal, para registro imediato dasirregularidades que possam oferecermaior perigo aos usuários da ins-tituição visitada. Em 2004 maiscolegas aprenderam a utilizar o

Um dia de trabalho que tem início às 6h damanhã e termina às 6h da tarde. Não se

trata de um rotineiro plantão 12hx36h, masde um típico dia de trabalho da presidente doCOREN-SP, Ruth Miranda - sem direito às 36

horas de descanso.

Page 11: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

capa

09

Conselho em benefício próprio, deseus colegas e de seus pacientes.

DIC – Ano a ano, porta deentrada para todosO primeiro contato que todorecém-formado nos cursos de nívelmédio e graduação trava com oConselho de Enfermagem de SãoPaulo é através do DIC – nossoDepartamento de Inscrição eCadastro. Por ele passaram todos os260 mil profissionais registrados.Ano a ano o DIC e seus servidoresvêm se aprimorando no atendi-mento preciso e correto ao públi-co, garantindo que todo o processode inscrição ocorra de forma rápidae precisa, permitindo ao profis-

sional obter sem demora o docu-mento que o habilita ao exercícioda profissão.

Fax, cartas, e-mails...Para alguns profissionais, o únicocontato direto que mantiveram como COREN-SP ocorreu em, nomáximo, dois momentos: o dia emque realizaram a inscrição provisóriae o dia em que realizaram a ins-crição principal. Após estas duasocasiões, esqueceram-se que oConselho continua à disposição,com suas linhas de comunicaçãoabertas para atender quaisquer

dúvidas ou questionamentos.Diariamente os Correios entregamna sede do COREN-SP uma grandequantidade de cartas e os aparelhosde fax recebem diversas mensa-gens, assim como nossos endere-ços de e-mail. Para gerenciar todaesta carga de correspondência, foicriada há alguns anos a Central deInformações, responsável por regis-trar e acompanhar o andamento decada uma delas, desde sua entrada,envio para a presidência, encami-nhamento e saída, sem que qual-quer uma delas seja extraviada ousem que uma resposta deixe de serenviada ao interessado.

Mostrando a cara e ocoração da enfermagemUma das grandes preocupações doCOREN-SP tem sido a busca davalorização da enfermagem pelasociedade através da divulgação deinformações sobre a profissão paraos meios de comunicação, es-

Até novembro de 2004foram realizadas

cerca de 3.500 visitasfiscalizatórias em todo o

Estado de São Paulo

Em 2004

38,8 milprofissionais foram

atendidos pelo DIC,somente na sede da

capital, ou seja, cerca de160 pessoas/dia.

Atenta e ciente da movimentação de todos os setoresdo Conselho, Ruth Miranda acredita ser de vital

importância para a coesão das ações da entidade oseu envolvimento direto em todos os aspectos que

envolvem sua administração.

Faz parte de sua rotina ler, darencaminhamento ou responder

diretamente a toda a correspondênciaque chega ao COREN-SP – o que, num

ano típico, pode significar cerca de 5 mil mensagens de conteúdo diverso.Se dentre estas encontra alguma que possa ser respondida

imediatamente, não hesita em telefonar para o profissional que a enviounaquele mesmo momento.

Page 12: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5410

capa

pecialmente durante o momento emque a profissão é celebrada nomundo inteiro. Em 2004, não foidiferente esta abordagem.O COREN-SP sempre esteve à fren-te no que tange a comunicação.Durante a semana de enfermagemde 2004 o Conselho novamentedivulgou campanha publicitária emoutdoors durante a Semana Brasi-leira de Enfermagem em diversosmunicípios de Estado, apresen-

sionais – uma forma de prestigiar abusca pelo aprimoramento técnicoe científico como forma de valo-rizar a imagem profissional.

2005: feliz ano velhoEmbora ainda restem alguns diaspara sua chegada, há meses que2005 já é pauta das reuniões doCOREN-SP, tornando o ano jápresente. São projetos que terãosua implantação inicial, experi-mental ou definitiva, em várioscampos. Todas convergindo paratornar mais eficiente o trabalho doConselho em benefício de todosos profissionais e de toda apopulação.Dentre os projetos, destacam-se:

Implantação do SistemaIntegrado de FiscalizaçãoJá em andamento parcial, atravésda adoção de Palmtops pelos fiscais(leia entrevista nesta edição), o sis-tema irá facilitar a padronização das

Desde sua criação em1998, a Central de

Informações já registroue acompanhou o trâmite

de 56 milconsultas, denúncias,

ofícios – 7.100deles apenas entre

janeiro e outubro de2004

tando uma imagem positiva doprofissional, reforçada pela men-sagem “Enfermagem, a cor davida”, manifestando, num jogo depalavras, a visão do profissionalcomo alguém cuja atuação com-petente traz alegria, colorido à vidanum momento de dor (“a cor davida”) e que, ao mesmo tempo, tra-balha para despertar o desejo deum viver saudável a seus pacientes(“acorda vida”).Além da campanha publicitária edivulgação da Semana de Enfer-magem à imprensa, os conselheirose fiscais do COREN-SP participaramcomo palestrantes de 168 eventosno Estado de São Paulo.Outra forma encontrada peloConselho para fortalecer a profissãoé o apoio a eventos científicos dacategoria, como ocorreu em 2004com o 2º Encontro Nacional deAuxiliares e Técnicos de Enfer-magem, promovido pela ANATEN,entidade que reúne estes profis-

“É comum o profissional levar um sustoquando ligo - ou por não acreditar querealmente sou eu, ou pelo horário da

ligação, já que por várias vezes não me deiconta de que ainda eram 6h30 da manhã”,

conta.

