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52 www.backstage.com.br LEITURA DINÂMICA Costa Verde Jazz Festival é mais um atrativo para a região O Costa Verde Jazz Festival reuniu a beleza da região, formada pelas cidades de Mangaratiba, Itaguaí, An- gra dos Reis e Paraty (no litoral sul do estado do Rio de Janeiro) com música de alto nível, agradando ao público já em sua primeira edição. O festival foi realizado em dois dias, reunindo público local e de fora da cidade, com grandes músicos de jazz. Com o objetivo de levar música de qualidade e estimular o desenvolvi- mento musical, cultural e turístico em toda a região, os produtores do evento, Michel Simões e Alessandro Pinheiro, pretendem realizar, em 2009, um evento ainda mais grandioso. “Há muito que se esperava um evento que cele- brasse a música na costa verde fluminense. E, com certeza, o festival veio para preencher essa lacuna, pois a idéia foi muito bem recebida pela pre- feitura de Itaguaí, que é porta de entrada da Costa Verde”, afirma Michel. No primeiro dia, o baterista Felipe Alves, inte- grante do Ministério Toque no Altar, se apresentou junto com o contrabaixista Estevão Lima, o pianista Léo de Freitas e o gui- tarrista Jhony Mafra. O bateris- ta apresentou composições rít- micas com uma harmonia com- plexa, um verdadeiro show ins- trumental. No dia seguinte, foi a vez do contrabaixista Marcos Natto, que, junto com o bate- rista Willian Mello e o tecladista Pedro Santos, ofereceu para o público uma aula de como se pode tocar um contrabaixo. E, por último, o guitar- rista Diogo Genovês, que teve ao pia- no o músico Eduardo Farias, Mário Zazv no contrabaixo e Tiago Fragoso na bateria. O grupo é influenciado por músicos como Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Toninho Horta e Kurt Rosenwinkel. A empresa respon- sável pela sonorização foi a Produsom, que disponibilizou e coordenou a uti- lização dos equipamentos. No palco foram colocados uma bateria da Pearl, um amplificador para baixo da Hartk Sistems e um amplificador para a guitarra Roland Jazz Chorus, microfones Shure e Beta e uma mesa Mackie BVS 32 canais. Segunda edição do Guitar Festival Cover Guitarra & Souza Lima revela novos talentos final da segunda edição do Guitar Festival Cover Guitarra & Souza Lima, evento realizado pelo Conserva- tório Souza Lima com o objetivo de re- velar novos talentos de guitarra no Bra- sil aconteceu em 31 de julho, no SL A Music Hall, em São Paulo. Os nove finalistas foram julgados pelos músicos Evandro Pichirilli (violonista, guitarris- ta e professor, autor de arranjos para di- versos artistas da MPB como Rosa Ma- ria, Luiz Avelima e Misty), Edu Letti (guitarrista e professor da Escola Musi- cal de Tecnologia e integrante do grupo do Osvaldinho do Acordeon), Rafael Bittencourt (ex-professor do Souza Lima Ensino de Música e guitarrista da banda Angra) e Gustavo Barros (guitar- rista e violonista, especialista em produ- tos da Roland/Boss, guitarrista do grupo

Costa Verde Jazz Festival é mais um atrativo para a região O§ão de “Tender Surrender” do Steve Vai. Em terceiro lugar, empatados, o bra-siliense Ítalo Cunha, que tocou sem

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Costa Verde Jazz Festivalé mais um atrativo para a região

O Costa Verde Jazz Festival reuniua beleza da região, formada pelas

cidades de Mangaratiba, Itaguaí, An-gra dos Reis e Paraty (no litoral sul doestado do Rio de Janeiro) com músicade alto nível, agradando ao público jáem sua primeira edição.O festival foi realizado em dois dias,reunindo público local e de fora dacidade, com grandes músicos de jazz.Com o objetivo de levar música dequalidade e estimular o desenvolvi-

mento musical, cultural e turísticoem toda a região, os produtores doevento, Michel Simões e AlessandroPinheiro, pretendem realizar, em

