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Habilitação de Laboratório na Reblas
Procedimento GGLAS 02/43
ritérios paraHabilitação Provedores Ensaios Proficiência
undo os Princípios daNT ISO/IEC Guia 43:1999
Revisão n.º 01
Critérios para a habilitação de Provedores de Ensaios de Proficiênciasegundo os Princípios da ABNT ISO/IEC Guia 43:1999
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Diretor-PresidenteGonzalo Vecina Neto
DiretoresClaudio Maierovitch PessanhaLuiz Carlos Wanderley LimaLuiz Milton Veloso CostaRicardo Oliva
Gerente-Geral de Laboratórios de Saúde PúblicaGaldino Guttmann Bicho
Equipe TécnicaElisabeth Mary Cunha da SilvaEmyr Ferreira MendesGaldino Guttmann BichoHeloiza Helena Casagrande BastosMaria do Carmo Gomes PinheiroMaria do Céu Borralho e AlbuquerqueMaria Lúcia Prest MartelliMarta Maria BolsonSérgio Luiz da Silva
RevisãoGaldino Guttmann BichoEmyr Ferreira MendesZeide Lúcia Gusmão Cunha Gomes
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Critérios para a habilitação de Provedores deEnsaios de Proficiência segundo os princípiosda ABNT ISO/IEC Guia 43:1999Revisão 01
Procedimentos Operacionais da REBLASGerência-Geral de Laboratórios de Saúde Pública
2ª Edição l Brasília l 2002
Critérios para a habilitação de Provedores de Ensaios de Proficiênciasegundo os Princípios da ABNT ISO/IEC Guia 43:1999
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Direitos reservados da Agência Nacional de VigilânciaSanitária
SEPN 515, Edifício Ômega, Bloco B, Brasília (DF),CEP 70770-502.
www.anvisa.gov.brinfov [email protected]
É autorizada a reprodução total ou parcial destapublicação, desde que citada a fonte.
Copyright © 2002. Agência Nacional de VigilânciaSanitária (ANVISA)
2ª edição - 2002
ISBN: 85-88233-02-9
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Design Gráfico e Ilustrações: Gerência de ComunicaçãoMultimídia
Design da Capa: Galdino Guttmann Bicho
Divulgação: Unidade de Divulgação da Assessoria deRelações Institucionais
Composição e Impressão: Gráfica Impresso no Brasil
Procedimentos Operacionais da REBLAS / Gerência Geral de Laboratórios de Saúde Pública. – 2. ed. Brasília: ANVISA 2002. 1v.(várias paginações) ISBN: 85-88233-02-9
1. Qualidade Laboratorial na Saúde Pública – Legislação 2. Laboratóriosde Saúde Pública. 3. Vigilância Sanitária. I. Agência Nacional deVigilância Sanitária - ANVISA.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 6
2. OBJETIVO........................................................................................................................................ 7
3. CAMPO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................. 7
4. RESPONSABILIDADE DE REVISÃO DO PROCEDIMENTO ......................................................... 8
5. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES............................................................................................ 8
6. SIGLAS ............................................................................................................................................. 9
7. DIRETRIZES PARA O PROVEDOR DE ENSAIO DE PROFICIÊNCIA .......................................... 9
ANEXO A: Definições ............................................................................................................................ 14
ANEXO B: Ensaios, Graus de Desempenho e Limites de Aceitação para Laboratórios Clínicos(Ambulatoriais ou Hospitalares, Públicos ou Privados) ........................................................................ 15
ANEXO C: Procedimento para Laboratórios de Hemocentros, Bancos de Sangue, Serviços deHemoterapia e Assemelhados (Públicos ou Privados) ......................................................................... 20
ANEXO D: Procedimentos Estatísticos Gerais para a Análise de Resultados. Adaptado do ProtocoloInternacional Harmonizado para Ensaios de Proficiência em Laboratórios Analíticos (químicos), 1995............................................................................................................................................................... 22
1. Estimativas do valor designado2. Formação do valor-z (z-score)3. Interpretação dos valores-z4. Índice alternativo5. Combinação de resultados de um laboratório em uma rodada do programa6. Índices móveis7. Classificação, ordenação, e outras avaliações de dados de proficiência8. Procedimento recomendado para ensaiar material para suficiente homogeneidade9. Combinação de Resultados de um Laboratório em uma Rodada de um Programa10. Cálculo dos índices móveis (running scores)11. Procedimento alternativo para determinação de índice para programas de ensaios de proficiência12. Exemplo de como valores designados e valores-alvo podem ser especificados e utilizados.
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1. INTRODUÇÃO
Ensaio de proficiência é a utilização dos resultados gerados em ensaios de comparações
interlaboratoriais com o objetivo de avaliar a competência técnica dos laboratórios participantes
desses ensaios.
Um dos principais usos dos programas de ensaio de proficiência é avaliar a capacidade dos
laboratórios em desempenhar os ensaios de forma competente, podendo incluir auto-avaliação ou
avaliação desses laboratórios pelos clientes ou por outros organismos credenciadores ou
regulamentadores, bem como a avaliação no local pelos técnicos especialistas (normalmente
utilizada pelos organismos de habilitação/credenciamento de laboratório). É da maior importância
para os usuários dos serviços desses laboratórios a garantia de que o laboratório de ensaio
obtenha, de forma constante, resultados confiáveis. Entretanto, enfatiza-se que se deve distinguir
entre:
a) a avaliação da competência de um laboratório para cumprir uma exigência predeterminada e
b) o resultado do laboratório de ensaio no programa de ensaio de proficiência somente como uma
informação da competência técnica do laboratório em um determinado período de tempo e em
condições específicas de ensaio.
Este roteiro, com base nas normas ISO, de modo geral, e particularmente na ABNT ISO/IEC Guia
43:1999, destina-se aos provedores de ensaios de proficiência e estabelece mecanismos para
promover a confiança nos laboratórios, com o objetivo de evidenciar que operam de acordo com os
requisitos desejados, facilitando a cooperação mútua, e auxiliando no intercâmbio de informações e
de experiências, bem como na harmonização de normas e de procedimentos.
A orientação abrange três aspectos:
a) distinção entre o uso de comparações interlaboratoriais para ensaio de proficiência e para outros
objetivos;
b) desenvolvimento e operação de comparações interlaboratoriais para uso em programas de
ensaios de proficiência, e
c) seleção e uso de programas de ensaios de proficiência para uso da GGLAS/ANVISA ou outros
organismos de habilitação/credenciamento de laboratórios.
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Nesse cenário, é função da GGLAS/ANVISA:
a) Habilitar provedores de ensaios de proficiência segundo este documento e a norma ABNT
ISO/IEC Guia 43:1999.
b) Divulgar os provedores de ensaio de proficiência habilitados e a lista de ensaios contemplados;
c) Promover encontros e debates entre os provedores de ensaios de proficiência e outras entidades
de interesse, para definir limites de aceitação, graus de desempenho e melhorias nos
processos(a);
d) Estimular o lançamento e a expansão de ensaios de proficiência.
(a)Cabe à ANVISA, por meio desses encontros e projetos específicos, estudar e determinar metas
mais rigorosas a serem atingidas a longo prazo para os limites de aceitação e os graus de
desempenho.
2. OBJETIVO
Este procedimento tem por objetivo estabelecer critérios para habilitar provedores de ensaio de
proficiência, utilizando como base a norma ABNT ISO/IEC Guia 43:1999
Dependendo do caráter específico do provedor de ensaio de proficiência, a GGLAS/ANVISA pode
determinar requisitos adicionais e informações além deste procedimento e solicitá-los aos
provedores para fins de habilitação.
3. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este procedimento aplica-se à GGLAS/ANVISA.