A tranqüilidade do horário poucoconvencional que permite à presidente ler a

grande quantidade de mensagens termina por volta das 8 horas, quandotem início a movimentação em torno de sua sala – reuniões com chefias

para a solução de questões administrativas internas, reuniões comassessores para discussão e detalhamento de metas e estratégias - emespecial às de fiscalização - reuniões com profissionais que desejam a

solução de um problema ou apenas abraçá-la.

Page 13: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5411

capa

ações junto às instituições, permitindoo acompanhamento dos atos de formadireta, entre outras vantagens.

Otimização do telefone 0-800A linha de atendimento que per-mite ao profissional ligar gratui-tamente ao COREN-SP, terá suautilização otimizada e dinami-zada, com uma proposta de fusãoe centralização das principaisinformações solicitadas pelos pro-fissionais.

Portal COREN-SPA página do COREN-SP na Inter-net (www.corensp.org.br) iráevoluir e oferecer mais serviçosaos profissionais. Será possível,por exemplo, requisitar a 2ª via deguias de anuidade. Está previstotambém um espaço interativocom a presidência, onde será pos-sível conversar, questionar ousugerir ações.

Bolsa de oportunidadesÉ a evolução natural da atual Bolsade Empregos .A nova bolsa de oportunidades seráum cadastro de recolocação equalificação profissional. Issosignifica que irá cadastrar, também,profissionais que estejam empre-gados, mas que almejam outrospostos de trabalho. O cadastro dosprofissionais será feito pela Internete o acesso aos dados será permitidosomente ás instituições cadastradaspelo sistema, garantido o sigilo dosdados desses profissionais.Ao contrário de uma relação depessoas desempregadas ou embusca de um segundo emprego, aBolsa de Oportunidades irá valo-rizar aqueles inscritos, oferecendoao mercado de trabalho o profis-sional com o perfil exato que buscapara sua instituição.

Revista do COREN-SPPrincipal meio de comunicaçãoentre o COREN-SP e seus profissio-nais, a Revista irá crescer e diver-sificar seu conteúdo, com o ob-jetivo de atender igualmente aosinteresses específicos de enfer-meiros, técnicos de enfermagem eauxiliares de enfermagem sem,contudo, segmentar a publicaçãoou perder o foco da abordagem dostemas de uma forma que possibilitea leitura e o aproveitamento portoda a equipe de enfermagem.

Campanhas de comunicaçãoEm 2005 o COREN-SP pretendeampliar suas campanhas cujo focoserá, além dos profissionais de en-fermagem, a sociedade como umtodo. “É preciso consicentizar apopulação sobre o verdadeiro papeldos nossos profissionais.” afirma apresidente.Garra para isso não falta.

Entre 2000 e 2004 a bolsa deempregos recebeu 5mil

inscrições

“Ficaria satisfeita se pudesse receber todosos colegas que tentam agendar um horário

para conversarmos. Mas é algohumanamente impossível.”, lamenta.

Além do atendimento interno, Ruth Mirandaainda participa de reuniões com

autoridades ou entidades que representemalgum interesse para a enfermagem.

Ao ser questionada sobre sua dedicação quase integral aoCOREN-SP a despeito de o cargo de Conselheira-Presidente

não ser remunerado, Ruth, que é aposentada e exerce o cargode assessora e diretora de enfermagem de uma instituição deensino da capital, sorri. “Quando fui eleita para o Conselho,assumi um compromisso com os colegas de todo o estado.

Para cumprir minha palavra, não tenho o direito de dedicar-memenos que isso”.

Page 14: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Quando o sol

12

“ Verão e pelesaudável é

umacombinação

possível?Dicas de

enfermagemmostram que

sim”

Verão. Esta é a época do ano em que o sol forte e o calor levam amaioria dos paulistas ao litoral para curtir as férias e celebrar as

é o inimigo

festas de final de ano. Para encontrar o equilíbrio com as altas temperaturasda estação, a maioria das pessoas quer algo para aplacar o calor: águagelada, um refrigerante, um suco, um sorvete e, é claro, um bom banhode mar ou piscina.Mas, ao mesmo tempo em que a estação mais quente do ano provocareações de puro contentamento, exige uma vigilância constante contra osefeitos nocivos do sol. Isso porque a exposição excessiva aos raios solarespode causar o envelhecimento precoce, queimaduras, reações alérgicas,danos oculares, diminuição da umidade que favorece o aparecimento decertas doenças e o câncer de pele.A luz solar tem, sim, diversas propriedades. Possui um papel muitoimportante na síntese da vitamina D, necessária para fortalecer os ossos

