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Cosplayer n.21

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Vigésima primeira edição da Cosplayer E-zine, Janeiro 2015

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EDIT

ORIA

LCosplayer nº 21 | Janeiro de 2015

capa Saphira fotografia Inês Lourenço (Sam Amano)

Direcção Executiva Daniela Oliveira

Assistente ExecutivaAna Salvador

Design e Paginação Daniela Oliveira, Madalena Ramires, Maria João Forte, Ricardo Catarino, Rita Carmelo

Escritores Álvaro Veiros, Ana Salvador, André Pereira, Daniela Oliveira, Filipe Jesus, Miguel Pinto, Patrícia Bordeira

Fotografia Daniela Oliveira, Leonor Grácias, Madalena, Ramires, Samuel Pereira, Tiago Vasconcelos, Ricardo Catarino, Vanda Allen

Edição de Texto e Tradução André Pereira, Patrícia Bordeira

Esta revista é amiga do ambiente.

disclaimerA Cosplayer E-Zine é uma revista online, sobre costume play e assuntos relacionados, de distribuição gratuita e sem fins lucrativos. Todos os conteúdos presentes são autorizados pelos seus devidos autores e o conteúdo verbal presente em entrevistas representa apenas a opinião dos próprios e não da revista.

No caso da inexistência da atríbuíção de devidos créditos em certos conteúdos, pedimos desculpa pelo incómodo e é favor contactar para que tal seja remediado assim que possível.

16ENTREVISTA: LIONSKINEntrevista à banda portuguesa,LIONSKIN

O ano de 2014 terminou e a Cosplayer olha para trás: para os eventos que aconteceram, para os maravilhosos fatos que decoraram esses eventos, para as novas caras que surgiram na comunidade e avalia tudo o que foi.

No entanto, não podemos viver a olhar para o passado. É urgente enfrentar o novo ano de 2015 que começa: existem mais eventos à porta (como o Cosplay Photoshoot #12 que está já aí!), há novos (e antigos) fatos por terminar e em cada evento, nesses fatos, há novas caras a conhecer.

É por isso que aqui estamos, por mais anos que passem, há algo que se mantém constante: a nossa paixão pela arte, pelo Cosplay, pela Cosplayer e por vocês.

Toda a equipa deseja-vos um grande ano e vemo-nos por aí!

A equipa da Cosplayer [email protected]

www.cosplayerzine.net

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COSPLAYER INTERNACIONALNARAKU BROCKEntrevista à cosplayer alemã,Naraku Brock

EM FOCO: SAPHIRAEntrevista à cosplayer portuguesa, Inês Silva (Saphira)

04 MIDORI III

08 ANIFEST

16 LIONSKIN

22 EUROGAMER

24 IBERANIME OPO 2014

30 CHARACTER SHOWCASE

40 MCM LONDON COMIC CON

44 LISBOA GAMES WEEK

48 VOXPLAYER

56 ENTREVISTA: NARAKU BROCK

72 SHOWCASE DEVIANTART

82 EM FOCO: SAPHIRA

94 COMIC CON PORTUGAL

102 COSPLAYER REVELAÇÃO

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REPORTAGEM: FILIPE JESUS . FOTOGRAFIA: MADALENA RAMIRES E ANTÓNIO LIMA

Em particular, esta edição, junta-mente com a Kirane Project, apos-tou em força para agradar a um público mais adulto, tendo como

convidado internacional o irreverente “Tentacle Master”, Toshio Maeda, apre-sentando uma exposição de obras de en-tretenimento para adultos (conhecidas por hentai) em manga realizada pelo próprio.

Já no Cosplay, para além da habitual pre-sença dos cosplayers no evento, que por si já contribuem à festa, contou-se com o habitual concurso de Cosplay, no sábado, antecedido por um pequeno desfile e pre-cedido pela foto de grupo e participações nas categorias de “Melhor Construção” e “Melhor Interpretação”. Contrariamente ao apresentado no regulamento do concur-so, foram apenas premiados os melhores cosplayers em palco, onde a Carolina Freire ganhou, com a personagem Lightning (Tri-logia Final Fantasy XIII), uma viagem a Lon-

dres para poder estar presente no MCM Comic Con e as irmãs Rita e Sofia Rodrigues foram também premiadas pelos seus fatos de Card Captor Sakura (Sakura e Carta de Espelho).

Outra categoria relevante ao Cosplay e presente no Midori foi o “Faz em casa!”, onde os participantes enviam pequenos vídeos de seis segundos (Vine Style) ou en-tre um a dois minutos (Skit Caseiro) com um skit original e em total liberdade. A Marta Windi e a Carolina Vargas venceram as categorias Vine Style e Skit Caseiro, re-spectivamente. Apesar de alguns atrasos, o evento demarcou-se pela positiva com um espaço acolhedor e dotado de um bom auditório para as provas de Cosplay. À eq-uipa da Cosplayer, só resta agradecer pelo espaço na banca que nos permitiu divulgar a nossa revista e, claro, pedir por mais um Midori!

Decorreu nos dias 6 e 7 de Setembro a terceira edição do Midori, desta vez no Institut Français Portugal, em Lisboa. Sem nenhum hiato e assumindo os moldes do ano passado, o evento proporcionou mais uma vez um ambiente de fãs para fãs, fortemente destinado aos mais aficionados por animação japonesa e videojogos.

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Apesar de alguns atrasos, o evento demarcou-se pela positiva com um espaço acolhedor e dotado de um bom auditório.

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ANIFEST

2014FOTOGRAFIA: DANIELA OLIVEIRAREPORTAGEM: MIGUEL PINTO

A 2.º edição do Anifest vol-tou nos dias 20 e 21 de Se-tembro, em Lisboa, na ETIC. O European Cosplay Gathering

(ECG) trouxe algumas surpresas: na catego-ria individual, Inês Gomes, com o cosplay do jogo Diablo 3, consagrou-se a grande vencedora. Na categoria de grupo, Sofia Rodrigues e Rita Rodrigues (Kuro Sisters), com o cosplay de Sakizou, também brilha-ram em palco.

Para animar estes dois dias vieram até Lisboa algumas personalidades inter-nacionais do Cosplay. O cosplayer finlandês, Elffi, que fez as delícias do público femi-nino esteve sempre disponível para umas selfies e deu o workshop “Men in Cosplay”. Da Alemanha veio a divertidíssima Naraku Brock que nos deu umas dicas fabulosas no seu workshop de padrões de costura. E, da terra de nuestros hermanos, Espanha, contámos com a presença da cosplayer veterana Sae the witch.

O European Cosplay Gathering (ECG) trouxe algumas surpresas

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O painel de dobradores, composto por Peter Michael, Carlos Freixo, Ana Vieira e Carla Garcia, captou as atenções com alguns momentos de humor e dicas para quem pretende seguir a carreira de dobrador. Os Lionskin fecharam o último dia do evento com um som moderno e novo; trouxeram música de grande qualidade. Se não conheces fica a saber que vale a pena ouvir esta nova banda.

