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Terça-feira, 30 de Setembro de 2008 QUINZENÁRIO Ano 2 - Série II - N.º 64 Director: Henrique Barreto Preço: € 0,50 (IVA incluído) www.correiodabeiraserra.com O segundo concelho com maior índice de criminalidae Na área do Agrupamento Territorial da GNR da Lousã Município passa a integrar região “Turismo do Centro de Portugal” Foi tudo decidido à pressa. O executivo ca- marário conseguiu autorização da Assembleia Municipal para que Oliveira do Hospital passe a integrar a futura entidade regional “Turismo do Centro de Portugal”. A decisão de retirar o concelho da Serra da Estrela – já consumada –, tem suscitado muitas críticas não só entre os partidos da oposição como no seio da actual comissão política do PSD local. Os principais operadores turísticos também discordam, mas mesmo assim a deci- são foi tomada. Págs. 8 e 9 O número de pessoas que depen- de do Rendimento Social de In- serção (RSI) para viver, teve um aumento de 10 por cento compa- rativamente ao período homólo- go de 2007. De acordo com os últimos dados do RSI – relativos ao final do mês de Julho deste ano –, no concelho de Oliveira do Hospital existem 778 pessoas a receber aquele apoio. O Correio da Beira Serra foi à procura de uma família que – nas mais rudimentares con- dições – sobrevive, na Sobreda, com o RSI. Págs. 2 e 3 PUB PUB Numa altura em que cada um vive cada vez mais “a olhar para o umbigo”, o Correio da Beira Serra acompanhou um grupo de voluntariado que diaria- mente se encarrega de zelar por utentes do hospital e do lar de idosos da Fun- dação Aurélio Amaro Diniz. São mais de 20 pessoas envolvidas num projecto onde – conforme sublinham – “a gran- de paga é um sorriso” Pág. 5 Trabalhar por um sorriso Voluntariado Suplemento Cultural da OHsXXI 10 ANOS E Foi Há Tão Pouco Tempo Na área de intervenção do Agrupa- mento Territorial da Lousã, Oliveira do Hospital surge como o segundo con- celho com maior índice de criminali- dade. Nos últimos cinco anos, tem-se registado uma média anual de 440 cri- mes. Pág. 7 Pobreza aumenta no concelho O presidente da Assembleia Municipal e destacado militante social-democrata veio a público afirmar que aceitará a de- cisão que sair do PSD nacional ao nível da escolha do candidato às eleições au- tárquicas, mas não deixa de manifestar a sua preferência por Mário Alves face a José Carlos Mendes. “É um homem que já tem o comboio a andar e a andar com velocidade”, afirma António Simões Saraiva em entrevista ao jornal Folha do Centro. Pág. 12 Simões Saraiva prefere Mário Alves a José Carlos Mendes Eleições autárquicas Oliveira do Hospital abandona Serra da Estrela

CORREIO DA BEIRA SERRA – 30.09.2008

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Versão integral da edição n.º 64 (ANO 2 – SÉRIE II) do quinzenário “Correio da Beira Serra”, que se publica em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra, Portugal). Director: Henrique Barreto. 30.09.2008. Para consultar o jornal na web, visite http://www.correiodabeiraserra.com/ Site do Instituto Superior Miguel Torga: www.ismt.pt Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: CORREIO DA BEIRA SERRA – 30.09.2008

Terça-feira, 30 de Setembro de 2008QUINZENÁRIOAno 2 - Série II - N.º 64Director: Henrique Barreto

Preço: € 0,50 (IVA incluído)

www.correiodabeiraserra.com

O segundo concelho com maior índice de criminalidae

Na área do Agrupamento Territorial da GNR da Lousã

Município passa a integrar região “Turismo do Centro de Portugal”

Foi tudo decidido à pressa. O executivo ca-marário conseguiu autorização da Assembleia Municipal para que Oliveira do Hospital passe a integrar a futura entidade regional “Turismo

do Centro de Portugal”.A decisão de retirar o concelho da Serra da

Estrela – já consumada –, tem suscitado muitas críticas não só entre os partidos da oposição

como no seio da actual comissão política do PSD local. Os principais operadores turísticos também discordam, mas mesmo assim a deci-são foi tomada. Págs. 8 e 9

O número de pessoas que depen-de do Rendimento Social de In-serção (RSI) para viver, teve um aumento de 10 por cento compa-

rativamente ao período homólo-go de 2007.De acordo com os últimos dados do RSI – relativos ao final do mês

de Julho deste ano –, no concelho de Oliveira do Hospital existem 778 pessoas a receber aquele apoio. O Correio da Beira Serra

foi à procura de uma família que – nas mais rudimentares con-dições – sobrevive, na Sobreda, com o RSI. Págs. 2 e 3

PUB

PUB

Numa altura em que cada um vive cada vez mais “a olhar para o umbigo”, o Correio da Beira Serra acompanhou um grupo de voluntariado que diaria-mente se encarrega de zelar por utentes do hospital e do lar de idosos da Fun-dação Aurélio Amaro Diniz. São mais de 20 pessoas envolvidas num projecto onde – conforme sublinham – “a gran-de paga é um sorriso” Pág. 5

Trabalhar por um sorriso

Voluntariado

Suplemento Cultural

da OHsXXI

10 ANOSE Foi Há Tão Pouco Tempo

Na área de intervenção do Agrupa-mento Territorial da Lousã, Oliveira do Hospital surge como o segundo con-celho com maior índice de criminali-dade. Nos últimos cinco anos, tem-se registado uma média anual de 440 cri-mes. Pág. 7Pobreza aumenta no concelho

O presidente da Assembleia Municipal e destacado militante social-democrata veio a público afirmar que aceitará a de-cisão que sair do PSD nacional ao nível da escolha do candidato às eleições au-tárquicas, mas não deixa de manifestar a sua preferência por Mário Alves face a José Carlos Mendes. “É um homem que já tem o comboio a andar e a andar com velocidade”, afirma António Simões Saraiva em entrevista ao jornal Folha do Centro. Pág. 12

Simões Saraiva prefere Mário Alves a José Carlos Mendes

Eleições autárquicas

Oliveira do Hospital ‘abandona’ Serra da Estrela

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30 de Setembro de 2008

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Onúmero de be-neficiários do Rendimento So-cial de Inserção (RSI), que veio

substituir o outrora designado Rendimento Mínimo Garantido – instituído no primeiro Gover-no de António Guterres –, tem vindo a aumentar no concelho de Oliveira do Hospital.

De acordo com os últimos da-dos estatísticos que o Correio da Beira Serra solicitou ao Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, em Julho deste ano, existiam 778 pessoas carencia-das a quem o Estado atribui este apoio, num total de 274 agrega-dos familiares.

Comparativamente ao perío-do homólogo de 2007, registou-se um aumento de sensivelmen-te 10 por cento no número de pessoas e famílias em situação de pobreza.

Este flagelo atinge principal-mente duas freguesias: Olivei-ra do Hospital – onde existem 144 pessoas correspondentes a 43 famílias a receberem o RSI – e Seixo da Beira. Nesta últi-

Número de pessoas em situação de carência económica disparou 10 por cento

Aumenta a pobreza em Oliveira do Hospital

HENRIQUE BARRETO

No espaço de um ano, o número de pessoas que no

concelho de Oliveira do Hospital depende do Ren-

dimento Social de Inserção para sobreviver, aumentou

10 por cento.Os maiores sinais de

pobreza estão na própria sede do concelho e em

Seixo da Beira.

D E S TAQ U E

O Đ

RETRATO CONCELHIO DA DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

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30 de Setembro de 2008

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Entre o mar e a serra…

O Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) aprovado pelo Governo e com um horizonte até 2015 é o documento que estabelece as principais linhas orientadoras do desenvolvimento do turismo em Portugal para os próximos anos. Este Plano considera que “é estra-tégico desenvolver 6 novos pólos turísticos: Douro, Serra da Estrela, Oeste, Alqueva, Litoral Alenteja-no e Porto Santo”.Ao concelho de Oliveira do Hos-pital, que tem todo um conjunto de características e especificida-des peculiares, não lhe faltam condições para se impor como um importante “produto” turístico à boleia dessa grande marca que é a Serra da Estrela. Nunca o soubemos fazer nem temos qual-quer perspectiva que nos possa conduzir a alcançar esse objecti-vo. Falta-nos engenho e arte. Na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, pura e simplesmente, o pelouro do turismo não existe.Manda a verdade dizer que a Região de Turismo da Serra da Es-trela – e tantas outras, incluindo a do Centro –, também nunca teve capacidade de vender aquele que deveria ser um dos mais impor-tantes destinos turísticos do país.Como muitas outras entidades de cariz público, as regiões de turismo serviram muitas das vezes para saciar o apetite voraz das clientelas partidárias e – salvo honrosas excepções – caíram numa confrangedora inoperância. Não sei se bem se mal – vamos ver como é que é para depois contar como é que foi – o Governo decidiu mudar as regras do jogo e reorganizar o sector. Oliveira do Hospital aproveitou a dica e o partido que detém o poder local decidiu – de forma apressada e atabalhoada, na Assembleia Municipal – pôr-nos no Centro. Não foi uma decisão racional nem muito menos uma decisão pensada para servir os superiores interesses do município. Foi – do meu ponto de vista e do de muito boa gente – uma decisão com contornos político-partidários. É que na Serra da Estrela está Jorge Patrão, do PS; e no Centro, encon-tra-se Pedro Machado, do PSD. Na Assembleia Municipal desta sexta-feira o PS bem “esperneou”, mas ficou bem claro que o maior partido da oposição não tinha a lição estudada.Ao PSD – seguro na sua confortá-vel maioria de braços quase que “programados” para se levanta-rem automaticamente - bastou-lhe invocar a legislação produzida pelo Governo como factor obri-gatório para a mudança. Não é assim: Oliveira do Hospital pode-ria – e devia – ter ficado no Pólo de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela, que como atrás escrevi é considerado como um dos 6 novos pólos estratégicos para a promoção do turismo em Portugal.

E D I T O R I A L

Henrique Barreto

Número de pessoas em situação de carência económica disparou 10 por cento

Aumenta a pobreza em Oliveira do Hospital

D E S TAQ U E

ma freguesia, conhecida como aquela que apresenta os piores indicadores de desenvolvimen-to concelhio, em Julho de 2008 havia 117 beneficiários do RSI, num total de 43 agregados fami-liares.

Às portas da cidade, S. Paio de Gramaços e Travanca de La-gos com 50 beneficiários ins-critos –, são as duas freguesias onde aparentemente existem mais casos de pobreza.

Já na zona do Vale do Alva, a situação mais problemática en-contra-se na freguesia de Aldeia das Dez, onde cerca de nove por cento da população residente – 55 pessoas – depende do RSI para sobreviver.

A freguesia do concelho com menores problemas de pessoas dependentes deste rendimen-to social de inserção é Meruge, com apenas três beneficiários e dois agregados familiares a re-ceberem o RSI.

Àmedida que aumentam os sinais de pobreza, aumentam também os be-neficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Só na freguesia de Seixo da Beira há 117 pessoas nessas

condições. Tome-se o exemplo do casal Campos que, nem com o RSI consegue fazer face às dificuldades e está, por isso, afastado dos dois filhos mais velhos.

Maria Adélia e Rui Campos, residentes na Sobre-da, são uma das 43 famílias que na totalidade da fre-guesia de Seixo da Beira beneficiam do Rendimento Social de Inserção.

Na casa onde habitam, na rua das Carvalhas, as necessidades saltam à vista, com a agravante de ape-nas um dos três filhos permanecer com o casal, já que os outros dois foram encaminhados para colégios em Condeixa e Figueira da Foz por decisão do tribunal.

A morar no espaço que em tempos era usado para

guardar a burra e a carroça dos pai de Maria Adélia, o casal Campos dá sinais de uma vivência que não se compadece com o mínimo exigível numa era que se diz moderna, embora o cenário se vá repetindo um pouco por todo o concelho.

Aos 40 anos, Maria Adélia não sabe o que é tra-balhar por conta de outrem, já que nunca esteve empregada e também não trabalha no campo porque – como confessou ao Correio da Beira Serra – “nuca foi habituada a isso”. Contou que sempre “foi muito fraquinha” e tem tido vários problemas de saúde, re-cordando que em pequena “nem sequer desenvolvia” e até chegou a estar internada no hospital. Na escola, o percurso também não foi famoso, porque confessa não saber ler, porque nem concluiu a primeira clas-se.

Conhecida na Sobreda como a filha do senhor Bar-reiras, Maria Adélia foi criada no Moinho do Buraco, onde a mãe ganhava sustento para a família – sete filhos no total – como moleira. Agora penalizada pelo afastamento do que o convívio popular tem de me-lhor – a socialização – Maria Adélia tem intenção de dar novo rumo à vida, porque quer reaver os filhos com quem se encontra apenas nas férias escolares.

Contudo, confessa que precisa da ajuda da Segurança Social para poder realizar obras em casa e assim rea-tar a família. “Esperar” é a palavra de ordem de Maria Adélia que também quer que a família ponha em seu nome o sítio onde habita, porque caso contrário não poderão ser realizadas as melhorias.

“Quase que foram (os filhos) para a adopção”À mulher que não consegue esconder os sinais de fra-gilidade física, tem valido o marido Rui, serralheiro de profissão na Sobreda. Mas – como contou – “ele teve um enfarte e tem estado de baixa médica”. Pe-sem embora as dificuldades, Maria Adélia garantiu ao CBS que a família nunca passou fome, sublinhan-do que para isso muito contribuiu o dinheiro que re-cebe do RSI, sem saber revelar a quantia exacta que lhe é atribuída.

Conformado com o dia-a-dia de que dispõe, o ca-

sal tem “atravessado no coração” o rosto dos filhos que – como disse a esposa – “quase que foram para adopção”. “Queriam-me levar os meus meninos”, lamentou, garantindo que “nunca passaram fome e andaram sempre bem tratados”. “O que haveria de ser de mim e dos meus filhinhos”, sustentou Maria Adélia que não vê a hora de a Segurança Social lhe mandar arranjar a casa para poder reunir de novo a família.

Na casa onde reside o casal Campos, faltam as condições mínimas de sobrevivência, como sejam uma casa-de-banho, bem como um tecto e paredes que impeçam a entrada da chuva e do vento. A hu-midade é visível por todo o lado e a única torneira da casa encontra-se logo à entrada do portão. Na casa – onde não faltam o frigorífico, nem a televisão – existe apenas um quarto dividido por um cortinado que separa a cama do casal, do beliche onde dorme o único filho, de seis anos, que têm à sua guarda. A filha de 14 anos frequenta um colégio na Figueira da Foz e o filho de 10, frequenta um outro em Condeixa. “Ainda no domingo o lá fomos ver de táxi e ele queria vir embora connosco”, disse desgostosa.

Liliana Lopes

RSI chega a 43 famílias na freguesia de Seixo da Beira

Casal da Sobreda engrossa lista de beneficiários

Na freguesia de Seixo da Beira a pobreza atinge níveis preocupantes

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30 de Setembro de 2008

www.correiodabeiraserra.com4O P I N I Ã O

“Eles” falam, falam, falam, mas...Os partidos maioritários no Concelho - PSD e PS - gostam de falar e de falar e de falar e até fazem “festas” para isso mesmo. Porém, raras vezes descem ao con-creto, à proposta detalhada e para cumprir quer pela Autarquia Municipal quer pelo Governo. Nisso, o PS até é “campeão” das generalidades e das “boas inten-ções” embora, depois e especialmente no (des)governo, logo delas se esqueça. Atenção que nos últimos 13 anos, o PS é (des)governo em 9 desses anos...

Pois bem, aqui se lembra algumas das questões es-tratégicas para o PS nos responder claramente:

- Como é com as novas instalações para a ESTGOH ? Vão entrar no próximo Orçamento de Estado ? E é para serem construídas exactamente aonde ?

- E os IC, Itinerários Complementares ? Exacta-mente para quando no nosso Concelho ?

- Então e quando é que o Governo PS vai deixar de “chumbar” (como está acontecer agora...) as can-didaturas a vários projectos que o nosso Município tem apresentado, para passar a aprovar essas e outras candidaturas ?

...Quanto ao PSD, por favor, deixem-se de nos querer

convencer que, afinal, estão na “oposição autárquica” a eles próprios, em Oliveira do Hospital. Sendo certo que a actual direcção concelhia desse partido ataca (aliás com muita contradição à mistura...) a maioria PSD na Câmara, o facto é que não tem coragem para retirar a confiança política a essa mesma maioria au-tárquica a qual, aliás, está muito bem posicionada pe-rante a actual direcção distrital de Coimbra e perante a própria direcção nacional do mesmo PSD. Portanto...

SAP :- “Tudo como dantes no quartel-general de Abrantes”...A solicitação do Presidente da Câmara Municipal,

houve (a 22 de Setembro, em Coimbra) uma reunião da “comissão de acompanhamento” autárquica do nosso Município com o actual Presidente da Adminis-tração Regional de Saúde do Centro para se discutir o “ponto de situação” e as perspectivas para o Centro de Saúde de Oliveira do Hospital (e em especial para o SAP/Urgências).

Pois, no essencial, a “conversa” do actual responsá-vel do Ministério da Saúde na nossa Região, foi exac-tamente a mesma que há um ano atrás tivera o seu an-tecessor em idêntica reunião. Em síntese:- “ nada está decidido por parte do Ministério da Saúde...estamos a estudar alternativas...os doentes agudos vão continuar a ser atendidos em Oliveira do Hospital...não vão ser tomadas decisões de fundo sobre o funcionamento do Centro de Saúde sem previamente auscultar a Autar-quia Municipal”. Repete-se:- isto mesmo já nos tinha sido dito há um ano atrás. Porém, note-se, ultimamen-te tem havido certas informações oficiais, prestadas a clínicos que prestam serviço do Centro de Saúde, segundo as quais vai mesmo haver algumas alterações importantes ( nas urgências) a curto prazo ou seja, logo após a abertura da “Unidade Básica de Saúde” em Arganil. Veremos então...

No entanto, há que também reflectir sobre a “curio-sidade” da Administração Regional de Saúde do Cen-tro / Ministério da Saúde andarem a “estudar” as ditas “alternativas” ao SAP / Urgências do nosso Centro de Saúde há mais de dois anos, sem todavia serem capa-zes de as adiantar, agora, nesta reunião de 22 de Se-tembro. Ou não têm “alternativas” ou são uns grandes “cábulas” ou...

O (des) governo PS já tomou a decisão e há muito, mas...A nosso ver, está já tomada, e há muito, pelo (des)governo PS, a decisão de encerrar o SAP/ Ur-

A(S) DIFERENÇA(S) ...

João Dinis*

(…) Sendo certo que

a actual direcção

concelhia desse par-

tido ataca (aliás com

muita contradição à

mistura...) a maioria

PSD na Câmara, o

facto é que não tem

coragem para retirar

a confiança política a

essa mesma maioria

autárquica (…)

gências pelo menos durante parte do dia ou da noite. Ainda só não aplicaram tal decisão porque sentiram a forte reacção “contra” tal possibilidade quer por parte da População Oliveirense quer por várias entidades, Autarquias incluídas. Ora, para o ano há três eleições diferentes e o PS tem receio das consequências elei-torais... Por isso, tem adiado a aplicação prática da decisão enquanto “encana a perna à rã ” nestas con-versatas institucionais.