Page 15: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 540713

especial

“A chegada doverão requer

cuidadosredobrados com

a pele”

e evitar o raquitismo. Isto implicadizer que tomar sol é importante aoorganismo humano, porém, deve-seficar atento quando se trata de umaexposição prolongada ao sol. “To-mar sol em alguma parte do corpopor cerca de 10 minutos diários, é osuficiente para a síntese de vitaminaD”, esclarece Lígia Quitério, enfer-meira que atua no serviço de der-matologia do Hospital das Clínicas.Saber cuidar da pele, sobretudonesta época do ano, é essencial parater uma pele saudável, já que deacordo com estudos, cerca de 75%da radiação solar recebida durantea vida ocorre nos primeiros 20 anose os efeitos da radiação ultravioletasó se manifestam com o passar dotempo. As lesões começam a apa-recer na maioria das vezes ao redordos 40 anos. “Campanhas de pre-venção mostrando depoimentos depessoas que já passaram por essesproblemas de pele ajudaria a ame-nizar este problema”, sugere aenfermeira Lígia.Dados divulgados pelo Ministério daSaúde entre os anos 1999 e 2000demonstram que o câncer de pele éo que apresenta o maior número decasos na distribuição percentualconsiderando-se ambos os sexos:13,72% de câncer de pele, 11,91%

câncer de mama e 7,88% câncerde colo de útero.Quanto mais sensível for a pele,maior deve ser a proteção, utilizandoinclusive barreira física, como cha-péu, camiseta, guarda-sol. O fatormínimo para proteção adequada éo FPS 15, aplicando o filtro gene-rosamente sempre 40 minutos antesde se expor ao sol. “Para dar umamargem de segurança, é preferívelusar sempre um filtro solar com FPSigual ou maior que 25 e reaplicá-lo acada duas horas”, diz Lígia.Mas engana-se quem acha queapenas a sol em excesso é nocivo àpele e o substitui pelas câmaras debronzeamento artificial encontradas,facilmente, em clínicas de estética dacidade. Da mesma maneira que o sol,estas câmaras também emitem raiosUVA – responsável pelo bronze-amento e fotoenvelhecimento dapele – e UVB responsável pelaqueimadura, bronzeamento tardio edesenvolvimento do câncer de pele.“O bronzeamento artificial é con-tra-indicado, pois cada 15 a 30minutos de exposição às suas luzes,corresponde a um dia inteiro de ex-posição ao sol, na praia”, apontaMirian Ramos Varanda, enfermeiraque atua há 10 anos em dermatologiana Santa Casa de Misericórdia de

São Paulo.A enfermeira Mirian acredita queeducar a população e intensificar ascampanhas preventivas é essencialpara evitar que mais pessoas soframcom qualquer tipo de lesão oca-sionadas nesta época do ano, sejamqueimaduras ou infecções fúngicas.“Nós, profissionais de enfermagem,devemos constantemente orientar aspessoas desde nossos familiares aténossos pacientes. Creio também quetodos deveriam ser orientados ausar protetor solar desde a infância.A proteção é o melhor remédio”,conclui Mirian.

Dicas para manter-sesaudável no verão

- Não utilizar produtos caseiros parase expor ao sol;- Utilizar protetor solar com fatorno mínimo 15 e reaplicar a cadaduas horas;- No caso de vermelhidão (quei-madura de 1º grau) tomar banhosem aplicar sabão ou esfregar olocal;- Nos casos de aparecimento de bo-lhas, deve-se procurar um profis-sional especializado;- Beba bastante água para prevenira desidratação.

Page 16: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5414

Celulares perto deUTIs geram riscos para

T

Por João Marinho

odos sabemos. Desligar o celular em locaiscomo cinemas e teatros é de bom tom.

Nos aviões, porém, há também outro motivo: a

geração de campos eletromagnéticos, que causaminterferências nos sistemas de comunicação econtrole da aeronave – e, no hospital, usar o

celular é um problema?

Trabalho de campoPara responder, devemos começar pelo conceitode corrente elétrica, um fluxo de portadores de

carga elétrica – os elétrons –, segundo o Dicionário

de Tecnologia da WHATIS.COM (Editora Futura,2003).

A emissão eletromagnética dos celularesé flagrante porque, além da “emissão

espontânea”, a própria comunicaçãodepende do eletromagnetismo.

As correntes podem ser contínuas ou alternadas.

No primeiro caso, elas fluem na mesma direçãoe para todos os pontos no tempo. Nas alternadas,porém, a direção do fluxo é periodicamente

invertida.Toda corrente elétrica tem a capacidade de gerarcampos, que, grosso modo, são regiões no espaço

sob sua influência. As partículas carregadaseletricamente são cercadas de campos elétricose, quando em movimento, geram também camposmagnéticos.Se a velocidade das partículas for mantida, ocampo magnético fica estável, mas, se ela for

acelerada, um campo magnético flutuante será

Page 17: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 540715

tecnologia

produzido, gerando, por sua vez, um campoelétrico flutuante. Isso pode produzir um outrocampo magnético variável, e o resultado será

um efeito tal que ambos os campos poderão sepropagar no espaço. Esse campo combinado,sinergético, é o campo eletromagnético,

normalmente produzido por correntes elétricasalternadas.

de Saúde”, um artigo em co-autoria com KleideM. Ferreira e Renato Garcia Ojeda produzido naUniversidade Federal de Santa Catarina – e está

na mira da tecnóloga em saúde Suzy CristinaCabral, que desenvolve uma tese de doutoradosobre o assunto.

