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CRISTINA BALBINO DA SILVA
ANÁLISE DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS E
INTERDISCIPLINARES DIVULGADAS PELA REDE PRIVADA DE
ENSINO: ENTRE A TEORIA E O DISCURSO
SÃO PAULO 2010
8
CRISTINA BALBINO DA SILVA
ANÁLISE DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS E INTERDISCIPLINARES
DIVULGADAS PELA REDE PRIVADA DE ENSINO: ENTRE A TEORIA E O
DISCURSO
Trabalho apresentado ao Centro de Ciências Biológicas da saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito parcial para a conclusão do curso de Ciências Biológicas modalidade Licenciatura Plena.
Orientador: Prof. Dr. José Cássio Másculo
São Paulo 2010
9
CRISTINA BALBINO DA SILVA
ANÁLISE DAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS E INTERDISCIPLINARES
DIVULGADAS PELA REDE PRIVADA DE ENSINO: ENTRE A TEORIA E O
DISCURSO
Trabalho apresentado ao Centro de Ciências Biológicas da saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito parcial para a conclusão do curso de Ciências Biológicas modalidade Licenciatura Plena.
Aprovado em
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________ Prof. Dr. José Cássio Másculo – Orientador Universidade Presbiteriana Mackenzie
______________________________________________________________ Profa. Dra. Rita de Cássia Gallego
Universidade de São Paulo
_____________________________________________________________ Profa. Dra. Rosana dos Santos Jordão Universidade Presbiteriana Mackenzie
10
AGRADECIMENTOS Sou grata a Deus pela rica e gloriosa oportunidade de concluir, de cabeça erguida, mais
essa etapa da minha vida.
Agradeço pela força, paciência e pela persistência ora recebida para que pudesse chegar
até aqui, mesmo quando tudo parecia impossível.
Quero expressar minha eterna gratidão a todos os envolvidos no Programa Universidade
para Todos, (PROUNI). Desde a equipe idealizadora do projeto, como também àqueles
que o viabilizaram evitando que naufragasse no tão conhecido mar das burocracias
políticas.
Que vocês continuem nessa força, trabalhando incansavelmente para tornar realidade o
sonho de outros tantos jovens brasileiros que, assim como eu, jamais cursariam uma
Universidade deste porte, não fosse por este meio.
Agradeço ao professor Dr. José Cássio Másculo pelas orientações, apoio e acima de tudo
paciência a mim dedicados.
Às professoras Dr. Rita de Cássia Gallego e Dr. Rosana dos Santos Jordão por aceitar
meu singelo convite à participação da banca examinadora. Estou certa de que as
contribuições de vocês valerão por tantos outros trabalhos que vier a fazer.
A meu grandioso e estimado amigo Jorge Rodrigues tanto pelas valiosas críticas e
sugestões como pela acolhida em inúmeras ocasiões nas quais precisei de seu ombro
amigo.
A meu digníssimo esposo Leonardo pelo apoio e paciência incondicionais.
A minha adorável filha Jenyffer pela terna e eterna compreensão por tantos momentos
ausente do lar.
Aos preciosos amigos (em ordem alfabética para não perder o pescoço: André, Didi,
Diana, Polly, Yaty e Zuffo) que sofreram comigo todos os percalços e angústias da árdua
tarefa de elaborar um trabalho de conclusão de curso em tão pouco tempo. Rogo ao
Senhor que essas amizades subsistam ao tempo e que durem tanto quanto foram
intensas.
11
RESUMO É assegurado às escolas tanto na esfera pública como em instituições privadas o direito a
autonomia em elaborar sua proposta pedagógica, conforme a concepção filosófica a qual
se filia. Posto que a partir dessa autonomia, as escolas passam a ter total liberdade para
subsidiar seu discurso pedagógico, acarretando com isso uma necessidade iminente de
uma reflexão sobre quais critérios as escolas se apoiam para compor essa proposta. Em
face disso esse trabalho tem a preocupação de analisar as principais tendências no teor
dessas propostas, essencialmente do ponto de vista da interdisciplinaridade. Para que
esse propósito fosse alcançado foram descritas as propostas pedagógicas de 30
instituições de ensino particulares. A escolha das escolas foi baseada no ranking de
desempenho estabelecido pelo Exame Nacional do Ensino Médio 2009. As propostas
pedagógicas foram analisadas e suas características em comum foram identificadas.
Partindo dessa análise, foi detectada a tendência central, de quase todas as propostas, às
perspectivas construtivistas. Baseando-se no referencial teórico adotado, foi atribuída a
semelhança das propostas aos chamados slogans educacionais, isto é, a redução de
propostas educativas a termos e frases de impacto com o intuito de, supostamente,
persuadir o interlocutor, convencendo-o de um modelo de linha educacional ideal.
Palavras chaves: propostas pedagógicas, interdisciplinaridade, slogans educacionais
12
ABSTRACT Is guaranteed to schools both in public or in private institutions the right to autonomy in
designing its educational proposal, according to the philosophical conception which is
affiliated. Since starting this autonomy, the schools have total freedom to subsidize his
pedagogical discourse, bringing with it an urgent need to reflect on what criteria the schools
rely on to make this proposal. Given that this work takes care to examine the main trends in
the content of these proposals, mainly from the perspective of interdisciplinarity. For this
purpose was achieved, we described the educational proposals of 30 private educational
institutions. The choice of schools was based on the ranking of performance established by
the National High School Examination 2009. The pedagogical proposals were analyzed and
their common characteristics were identified. From this analysis, we detected the central
tendency of nearly all bids, to constructivist perspectives. Relying on the theoretical
framework adopted, was given the similarity of the proposals for so-called educational
slogans, ie the reduction of educational terms and phrases of the impact in order to,
supposedly, to persuade the other party, convincing him a model line educational ideal.
Key words: educational proposal, interdisciplinarity, educational slogans.
13
ÍNDICE
1. Introdução.........................................................................................................................14 2. Referencial Teórico .........................................................................................................16
2.1-Interdisciplinaridade: aspectos históricos......................................................................16 2.2- Interdisciplinaridade conceito e modalidades..............................................................17
2.3- Variantes da interdisciplinaridade................................................................................20
2.4- A interdisciplinaridade como bandeira curricular..........................................................23
3. Procedimentos metodológicos.........................................................................................27 4. Resultados obtidos e análise dos dados..........................................................................30 4.1- Lista dos melhores colocados.......................................................................................30 4.2- Lista dos colégios intermediários..................................................................................30 4.3- Lista dos colégios com as menores notas....................................................................31 4.4- Comunicação escolar e sociedade...............................................................................31
4.5 Breve perfil das escolas citadas.....................................................................................33
4.5.1 Perfil dos colégios com as menores notas..................................................................27 4.5.2 Perfil dos colégios com notas medianas.....................................................................36
4.6- Análise dos termos mais recorrentes............................................................................38
5. Considerações finais........................................................................................................41
6. Referências bibliográficas................................................................................................43
7. Anexo (PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DIVULGADAS EM SITES OFICIAIS)..................................46
14
INTRODUÇÃO
Tão difícil quanto escolher o tema para elaborar um TCC é justificar o porquê dessa
escolha. Por que esse e não aquele tema? Há quem diga que o grande dilema das
escolhas é na verdade as opções que rejeitamos. Pois são essas que se transformam em
fantasmas interiores capazes de por em xeque a solidez de nossas certezas, tornando-as
relativas ou até incoerentes.
Até o início do sexto semestre a dúvida ainda era presença constante quando o
assunto era a escolha do tema para a monografia.
Somente com o decorrer das atividades desenvolvidas no último estágio de
observação é que foram surgindo traços de afinidade concernentes às questões
interdisciplinares.
Concomitante ao estágio a temática foi intensamente trabalhada na disciplina de
Projetos Educacionais para o Ensino de Biologia, componente da matriz curricular do 6º
semestre da modalidade licenciatura do curso de Ciências Biológicas. É possível que essa
proximidade tenha contribuído para a decisão final.
Isso mostra que um contato mais aprofundado entre o aluno e um determinado saber
pode despertar nele um novo olhar, fazendo-o refletir e comparar seu conhecimento
superficial com o recém- adquirido, revolucionando suas preferências, enriquecendo suas
perspectivas, redefinindo seus parâmetros, ampliando seus horizontes.
O presente trabalho tem como principal objetivo analisar as propostas pedagógicas de
algumas escolas particulares da cidade de São Paulo, verificando a existência de projetos
interdisciplinares, bem como sua relação entre o discurso prático e a fundamentação
teórica da interdisciplinaridade no contexto escolar.
15
Diante da autonomia das instituições escolares em elaborar sua proposta, decorre a
necessidade de uma reflexão mais aprofundada sobre como o tema vem sendo concebido
pelas escolas, em especial as da rede privada nos últimos anos.
Em razão disso foram descritas as maneiras como as escolas se apropriam do tema e
como essas questões são incorporadas em seus canais de comunicação com o público.
A concepção de interdisciplinaridade estaria explícita declaradamente nestes discursos
pedagógicos? Ou ainda, a concepção adotada por essas instituições estaria em
conformidade com o conceito literal de interdisciplinaridade divulgado em documentos
oficiais? Ou haveria certa tendência de adequações particulares do verdadeiro sentido do
tema?
Após a descrição, o discurso das escolas é analisado e seus termos mais recorrentes
são agrupados baseados em suas características predominantes.
Segue-se, então, o confronto dos dados obtidos na pesquisa com a fundamentação
teórica que subsidia o conceito de interdisciplinaridade. São identificadas e analisadas as
semelhanças e discrepâncias entre o conteúdo do discurso escolar e o escopo teórico.
Por fim, são levantadas hipóteses que poderiam justificar as razões pelas quais alguns
temas na educação básica apresentam-se distanciados de seu sentido original ou ainda
adquirindo conotações diversificadas, equivocadamente.
16
1. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1- INTERDISCIPLINARIDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS
Se fôssemos reduzir o tema da interdisciplinaridade a um nome certamente este
seria Ivani Fazenda. Longe de ser a única ou a pioneira na área, seu amplo conhecimento
em extensão e profundidade sobre o assunto faz dela a mais citada de todos os
especialistas.
É a partir de seu panorama que traçamos a trajetória histórica das propostas
interdisciplinares.
De acordo com ela, o desejo de juntar os fragmentos do conhecimento humano vem
desde a Grécia, quando ainda nem existia o termo disciplina, tampouco disciplinaridade.
Mas somente em 1960 em algumas cidades francesas e italianas surgem
associações estudantis que lutam pelo fim da fragmentação, as chamadas “migalhas” do
saber. Os estudantes ansiavam por uma abordagem mais abrangente, onde as ciências
pudessem dialogar entre si, tornando viva e envolvente a aprendizagem. E que acima de
tudo versassem sobre os acontecimentos da época, que marcaram história no campo
social, econômico e político.