Quanto aos nossos cosplayers, a Cosplayer E-zine deseja aos vencedores do ECG muita sorte para a grande final na Japan Expo, em Paris. Estamos a torcer por vocês!

Vieram até Lisboa algumas personalidades internacionais do Cosplay!

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L I O N S K I NOs Lionskin são a banda revelação que explodiu no panorama musical nacional com o single “Because Because”. Carregamos no botão de “Play” e somos transportados para um mundo que entrelaça a poesia, a música eletrónica e o rock, com um brio instrumental moderno e viciante que nos deixa garantidamente com o pé a bater no chão. A voz melosa de Cat completa este trio e envolve-nos com uma boa história que se desenrola música após música. Curiosos?

ENTREVISTA: DANIELA OLIVEIRA & MIGUEL PINTO FOTOGRAFIA: DANIELA OLIVEIRA EDIÇÃO: LEONOR GRÁCIAS

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Em primeiro lugar, gostaríamos de sab-er mais sobre cada elemento da banda.

Olá, eu sou a Cat ou Sea ou sea3p0! Sou a vocalista das Lionskin! Tenho 24 anos, sou mega fã das Navegantes da Lua, joga-dora a tempo inteiro e Youtuber nos tem-pos livres. O Miguel é o produtor barbudo a tempo inteiro e toca algumas coisas. O David toca algo comprido eléctrico com 6 cordas e tem um cabelo muito charmoso.

Como e quando surgiram os LIONSKIN?Cat: Bem a história começa quando o Da-

vid resolveu adicionar-me no Facebook. Eu ainda estava nos Estados Unidos quando começámos a falar. Às tantas pergunta-me se sei cantar e eu digo que sim (como quem diz sim, mas no chuveiro). Depois pergun-tou se eu queria fazer uma audição. Aceitei sem pensar muito no assunto, pois não sa-bia quando ia voltar a Portugal, o que acon-teceu no mês seguinte. Agora tinha mesmo de ir à audição. Fui à Blim Records cheia de medo, conheci o Miguel que na altura era muito intimidador. Cantei e pensei que tin-ha corrido super mal, por isso voltei para casa e tentei não ligar muito. Uma semana depois recebo um telefonema a dizer que tinha passado. E agora somos os Lionskin.

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Onde vão buscar a inspiração para as vossas músicas?

Cada um mete um chip diferente no pro-cesso de composição. Muitas vezes pode começar com um beat ou uma linha de sin-tetizador para uma inspiração electrónica do Miguel, complementada com um ru-fada rockeira do David a mente poética da Cat completa. Acho que esta triangulação é interessante e acabou por nos tirar das nossas zonas de conforto para criar músi-ca e conceitos inesperados pelos três. Ao menos divertimo-nos!

Existe uma história por detrás das músi-cas dos LIONSKIN, podem nos dizer quem é a Sally?

A Sally é uma rapariga nascida para mu-dar o mundo. Em primeiro lugar, sempre fui escritora, portanto tudo o que faça tem de envolver uma boa história. Com a Sally quis retratar alguém puro, curioso e com um grande coração. Estas acabam por ser as chaves que me permitem fazer isso. Se tivesse de compará-la a qualquer outra personagem seria à Pequena Sereia, mas muito mais badass.

A vossa música “Because Because” foi recentemente utilizada para o spot pub-licitário da Tiffosi Denim. Qual foi a sen-sação ao ouvirem a vossa música na TV?

Foi altamente! Enquanto artista é sem-pre fixe veres algo que criaste de forma orgânica a ser associado a outras vertentes e a ser catapultado para meios de maior visibilidade. O caso da Tiffosi foi engraça-do por ter surgido de uma forma também natural e ter levado a nossa música a mais gente. No fundo é o nosso maior e mais genuíno objectivo enquanto banda.

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Para quando o lançamento de um ál-bum?

Está para breve! Temos 11 temas no “forno” e 2015 será o ano em que os dare-mos a conhecer. Estamos muito orgulhosos e entusiasmados, fiquem ligados!

Têm algum site onde os fans possam acompanhar o vosso trabalho?

Neste momento só temos Facebook (facebook.com/lionskinofficialLIONSKIN), Instragram (instagram.com/lionskinmusic) e Twitter (twitter.com/lionskinmusic).

Algum dos membros da banda faz cos-play? O que acham do hobby?

Eu! Quer dizer, sou bastante novata porque nunca tenho tempo para fazer os cosplays mais complicados que quero faz-er, mas espero que um dia isto mude. Acho que a minha parte favorita de tocar no Ani-fest foi ter tido a oportunidade de fazer um cosplay da Sally. Eu adoro a nossa comuni-dade do Cosplay. Temos imensas cosplay-ers super talentosas que me dão imenso orgulho de fazer parte desta comunidade

Querem deixar alguma mensagem aos leitores da Cosplayer?

Sei que soa cliché, mas nunca parem de seguir os vossos sonhos, por vezes eles realizam-se, mas não da forma que estáva-mos à espera. Para além disso, tu mereces, tu tens força, beleza e inteligência sufi-ciente para fazer acontecer aquilo que mais queres. Tudo depende de ti, por mais que não saiba quem és e nunca nos cheguemos a cruzar, nós acreditamos em ti.

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Conhecido como Eurogamer Expo, o EGX é o maior evento de videojogos de Inglaterra e este ano voltou com novidades, jogos, actividades e cosplay para todos os fãs.

FOTOGRAFIA: RICARDO CATARINO

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Shappide Valkyrie Randgris - Ragnarök Online

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Desde 2012 que Gondomar acolhe a edição do Iberanime no norte do país. Este ano pudemos contar com a grande final de 2014

do Cosplay World Masters e ainda um concerto de Yoko Ishida, conhecida cantora japonesa, sendo um dos seus grandes êxitos a música Otome no Policy (do anime Sailor Moon).

Na abertura das portas ao público, centenas de fãs esperavam ao frio para serem os primeiros a entrar neste evento já tão conhecido de todos.

IBERANIME OPO 2014Nos passados 11 e 12 de Outubro, Gondomar regressou em grande para mais uma edição do Iberanime OPO.

REPORTAGEM: PATRÍCIA BORDEIRA FOTOGRAFIA: TIAGO VASCONCELOS E VANDA ALLEN

A grande vitória coube à cosplayer Shappi, da Polónia, com o seu fato de Valkyrie Randgris de Ragnarök Online.

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O espaço contava com algumas difer-enças: a feira estava dividida com o palco principal e o palco secundário estava no antigo lugar deste, junto das bancas de ar-tistas e da pequena exposição de Cosplay.

Para além das actividades habituais (o karaoke, os workshops, o conhecido Para Para Dance, entre outras), sábado contou com a final do concurso Cosplay World Masters, disputada entre cosplayers portugueses,franceses, suíços, holande-ses, etc.

Já no domingo contámos com o concer-to de Yoko Ishida, que certamente deliciou muitos dos fãs presentes, seguida de uma sessão de autógrafos. O concurso de Cos-play de grupo decorreu em seguida, com os grandes vencedores de personagens do anime Jojo’s Bizarre Adventure.