Quanto às “alternativas”, nós, PCP, continuamos a afirmar que a única e verdadeira alternativa é a de melhorar os serviços que temos no Centro de Saú-de - público e de serviço público - e criar novas e eficazes valências públicas. O “resto” são cantigas para nos adormecer...e para nos virem obrigar a pa-gar caro pelos serviços de saúde privados que, aliás, estão a nascer como cogumelos em várias Freguesias do Concelho.

Alerta !Entretanto, o Ministério da Saúde não se mostra in-teressado em resolver certos problemas como, por exemplo, o da falta de médicos e de outros técnicos de Saúde; a colocação de melhores equipamentos; etc; no Centro de Saúde e respectivas Extensões. Ou seja, o (des)governo PS deixa que as situações se degradem e se degradem mais ainda para que as Populações, um dia destes, desesperadas, até achem que o melhor mesmo é fechar os serviços públicos do nosso Centro de Saúde... Aliás, igual “técnica” já foi usada em situ-ações idênticas.

Assim, aqui se renova o apelo à População e às Au-tarquias Oliveirenses para que se mantenham muito atentas ao desenrolar dos acontecimentos e para que não se deixem endrominar pela “publicidade enga-nosa” desta “rapaziada e raparigada” nas próximas eleições.

Nota:-em próximo artigo, retomaremos o tema das propostas CDU que fazem a diferença.

* Autarca da CDU – Oliveira do Hospital

As listas independentes, darão por-ventura uma tonalidade nova às próximas eleições autárquicas, alimentada pelas inúmeras lei-turas que colocarão os eleitores

na posição de árbitro. Não que o crescimento do eleitorado que se declara independente, seja hoje uma efectiva realidade entre nós, mas porque numa vertente de pragmatismo político, alguns dos pré-candidatos a candidatos autárquicos, têm aflorado esse ciclo alternativo, como possibilida-de para dinamizar a sua expressão sócio política no tecido cívico do concelho.

Esta estratégia conceptual, como opção de par-ticipação política assente em listas designadas como “independentes”, pode efectivamente cati-var para a sua causa, eleitores habitualmente vo-tantes nos partidos políticos, nomeadamente no partido charneira da governação local: o PSD. É sobre este partido, que recai o facto de estarmos a braços com uma eleição de contestação, se o can-didato social-democrata for Mário Alves, como muitos cidadãos alvitram. A vontade pessoal do próprio confirma. E o principio programático de quem é líder hoje no partido nacional, por fim as-segura.

Esta tese e a prática, fazem desconfiar que há um roteiro político escrito de fora do circulo de quem é hoje poder autárquico, e que a hora de apresentação de candidaturas não é já a de con-sensos, mas sim do dissenso, onde os apoios po-líticos pré-partidários e pró-independentes, são aparentemente todos bem vindos e gemináveis,

LusitanaFonseca(…) Quer-me parecer

que entre nós, há

quem já tenha per-

cebido que é preciso

encontrar uma saída

honrosa para o dilema

– em que ele próprio

se deixou enredar

– de que Mário Alves,

parece ser aquele

tipo de político, que

ganha sempre, mesmo

sem cartas para ir a

jogo(...)

desde que se demonstre quem está do lado de quem, de forma a mostrar à população, o que está ao lado do quê. Parece-me que é precisamente isto, que começa a mostrar ser chegada a hora de romper com a confusão tomada de início, que a qualquer lista de independentes que se possa antever, lhe basta, ser opostos unidos em torno do abstracto, isto é, das meras e circunstanciais palavras de ordem, anti alguém.

Sob pena, de não se verificar uma integração funcional no eleitorado, dos chamados “indepen-dentes”, logo numa fase de bastidores. Há aspec-tos determinantes que caucionam todas e quais-quer candidaturas de cariz independente, sejam elas de adesão partidária, movimentista, militan-te, ou de cidadania activa. Se não há um mago como candidato, não se deve desmerecer quem tem dito o quê nesta questão. Pelo facto de a via dos chamados “independentes”, poder mostrar-se uma mera solução de justaposição de falhas, um simples acrescento que em nada altera a lógica que muitos tomam como certa – mas erradamente – de que concorrer contra Mário Alves, permiti-rá por si só, mobilizar largos sectores da opinião pública.

Se a capacidade de intervir socialmente, está entre nós disseminada como nunca esteve. Então. Mesmo que acreditemos muitíssimo na força dos instintos, o convencimento que existe efectivo movimento social a sustentar a fermentação de quaisquer candidaturas independentes – onde não sejam tratados com deferência os anteceden-tes, o envolvimento, o estímulo, o propósito – só pode, ter como factores de engajamento, um rol incomensuravelmente grande de sentimentos de afinidade colectiva, em ambiente de autodeter-minação individual. Somente isto, pode mostrar, que as candidaturas independentes como realida-de política, não serão tomadas como uma casua-lidade, mas uma proposta de fundo, centrada na

defesa de ideias, no desbravar de problemas, que mostrem que não é o poder que está em causa, mas a forma de o gerir.

Embora tudo dependa de quem tenha o com-promisso de reservar a si a ribalta de desencade-ar o processo das candidaturas independentes. Quer-me parecer que entre nós, há quem já tenha percebido que é preciso encontrar uma saída hon-rosa para o dilema – em que ele próprio se deixou enredar – de que Mário Alves, parece ser aquele tipo de político, que ganha sempre, mesmo sem cartas para ir a jogo. António Lopes, que ainda só disse publicamente que se aquele for a votos, ele irá também. Parece, para o bem e para o mal, estar já muito para além daqueles a quem indica o ca-minho. Nos dias que correm, não só salvaguarda (e bem!) o seu partido, como fala em participação pessoal numa alternativa política aglutinadora, inteiramente dependente, da constituição de uma formação de combate cívico, em torno de um pro-jecto político, que se permita a reunir uma quan-tidade sempre maior de aderentes. Todas as suas ultimas opiniões, expressas na edição online des-te jornal, denotam que está empenhado a fundo numa coligação de vontades com independentes, antes das discussões partidárias das autárquicas, de modo a evitar que se perca uma oportunidade de intervenção da sociedade civil, de trazer à pra-ça pública vozes que não se revêem nos partidos.

Temo que se isto não for levado a sério, por muita gente que hoje está sob a bandeira de um partido, se corra o risco de tornar as listas “in-dependentes”, numa acção de propaganda e vir a ser mais uma sombra de intenções e em mais uma forma cinzenta de partidarismo. Em momen-to algum os independentes se podem permitir a sombras em dia já nublado. A auto-reprodução de determinados aparelhos partidários, é dispensá-vel. Se os cidadãos a agrupar não forem indepen-dentes e continuem comprometidos.

Os (In)dependentes.“Quem pode, resiste. Quem não pode, esconde-se.”

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São mais de 20 elemen-tos, mas desdobram-se em pequenos grupos que, de manhã, de tar-de ou, ao cair do dia

fazem questão de visitar quem, por qualquer motivo, se encontra sob o olhar atento de médicos, enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais de saúde.

Paulo Marques, Irene Oliveira, Maria da Glória Morais e Olga Du-arte participaram na visita da pas-sada quinta-feira, entre as 17h30 e as 19h30. E até o horário tem uma explicação: “queremos apanhar a hora de jantar para podermos au-xiliar quem não pode comer pela própria mão”, explicou o coorde-nador do projecto de voluntariado da FAAD, que nem sequer se ima-

gina a deixar de ser voluntário.“Então, hoje como é que se

sente?”, começam por perguntar os voluntários, que entre a con-versa vão averiguando se cada utente tomou a medicação ou se necessita de algum tipo de ajuda. “Tem bebido água? Já sabe que é importante…”, vão alertando aos mais velhos, sem deixarem de transmitir uma mensagem de con-forto e de esperança em rápidas melhoras.

É sobretudo na unidade de cirurgia que a conversa mais se desenvolve entre utentes e voluntários, já que – como explicou Paulo Marques – as pessoas estão normalmente a recuperar de uma cirurgia e não são tão idosas como as que se encontram na uni-dade de medicina. Contudo, lembra que em qualquer das situações, a abordagem com os utentes deve ser fei-ta “com muita subtileza e de forma cuidadosa”. Ultrapas-sada a barreira do primeiro contacto, são os próprios utentes que anseiam pela chegada dos senhores da “bata amarela”. “Pensei que hoje nem vinham…”, costumam dizer.

A criação de afectos é inevi-tável e, na rua as abordagens são frequentes entre utentes e volun-tários. Pior é quando as camas do hospital ou do lar ficam livres sem que dos utentes em causa se esperassem melhoras de saúde. “Quando sei que o caso é grave,

prefiro não tentar saber qual foi o desfecho”, contou Maria da Glória Morais, referindo que até já tem ido a alguns funerais. “Há mo-mentos de grande perda”, acres-centou Paulo Marques que se con-fessa vitorioso em todas as vezes em que consegue fazer um utente sorrir. “É menos um momento de dor”, sublinhou, deixando claro que “a grande paga” de toda a de-dicação do corpo de voluntariado “é o sorriso”.

“Se falho um dia, fico doente”Constituído com o objectivo de minimizar a dor de uma estada no hospital ou no lar, o grupo de voluntariado da FAAD iniciou ofi-cialmente a actividade em Janei-ro de 2002. Directamente ligado à Liga de Amigos da FAAD, mas com estatutos próprios, o grupo é maioritariamente constituído por mulheres, com idades entre os 25 e os 80 anos, com maior prevalên-

cia para as pessoas sem afazeres profissionais.

Encontram-se à hora marcada na sala reservada ao voluntaria-do. As chatices ficam do lado de fora do hospital e do lar e, o bom humor começa a contagiar. Irene Oliveira, de 55 anos de idade, faz questão de integrar o grupo de Paulo Marques, chegando a falar de uma “dupla perfeita”. “Somos muito brincalhões e fazemos rir as pessoas com as nossas graças. Mas, se falho um dia, fico doen-te”, confessou, revelando-se de-pendente desta actividade que um dia a ajudou a ultrapassar um processo de depressão nervosa que a afectou. “Entrei num cari-nho e numa adaptação ao doente que me levou a ser voluntária”, sustentou.

Sempre teve tendência para apoiar os doentes, mas foi sobre-tudo a doença e a morte do ma-rido que levaram Maria da Glória Morais a fazer o curso de voluntá-ria. “Tive os meus avós comigo até aos 96 anos”, contou, confessando que se sente bem com os doentes porque percebe que o sentimento é recíproco.

A realização de um curso ante-cipou a actividade de voluntaria-do, mas Paulo Marques conta que desde muito cedo teve tendência de passar pelo hospital para visi-tar os doentes, sobretudo aqueles que não têm visitas habituais. Ao CBS, realçou que gostaria de ver mais jovens envolvidos nesta tare-fa, mas também tem consciência

de que este trabalho requer uma grande estabilidade emocional que nem sempre é comum entre os jovens. “Sinto que por vezes há um pouco de inconstância, por-que os jovens vivem a vida com outra velocidade”, referiu, dando conta de que para se ser volun-tário é necessário “ter espírito de entrega, em troca de nada”.

Famílias reconhecem benefícios“Estes senhores dão-nos muito conforto”. A afirmação pertence a Maria do Carmo Lopes que há duas semanas foi operada a uma anca e disse estar muito satisfeita com os cuidados que está a rece-ber no hospital.

Os sorrisos vão-se abrindo por cada um dos quartos que o grupo passa. Seja para um desabafo, ou para um troca de ideias mais alar-gada, todos os utentes dão ares de satisfação. E, mesmo sem respos-ta, os voluntários insistem em fa-lar junto ao ouvido do doente, dei-xando votos de rápidas melhoras.

Conceição Coelho reconhece a mais-valia do trabalho dos senho-res da “bata amarela”. “Acho que é óptimo porque conversam com as pessoas e nem sempre as famílias podem vir”, referiu quando visita-va a tia que está internada há mais de um mês naquela unidade hos-pitalar. “Ficamos mais descansa-das e é uma óptima ajuda para as famílias”, reconheceu, elogiando a capacidade de as pessoas des-penderem um pouco de tempo em prol dos outros.

(…) “queremos apanhar a

hora de jantar para poder-

mos auxiliar quem não pode

comer pela própria mão”,

explicou o coordenador do

projecto de voluntariado

da FAAD, que nem sequer

se imagina a deixar de ser

voluntário (…)

S O C I E DA D E

Mais de 20 pessoas envolvidas no voluntariado da FAAD “a troco de nada”

“A grande paga é um sorriso”Bata amarela, sorriso no

rosto e espírito de entrega.

Eis os três instrumentos de

que fazem uso os “traba-

lhadores” que integram o

grupo de voluntariado que

diariamente contacta com

cada um dos utentes do

hospital e do lar de idosos

da Fundação Aurélio Ama-

ro Diniz (FAAD).

LILIANA LOPES

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30 de Setembro de 2008

www.correiodabeiraserra.com6E D U C A Ç Ã O

Com a reabertura das escolas, há um novo ciclo na aprendizagem das coisas com que os jovens hão-de enfrentar o mundo – um enorme mercado onde (quase) tudo se compra. Por ora, a festa está para durar durante mais uns tempos porque a alegria de quem reencon-tra amigos e colegas de faixas etárias seme-lhantes é contagiante. O conhecimento virá depois, durante meses de cansaço intelectual até atingir a meta no próximo VerãoDebruço-me com alguma nostalgia sobre as descobertas dos mais pequenos no 1º ciclo (ex escola primária); às novas matérias juntam-se as brincadeiras que fazem de cada intervalo um momento único: à falta do pião e das corri-das dos “arcos”, inventam-se outros jogos, mas a bola e a “macaca” continuam a fazer parte da lista que todos soletrámos no tempo certo…A ocupação dos “intervalos” das aulas acom-panhou a evolução das mesmas, já não há o papaguear dos rios e afluentes, das linhas-fér-reas e ramais, e até “cantar a tabuada” caiu em desuso, para o bem e para o mal na aprendi-zagem das “contas”. A professora Georgina, por exemplo, levava tudo muito a sério, e ai de quem não tivesse na ponta da língua “quantos eram 9 x8”!A “minha” escola, por onde passaram milhares de alunos, continua de pé: uma sala de aula de cada lado, e ao centro a residência dos pro-fessores, encimada por um varandim em ferro que servia de púlpito à mestra nos intervalos mais prolongados:-Meninos, pouco barulho, já lá para dentro!E nós, claro, obedecíamos porque tínhamos nos ouvidos os sons da régua quando vinha lá do alto “descansar” nas palmas das nossas mãos…As “contas” eram feitas na “pedra” (lousas) com um lápis da mesma matéria, e no fundo da sala havia um mapa de Portugal para onde nos dirigíamos quando a professora assim o entendia.”Ir ao mapa ou ao quadro” deixava os alunos com tremedeira nas pernas porque a professora Georgina fazia-se acompanhar por uma “vara da índia”…para apontar e “espantar a ignorância” das nossas cabeças.Uma vez, na quarta classe, confundi os feitos heróicos de Vasco da Gama e Fernão de Ma-galhães; o castigo não se fez esperar como era moda, por isso deixei de “ver com bons olhos” estas duas figuras dos mares nunca dantes navegados. Passado meio século, eis que um deles, o “Magalhães”, passa a ser motivo de conversa em tudo quanto é sítio, só que desta vez não me apanhou desprevenido: tenho um Toshiba, de quem é “primo”, e agora já não confundo as aventuras dos dois mestres marinheiros – o Google está ao alcance de um “click” e a resposta vem de imediato!Se a professora Georgina fosse viva, apesar de rezinga, a sua competência de mestre-escola estaria à altura de utilizar as novas tecnolo-gias em benefício dos alunos – disso tenho a certeza! – e eu, quem sabe, teria ido além da Taprobana se tivesse um “Magalhães” à disposição…Agora (como antes, mas de outra forma…) já não há desculpas para ir mais longe “ sem sair de casa”! Portanto, façam o favor de viajar na nova “caravela portuguesa” na companhia das vossas crianças, com estas ao leme.

C R O N I Q U E TA

Carlos Alberto (Vilaça)

Da lousa ao

Magalhães

Director da ESTGOH confiante num bom resultado na 2ª fase

“Temos a expectativa de voltar a preencher a totalidade das vagas”

J osé Joaquim Dinis Reis vai, no próximo dia 7 de Outubro, feriado mu-nicipal em Oliveira do Hospital, ser homenage-

ado pelo município com a Meda-lha de Ouro Municipal. Licen-ciado em Economia, José Reis é actualmente professor catedrá-tico na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, investigador e membro do Con-selho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentá-vel. Aos 54 anos de idade, o seu nome está também ligado ao En-sino Superior por ter exercido funções de Secretário de Estado entre 1999 e 2001, bem como à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, cuja presidência ocupou entre 1996 e 1999.

Natural de Aldeia das Dez, José Reis apresenta um percurso marcado pela colaboração com várias universidades estrangei-ras, registando-se também o fac-to de ser autor de vários textos e publicações. A nível local, foi

também várias vezes apontado o nome de Reis como um potencial candidato à presidência da Câ-mara Municipal, embora nunca se tenha concretizado qualquer candidatura.

Medalhas de Mérito Municipalpara personalidades ligadas à músicaPara a atribuição das meda-lhas de Mérito Municipal, a autarquia oliveirense decidiu-se pelos nomes Carlos Alberto Rodrigues Lopes, maestro do Grupo Coral de Sant’Ana, José da Costa Gomes, executante da Filarmónica Avoense e Carlos dos Reis Gomes, um falecido executante da mesma Filarmó-nica que será homenageado a título póstumo.

Sublinhe-se que José da Cos-ta Gomes, de 83 anos de idade, é também “homenageado” pelo Correio da Beira Serra que nesta edição lhe reserva a página 15. Num trabalho de Carlos Alberto, o executante de clarinete, é a Fi-gura escolhida deste jornal.

No feriado municipal, dia 7 de Outubro

Município homenageia José Reis com Medalha de Ouro Municipal

Depois de uma primeira fase, em que o número de candidaturas quase que quadruplicou o número de vagas, a Escola Supe-

rior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) está agora con-fiante na ocupação total das 46 vagas a concurso na 2ª fase. O director Nuno For-

tes justifica os resultados com um bom trabalho de divulgação e com a “elevada empregabilidade” dos quatro cursos.

Os resultados da segunda fase do con-curso nacional ao ensino superior só é conhecido dia 13 de Outubro, mas a ex-pectativa do director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital é de ocupação total das 46 va-

gas colocadas a concurso. “Só posso estar confiante”, referiu

Nuno Fortes ao Correio da Beira Serra, notando que na primeira fase concorre-ram quase quatro vezes mais alunos do que o número de vagas colocadas a con-curso. “Tínhamos 120 vagas e registá-mos 466 alunos candidatos”, sublinhou o responsável, notando que em face des-tes resultados, acredita numa segunda fase participada, porque houve muitos alunos que ficaram de fora.