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4. RESPONSABILIDADE
A responsabilidade pela revisão deste procedimento é da GGLAS/ANVISA.
5. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
• ABNT ISO/IEC Guia 43: 1999 – Ensaios de proficiência por comparações interlaboratoriais
• ABNT NBR ISO 9001: 2000 – Sistemas de gestão da qualidade: requisitos.
• ASTM E1301-95 – Standard Guide for Proficiency Testing by Interlaboratory Comparisons, 1995
• CLIA’88 – Clinical Laboratory Improvement Amendments of 1988
• Guia para Expressão da Incerteza de Medição, 1998 (2º edição brasileira)
• INMETRO – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM
1995), 1995.
• International Harmonized Protocol for Proficiency Testing of (Chemical) Analytical Laboratories –
Journal of AOAC International, 76, N:4, 1993, pp 926 – 940.
• ISO 5725: 1994 – Accuracy (trueness and precision) of measurment methods and results.
• NCCLS C24-A2 Statistical Quality Control for Quantitative Measurements
• NCCLS GP-27A Using Proficiency Testing (PT) to Improve the Clinical Laboratory
• NCCLS GP-29P Validation of Laboratory Test when Proficiency Testing not Avaliable
• Portaria No 1376, de 19/11/1993 (Hemoterapia)
• Portaria No 488, de 17/06/1998 (HIV)
• Portaria No 686, de 27/08/1998 (BPF correlatos)
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• Proc./GGLAS n.° 01 Procedimento para habilitação junto à REBLAS – só revisão
• Proc./GGLAS n.° 03 Regulamento para habilitação junto à REBLAS – só revisão
6. SIGLAS
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
GGLAS Gerência Geral de Laboratórios de Saúde Pública
REBLAS Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AOAC Association of Official Analytical Chemists
BPF Boas Práticas de Fabricação
ISO International Organization for Standardization
NCCLS National Commitee for Clinical Laboratory Standards
7. DIRETRIZES PARA O PROVEDOR DE ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA
7.1. O provedor deve estabelecer e manter um Sistema da Qualidade, em todos os níveis da
empresa, para garantir a qualidade dos programas de ensaios de proficiência e proporcionar,
confiança sobre seus dados aos laboratórios e aos usuários.
7.2. O provedor deve estabelecer programas de ensaios de proficiência obedecendo às seguintes
diretrizes:
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7.2.1. Com relação à freqüência
(A) As rodadas devem acontecer com intervalos regulares não superiores a 3 (três) meses;
(B) Cada rodada deve ter para cada ensaio no mínimo 2 (dois) itens de ensaio diferentes;
(C) Anualmente, devem ser enviadas, no mínimo, 10 (dez) itens de ensaio diferentes,
distribuídos entre as rodadas;
(D) Em situações especiais, os intervalos entre as rodadas podem ser estendidos e o número
de itens de ensaio, reduzido, com aprovação da GGLAS, considerando-se o
custo/benefício do programa, notadamente no caso de materiais comprovadamente raros
e de difícil obtenção/preparação, bem como se houver freqüência reduzida de realização
do ensaio na rotina laboratorial;
(E) Ensaios qualitativos podem requerer um número maior de itens de ensaio por rodada para
reduzir a previsibilidade de resultados.
7.2.2. Com relação aos materiais
(A) Os itens de ensaio devem ser similares, homogêneos e estáveis, ao tipo e aos materiais
da rotina laboratorial quanto, por exemplo, à composição da matriz e ao intervalo de
concentração;
(B) Os itens de ensaio devem abranger todo o intervalo de valores (se ensaios quantitativos) e
todos os tipos de resultados (se ensaios qualitativos) que podem ocorrer na rotina
laboratorial, evitando-se repetições freqüentes de valores e de tipos de resultados;
(C) Os materiais destinados à microbiologia devem incluir os microrganismos de ocorrência no
laboratório;
(D) O provedor deve ter material excedente para garantir o fornecimento extra para os
participantes em caso de perdas e/ou acidentes durante o prazo de execução dos ensaios
e sempre que a validade desse material permitir;
(E) A fabricação dos itens de ensaio deve obedecer à Portaria No 686/1998 (BPF para
correlatos) e as matérias-primas devem ser adquiridas de fornecedores qualificados que
seguem as normas de BPF regulamentadas para seu processo. Todo o processo de
fabricação, de manuseio, de armazenagem, de identificação, de rotulagem e de ensaio
(amostragem, controles de meio de processo e de aprovação final) deve ser controlado,
documentado e registrado. O atendimento às normas de BPF, relativa às matérias-primas
e ao item de ensaio, deve ser evidenciado (por meio de documentação e de registro) pelo
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provedor do ensaio de proficiência, tanto se produzido pelo próprio provedor quanto
adquirido de terceiros;
(F) Para a aprovação de itens de ensaio destinados a ensaios quantitativos deve ser usado o
Protocolo Internacional Harmonizado para Ensaios de Proficiência em Laboratórios
Analíticos da AOAC (ver Anexo D). A utilização de outro método de aprovação deve ser
submetida à GGLAS para a comprovação de sua eficiência e possível aprovação;
(G) Para a caracterização e aprovação de itens para ensaios qualitativos podem ser usados
Laboratórios de Referência, ou Métodos de Referência bem como métodos mais
freqüentemente adotados pelos laboratórios participantes.
7.2.3. Com relação às instruções para os participantes
(A) Previamente, com 1 (um) mês de antecedência ou no ato da inscrição, o provedor deve
disponibilizar um calendário com o número de rodadas, as respectivas datas, as
quantidades de itens de ensaio e a lista de ensaios contemplados.
(B) Junto com o material, o laboratório deve receber as instruções sobre o manuseio dos itens
de ensaio referente aos fatores que podem influenciar nos ensaios e as instruções sobre o
relato e registro dos resultados;
(C) Junto com a avaliação, o provedor deve informar ao laboratório o método estatístico e os
critérios de avaliação usados.
(D) Os programas já estabelecidos podem agregar essas informações em um documento único
e disponibilizá-lo, previamente, ao laboratório.
7.2.4 Com relação ao sigilo
Os dados de cada laboratório, quanto à participação e ao desempenho, devem ser mantidos
sob sigilo, permitido o acesso apenas ao próprio ou a quem designado por ele.
7.2.5 Com relação ao reensaio
Para efeito de emissão de certificado, o provedor pode oferecer, para cada ensaio, até 30%
dos itens de ensaio enviados no ano, via rodada extra, para a substituição de resultados
insatisfatórios. Tais itens de ensaio devem ter valores/resultados desconhecidos e a
substituição de resultados deve ser discriminada nos relatórios.
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7.2.6. Com relação à metodologia estatística de análise dos resultados
(A) Nos ensaios quantitativos, os resultados devem ser tratados segundo a estatística de
grupo (''peer group'') com, no mínimo, 5 (cinco) resultados após a aplicação de estudos de
rejeição de dispersos, considerando as recomendações da ISO 5725:1994. Cada ensaio
deve ter seus grupos previamente definidos, do mais específico para o mais geral.
(B) Nos ensaios qualitativos, os resultados devem ser tratados segundo a estatística de
consenso.
7.2.7. Com relação à avaliação dos resultados
(A) Para os ensaios qualitativos, deve-se definir o ‘Resultado Aceitável’ conforme o resultado
prévio do material, o consenso obtido entre participantes e, quando utilizado, o resultado
obtido por laboratório de referência;
(B) Para os ensaios quantitativos, deve-se definir a ‘Faixa Aceitável’, aplicando-se o limite do
ensaio ao valor-alvo de cada material. A variação permitida (limite) está definida nos
Anexos A e B deste documento.
