28
Nº 21 | Ano V Out | Nov | Dez | 2006 Conselho Regional de Medicina Veterinária / PR Stockxpert Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV - Curitiba - Paraná - CEP: 80040-200

CRMV-PR Nº21

  • Upload
    crmv-pr

  • View
    270

  • Download
    1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR)

Citation preview

Page 1: CRMV-PR Nº21

Nº 21 | Ano VOut | Nov | Dez | 2006

C o n s e l h o R e g i o n a l d eM e d i c i n a V e t e r i n á r i a / P R

Stoc

kxpe

rt

Rua

Fer

nand

es d

e Ba

rros,

685

- Al

to d

a XV

- C

uriti

ba -

Para

ná -

CEP

:800

40-2

00

Page 2: CRMV-PR Nº21

Mat

teo

Can

essa

Page 3: CRMV-PR Nº21

Publicação do Conselho Regional deMedicina Veterinária do Paraná

CRMV-PRR. Fernandes de Barros, 685

Alto da XV - Curitiba - Paraná - CEP: 80040-200Fone: (41) 3263-2511 - Fax: (41) 3264-4085

e-mail: [email protected] EXECUTIVAPresidente: Masaru SugaiVice-presidente: Nestor WernerSecretário-geral: Carlos Leandro HenemannTesoureiro: Oscar Lago PessôaConselheiros efetivos: Ademir Benedito da Luz Pereira, IvoneiAfonso Vieira, José Carlos Calleya, Noemy Tellechea Pansard,Ricardo Maia e Ricardo Pereira Ribeiro.Conselheiros suplentes: Adelaide Marina Schaedler, AiltonBenini, Amauri da Silveira, Carlos Alberto de Andrade Bezerra,Carlos Henrique Siqueira Amaral e Sérgio Toshihiko Eko.Comissão editorial: Carlos Leandro Henemann (presidente),Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei Afonso Vieira, NoemyTellechea Pansard e Ricardo Pereira Ribeiro.

Edição: Gabriela SguariziJornalista Resp.: Gabriela Sguarizi - DRTPR 5702Estagiária: Luiza Sgobero SchuvesTiragem: 10.000Pré-Impressão (CTP) e Impressão: MaxigráficaProjeto Gráfico: RDO Brasilwww.rdobrasil.com.br(41) 3338-7054Designer Resp.: Leandro RothDiagramação: Cristiane Borges

As matérias e artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da Diretoria do CRMV-PR.

Conselho em açãoPág. 6

FiscalizaçãoHotéis paraanimais de companhiaPág. 12

EspecialNova diretoria do SRPquer envolver o associadoPág. 13

EducaçãoUm novo caminhoPág. 18

Comissão EditorialEmpreendedor naMedicina Veterinária e na ZootecniaPág. 22

Matéria de CapaLaticínios:Responsabilidade Técnica e RegistroPág. 14

EExxppeeddiieennttee

www.crmmv-ppr.org.br

3

Stoc

kxpe

rt

Page 4: CRMV-PR Nº21

Mensagem aos profissionais

O ano de 2006 já está chegando aofim e este é o momento para avaliarmos asações desenvolvidas pelo CRMV-PR. E fa-lar em desempenho é também analisar tantoos objetivos traçados e atingidos quanto asnão alcançados. Neste ano, o CRMV-PR,em conjunto com outras instituições da Me-dicina Veterinária e da Zootecnia, apoiou erealizou diversos encontros, seminários,cursos e palestras para os profissionais como intuito de melhorar a capacitação de médi-cos veterinários e zootecnistas no mercadode trabalho. Podemos citar como exemplosos Seminários Estaduais de Responsa-bilidade Técnica, o 3º Congresso de Cuni-cultura das Américas, 1º Encontro Estadualdas Inspeções Sanitárias, 1º EncontroParanaense de Produção Animal naAgroecologia, além de treinamentos em

EEDDIITTOORRIIAALL

cadeia produtiva do leite e da carne, animaisselvagens, espécies exóticas, pequenos ani-mais e agronegócio. As iniciativas queforam traçadas para 2006 e que por algummotivo não foram executadas não serãoesquecidas. Serão novamente colocadas napauta e se necessário serão repensadas.

Aproveito a oportunidade também paraagradecer aos colegas médicos veterinários ezootecnistas, diretores, conselheiros, delega-dos, funcionários e estagiários pela parceriade 2006, desejando a todos, muito sucesso.

Feliz Natal e um ótimo 2007!

Masaru SSugaipresidente do CRMV-PR

4

Arqu

ivo C

RM

V-PR

AAggeennddaa

Curso de Inseminação ArtificialDias: 11 a 14/12 (Bovinos) 18 e 19/12 (Caprinos e Ovinos) - Curitiba-PRInformações: www.mataatlantica.org

Curso Teórico e Prático de Ortopedia em Pequenos AnimaisDias 7, 14 e 21/01/07 e 4 e 11/02 - Osasco-SPInformações: www.junaeventos.com

Curso de Felinos a bordo do navio Island EscapeDe 25 a 29/01/07 - partida e chegada no Porto de Santos-SPInformações: www.junaeventos.com

Curso Criação e Manejo de Animais SilvestresTeórico e PráticoDias 27 e 28/01/07 - Paraopeba-MGInformações: www.zooassessoria.com.br

Cursos de Pós-Graduação Lato Senso em VigilânciaSanitária e de Gestão em AgronegóciosDe 23/03/07 a 12/08/08 - Curitiba-PRInformações: www.didatus.com.br

47º Exposição de Londrina (2007)De 5 a 15/04/07 - Londrina-PRInformações: www.srp.com.br

Avesui Regiões 2007Feira Internacional de Aqüicultura e Pesca (Aquafair)Dias 10,11 e 12/04/07 - Belo Horizonte (MG)Informações: www.avesui.com.br

International Meat ConferenceDe 25 a 27/04/07 - São Paulo-SPInformações: www.cnpc.org.br/ims/site

10º Congresso Mundial de Odontologia Veterinária1º Congresso Paulista de Felinos (Compafel)De 25 a 27/04/07 - Guarujá-SPInformações: www.wvdc2007.com.br

III Congresso Latino Americano deHigienistas de AlimentosIX Congresso Brasileiro de Higienistas de AlimentosII Encontro Nacional de Centros de Controle deZoonosesDe 1º a 4/05/07 - Porto Seguro-BAInformações: www.higienistas.com.br

IV Curso de Oncologia VeterináriaDe 12 a 13/05/07 - Curitiba-PRInformações: www.kereventos.com.br

XXVIII Congresso Brasileiro da AnclivepaDe 24 a 27/05/07 - Florianópolis-SCInformações: [email protected]

9th Biennial ConferenceSociety for Tropical Veterinary Medicine De 17 a 22/06/07 - México Informações: www.soctropvetmed.org

XX Congresso Latinoamericano de AviculturaDe 25 a 28/09/07 - Porto Alegre-RSInformações: www.uba.org.br/congresso07.html

Page 5: CRMV-PR Nº21

5

(1)*(2)*(3)*(4)*(5)*(6)*

Transparência no CRMV-PR

Receitas R$ %%

%%Despesas

Detalhamento ddas DDespesas

R$Itens

Anuidades de Pessoas FísicasAnuidades de Pessoas JurídicasSUBTOTALReceitas com Aplicações FinanceirasReceitas com InscriçõesExpedição de CarteirasExpedição de CertidõesExpedição de CertificaçõesReceita de Dívida AtivaTransferências do CFMVOutras Receitas (*) Alienação de Bens MóveisTOTAL (A)

819.825,66 1.030.770,34 1.850.596,00

87.246,9354.860,5813.274,25

45,4534.186,4381.980,53

-134.685,77

-2.256.875,94

36,33%45,67%82,00%3,87%2,43%0,59%0,00%1,51%3,63%0,00%5,97%0,00%100,00

33,96%2,01%1,58%60,62%0,00%1,83%100,00

%

PessoalMaterial de ConsumoServiços de Terceiros e EncargosOutros Serviços e EncargosObras/Benfeitorias e InstalaçõesEquipamentos e Material PermanenteTOTAL (B)Superávit Orçamentário C = A – B

490.988,78 28.991,58 22.877,80

876.461,80-

26.517,561.445.837,52

811.038,42

(1) * Salários, Gratificação por Tempo de Serviço, Gratificação de Função, Serviços Extraordinários, 13º Salário, Férias, Abono pecuniário deférias, Gratificação 1/3-Constituição, Ajuda de Custo Alimentação, Auxílio Creche/babá, INSS, FGTS, PIS; Indeniz;

(2) * Artigos de expediente, Despesas c/ Veículos, Art. Material Limpeza/Conservação, Gêneros Alimentícios, Mat.Acess.p/Máq.e Apar.,Vestuários e Uniformes, Outros Materiais de Consumo;

(3) * Prestação de Serviços de Autônomos e INSS s/ Serviços Prestados;

(4) * Assessorias: Jurídica Administrativa e Trabalhista, Locação de Móveis e Imóveis, Telefone, Fax, Serviços Postais, Diárias/PassagensDiretoria e Conselheiros, Água/Esgoto, Energia Elétrica, Plano de Saúde, Vale Transporte, Serviços de Informática, Reparos, Adaptação eConservação de Bens, Serviços Gráficos, Serviços de Divulgação e Publicidade, Despesas c/ Fiscalização, Congressos e Convenções, Despesascom Educação Continuada, Convênio com o CIEE/PR, Manutenção Internet e Site, Desp. Abastec. veículos, Outros Serviços de Terceiros eEncargos;

(5) * Benfeitorias, Reformas e Instalações no imóvel da Sede/Delegacias Regionais do CRMV-PR ;

(6) * Mobiliário em Geral e Utensílios de Escritório, Materiais Bibliográficos, Utensílios de Copa e Cozinha, Máquinas e Aparelhos deEscritório, Equipamentos de Informática, Aparelhos de Intercomunicações, Veículos e Aparelhos de Foto Cinematográficos.

(*) Outras Receitas: Multas p/falta inscrição/registro, Multas p/falta RT, Multas p/ausência à Eleição, Indenizações e Restituições (custas processuais),Multas, Juros e Atual. Monet. s/anuidades PF e PJ, Taxa de Propriedade Rural e Listagens de Empresas.

Méd. Vet. Masaru SugaiCRMV-PR Nº 1797

Presidente

Jorge Alves de BritoCRC-PR Nº 028.374/O-0

Contador

PPOORR DDEENNTTRROO DDOO CCOONNSSEELLHHOO

Período:: dde jjaneiro aa aagosto dde 22006

Page 6: CRMV-PR Nº21

Transparência

Entrega de cédulas

No mês de agosto de 2006, representantes do Con-selho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), participaram de duas cerimônias de colação de grau deformandos de Zootecnia no Estado. No dia 12, o presidentedo Conselho, Masaru Sugai, participou da formatura dosalunos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), pres-tando uma homenagem aos novos zootecnistas e em espe-cial à Zootecnista Dássia Daiane de Oliveira, que obtevemelhor desempenho durante a graduação. No dia 14,Wagner Luiz Bueno, delegado da Autarquia em Curitiba,participou da cerimônia de colação de grau dos alunos deZootecnia da Universidade Federal do Paraná (UFPR),parabenizando os recém-formados e em especial àZootecnista Luciane Bockor, que foi a melhor da turma.

O CRMV-PR está modernizando sua frota deveículos. Em agosto, adquiriu por intermédio de umprocesso licitatório, vencido pela Renault do Brasil,dois novos carros modelo Clio Expression 2006/2007,FLEX, 1.6 e 16V. Um investimento de R$ 71.454,00.Os veículos foram entregues para as delegacias dePonta Grossa e Maringá. Em contrapartida, a Autar-quia Federal leilou, em 19 de outubro, os dois auto-móveis modelo Gol 1997 1.6 por R$ 21.100,00, ambosadquiridos por pessoas físicas.

Novos profissionais

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

Quem nos deixou...É com pesar que informamos o falecimento do

médico veterinário Juarez Moreira Silva. O profis-sional, que estava com 56 anos, trabalhava na Secre-taria de Estado da Agricultura e do Abastecimento(Seab) de Rolândia.

6

Gab

riela

Sgu

ariz

i

Ande

rson

Pra

tis

A solenidade é uma forma de prestigiar os novos profissionais.