Achámos que a edição nortenha satisfez os fãs e a Cosplayer aguarda com entusias-mo a próxima edição em Lisboa!

Domingo contámos com o concerto de Yoko Ishida, que certamente deliciou muitos dos fãs presentes.

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Miku & KaitoCendrillon

A música conta a história de uma rapariga que vai a um baile com a intenção de matar o príncipe até o

relógio bater a meia-noite, hora esta que marca o fim do feitiço da fada madrinha.

Quando a rapariga e o príncipe se conhecem e dançam juntos acabam por se apaixonar e o conflito da rapariga aumenta quando a meia-noite se aproxima, caíndo num dilema, pois não o quer matar.

Eventualmente a rapariga mata-o quando o relógio toca. O príncipe não culpa a rapariga pelos seus actos e conversam até à sua morte sobre como queriam que a noite e o momento fossem eternos.

Cosplayers: Steffy Amorim e Miguel Marques Fotografia: Felix Works Edição: Leonor Grácias Local: Lisboa, Portugal

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Aproximando-se o Halloween, e num fim-de-semana especial, o maior evento britânico marcou mais uma vez presença Halls do grande Excel! O MCM London Comic Con foi realizado nos dias 24, 25 e 26 de Outubro de 2014.REPORTAGEM: ANA SALVADORFOTOGRAFIA: TIAGO VASCONCELOS

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Este ano os Halls estavam mais cheios do que as edições ante-riores, trazendo um misto de filmes, sci-fi, videojogos, com-

ics, anime, manga e cosplay para os fãs, já para não falar de eSports, vídeos online e bastantes convidados especiais.

Uma vez que o actor Daniel Radcliffe era “cabeça de cartaz”, este esteve presente a tirar fotos com fãs e a dar autógrafos como promoção do seu novo filme “Horns”. O MCM London Comic Con contou também com a presença de outros convidados tais como o director Shinichiro Watanabe, Vic Mignogna, Travis Willingham, Laura Bailey,

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Havia muita animação nos corredores do evento com cosplayers e visitantes a ti-rarem fotos.

Também havia uma área para cada fan-dom específica, por exemplo SteamPunk, área dos compradores assíduos nas suas lojas de anime, manga, figuras, a Cosplay Masquerade, TCG e entre outras.

Um dos acontecimentos mais impor-tantes foi a final do Eurocosplay. As nos-sas concorrentes portuguesas, Inês Gomes e Ana Isabela Santos, vestiam os fatos de Elementalist e Princesa Gabriela, respecti-vamente, de Granado Espada. Uma série cheia de emoção. Havia bastantes cosplay-ers de toda a Europa e as vencedoras foram a Kairi, da Polónia com um skit bastante divertido, de Sora de Kingdom Hearts; em segundo lugar, a espanhola Yurai de Elsa de Frozen e em terceiro lugar Aoime, húngara, de League of Legends de Amethyst Ashe.

Sandy Fox, Lex Lang e D.C. Douglas. Como era de esperar, a “Comic Village” contou com a presença de mais de 200 artistas e escritores, incluindo Kieron Gillen (Phono-gram, Uncanny X-Men); John McCrea (The Demon, Hitman, The Boys: Herogasm); Tanya Roberts (Star Wars: The Clone Wars, Toy Story); Gary Erskine, conhecido pelas suas colaborações com Garth Ennis, War-ren Ellis e Grant Morrison; Martin Griffiths (Doctor Who, 2000AD, Thundercats); a mangaka Yishan Li; Beano and The Dandy, Henry Davies e a cartonista Kathryn Lamb.

Em termos de videojogos, contou com a presença da Koei Tecmo, Bandai Namco, Warner Bros. Games, Capcom, Rising Star, NIS America, Sony, Ubisoft, Square Enix, Konami, 2K Games, Koch Media e Fun-stock. Uma das novidades deste ano foi um enorme stand de Pokémon que ofereceu chapéus de Pikachu aos visitantes e cartas Pokémon.

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REPORTAGEM: FILIPE JESUS FOTOGRAFIA: LEONOR GRÁCIAS E VANDA ALLEN

Este evento, ajustado a escala do realismo, é o mais próximo que temos de feiras de revelações, como a E3, em território por-

tuguês, onde alguns videojogos que ainda não foram lançados podem ser mostrados e experimentados pelos visitantes da fei-ra. Falamos do Bloodline da PS4 e do Halo Collection da Xbox One. Houve também uma forte aposta nos espaços para os três gigantes (Sony, Nintendo e Xbox), em det-rimento à área gigante dedicada à LAN no Meo XL Party. Por outro lado, a presença de Youtubers portugueses revelou mais uma vez ser uma boa aposta para a cama-da mais jovem do evento.

Já havia sido prometido em 2013 que o evento anual do Meo XL Party iria sofrer fortes reformulações na sua estrutura. E cumpriram as promessas com a introdução do Lisboa Games Week, um evento dedicado aos videojogos em Portugal que decorreu entre os dias 6 a 9 de Novembro.

No que diz respeito ao Cosplay, foi feita uma aposta diferente: foram realizados dois concursos de Cosplay com índoles dis-tintas: um concurso normal com desfile e skit e um desafio que envolveu bastantes actuações.

O sábado, dia em que decorreu o con-curso normal, destacou-se pela presença de imensos cosplayers de League of Leg-ends e Naruto, bastante bem recebidos pelo público jovem presente. Com um total de 16 cosplayers participantes, o concurso decorreu sem grandes problemas, onde o Daniel Silvestre fez a sua magia enquanto apresentador. Em primeiro lugar ficou a Inês Lourenço, conhecida na comunidade cosplayer como Sam Amano, com a per-sonagem Triss de The Witcher. Em segundo ficou a Inês Silva, conhecida como Saphira, com a personagem Jadis de Narnia. Final-

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mente, a Flávia Coelho ficou em terceiro com o personagem Mark, de Fire Emblem.Já no domingo, no concurso de actuações, o Daniel Silvestre voltou à carga, não só como apresentador mas também como Dungeon Master. Muito resumidamente, o objectivo era que os participantes, num es-tilo muito simplificado, mas reminiscente de Dungeons & Dragons, chegassem ao castelo, derrotassem o rei mau (Leandro Martins, cosplayer convidado) e salvassem a princesa (Marta Casaca, cosplayer e or-ganizadora).

A participação era feita em grupo, onde os desafios eram escolhidos alea-toriamente e ultrapassados com recurso a dados. Fosse qual fosse o resultado, o cosplayer tinha sempre de se manter no papel, sendo essa representação essencial para sua vitória. A ideia mostrou dar re-sultados, sempre num clima relaxado e de brincadeira. Os vencedores, sem qualquer ordem, foram o Douglas Melo, André Gon-çalves, Bruno Miguel, Flávia Pereira, Marta Vieira, Daniel Roberto, Marta Mendes e Mafalda Mendes.

A participação era feita em grupo, onde os desafios eram escolhidos aleatoriamente e ultrapassados com recurso a dados.