7.2.8. Com relação aos relatórios do provedor: deve fornecer
(A) O resumo estatístico dos resultados obtidos pelos laboratórios de ensaio (ex: média e
desvio padrão de cada sistema analítico, histograma,...). Sem identificar os laboratórios.
(B) O relatório de desempenho de cada laboratório, deve ter a avaliação obtida para cada item
de ensaio e o grau de desempenho atingido para cada ensaio (soma das avaliações de
cada item de ensaio) em 1(um) ano de participação.
7.2.9 Com relação ao certificado de proficiência
Um certificado pode ser emitido para um período de participação de 12 meses e deve conter:
(A) A razão social/nome fantasia do laboratório de ensaio;
(B) O endereço da unidade técnica (matriz ou filial) na qual são realizados os ensaios;
(C) A lista dos ensaios que atingiram o grau de desempenho satisfatório; e
(C) A lista de ensaios educativos.
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7.2.10 Com relação ao grupo consultivo do provedor
O provedor deve ser assessorado por especialistas técnicos nas áreas contempladas pelo
ensaio de proficiência e por estatísticos. Esse grupo consultivo deve:
(A) Ser responsável pela análise dos resultados dos ensaios de proficiência;
(B) Fornecer recomendações aos laboratórios de ensaio, esclarecer dúvidas, pesquisar a
causa de baixos graus de desempenho e fornecer orientações técnicas pertinentes;
(C) Divulgar para os laboratórios de ensaio os nomes dos componentes e suas áreas de
competência).
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ANEXO A
Definições
Para efeito deste documento são adotadas as seguintes definições; além daquelas da ABNT ISO Guia
43: 1999 e do VIM:1995.
• Ensaios Educativos: ensaios oferecidos junto ao ensaio de proficiência mas com caráterexclusivamente educativo; não são avaliados por terem variabilidade elevada e poucas análisesestatísticas/técnicas, ou por serem materiais com valor-alvo conhecido, no caso de ensaios deproficiência de valores desconhecidos.
• Laboratório de Referência: (A) laboratório designado pelo provedor ou pela GGLAS, com baseem sua experiência e desempenho técnico (habilitação, certificação ou credenciamento) com opropósito de determinar resultados esperados/valores designados dos itens de ensaio para umensaio específico ou (B) laboratório que no último ano de participação em ensaios de proficiênciahabilitados pela GGLAS, atingirem um grau de desempenho de 100% satisfatório com relação aum ensaio específico. (CLIA'88)
• Valor-alvo: a média (ou a mediana) de um grupo de resultados após tratamento estatístico.
• Estatística de Grupo (''peer group''): método estatístico no qual os resultados de ensaiosquantitativos são agrupados de acordo com a semelhança entre os sistemas analíticos (método,equipamento e/ou reagente) que os geraram. Cada grupo é submetido a um estudo de rejeiçãode dispersos, para a retirada de possíveis valores discrepantes e, ao final, a média (ou amediana), calculada com, no mínimo 5 resultados, é considerada o valor-alvo.
• Estatística de Consenso: método estatístico no qual os resultados de ensaios qualitativos sãoagrupados de acordo com a cada opção de resposta; para esse tipo de resultado faz-se apenas acontagem de respostas iguais.
• Limite de aceitação: variação permitida para um ensaio. Esse limite é aplicado ao valor-alvo a fimde calcular o intervalo de resultados considerável aceitável. O limite pode ser fixo ou variável(quando variável, o de maior intervalo prevalece).
• Grau de Desempenho: grau de ‘acerto’ mínimo que deve ser atingido durante 1(um) ano departicipação em ensaios de proficiência para que o laboratório seja considerado satisfatório. Cadaensaio tem seu grau de desempenho dado em porcentagem.
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ANEXO B
Ensaios, Graus de Desempenho e Limites de Aceitação para Laboratórios Clínicos(Ambulatoriais ou Hospitalares, Públicos ou Privados)
A Tabela 1, Ensaios Qualitativos, apresenta para cada especialidade/ensaio o perfil dos itens de
ensaio e o grau de desempenho a atingir.
A Tabela 2, Ensaios Quantitativos, apresenta para cada especialidade/ensaio os limites de aceitação.
A Tabela 3 apresenta limite e grau de desempenho para ensaios que podem ser Qualitativos e
Quantitativos.
Tabela 1. Ensaios Qualitativos
Ensaio Comentários Grau de Desempenho
Bacteriologia
Coloração de GRAM
Isolamento, Identificação e
Antibiograma
O programa deve incluir microorganismos representativos dos cincoprincipais grupos de bactérias: enterobactérias, bacilos grampositivos, cocos gram positivos, cocos gram negativos e bactériasgram negativas diversas.
Um programa específico deve abordar os microorganismosanaeróbios.
80%
Micologia
Identificação
O programa deve incluir organismos representativos dos cincoprincipais grupos de fungos: leveduras e fungos que se assemelham,fungos dimórficos, fungos dematiáceos (cromogênicos), dermatófitose sapróbios, inclusive os fungos oportunistas.
80%
Parasitologia
Identificação em fezesO programa deve incluir parasitas freqüentemente encontrados noBrasil e outros emergentes importantes. 80%
Micobacteriologia
Coloração Ziehl-Neelsen
Isolamento e Identificação
Antibiograma
O programa deve incluir espécies representativa da Tuberculose edos 5 principais grupos (complexos) de micobactérias encontradas emamostras humanas.
80%
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Tabela 1. Ensaios Qualitativos (continuação)
Ensaio Comentários Grau de Desempenho
Imunologia
Anti-HIV(1)*, Anti-HTLV(2),Anti-HCV(2), Marcadores deHepatite(2)**, Chagas(3),Sífilis(3), Dengue(3),Anti-HAV(3),Citomegalovírus(3) eMononucleose(3).
O programa deve cobrir a faixa de reatividade, desde materiaisaltamente reativas até as não reativas.
* para Anti-HIV deve ser exigido o cumprimento da Portaria No
488, de 17/06/1998, na qual fica definido que olaboratório deve executar dois ensaios de triagemparalelos com princípios metodológicos e/ouantígenos distintos, e que o confirmatório deve serpor “western blot” ou imunofluorescência.
** HbsAg, Anti HBc, Anti HBs, Anti Hbe e HbeAg
100% (1)
90%(2)
80% (3)
ImunoHematologia
Sistema ABO(1), SistemaRhesus(1), Coombs Direto(2),Coombs Indireto(2) eIdentificação de AnticorposAtípicos(2)
O programa deve incluir todos os tipos sanguíneos (A, B, AB e O) eos possíveis resultados para os outros ensaios (reativo e nãoreativo)
100% (1)
80% (2)
Hematologia
Hematoscopia
O programa deve cobrir perfis normais e patologias hematológicas.A avaliação deve ser feita a partir de um histograma dos resultadosdos participantes e resultados prévios, cuja faixa consideradaaceitável deve ser feita com base nessa análise e no julgamentotécnico do avaliador.
80%
Urinálise EAS
Bilirrubina, CorposCetônicos, Densidade,Glicose, HemoglobinaHemolisada, Nitrito, pH,Proteínas, Urobilinogênio eSedimentoscopia.
O programa deve incluir faixas de ocorrência no laboratório entreresultados normais e anormais. 80%
Biologia Molecular(qualitativo)
HBV, HCV e HIV
O programa deve incluir a faixa de reatividade desde materiaisaltamente reativos até os não reativos. 80%
Nas identificações bacteriológicas e micológicas, deve ser exigida a identificação do gênero e da
espécie, exceto quando o julgamento técnico definir diferente, baseado na estatística de consenso,
em resultados prévios, nos resultados de laboratórios de referência, no grau de dificuldade e na
importância clínica.