A resposta resultante desse manifesto é o que se denomina interdisciplinaridade,
porque somente por esta via seria possível abarcar todas as disciplinas e articulá-las aos
acontecimentos cotidianos (Fazenda,1994).
O movimento ganhou força e transcendeu fronteiras europeias espalhando-se por
todo o mundo. Chegando ao Brasil influenciou reformas na Lei de Diretrizes e Bases n.
5692/71 e de lá para cá vem ganhando destaque no cenário educacional até os dias de
hoje. O tema passou a ser pauta novamente desta vez na nova LDB N. 9394/96 e ainda é
componente integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
17
Mas Fazenda se apoiou em trabalhos de grandes autores, inclusive em sua
dissertação de Mestrado utilizou amplamente as ideias de Hilton Japiassu, um
epistemólogo e professor de filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.
Autores defendem que Japiassu foi o primeiro pesquisador brasileiro a escrever sobre o
tema.
O autor já apresentava os principais questionamentos a respeito da temática e seus
conceitos, fazendo uma reflexão sobre as melhores estratégias a serem empregadas.
2.2 INTERDISCIPLINARIDADE CONCEITO E MODALIDADES
A interdisciplinaridade tem como função relacionar várias disciplinas para
enriquecimento do conhecimento entre as mais diversas áreas do saber. O termo
interdisciplinaridade tem origem nas palavras “disciplinar”, relativo à disciplina e “dade”:
resultante de uma ação, onde a interação das disciplinas geraria a ação esperada
(Andrade, 1998).
No contexto da interdisciplinaridade cada um de seus componentes é modificado e
passam a exercer mútua dependência entre si, de forma colaborativa onde um não
permanece o mesmo sem o outro (Fazenda, 1994).
Para JAPIASSU(2006), a interdisciplinaridade pode ser caracterizada pela
intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de conexão real das disciplinas
no interior de um mesmo projeto de pesquisa.
Já nos documentos oficiais encontram-se várias referências à interdisciplinaridade e
à organização do currículo, entre elas, podemos citar:
[...] buscamos dar significado ao conhecimento escolar, mediante a contextualização; evitar
a compartimentalização, mediante a interdisciplinaridade; e incentivar o raciocínio e a
capacidade de aprender (BRASIL, 2002a, p. 13).
18
Somado a isso, os PCN’s propõem a organização curricular das disciplinas sob três
grandes eixos que balizam as diferentes áreas do conhecimento humano:
A organização em três áreas – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da
Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias – tem
como base a reunião daqueles conhecimentos que compartilham objetos de estudo e,
portanto, mais facilmente se comunicam, criando condições para que a prática escolar se
desenvolva numa perspectiva de interdisciplinaridade (BRASIL, 2002a, p. 32).
Segundo Jairo (2006), essa concentração de disciplinas em áreas do conhecimento
distintas representa um primeiro passo para a aproximação das disciplinas com a intenção
de contribuir para a prática interdisciplinar nas escolas.
Porém, segundo ele, apesar de evidente o compromisso com a promoção da
interdisciplinaridade no meio escolar, os Parâmetros não apresentam de forma explícita
uma base conceitual onde os professores possam orientar suas práticas pedagógicas.
Em outro trecho encontramos:
A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição e, ao mesmo tempo, evitar a
diluição em generalidades. De fato, será na possibilidade de relacionar as disciplinas em
atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação, que a interdisciplinaridade poderá ser
uma prática pedagógica e didática adequada aos objetivos do ensino médio (BRASIL,
2002a, p. 88).
Ainda na concepção de Jairo, a interdisciplinaridade da forma como é abordada nos
PCNs é vago e ambíguo e detém enfoque mais genérico, sem a proposição de conceitos e
orientações específicas. Não existiria clareza sobre quais medidas poderiam ser adotadas
para se evitar a mera justaposição e se evitar a diluição das disciplinas em meras
generalidades, como afirma o documento oficial.
19
Nesse sentido, vemos que Carvalho (2000), concorda com Jairo ao afirmar que os
documentos oficiais trazem textos com múltiplas possibilidades de interpretação e bastante
diversas entre elas. De forma que o que deveria servir de diretriz acaba sendo uma fonte
de dúvidas.
A divisão do conhecimento em disciplinas tem como resultante sua fragmentação,
(Zabala, 2006).
Na concepção de Santomé (1998), a perspectiva interdisciplinar seria capaz de
atuar como eixo estruturador do processo de ensino aprendizagem, uma vez que o aluno
detém maior autonomia, maior visão de conceitos e procedimentos mais globais, que não
se prendem a enquadramentos predefinidos e independem de rotulações engessadas.
Essa prática agrega para o aluno maior capacidade de análise e resolução de problemas,
desenvolvendo seu potencial criativo (Santomé, 1998).
Dencker vai ainda mais além afirmando que seria possível corrigirem-se as
distorções do sistema de ensino brasileiro, originadas pela fragmentação do conhecimento.
A fragmentação é produto do sistema no qual o currículo é construído, as disciplinas
escolares resultam de recortes e seleções escolhidas arbitrariamente, historicamente
constituídas, com objetivos de atender a interesses políticos e sociais, expressões de
interesses e relações de poder que ressaltam, ocultam ou negam saberes. Saberes esse
que poderiam estar sendo Inter dialogados (Garcia, Moreira, 2003).
Porém, as divergências da viabilidade para a implantação da interdisciplinaridade
não se limitam aos espaços escolares. Segundo Santomé (1998), ainda há muita falta de
clareza acerca do conceito de interdisciplinaridade tanto nas publicações como nos
discursos de alguns teóricos.
Fazenda (1994),é partidária das ideias de Santomé quando diz que a indefinição
sobre interdisciplinaridade origina-se ainda dos equívocos sobre o conceito de disciplina.
20
Se desconhecermos o real significado da disciplinaridade não seremos capazes de
conceber a profundidade da Inter.
A polêmica sobre disciplina e interdisciplinaridade possibilita uma abordagem
pragmática em que a ação passa a ser o ponto de convergência entre o fazer e o pensar
interdisciplinar. É preciso estabelecer uma relação de interação entre as disciplinas, que
seriam a marca fundamental das relações interdisciplinares.
Nesse sentido, vislumbra-se de um novo objeto de estudo e de uma nova forma de
interrogá-lo. Ou seja, a interdisciplinaridade é especificada no campo teórico da produção
do conhecimento científico e não exclusivamente de suas práticas. (Zabala, 2006; Fazenda
1994)
2.3 VARIANTES DA INTERDISCIPLINARIDADE
Segundo Pombo (APUD Jean Piaget) há uma importante hierarquização de níveis
de colaboração e integração entre as disciplinas:
1. Multidisciplinaridade – O nível inferior de integração. Ocorre quando para solucionar um
problema, busca-se a informação e ajuda em várias disciplinas, sem que tal interação
contribua para modificá-las ou enriquecê-las.
2. Interdisciplinaridade - Segundo nível de associação entre disciplinas, em que a
cooperação entre as várias disciplinas provoca intercâmbios reais, existe reciprocidade e
enriquecimento mútuo.
3. Transdisciplinaridade - É a etapa superior da integração. Trata-se da construção de um
sistema total, sem fronteiras sólidas entre as disciplinas.
21
Já sob outro ponto de vista, Pombo (APUD Gusdorf) defende que a interdisciplinaridade
pode ser subdividida em níveis, são eles:
1. Multidisciplinaridade – Reflete o mais baixo nível de coordenação. Seria a mera
justaposição entre as diversas disciplinas, oferecidas de maneira simultânea, com a
intenção de esclarecer alguns dos seus elementos comuns.
2. Pluridisciplinaridade - É a justaposição de disciplinas mais ou menos próximas, dentro
de um mesmo setor de conhecimento. É uma forma de cooperação que visa melhorar as
relações entre as disciplinas.
3. Disciplinaridade cruzada – Envolve uma abordagem baseada em postura de força. A
possibilidade de comunicação está desequilibrada, pois uma das disciplinas dominará
sobre as outras. A matéria considerada mais importante determinará o que as demais
disciplinas deverão assumir.
4. Interdisciplinaridade - É algo diferente, que reúne estudos complementares de diversos
especialistas em um contexto de estudo de âmbito mais coletivo. Implica em uma vontade
e compromisso de elaborar um contexto mais geral, no qual cada uma das disciplinas em
contato são por sua vez modificadas e passam a depender claramente uma das outras.
5. Transdisciplinaridade - Conceito que aceita a prioridade de uma transcendência, de uma
modalidade de relação entre as disciplinas que as supere. É o nível superior da
interdisciplinaridade, da coordenação onde desaparecem os limites entre as diversas
disciplinas e se constitui um sistema total que ultrapassa o plano das relações e interações
entre as disciplinas.
Sob o ponto de vista da importância da existência das disciplinas escolares, há
autores que a defendem como uma ferramenta capaz de organizar o currículo escolar.
22
Esses instrumentos não seriam neutros e pelo contrário exerceriam formas de poder e
controle (Macedo, Lopes, 2002).
As autoras indicam que alguns termos viraram modismos no campo da educação e
frequentemente não são utilizados de forma adequada e consoante com seu significado
literal.
Nesse sentido, expressões como “trabalhos ou currículos interdisciplinares”, não
raro, ainda se encontram mal interpretadas quanto a sua carga informativa.
Carvalho (2000) defende que tais termos tornaram-se expressões sagradas, de
consenso retórico, porém vazios de significados, descontextualizados, ou seja, tornaram-
se “slogans educacionais” como, por exemplo, o famoso jargão do “aprender a aprender”.
São expressões que caíram no gosto popular e viraram modismos, que segundo ele com a
mesma facilidade que entram acabam saindo de moda periodicamente.
Tais terminologias apresentam diferentes significados em contextos sociais distintos
como, por exemplo, nos contextos escolares, científicos e acadêmicos.
Tal interpretação pode estar relacionada a concepções limitadas sobre a natureza
de produção dos conhecimentos, tanto científicas como escolares.
Ou seja, concepções alteradas de alguns termos podem influenciar as práticas
pedagógicas, prevalecendo, no trabalho escolar, perspectivas não muito consistentes
acerca da amplitude da interdisciplinaridade.
A consideração dessa falta de clareza em relação ao entendimento da natureza do
trabalho interdisciplinar deve servir de alerta para as pesquisas em educação. (Fazenda,
1944).
23
2.4 A INTERDISCIPLINARIDADE COMO BANDEIRA CURRICULAR
Conforme Pacheco (1996) currículo não pode receber personificação, não pode admitir-se
sujeito.
“[...] corresponde a um conjunto de intenções, situadas no contínuo que vai da máxima
generalidade à máxima concretização, traduzidas por uma relação de comunicação que
veicula significado social e historicamente válidos”.