O celular, quando opera empotência máxima, gera perto

de 40 volts por metro,provocando interferências em

outros aparelhos

Entre amigosO caso da emissão eletromagnética dos celularesé flagrante porque, além da “emissão espontâ-nea”, a própria comunicação depende do

eletromagnetismo. Entretanto, todos os aparelhoseletroeletrônicos geram campos eletromagné-ticos, e as “brigas” entre estes últimos podem

causar interferências no funcionamento dosaparelhos.Isso se aplica a ambientes hospitalares, como UTIse centros cirúrgicos. Os riscos são reduzidos pelaadoção de normas técnicas de compatibilidade,que definem como um aparelho pode funcionar

em seu campo sem interagir problematicamentecom outro.Entretanto, o funcionamento em conjunto pode

fazer com que a irradiação alcance níveis diferentesdos inicialmente projetados, favorecendo osurgimento de interferências.

Essa possibilidade foi estudada pelo engenheiroelétrico Wilson Valente Júnior no trabalho “Estudode Metodologia para o Levantamento dos Ambientes

Eletromagnéticos em Estabelecimentos Assistenciais

Perigo sem fioAté o momento, porém, Suzy Cabral destacou-se por ter provado outra coisa: o fato de que,

assim como nos aviões, o celular causaproblemas em certas áreas de umhospital.A hipótese foi o tema da tese de mestrado datecnóloga, defendida em 2001 na Unicamp, e surgiua partir das indagações de enfermeiras da UTI

pediátrica do Hospital das Clínicas (HC) dauniversidade.Em ensaios realizados na UTI pediátrica do HC e

na UTI neonatal do Centro de Atenção Integral àSaúde da Mulher (também da Unicamp), Suzyatestou que, num raio de 1,5 m, o celular pode

causar interferências em equipamentos comobombas de infusão, respiradores, monitores debatimentos cardíacos e aparelhos de eletro-

cardiograma. “Eles suportam a emissão de até 3volts por metro. O celular, quando opera empotência máxima, gera perto de 40 volts por

metro, medidos a 10 cm da antena”, disse atecnóloga ao Jornal da Unicamp.A descoberta tem gerado mudanças de compor-

tamento. Segundo Suzy, médicos e enfermeirosde UTI que tomaram conhecimento de seu estudopassaram a desligar os celulares nesses locais, o

que de fato é necessário. Entretanto, em distânciasa partir de 3 m, não há riscos. “Quem passa pelocorredor do hospital falando ao telefone, por exem-

plo, não ocasiona nenhum problema”. Ainda épossível ligar para a família.

Page 18: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5416

Abaixo-assinado contra o AtoMédicoJuntos na campanha contra o Ato Médico estão

os Conselhos Federais de Biologia, Biomedicina,

Educação Física, Enfermagem, Farmácia,

Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoau-

diologia, Nutricionistas, Odontologia, Psicologia,

Serviço Social e Técnicos em Radiologia. Todas

estas entidades reuniram-se para tentar deter o

Projeto de Lei que define a classe médica como

única detentora do direito dos procedimentos

diagnósticos e indicações terapêuticas.

Por meio do site www.naoaoatomedico.com.br,

você também pode colaborar com esta campanha

participando do abaixo-assinado. Esta

mobilização é muito importante para a categoria,

não deixe de participar.

CFM versus COFEN: VitóriasOs fatos relatados abaixo, demonstram a

importância do enfermeiro assumir, definiti-

vamente, seu papel, desenvolvendo suas respon-

sabilidades ético-profissionais, documentando-

as por meio da Sistematização da Assistência de

Enfermagem, demonstrando, seja à sua equipe,

seja à Instituição, seja à sociedade, a plenitude de

sua competência profissional, com personali-

dade, dentro dos princípios de sua cidadania

profissional.

Resolução 271Após um extenso período de lutas judiciais os

enfermeiros conseguiram, oficialmente, o direito

de requerer exames laboratoriais, consulta e

mesmo diagnosticar enfermidades em algumas

situações. Desde 2002, ano em que foi instituída

a Resolução COFEN 271, o Conselho Federal de

Enfermagem vem proferindo palestras em

diversos municípios do país para esclarecer

todos os profissionais da área sobre este direito

legal da categoria. Ao mesmo tempo, durante

estes dois anos, tem enfrentado o Conselho

Federal de Medicina, o qual tentou a todo custo

revogar a Resolução 271, julgando serem estas

práticas exclusivas dos graduados em medicina.

Porém, em 14 de setembro deste ano, a

Desembargadora Federal Presidente Assusete

Dumont Reis Magalhães conferiu ganho da causa

ao COFEN por considerar que a suspensão da

autonomia no exercício da enfermagem acarreta

grave dano à saúde e à economia pública, porque

proíbe que profissionais enfermeiros continuem

a desempenhar suas atividades nos programas

de saúde.