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Tabela 2 - Ensaios QuantitativosEnsaio Limite Ensaio LimiteBioquímica Imunologia
α-Glicoproteína ácida ± 2DP Complemento C3 ± 25%
Ácido Lático ± 2DP ou 0,2mmol/L Complemento C4 ± 25%
Ácido Úrico ± 15% Imunoglobulinas IgA ± 25%
Alanina aminotransferase (ALT) ± 40% Imunoglobulinas IgE ± 25%
Albumina ± 15% Imunoglobulinas IgG ± 25%
Amilase ± 50% Imunoglobulinas IgM ± 25%
Aspartato aminotransferase (AST) ± 30% Marcadores Cardíacos
Bilirrubina Total ± 0.4mg/dl ou 20% Mioglobina ± 2DP
Cálcio Iônico ± 30% Troponina I ± 2DP
Cálcio Total ± 15% Gasometria
Cap. Total Fixação do Ferro ± 2DP pH ± 1%
Cloretos ± 13% pO2 ± 20%
Cobre ± 2DP pCO2 ± 20%
Colesterol Total ± 15% Hormônios/Endocrinologia
Colesterol HDL ± 30% ou 2DP Androstenediona ± 2DP
Creatinina ± 0.4mg/dl ou 20% Cortisol ± 25%
Creatino quinase (CPK) ± 40% Estriol ± 2DP
Desidrogenase lática (LDH) ± 40% Estrona ± 2DP
Ferro Total ± 30% Estradiol ± 20%
Fosfatase Alcalina ± 50% FSH ± 20%
Fósforo ± 20% GH ± 20%
Frutosamina ± 2DP Gonadotropina coriônica humana (HCG) ± 20%
Gama Glutamil Trasferase – gGT ± 40% Hormônio estimulador da tireóide (TSH) ± 20%
Glicose ± 13% Insulina ± 2DP
Magnésio ± 25% LH ± 25%
Osmolalidade ± 10% Progesterona ± 30%
Potássio ± 0.5mmol/L 17OH Progesterona ± 2DP
Proteínas Totais ± 12% Prolactina ± 20%
Sódio ± 8mmol/L Sulfato de DHEA ± 25%
Transferrina ± 2DP Testosterona Total ± 2DP
Triglicerídeos ± 16% Testosterona Livre ± 2DP
Uréia ± 18% Tireoglobulina ± 2DP
Vitamina B12 ± 2DP Triiodotironina Livre (T3 Livre) ± 35%
Eletroforese de Proteínas Triiodotironina Capitação (T3 Capitação) ± 15%
Albumina ± 30% Triiodotironina Total (T3 Total) ± 20%
Alfa I ± 60% Tiroxina Livre (T4 Livre) ± 20%
Alfa II ± 40% Tiroxina Total (T4 Total) ± 16% ou 1µg/dL
Beta ± 40% Espectofotômetro
Gama ± 40% Para valor alvo menor que 0,200 ± 30%
Para valor alvo maior que 0,200 ± 20%
DP=Desvio-Padrão
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Tabela 2 – Ensaios Quantitativos (continuação)Ensaio Limite Ensaio LimiteCoagulação Líquor
Fibrinogênio ± 20% Cloretos ± 13%
Tempo de Tromboplastina Parcial – PTT ± 30% Glicose ± 15% ou 6mg/dL
Tempo de Protrombina - TAP ± 25% Proteínas Totais ± 30%
Biologia Molecular Citometria de Fluxo
HBV (logaritmo) ± 2DP CD3+ ± 2DP
HCV (logaritmo) ± 2DP CD4+ ± 2DP
HIV (logaritmo) ± 2DP CD8+ ± 2DP
Toxicologia/ Drogas Terapêuticas Hemograma
Ácido Valpróico ± 20% Contagem de Leucócitos ± 15%
Amicacina ± 20% Contagem de Hemácias ± 10%
Carbamazepina ± 20% Contagem de Plaquetas ± 25%
Digoxina ± 2DP Contagem Diferencial dos Leucócitos ± 2DP
Fenitoína ± 20% Hematócrito ± 8%
Fenobarbital ± 20% Hemoglobina ± 6%
Gentamicina ± 15% RDW ± 20%
Lítio ± 0.3mmol/L ou 30% Urinálise Dosagem
Metotrexato ± 2DP Ácido Úrico ± 30%
Quinidina ± 25% Amilase ± 30%
Teofilina ± 25% Cálcio Total ± 25%
Tobramicina ± 25% Cloretos ± 30%
Vancomicina ± 25% Creatinina ± 35%
Marcadores Tumorais Fósforo ± 30%
PSA Total ± 2DP Glicose ± 30%
CEA (Antígeno Carcinoembrionário) ± 2DP Microalbuminúria ± 20%
CA125 (Antígeno Carbohidrato 125) ± 2DP Osmolalidade ± 2DP
CA19/9 (Antígeno Carbohidrato 19/9) ± 2DP Potássio ± 20%
CA15/3 (Antígeno Carbohidrato 15/3) ± 2DP Proteínas Totais ± 40%
Sódio ± 15%
Uréia ± 30%
Grau de desempenho:80%: Bioquímica, Biologia Mocelular, Citometria de Fluxo, Coagulação, Gasometria, Eletroforese das Proteínas, Espectrofotômetro.Hemograma, Hormônios/Endocrinologia, Imunologia, Líquor, Marcadores Tumorais, Toxicologia/Drogas Terapêuticas e Urinálise
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Tabela 3 - Ensaios Qualitativos/QuantitativosEnsaio Comentários Grau de Desempenho
Imunologia
Antiestreptolisina O ± 2DP; Reativo; Não Reativo 80%
Fator Reumatóide ± 2DP; Reativo; Não Reativo 80%
Proteína C Reativa ± 2DP; Reativo; Não Reativo 80%
Rubéola ± 2DP; Reativo; Não Reativo 80%
Toxoplasmose ± 2DP; Reativo; Não Reativo 80%
A lista de ensaios apresentada neste Anexo contempla apenas ensaios pesquisados junto aos
provedores nacionais na época de sua elaboração. Cabe à GGLAS a habilitação e o julgamento da
adequação (de novos ensaios) até que uma revisão permita a inclusão dos mesmos.
Os valores-alvo e de consenso (resultados) esperados para os itens de ensaio de programas de
ensaios de proficiência não devem ser divulgados antes nem durante a execução dos ensaios. Os
laboratórios devem trabalhar com materiais cujos resultados sejam totalmente desconhecidos, de
modo a simular pacientes reais.
Alguns ensaios, tais como os microbiológicos, citometria de fluxo e hematoscopia podem necessitar
de dados clínicos orientativos. Cabe à GGLAS julgar e aprovar a necessidade de apresentação
desses dados aos laboratórios no fornecimento dos itens de ensaio. Para implantação de controles
internos quantitativos recomenda-se o uso da NCCLS C24-A2.
Na inexistência de ensaio de proficiência habilitado pela REBLAS, recomenda-se a implantação de
outros controles conforme a Norma NCCLS GP-29P. Para a análise crítica de resultados de ensaio
de proficiência indica-se a Norma NCCLS GP-27A.
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ANEXO C
Procedimento para Laboratórios de Hemocentros, Bancos de Sangue, Serviços deHemoterapia e Assemelhados. (Públicos ou Privados)
1. Materiais : Preparação de Itens de Ensaio
Os materiais para sorologia e imunohematologia devem ser preparados a partir de matriz humana,
não devendo serem utilizadas técnicas de ‘pool’ de materiais positivos para seu preparo.