É, antes de tudo, um instrumento de organização funcional de natureza prática que
engloba vários parâmetros de seleção e decisão dentro de um projeto educativo, onde
essa prática é refletida e orientada.
Ainda na opinião de Pacheco o currículo escolar deve se aproximar mais do que se
faz do que daquilo que se pretende fazer. É o chamado currículo em ação.
Se encararmos um currículo interdisciplinar, como uma prática social intencionada,
onde o planejar, o agir e o avaliar estão presentes; tanto na sua construção, como na sua
implementação, devemos considerá-lo sempre como um processo incompleto e nunca
como um produto acabado.(Severino, 1998)
As ideias de Pacheco são confirmadas por Severino quando afirma que é na prática
e pela prática que os homens efetivamente constroem sua história. Ou seja, é pela
racionalidade humana em trânsito que as lógicas referentes à educação se constroem, se
desconstroem e reconstroem, é transversalidade, é movimento.
Em relação à temática das propostas pedagógicas, percebe-se que escolas ditas
mais tradicionais são um tanto quanto fechadas a experimentação de metodologias
inovadoras. Ainda que algumas delas recusem a rotulagem de tradicional, cognitivista, etc.
Mas o que seria ser tradicional contemporâneo ou moderno nos dias atuais?
24
Alguns autores como, por exemplo, Mizukami, (1986) traçam um enquadramento
das principais características destas concepções.
Segundo ela, as instituições mais tradicionais adotam um modelo mais consolidado,
professores mais experientes. Têm dificuldades em aceitar inovações em suas práticas
educativas.
Escolas mais modernas teriam uma flexibilidade natural, os professores mais
autônomos, motivados, mais criativos, mais abertos à inovação.
ABORDAGEM TRADICIONAL
Privilegia a preparação para o vestibular desde os projetos políticos pedagógicos até
em ações mais informais. Ensino centrado na figura do professor. São rígidas em relação à
disciplina. Aluno memoriza mecanicamente e reproduz os conteúdos em avaliações
escritas e conteudistas. Essa linha nasceu em meados do século 18 com o advento do
Iluminismo e tinha como principal intuito universalizar o conhecimento, padronizando o
acúmulo de informações. O argumento mais fugaz de seus defensores é que jamais se
conceberá um aluno crítico sem uma sólida base de conteúdo, sem um ponto de partida
consistente.
ABORDAGEM COGNITIVISTA
As ideias que fazem referência ao cognitivismo nasceram a partir das obras de Jean
Piaget e de Jerome Bruner e não constituem um método de ensino como se pensa.
Chegou ao Brasil na década de 70, inicialmente como uma quebra de paradigma, em
projetos experimentais ou alternativos.
A essência da proposta está centrada na forma como o aluno aprende.
Conhecimentos prévios são utilizados como ponto de partida, diferente da proposta
tradicional que enxerga o aluno como uma folha em branco a qual será inserida a gama de
informações que se tornarão em conhecimento posteriormente. É priorizada a interação
25
entre o conteúdo teórico e a realidade do educando, tendo como resultante a construção
de conhecimento propriamente dita. Professor é mediador do processo, observa o modo
como cada aluno constrói seu aprendizado e propõe atividades e metodologias que se
encaixem nesses perfis, de forma significativa.
Para os ideais construtivistas, tão importante quanto o conteúdo é a forma como o
aluno chegou até ele. Como desenvolveu e aprofundou o que já sabia? De que maneira
organizou essas informações? Se com comparações, associações, inferências, etc.
A ênfase no processo educacional, na abordagem cognitivista é a capacidade do
aluno de integrar informações e processá-las através da relação entre o homem e o
mundo, sendo o conhecimento um produto da interação de ambos.
A disciplina é voltada para a reflexão e auto avaliação, não há preocupação
excessiva com a rigidez.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
A abordagem do conhecimento pela via comportamentalista é resultado direto da
experiência. A ação do Behaviorismo constitui-se em "processos por meio dos quais o
comportamento humano é modelado e reforçado, implicando em recompensa e controle,
assim como o planejamento cuidadoso das contingências de aprendizagem, das
sequências de atividades de aprendizagem e da modelagem do comportamento humano, a
partir da manipulação de reforços, desprezando os elementos não observáveis ou
subjacentes a este mesmo comportamento. É o que não tem nenhum efeito sobre o
comportamento do indivíduo, isto é, a ele não foi associado nenhum reflexo.
ABORDAGEM HUMANISTA
O indivíduo deve ser capaz de construir seu próprio conhecimento bem como de se
auto-avaliar. O professor apenas cria condições que facilitem a auto-aprendizagem, de
forma que seja possível o desenvolvimento intelectual e emocional do aluno.
26
O método de ensino é “não-diretivo”: o professor se abstém de intervir diretamente
no campo cognitivo e afetivo do aluno. Cada professor deve elaborar seu repertório próprio
para facilitar a comunicação do estudante consigo mesmo, de modo que o próprio aluno
possa estruturar seu conhecimento.
A abordagem humanista entende que o mundo é “criado” em cada indivíduo com
base em suas percepções, estímulos e experiências. Por isto, deve-se permitir ao aluno
criar sua própria noção de mundo calçado em suas experiências.
ABORDAGEM SOCIOCULTURAL
Mizukami apresenta nas abordagens tanto cognitivista quanto sócio cultural,
características que propiciam ao longo do processo de ensino e aprendizagem, o
interacionismo e a construção do conhecimento de forma crítica e autônoma, sendo que a
junção de ambas as abordagens remeteriam assim aos princípios da abordagem
construtivista.
A ênfase no processo educacional, na abordagem cognitivista é a capacidade do
aluno de integrar informações e processá-las através da relação entre o homem e o
mundo, sendo o conhecimento um produto da interação de ambos (MIZUKAMI, 1986).
Segundo Mizukami, (1986), o objetivo da educação e da escola, nesta abordagem é
fazer com que o aluno aprenda por si próprio, através de situações problemas que
provoquem neste uma motivação de buscar soluções de problemas, criar novas situações
que exijam ao máximo a exploração por parte deles com o intuito de estimular novas
estratégias de compreensão da realidade, estabelecendo assim uma autonomia intelectual
em cada aluno.
27
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A coleta de dados para a presente pesquisa sofreu intensas modificações ao longo
do semestre. Inicialmente seria realizado um trabalho que investigasse a visão do aluno
acerca de projetos interdisciplinares. Lamentavelmente, a instituição de ensino escolhida
para a aplicação da pesquisa voltou atrás em sua decisão, desistindo de sua participação.
Dezenas de unidades de ensino foram contatadas, sem sucesso, para que se
aproveitasse o projeto inicial já em andamento, aguardando, inclusive, parecer do comitê
de ética.
Após muitos revezes, optamos por alterar o enfoque do trabalho, mantendo o
mesmo tema, correndo contra o tempo para realizar as adaptações e adequações
necessárias ao novo formato. Passamos então a desenvolver um trabalho teórico.
Entendeu-se que em vez de se discorrer sobre a visão do aluno referente a projetos
interdisciplinares faríamos uma investigação sobre a maneira como as propostas
pedagógicas incorporam a questão da importância da interdisciplinaridade. Dessa forma,
poderiam ser aproveitados o levantamento bibliográfico, referencial teórico, autores
complementares, e todas as leituras já realizadas.
Por se tratar de pesquisa baseada em análise de discursos pedagógicos,
(informativos publicitários disponibilizados pelas escolas e veiculados na mídia) não houve
necessidade de se submeter à proposta ao comitê de ética.
Os autores utilizados no referencial teórico foram escolhidos com base em sua
relevância em relação ao tema, não significando com isso que os demais autores não
citados sejam irrelevantes.
28
O professor orientador sugeriu os alguns nomes e outras obras foram pesquisadas
junto a banco de teses como o da faculdade de educação da Universidade de São Paulo e
o site do domínio público, por exemplo.
Com o objetivo de elencar pontos de vista diferentes a fundamentação teórica foi
desenvolvida a partir de recortes dos principais autores que abordam a
interdisciplinaridade. A preocupação foi de conceituar os termos correlatos sempre levando
em consideração os contrapontos existentes entre os teóricos. Essa técnica em alguma
medida contribui para contrabalançar a reflexão, já que temas polêmicos apresentam
disparidades conforme o ângulo de visão adotado.
Para a coleta dos dados a internet foi a grande aliada salvadora deste trabalho. É no
mínimo curioso se pensar quão trabalhosa seria a obtenção dessas informações, se a
coleta fosse corpo a corpo com cada instituição.
Como escolher as escolas que entrariam para a análise? Era preciso pensar num
critério que agrupasse as escolas com características comuns.
Foi adotado, então, o parâmetro utilizado pelo ENEM, o Exame Nacional do Ensino
Médio, uma prova contendo 100 questões de múltipla escolha mais uma redação. Um dos
principais objetivos do exame é avaliar o desempenho do estudante da educação básica.
O ENEM é organizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira) que divulga os resultados dos alunos e também veicula o
desempenho por escola.
Contudo, é preciso uma ressalva. Segundo especialistas, o ENEM não pode ser
utilizado para avaliar a qualidade de uma escola. A prova além de ser voluntária, avalia o
desempenho do aluno. Sabe-se que para checar a qualidade de uma escola muitos outros
aspectos têm de ser avaliados.
29
Portanto, quando este trabalho menciona os termos as 10 piores/melhores escolas
da cidade de São Paulo, vale-se do recorte utilizado pela instituição, com todas as suas
possíveis parcialidades e incoerências. Entendemos que, no mínimo, na melhor das
hipóteses para poder se dizer que tal colégio é o pior, todos os outros devem ter sido
igualmente avaliados, o que não ocorre no referido exame.
O desempenho das escolas foi consultado no site do IG, através do chamado
ranking classificatório.
Como são muitas instituições de ensino, a prioridade foi focar nas escolas da cidade
de São Paulo, por estar mais próxima de nossa realidade.
Foram selecionadas as 10 escolas com as notas mais altas, ou seja, as 10
melhores, as 10 escolas com as notas mais baixas, e por fim 10 escolas situadas nas
posições medianas do ranking. Dessa forma a amostra contemplou as classificações boas,
médias e ruins das instituições de ensino.
Com exceção de 02 escolas, todas as outras possuíam sites próprios na internet.
Em cada site foram extraídas as informações referentes à proposta pedagógica adotada
pela escola para subsidiar suas diretrizes educacionais.
Após coletados e registrados, os dados foram agrupados conforme sua posição no
ranking. Por fim, foram analisados os discursos pedagógicos das escolas, tomando como
base as informações veiculadas em seus sites.