Concurso público de Coordenador deUnidade de Saúde em São PauloO CFM investiu novamente contra os profis-

sionais de enfermagem, tentando impedir que

enfermeiros se candidatassem ao cargo de Coor-

denador de Unidade de Saúde para um concurso

público que seria realizado em seis de junho deste

ano. O Conselho Federal de Medicina conseguiu,

na ocasião, a paralisação o concurso, alegando

que a graduação em Medicina deveria ser

requisito primordial nos candidatos interessados

ao cargo. Apesar dos insistentes esforços do CFM

em anular a autonomia dos profissionais de

enfermagem no exercício de sua profissão, mais

um vez a Justiça se pronunciou à favor do

sistema COFEN/COREN’s cancelando esta

decisão, e, afirmando que o cargo de Coordenador

de Unidade de Saúde equivale à função de

administrador. Isto significa dizer que para

preencher a vaga é suficiente o bacharelado em

Ciências Biológicas

Sugestão de leituraAo privilegiar as

relações humanas

dos envolvidos no

processo de doação de

órgãos, a autora e

enfermeira, Maria

Lúcia Araújo Sadala,

enfoca as enfermeiras

que atuam em Uni-

dades de Terapia In-

tensiva (UTI), os doadores de órgãos, pacientes

com morte encefálica mantidos em vida artificial

por meio de aparelhos, e suas famílias.

Informações: Editora Unesp

www.editoraunesp.com.br

Page 19: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

HE

DO

HE

DO

HE

DO

HE

DO

HE

DO

TTTT TOOOO O

BBBB BA

RB

EIR

AR

BE

IRA

RB

EIR

AR

BE

IRA

RB

EIR

OOOO O

17

Todo mundo torceu para que o Brasil saíssedo atoleiro que está há vários anos e

Heródoto Barbeiro é jornalista da TV Cultura e da Rádio CBN

O VÔO DA

ANGOLAentrasse no chamado círculo virtuoso. Estoufalando de todos, enfermeiros, jornalistas,metalúrgicos, pedreiros, médicos, corinthianos,palmeirenses (com o perdão da palavra) petistas,tucanos etc e tal. Arrisco-me a misturar ospolíticos porque ninguém de bom senso podeapostar no quanto pior melhor. Não se trata deapoiar ou não o governo. Trata-se de esperar umamelhoria para a sociedade brasileira em geral.Talvez, você influenciado pelo que leu, viu e ouviuna imprensa até tenha tido a sensação que ascoisas iam melhorar, mas na prática, nãoconseguiu comprovar. Algumas pessoas atéacusaram a imprensa de estar ora mentindo parao bem, ora para mal. Ora para apoiar o governo,ora para desprestigiá-lo. Afinal, o que aconteceu? É verdade que a economia cresceu, as fábricasestão funcionando a pleno vapor, melhorou a ofertade emprego e os indicadores são otimistas. O quefaltou explicar é que todos esses números tomamcomo base o ano de 2003, que foi um ano péssimo.Por isso, cresce, mas não aparece. Veja o casodo Produto Interno Bruto: este ano pode crescer4%. É bom? Claro, mas é 4% acima do PIB doano passado que foi de 0,2% negativo. Assim, vocêvai ter que descontar os resultados negativos. Épor isso que é mais difícil de se perceber o quantoo Brasil cresceu este ano.Há números bons como a exportação, o ingressode capitais estrangeiros e outros indicadores queapontam de forma otimista para o ano que vem.Não estou usando a técnica da cenoura amarradano focinho do burro. O ano que vem vai ser melhor.Para afirmar isso juro que não consultei a MãeDinah, que não é tão boa nas adivinhaçõeseconômicas. Basta olhar para a economia mundial,se ela cresce nós também crescemos. E ela está

em crescimento, logo... Dê uma olhada nosnúmeros da exportação. É recorde em cima derecorde. Com isso o país acumula dólares parapagar as contas e importar mais máquinas paraincentivar a produção interna. O número é bom,vamos vender uns 90 bilhões de dólares, masprecisa aumentar. Nossa meta deve ser, pelomenos, igual ao valor da nossa dívida externa: uns230 bilhões de dólares. Você vai dizer que é muito.Compare com o México, que exporta 180 bilhões,ou a pequena Coréia do Sul, com 200 bilhões dedólares. Sem se desfazer de ninguém,nosso potencial é muito maior.Dá para crescer sem depender dos investimentosinternacionais? Não. nós não temos poupançainterna para bancar isso. Precisamos deinvestimentos externos, de longo prazo, que venhampara ficar e financiar entre outras coisas a infra-estrutura. Onde vamos buscar dinheiro paraaumentar a produção de energia elétrica, impedirum “apagão” e sobrar para aumentar a produção?O ideal é que não se precisasse desse dinheiro,mas não há saída. Pelo menos por enquanto.Afinal, mais cedo ou mais tarde esse capital vaiter que ser remunerado e isso pode trazercomplicações. Se torcer, queimar uns incensos,fazer umas mandingas, pendurar uns patuás,ajudar pode ter certeza que muita gente vai seengajar.Você já viu um vôo de galinha de angola? Ela voae logo cai. Depois voa e cai de novo. Tudo o quenão queremos para a economia é que essarecuperação não seja um vôo de galinha, massim um vôo de gavião, uma ave de longos vôos,altos, duradouros, bonitos e auto sustentáveis.Tal e qual um Gavião da Fiel.