Todos os profissionais recém-forma-dos em Medicina Veterinária e em Zootec-nia devem se inscrever no Conselho Re-gional de Medicina Veterinária (CRMV) desua região para começar a atuar nas profis-sões. À medida que as cédulas são expedi-das, o CRMV-PR convida os profissionaispara receber a documentação nas depen-dências da Autarquia. No dia 26 de julho,os profissionais se reuniram na sede doConselho, em Curitiba, para receber as cé-dulas. O presidente do CRMV-PR, MasaruSugai, e o presidente do Sindicato dosMédicos Veterinários do Paraná (Sindivet-PR), Cezar Amin Pasqualin, comandaram areunião. Dia 2 de agosto foi a vez dos pro-fissionais de Londrina receberem as cédu-las. Em setembro os profissionais deCuritiba receberam as cédulas no dia 14.Em Londrina a solenidade ocorreu no dia19, com a presença do presidente Sugai.Em Cascavel, os delegados do CRMV-PR,Odete Völz de Medeiros e João CarlosKoehler realizaram a entrega do documen-to. Em outubro, no dia 19, a diretoria doConselho se reuniu para entregar as cédulasaos profissionais curitibanos.

Page 7: CRMV-PR Nº21

de especialistas dos Estados Unidos, Canadá, México,Inglaterra e Colômbia.

O evento fomentou a discussão e teve um espaçoreservado para uma mesa redonda sobre o futuro da docên-cia em Bem-Estar Animal no Brasil. O presidente doConselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná(CRMV-PR), Masaru Sugai, e outros sete presidentes deConselhos Regionais participaram do debate. Sugai res-saltou a importância da presença do Paraná no evento, colo-cando que a Autarquia foi a primeira do Brasil a criar aComissão de Zoonoses e Bem-estar Animal e que a atuaçãoda Comissão serve de exemplo para as entidades dos outrosEstados. Sugai ainda colocou que, além de se discutir sobreBem-Estar Animal nas clínicas, é essencial agregar estaciência à toda a cadeia de produção animal. Para o presi-dente do CRMV-PR, o Bem-Estar Animal deve estar pre-sente em todas as áreas da Medicina Veterinária e daZootecnia e não ser visto separadamente.

O sistema de cobrança de anui-dades de pessoas físicas e jurídicasmudou. A partir de 2007, os profissio-nais e empresas receberão na primeiraquinzena de janeiro um carnê de paga-mento. Ele já conterá os boletos ban-cários para o pagamento integral em 31de janeiro com desconto de 10%, parapagamento integral em 31 de março eos três boletos para o parcelamento emtrês vezes (jan/fev/mar).

Outra novidade é o que valor dasanuidades sofreu um reajuste de 3,27%,

conforme disposto na Resolução845/2006, do Conselho Federal deMedicina Veterinária. A resolução fixoupara pessoa física o valor de R$ 237,00.Para pessoa jurídica, como a anuidade ébaseada no capital social, os valores são:

- Classe I - R$ 365,00- Classe II - R$ 533,00- Classe III - R$ 688,00- Classe IV - R$ 798,00- Classe V - R$ 1.024,00- Classe VI - R$ 1.233,00- Classe VII - R$ 1.539,00

Carnê de Pagamento

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

Gab

riela

Sgu

ariz

i

O novo sistema vai facilitar o pagamento.

Congresso no RJ discute docência em Bem-Estar Animal

No ano de 2000, a Universidade de Bristol, na In-glaterra, desenvolveu um material para a aplicação da ciênciade Bem-Estar Animal nas faculdades. Este material para adocência foi adaptado à língua portuguesa e chegou ao Brasilem 2002. Para que os profissionais que fossem aplicar a dis-ciplina tivessem preparo, a Universidade promoveu o cursosobre “Conceitos em Bem-Estar Animal”, com duração detrês dias. O curso já teve oito edições e foi ministrado paramais de 300 docentes.

As informações são da médica veterinária Carla ForteMaiolino Molento, durante o I Congresso Internacional deConceitos em Bem-Estar Animal - Teoria, Docência,Aplicação, que aconteceu de 16 a 18 de outubro no Rio deJaneiro. Além da médica veterinária, que é integrante daComissão de Zoonoses e Bem-estar Animal do ConselhoRegional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) echefe do Laboratório de Bem-Estar Animal da UniversidadeFederal do Paraná (UFPR), o evento contou com a presença

CRMV-PR autua 52 municípios

Novo canal de comunicação

A Seção de Fiscalização doConselho Regional de MedicinaVeterinária do Paraná (CRMV-PR)notificou, em 2006, 52 municípios dasregiões Sudoeste e Centro-Oeste doEstado por não apresentarem médicoveterinário responsável pelo Programade Inseminação Artificial (PIA) oupelo Serviço de Inspeção Municipal(SIM). As atividades estavam sendorealizadas apenas por inspetores denível médio sem a supervisão de ummédico veterinário. Conforme esta-belece a Lei 5.517/1968, a respon-sabilidade sobre o Serviço de InspeçãoOficial e Programa de InseminaçãoArtifícial é do médico veterinário.

Interessados em entrar em con-tato com a Comissão de Zoonoses eBem-Estar Animal podem escrever ume-mail para [email protected]. Ocaixa postal eletrônica servirá comoum veículo de comunicação entreprofissionais/comissão em relação aquestões inerentes à área de atuação dacomissão. Os profissionais podemencaminhar dúvidas ou sugestão deassuntos para que a Comissão debataentre os seus membros.

7

Page 8: CRMV-PR Nº21

Estabelecimentos como hospitais, clínicas cirúrgicas, con-sultórios, indústrias de alimentos, entre outros, precisam manterseus ambientes limpos e livres de contaminação e realizar testespara verificar se o nível de higiene do local está satisfatório. Parafacilitar a realização destes testes e otimizar o tempo de divul-gação dos resultados, a empresa norte-americana Hygiena criouum aparelho chamado System Sure II. O equipamento funcionacom um sistema de mensuração de Adenosina Trifosfato (ATP)e vem acompanhado de 100 snapshots (swabs), dispositivos uti-lizados para a coleta do material a ser analisado. Depois de rea-lizada a coleta, o snapshot é encaixado no aparelho, que inicia aleitura do material. O System Sure II não identifica os materiaisencontrados, mas sinaliza a quantidade de produtos orgânicos àbase de ATP existentes em apenas 20 segundos. O equipamentotambém possui o Data Sure II, um software que recebe os resul-tados verificados pelo System Sure II e possibilita a produção degráficos de tendências e relatórios, a administração dos resulta-dos e exportação de informações para o Microsoft Excel. Oequipamento custa R$ 5.000,00 e é portátil. Mais informações:www.hygiena.net, ou entre em contato com o representante doproduto pelo telefone (41) 3606-0950.

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

Comissão realiza 4ª edição de seminário

A Comissão Estadual de Ensino da Medicina Veterinária,do CRMV-PR, reuniu os coordenadores de graduação em Medi-cina Veterinária das Instituições de Ensino do Estado, nos dias 9e 10 de novembro, no Hotel Paraná Suíte, em Curitiba, para par-ticiparem do VI Seminário de Ensino da Medicina Veterinária.

Equipamento verifica nível de contaminação em 20’’

O seminário trouxe o propósito de debater o ensino dobem-estar animal nas instituições, tema abordado pela profes-sora da UFPR, Carla Forte Maiolino Molento; o amparo legal naprática de ensino e experimentação animal, com o palestranteJulio Augusto Naylor Lisboa; a reforma universitária comenfoque na educação continuada, com Orlando Pilati; o animalno ensino e na experimentação: mitos e verdades, com Ney LuizPippi; e grandes empresas: do estagiário ao profissional, comJefferson Alberto Prestes. Ao final do evento, foi realizada umamesa redonda sobre educação continuada com o presidentes doSindivet-PR, Cezar Amin Pasqualin; da SPrMV, Paulo AlfredoMiranda; da Anclivepa-PR, Jorge Luiz Schemiko; e daAcapameve, Sylvio Degasperi.

A Comissão Estadual de Ensino da MedicinaVeterinária é formada por Ítalo Minardi (presidente), NilvaMaria Freres Mascarenhas, Edson de Azevedo Ribeiro, WaldirHamann, Rodrigo Távora Mira , Ricardo Coelho Lehmkuhl,Luiz Paulo Rigolon e José Francisco Ghignatti Warth.

O evento reuniu coordenadores de todo o estado.

Gab

riela

Sgu

ariz

i

Gab

riela

Sgu

ariz

i

8

Palmilhas para cavalos previne patologias ostearticulares

Das patologias ostearticulares dos cavalos, aproxi-madamente 60% são causadas pelo impacto. Em algunscasos, quando o problema de articulação evolui, o animalchega a ser sacrificado. Para evitar este quadro e propor-cionar mais conforto para o cavalo, médicos veterináriosparanaenses em conjunto com engenheiros químicos emecânicos desenvolveram a palmilha ESE - EquestrianShock Eliminator. A marca oferece palmilhas nos tama-nhos P, M e G. As palmilhas são feitas por um compostode silicone e servem para reverter o impacto em impulso.

As palmilhas são indicadas para cavalos de com-petição, que saltam e participam de corridas. Amanutenção deve ser mensal ou bimensal. O material desilicone é colocado junto à ferradura e fixado ao casco docavalo. Além da palmilha convencional, a ESE oferece oExpansor, que atua na expansão do diâmetro do casconos casos de atrofia.

Mais informações: www.palmilhaese.com.br.

Luiz

a Sc

huve

s

Page 9: CRMV-PR Nº21

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

Anuidade 2007 será entregue em janeiro

Na primeira semana de janeiro serãoenviados os boletos bancários referentes àanuidade de 2007 para todas as pessoas físi-cas e jurídicas inscritas no CRMV-PR. É porisso que os profissionais e empresas devemficar atentos se seus endereços estão atua-lizados no cadastro do Conselho, pois se opagamento não for efetuado poderão ser ins-critos em dívida ativa e, conseqüentemente,ser proposta execução fiscal na esfera judi-cial para cobrança dos débitos.

“Caso o débito seja distribuído emdívida ativa, o inadimplente é responsávelpelo pagamento do valor corrigido, pelascustas processuais e pelos honorários advo-catícios”, ressalta Lucinéia Mary de Oli-veira, da Assessoria Jurídica (Ajur). A fun-cionária do CRMV-PR explica que emcidades de maior porte, onde existe a Jus-tiça Federal, o valor das custas processuais(taxas de cartório) é mais baixo, 1% do va-lor da causa. Já quando este tipo de açãoocorre em cidades pequenas, na JustiçaEstadual, o custo processual é aproximada-mente R$ 300,00.

Para evitar que esse tipo de situaçãoocorra, o Conselho vem avisando sobre aimportância de manter o cadastro atua-lizado. A atualização cadastral é uma prer-rogativa do profissional, conforme determi-na a Resolução do CFMV 680/2000 e oCódigo de Ética Profissional. Caso vocênão receba o boleto, entre em contato coma Seção de Registro de Empresa (SRE) oucom a Seção de Registro Profissional

Gab

riela

Sgu

ariz

i

A atualização cadastral é uma prerrogativa do profissional/empresa.

9

(SRP) para atualizar seus dados e solicitar asegunda via da anuidade 2007.

Uma história no mínimo inusitadasobre dívida ativa é da profissional MariaSouza (*). “O CRMV-PR tinha mais de 13processos distribuídos, pois desde 1987 elanão pagava a anuidade. Encaminhamos ofí-cios para cartórios, Detran e outros órgãossolicitando informações sobre a Maria, poisnão a encontrávamos em lugar algum. Porintermédio de um convênio que o CFMVtem com a Receita Federal, conseguimosdescobrir um e-mail. Escrevemos umamensagem e a enviamos numa sexta-feirapedindo que ela entrasse em contato conos-co urgentemente. Na segunda-feira, pelamanhã, recebemos uma ligação da Mariadizendo que havia se mudado para o Rio deJaneiro e virado freira há mais de 20 anos.Ela ficou desesperada pois havia feito votode pobreza e não tinha como pagar a dívi-da. Aí, nós a orientamos que nos encami-nhasse um documento contando toda ahistória para darmos início a um processoadministrativo de cancelamento de inscri-ção. Recebemos inclusive uma carta doArcebispo do Rio de Janeiro confirmandoque Maria era mesmo freira”, conta CarlaSerra, da Ajur.

Além de mudança de endereço, sem-pre é importante informar o CRMV-PRsobre o fechamento de empresas. “É muitocomum acontecer de empresas fecharem enão avisarem o Conselho, porém o sistemacontinua gerando a dívida”, fala Marli

Richardz Pauli, responsável pela Seção deRegistro de Empresas. Para cancelar a ins-crição de uma pessoa jurídica no CRMV-PR basta encaminhar um requerimento(modelo disponível no site) informando ofechamento. Documentos comprobatóriosde baixa de empresa também podem seranexados ao processo. Marli conta que“depois de aberto o processo administrati-vo ocorrerá a visita do fiscal ao local paraconstatar o fechamento”.