No dia em que teve início o novo ano lectivo na ESTGOH – ontem foi o pri-meiro dia de aulas – Nuno Fortes confes-sou-se satisfeito ao CBS, realçando que os resultados da primeira fase só foram alcançados graças a um trabalho de di-vulgação realizado junto das escolas secundárias e profissionais da região e porque estão em causa “cursos com ele-vada empregabilidade”. “É com muito agrado que assistimos a estes resultados e temos a expectativa de voltar a preen-cher a totalidade das vagas a concurso na segunda fase”, sustentou o director da Escola que, pelo segundo ano conse-cutivo, assiste a um bom resultado no que respeita à ocupação das vagas para os quatro cursos que lecciona: Engenha-ria Civil, Engenharia Informática, Admi-nistração e Finanças e Administração e Marketing.

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Homens, com idades acima dos 30 anos, trabalhadores por conta de outrem e pertencen-tes à classe média-baixa. Este é o perfil do vulgar autor de

crimes contra as pessoas – difamação, injú-rias e ofensas à integridade física – e contra o património – furto e dano – normalmente praticados no concelho de Oliveira do Hospi-tal. Nas situações de difamação e injúrias há ainda uma tendência para a prevalência do sexo feminino.

A informação foi avançada pelo Destaca-mento Territorial da GNR da Lousã que nos últimos cinco anos tem registado uma média anual de 440 crimes praticados no concelho, notando que os índices de criminalidade ten-dem a “manter uma certa estabilidade”. Note-se, por exemplo, que no ano de 2006 se re-gistou um acréscimo de 48 crimes, enquanto que em 2007 se assistiu a uma descida de 30 crimes. Dados relativos ao primeiro semestre deste ano – 181 crimes cometidos – levam a GNR a constatar um “ligeiro abaixamento comparativamente ao ano anterior”.

Praticados individualmente contra as pessoas e em grupo contra o património, os

crimes são mais frequentes no período de Ve-rão e de férias, justificados pelo aumento de pessoas no concelho, quer se trate de visitan-

tes, quer de naturais do conce-lho, não havendo contudo uma tendência para ocorrerem num momento particular do dia. Pese embora a incidência de crimes em Oliveira do Hospital, o Des-tacamento Territorial da GNR da Lousã recusa tratar-se de um “surto”, não negando contudo a ocorrência de algum tipo de cri-minalidade com uma frequência fora do normal.

Dos sete municípios que in-tegram a área de intervenção do Destacamento, Oliveira do Hospital surge no lugar imedia-tamente a seguir à Lousã que lidera a tabela em matéria de criminalidade. Esta posição é justificada com o facto de o con-celho oliveirense ser o segundo com maior concentração popu-lacional urbana, pelo que, tam-bém por isso – garante aquela força de segurança – Oliveira do Hospital “é sempre alvo de uma atenção especial” e as situações de criminalidade mais graves

são referenciadas como “casos pontuais”.Assaltos a espaços comerciais e até a obras

de construção civil têm sido, na realidade, as ocorrências mais registadas em Oliveira do Hospital, invertendo-se assim aquela que era a tendência ocorrida no meio do século pas-sado, altura em que predominavam os crimes entre vizinhos e até familiares por razões de partilhas e passagens de água para regadio.

Num concelho que continua a ostentar as marcas da interioridade é também visível uma espécie de barreira que, até agora, tem impedido a incidência de crimes violentos como o “carjacking”, os homicídios e os assal-tos armados a bancos, postos de combustível e farmácias que, nos grandes centros urbanos, aumentou no primeiro semestre deste ano.

“A pobreza é mais preocupante do que o crime”Para Manuel Gandarez, conhecido advogado de Oliveira do Hospital, a incidência de si-tuações de crime no concelho não o assusta, por constatar que por cá “não abunda o crime organizado que por norma inquieta a comuni-dade”. Confessa-se mais preocupado com os sinais de pobreza e de dificuldades económi-cas, por perceber a existência de uma cone-xão com a ocorrência de crimes como o furto e até a prática da prostituição.

“Temos crimes e vamos ter cada vez mais, mas não são alarmantes”, referiu o advogado, considerando que muita da pro-miscuidade detectada deriva das situações de perturbação e desespero ligadas à falta de emprego no concelho. Gandarez chega até a responsabilizar a Câmara Municipal pela falta de desenvolvimento empresarial e por consequência pela ocorrência de situações de crime.

Convidado por este jornal a avaliar a evo-lução do crime no concelho, o advogado oli-veirense nota que o que mais prevalece são as ofensas corporais simples, ficando para trás as injúrias e difamações. Explicou que as taxas judiciais elevadas têm vindo a inibir os particulares ofendidos de avançar com as queixas para tribunal devido aos parcos re-cursos económicos.

LO C A L

(…) Dos sete municípios

que integram a área de in-

tervenção do Destacamento,

Oliveira do Hospital surge

no lugar imediatamente a

seguir à Lousã que lidera a

tabela em matéria de crimi-

nalidade (…)

Crimes contra o património têm vindo a aumentar.

440 crimes cometidos anualmente

Oliveira do Hospital é o segundo concelho com maior índice de criminalidade

As pessoas e o património são

os alvos do maior número de

crimes cometidos no concelho de

Oliveira do Hospital. Com uma

média de 440 crimes por ano, o

concelho é o segundo com maior

índice de criminalidade na área

de intervenção do Agrupamento

Territorial da GNR da Lousã.

LILIANA LOPES

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30 de Setembro de 2008

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Ainda vamos ver as nossas ove-lhas a pastar no areal da praia da Figueira da Foz.

Vai ser porreiro…”, ironizou um munícipe que, esta sexta-feira à noite, dia 26, assistia, na Assem-bleia Municipal (AM), à acesa discussão de uma proposta da Câmara Municipal com vista à inclusão do município de Olivei-ra do Hospital na futura entidade regional “Turismo do Centro de Portugal”.

A polémica proposta, aprovada pela confortável maioria social-democrata de que o executivo ca-marário dispõe na AM, gerou uma quase interminável discussão.

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital começou a preparar o terreno e, quando já passava da meia-noite, “cansou” os deputados municipais com a leitura da troca de correspon-dência entre a autarquia olivei-rense e o secretário de Estado do Turismo. Foi taxativo ao explicar que se o município de Oliveira do Hospital não vai pertencer ao Pólo de Desenvolvimento Turísti-co da Serra da Estrela – mas antes à região “Turismo do Centro de Portugal” – é porque “decorre da lei que foi produzida pelo Gover-no. Não foi produzida pelo muni-cípio”, sublinhou.

Habilmente, Mário Alves apal-pou o terreno e tentou responsa-bilizar o Governo socialista por precipitar esta situação. Contudo – e como competia à Assembleia dar a necessária autorização para que Oliveira do Hospital transite para a nova entidade de turismo –, Alves declinou as consequên-cias da decisão. “Esse é um ónus que não ficará na Câmara… ficará com vossas excelências que têm a capacidade de decisão”, advertiu o autarca do PSD que, em reunião

do executivo – e conjuntamente com os seus pares – deliberou, com a abstenção dos vereadores do PS, no sentido de colocar o município a que preside na região “Turismo do Centro de Portugal”.

O PS “esperneou”, mas de nada valeu. “Devemos tomar uma posi-ção de modo a não sairmos de for-ma nenhuma da Serra da Estrela – o nosso habitat natural”, salien-tou Carlos Mendes sem dei-xar contudo de referir que Oliveira do Hospital poucos benefícios tem colhido por via da sua presença na Re-gião de Turismo da Serra da Estrela. “O que fala é a valia dos projectos. Não tem nada a ver estarmos na Serra ou estarmos no Centro”, ripos-tou Mário Alves.

“Está aqui uma grande salgalhada”, começou por notar o deputado municipal da CDU, João Abreu, susten-tando no entanto que a res-ponsabilidade é da lei que o Go-verno Socialista criou em matéria de organização do planeamento turístico.

Muito crítico quanto à forma como se tem lidado com o turis-mo na serra, Abreu advertiu que “a Serra da Estrela tem uma en-tidade – a Turistrela – que é um monopólio existente no nosso país… acima dos 700 metros de

altitude, a Turistrela é quem man-da, continuou o autarca de Meru-ge, afirmando que “foi o senhor engenheiro Guterres, amigo dos Costa Pais, que lhes deu isso”.

Apesar destas declarações, Abreu não se mostrou porém muito convicto quanto à integra-ção de Oliveira do Hospital na Portugal Centro. “Por deformação ideológica sou contra o centro.

Ou é para a esquerda ou é para a direita”, riu-se, alegando não ver com bons olhos “como é que se vai promover uma região de Lis-boa até Aveiro”.

Simões Saraiva “afina” a orquestra Nesta altura da discussão – e ainda o debate ia a meio – o PSD percebeu que a sua bancada, na

grande maioria composta por pes-soas nascidas e criadas nas faldas da Serra da Estrela, poderia estar receptiva a outra “corrente de opinião”. Mas o presidente da As-sembleia Municipal, encarregou-se de “afinar” a orquestra. “… em face de uma pergunta concreta… não será melhor irmos para a Re-gião de Turismo Centro de Por-tugal?”, perguntou, com ar sério, António Simões Saraiva.

“Nós estamos obrigados por lei a estar onde nos meteram. E a lei tem pais”, sentenciou o deputado da CDU, João Dinis, advertindo no entanto que “outra situação é o que se pode fazer para reparar a situação”.

Dinis redigiu logo no momento uma moção para que a AM deli-berasse “protestar junto do Go-verno e da Assembleia da Repú-blica contra essa não inclusão do município” na Serra da Estrela, reclamando “a urgente correcção da situação tendo necessariamen-te em conta a posição e a vontade do nosso município”.

Para o autarca da CDU – con-forme refere a moção, que viria a ser chumbada com os votos do PSD e de alguns deputados do PS –, esta tomada de posição é im-periosa uma vez que é “a actual composição territorial legislada pelo Governo que, à partida, não coloca o município de Oliveira do

Hospital no Pólo Turístico da Ser-ra da Estrela”.

Uma questão pertinente, sur-giu entretanto pela voz do pre-sidente da Junta de Freguesia de Lagares da Beira, Raul Costa, que perguntou por que razão é que “tem que ser a Assembleia a votar esta questão se a lei obriga a que sejamos integrados na Região de Turismo “Centro de Portugal”.

“Se é lei é lei. Metam-nos onde quiserem, não me perguntem é se quero… Eu não subscrevo esta lei. Estou indignado”, sentenciou também o deputado municipal do PS, Carlos Maia.

Da bancada do PSD, Rui Abrantes interveio para notar que “podemos dar o benefício da dú-vida à «Turismo do Centro», já que – conforme observou – “nestes 30 anos” o município de Oliveira do Hospital poucos benefícios obteve com a sua participação na Região de Turismo da Serra da Estrela.

Invocando o decreto-lei, João Esteves, também do PSD, salien-tou por seu turno que Oliveira do Hospital foi excluída do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela e, como tal, “te-mos que nos inserir à priori e já” na região de Turismo «Centro de Portugal».

Preparando o caminho para a aprovação daquele polémico dos-siê, Esteves não teve dúvidas em

P O L Í T I C A

(…) Mário Alves foi taxativo

ao explicar que se o municí-

pio de Oliveira do Hospital

não vai pertencer ao Pólo de

Desenvolvimento Turístico da

Serra da Estrela – mas antes à

região “Turismo do Centro de

Portugal” – é porque “decorre

da lei que foi produzida pelo

Governo (...)

PSD viabilizou a inclusão de Oliveira do Hospital na região “Turismo do Centro de Portugal”

Ficha Técnica Administração: António dos Santos Lopes Direcção Editorial: Henrique Barreto - [email protected] Jornalista Principal: Liliana Lopes - [email protected] Desporto: Editor: José Carlos Alexandrino, João Jorge Colaboradores Permanentes: Adelaide Freixinho, António Campos, Carlos Portugal, Carlos Alberto, Carlos Carvalheira, João Dinis, José Augusto Tavares, Luís Lagos, Luís Torgal, Paulo Ribeiro (caricaturista), Rui Santos. Deptº. Comercial: Isabel Mascarenhas Projecto Gráfico: Jorge Lemos Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis – Telef.: 256 600 580 - Fax: 256 600 589 - E-mail: [email protected] Sede, Redacção e Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 – 1º Esqº - 3400-075 Oliveira do Hospital, Telef.:2380865476 Fax 238086547 Correio Electrónico [email protected] Edição Internet: www.correiodabeiraserra.com Entidade Proprietária: Temactual, Lda, Matric. na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira do Hospital sob o número 507601750, Contribuinte: 507601750, Capital Social: 25,000 Euros Nº de Registo no ICS: 112130 Depósito Legal N.º 54475/92 Tiragem Média Mensal: 6.000 exemplares Detentores de mais de 10% do capital da empresa: AHL -Investimentos e Participações, SGPS, SA.; Henrique Manuel Barreto Pereira de Almeidawww.correiodabeiraserra.com

“Ainda vamos ver as nossas ovelhas a pastar no areal da praia da Figueira da Foz”

PSD joga ao centroFoi notória a pressa com

que a Assembleia Municipal lidou com o polémico dossiê que transfere o município de

Oliveira do Hospital da Serra da Estrela para a Região “Turismo

Centro de Portugal”.Com o “trabalho de casa” por

fazer, a oposição protestou mas a maioria do PSD levantou o

braço em sinal de aprovação.

HENRIQUE BARRETO

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“Educadores à beira de um ata-que de nervos” é o tema do encontro que, no próximo dia 4 de Outubro, pelas 17h00, terá lugar no auditório da Caixa de Crédito Agrícola, em Oliveira do Hospital, destacando-se a participação do conhecido psicó-logo Eduardo Sá.

A iniciativa é organizada por um grupo de quatro psicólogos – Caro-lina Veiga, Mafalda Rodrigues, José Sargento e Sílvia Matela – que tra-balham na zona de Oliveira do Hos-pital, e tem por objectivo pensar durante duas horas sobre a Saúde, a Educação e a Família.

Com entrada livre, o encontro destina-se à comunidade em geral, dos “4 aos 94” e está aberto a todas as questões, opiniões e desabafos.

Em Oliveira do Hospital, dia 4 de Outubro

Eduardo Sá fala sobre “Educadores à beira de um ataque de nervos”

afirmar que a AM deveria “vo-tar este ponto a favor e à poste-riori defender outra solução”. O problema é que, de acordo com o que estipula o decreto-lei nº 67/2008, “as entidades que participem numa entidade regional de turismo ficam obri-gadas a nesta permanecer du-rante o período de cinco anos, sob pena de perderem todos os benefícios financeiros e admi-nistrativos”.

Francisco Garcia “júnior” – é assim que o designa o pre-sidente da Câmara, quando responde às suas interven-ções – ainda chegou a sugerir a “marcação de outra reunião da Assembleia para renegociar a adesão à Serra da Estrela”, mas, decididamente, o PSD não estava para aí virado.

Na votação do polémico ponto, a maioria do PSD vo-tou favoravelmente e de forma esmagadora a participação do município de Oliveira do Hos-pital na nova entidade regional de Turismo “Centro de Portu-gal”, sendo que os três eleitos da CDU e o PS votaram contra. Contudo, enquanto que o de-putado municipal do PS, Ro-drigues Gonçalves, se absteve, a sua colega de bancada, Dulce Álvaro, votou – com declara-ção de voto – favoravelmente a proposta social-democrata.

Inconformado com a deci-são ficou o deputado munici-pal do PS, Carlos Mendes, que protestou com uma declaração de voto. “Eu votei contra por-que acho que o concelho de Oliveira do Hospital vai ser bastante prejudicado quer em termos turísticos e de divulga-ção, quer em termos de investi-mento”, afirmou aquele depu-tado municipal socialista.

Também insatisfeito com a forma como o processo de “facto consumado” foi apre-sentado em Assembleia, Fran-cisco Garcia “sénior” usou da palavra para criticar o execu-tivo do PSD, estabelecendo mesmo uma comparação entre o “combate” que tem existido contra a “falácia” da eventuali-dade de encerramento do SAP do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital e a “falta de empe-nhamento” que o executivo re-velou nesta matéria.

Refira-se que o Plano Es-tratégico Nacional do Turismo (PENT), que estabelece as prin-cipais linhas orientadoras do desenvolvimento do turismo em Portugal e estará em vigor até 2015, considera que “é es-tratégico desenvolver 6 novos pólos turísticos: Douro, Serra da Estrela, Oeste, Alqueva, Li-toral Alentejano e Porto Santo. De acordo com o que refere o PENT, tratam-se de “zonas que, pelos conteúdos específicos e distintivos, justificam a sua criação para o desenvolvimen-to do mercado nacional e inter-nacional”.

Nos passados dias 9, 10 e 11 de Setembro vieram a Bruxelas, ao Parlamento Europeu, os 4 me-lhores alunos e uma Professora da Escola Secundária de Oliveira do Hospital no âmbito da primeira edição do Prémio António Cam-pos.

Este prémio resultou de uma iniciativa da Juventude Socialista de Oliveira do Hospital em cola-boração com a Escola Secundária e foi, por fim, patrocinado pelo Deputado ao Parlamento Europeu, Armando França.

Teve como propósito, entre ou-tros, homenagear o Eng. António Campos. É importante reforçar a importância da sua actividade po-lítica e humana, como combatente pela liberdade, no País que hoje te-mos. Uma das melhores formas de homenagear um homem da liber-dade, da meritocracia, da educa-ção e do projecto europeu é preci-samente trazer os melhores alunos da Escola à capital da Bélgica a visitar o Parlamento Europeu en-quanto centro de decisão, de infor-mação e Casa da liberdade.

A JS de Oliveira do Hospital tudo irá fazer para que este prémio se repita por muitos e bons anos, permitindo desta forma celebrar o esforço e o mérito dos nossos jo-vens.

Não podia perder a oportuni-dade de acompanhar estes nos-sos conterrâneos durante a visita, bem como de, com eles, partilhar uma refeição. Fiquei, devo dizê-lo, agradavelmente surpreendido com a qualidade dos seus conhe-cimentos e das suas intervenções. Acredito que a formação destes jovens, bem como a construção do

projecto europeu em que Portugal está, desde sempre, empenhado, sairão reforçadas com visitas des-ta natureza e com visitantes desta qualidade.

Outro ponto, a Escola continua a formar bem! Isto deve-se, em mi-nha opinião, a uma trilogia de su-cesso que assenta em professores de muita qualidade, instalações dignas e auxiliares competentes.

Esta é uma “receita” que resulta e, como se pode constatar, dá frutos.

No entanto, temos de ser ca-pazes de estimular estes jovens, criados aqui, a regressar. A fixação desses e outros no nosso concelho, seja ela feita através do regresso da “prata da casa” ou pela captação daqueles que frequentam a ES-TGOH tem de ser uma prioridade para qualquer executivo cama-rário. Só é possível rivalizar com os concelhos limítrofes se houver uma aposta séria na formação de

emprego, na criação de novas em-presas, na educação, na cultura e na habitação a custos controlados.

Esta aposta terá de passar, de-cidida e decisivamente, por incen-tivos pecuniários ao casamento, à fixação no concelho e ao nas-cimento de crianças, aptas a dar mais brilho à nossa terra. Mas podemos ir mais longe, com me-didas mais eficazes, como oferecer

descontos na aquisição de lotes municipais para a instalação de actividades económicas a empre-endedores jovens.