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ARTIGO: MIGUEL PINTO

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Convidámos as cosplayers Sofia Ribas, Alice Manso, Flávia Pereira, Paula Nunes, Inês Seobiee, Beatriz e Vanessa Ideias e Arisu para dar resposta a estas questões.

Fazer um cosplay exige muito investimen-to; são gastos tempo e dinheiro para fazer o melhor fato e há que estar tudo pronto a tempo e horas do evento para subir ao palco e brilhar no concurso. No entanto há quem opte por comprar um fato, ir aos eventos para descontrair com os ami-gos sem a pressão dos concursos. Sobe ao palco, participa no desfile e diverte-se. Se-gundo a opinião de muitos cosplayers, o que importa mesmo é a diversão, mas será mesmo assim?

Uma das questões mais controversas na comunidade de Cosplay nacional e internacional é a seguinte: Comprar ou fazer o fato? E tu? O que preferes?

Achas importante a distinção que é feita entre cosplayers que fazem o seu cosplay e aqueles que o compram?

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PAULA: Eu faço todos os fatos, muitas vezes chegando ao ridículo de fazer coisas que podem ser compradas ou alteradas, gastando mais tempo e dinheiro do que às vezes seria necessário. Faço isto porque gosto de trabalhar com coisas minuciosas e detalhadas e de entrar na pele das minhas personagens e universos favoritos. Não condeno quem compra, até porque nem todos têm disponibilidade ou técnica para fazer os fatos, mas querem aproveitar a parte do “play”. é legitimo e deve ser bem vindo.

A nível de concurso, já dei a minha opinião várias vezes que a maioria não está dividida justamente... A meu ver deveria haver realmente distinção entre o que é feito ou comprado, em categorias de craftsman-ship. O esforço e técnica deve ser recom-pensado. No entanto não creio que deve ser negada a ida a quem compra os seus fatos a palco para apresentar skits. Pratica-mente todos os eventos têm desfile, por

isso não se põe no mesmo saco entrar em palco, estar 2 segundos e sair, ou estar a entrar dentro da personagem e fazer as pessoas conhece-la um bocadinho. Numa categoria de representação deveria avaliar-se apenas a prestação dos cosplayers em palco Havendo esta separação dos dois, deveria ainda haver uma categoria geral/ou best in show/ em que deveria ser real-mente pesado o que tiver melhor fato E melhor skit. Falta só acrescentar uma coisa que é extremamente importante. essas categorias não devem estar presentes nas inscrições. Deve ser realmente informado se o fato foi comprado ou não, e caso seja comprado, a categoria de Craftsmanship deve ser logo bloqueada. É de extremo mau gosto dividir os concorrentes por categorias em palco, e depois apresentar cosplayers em categorias onde obviamente não pertencem.

PAULA NUNES

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INÊS: Tecnicamente o motivo é o mesmo: vestir o fato de uma personagem de que gos-tamos. Agora sim, existem dois caminhos, a realização e a compra. Pessoalmente gosto de fazer os meus, mas é-me indiferente se alguém compra ou não. Depende do tempo, dinheiro, possibilidades e muitos outros factores.

ALICE: Pessoalmente faço as duas coi-sas. Já comprei fatos completos online, mas continuo a fazer os fatos mais com-plexos. Motivos para cada um: com-prar fato - enquanto trabalho e estudo, o tempo para fazer cosplays de raiz é prat-icamente nulo e depois também há aque-les fatos que pura e simplesmente não apresentam grande desafio e já existem versões completas de qualidade aceitável e a um preço que me é acessível, portan-to - porque não? Por outro lado, também há muitos cosplays que adorava fazer, mas nem sequer existem para venda e também são coisas mais complexas que dificilmente sendo outra pessoa a fazer ficaria a meu gosto. São fatos que me apresentam al-gum desafio e assim que os vejo começo a pensar como faria determinado pormenor e pronto, a crafter em mim pede-me para ser eu a fazer o fato.

INÊS SEOBIEE ALICE MANSO

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FLÁVIA: Eu peço comissões a outros cosplayers porque, por enquanto não posso fazer os meus, mas quero aprender a coser no futuro. Já sofri com más línguas por não ter sido eu a fazê-lo, e outras pessoas também. Acho que isso é uma parvoíce a partir do momento em que estamos todos a fazer cosplay porque gostamos deste hobby e queremos mostrar o quanto gostamos das personagens que estamos a interpretar.

BEATRIZ: Como uma grande parte dos cosplayers, eu comecei por encomendar os meus fatos a uma costureira, pois nem eu nem ninguém próximo a mim sabia costurar. Ainda hoje sinto algumas dificuldades a fazê-lo, tanto que é a minha irmã mais velha a executar a maioria dos meus fa-tos, por isso posso dizer que não tenho nada contra a compra dos mesmos. É claro que à partida nos sentiremos mais realizados, e com um maior carinho por um cosplay que façamos nós próprios, mas quando não se tem essa oportuni-dade, não vejo o porquê de não se comprar um fato já feito. O importante è divertir-mo-nos vestindo a pele dos nossos personagens preferidos.

FLÁVIA PEREIRA BEATRIZ IDEIAS

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ARISU: Ambos. Porque não? Muitas pessoas não sabem coser nem têm ninguém que as possa ensinar ou ajudar com um fato, então recorrem à compra online ou até a uma costureira ou outro cosplayer. Não tem mal nenhum!

Pessoalmente prefiro fazer, mas não tenho muita experiência nem tempo livre, então acabo por contar muito com a ajuda da minha mãe ou então peço a um amigo que me faça um fato como comissão.

Na verdade, acho que essa distinção não deveria existir de forma tão vincada. Existem pessoas tanto na nossa comuni-dade como “lá fora” que não vêem com bons olhos quem compra os fatos em vez de os fazer mas acho isso incorrecto. Admiro muito quem consegue fazer um fato elaborado por si próprio, mas não

se deve condenar quem não consegue. Num concurso como o EuroCosplay, por exemplo, acho que só deve participar quem sabe coser e elabora o fato por si próprio, pois vai representar o nosso país e o prémio deve ser atribuído a al-guém que realmente trabalhou muito para ele. Num evento ou photoshoot, não deveria haver uma distinção tão grande. Já assisti a situações em que pessoas comentavam de forma muito negativa o cosplay de alguém só porque o seu fato foi comprado online. Se a pessoa não sabe coser, qual é o problema de comprar um fato? Ou mesmo que saiba coser, fazer props, etc., não há qualquer problema em comprar algo. Não desvaloriza o cosplay de modo algum.

ARISU

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SOFIA: Na minha opinião, prefiro fazer eu. Não porque vai ficar melhor do que um com-prado (porque não acontece comigo ahah) mas sim pelo prazer, aventura e sofrimento de o fazer. Podemos não ficar super contentes com o resultado final porque podia estar melhor, ou porque aquele tecido não fica bem ou por aquilo e tal, mas a verdade é que olhando para trás e ver que fomos nós que fizemos e dedicamos o nosso tempo para uma coisa que finalmente está finalizada é super gratificante! É o produto final de dias, semanas ou até meses a fio. É aquela coisa que deixamos de lado umas não sei quantas vezes porque nos irritou e porque só nos apeteceu desistir dele.