Em relação ao cancelamento deinscrição de pessoa física, “o profissionaldeverá encaminhar requerimento ao pre-sidente do Conselho especificando os mo-tivos do cancelamento, juntando umadeclaração que não exerce e não exerceráas atividades profissionais durante o pe-ríodo de cancelamento e a cédula de iden-tidade profissional”, diz a Kelly ChristinaMisiak, responsável pela Seção de Regis-tro Profissional. De acordo com a Resolu-ção 680/2000, o cancelamento da inscri-ção somente será concedido ao profis-sional que não esteja respondendo a pro-cesso ético-disciplinar, nem cumprindopena de natureza ético-profissional e este-ja em dia com as anuidades.

Levando em consideração apenas aanuidade de 2006, a inadimplência noCRMV-PR chega a 26,14% de pessoas jurí-dicas e 14,15% de pessoas físicas.

Pagamento proporcional

A Resolução 680/2000 também esta-belece que as pessoas físicas e jurídicas quesolicitarem o cancelamento de inscriçãojunto ao CRMV até o dia 31 de marçopoderão pagar a anuidade proporcional. Apartir de 1º de abril, o pagamento daanuidade será integral. Ou seja, se a solici-tação for encaminhada até 31 de janeiro, orequerente pagará 1/12 da anuidade; até 28de fevereiro, pagará 2/12 e até 31 de marçopagará 3/12 da anuidade do exercício.

* Nome fictício para preservar aidentidade da profissional.

GGaabbrriieellaa SSgguuaarriizzii

Fontes consultadas:Carla Serra

Kelly Christina MisiakLucinéia Mary de Oliveira

Marli Richardz Pauli

Page 10: CRMV-PR Nº21

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

Cezar AAmin PPasqualin

Em um mundo de constantes mudanças com ações no presente eolhar no futuro, a diretoria do Sindivet-PR cria parcerias com diversasinstituições para o desenvolvimento de cursos voltados ao aprimoramen-to profissional, prioritariamente aos profissionais da área da MedicinaVeterinária e empresários, inicialmente para o setor de carne e leite.

Nasce um Programa de Qualificação Profissional, coordenadopelo Sindivet-PR, com atuação conjunta do CRMV-PR, Núcleos dosMédicos Veterinários do Sudoeste, Delegacias Regionais do CRMV-PR,Prefeituras Municipais de Pato Branco, Clevelândia, Francisco Beltrão eFoz do Iguaçu; SEAB, SIP, EMATER e outras organizações regionais.

O Programa foi implantado em julho de 2006 e é consideradonesta primeira etapa como um projeto piloto, avaliando-se junto aos par-ticipantes e efetuando-se as correções necessárias.

Solicitamos a compreensão dos nossos colegas das diferentesregiões do Estado que nos têm solicitado cursos, mas no momento aindaestamos operando em caráter experimental, para na seqüência implantarum consistente programa.

Foram realizados nestes três primeiros meses de execução doPrograma quatro cursos para aproximadamente 195 participantes, sendodois na área de carnes em Pato Branco e Francisco Beltrão; um sobre o

Sindivet-PR Parceiro da Qualificação Profissional

1º Encontro Paranaense de ProduçãoAnimal na Agroecologia

setor da industrialização de produtos lácteos em Clevelândia, com o efe-tivo apoio do Colégio Agrícola Assis Brasil, que nos cedeu suas insta-lações e apoio logístico para a realização; e o outro em Foz do Iguaçucom o tema “1ª Reciclagem Profissional em Ovinos da Região Oeste doParaná”. Cada curso tem a carga horária de 16h, com aulas teóricas epráticas. Os participantes atuam como responsáveis técnicos, na inspeçãode estabelecimentos industriais (carne e leite) ou são pequenos e médiosempresários do setor.

Contamos também em alguns módulos com a participação de ou-tros profissionais, tais como: zootecnistas, engenheiros agrônomos, ad-ministradores e técnicos agrícolas.

Qualificar para melhorar competências e habilidades, modernizaros procedimentos, contribuir para o saber fazer e ser são objetivos dagestão que conduz o Sindivet-PR. Um dos nossos valores, enquantoSindivet-PR e parceiros do programa, é o da crença no desenvolvimentoda sociedade pelo crescimento individual de seus participantes.

Esperamos as contribuições dos nossos colegas visando a melho-ria do processo de capacitação que ora se inicia, pois o mesmo é enten-dido por todos nós como uma grande necessidade para o crescenteavanço dos conhecimentos profissionais.

É a dignidade do ser humano a ser alcançado pelo conhecimento.

Com mais de 140 participantes, o 1º Encontro Paranaense deProdução Animal na Agroecologia foi considerado pelos organi-zadores como um sucesso. Nos dias 30 de novembro e 1º de dezem-bro, em Pinhais, os profissionais das ciências agrárias, biológicas eda saúde colocaram em pauta formas de produção sem agredir a

natureza, oferecendo bem-estar aos animais e às pessoas que traba-lham na atividade.

Na programação técnica constaram palestras sobre Agro-ecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável; Visão Ecossistêmicana Produção Animal; Controle Homeopático da Mastite; Fitoterapia,Homeopatia, Medicina Chinesa, Biodinâmica e Agricultura Natural;Medicina Tradicional Chinesa no Tratamento de Ruminantes; O Usode Técnicas Agroecológicas na Produção em Escala; Manejo ePastagem para uma Produção Ecológica; O Uso de Fitoterápicos naSanidade de Ruminantes e Legislação e Certificação da ProduçãoOrgânica de Origem Animal e suas Relações com a MedicinaVeterinária.

O 1º Encontro Paranaense de Produção Animal na Agroecologiafoi uma promoção do Conselho Regional de Medicina Veterinária doParaná (CRMV-PR), do Centro Paranaense de Referência em Agro-ecologia (CPRA), da Emater-PR, da Secretaria de Estado da Agricultura,da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), da Pontifícia UniversidadeCatólica do Paraná (PUCPR), do Centro Brasileiro de HomeopatiaVeterinária (CBHV), da Associação Médica Veterinária Homeopática doParaná (AMVHP) e da Associação Paranaense de Buiatria.

10

Os membros da mesa falaram sobre a importância da Agroecologia.

Gab

riela

Sgu

ariz

i

Em cumprimento ao Ofício nº 1404/06, expedido pelo MM. Juiz Federal da 15ª Vara Federal de São Paulo/SP, que informou sobrea existência de Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal contra o CFMV, bem como do deferimento de medida liminarque determinou que o ENCP não fosse exigido pelo CFMV como requisito para inscrição do profissional no Sistema CFMV/CRMVs, oCRMV/PR não está mais exigindo a apresentação de comprovante de aprovação no Exame para aquele ato.

Liminar suspende exigência de aprovação no ENCP

Page 11: CRMV-PR Nº21

11

“Queremos desenvolver competênciasempreendedoras e preparar líderes para açõessociais, políticas e econômicas sustentáveisno agronegócio paranaense”. A afirmação édo coordenador operacional do ProgramaEmpreendedor Rural (PER), Elcio Chagas daSilva, ao apresentar as estratégias do progra-ma do novo curso de empreendedorismovoltado aos profissionais das ciênciasagrárias. A reunião aconteceu dia 21 denovembro, na sede do Senar-PR, em Curi-tiba, e participaram representantes doCRMV-PR, do CREA-PR, do Sindivet-PR,do Sinzoopar, do Banco do Brasil, além dossupervisores do Senar-PR.

O PER é uma iniciativa do Senar-PR, da Faep, do Sebrae-PR e da Fetaepque começou em 2003 para preparar agen-tes de desenvolvimento econômico, sociale político no meio rural com capacidade deatuar positivamente na transformação dasociedade paranaense. Até hoje o progra-ma formou mais de 10 mil produtoresrurais e vem colhendo bons resultados.

Agora, por intermédio de uma parce-ria das entidades de classe da MedicinaVeterinária, da Zootecnia e da Agronomiacom as instituições promotoras do ProgramaEmpreendedor Rural, será ofertado a partirde março de 2007 o curso em dez regionaisdo Estado com foco nestes profissionais. “Aidéia é fazer com que os profissionais te-nham uma visão diferenciada do agronegó-cio”, lembra Élcio.

O Curso

Com duração de quatro meses, ocurso é gratuito e será ministrado porsupervisores do Senar-PR nas regionaisLeste, Campos Gerais, Norte Pioneiro,Norte, Noroeste, Entre Rios, Centro,Centro Sul, Sudoeste e Oeste. O conteúdoestá divido em 13 módulos presenciais,realizados em encontros semanais. Aototal serão ofertadas 250 vagas, sendo 25alunos em cada turma. “As turmas são for-madas por profissionais das diversas áreasdas ciências agrárias e isso é muito bom,

Curso em 2007 aborda empreendedorismo rural

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

pois fomenta a discussão”, explica o co-ordenador.

Conteúdo

No programa de aprendizagem cons-tam módulos que abordam o desenvol-vimento de competências pessoais; especi-ficidades do setor agropecuário, institu-ições da agropecuária, planejamento estra-tégico operacional, globalização e políticaagrícola, cadeias agroindustriais, estra-tégias de comercialização e financiamentoda produção, desenvolvimento de com-petências interpessoais e grupais, gestãoambiental e matriz de estrutura lógica, orça-mentação e fluxos de caixa, matemáticafinanceira e análise de investimento e, porfim, o empreendedor e o seu papel social.Além da visão empresarial do agronegócio,o objetivo com esse conteúdo é fazer que aofinal do curso o profissional esteja apto aelaborar um projeto, analisando o mercadopara verificar se viável ou não a suaimplantação.

O público-alvo do curso é o recém-formado em ciências agrárias, mas profis-

sionais com mais experiência tambémpoderão participar. Segundo Elcio, “a únicaexigência, porém, é que todos os profissio-nais devem estar ligados ao agronegócioparanaense”.

Interessados em participar do cursodevem fazer a pré-inscrição (encartada narevista). Para mais informações, entre emcontato com o delegado do CRMV-PR dasua região.

O curso é realização do Senar-PR,da Faep, do Sebrae-PR e da Fetaep, emparceria com o CRMV-PR, Sindicato deMédicos Veterinários do Paraná (Sindivet-PR), Sindicato dos Zootecnistas do Paraná(Sinzoopar), CREA-PR, Sindicato dosEngenheiros do Paraná (Senge-PR) e Fe-deração dos Engenheiros Agrônomos doParaná (FAEA-PR).

Gabbriela SSguarizi

Fonte consultada:Elcio Chagas da Silva

Delegados do CRMVPR participaram da reunião.

Gab

riela

Sgu

ariz

i

A Associação dos Médicos Veterinários de Londrina e Região (AMVET-LD) comemorou com um churrasco o aniversário de trêsanos, no último dia 24 de novembro. O evento, que aconteceu na Churrasqueira do Ministério da Agricultura, no Condomínio Palácio doCafé (UTRA/Londrina), também teve como objetivo confraternizar os profissionais e parentes pela chegada do final do ano.

AMVET-LD comemora três anos com churrasco

Page 12: CRMV-PR Nº21

mais complexos como cistite, colite, gas-trite e problemas dermatológicos.

Salvo raras exceções, normal-mente os pacientes que ficam hospeda-dos não ficam bem com ninguém, nemmesmo com familiares, sendo sensíveise temperamentais. Desta forma, sãocães ou gatos que fatalmente trarão bas-tante trabalho e responsabilidade aoempresário do ramo e ao seu responsá-vel técnico.

A supervisão veterinária é funda-mental nestes estabelecimentos e a reco-mendação do CRMV-PR é a de seguir asorientações contidas no Manual de Orien-tação e Procedimentos do ResponsávelTécnico, encontrado no site do CRMV-PR para download.

Há vários processos ético-discipli-nares e processos judiciais envolvendoempresários, médicos veterinários eclientes devido aos animais que adoecemem hotéis porque deixam de se alimentar(entram em quadro de desnutrição), auto-mutilação (dermatites por lambedura deordem psicogênica), gastroenterites,crises de diabetes, fecalomas (por in-gestão de roupas e cobertores), ferimentose até mortes ocasionadas por brigas estãomuitas vezes presentes, mas potencial-mente desencadeadas por quadros agudosde estresse.

CCaarrllooss LLeeaannddrroo HHeenneemmaannnn,, mméédd.. vveett..,, sseeccrreettáárriioo-ggeerraall ddoo CCRRMMVV-PPRR eepprreessiiddeennttee ddaa CCoommiissssããoo EEddiittoorriiaall..RRiiccaarrddoo AA.. FFrraannccoo SSiimmoonn,, mméédd.. vveett..,, aasssseessssoorr ttééccnniiccoo ddoo CCRRMMVV-PPRR..

Final de ano é época de férias e des-canso, mas é também um período de preo-cupação para muitos proprietários de ani-mais de companhia. Uma opção paraquem não quer ou não pode levar o ani-mal em viagens é deixá-los em hotéisespecializados.