30
4. RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE DOS DADOS
4.1 LISTA DOS MELHORES COLOCADOS
POSIÇÃO NO RANKING NOME DO COLÉGIO
1º COLÉGIO VÉRTICE
2º COLÉGIO MÓBILEV
3º COLÉGIO SANTA CRUZ
4º COLÉGIO BANDEIRANTES
5º COLÉGIO ETAPA
6º COLÉGIO SÃO LUIZ
7º COLÉGIO Ma. IMACULADA
8º COLÉGIO SANTACRUZ EMR
9º COLÉGIO ALBERT SABIN
10º COLÉGIO PIONEIRO CENTRO
EDUCACIONAL
4.2 LISTA DOS COLÉGIOS INTERMEDIÁRIOS
POSIÇÃO NO RANKING NOME DO COLÉGIO
5427º COLÉGIO NOVA CACHOEIRINHA
5468º COLÉGIO ADVENTISTA COLEGIO DE
INTERLAGOS
5570º COLÉGIO VIP COLEGIO JARDIM TREMEMBE
5697º COLEGIO AMORIM
5973º COLEGIO SAINT CLAIR
6342º COLEGIO GRAJAU
6607º COLEGIO VICTORINO
7010º COLEGIO ALCANCE
7058º COLEGIO CHACARA A PIMENTINHA E
COLEGIO MEIRELLES LEME EIFM
31
4.3 LISTA DOS COLÉGIOS COM AS MENORES NOTAS
POSIÇÃO NO RANKING NOME DO COLÉGIO
25229º COLÉGIO RAMA
25228º COLÉGIO BEKA
25227º COLÉGIO ALIADO
25226º COLÉGIO RANIERE
25225º COLÉGIO SANTO ANDRÉ
25224º COLÉGIO OLIVEIRA TELLES
25223º COLÉGIO MUNDO ATUAL
25222º COLÉGIO BRASIL CANADA
25221º COLÉGIO HEITOR EMILIO BIERLEY
GARCIA
25220º COLÉGIO MANOEL BANDEIRA POETA
4.4 COMUNICAÇÃO ESCOLAR E SOCIEDADE
“Quem não comunica se trumbica”. Já diziam as sábias palavras do adágio popular,
destacando a importância de se comunicar bem para obtenção de sucesso em qualquer
situação.
Desde a nossa mais tenra idade aprendemos quais são os elementos da
comunicação, incluindo suas funções, aplicações, etc. Contudo, boa parte da população
ainda insiste em associar a comunicação com o simples ato de proferir palavras.
Na área da educação não é diferente. Coordenadores e professores ainda se
comunicam muito mal com as famílias, utilizam terminologias técnicas e muitas vezes não
conseguem traduzir sua forma de trabalho (Azanha, 2000).
32
Porém, antes mesmo do primeiro contato presencial entre pais e escola já está
presente uma forma ou tentativa de comunicação. Trata-se da comunicação da escola com
o público por meio da internet.
Em pleno século XXI é no mínimo estranho que uma empresa, seja qual for seu
segmento, não tenha um site próprio. É como se já fizesse parte de sua identidade, uma
espécie de materialização de sua existência ou ainda uma representação gráfica de seu
lugar no espaço. Azanha (2000)
De todas as escolas citadas nesta pesquisa apenas 02 não possuíam site. (Colégio
Mundo Atual e Colégio Victorino). O que torna evidente a imprescindibilidade dessa
importante ferramenta do ponto de vista da comunicação.
Uma vez constatado que o uso da internet é tão importante quanto necessário para
aproximar pais e escola faz-se pertinente um olhar mais aprofundado nesta interação.
A maneira como as escolas falam a respeito de si mesmas, como traduzem sua
forma de trabalho, seus objetivos, seus valores e suas propostas interdisciplinares,
revelam a qual teoria educacional são partidárias.(Carvalho, 2000).
O desafio dessas escolas, no entanto, é fazer com que suas propostas pedagógicas
estejam em consonância com as concepções filosóficas das quais derivaram e ao mesmo
tempo tem de estar em sintonia com a linguagem das famílias.
Essa articulação é necessária para que a maneira como a escola enxerga o mundo
seja compreendida, assimilada por qualquer pessoa. É papel da escola conectar a
linguagem dos pais à linguagem utilizada nas ciências de referência, que permeiam as
diretrizes curriculares de seu projeto político pedagógico.
Em nossa sociedade contemporânea, a lista de novas modalidades e variantes das
propostas pedagógicas é alarmante. E verifica-se que muitas escolas personalizam suas
propostas, incorporando termos adotados pelos ideais construtivistas.
33
4.5 BREVE PERFIL DAS ESCOLAS CITADAS
As escolas são unidades refletoras da sociedade. Mudanças sociais conduzem a
profundas transformações no ambiente escolar. Diferentes concepções de aprendizagem a
partir do século 20 produziram drásticas reformas nos projetos políticos pedagógicos das
escolas. (Mizukami,1986)
Uma saída para atenuar o impacto causado pela revolução ideológica encontrada
por algumas instituições é mesclar diferentes metodologias.
Isso é observado quando, por exemplo, uma instituição de ensino tradicional também
utiliza expressões abordadas em outras linhas de ensino (Carvalho, 2000).
O Colégio Vértice, por exemplo, em seu discurso pedagógico afirma que:
“O colégio possui um sistema de avaliação em que os alunos são avaliados em relação
aos conteúdos estudados e também frente às suas responsabilidades e obrigações,
estimulando o respeito aos colegas, professores e funcionários da escola. Portanto, é um
sistema que privilegia a formação integral do aluno.”
Conforme Mizukami, em linhas gerais o discurso desta escola é evidentemente
tradicional quando fala dos conteúdos fechados e rigidez de regras comportamentais, mas
ao final diz privilegiar a formação integral do aluno o que já entraria em uma concepção
não tradicional.
Em contrapartida o colégio Móbile já se intitula aberto à mudanças, à modernidade,
à inovação. Faz inclusive uma crítica ao formato tradicional quando diz que há
necessidade de o aluno não ser uma enciclopédia, mas de saber relacionar e articular as
informações que recebe para poder interagir com o mundo. Identificam-se termos
utilizados na proposta construtivista tais como: aluno ativo, autônomo, responsável pelo
próprio aprendizado.
34
Os colégios Santa Cruz e São Luís valorizam a formação moral dos alunos, visão
mais humanista, valorização da formação de valores cristãos, utiliza concepção de aluno
crítico e autônomo.
Os colégios Bandeirantes e Etapa: ao analisarmos seus textos, pairam as dúvidas
se localizamos a página da proposta pedagógica corretamente. É evidente o apreço ao
espírito de competição, ambição, valorização dos resultados prontos, de boas colocações
nos rankings.
O colégio Maria Imaculada defende um ensino pautado na formação integral do
aluno. Expressa tendência à abordagem construtivista do ensino, quando diz “ajustamos
nosso modo de ensino às modernas teorias de construção do conhecimento”.
O colégio Albert Sabin deixa claro qual sua posição: sócio construtivista. Também
cita a importância de formação global do aluno.
O colégio Pioneiro também trabalha com a ideia de formação de alunos com
consciência global, mais responsáveis, éticos, etc.
4.5.1 PERFIL DAS ESCOLAS COM AS PIORES NOTAS DO
MUNÍCIPIO DE SÃO PAULO
Colégio Rama
Discurso sobre visão crítica. Trecho confuso “e no exercício pleno de sua liberdade
interior”. O que seria ter liberdade interior? Estaria na alçada de uma escola promover a
liberdade interior do aluno? Também adota a ideia do desenvolvimento integral do aluno e
faz referências às ideias construtivistas.
Colégio Beka.
Deixa claro qual modelo educacional adota: a proposta sócio construtivista. Nomeia
seu texto como filosofia educacional e aborda questões genéricas quanto aos seus
objetivos.
35
Colégio Aliado
Expressa sua tendência interacionista, versa sobre termos como professor
facilitador, aluno ativo, cidadão consciente.
Colégio Ranieri
Também fala de desenvolvimento integral, de potencialidades. Seu texto
assemelha-se a um texto de revista, uma linguagem mais comercial. Ideias construtivistas
implícitas.
Colégio Santo André
Valorização da formação integral, ligada aos valores cristãos, mas alia a isso sua
sintonia com os avanços tecnológicos, mundo globalizado etc.
Colégio Oliveira Telles
Menciona a existência de projetos interdisciplinares e cita o termo transversalidade.
Seu discurso transmite a ideia de uma escola sintonizada com o futuro (“preparar o aluno
para vencer os desafios do terceiro milênio”)
Colégio Brasil Canadá
Incentiva a competição, utiliza termos amplamente difundidos no mundo corporativo
como “formação de um indivíduo capaz de competir com destaque no mercado de
trabalho, e de lidar com novos desafios e situações inesperadas.”.
Caberia perfeitamente em um contexto de anúncio de vaga de emprego mudando
apenas uma palavrinha: procuramos.... ”um indivíduo capaz de competir com destaque no
mercado de trabalho, e de lidar com novos desafios e situações inesperadas.”
Colégio Heitor
Também apresenta termos confusos, como: “As novas tecnologias, mais do que
separar, servem para reaproximar o aluno da escola, até para que ele perceba o que é um
36
mito, o que é o novo, o que é um valor e o que é efêmero, entre outras questões
fundamentais para a formação do cidadão”.
Separar e reaproximar não seriam palavras opostas? Também utiliza termos de
mundo globalizado, transformações sociais, etc. A escola afirma que a base de sua
proposta pedagógica é entender o que muda e o que permanece, ou seja, termos vagos
sobre a que concepção filosófica a escola é partidária.
4.5.2 PERFIL DOS COLÉGIOS COM NOTAS MEDIANAS
Colégio Nova Cachoeirinha
A escola inclui atividades extracurriculares como diferenciais de princípios
pedagógicos.
Colégio Adventista
É pautada na educação por princípios cristãos, valoriza a concepção religiosa
vinculada à igreja Adventista. Utiliza termos como formação de um aluno autônomo,
desenvolvimento integral, senso crítico
Vip colégio jardim Tremembé
Não há nenhuma citação a proposta pedagógica nem missão valores histórico, nem
quem somos, nada.
Esse fato pode ser atribuído a pouca relevância atribuída pela escola ao projeto
político pedagógico, ou ainda pelo fato de seu conteúdo já aparecer diluído em outros links.
Colégio Amorim
Texto vago. É difícil identificar se está-se falando de proposta pedagógica ou sobre
um assunto qualquer. Há um tom de ensino com caráter utilitário: ensinar para passar no
vestibular, para conseguir emprego etc.
37
Colégio Saint Clair
É tradicional quando valoriza a reprodução de informações, com algumas variantes
construtivistas, quando utiliza termos: aluno ativo,
GRAJAU Colégio
Não há proposta no site apenas o link nossa história. Porém, é relatada a forma
como a escola trabalha. Está implícito o construtivismo também nessa instituição já que
são utilizados termos como construção do conhecimento para desenvolver
potencialidades, conceito de aluno ativo, reflexivo e responsável por seu próprio
aprendizado.