Acredito que o reforço de apoios aos jovens e a concessão de algumas isenções aos mesmos serão passos decisivos para o futu-ro que pretendemos para o nosso concelho. Esses apoios passariam por: apoio na construção ou aqui-sição de imóveis para estabeleci-mento de empresas; apoio durante o primeiro ano, no pagamento de

rendas de imóveis para o seu es-tabelecimento; apoio autárquico, financeiro e técnico, ao início de actividade de jovens agricultores; apoio financeiro a empresas que criem postos de trabalho qualifi-cado (habilitações iguais ou su-periores ao 12.º ano). Quanto às isenções, a isenção de pagamento de taxas relativas à construção, reconstrução, reabilitação, alte-ração, ampliação ou aquisição de imóveis para estabelecimento de empresas, são, para já, medidas que me parecem tão necessárias como coerentes e urgentes.

Parecer-vos-á muito desconto, apoio e isenção! Ainda mais quan-do não estais habituados a tais dá-divas. Mas julgo, no meu humilde entender, que é para isso que tais órgãos devem trabalhar: primei-ro incentivar, apoiar, sem levar ao colo, e depois colher conjun-tamente os frutos, na proporção devida, pois é preciso desafiar os jovens à obtenção do mérito atra-vés do esforço pessoal combinado com o das entidades que existem para os servir a eles e à restante comunidade. Assim, se os puder-mos estimular a criar riqueza es-tamos a criar riqueza e bem-estar para todos e a fazer do nosso con-celho um melhor sítio para viver e não só um ponto de passagem para quem vai visitar o que quer seja.

Grato pela oportunidade, dei-xo-vos com estas linhas, soltas ou não, o tempo o dirá, fortes ou fracas é com elas que costuro a mi-nha ideia de futuro para a minha terra e a minha saudade.

João Ramalhete Carvalho

Presidente da Juventude Socialista de

Oliveira do Hospital

“Temos de ser capazes de estimular os jovens”CARTAS AO DIRECTOR

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C O N C E L H O

Presidente da ARS-Centro reúne com comissão

SAP continua com futuro incertoContinua incerto o futuro que vai ser

dado ao Serviço de Atendimento Perma-nente (SAP) do Centro de Saúde de Oli-veira do Hospital. Numa reunião realiza-da, dia 22 de Setembro, com a Comissão criada para acompanhar este processo e elementos do executivo camarário, o presi-dente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, João Pedro Pimentel, dis-se não haver novidades em relação a este processo e assegurou que o SAP não encer-ra sem que estejam encontradas soluções alternativas.

Sublinhe-se que foi há cerca de duas semanas que os rumores de encerramento do SAP no período nocturno e ao fim-de-semana voltaram a ganhar peso em Olivei-ra do Hospital, levando a que o presidente da Câmara solicitasse uma reunião à ARS Centro com vista a esclarecer a situação que se tendia a agravar com a anunciada abertura da Unidade Básica de Urgência em Arganil. Na manhã de 22 de Setembro, o executivo oliveirense – representado pelo presidente Mário Alves e pelos vereadores Albano Ribeiro de Almeida (PS) e Elsa Cor-reia (PSD) – e a Comissão de Acompanha-mento – constituída por um representante dos três partidos com assento na Assem-bleia Municipal, João Dinis (PCP), Carlos Mendes (PS) e João Esteves (PSD) – volta-ram a ser informados, à semelhança do que sucedeu há um ano atrás, de que nada está decidido e de que a assistência aos casos

agudos será sempre assegurada.A informação foi avançada ao correio-

dabeiraserra.com por João Dinis, elemento da Comissão que também adiantou que de entre o rol de soluções possíveis para fazer face a um possível encerramento do SAP continua a Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD), e a localização de uma unidade de saúde móvel na cidade. “Nada está decidi-do”, sossegou o eleito pelo PCP, sublinhan-do que de momento a situação mais pro-blemática está relacionada com o período entre a meia-noite e as 08h00.

“O SAP não vai fechar até às próximas eleições”Sem se querer pronunciar em nome da Comissão, mas antes em nome individual, João Dinis confessou não estar mais, nem menos tranquilo com o desfecho da reu-nião, por acreditar que “se o SAP não fe-chou até agora, também não vai fechar até às próximas eleições”. “Isso era pôr a popu-lação em pé de guerra”, considerou Dinis, lembrando que o SAP não fechou até agora porque “a população e a autarquia reagi-ram”. Convidado pelo correiodabeiraser-ra.com a pronunciar-se sobre as soluções que se encontram em cima da mesa, Dinis foi peremptório ao afirmar que o ideal era melhorar o serviço público que existe. Não hesitou em posicionar-se em desfavor da solução que passa pelo hospital da FAAD poder vir a assegurar a urgência nocturna,

“Já chegam os restantes custos da interioridade”

CAULE insatisfeita com serviço ADSL A CAULE – Associação Florestal da

Beira Serra, com sede em Covas, concelho de Tábua, está indignada com o serviço ADSL prestado pela PT Comunicações. O director executivo Vasco Campos denun-cia problemas ao nível da velocidade e da estabilidade do serviço que limita a acti-vidade da associação.

O problema não é novo, mas foi por ocasião da apresentação de candidatu-ras ao Programa Operacional Potencial Humano (POPH) que ganhou maiores contornos. “Fomos obrigados a deslocar dois técnicos para o posto público de Internet de Oliveira do Hospital duran-te mais de uma semana para podermos agilizar os procedimentos”, contou Vasco Campos que na carta enviada ao provedor do cliente da PT, no final de Agosto, su-blinha que esta situação deixa a CAULE “envergonhada”, já que “causou grande transtornos e prejudicou gravemente a operacionalidade da associação”. O res-ponsável chega a antecipar um cenário ainda mais desconfortável com a entrada em funcionamento do PRODER – Progra-ma de Desenvolvimento Rural e do QREN 2007/2013, já que devido ao SIMPLEX, “serão muitas as candidaturas” a apresen-tar pela CAULE.

Ao correiodabeiraserra.com,Vasco Campos disse estar disposto a ir mais lon-ge para conseguir que a situação seja re-solvida, porque entende que os cidadãos do interior do país não podem ser discri-minados nesta matéria.

“Não esperamos é ter que mudar o edi-fício sede da CAULE, bem como as casas dos restantes moradores insatisfeitos com o serviço ADSL e colocá-las num sítio onde já se tenha este serviço em condi-ções, como um funcionário da PT chegou a sugerir”, sustenta o responsável pela associação, lembrando que à semelhan-ça dos cidadãos que residem nos grandes centros urbanos, também os responsáveis e funcionários da CAULE pagam impos-tos e por isso merecem “ter o mesmo aces-so às auto-estradas tecnológicas que os

outros têm”. “Já nos chegam os restantes custos da interioridade para dificultar o nosso trabalho e a nossa acção”, sustenta Vasco Campos que, à frente da associação que dirige foi também responsável pela constituição da primeira Zona de Inter-venção Florestal em Portugal.

Contactado por este diário digital, Francisco Lucema da PT remeteu para mais tarde uma posição sobre o assunto.

porque “sendo uma IPSS que não tem por objectivo o lucro, também não tem o ob-jectivo de perder dinheiro”. Na leitura do eleito pelo PCP, a FAAD “não vai assumir uma responsabilidade para pagar do pró-prio bolso”, o Estado também não estará disposto para mais custos, logo quem terá que pagar será o utente ou a Câmara Muni-cipal. “Não acredito nas alternativas”, sus-tentou Dinis, considerando que o Governo

deveria “melhorar o serviço público e não estropiá-lo”.

Segundo João Dinis, na reunião – que teve a duração de cerca de uma hora e de-correu de forma cordial, como adiantou –, todos os elementos apresentaram o seu ponto de vista e o presidente da Câmara mostrou-se disponível para colaborar com a ARS Centro no sentido de se encontrar o melhor desfecho para todo este processo.

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30 de Setembro de 2008

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No Centro de Saúde de Oliveira do Hospital

“Jovem solidário” presta apoio na candidatura ao Complemento Solidário para Idosos

A candidatura ao Programa “Complemen-to Solidário para Idosos” (CSI) é agora mais fácil para os idosos do concelho de Oliveira do Hospital, já que podem recorrer ao apoio de um jovem voluntário até Fevereiro de 2009, no Centro de Saúde local.

No distrito são sete os jovens que partici-pam no projecto de voluntariado “Jovens So-lidários” e que é resultado de um protocolo assinado entre o Instituto Português da Ju-ventude (IPJ), o Instituto de Segurança Social (ISS) e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

A decorrer no âmbito do Programa “Com-plemento Solidário para Idosos”, o projecto está em funcionamento nos Centros de Saú-de de Cantanhede, Coimbra, Figueira da Foz,

Tábua, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, onde os Jovens voluntários prestam in-formação no preenchimento do formulário e apoio na documentação que os idosos deve-rão apresentar para se candidatarem ao CSI.

O apoio consiste na distribuição da bro-chura informativa, esclarecimentos e infor-mação sobre a prestação, disponibilização do modelo de requerimento e apoio no pre-enchimento do modelo de requerimento. Su-blinhe-se que para a realização destas tare-fas todos os jovens voluntários participaram numa formação específica, ministrada pelo IPJ e pela Segurança Social. Até ao momen-to, o Projecto “Jovens Solidários” regista, na Região Centro, a participação de 43 Jovens voluntários.

Acidente de trabalho

Queda de pinheiro foi fatal para habitante de Meruge

Foi logo ao início da manhã de 23 de Setembro que José Tavares Monteiro, 64 anos de idade, perdeu a vida, depois de um pinheiro lhe ter caído em cima, quan-do se encontrava a arranjar lenha com dois cunhados num pinhal localizado junto à estrada que liga Meruge a Santa Eulália. O homem ainda chegou com vida ao Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, mas aca-bou por falecer por volta das 10h30, depois de entrar em paragem cardíaca.

O alerta foi dado aos Bombeiros Volun-tários de Lagares da Beira, pessoalmente, por volta das 08h30, que accionaram para o local duas ambulância s e material de de-sencarceramento. “Quando chegámos ao local, a máquina das estradas já tinha reti-rado o pinheiro de cima da vítima que ain-da falava e estava consciente, embora um pouco desorientada”, contou ao correio-dabeiraserra.com o comandante António Pinto, sublinhando que a chegada até ao local do sucedido não foi tão rápida quanto o desejável, devido às obras que andam a

realizar na estrada. Segundo adiantou, José Tavares Monteiro tinha a tensão arterial e os ritmos cardíacos dentro dos parâmetros normais, mas tinha a zona torácica muito afectada.

A paragem cardíaca de que foi vítima no Centro de Saúde foi fatal para a vítima, já que as lesões ao nível torácico não permi-tiram aos profissionais de saúde efectuar as compressões de reanimação. A Viatura

Assaltantes levaram dinheiro das máquinas

Santa Casa da Misericórdia de Galizes foi assaltada

A Santa Casa da Misericórdia de Galizes (SCMG) foi assaltada este fim-de-semana durante a madrugada de20 para 21 de Se-tembro.

A notícia foi confirmada a este diário digital pelo Sargento-Mor do Destacamento Territorial da Lousã, Lucénio Martins, que disse tratar-se de um assalto ocorrido por via do “arrombamento da porta principal

do edifício”. No interior da SCMG o autor – ou autores - do furto “arrombaram duas ou três máquinas” de “vending” de bebidas, retirando o dinheiro dos cofres num mon-tante que “ainda não está contabilizado”.

A GNR de Oliveira do Hospital tomou conta da ocorrência e, segundo Lucénio Martins, o assalto está agora sob a alçada do Núcleo de Investigação Criminal.

Médica de Emergência e Reanimação foi accionada e chegou mesmo a estar à porta do Centro de Saúde, acabando no entanto por não ser utilizada. A vítima era natural de Lagares da Beira, mas residia em Meru-ge. O funeral realiza-se esta tarde para o cemitério de Lagares da Beira.

“Já não tinha ideia de acontecer uma situação destas”Questionado pelo correiodabeiraserra.com

sobre a frequência de acidentes relaciona-dos com o abate de pinheiros e outras árvo-res, o comandante António Pinto confessou que “já não tinha ideia de acontecer uma situação destas”. Recordou que o último caso ocorrido foi há dois anos na freguesia de Seixo da Beira, notando que as vítimas costumam ser os madeireiros, por motivo da sua profissão. “Felizmente, nos últimos tempos estes casos têm sido escassos”, sos-segou.

Oliveira do Hospital:

Taxa de desemprego no último trimestre subiu quase 15 por cento

O número de desempregados continua a aumentar no concelho de Oliveira do Hos-pital.

De acordo com os últimos dados esta-tísticos publicados pelo Instituto de Em-prego e Formação Profissional (IEFP), só no último trimestre deste ano – entre Maio e Julho – a taxa de desemprego registou uma subida de 14,1 por cento, enquanto que no

período homólogo de 2007 o desemprego subiu apenas 3,2 por cento.

À data de 31 de Julho deste ano, esta-vam inscritas no IEFP 663 desempregados.

Este flagelo social continua a atingir principalmente a população feminina, já que, em 31 de Julho deste ano, dos 663 de-sempregados inscritos no IEFP, 444 eram mulheres.

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Numa entrevista em que reconhe-ce que “já devia ter saído há mais tempo” da vida

autárquica, o presidente da As-sembleia Municipal de Oliveira do Hospital, António Simões Sa-raiva, disse estar disponível para apoiar a lista do PSD para as pró-ximas eleições autárquicas “que irradiar da Comissão Nacional do partido”.

“Para mim fundamentalmente conta o partido”, afirmou Simões Saraiva ao jornal Folha do Cen-tro, revelando-se contra o even-tual aparecimento de uma lista de independentes com pessoas ligadas ao PSD. “Eu classificaria essa atitude como menos elegan-te”, acrescentou, considerando “desclassificadas” as pessoas que – como o próprio já viu – prota-gonizam “pulos esquisitos” e que “passam de uns partidos para os outros”, porque “ao fim e ao cabo não são seguras, nem firmes”.

O presidente da AM diz ser incapaz de antever o desfecho da crise que afecta o PSD de Oliveira

do Hospital, bem como a orienta-ção que o partido vai tomar para as próximas eleições autárquicas. Contudo, não deixa de notar que o actual presidente da Comissão Política Concelhia do PSD, José Carlos Mendes daria “um bom presidente”, daqui a “três, quatro anos”, enquanto que o presidente da Câmara Municipal, Mário Al-ves, “é um homem que já tem o comboio a andar e a andar com velocidade”.

Saraiva não deixa nunca de ser peremptório quanto às suas preferências políticas, quando sublinha que “o Mário Alves, dada a sua larga experiência e os seus muitos conhecimentos que tem, até na vida política, mais facilmente poderá ter contactos e trazer vantagens mais directas para o concelho que o José Car-los, que sendo um homem cheio de qualidades, ainda está na fase da tarimba”.

Fotos comHistória

ARQUIVO CORREIO DA BEIRA SERRA

1998-2008

Final dos anos 90. José Maia Veiga discute o

partido com alguns dos seus apoiantes, como João Soares , Rogério

Prazeres e Victor Batista.O objectivo da ala

crítica do PS, que tem em Veiga o seu prin-

cipal rosto, é destituir Francisco Garcia da

liderança da concelhia socialista.

Pouco tempo antes das eleições, a tragédia

acontece: Veiga não consegue resistir a uma

doença do foro cardíaco.

P O L Í T I C A

(…) Mário Alves “não

tem um trato fácil...

ele tem uma maneira

de lidar pouco afecti-

va. Penso que ele e eu,

os dois metidos num

alambique éramos ca-

pazes de sair os dois

perfeitos (…)

Presidente da AM confessa que já devia ter abandonado a vida política

Simões Saraiva apoia lista que “irradiar da Comissão Nacional do PSD”

“Com uma no cravo e ou-

tra na ferradura”, o presi-

dente da Assembleia Mu-

nicipal acaba por declarar

apoio a Mário Alves.

LILIANA LOPES

António Simões Saraiva declara implícito apoio a Mário Alves como candidato do PSD

A F R A S E

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SERVIÇOSA Quinta de S. José coloca à disposição dos seus utentes, um conjunto de serviços de enorme qualidade com especial realce para a assistên-cia na doença e na dependência, através de instalações devidamente apetrechadas e pessoal técnico altamente especializado, para além dos naturais e necessários cuidados de higiene e conforto.

Ao nível da alimentação, salienta-se a possibilidade de escolha diá-ria entre duas ementas disponíveis, elaboradas em conformidade com nutricionistas experientes na área geriátrica.

A existência de instalações e serviços de cabeleireiros e esteticista são outro dos factores reveladores da forte aposta na qualidade. Tam-bém a formação na área musical e informática e a disponibilização de serviços jurídicos, o acesso à Internet, à biblioteca não foram descura-dos constituindo-se como mais uma proposta de valor diferenciadora da oferta disponível no mercado.

P U B L I C I DA D E

C onciliando de forma equilibrada alguns materiais predo-

minantes na região com as mais avançadas tecnologias de construção nasceu, no planalto envolvido pela deslumbrante paisagem da Serra da Estrela, a Quinta de S. José.

Situada a cerca de 45 minutos de Coimbra e a 10 de Oliveira do Hospital, esta nova unidade de natureza privada foi concebida de forma rigorosa, respeitando todos os critérios e determi-nações legais.

A Quinta de S. José tem por objecto, o apoio a cidadãos de ambos os sexos visando proporcionar-lhes excepcionais condições de qualidade, conforto e bem-estar, fornecendo-lhe serviços adequados e perma-nentes às respectivas proble-máticas biológica, psicológi-ca e social através da oferta de invulgares condições de acolhimento.

Estabelecendo como lema “DAR MAIS E MELHOR VIDA AOS ANOS” a Quinta de S. José estabelece como prioridade, a admissão em regime de internamento a cidadãos que, pela sua idade, estrutura física e/ou psíquica ou ainda pelas condições ou opções de vida que justifiquem o respectivo acolhimento quer de forma transitória quer de natureza permanente encontrando-se devidamente apta e prepa-rada, quer sob o ponto de vista humano quer material, a receber utentes acamados ou em fase terminal.

Assente num conceito inovador, esta infra-estrutu-ra de âmbito social reveste, pelas suas características, o carácter de hotelaria sénior com destaque para o fun-cionamento permanente da recepção e de alguns servi-ços de apoio.

Isenta do pagamento de qualquer jóia ou direito de aquisição os utentes têm, à sua disposição, um conjunto diversificado de iniciativas internas e externas.

Quinta São JoséLar Residencial Sénior

... porque os nossos, merecem o melhor

Senhor das Almas – Nogueira do Cravo – Oliveira do HospitalTel. 238 607 030 / 968 293 970 – [email protected]

INSTALAÇÕESA Quinta de S. José possui:Três apartamentos de tipo T1 com quarto par 2 pessoas, casa de ba-

nho privativa, sala de estar, Kitchnet, fogão, frigorífico, televisão, rádio/som ambiente, telefone, aquecimento central, varandas para o exterior, chamada de emergência, limpeza e tratamento de roupas;

Treze quartos duplos e 11 individuais equipados com casa de ba-nho privativa, televisão, rádio/som ambiente, telefone, aquecimento central, varandas para o exterior, chamada de emergência, limpeza e tratamento de roupas.

Existem igualmente camas articuladas com comando à distância, colchão anti-escara, e sistema de oxigénio.