A caracterização mínima exigida para a sorologia é a seguinte:
• Anti-HIV: 3 (três) métodos diferentes, incluindo confirmatório
• Chagas: 3 (três) métodos diferentes
• Sífilis: 3 (três) diferentes métodos, incluindo confirmatório
• Anti-HTLV e Anti-HCV: 2 (dois) métodos, incluindo confirmatório.
• Marcadores de Hepatite B (HBsAg e Anti HBc): 2 (dois) métodos diferentes.
Após a preparação e o envase dos materiais, as amostras devem ser submetidas à validação por um
segundo laboratório, devendo ter resultados concordantes com a caracterização prévia.
Para a imunohematologia o item de ensaio é subdividido em duas alíquotas: soro e suspensão de
hemácias, alíquotas podem ser provenientes de diferentes doadores, desde que sejam compatíveis.
Esse material deve ser caracterizado por dois métodos: tubo e gel centrifugação.
2. Avaliação no Ensaio de Proficiência
O ensaio de proficiência deve cobrir o intervalo de reatividade dos ensaios, incluindo materiais
altamente reativos e os não reativos.
O ensaio de proficiência deve obedecer às Portarias No 488, de 17/06/1998 (HIV) e No 1376, de
19/11/1993 (Hemocentros). Desse modo, o ensaio de proficiência deve avaliar o laboratório quanto
aos seguintes aspectos:
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• Para Anti-HIV: realização de dois testes de triagem em paralelo, de princípios metodológicos e/ou
antígenos diferentes, sendo o confirmatório por “western blot” ou imunofluorescência.
• Para Chagas: realização de dois testes em paralelo, com métodos de princípios diferentes.
• Para Anti HTLV, Anti HCV, Sífilis e Marcadores de Hepatite: realização de um teste, apenas.
• Sistema ABO: realização de prova direta e reversa para a liberação do resultado.
• Sistema Rhesus: realização da pesquisa do D fraco para determinações negativas.
O não cumprimento dessas regras, (por exemplo, para HIV, a realização de apenas um teste de
triagem ou dois testes de mesmo princípio, ou então descartar a prova reversa do Sistema ABO),
deve contar negativamente no grau de desempenho do laboratório.
Tabela 4 - Ensaios QualitativosEnsaio Grau de
DesempenhoEnsaio Grau de
Desempenho
Sorologia Hematologia
Anti-HIV 100% Sistema ABO 100%
Anti-HTLV 90% Sistema Rhesus 100%
Anti-HCV 90%Marcadores de Hepatite B (HBsAg e AntiHBc) 90%
Pesquisa de Anticorpos Irregulares(Coombs Direto e Coombs Indireto) 80%
Chagas 80% Identificação de Anticorpos Atípicos 80%
Sífilis 80% Hematócrito (Limite: 8%) 80%
TGP/ALT (Limite: 40%) 80%
Os resultados esperados para os materiais de ensaio de proficiência não devem ser divulgados antes
nem durante a execução dos ensaios. Os laboratórios devem trabalhar com materiais cujos
resultados sejam totalmente desconhecidos, de modo a simular pacientes reais.
Na inexistência de ensaio de proficiência habilitado pela REBLAS, recomenda-se a implantação de
outros controles conforme a Norma NCCLS GP-29P. Para a análise crítica de resultados de ensaio
de proficiência indica-se a Norma NCCLS GP-27A.
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ANEXO D
Procedimentos Estatísticos Gerais para a Análise de Resultados.
[Adaptado do Protocolo Internacional Harmonizado para Ensaio de Proficiência em Laboratórios
Analíticos (Químicos), 1995]
1. Estimativas do valor designado
O primeiro estágio na concepção de um índice a partir de um resultado x (uma única medição da
quantidade em um material de ensaio) é a obtenção de uma estimativa da tendência (bias)* definida
do seguinte modo:
estimativa da tendência (bias) = x – Xonde X é o valor verdadeiro. Na prática, utiliza-se o valor designado X , a melhor estimativa de X.Existem vários métodos para obtenção desse valor designado.
2. Formação do valor-z (z-score)
A maioria dos programas de ensaios de proficiência compara a e
definida anteriormente) com o valor-alvo para o desvio-padrão do crité
valor-z como sendo:
valor – z=(x – ) / σ
onde σ é o valor-alvo para o desvio-padrão.
Embora o valor-z tenha o aspecto de uma variável aleatória que segu
se deve, necessariamente, considerá-lo como tal. Em alguns casos,
decidir utilizar uma estimativa da variação real, (s) encontrada em
processo, no lugar do desvio-padrão-alvo. Neste caso, é recomen
resultados dos laboratórios, após a eliminação das medições considera
métodos robustos para cada combinação de analito/material/rodada. O
rodada para rodada; em conseqüência, o valor-z para um laboratór
* embora o termo estatístico correto seja “tendenciosidade”, esta publicação segue o VIM
^
,stimativa da tendência (como
rio de desempenho. Define-se
X̂
e a distribuição de Gauss, não
o grupo assessor técnico pode
uma particular rodada de um
dado estimar-se s a partir de
das dispersas, ou por meio de
valor de s irá então variar de
io não poderia ser comparado
1995.
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diretamente entre rodadas. Entretanto, a estimativa da tendência (x- ) para uma única combinação
analito/material poderia ser comparada de forma útil, entre rodad
correspondente de s indicaria uma melhoria geral na reprodutibilidade
Um valor fixado para σ é preferível e oferece a vantagem de que
podem ser comparados entre rodadas para demonstrar tendências
grupo de laboratórios. Sugere-se que, qualquer que seja o valor de σ
pelos participantes. Para alguns ensaios, é necessário somente qu
suficiente para discriminar uma situação de passa/não passa.
Pode-se chegar ao valor fixado de vários modos:
2.1. Por percepção
O valor de σ pode ser fixado arbitrariamente, com base na percep
comportam. O problema deste critério é que tanto as percepç
laboratório podem mudar com o tempo. Pode haver a necessidade d
em quando e, conseqüentemente, interferindo na continuidade
Entretanto, há alguma evidência de que o desempenho do laboratór
um aumento gradativo nos requisitos de desempenho.
2.2. Por determinação
O valor de σ pode ser uma estimativa da precisão requerida
interpretação de dados. Este critério é o mais satisfatório se pu
relacionado diretamente com o conteúdo de informação exigido dos
de concentração seja muito pequeno, convém que σ seja esp
concentração.
2.3. Por referência a uma metodologia validada
Quando um método-padrão é indicado para as análises, σ pode se
do desvio-padrão da reprodutibilidade obtida durante processos colab
2.4. Por referência a um modelo generalizado
O valor de σ pode ser proveniente de um modelo geral de precisã
quadro geral de reprodutibilidade, podem ser percebidos desvios
métodos. Esta estimativa pode ser utilizada se nenhuma informação
^
Xas de um laboratório, e o valor
entre rodadas.
os valores-z provenientes dele
gerais de um laboratório ou um
fixado, este seja prático e aceito
e o valor escolhido seja claro o
ção de como os laboratórios se
ões quanto o desempenho do
e se alterar o valor de σ de vez
do esquema de pontuação.
io responde de modo favorável a
para uma tarefa específica de
der ser formulado, porque está
dados. A menos que o intervalo
ecificado como uma função da
r obtido por interpolação a partir
orativos apropriados.
o. Se esse modelo fornecer um
substanciais para determinados
específica estiver disponível.
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Pro
3. Interpretação dos valores-z
Se e σ forem bons estimadores da média e do desvio-padrão da população, e se a distribuição
bá
de
a
de
Co
e m
po
um
im
mu
4.
Um
se
ne
índ
5.