ALCANCE Colégio
A proposta pedagógica mistura-se a um discurso vago com emprego de termos
genéricos como “trabalhar em função do aluno, primar pela qualidade, educar com
responsabilidade”.
CHÁCARA A PIMENTINHA E COLEGIO MEIRELLES LEME EIFM
Traz uma abordagem pedagógica diferente, é difícil inclusive identificar a qual linha
a escola faz parte. É um tanto confusa quando diz que ”A escola oferece para as crianças
e adolescentes uma educação diversificada, interessante, divertida e cheia de vitalidade.”
São palavras soltas que pouco revelam a forma como a escola conduz as atividades que
contribuem para esses fins.
ADVENTISTA DE VILA ALPINA COLÉGIO
É pautada na educação por princípios cristãos, valoriza a concepção religiosa
vinculada à igreja Adventista. Utiliza termos como formação de um aluno autônomo,
desenvolvimento integral, senso crítico, etc.
38
4.6 ANÁLISE DOS TERMOS MAIS RECORRENTES
Ao mesmo tempo em que variam de uma instituição para outra, as propostas
pedagógicas analisadas neste trabalho, também possuem muitos termos afins. Até mesmo
semelhantes, abrangendo a mesma carga informativa.
Segundo Azanha (2000), as propostas variam porque as escolas possuem
autonomia não apenas pedagógica, mas administrativa e financeira para elaborar seu
projeto político pedagógico de acordo com suas crenças, ideologias, visão de mundo, etc.
Sendo assim, a autonomia escolar está baseada em duas frentes: gestão
democrática e gestão de aprendizagem.
Já Carvalho salienta que os discursos pedagógicos assemelham-se em muitos
aspectos uns aos outros.
Segundo ele a partir da década de 80 conceitos, expressões e proposições ligadas
ao movimento construtivista influenciaram a maneira como as escolas viam o mundo.
(Carlos, 2006).
No entanto, o emprego de termos descritos e caracterizados na proposta
construtivista não chega a constituir um discurso elucidativo, servindo antes, como um
conjunto de expressões que se apoiam em frases de efeito, tão amplo quanto vago. E o
que seria um instrumento de esclarecimento quanto à pratica educativa, torna-se uma
incógnita.
Frases como “desenvolver espírito crítico”, ou ainda “a construção de seu próprio
conhecimento” tornaram-se slogans educacionais e passaram a fazer parte dos discursos
pedagógicos de maneira aleatória e generalizada, que pouco esclarece sobre os
conteúdos, as metas e as atividades educativas, que deveriam ser o cerne da proposta.
(Carvalho APUD Scheffler).
Em sua opinião, os slogans são encontrados onde menos se espera, e nem sempre
são identificados como tal. No campo da filosofia, por exemplo, há o slogan: “O inferno são
os outros”. Uma alusão ao existencialismo que teve nessa frase sua arma de impacto.
Na política verificamos o slogan: “Os fins justificam os meios”, que entrou para a história
simbolizando a corrente de pensamento de Nicolau Maquiavel.
39
Estes são alguns exemplos de como os slogans tem o poder de simplificação
extrema das ideias ou das teorias que os originaram, posto que apresentam apenas um
fragmento, mesmo que representativo, de uma construção teórica bem mais ampla e
complexa.
A utilização dos termos que remetem aos ideais construtivistas ocorre mais pela
preocupação de persuadir o leitor, valendo-se de seu efeito retórico, do que significar
alguma consistência da perspectiva educacional da qual se origina.
O grande risco dessa adesão indiscriminada é a perda de fidelidade em relação a
concepção construtivista originalmente elaborada, que é bem mais ampla, complexa, de
difícil acesso devido a complexidade de seus textos.
As escolas acabam por “enxugar” essas concepções em versões mais simplificadas,
traduzidas na forma dos slogans ou de metáforas. Forçando com isso uma identificação de
alguma maneira com o movimento educacional a que fazem referência.
Não apenas sob as perspectivas das propostas construtivistas, há os chamados
slogans freireanos. Associou-se uma interpretação literal da relação professor aluno e
educação bancária, conceitos amplamente explorados nas obras de Paulo Freire.
Terminou por se popularizar a ideia de que os princípios pedagógicos deveriam
orientar-se numa outra linha, mais assimétrica, que rompesse com a hierarquia dominante
nos espaços escolares.
Outro exemplo seria “o professor trabalhará a partir dos interesses do aluno” comum
a vários discursos presente neste trabalho, apresenta alguns problemas de interpretação.
Primeiramente há a ambiguidade do que é de fato interessante para o aluno, seriam
interesses prévios, espontâneos? Interesses influenciados pela mídia poderiam ser
chamados de espontâneos? Ou interesses que poderiam ser despertados a partir de
estímulos, mediações e atividades direcionadas?
Longe de se achar a resposta por meio de mágica para tais questões, é preciso
refletir no sentido de um olhar mais minucioso para os slogans educacionais. Associar os
conteúdos aos interesses dos alunos deveria ser uma estratégia didática, ainda que de
difícil operação, e não um objetivo da ação educativa.
40
Ser um educador sintonizado aos ideais construtivistas tornou-se politicamente
correto, nos dias atuais.
A difusão da imagem da teoria piagetiana como uma forma sintética e descritiva do
processo de desenvolvimento do conhecimento e das estruturas cognitivas é amplamente
presente nos discursos pedagógicos embora, segundo Carvalho, o termo construtivismo
nem seja tão recorrente na obra de Piaget.
Um exemplo da intensidade dessa presença frequente é a quantidade de vezes que
a palavra construção ou o verbo construir aparecem nos Parâmetros Curriculares
Nacionais.
Em suas 22 páginas que esclarecem seus princípios e fundamentos, a expressão
aparece nada menos que 31 vezes.
Além disso, encontram-se 25 referências as representações de que “a criança
constrói seu conhecimento”, ou é “sujeito de sua própria formação”.
Os slogans educacionais quando concebidos ou até aplicados como elementos de
uma teoria que tem como objetivo reformar práticas escolares que lhes são desconhecidas
pode transformar-se em uma desorganização das práticas docentes, desvirtuando seu real
sentido e propósito.
41
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em acordo com o objetivo que motivou a confecção deste trabalho, é possível a
enumeração de algumas considerações de caráter conclusivo.
É consenso entre os autores ora aqui citados que a interdisciplinaridade é um fator
de fundamental importância para a melhoria da qualidade não apenas do ensino, mas da
aprendizagem, das relações entre os alunos e destes com o professor. E também que o
conjunto dessas variáveis deva ser contemplado na proposta pedagógica da escola.
Como já é mencionado no próprio título da pesquisa, o foco deste trabalho é
proceder uma análise a partir do discurso da proposta, não havendo preocupação em
avaliar se a prática educativa é ou não fiel ao seu pressuposto.
Não foi também a pretensão desta pesquisa postular como fato concreto que o
slogan educativo não represente necessariamente o cotidiano real das escolas analisadas.
Para tal afirmação seria necessário uma pesquisa muito mais aprofundada, com
investigação das práticas, entrevistas com os professores, alunos, etc.
É de extrema relevância a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a
questão da interdisciplinaridade na proposta pedagógica.
Esta pesquisa levantou, em seus objetivos, algumas questões relacionadas à
proposta pedagógica e interdisciplinaridade. De todas as escolas citadas apenas uma
delas apresentou menção interdisciplinar. As demais nada constam.
Questões interdisciplinares não aparecem nem explícita e nem implicitamente
nesses discursos.
Isso significa que é preciso entender por qual motivo, mesmo sendo de fundamental
importância no contexto escolar, a interdisciplinaridade não tem espaço na proposta
pedagógica.
42
Foi verificado que essas escolas enxergam outras questões como prioridades para
compor seu discurso, ficando a interdisciplinaridade renegada a outros espaços, quando
existentes.
Teoricamente os discursos pedagógicos deveriam estar subsidiados pelas teorias
da educação, e a partir daí, resultar em renovações das práticas educativas, decorrente da
posse dessas informações. De maneira que a proposta se apoiasse no tripé: prática
educativa, concepção filosófica educacional( de homem, sociedade e conhecimento) e
discurso pedagógico.
Porém a partir do recorte de abordagem adotado o que nos permite inferir é que não
consta a interdisciplinaridade na proposta pedagógica e que há aparentemente uma
uniformização de discursos, uma adesão praticamente irrestrita, reduzindo suas matrizes
conceituais a conceitos empíricos de apelo científico, como: autonomia, desenvolvimento,
construção de conhecimento. E supostamente convertendo os objetivos específicos da
instituição a mero desenvolvimento das capacidades psicológicas dos alunos.
Em outras palavras o que se procurou ressaltar com esse trabalho é que uma teoria
ou programa educacional não pode ter seus impasses solucionados a partir de recortes
originados da psicologia do desenvolvimento cognitivo, pois, exigem referência a uma série
de outras questões, inclusive de natureza valorativa e institucional.
.
43
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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46
ANEXO
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DIVULGADAS EM SITES OFICIAIS
A SEGUIR OS 10 COLÉGIOS DE SÃO PAULO COM AS MAIORES NOTAS NO ENEM
POSIÇÃO 1
COLÉGIO VÉRTICE:
Os alunos são avaliados em relação aos conteúdos estudados e perante as suas
responsabilidades e obrigações
Fundado em 1976 pela pedagoga Walkíria Gattermayr Ribeiro, o Colégio Vértice está entre
as melhores instituições de ensino da cidade de São Paulo. Com método próprio de
alfabetização, é voltado para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A
equipe de educadores é formada por profissionais altamente capacitados que, sem perder
o foco do Programa Oficial de Ensino, dedicam-se, em tempo integral, ao ensino de leitura
e escrita, do exercício dos conceitos ao hábito de estudo e das regras de comportamento,
visando à formação de cidadãos responsáveis.
A equipe do Colégio Vértice orgulha-se do fato de seus alunos terem alcançado altos
índices de aprovação nos principais vestibulares do país, tendo ficado com o primeiro lugar
nos últimos quatro anos consecutivamente (2005, 2006, 2007 e 2008) apurados no ENEM
(Exame Nacional do Ensino Médio) na capital paulista e entre os dez primeiros do País,
fato que reforça o compromisso do colégio com a boa educação.
Outros aspectos relevantes, que fazem parte da rotina do colégio, são as Ações
Comunitárias que buscam ensinar que a solidariedade é um ótimo caminho a seguir,
estimulando a fraternidade e a conscientização de que é importante olhar para as
necessidades do próximo e ajudar a minimizá-las.