O grande problema enfrentadopelos hotéis para animais é ofertar omesmo grau de conforto ao qual o ani-mal está acostumado. Quando falamosde grau de conforto devemos lembrarque uma boa parcela de nossos pa-cientes, dormem no quarto ou mesmo nacama dos seus proprietários, alguns sãoalimentados na boca diretamente pelamão do dono. Por melhor que seja o esta-belecimento jamais chegará perto desteconforto onde vive o animal, sem contarque estará sem a presença das pessoasque ele mais ama. É importante lembrarque os animais não têm noção de tempo,isto é, não sabem que em dois ou trêsdias (ou meses) a sua vida voltará aonormal. O que importa para eles é obem-estar presente. Eles podem atéhabituar-se às ausências, mas para issodevem ser treinados, evitando problemascomo uma simples depressão até danos

Hotéis para animais de companhia

FFIISSCCAALLIIZZAAÇÇÃÃOO

12

No desempenho da responsabili-dade técnica, o médico veterinário de-verá cumprir carga horária de no míni-mo seis horas semanais, desempenhan-do algumas atividades constantes noManual de Orientação e Procedimentosdo RT:

a) Garantir que todos os animais hospeda-dos estejam acompanhados dos atestadosde vacinação e vermifugação fornecidospor médicos veterinários; b) Implementar medidas que impliquemna adequada contenção dos animais hos-pedados por meios químicos (sedação,tranqüilização) e/ou físicos;c) Assegurar medidas profiláticas dos ani-mais e higiene das instalações;d) De modo geral o RT deve interferir nosentido de solucionar irregularidades queconstatar, observando rigorosamente aconduta ética;e) Não admitir a emissão de carteira devacinação no estabelecimento (sob penade cumplicidade com ilícito penal) excetoquando dispuser de ambulatório sobresponsabilidade de médico veterinário,conforme Resolução CFMV nº 70/2000;f) Orientar o empresário e funcionáriosque o atendimento clínico, vacinação/ouprescrição de medicamentos no interior doestabelecimento é terminantemente proi-bido e que somente é possível, desde queo estabelecimento disponha de ambulató-rio, com instalação própria de uso exclusi-vo aos animais internos ou da própriainstituição, de acordo com a Resolução nº670/2000 - CFMV. Tais atividades e otempo destinado a elas não são inerentes àResponsabilidade Técnica, devendo oProfissional ser remunerado pelas mes-mas, respeitando a tabela de honoráriosmínimos da região ou o mínimo profis-sional, independente da remuneraçãorecebida como RT;g) Observar que o não-atendimento aomencionado no item anterior ensejaráinstauração de processo ético-profissionalcontra o RT, sem prejuízo de outras medi-das cabíveis.

É importante ressaltar que o pro-prietário pode e deve consultar o órgão desaúde pública competente para verificar seo estabelecimento possui licença sanitáriae alvará de funcionamento, bem como oCRMV, para informar se o mesmo possuiregistro e médico veterinário responsáveltécnico.

Rob

Wat

erho

use

Page 13: CRMV-PR Nº21

Nova diretoria da SRPquer envolver o associado

Formado em Medicina Veterináriapela Universidade Estadual de Londrina(UEL) em 1985, com especialização emAdministração Rural na Fundação Ge-túlio Vargas (FGV), o pecuarista e empre-sário Alexandre Lopes Kireeff é o novopresidente da Sociedade Rural do Paraná(SRP). Empreendedor, Alexandre já foipresidente da Associação dos Neloristasdo Paraná e a ida para a SRP, diz ele, “foioriunda de um convite dos associados emvirtude do trabalho que desenvolvemosna associação. Conseguimos mobilizar emotivar os associados a participar, quan-do nós delegamos a eles o poder dedecidir, criando a possibilidade de tomardecisões. Acho que em função dissoacabou gerando a expectativa dos asso-ciados da Sociedade Rural do Paraná”. Aposse da nova diretoria da SRP foi rea-lizada em junho.

Divididos na Diretoria Executiva,Conselho de Administração, ConselhoFiscal e Conselho Técnico, ao total são 38membros, dos quais sete são médicos ve-terinários, administrando a Sociedadedurante o biênio 2006/2008. SegundoAlexandre, “a proposta é o envolvimentodo associado, pois a entidade tem que terna verdade como princípio básico atendero seu associado, promover ações embenefício destes associados”.

Atualmente, estão ligados à Socie-dade Rural do Paraná 1,3 mil produtores“com sócios de Foz do Iguaçu a Jacare-zinho, de Curitiba a Nova Londrina”,salienta o presidente. Conforme infor-mações da SRP, do quadro de sócios,cerca de 80% são de Londrina, e osdemais de diversas regiões do Estado,além de representantes de São Paulo,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio deJaneiro e Goiás.

Dentre as atividades da Sociedade,é importante destacar as ações para va-lorizar o produto paranaense. “Estamosdesenvolvendo programas em parceriacom o Sindicarne e a Apras, que preten-dem qualificar a carne paranaense e iden-tificá-la até o varejo, desde a produção,passando pela indústria e chegando à dis-ponibilização do produto ao consumidor.”Outra iniciativa é a realização da EXPO

2007 - 47ª Exposição Agropecuária eIndustrial de Londrina. O tradicionalevento será realizado de 5 a 15 de abril,com expectativa de atrair mais de um mi-lhão de visitantes. Estão programadoscerca de 100 eventos técnicos e práticos,lançamentos de máquinas, implementos eequipamentos e a 1ª Expo Feira Digital -espaço para as novidades do setor digital.

“O cenário da pecuária paranaenseé melhor do que nós tivemos no ano pas-sado e todas as previsões que fizemos emfunção da ocorrência da febre aftosa, pau-latinamente estão sendo superadas”, afir-ma o médico veterinário.

Defesa Sanitária

A defesa sanitária brasileira temsido alvo de muitas discussões, principal-mente depois do caso da febre aftosa. Naopinião de Alexandre, “a impressão quenos passa é a de que nós devemos criaralgum mecanismo de proteção para asestruturas de defesa sanitária em relação àinterferência política. Porque qualificaçãoprofissional não tenho a menor dúvidaque nós temos. O quadro é muito qualifi-cado. Mas, de fato a tecnificação absolutadesse setor da economia é fundamental, éimportante, um passo adiante. Essa obser-vação não é uma crítica. É o fortaleci-

13

EESSPPEECCIIAALL

mento da questão técnica sobre a política.Isso é a evolução natural de uma so-ciedade que vem a cada dia se tornandomais democrática. Então aquele poderpolítico, até autoritário, paulatinamentevai deixando espaço para questões técni-cas nos quadros funcionais tomarem opoder, exercerem o poder legitimamente.No meu entendimento isso é gradativo eessencial”.

Capacitação

Questionado sobre a formação doprofissional médico veterinário, Kireeffdisse “quanto mais investirmos nonosso próprio conhecimento, na ampli-ação dos nossos conhecimentos, fortale-ceremos o nosso crescimento comoindivíduos e a nossa amplitude de atu-ação. Nós temos um entendimento clarode que o profissional em MedicinaVeterinária tem uma amplitude de atu-ação imensa e nós devemos ocupá-la,porque, mais de um benefício para nósmesmos, estaremos promovendo um be-nefício para a sociedade em geral; pos-sibilitando a produção de alimentos deuma maneira mais segura, mais barata emais responsável”.

GGaabbrriieellaa SSgguuaarriizzii

Gab

riela

Sgu

ariz

i

O pecuarista e empresário Alexandre Lopes Kireeff é o novo presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP).

Page 14: CRMV-PR Nº21

MMAATTÉÉRRIIAA DDEE CCAAPPAA

Laticínios: Responsabilidade Técnica e Registro

A Constituição Brasileira estabeleceque é obrigação do Estado garantir saúdeaos seus cidadãos. Zelar pela saúde é tam-bém cuidar para que sejam oferecidos àpopulação alimentos com qualidade. “50%é responsabilidade da indústria e 50% doEstado. Então toda essa produção tem queser controlada. Isso é o que a Lei7889/1989 estabelece. Ninguém pode pro-duzir e transportar produtos de origem ani-mal sem inspeção. A responsabilidade daindústria é oferecer um produto com omaior nível de garantia possível. Do estadoé garantir que o produto que a empresa estáprometendo que vai fazer está fazendo. Osserviços de inspeção (SIF, SIP e SIM) têmo objetivo de garantir ao consumidor queaquilo pode ser consumido. Atestar e certi-ficar que aquele produto oferece condiçõesde consumo. Esta é a função da inspeção”,afirma o médico veterinário e fiscal federalagropecuário do Ministério da Agricultura,Carlos Roberto Conti Naumann.

Segundo dados do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), noprimeiro semestre de 2006, foram adquiri-dos em todo o País pelas indústrias proces-sadoras de leite mais de 8,09 bilhões delitros de leite. Já de acordo com as Centraisde Abastecimento do Paraná S.A. (Ceasa-PR), foram comercializadas apenas emCuritiba no ano de 2005 mais de 820toneladas de leite.

Estes dados demonstram como oleite e os seus derivados estão presentes na

mesa do brasileiro. E por isso a preocu-pação em mantê-lo um produto de quali-dade. Seguindo esta linha, o ConselhoRegional de Medicina Veterinária do Pa-raná está lutando pela permanência doprofissional médico veterinário na funçãode responsáveis técnicos de laticínios. “Detodas as profissões que existem hoje cor-relatas à Medicina Veterinária, ele é o téc-nico que oferece as maiores e melhorescondições para poder fazer com que aqueleproduto chegue à mesa do consumidor coma maior segurança possível. Então, a funçãodo médico veterinário é garantir totaiscondições para que este produto possa serconsumido sem oferecer riscos à saúde deninguém. Como ele sabe das condições desaúde do animal, das condições higiênicasdo animal, das condições higiênicas para aobtenção deste produto, da condição deconservação deste produto na propriedade,do transporte até a recepção deste produtona indústria”, conta Conti.

A questão do registro dos laticíniosem conselhos de classe é um assunto queestá sendo debatido na esfera judicial háalguns anos. Ocorre que o Conselho deQuímica vem multando laticínios sob a ale-gação de que estes estabelecimentos devemser registrados nos CRQs e, portanto, tercomo responsáveis técnicos químicos. Noentanto, as últimas decisões judiciais apon-tam o contrário, que o registro deve per-manecer nos CRMVs em virtude da ativi-dade básica dos estabelecimentos: fabricarprodutos de origem animal.

“É uma questão de saúde pública! Éa garantia de que o consumidor tem de queo médico veterinário está inserido na cadeiaprodutiva. Como ele sabe de todo o proces-so, desde o momento em que o animalnasce e comece a produzir. Então, ninguémmelhor que o médico veterinário para dizerque aquele produto tem condições de con-sumo ou não”, ressalta Conti.

O Conselho de Química alega quesão utilizados produtos químicos noprocesso de industrialização e este é omotivo pelo qual os químicos devem ser osRTs. A etapa em que são utilizados osreagentes químicos é na recepção do leitena indústria para verificar a qualidade doproduto adquirido. Neste processo avalia-se se o leite foi fraudado e se tem condiçõesde consumo.

De acordo com o doutor em En-genharia Industrial, José MaurícioFrança, e também professor de Tecno-logia e Inspeção de Alimentos da Uni-versidade Tuiuti do Paraná (UTP), “aanálise geralmente é feita por uma labo-ratorista. No entanto, o juízo e a tomadade decisão daquele resultado comparadocom o que a legislação estipula para oleite. Essa tomada de decisão é outorga-da pelo veterinário, ou seja, a lei esta-belece que o veterinário dê o juízo sobreesse produto. É no mínimo temeroso queo químico reivindique isso, porque aformação dele permite que ele analise omaterial e não que tenha condição de

Luis

Fra

ncis

co C

irder

o

Page 15: CRMV-PR Nº21

15

definir juízo”. França continua res-saltando que “muitas vezes o químicofez uma determinada análise ou o labo-ratorista e ele não sabe das condições doveículo, ele não sabe que horário quechegou o leite, como é que foi feita atomada de amostra. Ele analisou o mate-rial, mas e as outras variantes queenvolvem a interpretação do laudo? Olaudo é suporte para a tomada dedecisão, por si só ele não vai designar oque vai ser feito. Acho que essa é agrande diferença da formação médicoveterinário”.

“A Medicina Veterinária ensinadesde o comportamento animal, passana anatomia, passa na fisiologia, passanas doenças infecciosas e demais pro-blemas microbiológicos. Então, o médi-co veterinário recebe toda esta carga deinformações que são diretamente ligadasnão só ao animal como ao produto”,salienta o Conti. Na grade curricular doscursos de graduação em MedicinaVeterinárias as disciplinas de Fisiologia,Microbiologia, Parasitologia, Anatomia,Doenças Infecciosas, Patologia, Epide-miologia, Vigilância Sanitária e Higiene

Estabelecimentos que industrializam, manipulam, beneficiam e/ou embalam produtos ou derivados do leite.