2009, um evento ainda maisgrandioso. “Há muito que seesperava um evento que cele-brasse a música na costa verdefluminense. E, com certeza, ofestival veio para preencheressa lacuna, pois a idéia foimuito bem recebida pela pre-feitura de Itaguaí, que é portade entrada da Costa Verde”,afirma Michel. No primeirodia, o baterista Felipe Alves, inte-

grante do Ministério Toque noAltar, se apresentou junto como contrabaixista Estevão Lima,o pianista Léo de Freitas e o gui-tarrista Jhony Mafra. O bateris-ta apresentou composições rít-micas com uma harmonia com-plexa, um verdadeiro show ins-trumental. No dia seguinte, foi avez do contrabaixista MarcosNatto, que, junto com o bate-

rista Willian Mello e o tecladistaPedro Santos, ofereceu para o públicouma aula de como se pode tocar umcontrabaixo. E, por último, o guitar-

rista Diogo Genovês, que teve ao pia-no o músico Eduardo Farias, MárioZazv no contrabaixo e Tiago Fragosona bateria. O grupo é influenciado pormúsicos como Egberto Gismonti,Hermeto Pascoal, Toninho Horta eKurt Rosenwinkel. A empresa respon-sável pela sonorização foi a Produsom,que disponibilizou e coordenou a uti-lização dos equipamentos. No palcoforam colocados uma bateria daPearl, um amplificador para baixoda Hartk Sistems e um amplificadorpara a guitarra Roland Jazz Chorus,microfones Shure e Beta e umamesa Mackie BVS 32 canais.

Segunda edição do Guitar FestivalCover Guitarra & Souza Limarevela novos talentos

final da segunda edição do GuitarFestival Cover Guitarra & Souza

Lima, evento realizado pelo Conserva-tório Souza Lima com o objetivo de re-velar novos talentos de guitarra no Bra-sil aconteceu em 31 de julho, no SL

A Music Hall, em São Paulo. Os novefinalistas foram julgados pelos músicosEvandro Pichirilli (violonista, guitarris-ta e professor, autor de arranjos para di-versos artistas da MPB como Rosa Ma-ria, Luiz Avelima e Misty), Edu Letti

(guitarrista e professor da Escola Musi-cal de Tecnologia e integrante do grupodo Osvaldinho do Acordeon), RafaelBittencourt (ex-professor do SouzaLima Ensino de Música e guitarrista dabanda Angra) e Gustavo Barros (guitar-rista e violonista, especialista em produ-tos da Roland/Boss, guitarrista do grupo

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Tempestt e da banda do programa As-tros (SBT) pelo segundo ano consecuti-vo). O evento passou por algumas refor-mulações. A fim de melhorar ainda maiso critério de avaliação, o festival reduziuo tempo de apresentação dos músicos erestringiu o repertório ao cover/versão.Neste ano os candidatos, que poderiamter no máximo 30 anos, inscreveram-sepelo site ou pessoalmente na escola, me-diante o pagamento de uma taxa de 15reais e envio de um breve release, docu-mentos pessoais e um CD, contendoduas peças de livre escolha.Dentre inúmeros candidatos, os novefinalistas pré-selecionados pelo departa-mento de produção Souza Lima e o vice-diretor e coordenador pedagógico LupaSantiago tiveram no dia da final um perí-odo total de 10 minutos para sua apresen-tação com uma peça de livre escolha e fo-

ram avaliados pelos critérios de técnica,performance, etc. A final da segunda edi-ção do evento iniciou com as boas-vindasdo diretor Antônio Mário Cunha doSouza Lima, seguida por uma aberturacom a apresentação do Quinteto Viscon-ti, formado por membros da Orquestra deGuitarras Souza Lima, regida pelo maes-tro e guitarrista Ciro Visconti. O grupoformado por: Eric Matern, Leandro deCésar, Bruno Vicente, Guilherme daMatta e Thiago Lima executou o “1º Mo-

vimento - Opus 33” de Haydn e,em seguida as apresentações indi-viduais dos finalistas.Os vencedores foram: em primeirolugar, o mato-grossense Diego Bar-boza, natural de Campo Grande,que subiu ao palco acompanhadode baixista e baterista com a música“Vento Bravo” de Edu Lobo. Obelíssimo arranjo e a surpreendenteapresentação causaram euforia naplatéia. Em segundo lugar, o mineiro natu-ral Otávio Medeiros Rocha, que esbanjoucarisma e esteve muito à vontade no palco.Apresentando-se em formato quarteto(acompanhado por teclado, baixo e bate-ria), Otávio realizou uma emocionanteexecução de “Tender Surrender” do SteveVai. Em terceiro lugar, empatados, o bra-siliense Ítalo Cunha, que tocou sem acom-panhamento e, mesmo com problemas