Para além disso, para mim, sai mais barato pois sou eu que faço as escolhas dos tecidos, rendas, etc. e não terei de pagar pela mão-de-obra.Na minha opinião, a única distinção que se deve fazer entre cosplayers que fazem os seus fatos e os que compram deve ser nos próp-rios concursos de cosplay, como disse a Paula. Devia haver categorias diferentes para pes-soas que fizeram e pessoas que compraram. Fora disso somos todos cosplayers na ver-dade. Uns gastam muito tempo a fazê-lo e gastam pouco dinheiro e outros gastam pou-co tempo e gastam mais (dependendo das situações claro)!

SOFIA RIBAS

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VANESSA: Lembro-me que quando comecei a fazer cosplay, não sabendo absolutamente nada de costura, recorria a uma costureira amiga da família que os executava por mim. Dois ou três fatos depois, cheguei à conclusão que tal se tornava dispendioso de mais, uma vez que não só tinha de pagar a execução dos fatos, mas também os tecidos e outros materiais de retrosaria. Para além disso, os fatos nem sempre saíam ao meu gosto, faltando sempre pormenores pelo meio e a ocorrência de uma “aldrabice” ou outra. Aca-bei então por pedir umas aulinhas básicas à minha avó, desde então, tenho feito os meus próprios fatos, aprendendo sempre algo novo aquando a execução de cada um.

Pessoalmente, prefiro ser eu a fazer os meus próprios cosplays, mas não condeno quem os compra (seja a costureiras ou encomendados de lojas online), uma vez que nem todos têm tempo para aprender costura, ou interesse nessa área. Cosplay consiste em vestir a “pele” de personagens fictícios, seja esta “pele” comprada na totalidade ou feita de raiz pelo cosplayer. O importante é que o cosplayer se divirta.Com isto não quero dizer que não ache importante a distinção feita entre cosplays comprados ou feitos pelo cosplayer. Penso que, num concurso, um cosplayer que execute um bom fato por si mesmo deva ser um pouco mais valorizado do que outro que tenha comprado o seu, uma vez que, para além de tempo e dinheiro, fazer um fato exige também muito suor e, por vezes, algumas lágrimas. =P

VANESSA IDEIAS

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Naraku Brock

Carta Flor - Card Captor SakuraFoto por: Pugoffka

Branca de Neve - DisneyFoto por: Calssara

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ENTREVISTA: DANIELA OLIVEIRA FOTOGRAFIAS CEDIDAS PELA NARAKU BROCK

Naraku Brock

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58 COSPLAYERMother of Moth - Fairy TaleFoto por: Cherin Kasper

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Podes falar um pouco de ti? Que idade tens, o que fazes e onde vives?

NARAKU: Chamo-me Naraku Brock, tenho 27 anos e moro no sul da Alemanha, numa pequena cidade chamada Pforzheim, perto de Estugarda. Sou designer de joalharia e neste momento trabalho como inspectora de qualidade.

Como descobriste o cosplay? O que te atraiu para começares a praticar este hobby

NARAKU: Na Alemanha temos vários festivais de máscaras e festas medievais. Especialmente quando o meu irmão en-trou para um grupo medieval e me levava a todos os festivais, começou a ser normal eu mascarar-me em criança.

Em 2000, uma revista editou um artigo sobre o primeiro grande evento de Anime/Manga na Alemanha e vi alguns cosplayers com fatos de personagens que eu conhe-cia. Decidi então visitar este evento em 2001 com um fato simples. Esse foi o meu começo como cosplayer.

Se pensavas que sabias tudo sobre a arte de fazer um cosplay é porque ainda não conheces a cosplayer Naraku Brock. Com um vastíssimo rol de cosplays feitos até à data, Naraku partilha contigo nesta entrevista alguns dos segredos que têm feito dela um sucesso desde 2001.

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Para mim, já era normal mascarar-me como hobby. Mas ser um cosplayer é muito diferente de mascarar-me no car-naval, Halloween e outros eventos. É mais como um palco de teatro em tamanho grande. Podes representar a tua person-agem favorita da tua história favorita, encontrar amigos com os mesmos gostos e nunca esquecer o progresso em várias áreas, como costurar, fazer acessórios, tratar de perucas, etc. É hobby muito cria-tivo onde te perdes muito facilmente (e o dinheiro também).

Quais são os melhores aspectos de estares envolvida no cosplay e de fazer fatos de cosplay?

NARAKU: Cosplay é um passatempo criativo. Podes conhecer muitas pessoas e amigos com os mesmos gostos, passatem-pos e conhecimentos. Todos nós temos os nossos momentos preferidos e também os mais negativos durante a criação de um fato. Eu detesto desenhar e cortar moldes e tecidos, mas costurar e coser todos os detalhes e fazer o fato passo-a-passo é fan-tástico. Consegues mesmo ver como o fato irá formar a versão a 3D da personagem.

Depois de todo o tempo e dinheiro investido no fato, é um momento importante vestir o fato pela primeira vez sozinho ou em grupo. Adoro o cosplay por todas estas razões.

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Maiko JapanFoto por: Kyoto Studio

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Super Girl - DC ComicsFoto por: B1NH Photography

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És conhecida pelo teu lindo cosplay de Fada. O que te inspira para fazeres estes cosplays originais?

NARAKU: Todas as pessoas lêem contos de fadas. Algumas pessoas apenas em cri-ança, outras ainda os lêem em adulto. Ser uma destas criaturas mágicas é um senti-mento encantador desde o momento em que vês o brilho nos olhos de crianças e adultos, quando eles reparam que és uma fada. É semelhante a ser uma princesa da Disney. Podes brincar com crianças ou mos-trar a adultos um novo mundo de fantasia e todos aqueles sentimentos de nostalgia da sua infância.

Conta-nos um pouco do teu processo de selecção e construção de um novo fato. Quanto tempo demora normalmente um fato a ser terminado?

NARAKU: Começo com uma lista: que tipo de tecido preciso, de que cor, quantos botões, laços, que tipo de calçado ou de peruca. Com esta lista, eu posso ver o que comprei e o que me falta.

Os próximos dois passos são iguais para toda a gente: calcular o tamanho do tecido (preciso de 5 ou 10 metros de veludo, etc.) e procurar o molde necessário.

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Poison Ivy - DC ComicsFoto por: Robin Hüttich

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Joffrey Baratheon - Game of ThronesFoto por: Florian Fromentin

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Para alguns fatos posso começar depois de ter o tecido e moldes necessários. Alguns precisam de um molde inicial ou de pintura, daí este passo ser diferente de fato para fato. Mas tento sempre fazer os meus fatos sem pausas. Quando preciso de fazer peças em resina, começo com outra parte enquanto a resina endurece. Quando preciso de esperar pela peruca ou por algum material específico, tento terminar outros detalhes como luvas ou calçado.