Classificam-se em:

- Usinas de beneficiamento de leite;- Fábricas de laticínios;- Postos de resfriamento.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico (RT) deve:

- Orientar a empresa na aquisição de matéria-prima de boa qualidade e boa procedência;- Orientar a empresa quando da aquisição de aditivos, embalagens e desinfetantes aprovados e registrados pelos órgãos competentes;- Orientar quanto às condições de higiene das instalações, equipamentos e do pessoal;- Promover treinamento e formação de pessoal envolvido nas operações de transporte, manipulação, embalagem, armazenamento e

transporte dos produtos;- Facilitar a operacionalização da inspeção higiênico-sanitária e garantir a execução dos exames laboratoriais;- Orientar quanto ao emprego adequado de aditivos, conservantes, sanitizantes e desinfetantes nos processos industriais;- Implantar programa de controle e/ou combate de insetos e roedores;- Recomendar cuidados higiênicos necessários na produção de matéria-prima;- Ter conhecimento a respeito dos aspectos técnicos e legais a que estão sujeitos os estabelecimentos, especialmente quanto aos - Regulamentos e Normas específicas (...);- Identificar e orientar sobre os principais pontos críticos de contaminação dos produtos e do ambiente;- Orientar sobre a importância das condições técnicas do laboratório de controle de qualidade, quanto a equipamentos, pessoal,

reagentes e técnicas analíticas;- Exigir rigoroso cumprimento dos memoriais descritos quando da elaboração de um produto.

Fonte: Manual de Orientação e Procedimentos do Responsável Técnico / CRMV-PR.

Indústria de Laticínios

de Alimentos, Tecnologia de Produtosde Origem Animal, Zoonoses e Inspeçãodos Produtos de Origem Animal sãoobrigatórias. Todas elas em conjuntovão oferecer condições para que osmédicos veterinários desenvolvam ativi-dades bem-sucedidas junto às empresasde processamento de produtos de ori-gem animal.

O RT médico veterinário estabeleceem seu plano de ação a maneira adequadada obtenção do leite, dizendo as con-dições higiênicas do animal, a saúde e aobtenção como se deve ordenhar higieni-camente. Além disso, é responsável pelotreinamento dos funcionários para traba-lhar com alimentos; faz realiza a interfacecom a inspeção oficial; organiza progra-mas de limpeza e higienização; monitoraa eficiência e a eficácia da limpeza indus-trial; deve conhecer o Padrão de Iden-tidade e Qualidade dos laticínios e deriva-dos para ver se o produto está em con-formidade com a legislação; ter noção dadistribuição, tipo de veículo que vai trans-portar esse produto; conhecer noções derotulagem, composição nutricional e cen-tesimal; e conhecer a documentação

necessária na área de processamento in-dustrial, entre outros.

Usina de Leite

O docente José Maurício adiantaque 2007 será inaugurada na Fazenda-Escola da Universidade Federal do Pa-raná (UFPR) a Usina Piloto, que terácomo propósito atender o ensino na fabri-cação de laticínios e derivados e tambémtreinar pessoas para trabalhar em usinas,qualificando a mão-de-obra. “Eu par-ticipo junto à UFPR de um projeto deextensão universitária que foi desenvolvi-do no Departamento de Medicina Vete-rinária, sob a responsabilidade do profes-sor Deoci França”, explica ele, dizendoque “também haverá a formação ou amodulação de cursos lato sensu em pro-dução e tecnologia do leite focado noprocessamento industrial”.

GGaabbrriieellaa SSgguuaarriizzii

Fontes consultadas:Carlos Roberto Conti Naumann

José Maurício França

Page 16: CRMV-PR Nº21

Com relação às pessoas jurídicasque exercem atividades relacionadas àárea de laticiníos, são elas obrigadas apossuírem registro nos quadros doConselho Regional de MedicinaVeterinária por imposição legal, senãovejamos o que disciplina a Lei Federal5.517/68 em seu artigo 27, caput eparágrafo primeiro, bem como peloque disciplina o artigo 9º do Decreto64704 (que regulamenta a profissãode Médico Veterinário) in verbis:

Art 27. As firmas, associações,companhias, empresas de economiamista e outras que exercem atividadespeculiares à Medicina Veterinária pre-vistas pelos arts. 5º e 6º da Lei 5.517,de 23 de outubro de 1968, estão obri-gadas a registro nos Conselhos deMedicina Veterinária das regiões ondefuncionarem.

Parágrafo Primeiro - As entidadesindicadas neste artigo pagarão aosConselhos de Medicina Veterináriaonde se registrarem, taxa de inscrição eanuidade.

JJUURRÍÍDDIICCAA

Carlos DDouglas RReinhardt JJr eeLeonardo ZZagonel SSerafini, ass. jjurídicos CCRMVV-PPR

No tocante ao aspecto legal,referente às atividades típicas doresponsável técnico Médico Veteriná-rio pertinente nos laticínios, estão asmesmas previstas nos artigo 5º e 6º daLei Federal 5.517/1968 (que dispõemsobre o âmbito de competência priva-tiva do Médico Veterinário):

Art 5º É da competência privati-va do médico veterinário o exercíciodas seguintes atividades e funções acargo da União, dos Estados, dosMunicípios, dos Territórios Federais,entidades autárquicas, paraestatais ede economia mista e particulares:

e) a direção técnica sanitária dos esta-belecimentos industriais e, sempreque possível, dos comerciais ou definalidades recreativas, desportivas oude proteção onde estejam, permanen-temente, em exposição, em serviço ou

para qualquer outro fim animais ouprodutos de sua origem.

f) a inspeção e a fiscalização sob oponto de vista sanitário, higiênico etecnológico dos matadouros, frigorífi-cos, fabricas de conserva de carne e depescado, fábricas de banha e gordurasem que se empreguem produtos deorigem animal, usinas e fábrica delaticínios, entrepostos de carne, leite,peixe, ovos, mel, cera e demais de-rivados da industria pecuária e, de ummodo geral, quando possível, de todosos produtos de origem animal noslocais de produção, manipulação,armazenagem e comercialização.

Art 6º Constitui, ainda, com-petência do médico veterinário o exer-cício de atividades ou funções públi-cas e particulares, relacionadas com:

b) o estudo e a aplicação de medidasde saúde pública no tocante àsdoenças de animais transmissíveis aoshomens.

16

A necessidade técnica, sanitária e legal dos laticínios possuírem RT e registro no CRMV-PR

Dom

inic

Mor

el

Page 17: CRMV-PR Nº21

Art. 9º As firmas, associações,sociedades, companhias, cooperati-vas, empresas de economia mista eoutras cuja atividade requer a partici-pação de médico veterinário, estãoobrigadas ao registro nos Conselhosde Medicina Veterinária das regiõesonde se localizarem.

Neste sentido, os latíciniosenquadram-se perfeitamente no man-damento da Lei Federal 6.839/1980(que dispõem sobre o registro deempresas nos Conselhos Regionaisque fiscalizam as profissões) aodeterminar que o registro de empresase a anotação de profissionais legal-mente habilitados, delas encarrega-dos, serão obrigatórios nas entidadescompetentes para a fiscalização doexercício das diversas profissões, emrazão da atividade básica (no caso emtela no Conselho Regional deMedicina Veterinária) ou em relaçãoàquela pela qual prestem serviços aterceiros (artigo 1º).

Assim, considerando as atri-buições técnicas profissionais, bemcomo a ampla legislação aplicável àespécie e, ainda, visando protegerprincipalmente a saúde pública, justi-fica-se as exigências impostas às pes-soas jurídicas mencionadas, quaissejam, a de que possuam inscrição noscadastros do Conselho Regional deMedicina Veterinária, bem como a deque possuam profissionais MédicosVeterinários como responsáveis técni-cos nos quadros de suas entidades.

Outro aspecto importante deressaltar é que os laticiníos somentedeverão possuir registro da pessoajurídica nos Conselhos Regionais deMedicina Veterinária (e não nosConselhos Regionais de Química),bem como a de contratar responsáveltécnico Médico Veterinário (e nãoQuímico) nos quadros de suas enti-dades, conforme entendimento pací-fico do Superior Tribunal de Justiça(órgão máximo do Poder Judiciáriona interpretação das leis federais)sobre tal questão, conforme se verifi-ca nos últimos julgamentos queseguem adiante:

Contratação. Cooperativa.Laticínios. Químico. Registro. CRQ.

A Turma reafirmou que a co-operativa com atividade da área deindustrialização e comércio de leite eseus derivados, os quais não envol-veram a utilização de produtos quími-cos, não está obrigada a conservarprofissional da área de química no seuquadro de pessoal nem a registrar-seno Conselho Regional de Química(335 da CLT). Até porque essas indús-trias de laticínios já são registradas noConselho Regional de MedicinaVeterinária (Lei 5.517/1968) e subme-tem-se à fiscalização dessa entidade.Precedentes citados: REsp 510.562-MG, DJ 7/6/2004; REsp 383.879-MG,DJ 31/3/2003, e REsp 445.381-MG,DJ 11/11/2002. REsp 816.846-RJ,Rel. Min. Teori Albino Zavascki, jul-gado em 4/4/2006.

Empresa. Laticínios. Registro.Conselho Profissional.

A recorrente, empresa de la-ticínios não está obrigada a registrar-se no Conselho Regional de Química,pois a atividade básica desenvolvidapor ela é que determina em qual con-selho profissional deve se registrar.Na espécie, a empresa usa comomatéria-prima produto animal, co-

mercializando leite e seus derivados.Submete-se, assim, ao poder de polí-cia dos órgãos que fiscalizam asprofissões; no caso, por disposiçãolegal, é o Conselho de MedicinaVeterinária (art. 5º da Lei 5.517-/1998), no que tange ao aspecto sa-nitário, higiênico e, também, tec-nológico. Precedentes citados: REsp383.879-MG, DJ 31/3/2003, e REsp442.973-SC, DJ 16/12/2002. REsp410.421-SC, Rel. Min. Castro Meira,julgado em 17/5/2005.

Conselho Profissional.Laticínios. Registro.

A recorrente é empresa de la-ticínios que lida com matéria-primaanimal no comércio de compra deleite e seus derivados para condicioná-los ou transformá-los, com objetivocomercial. No desenvolvimento de talatividade, está submetida ao poder depolícia dos órgãos que fiscalizam asprofissões, por norma expressa queimpõe a fiscalização do Conselho deMedicina Veterinária, com os examesdos aspectos sanitário, higiênico etambém tecnológico. Identificada aatividade preponderante da empresade laticínios, fiscalizada pelo Con-selho de Medicina Veterinária (art. 5º,f, da Lei 5.517/1968), não se pode exi-gir um segundo registro. Soluciona-sea superposição de atividades emmatéria de fiscalização pela prepon-derância. Precedentes citados: REsp383.879-MG, DJ 31/3/2003, e REsp371.797-SC, DJ 29/4/2002. REsp488.965-GO, Rel. Min. ElianaCalmon, julgado em 18/5/2004.

Finalmente, cabe também sa-lientar que se os Conselhos Regionaisde Química (CRQs) efetuarem fisca-lização nos laticínios, a fim de exigirregistro naquele órgão e responsáveltécnico químico, os mesmos poderãoingressar com ação judicial (açãoordinária ou mandado de segurança)em face de tais entidades (CRQs),visto que os CRQs não possuem com-petência para tal ato, que é de com-petência privativa dos MédicosVeterinários e dos Conselhos Re-gionais de Medicina Veterinária.

Outro aspecto importante de ressaltar

é que os laticíniossomente deverão possuir registro

da pessoa jurídica nosConselhos Regionais deMedicina Veterinária,

bem como a de contratar responsável

técnico MédicoVeterinário, conformeentendimento pacífico

do Superior Tribunal de Justiça.

17

Page 18: CRMV-PR Nº21

Um novo caminhoNo dia 12 de maio o Paraná recebeu

uma notícia importante para a Medicina Vete-rinária, para a Zootecnia e para o ensino, Wil-mar Sachetin Marçal foi eleito o novo reitorda Universidade Estadual de Londrina (UEL).Formado médico veterinário na própria uni-versidade, no ano de 1981, Wilmar optou pelaárea da docência e é hoje o primeiro médicoveterinário a assumir a reitoria de uma uni-versidade no Paraná.