técnicos, regulagem de equipamen-to durante a apresentação e poucasimpatia no palco foi colocado pelaótima execução de “Cold DuckTime” de Eddie Harris e o soroca-bano Rodrigo Ferreira de Souza, queexecutou muito bem o arranjo paraguitarra-solo de “Forrozim” deHeraldo do Monte.Antes de dar o veredicto,Antônio Mário, AlexandreNunes (Editora HMP) e o

corpo de jurados entregaram a cadafinalista um certificado de partici-pação e um kit de revistas HMP, e,em seguida, premiaram os terceiroscolocados em empate, Rodrigo eÍtalo, com assinatura trimestral darevista Cover Guitarra, bolsa de es-tudos de um mês do curso livre Sou-za Lima e uma caixa de cordas Giannini. Osegundo colocado ganhou assinatura tri-mestral da revista Cover Guitarra, bolsa deestudos de dois meses do curso livre Souza

Lima e uma caixa de cordas Giannini. Oprimeiro colocado foi premiado comuma guitarra Tagima, interface por-tátil para guitarra com software GTPlayer Express JamLab– M – Áudio,processador de efeitos para guitarraiGTR - Waves – ambos cedidos pelaQuanta Music –, uma caixa de cor-das Giannini, bolsa de estudos detrês meses no curso livre Souza Limae assinatura anual da revista CoverGuitarra, além de camisetas e troféusSouza Lima para os três primeiros co-locados e camiseta da Quanta Musicpara os dois primeiros colocados.Além de revelar novos talentos do ins-trumento, o Guitar Festival Cover Gui-tarra & Souza Lima desperta o interessepela boa música e realiza o sonho de jovens

músicos de mostrarem o seu trabalhocom respeito, profissionalismo e reco-nhecimento, conquistando, quem sabeum dia, a sua “maioridade” musical.

Comissão julgadora e alguns dos finalistas do concurso

Foto

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ação

Quinteto Visconti

Diego Barboza

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Quincy Jones e ChickCorea brilham noFestival de Montreux

42ª edição do Montreux Jazz Festi-val repetiu, mais uma vez, uma

eclética escalação de artistas que extra-polou a fronteira estilística do jazz. Tantoque o show de encerramento, no dia 19 dejulho, ficou a cargo de uma das maioresbandas da história do rock, Deep Purple.E a programação da sala principal, Audi-torium Stravinsky, abrigou expoentes dediversos gêneros, de Paul Simon a JoanBaez, passando por Sheryl Crow, Erykah

Badu, Lenny Krawitz, David Sanborn e abanda Tower of Power, além das tradicio-nais noites de blues (com Gary Moore,Otis Clay, Buddy Guy e John Mayall) eMPB, com Gilberto Gil, Mart’nália e ElbaRamalho atraindo, no dia 12, para a pa-radisíaca cidade suíça, uma multidão debrasileiros residentes na Europa.Na mostra paralela, realizada na MilesDavis Hall, o Brasil ganhou duas noitesexclusivas. O dia 11 atraiu a curiosidade

A da imprensa estrangeira com o espetácu-lo batizado “Paraíba meu Amor – TheForró Night”, que juntou o virtuosismodo bandolinista Hamilton de Holanda aChico César, Pinto do Acordeon, FlávioJosé, Aleijadinho do Pombal e Trio Ta-manduá. No dia 13 foi a vez de JoãoBosco esquentar o público para o showde Milton Nascimento com o TrioJobim, também transformado em festasaudosista. Todas as músicas foram can-

tadas em coro pela platéia, nãoraro abafando a voz de Milton.O grande concerto de gala aconte-ceu no dia 14. Celebrando os 75anos de Quincy Jones, um elenco depeso subiu ao palco para reverenci-ar o maestro e produtor durantetrês horas: Toots Thielemans, AlJarreau, Herbie Hancock, ChakaKhan, Patti Austin, Joe Sample,Mick Hucknall (do Simply Red) eaté a sumida Petula Clark. Muitoemocionado, Quincy comandou afesta liderando seu grupo, que in-cluía o percussionista carioca Pau-linho da Costa, e regendo a Swiss