Todos os quartos possuem instalado no telefone o sistema de desper-tar e de comunicação da limpeza efectuada.

Recepção, em funcionamento permanente;Capela/ Sala de recolhimento espiritual;Biblioteca/Ludoteca/Sala de Informação;Salas de Estar com TV Cabo e Sport TV;Sala de Refeições/Bar;Gabinete Médico e de Enfermagem;Cabeleireiro;Salas de Jogos;Cozinha/Copa;Lavandaria/Engomaria; Gabinete de Vigilância;Jardim interior;Espaço para estacionamento de viaturas.

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“Éum problema geral do QREN. Está de-masiado centraliza-do e a Associação Nacional de Mu-

nicípios Portugueses já o disse. Mas estas são as regras que temos e temos que jogar com elas”, afirmou o autarca de Oliveira do Hospital, Mário Alves, quando abordado pelos jornalistas à margem da Sessão de Divulgação das Políticas das Cidades realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal, realizada dia 25 de Setembro, numa organização do “Mais Centro – Pro-grama Operacional do Centro”.

O modo como o processo está a ser gerido pela Comissão de Coorde-nação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) mereceu também o parecer desfavorável do autarca de Penalva do Castelo, Leonídio Mon-teiro, que aos jornalistas se opôs ao facto de “tudo se passar na CCDRC”, defendendo a descentralização dos processos pelas várias associações de municípios. “Era muito útil que isso já tivesse sido feito”, sustentou, sem querer deixar no ar qualquer tipo de reservas no que diz respeito ao QREN poder vir a beneficiar municípios em

detrimento de outros. “Espero que haja isenção”, sustentou, realçando que “as candidaturas têm critérios que poderão virar-se mais para um lado do que para o outro”. Na opinião de Leonídio Monteiro “ainda é muito cedo para se averiguar” a existência de interesses político-partidários. Também o autarca Mário Alves disse esperar que “isso não venha a acon-tecer”, embora “qualquer autarca se preocupe”. “Confio na capacidade de decisão dos decisores”, defendeu Mário Alves, consciente de que só serão aprovados “os projectos que ti-verem mais consistência e em que as parcerias sejam claras e inequívocas e vão ao encontro dos objectivos do programa”.

Posição semelhante foi a mani-festada pelo presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Brito, que aos jornalistas referiu até que “as verbas estão a ser geridas muito centralmente” e estão a ser ca-nalizadas “para obras que pouco têm a ver com municípios com necessi-dade absoluta de aproveitar o último QREN, para conseguirem diminuir as assimetrias”. “Nem todas as au-tarquias têm feito tudo o que neces-sitam”, frisou o autarca, notando a

importância de também os empre-sários deverem aproveitar o Quadro Comunitário para “se inovarem e mo-dernizarem”.

“O problema é que temos dois anos decorridos e nenhum projecto aprovado”O atraso que pautou o arranque do QREN mereceu também o aval nega-tivo dos autarcas que se queixam de atrasos ao nível do andamento das obras necessárias ao bem-estar da população. “Travou muitos investi-mentos previstos”, sublinhou o autar-ca de Pampilhosa da Serra, notando que “quase todos os municípios têm as obras lançadas previstas para es-tas candidaturas, na perspectiva de que sejam financiadas”. “O problema é que temos dois anos decorridos e nenhum projecto aprovado. É uma realidade que não podemos escamo-tear”, defendeu o autarca de Oliveira do Hospital, contando que a câmara a que preside já avançou com um conjunto de obras “a contar com o financiamento do QREN”. “Com ex-cepção da candidatura do centro es-colar, nenhuma outra candidatura foi aprovada, porque não houve sequer a oportunidade de as apresentar por-

que não foram abertos os programas”, acrescentou Mário Alves. Também o autarca de Penalva do Castelo fala em “dois anos perdidos”, não descurando também a realidade de que para “os pequenos centros urbanos apenas há 10 milhões de euros para os 74 mu-nicípios”, o que considera “manifes-tamente insuficiente”.

Autarquia oliveirense isenta par-ceiros de IMI, taxas e licenças

Participada por vários autarcas da região – destaque para a presença dos presidentes de câmara de Seia e Tábua – a sessão versou sobre os programas de acção das Parcerias para a Regene-ração Urbana e sobre as Redes Urba-nas para a Competitividade e Inova-ção, cujas candidaturas terminam no final de Outubro.

João Ribeiro, vogal executivo do Mais Centro, destacou aos jornalis-tas o objectivo de proporcionar aos “principais centros urbanos a possi-bilidade de se requalificarem “ e de “melhorarem a qualidade de vida e de ambiente das populações”. O de-safio passa também – como explicou – por dotar as cidades da componente “competitividade económica”.

Orientado para aquele objectivo, o presidente da Câmara de Oliveira do

Hospital referiu que a autarquia está decidida em encontrar as “parcerias adequadas” para que “o projecto possa ser uma realidade no centro histórico de Oliveira do Hospital”. Adiantou que a Câmara já deliberou no sentido de isentar todos aqueles que dentro da área do centro histórico promo-vam a requalificação dos edifícios por cinco anos que podem alargar-se a oito, do pagamento do IMI, estando já a ser equacionada isenção seme-lhante ao nível da tabela de taxas e licenças. “São alguns dos incentivos”, sublinhou, notando que o projecto em causa foi elaborado pelo Gabinete Técnico Local e “está em condições de ser lançado o concurso público para ser lançada a obra”.

Também os autarcas de Tábua e Seia têm projectos realizados para candidatar até ao final de Outubro, destinados à requalificação do centro urbano, no primeiro caso e da zona baixa da cidade, no segundo. Aos jornalistas, Eduardo Brito falou ainda da possibilidade de Seia e Oliveira do Hospital poderem avançar com pro-jectos conjuntos na área da valoriza-ção urbana, embora se tenha recusado em concretizar a ideia em causa. “Há uma boa colaboração com a Câmara de Oliveira do Hospital devido à pro-ximidade”, referiu Brito, sublinhan-do que as novas acessibilidades vão reforçar o perímetro compreendido pelos dois municípios.

O município de Pampilhosa da Serra escolheu o sector educativo no que respeita às candidaturas ao pro-grama, com vista a – como referiu o presidente – melhorar o sucesso dos alunos. Ao nível da Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte está também a ser equacionado um projecto que deverá envolver a to-talidade dos municípios com vista a promover as aldeias de xisto e as principais entradas. Nesta parceria, o município de Pampilhosa da Serra conta também com o apoio da AD-XISTUR.

Em sessão pública sobre o programa “Mais Centro” realizada em Oliveira do Hospital

Autarcas denunciam “centralismo” e queixam-se de atrasos do QREN

Os presidentes das Câma-

ras Municipais de Oliveira

do Hospital, Pampilhosa

da Serra e Penalva do

Castelo foram esta manhã

unânimes em considerar

que o Quadro de Referên-

cia Estratégico Nacional

(QREN) 2007-2013 está

a ser orientado de forma

“muito centralizada”.

LILIANA LOPES

E C O N O M I A

”Mais Centro- Programa Operacional do Centro” organiza debate público sobre o QREN

O Diário XXI – uma publicação que tem a sua área de influência na região da Beira Interior – no-ticiou que o empresário António Lopes declinou um convite for-mulado pelo Partido Socialista, para se candidatar à presidência da Câmara da Covilhã nas eleições autárquicas de 2009.

De acordo com aquele jornal diário, aquele membro da As-sembleia Municipal de Oliveira

do Hospital, eleito pela CDU, que detém vários negócios na Beira Interior e é presidente da Assem-bleia-Geral do Sporting Club da Covilhã, terá sido abordado pelo PS covilhanense, que entretanto acaba de anunciar que Margarida Lino é já a candidata oficial do partido.

Instado a confirmar esta notícia pelo Correio da Beira Serra, An-tónio Lopes afirmou que “tem da

política a ideia de que é uma arte nobre que deve ser tratada de uma forma séria”, pelo que – conforme sustentou – a existência de “even-tuais convites, uma vez que não fo-ram aceites, devem ficar no âmbito dos intervenientes” do processo.

Lopes volta entretanto a reavi-var a hipótese de poder vir a parti-cipar nas autárquicas de 2009, mas em Oliveira do Hospital. “Sempre disse que era uma pessoa de pa-

lavra. Assumi um compromisso na casa da democracia de Olivei-ra do Hospital – subentenda-se a Assembleia Municipal (AM) – e não tendo ainda condições para decidir sobre este compromisso, naturalmente não podia assumir qualquer outro”, declarou Lopes, recordando a garantia que deixou na AM quando afirmou que se Má-rio Alves fosse candidato, ele pró-prio também avançaria.

Deputado da CDU à espera da clarificação do cenário político em Oliveira do Hospital

PS da Covilhã convida António Lopes para candidato

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Subimos a calçada, um pouco íngreme, e da va-randa da casa veio o sorri-so da dona Isabel, esposa do senhor Gomes, que nos

espera. Se não soubéssemos de ante-mão que estava avançado na idade, não acertávamos no número de primaveras de um dos homenageados pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital no próximo aniversário concelhio.

– “Acho que não merecia nenhuma homenagem, mas se eles (Câmara) que-rem…” – refere, humilde - até no sorri-so. Insisto:

– “Parece-nos uma homenagem justa”.– “O senhor presidente da Câmara

sempre foi meu amigo, e um dia, numa festa, deu-me um abraço e disse que eu merecia uma prenda de ouro”.

Primeiro o amanho dos campos, de-pois a indústria da madeira, o serviço militar, o casamento, os filhos. O per-curso é comum a tantos outros conter-râneos, rapazes do seu tempo, incluin-do a aprendizagem do solfejo na Banda Filarmónica Avoense, onde se mantêm como executante há sessenta e sete anos!

– “Nasci em 1925 e em 1941, portan-to com dezasseis anos de idade, estreei-me na Banda. Lembro-me bem – conta – foi na segunda-feira da Páscoa, em Vinhó.

– “O meu percurso na Filarmónica começou com o Clarinete, depois pas-sei para o Saxofone Tenor, que toquei

durante seis anos, e voltei para o Cla-rinete, sem nenhum problema, tocar um ou outro é quase a mesma coisa, embora o clarinete seja um pouco mais difícil”.

As memórias de mais de meio século nas fileiras da Filarmónica davam para “escrever um livro…”, ma há um epi-sódio que o José Gomes destaca, certa-mente pela nostalgia com que o faz:

– “Na música (Banda) sempre fomos amigos uns dos outros mas havia um grupo de seis ou sete, nesse tempo, ain-

da éramos novos, que se juntava sempre que cada um fazia anos e então, depois de bem comidos e bebidos íamos para as ruínas do castelo, já tarde, tocar. Isso acontecia com frequência, mesmo sem haver motivo para festejar, mas uma vez deu-nos para ir tocar à porta do doutor

Vasco de Campos – seriam umas três da madrugada – ele veio à varanda, ficou a ouvir, por fim disse que nunca tinha ouvido na vida coisa mais bonita”.

Continua simples e humilde nos re-latos que se seguiram, alguns brejeiros mas com graça, a que a esposa Isabel punha cobro: – “deixa-te disso…”, e ele: – “não tem mal nenhum, são estó-rias engraçadas, mais nada”.

Estórias antigas, sem dúvida, a que se podem juntar outras bem mais recen-tes, sobretudo pela vivência de quem as

viveu de perto e compara no tempo:– “Hoje há na Filarmónica miúdos

que tocam tanto como os mais velhos que lá andavam quando eu entrei. Ago-ra é tudo diferente, já não vamos a pé por aí, por essas terras, como antiga-mente, saímos de madrugada, regressá-

vamos de noite, e é pena que os mais novos não se dediquem mais à música; às vezes digo-lhes: -“ vocês não sabem o que perdem, nem se valorizam nem nada “, mas não ligam. Mesmo assim temos bastante juventude na nossa Banda e este Verão tivemos bastantes festas”.

Além da Filarmónica Avoense, José Gomes também colaborou com o Ran-cho as Camponesas do Alva, também em Avô:

– “Isso foi ao princípio, porque os músicos do Rancho eram os mesmo da Banda, mas só íamos quando não tí-nhamos festas. Hoje têm outro tipo de acompanhamento musical, mas tam-bém foi um tempo bem bonito esse…”.

Pergunto pelas mudanças no repor-tório da Banda…

– “Hoje tocam-se outras peças, tudo muda, o grau de dificuldade nem por isso, mas olhe que ainda há dias toquei uma marcha que fizera parte do nosso reportório há uns sessenta anos”.

Não há volta a dar à conversa: todos os caminhos se cruzam com a Filarmó-nica Avoense – até como cobrador de quotas ele se dedicou à causa da “mú-sica”:

– “Durante muitos anos cobrei as quotas, sim, mas deixei o ano passado, já me canso um bocado, entreguei a ta-refa a outro que pode mais das pernas do que eu”.

– “Andar nas arruadas cansa bastan-te” – atalhei.

– “Pois cansa, mas as pessoas são simpáticas comigo, não querem que saia, por isso, até ter forças vou andan-do por lá.

– “Aqui há uns tempos fui à médica e disse-lhe que se calhar ia sair da Ban-da, por causa do meu cansaço, mas ela pediu-me para não o fazer, o exercício faz bem à saúde, e eu cá ando”.

Posta de lado a hipótese da reforma – e ainda bem! – apesar dos seus oitenta e três anos de vida, José Gomes entende

que há necessidade de renovação nas nossas Filarmónicas, que continuam a servir as gentes das Beiras como esco-las de música. Além disso, associado à arte, moldam-se caracteres, e aprende-se a disciplina de comportamento cívi-co em grupo.

– “Reformar-me da música? Canso-me um bocado a andar, é certo, mas a tocar, os outros não o fazem melhor do que eu”.

Falou e disse o “jovem” José Gomes.Carlos Alberto

José da Costa Gomes

Quando o tempo sobra, depois de Vila Pouca, é obrigatória uma paragem nas “Varandas de Avô”. Contemplamos a paisagem desenhada nas margens do Alva, imaginamos os séculos de história da vila,

montes e vales cantados por Brás Garcia de Mascarenhas, e descemos em busca de José da Costa Gomes, bem perto do gracioso coreto.

Sessenta e sete anos de harmonia(s) na Banda

C U LT U RA

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30 de Setembro de 2008

www.correiodabeiraserra.com16F R E G U E S I AS

Os moradores da rua Principal, na locali-dade da Sobreda, na freguesia de Seixo da Beira estão in-

dignados com a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital por continu-ar a adiar o arranjo das entradas para as habitações e terrenos contíguos àquela via.

A situação arrasta-se desde o fi-nal do Inverno passado e resultou dos trabalhos de beneficiação reali-zados naquela via de acesso ao cen-tro da localidade, que obrigaram à elevação do piso, desnivelando as entradas já existentes para as ha-bitações e terrenos. Na ocasião, a solução passou pela construção de rampas de acesso, mas que na maioria dos casos acabou por acen-tuar ainda mais o desnível e levan-do a que a água da chuva entre de enxurrada pelas entradas. Nalguns casos, o acesso de viaturas tornou-se quase impossível e há até a regis-tar a existência de uma entrada que nem sequer beneficiou de nenhuma espécie de lomba, e que é tão só a que permite o acesso para a casa de Lídia Inácio, mãe do presidente da

Junta de Freguesia (JF) local.Desde Março que o desconten-

tamento da população é do conhe-cimento do presidente da Câmara Municipal que foi, inicialmente, alertado pelo presidente da Junta de Freguesia, António Inácio e, numa fase posterior pelos moradores, in-cluindo o autarca na qualidade de filho de uma das habitantes lesadas. Em nenhuma das vezes, António Inácio obteve resposta do presidente do município, mas antes, foi o pró-prio engenheiro civil Manuel Cruz que através de ofício respondeu à primeira carta enviada pelo autarca, informando que caberia aos mora-dores lesados contactar o presidente da autarquia oliveirense para que o problema pudesse ser resolvido.

“Informei todos os moradores dessa situação”, referiu António Inácio ao Correio da Beira Serra, garantindo que nunca mais obteve qualquer resposta da Câmara sobre o assunto.

“Por coincidência, a pior entrada é a dos pais presidente da Junta”Volvido quase um ano desde o iní-cio das obras naquela via, o proble-ma das entradas subsiste e ao CBS o presidente da JF não deixou de se revelar incomodado com o facto de a entrada para a casa dos pais ter sido a única onde o empreiteiro nem se-quer fez uma lomba.

“Por coincidência, a pior entrada é a dos pais do presidente da Junta”, sustentou, contando que nunca mais

pode entrar com o carro dentro da propriedade dos pais, nem sequer para deixar a mãe mais perto da por-ta de casa que, com 85 anos de idade, tem a sua mobilidade muito condi-cionada, fazendo uso de uma muleta para se auxiliar. “Eu tinha cá uma passagem boa e agora não tenho cá nada”, disse a própria ao CBS, acres-centando que “o senhor presidente da Câmara tem que compor aquilo que mandou estragar”.

Quem já foi contemplada com a visita do engenheiro da Câmara Mu-nicipal foi a moradora da habitação número seis. Mas, nem por isso, Ma-ria Branca Pinto se revelou menos indignada com a Câmara Municipal. “Já cá veio em Junho e até agora ain-da não fizeram nada”, contou a octo-

genária ao Correio da Beira Serra, fa-zendo questão de mostrar as marcas onde o carro do filho costuma bater por baixo. “Até com o jipe cá bate”, referiu, recordando a altura em que a entrada para a casa estava ao nível da estrada. “Puseram a terra que tiraram dos buracos para o esgoto toda aqui por cima e, eu logo vi que isto estava a ser mal feito”, contou, sublinhando que “ se no futuro fizerem sempre assim, temos que usar uma escada para virmos para a rua”. Com três entradas a necessitarem de interven-ção, Maria Branca denuncia ainda a forma inadequada como cimentaram a entrada para o terreno que mantém contíguo à casa. “Foram tão sujos que até usaram o portão para servir de cofragem e não utilizaram madei-ra”, contou indignada, sustentando que tem o direito de ver as entradas arranjadas, já que “também não se esquecem de pedir o dinheiro para os esgotos”

A Junta não tem dinheiro para arranjar as entradasConfrontado pelo CBS sobre o moti-vo pelo qual a Junta não soluciona o problema da elevação das entra-das, António Inácio referiu que se trata de um trabalho que não cabe à Junta executar, até porque “não tem dinheiro para poder pagar”. Não des-cartou contudo essa possibilidade, caso a Câmara Municipal não faça essa rectificação. O que o autarca estranha é o silêncio do presidente do município que, por esta altura, já deveria ter dito uma palavra aos moradores. “Se a Câmara Municipal não pode fazer, deve informar que não faz”, rematou.

Sem resposta ficou também o Cor-reio da Beira Serra que, no contacto com a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, foi informado de que o “senhor presidente não tem qualquer declaração a fazer sobre o assunto”.

Moradores da Sobreda queixam-se dos acessos para as habitações

“O senhor presidente da Câmara tem que compor aquilo que mandou estragar”

O estado em que os em-

preiteiros deixaram as

entradas para as habita-

ções contíguas à via de

acesso para a Sobreda está

a indignar a população.

Os moradores queixam-se

das lombas muito elevadas

e exigem à Câmara que

resolva o problema.