É c
Ap
ún
pa
se
índ
qu
uti
X̂
c./GGLAS n
sica for a de Gauss, então z terá, aproximadamente, uma distribuição de Gauss com média 0 e
svio padrão 1. Um sistema analítico pode ser descrito como “bem comportado” quando ele atende
essas condições. Nestas circunstâncias, um valor absoluto de z(|z|) maior que 3 sugere
sempenho fraco.
mo z é padronizado, pode ser comparado de modo útil entre todos os analitos, materiais de ensaio
étodos analíticos. Valores de z obtidos de diversos materiais e faixas de concentração podem,
rtanto, com o devido cuidado, ser combinados dando um valor composto para um laboratório em
a rodada de um ensaio de proficiência. Além do mais, o significado dos valores-z pode ser
ediatamente analisado, isto é, valores de | z | < 2 seriam muito comuns e valores de | z | > 3 seriam
ito raros em sistemas bem comportados.
Índice alternativo
tipo alter tivo e índice, índ ce Q, não é baseado no valor fixado, mas na tendência relativa, ou
ja: Q = (x X ) X onde x e foram definidos anteriormente. Apesar de não ser recomendado
ste proced
ice tem a
Combinaç
omum ser
esar de c
ico que sin
ra a avalia
ja mal inte
ices indivi
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lizados com
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ntagem de nã
resultados d
olicitadas mui
nsaio individu
o desempenh
e tendências*
do ou aprove
. Portanto, o u
aplicações e
vida cautela.
i
X
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ores, como o da higiene ocupacional, utilizam esse indicador. Este
o tornar aparente, de imediato, a significância de um resultado.
e um laboratório em uma rodada do programa
tas análises diferentes em uma rodada de um ensaio de proficiência.
al fornecer informação útil, muitos participantes desejam um valor
o global do laboratório na rodada. Este enfoque pode ser apropriado
a longo prazo. Entretanto, há um perigo de que tal índice combinado
itado pelos não especialistas, especialmente fora do contexto dos
so geral dos índices combinados não revelando, mas se reconhece
specíficas, se baseadas em princípios estatísticos adequados e
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É especialmente enfatizado que existem limitações e pontos fracos em qualquer programa que
combina valores-z a partir de análises distintas. Se um único índice dentre muitos obtidos por um
laboratório estiver inadequado, o índice combinado poderá ser adequado, não revelando a
inadequação pontual. Em alguns aspectos, esta característica é útil, quando uma falha em uma única
análise tem seu peso diminuído no índice combinado. Entretanto, há um risco de um laboratório estar
consistentemente com falhas somente em uma análise particular e, freqüentemente, relatar um valor
não aceitável para aquela análise em rodadas sucessivas do processo. Este fator pode ser ocultado
pela combinação de índices.
6. Índices móveis
Apesar dos índices combinados fornecerem um relato numérico do desempenho do laboratório numa
rodada única do ensaio de proficiência, para alguns objetivos pode ser útil ter um indicador mais geral
do desempenho do laboratório ao longo do tempo.
Apesar do valor de tais indicadores ser questionável, podem ser obtidos de modo simples e dar uma
idéia geral dos valores ao longo de várias rodadas do ensaio.
Deve ser enfatizado que, assim como os índices combinados, é difícil obter índices móveis que não
estejam sujeitos a interpretações errôneas.
7. Classificação, ordenação, e outras avaliações de dados de proficiência
A classificação dos dados não é o objetivo principal dos ensaios de proficiência. Entretanto, os
organismos de credenciamento podem utilizar os resultados dos ensaios com este objetivo, mas é
recomendável que qualquer classificação utilizada seja estatisticamente bem fundamentada.
7.1 Classificação
Se a distribuição de freqüência de um índice de proficiência é conhecida ou suposta, então pode ser
atribuída significância aos resultados de acordo com os quantis daquela distribuição. Em um sistema
analítico bem comportado é esperado que os valores-z estejam fora do intervalo -2<z<2 em cerca de
5% das vezes, e fora do intervalo -3<z<3 somente em cerca de 0,3 %. Neste último caso, pode ser
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interpretado que a probabilidade é tão pequena para um “sistema bem comportado”, que quase
certamente representa um desempenho não satisfatório. Seria, portanto, possível classificar índices
como a seguir:
|z| ≤ 2, Satisfatório
2 < |z| < 3, Questionável
|z| ≥ 3, Insatisfatório
Os valores-z são amplamente comparáveis, mas a utilização de qualquer classificação deve, na
prática, ser tratada com cuidado, porque o conhecimento de probabilidades rele antes se baseia em
suposições que podem não ser atendidas: (1) que os valores adequados de X e σ tenham sido
utilizados; e (2) que a distribuição básica dos erros analíticos seja a de Gauss, a
valores dispersos. Adicionalmente, a divisão de uma medida contínua em u
identificadas, tem pouco a se recomendar, do ponto-de-vista científico, embora
psicológico nos participantes. Conseqüentemente, classificação não é recomen
proficiência. Limites de decisão, baseados nos valores-z podem ser utilizados c
quando necessário.
7.2 Ordenação
Os laboratórios participantes em uma rodada de um ensaio de proficiência podem
base no índice combinado para a rodada ou nos índices móveis. Tal lista ord
encorajar um desempenho melhor em laboratórios com desempenho inadequad
comparação entre os participantes. Entretanto, a ordenação não é reco
ineficientemente a informação disponível e pode levar a interpretações errônea
um modo mais efetivo de apresentar os mesmos dados.
8. Procedimento recomendado para ensaiar material para suficiente homog
Na preparação de materiais de ensaio de proficiência, o laboratório deve o
procedimento:
1. Utilizar um método apropriado para homogeneizar todo o material.
2. Dividir o material em frascos que serão enviados aos participantes.
^
vpós a eliminação dos
mas poucas classes
possa ter um efeito
dada em ensaios de
omo uma alternativa
ser ordenados com
enada é usada para
o porque provê uma
mendada por usar
s. Um histograma é
eneidade
bedecer ao seguinte
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3. Selecionar, aleatoriamente, um mínimo (n) de 10 frascos.
4. Homogeneizar separadamente o conteúdo de cada um dos n frascos selecionados e tomar duas
porções de ensaio.
5. Utilizar um método apropriado para analisar as 2n porções de ensaio em uma ordem aleatória sob
condições de repetitividade. O método analítico utilizado deve ser suficientemente preciso para
estimar satisfatoriamente o desvio-padrão de s, ss.
6. Estimar a variância amostral (ss2) e a variância analítica (sa
2) utilizando a análise da variância de
um fator, sem excluir os valores considerados dispersos.
7. Informar os valores de x , ss , sa , n e o resultado do teste-F.
8. Para garantir suficiente homogeneidade, é recomendável que o valor de ss/σσσσ seja menor que 0,3,
onde σ é valor-alvo para o desvio-padrão para os ensaios de proficiência na concentração do
analito igual X.
Como exemplo, sejam os dados da Tabela 5:
Tabela 5. Dados amostrais de duas medições
Amostra nº Medição 1 Medição 21 10,5 10,4
2 9,6 9,5
3 10,4 9,9
4 9,5 9,9
5 10,0 9,7
6 9,6 10,1
7 9,8 10,4
8 9,8 10,2
9 10,8 10,7
10 10,2 10,0
11 9,8 9,5
12 10,2 10,0
Média geral 10,02
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A análise da variância fornece os seguintes resultados (tabela 6):
Tabela 6. Análise da variância
Fonte de variação Graus de liberdade Soma dos quadrados Média dos quadrados F
Entre amostras 11 2,54458 0,231326 3,78
Analítica 12 0,735000 0,06125
O valor crítico de F (com p = 0,05, 11 graus de liberdade no numerador e 12 no denominador) é
2,72 < 3,78. Desse modo, há diferenças significantes entre as amostras:
sa = √ 0,0613 = 0,25
ss = [(0,2313 – 0,0613) / 2 ] ½ = 0,29
σ = 1,1 (este é um exemplo de um valor-alvo para o desvio-padrão de referência e não é proveniente
dos dados)
ss / σ = 0,29 / 1,1 = 0,26 < 0,3
Apesar de haver diferenças significantes entre as amostras (teste F), o material é suficientemente
homogêneo para o objetivo do ensaio de proficiência, porque ss/σσσσ = 0,26 é menor que o valor máximo
recomendado de 0,3.