Marçal nasceu em Londrina e traba-lhou no Mato Grosso com extensão rural, de-fesa sanitária animal e com campanhas devacinação contra a febre aftosa. Em 1983,passou a escrever artigos para jornais locaisdo Mato Grosso e percebeu que se identifica-va com as áreas de pesquisa e docência.Marçal optou pela especialização e, em 1984,seguiu para a Faculdade de MedicinaVeterinária e Zootecnia da Universidade deSão Paulo (USP), onde fez Mestrado emClínica Veterinária. No ano de 1987 se clas-sificou no concurso público para atuar comoprofessor na UEL e passou a dar aulas na áreade Clínica de Bovinos. Em 1991, já casado ecom filhos, um casal de gêmeos, Marçal ini-ciou em Botucatu seu doutorado em ClínicaVeterinária na Universidade Estadual Paulista(Unesp). Alguns anos mais tarde, Marçal foi àcidade de Cuebla, no México, participar deum estágio de curta duração, fazendo umtreinamento para mensuração de algumas téc-nicas laboratoriais. Depois passou dois mesesna Universidade de Michigan e 15 dias naUniversidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Das experiências dentro da UEL,Marçal tomou algumas iniciativas impor-tantes para o curso de Medicina Veterinária.Em 1996 criou um projeto que visava passarpara um médico veterinário as aulas de Deon-tologia e Legislação aplicada à Medicina Ve-terinária. Wilmar diz que transferindo as dis-ciplinas para um profissional da área ocorreuum enriquecimento dos assuntos abordados.“Isso foi importante porque nós fizemos umprograma bem atualizado em que a gente nãofala só das leis, mas também fala do mercadode trabalho. O presidente do Conselho vemtodo ano fazer a aula inaugural. Trazemospessoas que trabalham como RT, com vi-gilância sanitária, com meio ambiente, paradar um enfoque não só legal, mas também decampo de trabalho, de mercado de trabalho”,discorre o reitor.

Em 2002, quando assumiu o HospitalVeterinário da UEL, foi responsável pelaimplantação de vários projetos dentre os quaiso Projeto Carroceiro, visa realizar atendimen-to gratuito a eqüinos; Universidade Amiga,(Atendimento Médico Itinerante a Grandes

Animais) e o Bom Aluno, que consiste naotimização dos alunos durante o plantão noHospital Veterinário. E recentemente ideali-zou e concretizou o curso de pós-graduaçãoem Perícia Veterinária Forense.

De acordo com os resultados do ExameNacional de Certificação Profissional (ENCP),realizado duas vezes por ano pelo ConselhoFederal de Medicina Veterinária (CFMV), aUEL é a universidade que tem o melhor índicede aprovação, cerca de 98% dos recém-forma-dos passam na avaliação. Para WilmarSachetin Marçal, este resultado ocorre devidoao bom nível de capacitação dos professores eao atendimento ininterrupto do HospitalVeterinário. “Desde 1993 atendemos ininter-ruptamente 24 horas por dia. Isso faz com quese tenha campo de atuação, casuística, rotina...Isso faz com que o aluno interaja mais, traba-lhe a sua relação profissional e possa vivenciarum número grande de casos práticos que eledepois vai usar na sua relação profissional.Então, a educação na UEL é tecnicista ehumanista nesse sentido, pois o aluno exercitaalgo que não pára, exercita atividade prática,ou seja, ele põe a mão na massa e nós, os pro-fessores, todos nos capacitamos no sentido depoder gerar projeto e pesquisa, interagindocom o próprio aluno e com a própria comu-nidade. Então, eu acho que esse é o grandesegredo. Agora sem dúvida nenhuma, com oatendimento ininterrupto só faz a escola ir parafrente. Você não pode ter horário. Na UEL, oplantão fez com que o curso alavancasse maisainda, tanto que foi seis anos consecutivostriplo A pelo MEC. Com isso não há só oatendimento à comunidade, mas o aluno e pro-fessor vêem a doença, fazem o diagnóstico eproduzem a terapia”.

Planos

Dentre os planos para sua gestão estãoa melhora do nível salarial dos professores,que ainda não possuem plano de cargos esalários e a criação de concursos para profes-

sores titulares. Segundo o reitor, os docentesprecisam ter estímulo para continuar atuandona Universidade. Outro ponto importante é areadequação do espaço físico, ou seja, ampli-ação de laboratórios, salas de aula e an-fiteatros. Na área de Zootecnia, Marçal acre-dita que é necessária a readequação da Fa-zenda-Escola, que está localizada em umaárea cercada por condomínios, onde o profes-sor considera prejudicial para a criação deanimais e para a manutenção das produções.

Na área de educação continuada Wil-mar pretende inovar, uma vez que a UEL jápossui cursos de nível Lato Sensu e StrictoSensu. Dentre os projetos está a criação deum Mestrado Profissionalizante, que segun-do o professor permanece com o enfoqueacadêmico, mas possui um diferencial: apreparação para o mercado de trabalho. Aproposta seria aplicar primeiramente nasáreas de Ciências Agrárias e Tecnologia.Outro passo a ser pensado é a educação à dis-tância. No entanto, ele afirma que “ainda énecessário verificar com as bases de ensinoda universidade se há condições de imple-mentar este projeto”.

Aos profissionais da área de MedicinaVeterinária e Zootecnia, Wilmar deixa umamensagem: “participe de processos seletivosjunto aos órgãos públicos, porque a classeprecisa de fato marcar sua presença junto àsentidades e através disso conseguir galgaraspectos importantes para a própria profis-são”. Marçal conclui dizendo que os profis-sionais devem buscar se politizar dentro desua área e procurar por cargos de gestão paraque a sociedade reconheça a importância daMedicina Veterinária e da Zootecnia.

Gabbriela SSguariziLuiza SSchuves

Fonte consultada: Wilmar Sachetin Marçal

Jorg

e C

orrê

a

EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO

18

Wilmar Sachetin Marçal novo reitor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Page 19: CRMV-PR Nº21

GGEERRAALL

2ª Corrida e Caminhada

Para encerrar as comemorações doDia do Médico Veterinário, o CRMV-PRe Sindivet-PR e outras entidades promo-veram no dia 30 de setembro a 2ª Corridae Caminhada da Medicina Veterinária doParaná. O evento esportivo aconteceu noParque Náutico (Iguaçu), em Curitiba ereuniu atletas, profissionais e acadêmicosda Medicina Veterinária. Antes da larga-da, a Sociedade Columbófila do Paranáabrilhantou o evento com uma revoada depombos.

O primeiro atleta a completar o per-curso de 5.200 metros foi o triatletaGuilherme Manocchio, sendo o 1º lugargeral masculino, com um tempo de16’08”. Na categoria feminina, foi a atle-ta Suzana Sabino, com um tempo de20’40”. Na categoria Médico Veterinário,o primeiro lugar foi do assessor técnicodo CRMV-PR, Ricardo Simon, que cru-zou a linha de chegada aos 19’30”. Já nacategoria Médica Veterinária a primeiracolocada foi Rikaa Yamane, com umtempo de 25’22”. Na categoria acadêmicoveterinário, o primeiro colocado foi JoséCarlos Roble Junior, completando o per-curso em 23’20”.

As fotos dos eventos promovidospelo CRMV-PR estão disponíveis no sitewww.crmv-pr.org.br.

Luiza SchuvesGabriela Sguarizi

Eventos em todo o Estado celebram oDia do Médico Veterinário

Mês de setembro é sinônimo decomemoração para os médicos vete-rinários. O dia 9 é considerado o diadeste profissional, e é sempre lembradocom uma série de confraternizações peloConselho Regional de Medicina Vete-rinária do Paraná (CRMV-PR). O pri-meiro evento organizado pela entidadefoi o tradicional jantar de confraterniza-ção, que ocorreu no 1º de setembro, nachurrascaria Paiol em Curitiba. Na opor-tunidade, funcionários, conselheiros edelegados do CRMV-PR estiveram pre-sentes, além de médicos veterinários,familiares e representantes de entidadesreferentes à classe.

Dentre as autoridades presentesestavam o presidente do CRMV-PR,Masaru Sugai; o vice-presidente NestorWerner; o presidente do Sindicato dosMédicos Veterinários do Paraná (Sindi-vet-PR), Cezar Amin Pasqualin; o vice-presidente do Sindivet-PR, DemétrioReva; a presidente da Associação deEspecialistas em Pequenos Ruminantes(Aveper), Fernanda Rosalinski Moraes,e o presidente da Associação MédicaVeterinária Homeopática do Paraná,Antonio Sampaio.

O presidente do CRMV-PR lem-brou do Decreto Lei 23.133, de 1933, queregulamentou a profissão de médico ve-terinário no País e agradeceu aos colegasde classe pelo trabalho realizado ao longodos anos, que contribuiu para os avançosda Medicina Veterinária brasileira.Antonio Sampaio, além de agradecer apresença dos profissionais, disse que oevento “é uma boa oportunidade pararever amigos e que encontrar colegas quenão via desde a época de faculdade”.

Além do Jantar em Curitiba, oCRMV-PR promoveu eventos de come-moração em todo o Estado. No dia 2 desetembro, a Delegacia da Autarquia emMaringá organizou a palestra sobre “Ges-tão de carreira ou profissão de médico ve-terinário? Um desafio a ser enfrentado”,ministrada por Sérgio Lobato, do Rio deJaneiro. Em seguida médicos veterinários efamiliares participaram de um jantar naChácara Santa Gertrudes em Mandaguaçu.Em Umuarama, a Delegacia Regional pro-moveu a I Vet Solidária, na Praça Miguel

Houssaf. No dia seguinte (3/09), médicosveterinários de Campo Mourão e região efamiliares se reuniram na AssociaçãoMédica da cidade para um almoço, umapartida de futebol suíço e para participarde atividades recreativas. Em Jacarezinho,médicos veterinários se reuniram, no dia5, para discutir a brucelose e tuberculosebovina; o presidente do Conselho coman-dou o encontro, que terminou com umalmoço no Restaurante Canta Galo. Nodia 9, os profissionais se encontraram paraum almoço no Parque de ExposiçõesCelso Garcia Cid, em Cascavel. Nomesmo dia, mas em Paranavaí, foi rea-lizada a cerimônia de Posse da NovaDiretoria do Núcleo dos Médicos Ve-terinários de Paranavaí. Em Toledo, médi-cos veterinários participaram na As-sociação Agrícola Sperafico de um jantarde confraternização. Já no dia 10 foi a vezdos profissionais de União da Vitória sereunirem para um almoço de confrater-nização na Fazenda Tarumã. Em Gua-rapuava, foram realizados para celebrar adata o II Encontro Regional de MedicinaVeterinária, em 15 de setembro, e um jan-tar dançante no dia seguinte (16/09). EmFoz do Iguaçu os profissionais se encon-traram na Cachaçaria Água Doce, dia 16de setembro. No mesmo dia os profissio-nais da região de Castro e Ponta Grossa,juntamente com seus familiares, reuni-ram-se no Clube Social de Carambeí paraum jantar dançante. Também no dia 16,médicos veterinários e suas famílias foramao Buffet Via Parioni em Londrina paraum jantar dançante.

Luiz

a Sc

huve

s

A 2ª Corrida e Caminhada da Medicina Veterinária encerrou as comemorações do mês de setembro.

19

Page 20: CRMV-PR Nº21

20

AARRTTIIGGOOSS

Clóvis AAugusto SSerafin1, Gabbriela ddo AAmaral dda RRosa1, AAna MMarcia dde SSá GGuimarães2, RRegina AA. UUtime3, AAlexander WWelker BBiondo1.1. DDep. dde MMedicina VVeterinária UUFFPPRR2. IInstituto dde CCiências BBiomédicas UUSPP3. CCentro dde CControle dde ZZoonoses

Introdução

Para estabelecer um programa de con-trole de zoonoses em um bairro, vila ou mesmomunicípio torna-se necessário estimar o tama-nho da população de cães e gatos da região.Uma das formas utilizadas para fazer essa esti-mativa é baseada em indicadores popula-cionais humanos, com a aplicação de ques-tionários à população local domiciliada. Combase nesses dados é possível estimar indireta-mente os animais que possuem proprietários,independente de seu grau de dependência erestrição. Por outro lado, animais sem dono,sem abrigo ou que não possuam pessoas queassumam responsabilidade por eles são excluí-dos da contagem.

Para a Organização Mundial da Saúde(OMS), a proporção ser humano:cão varia de 7a 10:1 em países em desenvolvimento. Entre-tanto, recentes estimativas realizadas emregiões do Estado do Paraná, São Paulo ePernambuco mostraram que a razão serhumano:cão pode variar de 3,6 a 9,14. Poroutro lado, pouco se sabe a respeito do tama-nho e dinâmica da população felina em paísesda América Latina. A maioria dos estudos con-duzidos para se estimar a população animallevou em consideração o tipo domiciliar “ca-sas”; e até o momento, não existem dados arespeito do tamanho dessa população domici-liada em prédios. Assim, o objetivo desse tra-balho foi estimar as populações canina e felinadomiciliadas nesse tipo de residência num bair-ro de Curitiba (PR) com base em indicadorespopulacionais humanos.