Army Big Band. Os ingressos da noite maiscara do Festival chegavam a 380 francossuíços. No final, o fundador e ainda hojediretor do Festival, Claude Nobs, subiu aopalco para entregar um cheque de 50 mildólares doado a “Quincy Jones Listen UpFoundation”, que atende a vítimas degenocídios em países do terceiro mundo.A gravadora Universal aproveitou paratambém homenagear o produtor comuma festa para o lançamento do CD

“Summer in the City: The Soul Jazz Groovesof Quincy Jones”, cuja coletânea foi produzi-da pelo produtor Arnaldo DeSouteiro, querapidamente esgotou na lojinha de discosdo festival e que tocava sem parar no siste-ma de som do local. Vários artistas atuan-tes no disco estavam em Montreux para oconcerto – Toots Thielemans, HerbieHancock, Chaka Khan, Patti Austin,Greg Phillinganes – e acabaram partici-pando da sessão de autógrafos.A segunda grande atração do Festival foio compositor e tecladista Chick Corea,que reorganizou seu célebre grupo Returnto Forever. Após o show, a gravadoraVerve promoveu, no Montreux Palace, ocoquetel de lançamento do CD “ElectricChick”, também produzido por ArnaldoDeSouteiro. “Como diz o título, deixei delado as gravações acústicas, optando porfocar nos anos setenta, quando ele se dedi-cava prioritariamente ao piano elétrico eaos sintetizadores analógicos, exatamentecomo neste show em Montreux”, explicao produtor. Os fãs poderão se deliciar commúsicas extraídas de discos como “TheLeprechaun”, que recebeu dois prêmiosGrammy em 1976 nas categorias de BestJazz Performance e Best InstrumentalArrangement, destacando as presenças deAnthony Jackson e Bill Watrous.Vencedor do Grammy de Best Jazz ins-trumental Performance em 1978, o ál-bum “Friends” está representado na an-tologia pela faixa-título e mais duas mú-sicas: “The One Step” e “Sicily”, comChick Corea liderando um quarteto, in-cluindo Eddie Gomez, Steve Gadd e JoeFarrell. O baterista brasileiro AirtoMoreira participa de “Fickle Funk” e ocantor Al Jarreau solta a voz em “HotNew Blues”. Também merece atenção oduelo entre os teclados de Chick eHerbie Hancock em “The Mad HatterRhapsody”, que encerra o CD.

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Gobos do Brasil desenvolveu para iluminação ceno-gráfica, decorativa e arquitetural um sistema integrado de

ribaltas de alto brilho, o iLED Ribalta, que, na atualidade, estápresente nos shows de artistas de grande sucesso como Lulu San-tos e Titãs. Vicente Ruggiero, que há 15 anos atua como lightingdesigner de Roberto Carlos, também usa os equipamentos nos showsdo cantor. Tantos anos de experiência em iluminação com umartista tão talentoso e exigente como o “Rei” e sua anteriorvivência profis-sional garanti-ram a Ruggieroa perícia em sa-ber escolher oque utilizar paraobter o melhorresultado em um espetáculo. “Não há como saber se um equipa-mento de determinada marca é bom ou não antes de experimentá-lo. Uso o iLED Ribalta e os refletores iLED PAR PLUS e iLEDSUPERPAR nos shows de Roberto Carlos porque desde a primeiravez que experimentei funcionam bem; até hoje não me trazemproblemas, são bem rápidos. Além disso, sua luz é bem potente,forte, o que é muito importante para um iluminador”, afirma o pro-fissional, que abriu sua própria empresa de iluminação, a Luz Brasil.Para criar este sistema, a Gobos contatou iluminadores experien-tes e somou sugestões. O iLED Ribalta é fabricado em três medidas:1,00m, 0,50m ou 0,25m de comprimento, por 63mm de largura e87mm de altura. Os refletores apresentam elegante design e sãomuito leves e práticos, porque tanto AC quanto sinal interligam osaparelhos entre si. 256, 128 ou 64 LEDs ultrabright de 10 mm emsistema RGB equipam as ribaltas de 1,00m, 0,50m e 0,25m, que po-dem ser configuradas para trabalhar em 6 ou 12 canais DMX, inclu-indo funções como colour strobo e dimmer. Sem mesa de controle,funcionam em modo Stand Alone com programas como colourfading, colour changing e sound active, trabalhando em conjuntocomo Master & Slave. A linha iLED de equipamentos ecologica-mente corretos possui AC input/output integrado e bivolt auto-mático para 110/230V e pode ser vista no amplo Stand da Gobosdo Brasil, na Expomusic 2008. Para obter mais informações,acesse: www.gobos.com.br e www.luzbrasilsp.com.br.