9. Combinação de resultados de um laboratório em uma rodada de um programa
O uso geral de combinação de índices não é recomendado, mas se reconhece que podem ter
aplicações específicas se utilizada com cautela.
9.1. Introdução
Existem vários métodos por meio dos quais os valores-z independentes produzidos por um
laboratório podem ser combinados em uma rodada de ensaios:
(1) a soma dos valores-z , SZ = ∑z;
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(2) a soma dos quadrados dos valores-z , SSZ = ∑z2; e
(3) a soma dos valores absolutos dos valores-z, SAZ = ∑ |z|.
Estas estatísticas podem ser divididas em 2 classes. A primeira classe (contendo somente SZ), utiliza
informação acerca dos sinais dos valores-z enquanto a segunda classe (SSZ e SAZ) fornece
informação somente acerca do tamanho dos valores-z, isto é, a grandeza das tendências (bias).
Quanto a esta última, a soma dos quadrados é mais tratável matematicamente e é, portanto, a
estatística preferida apesar de ser sensível aos dispersos individuais. SAZ pode ser igualmente útil se
os dispersos forem extremos, ou se forem muitos os laboratórios dispersos; todavia não é
recomendada por ser complexa sua distribuição.
9.2. Soma dos valores, SZ
A distribuição de SZ é centrada em zero com variância m, onde m é o número de valores-z sendo
combinados. Então SZ não pode ser interpretado na mesma escala que os valores-z. Entretanto, um
escalonamento simples restaura a variância 1, fornecendo uma soma reescalonada de valores-z,
RSZ = ∑ z / √m, harmonizando desse modo a escala. Em outras palavras, tanto z como RSZ podem
ser interpretados como desvios-padrão de Gauss. SZ e RSZ têm a vantagem de utilizar a informação
dos sinais das tendências (biases). Então, se uma série de valores-z for 1,5, 1,5, 1,5, 1,5, os
resultados individuais podem ser considerados como valores-z positivos não significantes.
Entretanto, vistos como um grupo, a probabilidade conjunta de se observar 4 desses desvios juntos
seria pequena. Esta constatação reflete-se no valor de RSZ igual a 3,0 que indica um evento
significante. Esta informação seria útil na identificação de uma pequena tendência consistente em um
sistema analítico, mas seria útil na combinação de resultados de vários sistemas diferentes, quando
uma tendência consistente não seria esperada e seria improvável que fosse significante.
Outra característica do RSZ é a tendência dos erros de sinais opostos se cancelarem. Em uma
situação bem comportada (isto é, quando o laboratório tem desempenho que não apresente
tendências em relação ao valor designado σ), isto não causa problemas. Entretanto, se o laboratório
estivesse com desempenho ruim, surge a possibilidade de cancelamento fortuito de valores
significativamente maiores de z. Tal ocorrência seria muito rara probabilisticamente.
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Estas restrições no uso do RSZ servem para enfatizar os problemas de utilizar índices, combinados
provenientes de vários ensaios analíticos. Quando tal índice for utilizado, deve ser considerado
simultaneamente com os índices individuais.
9.3. Soma dos quadrados dos índices, SSZ
Esta combinação de índice tem uma distribuição qui-quadrado (χ2) com m graus de liberdade para
um laboratório com bom desempenho. Portanto, o índice não pode ser simplesmente interpretado em
uma escala comum com valores-z. Entretanto, os valores da distribuição χ2 podem ser encontrados
na maioria das tabelas estatísticas. SSZ não leva em consideração os sinais dos valores-z devido aos
termos ao quadrado. Então, no exemplo considerado previamente, quando os valores-z são 1,5, 1,5,
1,5, 1,5, encontra-se SSZ = 9,0, um valor que não é significante no nível de 5% e não desperta
suficiente atenção para a natureza não usual dos resultados como um grupo. Entretanto, nos ensaios
de proficiência, estamos preocupados muito mais com a grandeza dos desvios do que com o seu
sentido. Assim, SSZ parece apropriado para este uso. Além do mais, o problema do cancelamento
não intencional de valores-z significantes de sinais opostos é eliminado. Então o SSZ tem a vantagem
de ser uma combinação de índices para diversos ensaios analíticos e é, até certo ponto,
complementar ao RSZ.
10. Cálculo dos índices móveis (running scores)
O uso geral dos índices móveis não é recomendado, mas podem ter aplicações específicas se
utilizados com cautela. Os índices móveis são calculados usualmente por meio de uma média móvel.
O procedimento pode ser aplicável para um valor-z ou a uma combinação de índices. Por exemplo,
um índice móvel relativo à atual enésima rodada e às k rodadas anteriores pode ser formado como se
segue:
n
RZ n = ∑ zj (k+1) j =n-k
onde zj é o valor-z para o material na ja (j-ésima) rodada.
O índice móvel pode ter uma vantagem ameniza-se de certo modo um desempenho fraco restrito a
uma rodada, permitindo uma avaliação geral de desempenho. Por outro lado, um desvio grave
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isolado terá um “efeito memória” na média móvel simples que irá persistir até que (k+1) mais rodadas
dos processos tenham se passado. Este “efeito memória” pode levar um laboratório a falhar
persistentemente em um ensaio baseado nos índices móveis, muito depois do problema ter sido
sanado. Para evitar ênfases indevidas em uma rodada isolada com mau desempenho, são sugeridas
duas estratégias:
Primeiro, índices individuais ou combinados podem ser restritos dentro de certos limites. Por exemplo,
pode-se utilizar uma regra, como a seguir: se |z | > 3, então, z’ = ± 3, o sinal sendo o mesmo de z,
onde z é o valor bruto de um valor-z, e o valor modificado z’ é limitado no intervalo ± 3.
O limite real utilizado pode ser estabelecido de modo que um evento isolado não aumente o índice
móvel acima de um nível crítico de decisão.
Segundo, uma estratégia pode ser desenvolvida para evitar “efeitos memória”, onde os índices
móveis podem ser filtrados. Resultados de rodadas passadas podem ter um efeito menor no índice
móvel. Por exemplo, o amortecimento exponencial usa uma regra como se segue:
∞
i^
Zn = ∑ α z n-1(1-α) i =0
calculado por^
Proc./GG
Z n = (1 - α)zn + α Z n -1
onde α é um parâmetro entre zero e um, indicando o grau de amortecimento.
11. Procedimento alternativo para determinação de índice para programas de ensaios deproficiência
Um tipo alternativo de índice, índice-Q, não é baseado no valor padronizado, mas na tendência (bias)
relativa:
Q = (x – )
onde x
analítico
participa
^ ^
XLAS
e
s, se
ntes
^
/ X
têm seus significados anteriores. Este tipo de índice relaciona-se diretamente aos erros
Xnº 02/
m nen
ou de
^
43 Página 31 de 38
huma referência para um valor de σ , o qual deve ser proveniente ou de dados dos
um padrão de desempenho imposto.