Material e Métodos

O bairro Cabral foi escolhido para a rea-lização da estimativa animal devido à predomi-nância de prédios e status financeiro de classemédia, com uma renda mensal média per capi-ta de R$ 3.914,50. O bairro possui um total de173 prédios, onde 69 (39,8 %) foram amostra-dos. A estimativa da população animal foirealizada baseada num inquérito aplicado aosporteiros de cada prédio. Foram levantadosdados como: número de apartamentos, demoradores, de cães nos prédios, de gatos noprédio e se o condomínio permitia animais. A

Quem mora em prédios tem mais ou menos cães e gatos?

aplicação dos questionários foi realizada, apósdevido treinamento, por alunos da disciplina deZoonoses do Departamento de Medicina Vete-rinária da UFPR.

Resultados

Dos 173 prédios pesquisados, obteve-seum total de 1.638 apartamentos, perfazendouma média de 23,73 apartamentos por prédio.O número total de moradores foi de 3.866, re-presentando 2,36 seres humanos por aparta-mento. Em um total de 64 prédios (92 %), eraoficialmente permitida a guarda de cães egatos. No entanto, mesmo dentre os que nãopermitiam, todos possuíam animais. O númerode cães e gatos foi de 277 e 39, respectiva-mente, perfazendo um total de 4,0 cães e 0,6gatos domiciliados por prédio. A estimativa dotamanho da população canina e felina para onúmero total de prédios do bairro foi de 694,5e 97,8, respectivamente. Assim, a proporçãoser humano:cão foi de aproximadamente 14:1;e a proporção ser humano:gato foi de 99:1,levando em consideração que a estimativa dapopulação total domiciliada em prédios nobairro estudado foi de 9.693,01.

Discussão

Ao analisar as proporções ser humano:cão e ser humano:gato das populações domi-ciliadas em casas de diferentes bairros deCuritiba, foi possível concluir que tais pro-porções são aproximadamente quatro vezesmaiores para as populações domiciliadas emprédios do presente estudo. Essa diferençapode ser explicada por dois fatores: pelo tipode domicílio e pelo nível sócio-econômicodos moradores. O tipo de domicílio podeexplicar a alta proporção ser humano:animalde duas maneiras: pelas dificuldades de semanter cães e gatos em apartamentos; e pelarestrição à movimentação animal. Em bairroscom predominância de casas podem existiranimais com diferentes graus de restrição, oque pode resultar numa alta taxa de natalidadee subsequente superpopulação. O tamanho dapopulação em domicílios verticalizados dopresente estudo mostra como a posse respon-sável com restrição à movimentação animalcontribui muito para o controle populacionalde cães e gatos.

Acredita-se que o nível sócio-econômi-co possa influenciar no tamanho da populaçãoanimal em certas regiões. Entretanto, Dias etal. (2005) e Alves et al (2005) não encontraramdiferença significativa entre regiões com dife-rentes status econômico no Estado de SãoPaulo. De acordo com Alves et al. (2005), mais

estudos devem ser delineados com esse objeti-vo para confirmar essa ausência de relação. Emum estudo realizado nas regiões da VilaOsternack e Vila Torres, Curitiba, que possuemrenda percapita mensal inferior ao BairroCabral e predominância de casas (segundoInstituto de Pesquisa e Planejamento Urbanode Curitiba), a proporção ser humano:cão foide 3,4:1 e 3,8:1, respectivamente; e a pro-porção ser humano:gato foi de aproximada-mente 27:1 na Vila Torres. Embora o presenteestudo não tenha sido delineado para avaliardiferenças entre níveis sócio-econômicos,percebe-se que, quando comparado com ocenso por amostragem dos demais bairros, obairro Cabral apresentou claramente um menornúmero de animais por habitante. Entretanto, aexata proporção cão:gato do bairro Cabral(7,11 cães para cada gato) foi quase idêntica àproporção do bairro Vila Torres (7,07 cães paracada gato), o que reflete uma tendência similarna proporção de aquisição de cães e gatosquando comparados bairros de perfis sócio-econômicos e de habitação distintos, mas den-tro do mesmo município de Curitiba. O nossogrupo de trabalho está atualmente realizandoum estudo preliminar dos perfis de outrosmunicípios da região metropolitana, bem comodo litoral e do interior do Estado do Paraná,para entender melhor a dinâmica populacionalcanina e felina nos diferentes ambientes donosso Estado.

Conclusões

A adoção de uma razão única paraAmérica latina, como preconizado pela OMS,pode levar a um grande erro no planejamentode programas de controle populacional e dezoonoses. Os resultados obtidos no presenteestudo revelaram que o tamanho da populaçãoanimal domiciliada em prédios é diferente dadomiciliada em casas, embora a proporçãoentre cães e gatos possa permanecer seme-lhante. Profissionais de órgãos de SaúdePública e outros profissionais ligados ao setor,bem como o médico veterinário em geral,devem sempre que possível estimar a popu-lação animal baseando-se no tipo de domicíliospredominantes em cada região para implemen-tar programas de controle de zoonoses e decontrole populacional de cães e gatos de rua esemi-domiciliados. Mais do que isso, o censocanino e felino por amostragem oferece aosmédicos veterinários que pensam em estabele-cer uma clínica de atendimento a pequenosanimais, uma estimativa mais precisa das po-pulações canina e felina na região, o que podeser fundamental no planejamento da localiza-ção do empreendimento de acordo com o per-fil imobiliário do local.

Page 21: CRMV-PR Nº21

sérias do que apenas a morte do animalabandonado.

Ainda, o abandono, além de mani-festar pouca preocupação com a vida, seja elade um cão ou gato, pode ser o primeiro passopara o desenvolvimento de algo mais amplo,a crueldade com animais. O abuso e/ou cruel-dade com animais é um aspecto social nãoapenas relevante no aspecto médico-vete-rinário, mas evidências dessas condutas (pre-liminares) sinalizam a possibilidade de mani-festação de outros tipos de abusos, comoaqueles familiares e outras condutas anti-soci-ais humanas.

Parcerias como alternativa educativa no combate do abandono de animais

O projeto sobre posse responsável deanimais domésticos “Meu Amigo Bicho nasEscolas” encontra-se há um ano em anda-mento na cidade de Ribeirão Preto, SP, apoia-do e desenvolvido através da cooperação doConselho Municipal de Proteção e Defesa dosAnimais, Centro de Controle de Zoonoses,Secretaria Municipal de Educação, CentroUniversitário Barão de Mauá – através de seuNúcleo de Apoio Institucional (NAI), e tam-bém com o apoio da iniciativa privada:Salvet/Bayer, VetPlan.

Até o momento, 863 crianças e adoles-centes (com idade entre 4 e 14 anos) da redede ensino municipal foram abordadas atravésde aula e atividades interativas, apresentadaspor estudantes do Curso de Medicina Ve-terinária, onde temas sobre a posse (respon-sável) de animais de companhia (cães e gatos)foram discutidos. Os objetivos do trabalhosão minimizar o número de animais errantesna cidade e, conseqüentemente de abandonos,ataques caninos, a probabilidade de casos dezoonoses, casos de atropelamentos de animaise possíveis acidentes automobilísticos.Fundamentalmente o projeto vem desen-volvendo alternativas para despertar a cons-ciência nessas crianças de que esses animaisexigem atenção e cuidados especiais, comotodo ser vivo, e que o desconhecimento detais necessidades pode culminar em prejuízotambém para a comunidade humana.

Apesar do incessante trabalho dasprefeituras e governos estaduais e federal,no que se refere à vacinação anti-rábica,das leis que regem a conduta de posse deanimais domésticos, a educação da popu-lação é primordial na erradicação dessasituação, sendo uma ferramenta funda-mental para promover um grau de cons-ciência razoável que transcenda apenas apreocupação com os animais, focandobasicamente a saúde pública (humana) esuas conseqüências.

AAparecida EE. GGaviolli, Núcleo dde AApoio IInstitucional ee Centro UUniversitário BBarão dde MMauá, RRibbeirão PPreto, SSPPGelson GGenaro, UUnesp Campus SSão VVicente

A associação entre pessoas e cães egatos é oriunda de tempos remotos, sendo arelação homem-cão bem mais velha queaquela com os gatos. A domesticação do gatoé, na mais remota hipótese, decorrente de 6mil - 9 mil anos. Já a do cão nos remete pos-sivelmente há 15 mil anos, ou mais. Quer sejapara o gato ou para o cão, a nossa espécie osatraiu voluntária, ou involuntariamente, paraum convívio muito próximo, alterando defi-nitivamente seus modos de vida e, conse-qüentemente, a nossa relação com esses ani-mais. Essa modificação foi tão profunda quebasta lembrar do enorme número e da amplavariação das raças caninas que temos hoje.

Dentre os processos etológicosresponsáveis pelas ligações sociais entreespécies animais, o principal aspecto a serconsiderado é aquele denominado de “perío-do sensível” que, para esses animais,transcorre a partir do segundo mês de vida. Énesse período que o animal estreita seu com-portamento social, basicamente com seus co-específicos (animais de sua espécie), masessas ligações podem ser também estabeleci-das com outras espécies. Fato que ocorre, porexemplo, quando mantemos um cão ou gatoconosco. Vários fatores irão influenciar nessegrau de socialização: os indivíduos (ou espé-cies) que irão estabelecer o contato, a quantiade manipulações, presença da mãe, ou deirmãos durante o processo de manipulação,eventos positivos ou negativos, condições demanutenção, além de variações genéticas.

Bem-Estar Animal

A definição de “Bem-Estar Animal”envolve ampla análise dos contextos em quese encerra a questão animal, mas, de modogeral, pode ser definido como o estado de umanimal durante suas tentativas de se ajustar aomeio ambiente que ora se apresenta.

Independentemente da espécie, se cãoou gato, ou mesmo outras, todas possuem me-canismos adaptativos, contudo, esses meca-nismos estão direcionados basicamente à vidanatural que, por sua vez, podem ser, ou não,úteis às novas condições a que submetemosos animais, em particular à vida doméstica.

É preciso ressaltar que alguns dessesanimais estão altamente adaptados a essa situ-ação, outros menos, sendo o contrapostodaqueles plenamente domesticados os de-nominados ferais, ou asselvajados. Esses últi-mos vivem situações muito próximas do que

Posse Responsável de Animais Domésticos, Alternativa Educativa:

Poder Público e Privado

poderíamos denominar vida selvagem,existindo simultaneamente uma ampla gamade variações entre os extremos. Portanto,quando nos propomos a analisar as condiçõesde vida desses animais é preciso refletir sobrea enorme variação de possibilidades.

Um dos mais importantes problemasenvolvendo as espécies domésticas (de com-panhia) e Bem-Estar Animal refere-se aogrande número de abandono desses animais.Abandonos esses que podem acumular-se emdeterminados locais públicos ou, então,através de pessoas que, por vários motivos,recolhem esses animais em grande número.E, quanto às condições sanitárias desses ani-mais, como sua manutenção, são questio-náveis, sobre vários aspectos, dentre eles oético. Cuidar desses animais (em númerossempre crescentes) é inviável e como res-postas mais freqüentes temos a castração, aadoção ou a eutanásia.

As razões pelas quais se abandonamanimais são inúmeras, vão desde justificati-vas alérgicas, mudanças de residências,reprodução não programada etc. Contudo, oprincipal problema não é abordado quando,equivocadamente, se opta por essa alternati-va: o abandono.

O Abandono e possíveis conseqüências advindas da desinformação

O abandono de animais é fato rela-tivamente comum em determinadas locali-dades. Inclusive com conceitos populares, porexemplo, para o gato, de que esse animalpode sobreviver ingerindo pequenos animais,lixo, restos de alimentos etc. Uma parcela dosanimais abandonados realmente sobrevive àscustas de muitas mortes e um estado de saúdesofrível. Esse estado de higidez, depaupe-ração, remete os animais a uma espécie decondição: ‘bomba relógio’, devido à possibi-lidade de inúmeras doenças poderem se insta-lar nessa população e dentre essas temosvárias zoonoses: leptospirose, leishmanioseetc., mas especialmente a raiva nos preocupa.