Page 20: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Resolução COFEN Nº 295/2004N

orm

as e

Res

oluç

ões

Dispõe sobre a utilização da técnica dobrinquedo/brinquedo terapêutico pelo

enfermeiro na assistência prestada à criançahospitalizada

18

A reportagem “Enfermagem do futuro”publicada na última edição (ed. 53setembro/ outubro) já havia alertado seusleitores quanto à importância do uso dosbrinquedos em ambiente hospitalar. Agora,a Resolução abaixo, apenas vem aconfirmar o papel do profissional deenfermagem na pediatria: transmitirsegurança e apresentar alternativas paraajudar a criança a superar a experiênciade uma internação. Por meio do contatocom o brinquedo ou brinquedo terapêuticoos pequenos assimilam melhor osprocedimentos da enfermagem,minimizando medos, e sentindo-se maisaliviados.O Conselho Federal de Enfermagem –COFEN, no uso das atribuições previstasnos artigos 2º e 8º da Lei nº. 5.905, de 12de julho de 1973, no artigo 13, inciso XIII,do Regimento Interno da Autarquiaaprovado pela Resolução COFEN nº 242/2000 e cumprindo deliberação de Plenárioem sua 322º Reunião Ordinária;Considerando a Lei nº. 7.498, de 25 dejunho de 1986, no seu artigo 11, inciso I,alíneas “c”, “i” e “j” e inciso II, alínea “b”;Considerando o Decreto nº. 94.406, de08 de junho de 1987, no seu artigo 8º, incisoI, alíneas “c”, “e” e “f” e inciso II, alínea “b” e“i”;Considerando o disposto no Código deÉtica dos Profissionais de Enfermagem,aprovado pela Resolução COFEN nº. 240/

2000;Considerando o disposto na ResoluçãoCOFEN nº. 272/2002 que dispõe sobre aSistematização da Assistência deEnfermagem – SAE, nas Instituições deSaúde Brasileiras;Considerando a Lei Federal nº. 8.069 de13 de julho de 1990, que dispõe sobre oEstatuto da Criança e do Adolescente, emseus artigos 16, 17, 18, 70 e 71;Considerando o Decreto Legislativo nº.28/90, publicado no D.O. do CongressoNacional, que aprova o texto da Convençãosobre os Direitos da Criança;Considerando o Parecer COFEN nº. 031/2004, aprovado na 321ª Reunião Ordináriado Plenário, bem como, tudo que maisconsta do PAD-COFEN nº. 032/2004;Resolve:Artigo 1º - Compete ao Enfermeiro queatua na área pediátrica, enquanto integranteda equipe multiprofissional de saúde, autilização da técnica do Brinquedo/Brinquedo Terapêutico, na assistência àcriança e família hospitalizadas.Artigo 2º - Esta Resolução entra em vigorna data da sua assinatura, revogando-sedisposições em contrário.Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2004

Para conferir na íntegra esta resolução, bemcomo as leis e decretos aqui citados,acesse o site: www.cofen.com.br

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Page 21: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

ANUNCIO

Page 22: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

As informações sobre cursos e eventos sãode inteira responsabilidade dos promotoresdos mesmos. Para publicação de cursosnesta seção envie e-mail para:[email protected]

Curativos - Técnicase ProdutosData: 20 de dezembro de 2004

Local: Alameda Santos, nº 211,

16º andar - conj. 1609 (próximo ao

metrô Brigadeiro)

Público alvo: auxiliares e técnicos

de enfermagem

Informações: (11) 3145-4708

Advanced Course onOccupational Cancerand Chemical RiskData: 21 a 24 de fevereiro de 2005

Local: ISPESL - Research Centre

Parma - Itália

Informações: tel: (39 06)

94181204 - fax: (39 06) 94181556

www.ispesl.it/informazione/eventi/

metronet.pdf

Curso de Atualização -Serviço de Cultura eExtensão UniversitáriaLocal: Serviço de Cultura e Extensão

Universitária - EEUSP, Av. Dr. Enéas de

Carvalho Aguiar, 419, - São Paulo - SP

Informações: tel.: (11) 3066-7531 / e-

mail: [email protected]

Curso de FitomedicinaPara profissionais daárea da saúdeData: data não definida

Carga Horária 100h com duração

máxima de 6 meses

Informações: 0800 723-1618 ou

www.fhsp.org.br

Programa de Bolsasde Pós-Graduação daUnião Européia paraa América Latina -União EuropéiaInformações:

www.programalban.org ou

europa.eu.int/comm/europeaid

projects/alban

Inscrições abertasCurso deEspecialização emPerfusãoData: não definida

Local: Escola Paulista de Medicina-

Universidade Federal de SP

Informações: (11) 5571-8785

[email protected]

Page 23: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54COREN-SP • setembro/outubro de 2004 • nº 5321

III Congresso Brasileirode Especialistas emEnfermagem - IIICABESEData: 25 a 29 de abril de 2005

Local: Parlamento LatinoAmericano –

São Paulo – SP

Além dos três dias de programação, o

evento contará também com cursos

pré-congresso, oferecidos nos dias 23 e

24 de abril.

estão abertas as insrições para trabalhos

científicos. Informe-se pelo site da

Academia.

Informações:

(11) 5042-3428

www.abesenacional.com.br

3º Congresso BrasileiroNursing: Avanços eDesafios do Cuidado nosDiferentes Contextos deEnfermagemData: 14 e 15 de abril de 2005

Local: Centro de Convenções Pompéia

- São Paulo – SP

Informações: www.nursing.com.br

IV Congresso Nacionalde EnfermeirosData: 4 a 7 de junho de 2005

Local: Hospital das Clinicas F.M.U.S.P. -

São Paulo - SP

Informações: (11) 5081-7718

[email protected]

Congresso Brasileirode Nutrição - GanepãoData: 16, 17 e 18 de junho de 2005

Local: Centro de Convenções

Rebouças – São Paulo - SP

Informações: (11) 3284-6318

ramal 21 ou 26

[email protected]

8º CongressoBrasileiro deConselhos deEnfermagemCBCENFData: 24 a 28 de outubro de 2005

Local: Maceió - Alagoas

Informações:

www.cbcenf.com.br/8cbcenf

Antecipe suas inscrições.