Como iniciante, é importante ter mais tempo do que o é necessário. Era normal para mim mascarar-me em criança. Erros acontecem e é bom saber que ainda há tempo. Depois de 13 anos, já sei quanto tempo vou precisar para os diferentes tipos de fatos e consigo calcular a quantidade de fatos que posso fazer para o ano inteiro. Quando termino um fato antes do tempo, ganho tempo para fazer outro fato.

Para fatos simples, sem grande detalhe ou várias camadas de tecido, apenas preciso de alguns dias. Entre 2 a 4 dias, como um fim-de-semana. Para outros fatos, preciso de uma semana ou um mês inteiro.

Todos os cosplayers têm pontos fortes e fracos. Quais são as áreas que gostarias de melhorar?

NARAKU: Neste momento, eu diria nas técnicas de fazer armaduras e de costura. Eu sei como fazer armaduras diferentes, mas não fiz muitas. Portanto seria bom praticar para ganhar o jeito. Isto aplica-se também às técnicas de costura. Existem várias maneiras e não as podemos usar todas para os fatos. É por isso que escolho designs originais e de fada, para ter uma boa razão para treinar.

Cosplayer i.d.Nome: Naraku Brock Aniversário: 11 de FevereiroNacionalidade: AlemãLocalidade: Pforzheim, Alemanha Profissão: designer de joalharia

Cosplayer desde: 2001Número de fatos: mais de 140Personagem favorita: Joffrey Baratheon, Branca de Neve, Poison Ivy, Flourite (...) Website: facebook.com/NarakuCostumes

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Absinth - Fairy TaleFoto por: Mitsuyo Akuma

Luffy D. Monkey - One PieceFoto por: Moma Photographic

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Até ao momento, qual o fato de que mais te orgulhas? Qual o fato que atraiu mais at-enção?

NARAKU: Sinto-me muito orgulhosa de dois fatos que fiz em 2013 e 2014. Um é de Prince Emerald, de um artbook de Sakizo e o outro é de Joffrey Baratheon em arma-dura de Guerra dos Tronos. Ambos os fatos têm bastantes detalhes e qualidade. Mas a principal razão é pela condição fisica limitada que tinha na altura. Durante os dois fatos, eu estive com o braço direito e costas magoadas. Foi um sentimento diferente quando os fatos ficaram prontos a tempo.

É fascinante que outros fatos tenham tido a mesma ou até mais atenção online com um progresso mais simples: Branca de Neve, Poison Ivy e Kardis.

Qual a importância da fotografia quando estás a apresentar os teus fatos

NARAKU: Aqui na Alemanha, a fotografia é uma parte importante. Podemos mostrar o nosso fato num local perfeito com a melhor qualidade. Este facto diz respeito a vários países na Europa. É uma boa maneira de mostrar o nosso trabalho internacionalmente.Especialmente quando estás en-volvida num evento como convidado ou a realizar workshops. É tipo “Esta pessoa sabe o que faz!”. Por outras palavras, a fotografia ainda é a tua forma de publicidade. E podes sempre mostrar os fatos à tua avó.

Soah - Bride of the Water GodFoto por: Eva

Luffy D. Monkey - One PieceFoto por: Moma Photographic

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Podes nos contar qual vai ser o teu próximo projecto de cosplay?

NARAKU: Podem ver uma lista completa na minha página do Facebook. Mas os primeiros fatos têm um grande poder feminino: Swan Queen para um baile de máscaras, Lady Ruby de Sakizo e uma das minhas próximas fadas. Dois deles já estão a ser feitos!

Por último, queres deixar uma mensagem aos nossos leitores?

NARAKU: O cosplay precisa de muito tempo, prática e dinheiro, claro. Por vezes fica barato, outras vezes fica super caro. Mas a melhor parte do cosplay é encontrar amigos, divertirem-se com eles e aproveita-rem os momentos enquando usam o vosso cosplay. Mesmo que o vosso trabalho não seja perfeito e tenham tido vários problemas e não estejam 100% contentes com ele.

É um facto de que precisamos de práti-ca. Comecem com fatos simples para terminar rapidamente e com qualidade. Assim vão obter um óptimo resultado. Mesmo eu precisei de 13 anos para chegar à capacidade e conhecimentos que tenho agora.

Jinshu - China Fairy TaleFoto por: Midgard Photography

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Jinshu - China Fairy TaleFoto por: Midgard Photography

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DeviantArt

ShowcaseSabe mais em: cosplayerezine.deviantart.com

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Syndra (League of Legends)Cosplayer: TsukiNyan

Fotógrafo: Felix WorksPortugal

DeviantArt

Sabe mais em: cosplayerezine.deviantart.com

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Lisa Lisa (Jojo’s Bizare Adventure - Battle Tendency)Cosplayer: Youji3Fotógrafo: Helder ArcherPortugal

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Hatake Kakashi (Naruto)Cosplayer: Yamaki-Chiya

Fotógrafo: M WEST Photography & Digital TrainingÁfrica do Sul

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Daenerys Targaryen (Game of Thrones)Cosplayer: Nadine RechFotógrafo: Geisa RizzonBrasil

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SF-A2 Miki (Vocaloid - Evil Saga)Cosplayer: SweetCandyCupkakeFotógrafo: arukafoxPortugal

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Enira, the Banshee Queen (Lineage II)Cosplayer: Neko-Neko-CosplayFotógrafo: oShadowButterflyoItália

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Syaoran e Sakura (Tsubasa Reservoir Chronicle) Cosplayers: rovenLST e ginipegFotógrafo: OcumagnusRepúbica Dominicana

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Kuroha Neko e Murakami Ryota (Gokukoku no Brynhildr)Cosplayers: MiahPt e Manon-BlutsanguenFotógrafo: LeonorGraciasPortugal

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ENTREVISTA: DANIELA OLIVEIRA FOTOGRAFIA: SAMUEL PEREIRA EDIÇÃO: LEONOR GRÁCIASALGUMAS FOTOS FORAM GENTILMENTE CEDIDAS PELA INÊS SILVA.

Em risco de se tornar uma das cosplayers mais criativas a nível nacional, a Saphira ou Inês Silva, escreve-nos para contar como é ser ela no meio de tantos fatos. A Cosplayer confessa-se fã do seu estilo que tanto abrange personagens ocidentais como orientais. Continuem a ler e conheçam-na.

SaphiraINÊS SILVA

Seth Nightroad - Trinity BloodFoto por: Samuel Pereira

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Chandra Nalaar- Magic: the GatheringFoto e edição: Sofia Machado (Artie Gatou)

Chandra Nalaar- Magic: the GatheringFoto por Sofia MachadoEdição por Kieran Kerrigan (So Say We All)

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Para começar, fala-nos um pouco sobre ti! Quem é a Saphira?Sou sobretudo uma pessoa criativa e extremamente prática. Estudo Biologia, o que admito que não tem grande oportunidade para pôr a criatividade a bom uso, por isso o cosplay acaba por funcionar como um escape à pressão da faculdade e, ultimamente, como maneira de pagar as propinas.