Os pais de alunos possuem cadeiras cativas junto à direção do colégio, pois são
frequentemente convidados a discutir assuntos voltados à Educação e ao comportamento
47
dos jovens. O projeto Escola de Pais é um diferencial importante, pois organiza palestras,
em que os pais têm a oportunidade de discutir assuntos relacionados à educação dos seus
filhos, com importantes nomes do setor.
Outro destaque são as atividades culturais, que possuem espaço garantido ao longo do
ano letivo. O Espaço Cultural Vértice, que é aberto aos alunos, pais e à comunidade,
organiza uma vasta programação de atividades culturais, como: música dança teatro,
exposições, mostras, workshops e palestras.
POSIÇÃO 2
COLÉGIO MÓBILE
Com certeza, um lugar onde o aluno se sente bem. Mas, muito mais do que isso, é uma
comunidade flexível, atenta às diferenças individuais, que visa a formar cidadãos
competentes e autônomos, cientes de sua função na sociedade democrática. Para atingir
esses objetivos é preciso contar com uma equipe de profissionais que, além de
experientes e atualizados, saibam criar vínculos emocionais positivos com seus alunos.
Uma boa escola cumpre o que promete ser: basicamente, o lugar aonde o aluno vai para
estudar e aprender. Buscamos oferecer oportunidades de aprendizagem a crianças e
adolescentes, em um projeto pedagógico realmente moderno. Ativos no processo de
aquisição do conhecimento, nossos alunos terão condições de se converter em cidadãos
capazes de se realizar em um mundo marcado pela revolução tecnológica, pela rapidez
das mudanças e pela velocidade da informação.
Ainda que, em nosso dia-a-dia, não nos preocupássemos em entender o que acontece ao
nosso redor, seria impossível deixar de sentir: estamos envolvidos por um turbilhão de
transformações em casa, no trabalho, nas ruas. Nossos filhos viajam por infovias e
descobrem, logo, que a profissão do futuro é aprender. Só as escolas que se derem conta
da inadiável necessidade de acompanhar o mundo serão capazes de formar os adultos do
século XXI. A escola tem o papel fundamental de socializar nossas crianças, de capacitá-
48
las para o mundo competitivo em que estamos mergulhados. Isso é mais do que fazê-las
dominar massas de conhecimentos que, em poucos anos, estarão fossilizados. Hoje, como
educadores, precisamos fazer de cada aluno um cidadão versátil e flexível, com boa
capacidade de comunicação, que saiba trabalhar em equipe e com sólida formação
acadêmica. Não se precisa mais daquele profissional-enciclopédia.
O profissional precisa, sim, saber estudar, buscar informação, articulá-la. Deverá também
dominar a Informática, e ser capaz de se comunicar em outra língua. Porém, os
educadores mais bem preparados notam que não só essas habilidades bastam. De nada
adiantam, se a criança e o jovem não tiverem desenvolvido seu lado emocional. Neste
novo cenário, a escola assume uma função cada vez mais importante. Para a Móbile, é
motivo de orgulho saber que seus alunos não se perderão diante de tantas mudanças.
Eles foram educados dentro de uma proposta pedagógica que contempla todas estas
faces do homem do século XXI - a mesma proposta que a Móbile defende desde a sua
fundação.
Educação como fator social
Definimos a Móbile como uma escola com pedagogia efetiva – uma pedagogia cuja
eficiência e eficácia foram testadas desde 1975, ano de sua fundação. Uma pedagogia que
dá certo. O trabalho de equipe e a colaboração de muitos educadores ao longo desse
percurso construíram nosso referencial filosófico. Abertos a inovações, sintonizados com o
meio ambiente, preocupados com a produção técnico-científica na área educacional,
nunca descuidamos, contudo, do elemento central do processo educativo: o aluno.
Crianças e adolescentes se convertem em sujeitos ativos do processo de aprendizagem
quando despertados para o prazer e a responsabilidade de aprender.
Essa atitude participativa é o ponto de partida indispensável para desenvolver a
capacidade de pensar, de discriminar valores, de cooperar, de ter a habilidade de se
adaptar às novas exigências do grupo e do meio. Em última análise, é o indivíduo que usa
o seu potencial em favor da sociedade e da humanidade (e, portanto, em sentido amplo,
em favor de sua própria sobrevivência individual) que todos nós, pais e educadores,
desejamos entregar ao mundo.
49
O compromisso de aprender
Por entendermos a Educação como um processo de fundamental importância para a
transformação social e a conquista da cidadania, estamos cientes do papel da Móbile na
sociedade. Sabemos que a atividade educacional constitui um compromisso social, e que
nós, seus agentes, somos responsáveis por seus resultados perante a sociedade. Mas
vamos um pouco além. Acreditamos que o aluno tem compromisso de aprender. Sua
responsabilidade de aplicar seu conhecimento na vida social começa na escola. Por isso,
trabalhamos com a convicção de que a educação não é apenas um direito, mas também
um dever para com a sociedade em que vivemos.
O aprendizado da autonomia
Sem autonomia não se inova. Sem autonomia a cidadania não se plenifica. A autonomia
aprende-se no convívio, desenvolve-se e conquista-se em ambiente de cooperação e
interdependência, com respeito ao pluralismo de idéias e de modos de ser. Partimos do
pressuposto de que todo grupo se organiza em torno do respeito a valores que beneficiem
o maior número de pessoas na comunidade. Sugestões que não firam os princípios
básicos da escola são sujeitas as discussões em assembleias e muito bem aceitas.
Assim, colocamos em prática uma das principais razões de ser do processo educativo: a
formação de cidadãos moral e intelectualmente autônomos. De maneira democrática, ao
lado dos pais, assumimos a tarefa de formar indivíduos capazes de questionar o mundo de
forma responsável e competente.
A importância do afeto e da emoção
Compreendemos a atividade educativa como um conjunto de conhecimentos aplicados por
pessoas com a finalidade de favorecer o desenvolvimento de outras pessoas. E pessoas
são constituídas de um conjunto de características – nem só cabeças pensantes, nem só
corpos atuantes: afetos e emoções permeiam todas as atitudes e relacionamentos. Um
ambiente de trabalho alegre, cooperativo e amistoso, em que haja lugar para o afeto e a
emoção e se possam expressar sentimentos, fortalece vínculos positivos entre aluno e
aluno, entre professor e aluno, e entre o aluno e as tarefas escolares. Quem se sente
50
respeitado em todos os aspectos da personalidade aceita mais facilmente o outro com
suas características, suas funções e seus papéis. O grupo se articula e o trabalho flui.
Respeito à diversidade
A equipe da Móbile é somatória de habilidades, conhecimentos, personalidades e opiniões
diversas. Essa riqueza de contribuições complementares não se restringe à competência
técnica nas áreas curriculares. Hoje, o bom professor não pode ser apenas especialista em
sua matéria. Ele tem de entender a criança e o adolescente e tem de entender do mundo
em que vai inserir o conhecimento que transmite. O aluno, por seu lado, traz a cada dia
seus questionamentos, soluções e modos de aprender peculiares. Tal variedade vivifica o
processo de aprendizagem e é ali, no convívio com a diversidade, que cada um descobre e
experimenta sua função, seu papel e sua influência no grupo. À educação cabe agir como
processo para desenvolver os diferentes potenciais.
Competência gera competência
Ante as rápidas mudanças científicas e tecnológicas da sociedade atual, só uma equipe
continuamente capacitada pode formar alunos competentes, capazes de enfrentar
situações competitivas num contexto democrático. Em qualquer empresa, competência na
administração gera resultados. Na Móbile, esses resultados se traduzem em investimentos
em tecnologia, equipamentos, aprimoramento de serviços, cursos de capacitação na
própria escola e, sobretudo, em condições de trabalho e remuneração dignas, que
permitam o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores. Sensível à qualidade de
vida de sua equipe, a Móbile lhe propicia disponibilidade para o esforço cooperativo, a
discussão e fortalecimento de princípios, objetivos, projetos de filosofia comuns e o acesso
a pesquisas, inovações e produção técnica da pedagogia.
POSIÇÃO 3
COLÉGIO SANTA CRUZ
Educação humanista que visa a uma formação global pautada nos valores cristãos. A
escola preocupa-se com a formação moral dos jovens. Tradição aos valores do passado
51
incorporada a interação com as necessidades do presente. Para que isso seja possível a
escola afirma que busca articular sua pedagogia ao dinamismo curricular para desenvolver
um aluno crítico e consciente de seus deveres políticos e sociais.
POSIÇÃO 4
COLÉGIO BANDEIRANTES
Desenvolver equilibradamente processos educacionais de informação e formação para
estimular o exercício da liderança e habilitar o educando a atuar na sociedade com senso
crítico, iniciativa, criatividade, independência e responsabilidade social.
Ser a melhor organização de ensino do país, capitalizada e rentável, reconhecida como
centro de referência no emprego de novas tecnologias e métodos pedagógicos, aplicados
à educação.
Valorização da educação e do conhecimento
Autonomia
Capacitação permanente dos profissionais
Ética, integridade e honestidade.
Espírito público e cidadania
Tradição, pioneirismo e inovação.
POSIÇÃO 5
COLÉGIO ETAPA
Hoje, para ser bem-sucedido, o estudante precisa capacitar-se em termos de compreensão
da moderna ciência e sua linguagem. E também precisa desenvolver as habilidades que
lhe permitirão ter participação ativa na complexa tessitura social. Mais do que em palavras
e propostas, esse ajuste se mostra de modo concreto em exames oficiais aplicados a
52
estudantes para avaliar sua capacidade de raciocínio e de integração a nossa sociedade
moderna.
POSIÇÃO 6
COLÉGIO SÃO LUIS
O objetivo educacional da Companhia de Jesus é o desenvolvimento global do ser
humano, reforçando suas potencialidades, formando cidadãos conscientes, autônomos,
em condições de transformar a sociedade em que vivemos e servir aos demais.
Sala de aula é um espaço de diálogo e construção coletiva, marcado pela vivência
concreta dos valores cristãos, onde o aluno é o centro do processo e autor de seu próprio
aprendizado.
Estar atualizado constantemente e conhecer o contexto em que o aluno está inserido são a
base do trabalho educacional jesuíta, que possui um estilo próprio no processo de educar.
As dimensões essenciais do Paradigma Pedagógico Inaciano - contexto - experiência -
reflexão - ação – avaliação – servem como referência na elaboração do planejamento de
todas as atividades realizadas.
POSIÇÃO 7
COLÉGIO MARIA IMACULADA
Oferecer à criança e ao jovem, o desenvolvimento integral, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual, espiritual e social, juntamente com a ação da família e da
comunidade, é o objetivo principal do Colégio Maria Imaculada.