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Espera-se que a distribuição geral de Q seja centrada em zero. Deverá ser centrada em zero quando
as médias de todos os participantes forem utilizadas como estimativa do valor verdadeiro, contanto
que o número de dispersos seja relativamente baixo e quando as médias de consenso do laboratório
especialista forem utilizadas e os demais laboratórios não apresentarem uma tendência (bias) geral
em relação ao do especialista. Quando o valor verdadeiro é definido por meio de uma soma
conhecida, a distribuição de Q será centrada no zero, contanto que este valor verdadeiro esteja
correto e que não haja nenhuma grande utilização de metodologias que levem a resultados
tendenciosos. Em muitos casos, a distribuição real dos índices-Q pode ser utilizada para testar essas
suposições.
A distribuição dos índices-Q não pode ser prevista. A distribuição de índices deve ser examinada
quando são desenvolvidos critérios para avaliar se o desempenho é aceitável. Na prática, usualmente
a distribuição é a de Gauss. O índice-Q tem uma vantagem naquilo porque diretamente mede o erro
associado com a determinação. Esta medida pode subseqüentemente ser comparada com o
desempenho padrão julgado como apropriado para a determinação. Se diferentes usuários finais da
determinação requerem diferentes padrões de desempenho, o índice-Q pode ser utilizado em
comparação com qualquer padrão que for mais apropriado. Além do mais, se o organizador de um
programa decide, a qualquer tempo, que se justifica uma alteração no padrão de desempenho, os
resultados gerados previamente podem ser facilmente comparados retrospectivamente com o padrão
revisado.
12. Exemplo de como valores designados e valores-alvo podem ser especificados e utilizados.
Foi desenvolvido um exemplo hipotético de como valores designados e valores-alvo podem ser
especificados e utilizados. Os valores especificados são somente para ilustração; programas reais
devem levar em consideração fatores específicos de suas áreas.
12.1. Programa
Os materiais de ensaio devem ser enviados 4 vezes ao ano, na segunda-feira da primeira semana
completa dos meses de janeiro, abril, julho e outubro. Os resultados devem chegar aos organizadores
até o último dia do respectivo mês. Uma análise estatística dos resultados será enviada aos
participantes dentro de 2 semanas das datas-limite. Nos exemplos utilizados neste Anexo, os
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resultados são baseados em uma única distribuição de 2 materiais de ensaio para determinação de 2
analitos.
12.2. Ensaio de homogeneidade
Ver o número 8.
12.3. Análises requeridas
As análises requeridas em cada rodada serão as seguintes: (1) Ensaio A e (2) Ensaio B.
12.4. Métodos de análise e relatórios.
Nenhum método é especificado, mas os valores alvo foram determinados utilizando um método
padronizado ou normalizado e os participantes devem fornecer um resumo do método realmente
utilizado ou referência a um método documentado. Os participantes devem informar um único
resultado, da mesma forma que o fariam para um cliente. Os valores individuais informados são
dados na tabela 7.
Tabela 7. Exemplos tabelados
Laboratório Ensaio A
= 114,2 µµµµg/ kg
Ensaio B
= 2,93 g/100g
001
002
003
004
005
006
007
008
009
010
011
X̂
Página 33 de 3
Resultado Valor-z
122,6 0,3
149,6 1,4
93,4 -0,8
89,0 -1,0
17,4 -3,8
156,0 1,7
115,0 0,0
203,6 3,5
112,0 -0,1
109,0 -0,2
40,0 -2,9
X̂
8
Resultado Valor-z
2,97 0,9
2,95 0,5
3,00 1,4
2,82 -2,0
2,88 -0,9
3,03 2,0
2,94 0,3
3,17 4,7
3,00 1,4
2,82 -2,0
2,99 1,2
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Tabela 7. Exemplos tabelados (continuação)
Laboratório Ensaio A
= 114,2 µµµµg/ kg
Ensaio B
= 2,93 g/100g
012
013
014
015
016
017
018
019
020
021
022
12.5. Valores designad
12.5.1 Ensaio A
Tomar a estimativa
média robusta dos
referência 7, 9, 1
respectivamente.
X é 114,23 µg/ kg:
referência calibrad
determinada (± 10
referência.
^
X̂
Página 34 de 3
Resultado Valor-z
12,0 -4,0
117,0 0,1
0,0 -4,5
101,8 -0,5
140,0 1,0
183,5 2,7
116,2 0,1
115,0 0,0
42,3 -2,8
130,8 0,7
150,0 1,4
os
da concentração designada do analito
resultados de 5 laboratórios especialistas
0, 13, 18, e 19 são 115,0, 112,0, 109
a rastreabilidade do valor designado foi e
o com padrões de referência internos;
µg/ kg) a partir de uma avaliação detalhada
X̂
Resultado Valor-z
2,84 -1,6
2,85 -1,4
2,93 0,1
2,80 -2,4
2,96 0,7
2,97 0,9
2,88 -0,9
2,92 -0,1
2,88 -0,9
2,78 -2,8
2,92 -0,1
para a batelada do material como a
X̂. Os resultados dos laboratórios de
,0, 117,0, 116,2, e 115,0 µg/ kg,
stabelecida utilizando um método de
8
a incerteza do valor designado foi
deste método pelos laboratórios de
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12.5.2 Ensaio B
Tomar o valor designado da concentração do analito para a batelada do material como a
mediana dos resultados de todos os laboratórios.
12.6. Valores alvo para o desvio-padrão
12.6.1 Ensaio A
No exemplo utilizado neste Anexo, o valor do coefici
pelo desvio-padrão), em porcentagem, foi calculado
CV (%) = 2( 1−0,5 lo )). O valor-alvo para o desvio-pad
12.6.2 Ensaio B
Nos exemplos utilizados neste Anexo, o valor do CV
colaborativos publicados. O valor-alvo para o desvio
σ = 0,018 g / 100g
12.7. Análise estatística dos resultados de ensaio
12.7.1 Ensaio A: Formação do valor-z.
Calcular:
z = (x – ) / σ para cada resultado individual (x), util
anteriormente.
Estes resultados são mostrados na Tabela 7.
12.7.2 Ensaio B: Formação do valor-z
Calcular:
z = (x – ) / σ para cada resultado individual (x), util
anteriormente.
Estes resultados são mostrados na Tabela 7.
^
X̂
ente de variação (média aritimética dividida
a partir da equação de Horwitz:
rão σ é: σ = 0,222 µg/ kg
(%) foi calculado a partir de programas
-padrão σ é:
X^
ina 35 de 38
izando os valores d
izando os valores d
X̂
e e σ obtidos
X̂e
X̂
g X
e σ obtidos^
X^
X
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12.8 Apresentação dos resultados
12.8.1 Tabelas para valores-z
Os resultados individuais para o Ensaio A e para o Ensaio B, juntamente com os valores-z
associados, são mostrados na Tabela 7.
12.8.2 Histogramas para valores-z
Os valores-z para o Ensaio A e para o Ensaio B são também apresentados como diagramas de
barras (Figuras 5 e 6)
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
valor-z
14 12 5 11 20 4 3 15 10 9 7 19 13 18 1 21 16 2 22 6 17 8
Número do Laboratório
Figura 5 - Valores-z para o Ensaio A
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(100g)
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
valor-z
21 15 4 10 12 13 5 18 20 19 22 14 7 2 16 1 17 11 3 9 6 8
Número do Laboratório
Figura 6 - Valores-z para o Ensaio B
12.9. Limites de decisão
Os resultados com um valor absoluto para z menor ou igual a 2 serão considerados como
satisfatórios. Ações corretivas serão recomendadas quando qualquer valor-z ultrapassar o valor
absoluto de 3,0, por exemplo, os resultados dos laboratórios 005, 008, 012 e 014 no Ensaio A e o do
laboratório 008 no Ensaio B.
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