LILIANA LOPES

O Sr. Presidente da Câmara Mu-nicipal afirmou recentemente, com toda a determinação, que a FICACOL “pertence ao passado”. Mais uma vez demonstrou a sua visão solitária e completamente ultrapassada que tem das coisas e do concelho. Como é possível afirmar-se uma barbarida-de destas. Ok, já estamos habituados às suas tiradas típicas, mas uma coi-sa destas não se poderia imaginar.

Como é possível que, num mun-do cada vez mais global e competiti-vo, em que cada vez mais se tem que “vender” e projectar a imagem dum concelho no exterior, um Presidente duma Câmara Municipal venha di-zer que um certame de reconhecida

importância, para dar a conhecer e a promover o concelho e as suas empresas seja coisa do passado? Não é minimamente aceitável que o responsável máximo da autarquia tenha este tipo de visão. Mas afinal: quem é do passado e nele vive en-calhado?

O Partido Socialista tem-se bati-do pelo reactivamento da FICACOL, pois tem plena consciência da falta que esta Mostra/Feira faz ao conce-lho, porque tem a perfeita consciên-cia da projecção que fez e que volta-ria a fazer de Oliveira do Hospital.

Basta olhar para os concelhos vizinhos para ver que esta “receita” funciona e tem impacto a todos os

níveis. Temos, por exemplo, cer-tames idênticos em Cantanhede (Expofacic), em Arganil (Ficabeira), em Tondela (Ficton), em Seia (Fia-gris), em Gouveia, em Vila Nova de Poiares, em Góis, entre outros, onde acabamos por constatar que há em-presas de Oliveira do Hospital neles representadas e bem acolhidas.

Insistimos-lhe no desafio Sr. Pre-sidente da Câmara: Não tenha medo de copiar ideias com sucesso, não tenha medo de aceitar as propostas do Partido Socialista. O que está em causa é o desenvolvimento e o futu-ro do nosso concelho.

Será que o Sr. Presidente da Câ-mara e o PSD não têm consciência

da estagnação a que Oliveira do Hos-pital chegou?

O desemprego no concelho está a subir, não tem havido, nos últimos 15 anos, investimentos estruturan-tes, apenas obras avulso, de facha-da, com excepção para a criação da ESTGOH, que foi obra dum Governo socialista. Temos perdido terreno em relação aos concelhos vizinhos e tudo isto sem que o executivo ca-marário e o PSD (o qual não se pode desassociar destes executivos, nem sequer os seus actuais dirigentes) arranjem e procurem novas ideias. E pior, rejeitam as propostas da Opo-sição.

A realização da FICACOL é im-

portante para o concelho, temos espaços para a realizar, como por exemplo, o espaço da nova feira ou o Parque do Mandanelho, logo a falta de espaço não pode ser desculpa.

Assim sendo, o Partido Socialista entende que a FICACOL não “per-tence ao passado”, bem pelo contrá-rio, pertence ao presente e ao futuro do concelho, podendo trazer um novo fôlego à sua promoção e afir-mação na região e no país. E é por acreditarmos nas potencialidades do concelho, das suas empresas e ins-tituições, que acreditamos que Oli-veira do Hospital tem futuro. E cer-tamente melhor futuro com novos intervenientes e novos dirigentes à frente da Câmara Municipal.

Ricardo Figueiredo

Coordenador do Núcleo da Juventude

Socialista de Oliveira do Hospital

A FICACOL não “pertence ao passado”CARTAS AO DIRECTOR

“Por coincidência, a pior entrada é a dos pais do presidente da Junta”

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As Zonas de Inter-venção Florestal (ZIF), o seu fun-cionamento e mo-delos de gestão

estiveram, dia 15 de Setembro, em análise, no Hotel São Paulo em Oliveira do Hospital, durante a sessão “Desenvolvimento Sus-tentável do Mundo Rural – do Pinhal à Beira Serra” dinamizada pela candidatura de Mário Ruivo à Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista.

Participada por Sérgio Cor-reia, António Campos e António Abranches, a sessão – moderada por José Francisco Rolo e apresen-tada por Manuel da Costa – ver-sou sobre questões como o êxodo rural, envelhecimento populacio-nal, erosão dos terrenos, incên-dios florestais, retorno ao mundo rural e também sobre o trabalho

associativo que tem vindo a ser dinamizado em torno das flores-tas.

As dificuldades em torno da gestão das ZIF, as mais valias do trabalho conjunto e os problemas resultantes do abandono da pro-priedade minifúndio começaram por ser referenciadas por Sérgio Correia, natural de Travanca de Lagos e profissionalmente ligado à floresta e ao mundo rural. Mas, foi sobretudo com António Cam-pos – mítico militante socialista que para além de eurodeputado, ocupou também o cargo de secre-

tário de Estado da Agricultura e do Fomento Agrário e é hoje o maior produtor de maçã bravo de Esmol-fe – que se endureceu a crítica em relação às recém-criadas estrutu-ras de organização florestal.

“É fundamental que as ZIF criem autonomia e não estejam só a parasitar e a gastar os fundos comunitários”, afirmou António Campos, defendendo que o Esta-do premeie aquelas que consigam atingir esse objectivo. Chegou até a propor soluções para a criação de autonomia e que passam pela produção de cogumelos de forma

acelerada, pela promoção da caça e pelo pastoreio de cabras que – como disse – conseguem manter a floresta sempre limpa e sem ma-terial combustível para a propaga-ção de incêndios, ao mesmo tem-po que geram receitas. “Podemos ser grandes exportadores de cogu-

melos e as cabras encarregam-se de transformar a carga combustí-vel em carne e leite”, explicou An-tónio Campos, lamentando que ao contrário do que acontece noutros países, em Portugal ainda nem se-quer se discute a possibilidade de transformar os restos florestais em combustíveis celulósicos. “Preci-samos de transformar as ZIF em coisas activas porque não podem andar só a sugar dinheiros”, reite-rou o socialista, sem deixar de se mostrar descontente com as po-líticas florestais que vigoram em Portugal.

Defensor da manutenção das espécies folhosas próprias do ecossistema da região do interior,

António Campos voltou a mani-festar-se contra o facto de “existir pinheiro e eucalipto por todo o lado”, dado que não se adequam à natureza, que se encarrega de os destruir através do fogo. “Deviam ser criadas grandes manchas de floresta ligadas ao ecossistema”,

defendeu, constatando que “nós só produzimos o que não presta e que depois importamos madeiras valiosíssimas”.

Rolo elogiou iniciativaA ideia de realização de um ciclo de debates por parte da candida-tura de Mário Ruivo foi alvo de elogios, destacando-se a conside-ração do presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Oli-veira do Hospital, José Francisco Rolo, segundo o qual “a política não pode ser fulanizada”. “Esta candidatura lançou um modelo construtivo de fazer política con-frontando projectos e criando este ciclo de debates”, sustentou.

António Campos insurge-se contra a “subsídio-dependência”

“É fundamental que as ZIF criem autonomia e não estejam só a parasitar…”Num debate organizado

pela candidatura de Má-

rio Ruivo à presidência

da Federação Distrital

do PS/Coimbra, António

Campos sustentou que

é chegado o momento

das Zonas de Interven-

ção Florestal ganharem

“autonomia”.

LILIANA LOPES

P O L Í T I C A

R U R A L I DA D E S Foto deHENRIQUE BARRETO

Resineiro engraçado...

António Campos: “Precisamos de transformar as ZIF em coisas activas porque não podem andar só a sugar dinheiros...”

Mário Ruivo ladeado por Carlos Mendes e Manuel da Costa

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30 de Setembro de 2008

www.correiodabeiraserra.com18P U B L I C I DA D E

IMOBILIÁRIA

CARTÓRIO NOTARIAL DE NELAS – EXTRACTO

Maria Inês Meira Martins Cepa, Notaria do Cartório Notarial de Nelas, sito na Avenida João XXIII, no Edifício Central, CERTIFICA PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO QUE de folhas sessenta e sete e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Trinta e Oito – F, deste Cartório, se encontra lavrada uma Escritura de Justificação Notarial, com data de vinte e seis de Setembro de dois mil e oito, na qual, ANABELA MARIA MONTEIRO, divorciada, natural da freguesia de Senhorim, concelho de Nelas, residente na Rua Fernando Oliveira, número 2, 1º andar esquerdo, na freguesia de Santo António dos Cavaleiros, concelho de Loures, que outorga na qualidade de procuradora em representação de: ANTÓNIO ALVES MARTINHO, contribuinte fiscal número 221 385 932 e mulher, MARIA ARMANDA MONTEIRO MARTINHO, contribuinte fiscal número 221 401 547 casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, ela da freguesia de Senhorim, concelho de Nelas, onde residem no Lugar dos Moinhos, qualidade e poderes que verifiquei pela procuração que arquivei na referida escritura, declarou, que o seu representado é o único dono e possuidor, de UM QUARTO INDIVISO do seguinte prédio, sito na freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital: RÚSTICO, composto de centeio e pastagem com oliveiras e videiras em cordão, sito às FONTAINHAS, com a área de mil quatrocentos e cinquenta e oito metros quadrados, com o valor patrimonial de 6,48 euros, a confrontar de norte com José Alves da Quinta, de sul com Manuel de Matos Herdeiros, de nascente com João de Matos e de poente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 6 234, na proporção de um quarto em nome do justificante marido, um quarto a favor de Maria Idalina Fernandes e metade a favor de Zulmira de Jesus Matos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital.

O justificante além do referido um quarto indiviso deste prédio, sendo comproprietária de outra metade do prédio, Zulmira de Jesus Matos, viúva, residente na Rua da Bica, número dois, no Lugar da Freguesia Velha, dita freguesia de Seixo da Beira.

Que o referido um quarto indiviso do prédio que ora é justificado, veio à posse deste por compra meramente verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta e três quando já se encontrava casado com a actual mulher, sendo certo que a parte indivisa que ora se justifica fica a integrar o património próprio do justificante, ao abrigo e sem prejuízo do disposto no artigo 1727º do código Civil, já que à data em que se iniciou a posse, este já era dono de um quarto indiviso do prédio por lhe ter sido adjudicado nos Autos de Inventário Obrigatório número dezanove barra oitenta, que se encontram arquivados no maço cento e quarenta e sete, sob o número catorze, a que se procedeu por óbito de João Alves Martinho e mulher, Maria José das Neves, o que tudo verifiquei pela Certidão do Tribunal Judicial de Oliveira do Hospital, emitida em dezanove de Agosto de dois mil e seis, que me foi exibida.

Que desde essa data, entrou na posse do referido imóvel na indicada proporção.Que sempre esteve e se tem mantido na posse e fruição do indicado prédio, na indicada proporção, há mais de vinte anos, quer cultivando a terra,

quer colhendo os frutos, pagando sempre os respectivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente porque sem violĐ

Que dadas as enumeradas características de tal posse adquiriu o mencionado prédio, na referida proporção, por usucapião que invoca, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.

Está conforme.Cartório Notarial de Nelas, vinte e seis de Setembro de dois mil e oito.

A Notária,Maria Inês Meira Martins Cepa Correio da Beira Serra, 30 de Setembro de 2008

CARTÓRIO NOTARIAL SITO EM TÁBUAA cargo do Notário Ricardo Nuno Carvalho da Fonseca Santos

JUSTIFICAÇÃO

Certifico que neste cartório, a cargo de Ricardo Nuno Carvalho da Fonseca Santos, Notário do referido Cartório, foi hoje lavrada uma escritura a folhas 50 e seguintes, do livro de notas com o número cinquenta e quatro mediante a qual JOAQUIM GOMES DIAS e mulher, EDITE MEDEIROS DIAS, contribuintes fiscais n.ºs 245927930 e 264656083, casados em comunhão geral, ele natural da freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital e ela do Brasil, onde residem em São Paulo na Rua Professor Pedreira de Freitas, 272 – Edifício Madri – apartamento 202M, Condomínio Europa, declaram:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos prédios rústicos seguidamente referidos, todos sito na freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital:

UM – Cultura, sita ao Vale Franguinho, com trezentos e sessenta metros quadrados, a confinar do norte com José Dias dos Santos, do nascente com Ana Nazaré dos Santos, do sul com barroca e do poente com Diamantino Pereira, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 7 385, com o valor patrimonial tributável de 49,36 €;

DOIS – Pastagem com videiras, sita ao Vale Franguinho, com quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confinar do norte com Albano Pereira, do nascente com José Dias dos Santos e outros, do sul com Diamantino Pereira e do poente com Manuel Roque Povoas, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 7 395, com o valor patrimonial tributável de 103,92 €;

TRÊS – Cultura, sita à Ribeira, com duzentos e noventa e sete metros quadrados, a confinar do norte com ribeiro, do nascente com herdeiros de Palmira Nunes, do sul com levada de água de rega e do poente com herdeiros de António Fernandes Povoas, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 8 404, com o valor patrimonial tributável de 43,83 €;

QUATRO – Centeio, pastagem com oliveiras e videiras em cordão, pinhal e terreno rochoso, sito ao Botelho, com dois mil duzentos e cinquenta metros quadrados, a confinar do norte com João Santos Figueiredo, do nascente com Manuel Dias dos Santos, do sul com caminho e do poente com Gracinda Dias, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 8 488, com o valor patrimonial tributável de 380,32 €;

CINCO – Pinhal, sito ao Saúdo, com mil e duzentos metros quadrados, a confinar do norte com caminho, do nascente com Diamantino Alves Loureiro, do sul com José Dias dos Santos e outro e do poente com José Antunes, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 8 629, com o valor patrimonial tributável de 199,62 €;

SEIS – Pinhal, mato e terreno rochoso, sito às Barcas, com mil quatrocentos e setenta e oito metros quadrados, a confinar do norte com Manuel Roque e outro, do nascente com José Dias dos Santos, do sul com Manuel Gonçalves Lopes e do poente com António Amador Antunes, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 8 654, com o valor patrimonial tributável de 52,10 €; e

SETE – Pinhal, sito ao Vale Franguinho, com mil cento e cinquenta e cinco metros quadrados, a confinar do norte com caminho, do nascente com Joaquim Braz Dias, do sul com Alberto Gonçalves e o poente com Manuel Fernandes Povoas e outros, inscrito na matriz em nome de João Dias pelo artigo 7 442, com o valor patrimonial tributável de 191,39 €,

Os referidos prédios não se encontram registrados na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital.Que os justificantes não são detentores de qualquer titulo formal que legitime o domínio de tais prédios que advieram à sua posse

por volta do ano de mil novecentos e oitenta e dois por partilha feita sob a forma meramente verbal por óbito de João Dias e mulher, Maria Celestina Craveiro, casados em comunhão geral e que foram residentes no lugar de Seixas, dita freguesia de Seixo da Beira.

Que, não obstante isso, têm usufruído tais prédios nomeadamente colhendo os frutos, a resina, limpando o mato, gozando de todas as utilidades por eles proporcionadas, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecidos, como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conheci-mento de toda gente e sem oposição de ninguém – e tudo isto por lapso de tempo superior a vinte anos.

Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram os mencionados prédios, por usucapião – título este, que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme.Tábua, 17 de Setembro de 2008

O Notário,Ricardo Nuno Carvalho da Fonseca Santos Correio da Beira Serra, 30 de Setembro de 2008

CARTÓRIOS

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL

CERTIFICO, para fins de publicação, que no dia 23 de Setembro de 2008, no livro de notas para escrituras diversas número vinte e um, a folhas 12 e seguintes, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação na qual ANTÓNIO ROQUE, viúvo, natural da freguesia de Lagares, concelho de Oliveira do Hospital, onde reside na Rua Nova, nº 10, NIF 121.824.187, declarou ser, com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do seguinte bem imóvel situado na freguesia de Lagares, concelho de Oliveira do Hospital:

METADE INDIVISA DE UM PRÉDIO URBANO, sito na Rua Nova, composto de casa com um andar e páteo descoberto, com a superfície coberta de quarenta e dois metros quadrados e a descoberta de sete metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Anicete Mendes Pinto, do sul com José Pereira e do poente com rua, inscrito na matriz, o referido direito, em nome de Maria Amália Roque Fidalgo, sob o artigo 238, com o valor patrimonial tributário, correspondente à fracção, de seiscentos e oitenta e oito euros e vinte e oito cêntimos, igual ao atribuído, omisso no registo predial, o qual veio à sua posse já no estado de viúvo, por doação verbal feita por volta do ano de mil novecentos e oitenta e sete, pela referida Maria Amália Roque Fidalgo, solteira, maior, residente que foi na mencionada freguesia de Lagares, no lugar sede, sem que, todavia, desse facto, tenha ficado a dispor de título válido para o seu registo, tendo de imediato entrado na posse do mesmo.

A verdade, porém, é que a partir daquela data possuí assim aquele direito, em nome próprio, há mais de vinte anos, passando a usufruí-lo sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, retirando dele todas as utilidades possíveis, habitando o prédio, fazendo nele obras de conservação - posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento da generalidade das pessoas da indicada freguesia, lugares e freguesias vizinhas - traduzida pois em actos materiais de fruição, sendo por isso uma posse pacífica, porque adquirida sem violência, contínua, porque sem interrupção desde o seu início, pública, porque do conhecimento da generalidade das pessoas e de boa-fé, porque ignorando no momento do apossamento lesar direito de outrem - pelo que verificados os elementos integradores - o decurso do tempo e uma especial situação jurídica - posse - adquiriu o referido direito por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita pelos meios extrajudiciais normais

Está conforme.Cartório Notarial de Oliveira do Hospital, 23 de Setembro de 2008.

A Notária,Inês Barreto Amaral Correio da Beira Serra, 30 de Setembro de 2008

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

Largo Cabral Metelo – 3400-062 Oliveira do HospitalTelf. 238605230 – FAX 238605239 – E-mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 204/03.4TBOHP Execução OrdinárioN/ Referência: 457279 Data: 09-09-2008

Exequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executado: António José Pinto Amaro e outro(s)…Correm éditos de 20 DIAS para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os

bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do anúncio.

Bens penhorados:TIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Um aparelho de soldadura, por arco transferido, compostos por dois armários, componen-

tes electrónicos, mesa e robot, de marca Reis, modelo SR-V60, Tipo ROK 11, n.º 5421900.

PENHORADO EM: 16-12-2003 16:30:00,AVALIADO EM: € 150.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Serplatec – Manutenção Industrial, Lda.. Documentos de identificação: NIF – 504521470.

Endereço: Zona Industrial, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.

O Juiz de Direito,Dr.(a) Luís Alves

O Oficial de Justiça,José Nobre 1.ª Publicação | Correio da Beira Serra, 30 de Setembro de 2008

A Esposa e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm agradecer a TODOS quantos participaram nas cerimónias fúnebres, assim como a TODOS aqueles que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar.