Page 24: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 5422

Presépiose Corais

Natalinosem São Paulo

EXPOSIÇÃOFRANCISCANADE PRESÉPIOSConvento SãoFrancisco LargoSão Francisco,133, Centro.Estão expostos 32exemplares.De segunda a domingo,das 9h às 19h.Até 11/jan. Grátis.Fone: 3291-2400

PRESÉPIO NAPOLITANOMuseu de Arte Sacraav.Tiradentes, 676, Luz.De terça a domingo,das 11h às 19h. Até11/jan. Fone:3326-1373

Rua NormandiaHá anos, a ruaNormandia, em

Moema, é um doscartões de Natal da

cidade de SãoPaulo.

ORQUESTRA SINFÔNICADO ESTADO DESÃO PAULOSala São PauloPraça JúlioPrestes, s/nºLuzFone: 3337-5414

ORQUESTRA SINFÔNICAMUNICIPAL E CORALLÍRICO (dezembro)Theatro Municipal Praça

Ramos de Azevedo, s/nº,CentroDias 1 e 2/dezFone: 222-8698

Largo de São BentoTodos os domingos, às 10horas, acontece no Mosteirode São Bento uma missaacompanhada por um coralque entoa belos cantosgregorianos.

Um rápido passeio pelacidade podeproporcionar muita pazde espírito neste finalde ano

AMBIENTAÇÃO GIGANTECOREN-SP (sede)

Rua Dona Veridiana, 298 -Higienópolis - São Paulo - SP

Page 25: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Gestão de conhecimentose competênciasNovas práticas e visões a favor dodesenvolvimento do exercício da enfermagem

ara os profissionais de Recursos Hu-manos o conceito não é novo.P

Desde a década de 1980 ou mesmo um poucoantes, já era abordado o tema Gestão doConhecimento como um dos elementos dacadeia de produção que agrega valor a umaorganização. Um resumo da definição,comum entre os teóricos da matéria, é ade que o conhecimento é uma construçãosocial, gerado através da interação entrepessoas com base em conhecimento eexperiências prévias.

Por meio desse conceito, o COREN-SP vemtentando transmitir a importância doconhecimento para que cada vez mais asequipes de trabalho sejam técnica e cienti-ficamente habilitadas para exercer suasfunções. Nas palavras da presidente doConselho Ruth Miranda, “Não há dúvidasde que a mudança de foco de uma educaçãodefinitiva, terminalista, para o de uma visãode educação como um processo, que écontínuo e infinito, foi um grande salto”.

Analisando desta maneira, este conceitoassemelha-se em muito a outro largamentedifundido entre os profissionais deenfermagem. Trata-se da Educação Conti-nuada. Porém, de acordo com Ruth Mirandaa educação continuada ainda não é aresposta para tornar o conhecimento umbem passível de investimento.

Para tanto, as instituições de ensino pre-cisam oferecer um processo pedagógico

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

fundamentado em conhecimentos e sabe-res que possam servir como base para umaformação profissional que atenda aosquesitos legais, ético-profissionais e téc-nicos tão necessários ao exercício profis-sional.

O COREN-SP, ciente de que a enfermagempadece de males que ilusoriamentepoderiam ser sanados pela tradicionalabordagem de educação continuada,vislumbrou na Gestão de Conhecimentoe competências a resposta para a questão:

Onde estão e o que estão fazendo osgerentes de enfermagem, que per-mitem (ou se omitem) situações quefragilizam e desacreditam a profissãoe seus profissionais?

“Não estão gerenciando aquilo que maisinteressa, os conhecimentos e com-petências de sua equipe”, responde apresidente do Conselho. Para tentarreverter este quadro, o COREN-SP firmouuma parceria com a empresa Mind, paraimplantar o Programa de Gestão deConhecimento e Competências na área dasaúde, apresentado aos profissionais dacategoria durante o “Encontro SobreGestão de Conhecimento e Compe-tências”, em outubro deste ano. “Esta éa ferramenta que faltava aos enfermeirospara melhor conduzir sua equipe,melhorando, assim, a qualidade da assis-tência prestada”, finaliza Ruth Miranda.