Novo produtopara o mercadode iluminação

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Shangai Project, do brasileiroThiago Pinheiro faz sucesso emfestival internacional

O festival Fora do Tempo 2008,realizado entre 23 e 28 de julho

em uma paradisíaca ilha deserta doRio Tocantins, na Chapada das Mesas(MA), incluiu DJs como o argentinoHeretogenesis, os sul-africanos Hydro-

phonics e The Commercial Hippies nodance-floor e contou com uma inten-sa programação em sua tenda culturale no espaço chill out . O tecladista eprodutor Thiago Pinheiro tambémfoi convidado a tocar na terceira edi-ção do festival e estreou muito bemna cena eletrônica com seu “ShangaiProject”. A apresentação terminoucom o músico sendo carregado pelaplatéia que exigiu um show extra nanoite de encerramento da festa.“Quando estive na China convidadopela M-Audio para uma série de apre-sentações, aproveitei para conhecer acena underground da música eletrô-nica local. Ouvi DJs de altíssimo ní-vel tocando coisas realmente incrí-veis, com tecnologia e coração. Inspi-rado pelos climas e texturas que ouvi,

O compus o trabalho de eletro-jazz-fusion que leva o nome da cidade emque ele nasceu: O Shangai Project”,conta Thiago sobre o projeto.A apresentação de Thiago foi ao inícioda manhã do dia 26. “A missão era tocar

para os sobreviventes da noiteprincipal do evento, sem deixar apeteca cair”, conta o músico. Às7h30min, ele entrou no palcoainda com a platéia deitada sobrecangas e toalhas nas areias, dor-mindo ou sentada, vendo oamanhecer. “Conforme a músi-ca e o show foram se desenvol-vendo, eu comecei a ver mais emais pessoas despertando”, afir-ma. Depois de algumas músicas,

a platéia já estava de pé, com gentedançando, e outros aplaudindo eacompanhando os solos.O set acabou com fotógrafosse acumulando, o chill-outfervendo e uma grata surpre-sa para o produtor: na horado agradecimento, Thiagofoi surpreendido pela multi-dão extasiada que veio emsua direção e o carregou aosgritos e aplausos.Após o show, a notícia rapidamen-te se espalhou, e os que não viram aapresentação ficaram extremamente cu-riosos. De tanto insistir, o público con-venceu a organização do festival a colocaro “Shangai Project” de volta ao palco paraum show especial. Surpreendendo a pla-téia, logo antes de repetir o show, Thiago

participou de uma jam session ao lado dadupla argentina Yagé, projeto antecipadodo festival. “Durante a jam com o Yagé, es-távamos os dois usando Macs em sincro-nia perfeita”, comemora o músico.Com participação de diversos DJs, produ-tores e músicos, o festival Fora do Tempoé um espaço para troca de idéias. “Gostode buscar sonoridades, timbragens e ca-minhos novos e meu objetivo foi o de es-timular um ambiente criativo, em queferramentas tecnológicas pudessem serusadas de forma cada vez mais musical”.Com seu teclado controlador sem-fioMidAir25 modificado com uma correia esons 100% gerados por computador (softsynths), o Shangai Project foi tocado apartir de um sistema rodando Leopard.DJ Smurf, que organiza e toca no chill-out de eventos como Universo Parallelo

na Bahia, e Boom Festival em Portugal,também ficou impressionado com oShangai Project. “Thiago Pinheiro é pre-sença garantida nas próximas edições dofestival”, afirmou Juarez Vilhena, orga-nizador do evento.

Thiago Pinheiro