JOSÉ BERNARDINO PERES DA COSTA

AGRADECIMENTO

(8 / 5 / 1945 - 24 / 9 / 2008)Nogueira do Cravo

BOM NEGÓCIO Vendem-se Seis Semanas de Férias

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Para marcações de entrevistas, os candidatos devem enviar as suas respostas – acompanhadas de currículo vitae – para o nº 801 do Correio da Beira Serra, Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 – 1º Esqº 3400-132 Oliveira do Hospital

CARTÓRIOS

Page 19: CORREIO DA BEIRA SERRA – 30.09.2008

30 de Setembro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 19

Oliveira do Hospital(Casa da Cultura César de Oliveira)

03 – 04 Outubro > 21h3005 Outubro > 16h00

WALL.ERealizador: Andrew Stanton versão portuguesa comCarlos Freixo, Carla Garcia, Mário Bomba, Lui-sa Salgueiro, João de Carvalho, Mário Redondo, Paula FonsecaFilme de animação QualidadeAnimação/Aventura | 98 minutos

10 – 11 – 12 Outubro > 21h30

PEQUENO GRANDE DAVERealizador: Brian Robbins Actores: Eddie Murphy, Elizabeth Banks, Ga-brielle Union, Judah Friedlander, Ed HelmsComédia | M/6 | 90 minutos

C U LT U RA | AG E N DA

CINEMA ESPECTÁCULOS

MUSICA

Seia(Casa Municipal da Cultura)

18 de Outubro > 21:45 Horas

RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLEConcerto integrado na cerimónia de abertura oficial do Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente de Seia

25 de Outubro > 21:45 Horas

VIVIANE “Confidências da minha rua”Concerto integrado na cerimónia de entrega de prémios do Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente de Seia

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

DOC TAGV/FEUC

6 de Outubro 21h00

TODO O OURO DO MUNDOde Robert Nugent Filme comentado por Gilles Labarthe, Manuel Ennes Ferreira e Joaquim FeioOrganização TAGV e FEUCEntrada gratuita

9ª FESTA DO CINEMA FRANCÊSOrganização: Alliance Française de Coimbra e Instituto Franco – Português de Lisboa13 DE OUTUBRO> 21H00

DEUX JOURS À TUERde Jean Becker Antoine (Albert Dupontel), 42 anos, é um publicitário de sucesso com uma vida perfeita. É que o rodeiam, destrói, no espaço de uma semana, toda a estrutura da sua vida...

13 DE OUTUBRO> 23H30

SURVIVRE AVEC LES LOUPSde Véra Belmont

EXPOSIÇÕES

Tondela(ACERT)

1 de Outubro> 21h45

CARAM ELDe: Nadine Labaki Com: Nadine Labaki, Yasmine Elmasri, Joanna Moukarzel, Gisèle AouadM|12; 95 mins.

8 de Outubro> 21h45

CRISTÓVÃO COLOMBOO ENIGMADe: Manoel de Oliveira Actores: Ricardo Trêpa, Leonor Baldaque, Ma-noel de Oliveira, Maria Isabel de OliveiraM/12; 75 mins.

Viseu(Teatro Viriato)

03 Out

PEDRO CARNEIRO SONATAS, JOGOS E AVENTURASRecital de percussão a solo Sex 21h30 | 90 min. c/ intervaloPreços: A (5€ a 10€) / Jovem 5€Todos os públicos

Tondela(ACERT)

Jazzin’08 Auditório 12 de Outubro> 21h45

CARLOS BARRETTO LOKOMOTIV Não deixe passar a locomotiva e embarque nesta viagem ao sabor de um jazz livre e aventureiro…

3 Outubro> 21h45

ELFAD quarteto Uma música vigorosa e única que orquestra uma associação perfeita entre o jazz e as sono-ridades mediterrânicas…

Bar Novo Ciclo4 de Outubro> 23h30

QUIMERA QUINTETO Para fechar o festival com chave de ouro. Ou não estivéssemos a falar de uma Quimera

4 de Outubro> 21h45Auditório 1

FREEFLOW Espontaneidade, criatividade e liberdade: as palavras de ordem desta revolução jazzística a não perder!

Tondela(ACERT)

Exposição Jazzin’08Restaurante Novo CicloDe 2 a 30 Outubro

PORTUGAL JAZZRECTROSPECTIVA Fotografias de Hélio Gomes

Viseu(Teatro Viriato)

10 e 11 Outubro > 21h30

FEMININEDirecção e coreografia Paulo RibeiroInterpretação Elisabeth Lambeck, Erika Guas-tamacchia, Leonor Keil, Margarida Gonçalves e São CastroMúsica Nuno Rebelo60 min. s/ intervaloPreços: B (7,5€ a 15€) Jovem 5€ | m/12 anos

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30 de Setembro de 2008

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1. Já se iniciaram os Campeonatos Distri-tais onde a bola vai rolar em bons campos rel-vados, noutros pelados com boas condições e outros sem qualquer tipo delas. Vai haver derbies e durante oito dias não se fala noutra coisa... Mas o mais importante é que o jogo rei não desapareça das cidades, vilas e aldeias Este é rei mas não tem direito a televisão.

2. Aos domingos à tarde as pessoas vão ao seu campo ver e apoiar o seu clube, pois ele é uma parte importante da sua terra. À noite, no café ou no largo mais central. Discutem-se os erros do árbitro que são sempre contra a sua equipa.

3. Por sua vez os Directores destes clubes que trabalham intensamente para criar as me-lhores condições aos jogadores e treinador, desgastam-se sacrificando a sua vida familiar para que haja o futebol. Também sonham que este vai ser o ano que tirará o seu clube do anonimato e que poderá ser campeão.

4. Já muitos jogadores esperam fazer uma grande época para que possam dar o salto para divisões superiores onde se paga mais “milho”. Mas para se dar o salto é preciso sa-ber sofrer, chegar-se a casa cansado do traba-lho, e ainda ter que ir treinar durante horas. Que sacrifício.

5. Chega o Inverno e o campo está gelado, mas é preciso treinar pois a equipa acumu-la desaires e precisa de melhorar. Uns tantos jogadores já se foram embora, porque o trei-nador não os mete a jogar e quando eles assi-naram era para jogarem. O que é que ele vai dizer à miúda que vai ao campo para o ver a jogar e só o vê a correr atrás da baliza e nunca mais entra.

6. Lógico que o treinador é um nabo e que ali só jogam aqueles que são afilhados. “Eu sou bom mas não me adianta correr, correr, pois ele nunca me mete. Quando às vezes me mete vinte minutos é para me queimar, pois o jogo já estava perdido e eu sozinho não posso fazer o que deveriam ter feito os meus onze colegas.”

7. Mas quando chega a Primavera já muita desilusão passou porque a bola bateu na tra-ve e não entrou. Os jogadores queixam-se que os clubes não lhe pagaram o pouco “milho” que os directores lhe prometeram. Estes di-zem que é impossível honrar os compromis-sos com jogadores que nem um pontapé na bola sabem dar.

8. Outros fazem a Festa porque alguém tem que ser Campeão. É assim a época fu-tebolística, por isso vamos apoiar as nossas equipas, sempre com “fair play”. Um jogo de futebol é apenas um jogo. VIVA O FUTEBOL DISTRITAL.

Fora de

Jogo

O P I N I Ã O

José Carlos

D E S P O RT O

Basquetebol

Sampaense conquista troféu

No passado fim-de-semana foi disputado o troféu An-tónio Pratas, primeira pro-va oficial da época onde se disputava uma de 3 taças a

distribuir por equipas da Proliga.Embora na época transacta já se tenha

disputado este troféu de pré-época, este ano os moldes impostos pela Federação Portuguesa de Basquetebol foram distin-tos e com características mais cansativas para as equipas participantes. Em campo, pela zona centro, estiveram o Sampaense, o Eléctrico F.C., o Sangalhos e o Angra. Estas equipas viajaram em 3 dias consecutivos pelos pavilhões das mesmas, disputando a taça correspondente à zona centro, sendo que no restante país se disputaram também as zonas norte e sul.

Sexta-feira, 26 de Setem-bro de 2008O Sampaense deslocou-se ao campo do Sangalhos para de-frontar o Angra na primeira partida do troféu.

O jogo foi sempre controla-do pela equipa de S. Paio de Gramaços, que com simplici-dade e rigor táctico conseguia, a espaços, encher o pavilhão com jogadas de classe. Á excepção do se-gundo período, todos os restantes regista-ram a superioridade da equipa beirã.

O resultado final foi de 66-84 e nesta fase era evidente a postura de candidato ao troféu da formação do Sampaense.

No mesmo dia, após o jogo anterior, o Eléc-trico F.C. derrotou o Sangalhos por 83-62.

Sábado, 27 de Setembro de 2008Com uma dura viagem pela frente até Ponte

de Sôr, o Sampaense foi defrontar o Sanga-lhos na segunda partida do troféu António Pratas.

À semelhança do dia anterior, o jogo foi totalmente dominado pelos homens de Emanuel Seco. A equipa revelou um colec-tivo cada vez mais sólido, com processos de jogo mais assimilados e um jogo fluido. O Sangalhos nunca chegou a incomodar verdadeiramente a equipa beirã, o que re-sultou numa vitória tranquila.

O resultado final foi de 68-47, onde se

pode ver pelo resultado a diferença entre ambas as formações.

No jogo entre as outras duas equipas, o Eléctrico F. C. derrotou o Angra por apenas um ponto, 70-69.

Domingo, 28 de Setembro de 2008Após as desgastantes viagens dos dias ante-riores, a jornada decisiva foi disputada no pavilhão Serafim Marques.

O primeiro jogo foi entre as duas equi-

pas que somaram duas derrotas até então. O Sangalhos derrotou o Angra por 53-75 con-seguindo assim o terceiro lugar do torneio.

No jogo que seria decisivo, o Sampaen-se mostrou frente ao Eléctrico F.C. como se conquista um troféu.

Com um primeiro período demolidor, o Sampaense brindou os seus adeptos com um basquetebol eficaz, limpo e cativante. Com todos os jogadores tacticamente fun-cionais, o Eléctrico respondeu como pode, mas só com o passar dos minutos conse-

guiu oferecer alguma resis-tência.

O resultado ao intervalo, 48-36, deixava a equipa da casa muito perto de conseguir o seu objectivo.

Com o cansaço a ser nítido em ambas as equipas, o jogo tornou-se mais equilibrado e os visitantes chegaram mes-mo muito perto do empate. Sem receio de perder o jogo, o Sampaense subiu os seus níveis anímicos e, aprovei-tando a vantagem conseguida nos períodos antecedentes, superiorizou-se novamente conseguindo resgatar nova superioridade até ao final.

O jogo termina com a vitó-ria do Sampaense por 89-82 e assim o troféu António Pratas

(zona centro) fica em S. Paio de Gramaços.Os indicadores para o campeonato que

se inicia na próxima semana são optimis-tas, o Sampaense foi superior aos seus ad-versários neste torneio. O público esteve sempre com a sua equipa até final e a festa foi feita à medida do acontecimento. Todos juntos no campo, a equipa e os seus adep-tos, festejaram a conquista do primeiro tro-féu da época.

PNV

Nogueirense empata a zero

FCOH iniciou nova época a ganhar

Cardoso e Barbeiro foram os autores dos golos que, este domingo, deram a vitória ao Futebol Clube de Oliveira do Hospital

(FCOH) numa partida frente ao União de Gavinhos (4-0), a contar para a primeira jornada do Campeonato distrital de pri-meira divisão de honra da Associação de Futebol de Coimbra. Em nota de imprensa en-viada ao correiodabei-raserra.com, a direcção do FCOH fala de “um bom futebol para início de época confirmando o estatuto de candidato a subida”. O próximo desafio será contra a União de Coimbra, num jogo que se irá realizar no estádio Sérgio Con-ceição em Taveiro, no próximo domingo às 15horas.

Na mesma nota, a direcção do FCOH agradece a presença dos cerca de 300 adeptos que se deslocaram ao estádio municipal e lança o desafio para que to-dos os sócios e simpatizantes do clube apoiem a equipa na caminha à subida de divisão já a partir do próximo domingo “num desafio que se adivinha muito di-fícil”.

Na Divisão de Honra da AF Coimbra, a AD Nogueirense, que no próximo dia 7 de Outubro inaugura o seu novo campo com relvado sintético, recebeu o Ançã na primeira jornada do campeonato e não conseguiu ir além de um empate a zero bolas.

Na próxima jornada, o Nogueirense recebe o Febres.

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“…queremos, dignificar o clube, a cidade e a região…”Vítor Pereira

No arranque dos r e s p e c t i v o s campeonatos, as equipas de Fut-sal do Futebol

Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) tiveram sorte diferente: em masculinos, perderam com a Real Conchada por 4 -2, e em femininos, contra o G.D. Cova Gala, a vitória sorriu por larga margem às atletas oliveirenses – 16 golos sem resposta!

Se a equipa masculina procu-ra consolidar o trajecto iniciado há três anos, com o título de cam-peã pelo meio (alcançado no ano passado), o grupo das senhoras procurará, no primeiro ano de actividade, “dignificar o clube, a cidade e a região”, garante Vítor Pereira, coordenador da secção de Futsal do FCOH.

– “Se os homens praticam desporto, por que não as mulhe-res? –o dirigente deixou no ar a questão e deu a resposta:

– “O projecto da nossa equipa feminina, de certo modo, teve origem na desistência da equipa de Futsal do Sarzedo e à disponi-bilidade do treinador Carlos Sér-gio que, em conversa com Bruno Santos, treinador da nossa equi-pa de masculinos, aventou a via-bilidade desta iniciativa; apesar dos nossos condicionalismos, decidimos abraçar a ideia, por-que as senhoras têm o mesmo direito dos homens. (…) Algu-mas das nossas atletas vieram do Sarzedo, ABC de Nelas, Lagares da Beira e outras são de Oliveira; o grupo é bastante homogéneo, queremos, como disse, dignifi-car o clube, a cidade e a região,

lançando as raízes para o futuro, que desejamos sustentado a vá-rios níveis”.

A equipa tem como treina-dor principal Carlos Sérgio, que conta com o auxílio da adjunta Ana Campos, e é composta pelas atletas Ana Fonseca, Marta Dias, Ângela Tavares, Bárbara Cruz, Constança Marques, Beatrice Ra-zso, Ana Garcia, Sónia Abrantes, Sílvia Pedro, Cátia Sousa, Caro-lina Vilela, Liliana Sérgio e Patrí-cia Alexandra. – para que conste e se faça história no FCOH.

A equipa masculina defen-de o prestígio que lhe advém do facto de ter sido campeã no ano transacto no escalão infe-

rior. Vítor Pereira entende que o plantel, apesar de jovem, (cinco atletas ainda podiam participar no campeonato de juniores) ofe-rece garantias e “… não é esta derrota, no primeiro jogo, que nos vai fazer fraquejar” (na 1ª jornada da Divisão de Honra da A.F.C., o FCOH deslocou-se a Coimbra para aí defrontar o Real da Conchada, mas o resultado saiu favorável à equipa anfitriã por 4-2).

– “Assinámos um protocolo com o Agrupamento da Escolas da Cordinha e é lá que treinamos quando não podemos usar o pa-vilhão municipal, que está a re-bentar pelas costuras. Isso acar-

reta um sacrifício maior, mas tudo faremos para levar de ven-cida as dificuldades que, natu-ralmente, sempre acontecem em qualquer equipa. Partimos para esta competição com algumas esperanças, depois se verá…”.

A secção de Futsal do FCOH, liderada por Vítor Pereira, é com-posta por Carlos Veloso, Nuno Oliveira (também atleta), Tiago Carvalho, João Paulo Veloso e Miguel Augusto. O responsável técnico, Bruno Santos, treinador do nível 3, tem como adjunto Carlos Rocha, e o treinador de guarda-redes e preparador físico é Carlos Eduardo. João Amaro é o fisioterapeuta.

Futsal

Vitória folgada da equipa feminina na estreia do campeonato

Andrey Klimachev, Pedro Ferreira, An-dré Abrantes e Nuno Augusto vão conti-nuar a assegurar a

formação da equipa sénior de ténis de mesa do Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hospital (CCPOH), des-tacando-se ainda o reforço de Rui Silva que já disputou a 1ª Divisão Nacional em representação do ACM de Coimbra.

Na apresentação oficial, que teve lugar no passado sábado, no Pavi-lhão Gimnodesportivo da Escola da Cordinha, em Ervedal da Beira, o nome de António Coelho foi tam-bém apontado para coordenador técnico da equipa que vai disputar o Campeonato Nacional da 3ª Divisão.

A apresentação ficou ainda marcada pela realização de um torneio onde estiveram presentes as equipas do Válega de Ovar, da Lapa do Lobo (Nelas) e do CARDES de Viseu.

Conforme nota de imprensa en-viada ao correiodabeiraserra.com, o torneio revelou-se num “excelente espectáculo”, permitindo “confir-mar o excelente relacionamento que existe entre estes clubes que lutam por um maior desenvolvimento da modalidade em Portugal” Nas meias-finais do torneio as equipas que dis-putam as provas nacionais (CCPOH e Válega) venceram facilmente (4-0) as equipas que militam no distrital de Viseu (Lapa do Lobo e CARDES). No jogo da final a equipa vareira do Válega, com mais horas de treino,

venceu o clube oliveirense por 4-1.Na análise ao jogo, a mesma nota

de imprensa sublinha que “os jo-

gadores vareiros deram muito boa conta de si e jogaram já a um nível muito elevado, tendo em conta a

fase inicial da época”, enquanto que “os atletas do CCPOH evidenciaram um ritmo de jogo ainda longe do es-perado, com algumas falhas ao nível da rapidez, destreza e capacidade de decisão”. “O reforço Rui Silva mos-trou boa técnica, deixando antever que quando estiver bem fisicamen-te poderá atingir um elevado nível competitivo”, pode ler-se na mesma nota. No jogo de atribuição do 3.º e 4.º lugar, o mais equilibrado do tor-neio, a equipa do concelho de Nelas venceu por 4-2 o clube visiense.

O clube oliveirense prepara agora a jornada inaugural do campeonato nacional, marcada para 11 de Ou-tubro, onde vai defrontar, em Vila Nova de Gaia, a forte equipa do Ca-nidelo.

Ténis de Mesa

CCPOH apresentou equipa sénior de ténis de mesa

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30 de Setembro de 2008

www.correiodabeiraserra.com22R E V I S TA D E I M P R E N SA

Seia

“O meu ciclo enquanto presidente da Câmara esgota-se em 2009”

A afirmação, inesperadamente proferi-da na semana passada durante uma ce-rimónia de recepção aos professores do 1º Ciclo de Ensino Básico e jardins-de-in-fância do concelho de Seia, que decorreu no Centro de Interpretação da Serra da

Estrela, é de Eduardo Brito.O autarca de Seia – conforme noticiou

o jornal Porta da Estrela (PE) na sua edi-ção online –, não se recandidata às pró-ximas eleições autárquicas. “Se não me fizessem essa pergunta eu não diria nada, mas já que me perguntaram e como é muita a minha consideração pela Escola, não tenho nenhum problema de afirmar em primeira mão e em público – vou fa-zer isso no domingo – que não serei mais candidato à Câmara a partir do final do ano de 2009», referiu Brito, citado pelo PE, em resposta a um docente que lhe acabara de colocar a questão.

“Isto tem um tempo para se fazer e, portanto, eu cumpri a minha obrigação o melhor que sabia e podia… é um servi-ço e um contributo que nós damos e tem um ciclo e um tempo para ser feito, com entusiasmo, com força, com vontade. E a nossa vida é feita de mudança permanen-te”, sublinhou o autarca do PS de uma forma inequívoca.

Carregal do Sal

Antigo Colégio Nun’Álvares transformado em Centro Educativo

As antigas instalações do Colégio Nun’Álvares vão ser transformadas num Centro Educativo.