23

Page 26: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Presidente

Ruth MirandaVice-presidente

Akiko KanazawaPrimeira-secretária

Maria Antonia de Andrade DiasSegunda-secretária

Vanderli de Oliveira DutraPrimeira-tesoureira

Rita de Cássia ChammaSegunda-tesoureira

Aldaíza Carvalho dos Reis

Publicação oficial bimestral do COREN-SP • Reg. nº 24.929 • 4º registro • 260 mil exemplares • distribuição gratuita dirigidaRua Dona Veridiana, 298 • Higienópolis • São Paulo • SP • CEP 01238-010 • Fone: 0800 55 21 55 • www.corensp.org.br

RedaçãoCássia Monteiro e João MarinhoMônica FariasRevisãoCássia Monteiro, Mônica FariasIlustração capaOmar GarciaProjeto Gráficoarte in comunicação e marketingfone/fax: (11) 5042-3428Coordenação editorialDe mais editorafone/fax:(11) [email protected]

Presidente da Comissão de Tomada de Contas (CTC)

Maria Aparecida MastroantonioMembros da CTC

Tomiko Kemoti AbeWilson Florêncio RibeiroConselheiros efetivos

Anézia Fernandes, Francinete de LimaOliveira, Guiomar Jerônimo de Oliveira,Lindaura Ruas Chaves, MagdáliaPereira de Sousa, Sérgio Luz, SôniaRegina Delestro Matos, TerezinhaAparecida dos Santos Menegueço

260 mil exemplares distribuição gratuita

Apresentamos, abaixo, a relação de profissionais da categoria que no decorrer do anosofreram processo e foram penalizados com censura, multa, suspensão ou cassação dodireito do exercício da Enfermagem. Vale ressaltar que estes processos já constam naspublicações oficiais do COFEN/ COREN’s, conforme Artigo 86, parágrafo 3º, do código deética dos profissionais de enfermagem.

CENSURA:Processo nº 08/2000 – Marina Mendes Spfor Ribeiro – COREN-SP 180.773 – QIII; Processonº 09/2001 - Taluia Coelho Carvalho – COREN-SP 55.394 – QI; Processo nº 22/2001 -Denize Maria da Silva de Araújo – COREN-SP 262.046 - QIII; Processo nº 27/2001 – ValdeteCastro de Andrade Medeiros – COREN-SP 384.853 – QIII e Marlene Neres da Silva –COREN-SP 72.179 – QII; Processo nº 15/2001 – Edna Deiss da Silva – COREN-SP 240.451– QIII; Processo nº 24/2002 - Rita de Cássia Bicudo – COREN-SP 1.998 – QII; Processo nº06/2002 - Cléia Gonçalves de Oliveira – COREN-SP 86.091 - QI e Cleuza Gonçalves deOliveira – COREN-SP 178.212 – QIII; Processo nº 51/2002 – Aparecido Rodrigues dosSantos – COREN-SP 57.540 – QI.

CENSURA E MULTA:Processo nº 29/2001 - Maria Célia Vieira – COREN-SP 243.849 - QIII

SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONALProcesso nº 62/2000 - Paulo Chagas Duarte – COREN-SP 10.664- QI

CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONALProcesso nº 16/2001 - Djanira Francisco Domingues – COREN-SP 278.796 QIII

Page 27: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

Por motivos editoriais aredação poderá resumir oconteúdo das cartas.

Acidentes com aenfermagemGostaria de parabenizá-los pelo artigo sobre aci-dentes com a enferma-gem (edição 52). Sou pro-fessora da Técnicos emenfermagem na EscolaSequencial no Capão Re-dondo e estou elaborandouma apostila sobre bios-segurança. O artigo foi deagrande ajuda e seráusado durante as aulas.Deise Trivelato

NovidadesRecentemente passei areceber regulaermente asrevistas do Coren-SP. sourecém formado e esperoa chegada da revista parasaber das novidades danossa profissão.Idevaldo Batista

Sugestão de pautaGostaria que na próximaedição a revista elaboras-se uma matéria sobre

Capa da edição 53

Enfermagem do FuturoA enfermagem é real-mente responsável pelofuturo de nossas crian-ças. Parabéns pela ma-téria.Jandira

COMUNICADOS

Concurso de contosTermina no próximo dia28 de fevereiro o prazopara inscrições de ex-periências vivenciadaspor profissionais deenfemagem para o con-curso O conto da Enfer-meira.Os selecionados terãoseus trabalhos publi-cados na agenda doCOREN-SP 2006.As regras foram publi-cadas na REvista doCOREN-SP edição 53,mas podem ser soli-citadas por e-mail:([email protected])Participem!

Certificados7º CBCENFJá estão a disposição nasecretaria do COREN-SPos certificados que nãoforam retirados peloscongressistas paulistas

esclerose múltipla e ovírus HTLV-I.Eliane Tavares Lima

ParabenizaçãoParabéns pelas matériasapresentadas e abor-dadas, a revista é fasci-nante e rica em infor-mações.Maria Paula S. da Silva

EnfermagempediátricaGostaria de parabenizara Revista COREN-SPedição 53 pela matériaenfermagem do futuro.Jussara Ronise GomesSaturnino

do 7º CBCENF realizadoem Fortaleza – CE.

EleiçõesNo próximo dia 03/06/05estarão sendo realizadasas eleições do COREN-SP para composição doPlenário para triênio 2005/2008. De acordo com oEdital Eleitoral nº 2 pu-blicado em 19 de agostode 2004, foram inscritasduas chapas para registro.Na próxima edição destarevista apresentaremos aschapas e os procedimentospara o pleito.

Registramos e agra-decemos as inúmeras ma-nisfestações de carinhorecebidas ao longo de 2004e desejamos à todos FelizNatal e que 2005 seja umano de realizações.

Mande sugestões e críti-cas para:[email protected] por correio para:rua Dono Veridiana, 29801238-010 - São Paulo -aos cuidados redaçãoRevista COREN-SP.

Page 28: COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54

COREN-SP • novembro/dezembro de 2004 • nº 54