Nosso processo de ensino aprendizagem fundamenta-se nas modernas teorias da
construção do conhecimento; através de relações mediadoras de aprendizagens
significativas oportunizamos ao educando atividades cognitivas, físicas, afetivas e
53
espirituais que possibilitam o desenvolvimento de novas competências e habilidades,
através de conteúdos conceituais (saber), procedimentais (fazer) e atitudinais (ser), com a
finalidade de formar integralmente o aluno. Nossos fundamentos pedagógicos e
metodológicos estão expressos a seguir.
POSIÇÃO 8
COLÉGIO SANTA CRUZ EMR
Educação humanista que visa a uma formação global pautada nos valores cristãos. A
escola preocupa-se com a formação moral dos jovens. Tradição aos valores do passado
incorporada a interação com as necessidades do presente. Para que isso seja possível a
escola afirma que busca articular sua pedagogia ao dinamismo curricular para desenvolver
um aluno crítico e consciente de seus deveres políticos e sociais.
POSIÇÃO 9
COLÉGIO ALBERT SABIN
O Projeto Pedagógico do Colégio Albert Sabin é inspirado no modelo sócio construtivista.
Propicia o acesso ao conhecimento socialmente produzido e acumulado pelos homens ao
longo da História por meio de uma grade curricular sistematizada, que garante o
pensamento global, o debate de ideias, a convivência e o respeito como elementos
fundamentais para a construção do aprendizado.
É preocupação constante da Equipe Pedagógica que o aluno possa encontrar maneiras de
se desenvolver adequadamente em todos os campos que forem de seu interesse, além do
que diz respeito à excelência acadêmica. Sendo assim, ao matricular-se no Colégio, a
criança e o jovem terão programas dos mais variados nas áreas de Esporte, Cultura e
Conhecimento Acadêmico, projetados especificamente para cada faixa etária, cujo objetivo
primordial é alcançar outros benefícios na formação global do indivíduo.
54
POSIÇÃO 10
COLÉGIO PIONEIRO EDUCACIONAL
O Centro Educacional Pioneiro foi criado em 1971, para o objetivo de tentar contribuir com
a educação brasileira, trazendo alguns aspectos positivos da educação japonesa. É
mantido pela "Fundação Instituto Educacional D. Michie Akama", sem fins lucrativos,
declarada de utilidade pública federal.
A educação integral do cidadão baseada na independência com responsabilidade consiste
na preocupação primordial do Pioneiro. Diante de um mundo, no qual muitos valores são
esquecidos, a escola acredita que pode e deve recuperar e formar pessoas que ainda
valorizem a honestidade, a integridade e a responsabilidade, desenvolvendo seres livres e
conscientes.
Dentro da programação normal, o Pioneiro procura desenvolver temas que envolvem
cidadania, prevenção às drogas e orientação sexual.
10 COLÉGIOS DE SÃO PAULO COM NOTAS INTERMEDIÁRIAS
COLÉGIO NOVA CACHOEIRINHA
Princípios norteadores da proposta pedagógica
"Formar indivíduos com pleno domínio da leitura, da escrita, do cálculo, capazes de
analisar, interpretar e transformar a realidade, visando o bem estar do homem em nível
pessoal e coletivo. Desenvolver a criatividade, levando o educando a descobrir-se,
expressar-se e libertar-se, contribuindo através de uma ação conjunta para a formação de
uma sociedade justa."
• Cultivo ás experiências
• A realidade como ponto de partida
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• Observação constante das ações
• Confiança nas possibilidades que todas as crianças têm de aprender
• Informática
• Capoeira e Ginástica Rítmica Desportiva (GRD)
• Fanfarra e Banda musical
• Projetos educativos
• Jornal “Informativo"
Posição 5468
COLÉGIO ADVENTISTA DE INTERLAGOS
Missão
Promover, através da educação cristã, o desenvolvimento integral do educando, formando
cidadãos autônomos, comprometidos com o bem-estar da comunidade, da pátria e com
Deus.
Visão
Ser um sistema educacional reconhecido por sua excelência, fundamentado em princípios
bíblico-cristãos.
Objetivos
Promover o reconhecimento de Deus como fonte de toda sabedoria
Reconhecer e aplicar a Bíblia como referencial de conduta
Estimular o estudo, a proteção e a conservação da natureza criada por Deus.
Empreender o fortalecimento e o desenvolvimento da mente em favor do bem comum,
tendo como ferramenta diferentes fontes de comunicação, informação e recursos
tecnológicos.
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Promover a aquisição de hábitos saudáveis por meio do conhecimento do corpo e das leis
que o regem
Oportunizar o desenvolvimento do senso crítico, da criatividade, da pesquisa e do
pensamento reflexivo.
Incentivar o serviço desinteressado nos deveres práticos da vida diária, na sábia escolha
profissional e na formação familiar, no serviço a Deus e à sociedade.
Promover a autonomia e a autenticidade ancoradas nos valores bíblico-cristãos
Favorecer o desenvolvimento da autoestima positiva, do sentido de aceitação e de
segurança.
Resgatar a prática da regra áurea nos relacionamentos interpessoais: amar ao próximo
como a si mesmo
POSIÇÃO 5570
VIP COLEGIO JARDIM TREMEMBE
Não há nenhuma citação a proposta pedagógica nem missão valores histórico, quem
somos, nada.
POSIÇÃO 5697
AMORIM INSTITUICAO DE ENSINO COLEGIO
EDUCAR COM RESPONSABILIDADE”
O Colégio Amorim preocupa-se com o desenvolvimento do educando tanto no pedagógico
quanto no social. Preparamos o educando visando o ingresso nas Universidades Públicas
e nas melhores Universidades Privadas, além da formação de um sujeito reflexivo e crítico,
que tenha condições de vencer e ter um diferencial ao disputar o mercado de trabalho.
Pensando nisto os Cursos de Supletivo, Auxiliar e Técnico em Enfermagem dão um
importante suporte no futuro profissional dos nossos educandos!
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Aqui o educando sente-se bem, e o prazer é grande importância para o processo de
ensino-aprendizagem. O bom relacionamento humano é a chave do sucesso. Tanto o
educando como sua família sente-se satisfeitos com a proposta do Colégio, seus valores e
atitudes.
POSIÇÃO 5973
SAINT CLAIR COLEGIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
- contempla, com ações pontuais, as tendências e as mudanças no cenário da educação
do País, por exemplo, o novo formato do ENEM;
- com ações coordenadas entre as diferentes áreas, compõe-se de:
Conteúdos e atividades contidos no material didático, projetos específicos da escola que
visam à aquisição e o desenvolvimento de novos conteúdos a definição da carreira
universitário e seus desdobramentos na vida;
- projetos especiais que visam aos exames vestibulares.
Metodologia de ensino que valoriza:
- o aluno como sujeito ativo da aprendizagem
- o raciocínio dedutivo como forma de ampliação dos conhecimentos;
- a organização e a distribuição das atividades em grau crescente de exigência;
- as discussões como importante contribuição para formação pessoal e educacional do
aluno;
- a autonomia para tomar decisões e resolver problemas do cotidiano;
- a consolidação do hábito de estudo como recurso indispensável ao bom aproveitamento
escolar;
- o equilíbrio do processo de avaliação, pautado nas particularidades de cada escola, e nas
propostas do material didático e nas exigências dos principais vestibulares do País;
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POSIÇÃO 6342
GRAJAU COLÉGIO
O Colégio Grajaú é o resultado de um trabalho sério de pessoas que acreditam que a
Educação é o único caminho possível para a transformação da sociedade. Iniciou
atendendo apenas alunos da Educação Infantil em meados dos anos 80.
Em 1996, foi autorizado o Curso do Ensino Fundamental, e no ano 2000 com
a aprovação de um novo Regimento, também o Ensino Médio.
A prática da humanização e da transparência envolve o exercício permanente da
participação, solidariedade, cooperação, integração e do comprometimento entre todos os
colaboradores da Unidade Escolar.
Aqui o aluno constitui o valor essencial (a alma da escola) e, nesta condição participa do
seu próprio processo educativo.
Nossos professores, com o excelente trabalho que realizam, ajudam na construção do
conhecimento, visando à formação e o desenvolvimento das potencialidades dos alunos e
permitindo que os mesmos se tornem pessoas participativas e reflexivas.
Acreditamos na relação de confiança e credibilidade, fortalecendo ainda mais o exercício
de uma Educação Plena.
POSIÇÃO 6607
VICTORINO COLÉGIO
Não há site
POSIÇÃO 7010
ALCANCE COLÉGIO
Não há proposta pedagógica. Existem apenas informativos
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O Colégio Alcance, envolvido na Filosofia de qualidade, trabalha em função do aluno,
sendo seu objetivo maior enriquecê-lo como ser humano e cidadão, para tanto, emprega
processos inovadores e desenvolve as atividades mais promissoras, interessantes e
variadas, para alcançar sua meta.
Comunicar com clareza, o que a Escola faz e para que ela serve, é um componente
indispensável e da maior importância na relação família/escola, pois o que deseja da
instituição escolar não é a obra de uma pessoa, mas sim, a articulação das vontades de
todos os que, conjuntamente, assumem a responsabilidade de educar.
POSIÇÃO 7058
CHÁCARA A PIMENTINHA E COLEGIO MEIRELLES LEME EIFM
Princípios Gerais
O Colégio Meirelles Leme e a Escola A Pimentinha deu início ao seu ensino fundamental
no ano de 1996. Sendo uma entidade de ensino séria e que respeita os pais e alunos, teve
um grande crescimento nos últimos anos.
Durante este período, conseguimos montar e aprimorar um excelente plano de trabalho
que atende muito bem a todas as faixas etárias. Hoje, o colégio mantém crianças de pré-
escola, ensino fundamental e médio.
Temos em mente a grande importância de respeitar as características e o tempo certo de
cada aluno (orientando diariamente, mostrando os limites, direitos e deveres) entender
suas dificuldades, motivando sempre a superá-las, fazem parte da educação e do nosso
dia-a-dia.
O equilíbrio (emocional, espiritual e físico) da criança e do adolescente é muito importante
para a formação do caráter e é o caminho mais rápido e útil para a formação do ser
humano.
Acreditamos que as orientações diárias dos nossos professores, coordenadores e da
direção, textos indicados para a leitura, conscientização e o contato freqüente com os pais,
fazem uma grande diferença no resultado final.
60
O ambiente também é muito importante.
A educação da nossa escola não se prende apenas ao ensino de matérias. Acreditamos
que em nosso dia a dia o carinho com que tratamos os alunos, a forma como resolvemos
os problemas e nossa experiência eleva a satisfação e o gosto para a aprendizagem dos
conteúdos programados.
Para que o aluno consiga expressar a sua individualidade é necessário oferecer variadas
experiências para que possa descobrir aquilo que é adequado para si.
A escola oferece para as crianças e adolescentes uma educação diversificada,
interessante, divertida e cheia de vitalidade.