Há vários anos que as instalações se en-contravam devolutas, depois de ali ter fun-cionado também uma escola preparatória.

A Câmara carregalense comprou o edi-fício à administração central e apresentou um projecto de transformação do espaço que terá, para além do Centro Educativo Nun’Álvares, um edifício polivalente de apoio ao centro educativo.

O concurso público para a construção das duas obras já foi lançado.

Segundo adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS o presidente da autarquia a obra do Centro Educativo “alude à remodelação e ampliação do Colégio Nun’Álvares com o objectivo de transformá-lo num Centro Educativo, inte-grando o 1º ciclo do ensino básico e a educa-ção pré-escolar”.

O prazo de execução do contrato é de 540 dias e o preço base do concurso é de 3 milhões e 500 mil euros. Quanto à obra de construção do Edifício Polivalente de Apoio ao Centro Educativo Nun’Álvares, refere-se à remodelação e ampliação de parte do antigo Colégio. O prazo de execução do contrato é também de 540 dias e o preço base do con-curso é de 615 mil euros

Atílio Nunes frisa que “este é um velho anseio que tínhamos, até para manter as tra-dições do velho colégio que foi uma marca em termos de ensino na sua época”.

A criação de uma escola profissional de artes e ofícios também no ex-colégio é ou-tra das apostas da autarquia. “Pretendemos efectuar uma parceria com os empresários do concelho para avançar com este projec-to”, afirma Atílio Nunes.

O Colégio Nun’Álvares foi fundado em

1939. O colégio foi posteriormente adquirido pelo Estado a 14 de Janeiro de 1975, passan-do assim, definitivamente, a ensino oficial.

Por este estabelecimento de ensino “pas-saram milhares de estudantes, gerações de rapazes e raparigas, que, graças aos conhe-cimentos adquiridos aquando da frequência naquele estabelecimento, se encontram hoje nas mais diversas funções em variados or-ganismos do país”, lembra a autarquia car-regalense.

A vida do Colégio Nun’Álvares “poderá ser dividida em duas fases, isto é, a primeira referente ao primeiro edifício, que decorreu entre 1939 e 1959, e a segunda, já nas novas instalações, que veio a terminar em 1973, visto que o ano lectivo 1973/1974, que an-tecedeu o da sua compra pelo Estado, fora já de ensino oficial”.

Apesar dos constantes problemas exis-tentes no colégio, “como a não existência de subsídios oficiais, as estruturas frágeis e pouco consistentes e a difícil gestão econó-mica, é de louvar a forma como o Colégio Nun’Álvares foi sobrevivendo, graças à in-tensa actividade e extraordinária dedicação da directora e ‘alma mater’ daquele estabele-cimento, a D.ª Maria Rita Pais Cardoso”.

Em 25 de Janeiro deste ano, o edifício que albergou o Colégio Nun’Álvares foi adquiri-do pela Câmara de Carregal do Sal, visto que antes pertencia à Direcção Geral do Patrimó-nio do Estado.

O objectivo da compra “não foi mais que o elevar de uma intenção que a autarquia já tinha há vários anos, ou seja, a edificação, naquele espaço, de uma escola de artes e ofí-cios e um Centro Educativo onde funciona-rão berçário, ensino pré-escolar e 1º Ciclo”, conclui o município.

In Diário As Beiras

Coimbra

Cerâmica Ceres retomou actividade A cerâmica Ceres,em Coimbra, reto-

mou dia 22 de Setembro a laboração com 49 trabalhadores, depois de ter estado dois anos e dois meses encerrada.

Apostada em exportar para França, Finlândia, Inglaterra e Itália sem descu-rar o mercado nacional, a cerâmica Ceres retomou a actividade. O administrador Francisco Lemos sublinhou o objectivo de colocar a fábrica em funcionamento nas áreas de produção de revestimentos (azulejos e mosaicos) e sanitários, sem re-velar o esforço financeiro despendido na reabertura da unidade.

‘Estamos mais virados para a expor-tação, sobretudo para França, Finlândia, Inglaterra e Itália onde já tínhamos clien-

tes’, adiantou. Para já, a laboração foi reto-mada com o fabrico de azulejo, mas a in-tenção da administração é que dentro de um mês mais 35 trabalhadores reforcem esta linha de produção e que, até ao final do ano, atinja os 160 trabalhadores, com a retoma da produção de louça sanitária. De acordo com Francisco Lemos, entre 120 a 130 dos cerca de 180 trabalhadores do quadro deverão ser reintegrados, enquan-to os restantes arranjarão outro emprego ou reformar-se-ão. António Moreira, da União de Sindicatos de Coimbra, defende que será preciso avaliar um conjunto de factores ‘que vão determinar o futuro da empresa’.

In O Primeiro de Janeiro

R E G I Ã O

Viseu

Feira de S. Mateus assegura fórmula de sucesso e recebe mais de 200 mil visitantes

Mais de 200 mil pessoas passaram pela Feira de S. Mateus, em Viseu. Na edição deste ano, o certame, que decorreu entre 14 de Agosto e 21 de Setembro, registou um acréscimo de cerca de 40 mil entradas pagas, o que representou a maior afluên-cia de sempre.

Assim, a organização não hesita em falar de um “balanço bastante positivo”. Para o gerente executivo da Expovis, Jorge Carvalho, os resultados optimistas foram registados “em todos os sectores”. “A re-ceita das bilheteiras foi de 500 mil euros”, concretizou.

Mais gente no recinto, artistas convida-dos que cativaram uma grande afluência e bom tempo são alguns dos ingredientes que o responsável apresenta como respon-sáveis pela chave do sucesso.

“Mesmo os expositores disseram que nunca viram tanta gente”, sustentou. Já em termos de receitas para os comercian-

tes o balanço não é tão satisfatório, mas isso deve-se “à crise instalada, ou seja, as pessoas não gastam porque o dinheiro é pouco”.

A noite mais concorrida foi a da actu-ação dos Xutos & Pontapés, a 17 de Agos-to, que levaram ao recinto mais de 21 mil pessoas.

Em relação ao certame, Jorge Carvalho aponta que se trata de uma boa proposta para passar momentos de lazer. “Desde que estivesse bom tempo, as pessoas vi-nham passar algum tempo livre, ver a ilu-minação ou tomar café com os amigos”, sustentou. Outro dos aspectos que, na opinião do responsável, contribuiu para o aumento das receitas foi o que facto de as entradas terem sido fiscalizadas por uma empresa de segurança, evitando a atribui-ção das designadas “borlas” a pessoas co-nhecidas.

In Diário Regional de Viseu

Seia

Unidade Local de Saúde da Guarda extingue Conselho de Administração do Hospital de Seia

A partir do próximo mês de Outubro, o Hspital Nossa Senhora da Assunção, em Seia, vai deixar de dispor do seu próprio Conselho de Administração (CA) para passar a integrar a Unidade Local de Saú-de (ULS) da Guarda, com gestão empresa-rial, que também vai englobar o Hospital de Sousa Martins, da Guarda e os cen-tros de saúde do distrito, com excepção de Vila Nova de Foz Côa e de Aguiar da Beira.

De acordo com a edição online do jor-nal Porta da Estrela, a ULS da Guarda terá a sede na Avenida Rainha D. Amélia, na

Guarda e vai contar com um capital es-tatutário de 2 milhões e 981 mil euros, subscrito e integralmente realizado pelo Estado, podendo ser aumentado ou redu-zido por despacho conjunto dos Minis-tros das Finanças e da Saúde. São órgãos das ULS, o conselho de administração, o fiscal único e o conselho consultivo.

O mesmo jornal refere ainda que o actual presidente do CA do Hospital de Seia, Eduardo Silva, deverá ser um dos vogais a nomear pelo Governo, podendo depois reivindicar no novo órgão o pelou-ro do Hospital de Seia.

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Preencha os espaços com números de 1 a 9 de forma que cada linha, coluna e quadrado interior contenha núme-ros de 1 a 9 sem se repetirem.

SOLUÇÃOEDIÇÃO ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1. Desapa-recer; Uma centena / 2. Jarro (planta); experiência (fig.) / 3. Sorrir; Peixe clúpeo / 4. Amaciava, aveludava / 5. Nota musical; Expande / 6. Suple-mentar / 7. Cidade Italiana; Gálio (s. quim.) / 8. Ladroeiras / 9. Agarrara; Onda / 10. Miga-lha; Amarrar / 11. Membro de ave; Medida de peso.

VERTICAIS: 1. Curado; Rouba / 2. Relativo à urina; Paraí-so (fig.) / 3. Oportunidade; Estende / 4. Satélite de Jupíter; Trama / 5. Capela do Vaticano / 6. Ave canora (embr.); Aspecto / 7. Género de sarda; Contri-buição / 8. Levanta; Arrefecem / 9. Distensor; Matizara.

Câmara Municipal de Oliveira do Hospital ..... 238 605 250Piquete de Águas .............. 238 605 256A.T.L. Municipal Pavilhão Desportivo........... 238 605 253Casa da Cultura César Oliveira ................... 238 605 254Posto de Turismo .............. 238 609 269Centro de Saúde ............... 238 600 250Hospital FAAD ................... 238 600 280GNR ................................... 238 604 444Bombeiros Voluntário de Oliveira do Hospital ..... 238 602 707

Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira ........... 238 640 110Correios ............................ 238 600 343 Hospitais da Universidade de Coimbra ....................... 239 400 400Hospital de Seia ............... 238 320 700Polícia Judiciária Coimbra (piquete) ............. 239 863 000Criança Maltratada ........... 239 702 233SOS Adolescente ............... 800 202 484SOS Mulher ....................... 239 832 073SOS Amigo ........................ 239 721 010SOS Estudante .................. 808 200 204

TELEFONES ÚTEISFarmácias de Serviço em Oliveira do Hospital

29 Set. a 5 Outubro • Gonçalves • Telf.: 238 605 1306 a 12 Outubro • Figueira Diniz • Telf.: 238 604 435

SUDOKU

PALAVRAS CRUZADAS

SOLUÇÃOEDIÇÃO ANTERIOR

O que é mais rápido...Estavam dois homens e um Alentejano. Um dos homens diz assim:– O pensamento é a coisa mais rápida do mundo, basta uma pessoa pensar e já está.Vai outro e diz assim:– Não, a coisa mais rápida do mundo é a electricidade. Basta uma pessoa ligar o interruptor e acende-se logo a luz.Vai o Alentejano e diz:– Nã senhora, estão todos enganados. A coisa mais rápida do mundo é a caganeira. Veja lá que eu está noite nã tive tempo pra pensar nem tã pouco pra acender a luz e caguei-me todo.

ANEDOTAS

Centro Português de Esoterismo para o Período de 1 a 14 de Outubro

CARNEIROCarta Dominante: O Julga-mento, que significa Novo Ciclo de Vida.Amor: Forte poder de con-quista e habilidades de retó-

rica vão dar-lhe a possibilidade de conseguir o que deseja. Que os seus desejos se reali-zem!Saúde: Energia em alta e pensamentos posi-tivos são os seus fortes aliados. Dinheiro: Requer-se mais diplomacia no lo-cal de trabalho para poder obter o que mais deseja. Número da Sorte: 20

TOUROCarta Dominante: O Depen-durado, que significa Sacri-fício.Amor: Tendência para a dis-persão e a tristeza. Quando a

tristeza bate à sua porta, peça ao seu Anjo da Guarda que a mande embora.Saúde: O seu sistema nervoso está muito sensível, e isso causa-lhe grandes oscilações de humor. Dinheiro: Pequenos lucros em novos inves-timentos. Número da Sorte: 12

GÉMEOSCarta Dominante: 2 de Ou-ros, que significa Dificulda-de, Indolência.Amor: Período de tranquili-dade em que a família requer

toda a sua atenção e cuidado. Seja paciente e compreensivo com as pessoas que vivem a seu lado!Saúde: Uma onda de energia positiva está a dar um novo vigor à sua vida. Dinheiro: Entrada de novos recursos, que trarão novo fôlego à sua vida. Número da Sorte: 66

CARANGUEJOCarta Dominante: 7 de Co-pas, que significa Sonhos Premonitórios.Amor: Dinamismo e confian-ça serão importantes ajudas

no campo sentimental esta semana. Plante hoje sementes de optimismo, amor e paz. Verá que com esta atitude irá colher mais tarde os frutos da alegria.Saúde: O sistema renal está muito sensível esta semana, beba muitos líquidos e ingira alimentos como o kiwi, que evitam a prisão de ventre.Dinheiro: As suas economias estão a decair, deve conter-se mais pois de contrário vai ter um pequeno desfalque nas suas poupanças. Número da Sorte: 43

LEÃOCarta Dominante: O Diabo,

que significa Energias Ne-

gativas.

Amor: O seu companheiro

vai dar-lhe provas do grande afecto que

sente por si. Que a sua alma seja bela e

transparente!

Saúde: Tenha atenção pois poderá sentir

tonturas e quebras de tensão.

Dinheiro: Ser-lhe-á exigido um maior em-

penho a nível profissional.

Número da Sorte: 15

VIRGEM Carta Dominante: 2 de Es-

padas, que significa Afei-

ção, Falsidade.

Amor: Irá surgir uma boa

surpresa. Que o seu sorriso ilumine todos

em seu redor!

Saúde: Está na altura de ir ao dentista.

Dinheiro: Não tome por certo aquilo que

para já é só promessa.

Número da Sorte: 52

BALANÇA Carta Dominante: 3 de Ou-

ros, que significa Poder.

Amor: Não deixe que a

rotina tome conta da sua

relação e use de criatividade. O seu bem-

estar depende da forma como encara os

problemas.

Saúde: Não coma demasiados doces, pois

isso só o prejudica.

Dinheiro: Deixe de ser demasiado materia-

lista e pense mais no seu dia a dia.

Número da Sorte: 67

ESCORPIÃOCarta Dominante: 4 de Co-

pas, que significa Desgosto.

Amor: As intrigas e as más-

línguas estão presentes na

sua vida, mas mostre que é superior a tudo

isso. Você merece ser feliz!

Saúde: Poderá andar com a garganta um

pouco irritada.

Dinheiro: Não gaste mais do que aquilo

que realmente pode, não se esqueça das

contas que tem por pagar.

Número da Sorte: 40

SAGITÁRIOCarta Dominante: Valete de Copas, que significa Lealda-de, Reflexão.Amor: Não seja tão casmurro

e desculpe um amigo, pois ele gosta muito de si. A Realização vem do balanço entre o dar e o receber.Saúde: Cuide da sua saúde espiritual.Dinheiro: Não deixe que a sua conta ban-cária fique com saldo negativo, seja pru-dente.Número da Sorte: 47

CAPRICÓRNIOCarta Dominante: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários.Amor: Não entre em depres-

são pois tudo na vida tem uma solução e mais cedo ou mais tarde verá o seu proble-ma resolvido. A confiança é a grande força da vida!Saúde: Estará com o sistema nervoso des-controlado.Dinheiro: Tudo estará dentro da normali-dade neste campo.Número da Sorte: 32

AQUÁRIOCarta Dominante: 7 de Ou-ros, que significa Trabalho.Amor: Conseguirá aproxi-mar-se de si e isso fará com

que os outros se aproximem também de si e o façam verdadeiramente feliz. Que o Amor seja uma constante na sua vida!Saúde: A sua saúde será o espelho das suas emoções. Dinheiro: Período favorável.Número da Sorte: 71

PEIXESCarta Dominante: Rei de Paus, que significa Força, Coragem e Justiça.Amor: Seja o seu melhor

amigo, e o amor florescerá! A sua felicida-de depende de si!Saúde: Cuide mais do seu corpo.Dinheiro: Preste mais atenção ao seu saldo bancário não deixe que este baixe.Número da Sorte: 36

Teresa de Lisieux (Alençon, 2 de janeiro de 1873 — Lisieux, 30 de Setembro de 1897) foi uma re-ligiosa carmelita francesa e Dou-tora da Igreja. É conhecida como Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face ou, popularmente, Santa Teresinha.

Nascida Marie Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Teresa Martin), era filha de Louis Martin e Zélie Guérin. Quando nasceu, era muito franzina e do-ente e, desde o nascimento, exi-gia muitos cuidados.

Fonte: wikipédia

Nasceu há 135 anos...

“O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.”(Voltaire)

Page 24: CORREIO DA BEIRA SERRA – 30.09.2008

Mário Américo Franco Alves, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH), foi este mês

acusado pelo Ministério Público pela ale-gada prática de dois crimes de “difamação agravada”.

Os factos remontam a Setembro de 2007, quando numa reunião realizada no salão nobre dos Paços do Concelho com vista à preparação do arranque do ano lec-tivo 2007/08 entre o autarca, as funcioná-

rias do ATL e do pré-escolar, Mário Alves terá afirmado, durante a sua intervenção, que “no ATL há duas inválidas que não fa-zem nem querem fazer”.

De acordo com o que o Correio da Bei-ra Serra conseguiu apurar junto de uma fonte conhecedora do processo, as fun-cionárias alegadamente visadas na afir-mação do autarca social-democrata, que recorrem com alguma frequência a baixas médicas por razões de saúde – uma so-fre de uma doença do foro oncológico e a outra tem problemas ortopédicos que lhe dificultam a locomoção –, decidiram apresentar uma queixa-crime contra Má-rio Alves, já que conforme referiu a mes-ma fonte a este jornal “eram as únicas funcionárias que regularmente recorriam à baixa médica”.

A Procuradora do Ministério Público de Oliveira do Hospital decidiu acompanhar a acusação, mas ao arguido – nos termos do processo penal – assiste-lhe agora o di-reito de requerer a abertura de instrução.

Segundo este jornal também apurou, apesar da queixa-crime ter sido feita con-tra o cidadão enquanto figura privada e não contra o autarca, Mário Alves nomeou como seu defensor um advogado avençado da Câmara Municipal.

O Correio da Beira Serra solicitou uma reacção a Mário Alves sobre esta notícia, mas a sua secretária comunicou ou CBS que o autarca do PSD “não presta decla-rações”.

Questionado em assembleia municipal por Francisco Garcia, que pretendeu saber se a acusação era contra o cidadão ou antes contra o presidente da autarquia oliveiren-se, já que o defensor de Mário Alves tem uma avença da CMOH, o autarca do PSD recusou-se a esclarecer a questão. “A ques-tões judiciais respondo no local próprio e aqui não lhe vou dar resposta nenhuma”, declarou Alves.

Redacção, Direcção, Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 - 1.º Esq. 3400-075 Oliveira do HospitalTelefone Geral 238 086 546 * Fax 238 086 547Internet: www.correiodabeiraserra.come-mail: [email protected] w w w . c o r r e i o d a b e i r a s e r r a . c o m

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Estes resultados, foram recolhidos entre 216 e 29 de Setembro e correspondem a 114 votos.

Os resultados deste inquérito não têm qualquer base científica, mas podem constituir um indicador da preferência dos leitores do CBS Online.

Acha que a Câmara Municipal deve remover o telhado de fibrocimento (com amianto) da EB 1 da cidade?

Concorda que o Município de Olivei-ra do Hospital seja integrado na “Re-gião Turismo do Centro de Portugal”?

Novamente arguido

Duas funcionárias da câmara querem Mário Alves no “banco dos réus”