Como descobriste o Cosplay? O que te atraiu neste hobbie para começares a praticá-lo?Descobri o cosplay por uma amiga que me mostrou os fatos dela e me contou acerca dos eventos (que em 2006/07 eram muito poucos e muito diferentes dos actuais). O que me atraíu foi, a princípio, o ambiente nos “meets” da altura e a possibilidade de encarnar uma personagem fictícia.

Qual a opinião da tua família e amigos sobre este hobbie?A princípio não foi das melhores, a família via o cosplay e os eventos em geral como um sugadouro de tempo e dinheiro (ouvi durante muito tempo e ainda ouço, que devia era concentrar-me nos estudos e deixar-me de “bonecadas”). Demorou algum tempo até ser aceite, mas o que me interessava mesmo era o gosto que eu tinha por este hobby, por isso não desisti e hoje acho que recebo bastante mais apoio (com muitas tiradas de “tu és doida” vindas da minha mãe).

Chandra Nalaar- Magic: the GatheringFoto por Sofia MachadoEdição por Kieran Kerrigan (So Say We All)

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Tharja-Fire Emblem: AwakeningFoto e edição: Sofia Machado (Artie Gatou)

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Tharja-Fire Emblem: AwakeningFoto e edição: Sofia Machado (Artie Gatou)

X-23- X-men universeFoto: António Lima (Hemno)Edição: Inês Gomes (Eveny Cosplay)

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O apoio e ajuda dos amigos sempre foi muito importante, são eles que muitas vezes me dão motivação para continuar e a superar os obstáculos que vão surgindo, por isso gostava de agradeçer aqui a toda a gente que me apoia na minha maluquice!

Foste a representante portuguesa do European Cosplay Gathering Season 4 na categoria Solo, como foi a experiência neste concurso? Conta-nos tudo!A experiência no ECG foi verdadeiramente a melhor da minha vida até agora. Os níveis de stress são imensos e a pressão de representar bem os cosplayers portugueses (sobretudo de não cair em palco ou algo do género!) é muita, ou pelo menos foi para mim. Uma vez que estive em ERASMUS, de Janeiro a Junho, e sem possibilidade de fazer absolutamente nada, a maior parte do cosplay para a final teve de ficar pronto antes disso. É importante chegar à data da viagem com tudo terminado para aproveitar ao máximo, porque a experiência é única e maravilhosa.

Seth Nightroad - Trinity BloodFoto por: Samuel Pereira

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COSPLAYER 89Seth Nightroad - Trinity BloodFoto por: Samuel Pereira

És tu quem faz os teus próprios fatos de Cosplay? Explica-nos um pouco o teu processo de como escolhes a personagem até à construção do fato.Sou sim, a minha parte preferida de todo o processo de transformação no personagem é mesmo a construção do fato. O personagem tem de ser alguém que eu admire por qualquer motivo; claro que a estética do fato tem um grande papel na escolha de um novo cosplay e penso sempre também naquilo que poderei fisicamente construir (a parte prática é muito importante para mim, quer seja em termos de peso, volume ou mobilidade que terei com o cosplay). Uma

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vez que trabalho sempre em cerca de cinco projectos ao mesmo tempo, todo o processo começa com a compra de alguns materiais, mas por onde começo depende muito do que me apetece fazer em determinado dia.

Quando a construção de um fato de Cosplay não está a correr como imaginavas, como dás a volta à situação?Como trabalho em vários cosplays ao mesmo tempo, geralmente abandono o que não consigo fazer durante algum tempo. A solução costuma surgir naturalmente se

pensar nos diferentes materiais que tenho à minha disposição. Para quem tem menos prática e não sabe o que fazer, sugiro que vejam o que outras pessoas fizeram e perguntem, às vezes encontrar a solução é simples!

Consideras-te uma cosplayer competitiva, ou levas o hobby mais na desportiva?Sinceramente nunca me considerei muito competitiva em nada, muito menos no Cosplay. Ultimamente sinto que tenho mais necessidade de ver o meu trabalho

Seraphina: Saint Seiya Lost CanvasFoto: Inês Lourenço (Sam Amano)

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reconhecido e por isso tento participar mais nas competições, mas para mim o Cosplay é um hobby e ,como tal, tem como principal objectivo a diversão e a divulgação do meu trabalho. Aquilo de que mais gosto no cosplay é a felicidade que me proporciona.

Qual é o fato que tens mais orgulho? E porquê?Pergunta difícil! Todos os meus fatos têm um pouco de mim, mas até agora os meus preferidos são Chandra Nalaar (Magic the Gathering), Seraphina (Saint Seiya:

Lost Canvas) e Jadis (Crónicas de Narnia). Os elementos comuns nesses fatos são a quantidade de trabalho que exigiram: o fato de Jadis é maioritariamente composto por uma cota de malha de cerca de 40.000 anéis juntos à mão durante cerca de 7 meses e o facto de terem representado a primeira vez que fiz determinada coisa, como tal um desafio. Para o fato de Seraphina, o utilizado no ECG, inventei uma técnica nova para pintar em seda para conseguir obter um efeito exactamente igual ao da imagem de referência!

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92 COSPLAYERSeth Nightroad - Trinity BloodFoto por: Samuel Pereira

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Cosplayer i.d.Nome: Inês Silva Nick: SaphiraAniversário: 17 de AgostoNacionalidade: PortuguesaLocalidade: SintraProfissão: EstudanteCosplayer desde: 2008Número de fatos: 20Personagem favorita: não tenho, dou um pouco de mim a todas as personagens que encarno Website: facebook.com/saphiracosplay

Seth Nightroad - Trinity BloodFoto por: Samuel Pereira

Como vês o teu futuro como cosplayer? Vais continuar a fazer Cosplay durante muitos anos?Definitivamente é algo a continuar! Conforme ganho experiência, vou aprendendo aquilo que posso fazer e como devo fazer as coisas, e também que limites posso ignorar. Para além disso, olhando para trás consigo ver todas as falhas nos meus cosplays e o meu desejo de melhorar sempre é muito!

Queres deixar alguma mensagem aos leitores da Cosplayer?O mais importante é não desistir. É muito dificil ter de ouvir que “já não tens idade para essas coisas” ou “tens é de arranjar um trabalho a sério!”, mas desistir daquilo que gostamos de fazer por causa disso não é e nunca deve ser uma opção. O cosplay ajudou-me a crescer enquanto artista, mas sobretudo enquanto pessoa. Experimentem, se não resultar voltem a tentar, mas nunca desistam!

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A Comic Con chega a Portugal! Pela primera vez, Portugal re-cebe um Comic Con! Após meses de especulação e an-

siedade se o evento iria seguir as pega-das dos irmãos americanos, finalmente abre as portas na Exponor, Porto. E para primeira edição, nada mau! Agora te-mos de ser realistas e descer um pouco à terra e ter este facto em consideração.

É irrealista comparar com as versões estrangeiras, mas acredito que a nossa edição tenha sido bem-sucedida em vári-os aspectos e agora só têm a melhorar e, quem sabe, um dia chegamos à dimensão dos outros… Mas uma coisa de cada vez.