Se o adolescente e a criança se interessar por algo, vão precisar conhecer melhor, são
estimulados a buscar de forma agradável o conhecimento que desejam. Acreditamos que
se os mesmos fizerem algo por vontade própria, conseguirão aprender com alegria e
vitalidade.
Educar, para nós, é trazer para fora as possibilidades existentes na criança e no
adolescente, é ensinar que existem limites, deveres e direitos.
Educar é transmitir a liberdade e a responsabilidade do dia-a-dia.
Educamos para criar, amar, conviver e partilhar a liberdade
POSIÇÃO 7915
ADVENTISTA DE VILA ALPINA COLEGIO
Missão
Promover, através da educação cristã, o desenvolvimento integral do educando, formando
cidadãos autônomos, comprometidos com o bem-estar da comunidade, da pátria e com
Deus.
Visão
Ser um sistema educacional reconhecido por sua excelência, fundamentado em princípios
bíblico-cristãos.
Objetivos
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Promover o reconhecimento de Deus como fonte de toda sabedoria
Reconhecer e aplicar a Bíblia como referencial de conduta
Estimular o estudo, a proteção e a conservação da natureza criada por Deus
Empreender o fortalecimento e o desenvolvimento da mente em favor do bem comum,
tendo como ferramenta diferentes fontes de comunicação, informação e recursos
tecnológicos
Promover a aquisição de hábitos saudáveis por meio do conhecimento do corpo e das leis
que o regem
Oportunizar o desenvolvimento do senso crítico, da criatividade, da pesquisa e do
pensamento reflexivo
Incentivar o serviço desinteressado nos deveres práticos da vida diária, na sábia escolha
profissional e na formação familiar, no serviço a Deus e à sociedade
Promover a autonomia e a autenticidade ancoradas nos valores bíblico-cristãos
Favorecer o desenvolvimento da autoestima positiva, do sentido de aceitação e de
segurança
Resgatar a prática da regra áurea nos relacionamentos interpessoais: amar ao próximo
como a si mesmo
OS 10 COLÉGIOS DE SÃO PAULO COM AS NOTAS MAIS BAIXAS
POSIÇÃO 25229
COLEGIO RAMA
Proposta Pedagógica
A Filosofia Educacional adotada pelo Colégio Rama está embasada na formação de um
indivíduo com consciência de suas possibilidades e limitações, munido de uma cultura que
lhe permita conhecer, compreender e refletir sobre o mundo. Um indivíduo com uma visão
crítica da realidade, capaz de atuar de forma eficaz e eficiente na nossa realidade e no
exercício pleno de sua liberdade interior.
62
No Colégio Rama, o aluno é considerado um ser participante e a escola uma agência
estimuladora e integradora do processo de desenvolvimento individual, exercendo a
disciplina com o objetivo de desenvolver a responsabilidade, o respeito e o dever.
A metodologia de ensino está voltada para o desenvolvimento harmonioso das
potencialidades da criança e do jovem por meio de técnicas didáticas e estratégias de
aulas atuais e incentivadoras do trabalho escolar.
Objetivos
Desenvolvimento integral do aluno e das suas potencialidades, como elemento de auto-
realização e para o exercício consciente da cidadania, buscando sempre, cultivar através
da variedade contida na matriz curricular, sua capacidade de observar, analisar, interpretar
e criticar construtivamente
POSIÇÃO 25228
COLEGIO BEKA
Filosofia Educacional
Embasado na proposta sócio-construtivista, o Colégio Beka busca por meio da prática da
liberdade com responsabilidade e do respeito com disciplina,proporcionar ao aluno
vivências que valorizam as ações humanas de forma critica e consciente, através de
atividades teóricas e práticas desenvolvendo habilidades e competências, incentivando as
ações culturais, sociais e ambientais, propiciando assim a valorização do homem em suas
atitudes individuais e coletivas.
POSIÇÃO 25227
COLÉGIO ALIADO
O Colégio ALIADO apresenta sua Proposta Pedagógica dentro da visão interacionista,
onde homem e mundo são analisados conjuntamente com ênfase no sujeito como
63
colaborador e criador do conhecimento. A interação homem-mundo, sujeito-objeto é
imprescindível para que o ser humano se torne sujeito de sua práxis. Segundo essa
abordagem, existem homens concretos situados no tempo e no espaço inseridos num
contexto ecônomico-cultural e político.
Assim a educação deverá levar em conta a vocação do homem de ser sujeito e também
das condições nas quais este homem vive. O homem chegará a ser sujeito através da
reflexão sobre seu ambiente concreto. Quanto mais o homem refletir sobre a realidade,
sobre a sua própria situação concreta, mais se tornará progressiva e gradualmente
consciente comprometido a investir na realidade para mudá-la.
Uma proposta interacionista projeta aluno e professor num processo de tomada de atitude
pedagogicamente ativa diante do processo de aprendizagem. Nesta Proposta professor
ativo é aquele que desenvolve ações pedagógicas como por exemplo orientar e
sistematizar a busca de informações, contextualizar as situações de aprendizagem,
incentivar a experimentação e a explicação, bem como o processo de reflexão e
depuração das idéias.
Ao aluno caberá um papel essencialmente ativo em observar, comparar, analisar, justapor,
compor, encaixar, levantar hipóteses, argumentar, experimentar, etc.
POSIÇÃO 25226
COLÉGIO RANIERI
O mundo mudou e as crianças e os jovens estão cada vez mais questionadores, exigindo
respostas significativas. Além disso, a sociedade atual necessita de pessoas flexíveis e
versáteis, com capacidade de identificar e resolver situações problema, que saibam
trabalhar em equipe e que tenham autonomia para selecionar e buscar informações em
diversas fontes.
Estimular a criança desde a infância é prepará-la para enfrentar um mundo que se
transforma em ritmo acelerado. Sendo assim, o Colégio Ranieri busca acompanhar essas
mudanças estimulando a criatividade e a iniciativa do aluno, levando-o a refletir e a
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expressar seus pensamentos, perguntar, investigar, descobrir e assumir uma posição
frente ao conhecimento, conquistando assim sua autonomia.
POSIÇÃO 25225
COLÉGIO SANTO ANDRE
O Colégio Santo André acompanha os desafios do mundo globalizado.
Além da formação humanística, dos conhecimentos científicos e tecnológicos acumulados
pela humanidade, trabalha, ressaltando, a formação para os valores cristãos.
Capacita o educando para a vivência da liberdade, da fraternidade, da solidariedade,
fazendo com que amplie a visão de si, dos outros e do mundo em constante mutação,
renovando-se e usufruindo os benefícios da fé cristã ao lado da cultura e dos
conhecimentos.
Estar a serviço da Educação e das obras sociais buscando, em tudo e em todas as coisas,
amar a Deus e promover o ser humano, vivendo os valores cristãos na família e na
comunidade. Educar, oferecendo o conhecimento científico, a valorização da cultura e das
artes. Cuidar do universo com afeto e amor por todo ser Vivo.
POSIÇÃO 25224
COLÉGIO OLIVEIRA TELLES
Com uma equipe pedagógica dinâmica e progressista, que atua na elaboração e no
desenvolvimento de projetos educacionais, aprofundando os trabalhos interdisciplinares e
explorando o caráter transversal do conhecimento, não foi difícil para o Colégio se
consolidar como uma das principais instituições de ensino de Guaianazes e região.
A educação oferecida pelo Colégio visa preparar seus alunos para os desafios do terceiro
milênio, através de uma didática diversificada, utilizando instrumentos de ensino eficazes e
grandes projetos. Se você deseja estudar em uma escola com grande qualidade didática,
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com boa estrutura e com mais de vinte anos a serviço da educação, venha conhecer o
Colégio Oliveira Telles.
POSIÇÃO 25223
COLÉGIO MUNDO ATUAL
NÃO POSSUI SITE.
POSIÇÃO 25222
COLÉGIO BRASIL CANADÁ
O Colégio Brasil Canadá tem como meta o desenvolvimento pleno de seu aluno,
trabalhando aspectos afetivo-emocionais, sociais e cognitivos por meio de livros didáticos
com conteúdos programáticos, com o intuito de buscar a excelência do ser humano.
Nossa metodologia, com ênfase na estrutura do raciocínio e na elaboração do pensamento
busca a formação um indivíduo capaz de competir com destaque no mercado de trabalho,
e de lidar com novos desafios e situações inesperadas.
Optamos pelo bilinguismo por acreditar que o domínio do inglês se faz necessário em
qualquer cultura mundial; dar significado ao ensino do inglês e desenvolvê-lo efetivamente
dentro da escola é o nosso grande objetivo.
Conhecendo diversas culturas, escolhemos o Canadá para nosso programa de intercâmbio
por considerarmos esse um país rico em pluralidade cultural, com desenvolvimento
potencializado e que tem, em suas bases, estruturais bilíngues.
Temos, nesse país, uma parceria com a Thompson Rivers University, que possibilita ao
nosso aluno a obtenção dos diplomas brasileiros e canadenses, sendo que, na América
Latina, somos a única escola com tal privilégio.
O idioma espanhol também é trabalhado por nós como uma terceira língua, fazendo parte
da nossa grade curricular do Ensino Fundamental II e Médio.
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POSIÇÃO 25221
COLÉGIO HEITOR EMILIO BIERLEY GARCIA
O projeto pedagógico para o Ensino Médio trás propostas amplas que visam ao novo, à
reavaliação contínua e ao aperfeiçoamento gradual e constante na busca da educação
integrada e atualizada com as demandas de um mundo que muda a todo instante.
Hoje, um sistema de educação tem que levar em conta uma sociedade dominada pela
informação ágil e pela criação acelerada de mitos e valores efêmeros. As novas
tecnologias, mais do que separar, servem para reaproximar o aluno da escola, até para ele
perceba o que é um mito, o que é o novo, o que é um valor e o que é efêmero, entre outras
questões fundamentais para a formação do cidadão que estará escolhendo, em breve,
uma profissão. Não é uma decisão fácil. É preciso competência, formação acadêmica e
conhecimentos específicos para uma formação cultural sólida.
A formação integral oferecida pelo colégio Heitor Garcia está presente no projeto
pedagógico: formação cultural; compreensão de uma sociedade que muda rapidamente;
transformações culturais, políticas e comportamentais impostas por um mundo cada vez
mais globalizado e complexo.
A instituição está preocupada em acompanhar e discutir as transformações rápidas e
profundas que vão influenciar diretamente os nossos filhos, alunos, pais e professores. É
preciso compreender, acompanhar e entender o que está mudando e o que permanece.
São essas questões que o Ensino Médio incorporou em sua proposta pedagógica. A idéia
é pensar agora, no presente, com um olhar no futuro e outro no passado.
POSIÇÃO 25220
MANUEL BANDEIRA POETA COLEGIO (SITE EM CONSTRUÇÃO)
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