O Comic Con Portugal decorreu o ano passado, no dia 5, 6 e 7 de Dezembro na Exponor, pela primeira vez na cidade do Porto

REPORTAGEM: ANDRÉ PEREIRA E ÁLVARO VEIROSFOTOGRAFIA: VANDA ALLEN E TIAGO VASCONCELOS

É irrealista comparar com as versões estrangeiras, mas acredito que a nossa edição foi bem-sucedida

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O chamariz destes eventos são os convi-dados: ilustradores, argumentistas, editores e executivos ligados ao mundo da banda-desenhada estiveram presentes durante todos os dias onde interagiram com fãs,

falaram do seu trabalho e partilharam conselhos com os interessados em

enveredar na indústria. Mas claro, quem vai a um Comic Con quer é ver os actores e, neste aspecto, a versão

portuguesa não desiludiu – certo, há quem tenha ficado desiludido com os

nomes, mas ver a Morena Baccarin é um sonho tornado realidade para mui-

tos! Além dela, Paul Blackthorne, Natalie Dormer, entre outros também deram ares da sua graça e deram o primeiro passo para mostrarem que é possível trazer actores deste calibre ao nosso país. Depois destes nomes, depois dos painéis das inúmeras sé-ries, só podemos esperar que a organização se supere.

Ilustradores, argumentistas, editores e executivos ligados ao mundo da banda-desenhada estiveram presentes.

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Todos os meios estiveram representados no evento: BD, televisão e até os jogos. Um pouco por toda a Exponor, os visitantes pu-deram experimentar os lançamentos mais recentes no mercado como o novo Poke-mon, por exemplo. Computadores a correr o famoso League of Legends atraíram as atenções dos jogadores que estavam con-vidados para uma partida. Pais, filhos, cu-riosos, todos jogaram, todos se divertiram. Esta área contou ainda com a presença de alguns produtores independentes e Youtu-bers nacionais.

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Não podíamos terminar sem falar do nosso Cosplay. Uma vez que o Comic Con foge aos moldes da animação japonesa, os visitantes sentiram-se livres para se vestirem de personagens de séries e filmes ocidentais. Enquanto uns vieram para se divertirem, outros foram competir no habitual concurso e participar no Heróis do Cosplay. Durante horas, o público deliciou-se com os mais variados factos e actuações, dando os prémios a vários concorrentes de várias categorias, com Raul Batista (o nosso Cosplayer Revelação!) como o grande vencedor da noite.

A organização conta estar de volta em 2015 e nós esperamos que sim! Apesar de alguns tropeções iniciais, o evento tem tudo para melhorar e nós contamos estar lá. Até para o ano!

Os visitantes sentiram-se livres para se vestirem de personagens de séries e filmes ocidentais.

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War Machine de Iron ManFoto por: Tiago Vasconcelos

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O que fazes? De onde vens? Chamo me Raul Bittencourt Batista,

tenho 25 anos e sou de Sintra. Neste momento estou desempregado, mas trabalhava numa loja de informática. Agora vou fazendo biscates (arranjo de computadores, consolas), também desenho, faço retratos de pessoas e agora comecei a aceitar encomendas para acessórios de fatos.

rAULBATISTAEmbora novo nestas andanças do Cosplay, foi com capacidade de engenho e espírito criativo invulgares que Raul Batista brilhou com a personagem War Machine, no primeiro Comic Con, em Portugal. Para descobrirmos a fonte de onde o Raul bebe tanta criatividade, convidámo-lo para dois dedos de conversa.ENTREVISTA: MIGUEL PINTO FOTOGRAFIA: TIAGO VASCONCELOS

Como é que descobriste o Cosplay? Descobri no iberanime de 2013, o único

evento que fui desse ano. Vi muita gente mascarada e fiquei com o bichinho. Reparei que se divertiam bastante e quis criar um fato. Entretanto surgiu a ideia para um e comecei a construir o capacete de um dos membros dos Daft Punk, o que o Thomas Bangalter usa.

COSPLAYER REVELAÇÃO COMIC-CON PORTUGAL

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Costumas participar nos eventos? O que mais te atrai?

Estreei-me no Iberanime de 2014 quando terminei o capacete, pois também demorei imenso tempo devido à demora dos circuitos eléctricos que chegaram do estrangeiro.

Só depois é que comecei a participar nos eventos. O primeiro onde participei foi no TU FAZES 2, na Fil, e fiquei em 3.º lugar. Depois fui a vários eventos com o mesmo fato. Ao mesmo, já estava a fazer a War Machine, outro fato.

No Lisboa Games Week fui de soldado Steampunk, um personagem que criei. Achei que faltava algo e decidi melhorar o o fato: fiz umas botijas de oxigénio e um

capacete no mesmo estilo; usei material reciclado e restos da armadura do War Machine. Levei esse fato ao Nihon Sekai e fiquei em 2.º. O que me atrai são as actividades existentes como os desfiles, as brincadeiras entre amigos e aqueles momentos únicos que só existem nesses eventos.

Que género de personagens mais te motivam a fazer cosplay?

Gosto de personagens complexas, não sei se é o termo correcto. Algo grandioso que chame a atenção das pessoas que estão à minha volta. Depois do War Machine, quero fazer mais armaduras.

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Que aspectos consideras mais importantes num fato de cosplay?

Um aspecto importante no Cosplay: a pessoa no fato tem de se sentir bem e mostrar ser a personagem, isto é, chamar a atenção. Eu sendo fã do Iron Man decidi fazer a War Machine; é um cosplay grandioso e chamativo.

Que materiais usaste para fazer a personagem War Machine de Iron Man? Quanto tempo demoraste a fazer o fato que levaste ao Comic-Con?

Demorei 7 meses a construir. Durante a construção fui refazendo o plano e, mesmo com as peças prontas, fui alterando até ficar ao meu gosto. Sou muito exigente comigo mesmo, ainda assim já estou a restaurar a armadura, a refazer algumas partes para ficar melhor.

Nesta armadura usei todo tipo de material que tinha disponível: chapa de zinco, colchões de treino (EVA), garrafa de detergente, luzes LED, placas de PVC, cartão, fita-cola, uns ténis velhos, acrílico. Mais, tampas de detergente de loiça, tubos eléctricos. Usei 190 rebites para montar a estrutura e um motor de um carrinho para fazer a metralhadora virar.

Que personagens gostarias de fazer no futuro?

Neste momento já comecei outra personagem. É um hibrido (Batman e Iron Man), o Iron Bat. Neste cosplay já vou ter a estrutura em conta ou seja, fazer com que seja mais leve e tenha mais mobilidade. A War Machine pesa uns 15 Kg e se não for a minha equipa a ajudar-me a vestir e a tirá--la, não era capaz de a usar. Por isso estou--lhes extremamente agradecido.

Tens alguma página onde possamos acompanhar o teu percurso enquanto cosplayer?

Quem quiser ver a minha página de Cosplay, vá a Raul B Cosplay and other stuffs link:

www.facebook.com/raulBcosplays

A pessoa que veste tem de sentir-se bem, ser o personagem.

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