Quando uma pessoa (despretensiosa-mente) abandona um gato, ou cão, numa viapública, imaginando que sobreviverá, alémde uma atitude equivocada a respeito dodestino desse animal está, simultaneamente,colocando em sério risco a comunidadehumana local. Apenas como exemplo, gatossão caçadores contumazes, e dentre suasinúmeras presas podemos ter morcegos, quesabidamente podem veicular o vírus daraiva, e esse mesmo gato - faminto - pode,posteriormente, envolver-se em disputasfísicas, disseminando essa virose, quandoagride outros gatos. Ou seja, a ação do aban-dono poderá ter conseqüências muito mais

21

AARRTTIIGGOOSS

Page 22: CRMV-PR Nº21

boradores, com o público consumidor e comos fornecedores.

Nunca se deve esquecer o otimismo,pois o pessimista é uma ancora que segura aempresa e não a deixa ir em direção ao suces-so. O pessimista é aquele que quando o con-vida para uma pescaria ele diz: - Não vai darcerto, vai chover, não vamos pescar nada.Esse não cresce e atrapalha. O otimista nãoenxerga fracasso vai sempre em frente embusca do objetivo considerando as avaliaçõesdos resultados.

Na verdade o empreendedor tem que terintuição empresarial como algo mais, isto é, eletem que estar constantemente em busca damelhor maneira de se estabelecer um motivopara encontrar o verdadeiro sucesso. A verdadeé que não existe uma receita pronta, é neces-sário meter a mão na massa, ou mesmo verporque um assado fica bom ou ruim. Nãoespere que você pode conseguir resultado so-zinho, há necessidade de se encontrar meios oupessoas que o ajude a chegar no caminho certo.

Assim, os médicos veterinários e ozootecnistas são profissionais responsáveispela saúde humana através da atividaderesponsável de atender a saúde animal e pelaprodução de alimentos de origem animalseguro e saudável. É grande esse compromis-so. É grande essa missão, por isso as regraspara essa atuação estão ligadas profunda-mente numa realidade de desafio e na capaci-dade de assumir riscos, tudo passa pela ética epela lealdade sem esquecer da solidariedade,mas em resumo é preciso encontrar o equi-líbrio entre o sucesso e a busca do progressoem função de uma responsabilidade social.

IIvonei AAfonso VVieira, MMéd.Vet., aadministrador ddeEEmpresas, ppós-ggraduado eem AAdministraçãoGeral ee EEstratégica ee cconselheiro ddo CCRRMV-PPRR

“Os valores essenciais como respeitoàs expectativas de carreira, ampliação de co-nhecimento, satisfação com a natureza dotrabalho, orgulho de pertencer, compromissocom a organização, entre outros, não desa-pareceram, ao contrário, ganharam umadimensão de importância para todos osatores no mundo do trabalho”.

(Revista Nacional da Carne, Setembro 2006, pg.. 98).

Esta afirmação vem a cada dia tendouma aceitação muito forte entre os profissio-nais, o importante desse conceito está naquantidade e nos diferentes tipos de profis-sões que se atêm em um conhecimento básicoe de grande valia para condução do sucessode qualquer negócio. Então, observa-se queno mundo dos negócios quem não busca aampliação e a aplicação correta de seu co-nhecimento, não tem prazer, não gosta do quefaz e não se sente aceito dentro de uma comu-nidade, dentro de uma organização e dentrode um ambiente técnico está fadado aoinsucesso.

Assim, o importante para qualquer iní-cio de uma atividade existem regras que sedeve seguir de forma a que o estabelecimentode objetivos se fixe principalmente na missãoque qualquer empreendimento terá para coma comunidade no desenvolvimento de suasatividades.

Uma das regras básica para esse objeti-vo é o empreendedorismo. Nesse sentido hánecessidade de conhecermos melhor o quesignifica ser um empreendedor. Empreen-dedor é aquela pessoa que deseja realizar,executar, deixar sua marca. Aquele que se dis-tingue das outras e consegue com isso fazer adiferença. Para isso um desafio é o ponto departida e todo desafio só é aceito quando sesupera os riscos desencadeados na busca denovos caminhos na execução de um empre-endimento. É ter autodeterminação. É superarobstáculos. Transformar idéias em fatos e nãose conformar com a rotina que leva o sucessode forma lenta e muitas vezes ao insucessoirreversível.

A grande visão é o conhecimentodaquilo que se faz, esse conhecimento podevir da experiência do dia-a-dia ou de estudosatravés de publicações específicas, ou pós-graduação em escolas que promovam cursos

Empreendedor na Medicina Veterinária e na Zootecnia

de especialidades ou procurar referência emempreendimentos semelhantes. Nesse sentidose estabelece o conhecimento do ramo denegócio que explora ou pretende explorar.Deve se estar alerta para aproveitar o que omercado esta colocando à disposição, isto é,aproveitar as oportunidades oferecidas pelomercado. Então, é só ter a capacidade deperceber o momento certo e as condições ade-quadas para a realização de um bom negócio.

Um bom conhecimento de adminis-tração é importante para o empreendedor, poisele deve aplicar o conhecimento do processoadministrativo que é a utilização de maneiraintegrada dos elementos da administração(planejar, organizar, dirigir e controlar). A uti-lização racional e organizada dos recursosdisponíveis é o que dá vida útil longa e deresultado para as empresas. Aqui se enquadrauma regra muito interessante a Liderança queexige a compreensão de habilidades no rela-cionamento dentro e fora da empresa.

A Habilidade pode ser dividida emtrês bem definidas. Habilidade Técnica quesignifica conhecimento de métodos, técni-cas e equipamentos para a realização detodas as operações e processos, HabilidadeConceitual que determina o conhecimentoprofundo da missão e dos objetivos pre-conizados pela empresa e a HabilidadeHumana que é competência de relaciona-mento e compreensão interpessoal, é sabercolocar de maneira simples e de fácilentendimento o que a empresa espera deseus comandados, de acordo com os obje-tivos e a missão da empresa. Assim oempreendedor de sucesso deve ser um lídere ser capaz de se relacionar com seus cola-

22

CCOOMMIISSSSÃÃOO EEDDIITTOORRIIAALL

Andr

zej

Pobi

edzi

nski

Page 23: CRMV-PR Nº21

AARRTTIIGGOOSS

tempo em que se observa preocupação tantodo lado do criador como dos órgãos públi-cos envolvidos com temas relacionados àsaúde e qualidade do rebanho (rastreabili-dade, SISBOV, Programa Nacional deControle e Erradicação da Tuberculose eBrucelose, SAPI Leite entre outros).

Ao contrário de alguns paíseseuropeus não se estabeleceu aqui, porenquanto, o tamanho mínimo para que oAVIR ruminante seja viável, do ponto devista econômico. No caso brasileiro istodeverá variar segundo o tipo de exploração(leiteira / carne) e principalmente deverásofrer influências regionais (centro-oeste,nordeste, sul) e da espécie ruminante (bovi-no, búfalo, caprino, ovino) atendida. Frisa-se que todas as ações veterinárias realizadasdeverão considerar o ponto de vista geren-cial e empresarial da propriedade. Exem-plificando: só se realizam exames comple-mentares caso se projete que os resultadosencontrados terão realmente conseqüênciaspráticas.

É fundamental para o estabelecimen-to de um programa de AcompanhamentoVeterinário Integrado de Rebanhos a exis-tência de um relacionamento de confiançaentre o veterinário e o proprietário. O médi-co veterinário deverá ter visão integral donegócio no qual ele é prestador de serviços,preocupando-se constantemente com arentabilidade e a sustentabilidade da ativi-dade. Do proprietário, por sua vez, espera-se uma visão profissional da atividade,tratando a propriedade como uma empresa eaceitando o AVIR como um instrumento deauxílio da gestão integrada do seu negócio.

Tanto produtor como médico vete-rinário são chamados a se identificaremcomo integrantes de um sistema de pro-dução de alimentos seguros. E ao adotaremum AVIR estão contribuindo para assegu-rar qualidade, ao mesmo tempo em queestão lançando a pedra fundamental paraum programa de gestão da qualidade, quepor sua vez estimula um círculo virtuoso demelhoria contínua. Certamente o dinamis-mo que o agronegócio brasileiro têmdemonstrado contribuirá para a adoçãocada vez maior destas ferramentas, tornan-do a pecuária bovina cada vez mais pre-parada para a competição no mercado exte-rior, calcada cada vez mais sobre aspectossanitários, de bem-estar animal e sus-tentabilidade ambiental.

Acompanhamento Veterinário Integrado de Rebanhos Ruminantes (AVIR),

um instrumento na gestão da qualidade na produção pecuária

RRüdiger DDaniel OOllhoff, pprofessor TTitular ddaPPUCPPRR, ppresidente dda AAssociação BBrasileira ddeBuiatria ee dda AAssociação PParanaense ddeBuiatria ((BUIIAATRRIIAA-PPRR))FFelipe PPohl dde SSouza, pprofessor AAdjunto ddaPPUCPPRR, pproprietário dda MMAAGNAA - CConsultoriaVeterinária, eex-ppresidente dda AAssociação ddosEEspecialistas eem PPequenos RRuminantes ((AAVEEPPEERR))

Nas últimas décadas a produção pecuá-ria tem passado por um processo acelerado deganhos de produtividade, muitas vezes acom-panhado por uma concentração do número deprodutores ao mesmo tempo em que se verifi-ca um aumento no número de animais porrebanho. O tratamento de um único animaldeixou de ser prioridade diante da neces-sidade de se garantir a saúde de rebanhosinteiros. Tanto pressões do mercado interna-cional, onde o leite e a carne são "commodi-ties", como o aumento da exigência dos con-sumidores no mercado interno fazem comque a produção de alimentos inócuos doponto de vista sanitário a um baixo custosejam a meta principal da atividade pecuária,tanto de leite como de corte no país. Além daqualidade e segurança do produto, o consu-midor é cada vez mais exigente quanto aoprocesso de produção que deve levar emconta três aspectos: ser ambientalmente cor-reto, socialmente justo e considerar a condi-ção de bem-estar dos animais.

A Medicina Veterinária de animais deprodução não é um conceito novo, sendocolocada em prática pelos médicos vete-rinários de diferentes formas como: “consul-toria de rebanhos”, “gestão da fertilidade”,“administração da saúde de rebanhos” entreoutros, cujos conceitos e resultados foram dis-cutidos na literatura técnica veterinária desdeo início dos anos 80 do século passado. Oconceito de “Acompanhamento VeterinárioIntegrado de Rebanhos” foi cunhado em 1993na Escola Superior de Medicina Veterináriade Hannover, na Alemanha, tendo como sig-nificado a realização de uma atividade sis-temática e continuada do médico veterinário,objetivando incrementar a saúde e a capaci-dade produtiva dos animais, levando emconta a situação econômica da propriedade ouempresa pecuária, a qualidade dos produtos eno final das contas a realização profissional epessoal dos envolvidos (peões, capatazes,gerentes, investidores) no processo.

A implementação do AVIR segue al-guns princípios estratégicos para o sucesso dosistema, tais como:

- Levantamento do “status quo” nos dife-rentes setores de acompanhamento vete-rinário da empresa (ex. reprodução, saúdedo úbere, claudicação etc.);- Definição de metas para cada área deacompanhamento;- Elaboração de uma estratégia para atingiras metas propostas; eventualmente adap-tação de estratégias existentes;- Implementação do programa de trabalho;- Documentação exata (levantamento dosdados e seu processamento);- Controle através de avaliações regularesdos diferentes processos envolvidos nofluxo de produção e interpretação dedados colhidos (avaliação através de in-dicadores);- Aconselhamento, observação de conse-qüências e definição de novas metas.

Atualmente tais estratégias são par-cialmente realizadas principalmente pelasunidades veterinárias de algumas cooperati-vas de produtores de leite e algumas empre-sas especializadas em consultoria vete-rinária. Infelizmente, estes acompanhamen-tos têm sido realizados de maneira mais oumenos empírica, pois a pesquisa veterináriabrasileira ainda não incorporou em sua ple-nitude os conceitos de AVIR ruminante,diferentemente do que se observa na pro-dução de suínos e aves. No entanto pareceser oportuno levantar a questão, pois algu-mas ferramentas úteis, como a informática,avançaram significativamente, ao mesmo

O conceito de“Acompanhamento

Veterinário Integrado de Rebanhos”

foi cunhado em 1993 na escola superior

de Medicina Veterinária de Hannover, naAlemanha, tendo

como significado arealização de uma

atividade sistemática econtinuada do médico

veterinário.

23

Page 24: CRMV-PR Nº21

AARRTTIIGGOOSS

Danielle MMurad TTullio, MMSc, membbro ddo CColégio BBrasileiro dde RRadiologiaVivien MMidori MMorikawa, mméd. vvet. especialista eem RRadiodiagnóstico VVeterinário

Introdução

O aparecimento dos métodos de diag-nóstico por imagem na Medicina Veterináriade animais de companhia como uma especia-lidade, vem introduzir novos parâmetros norelacionamento imaginologista - clínico ve-terinário - cliente/paciente.

Considerando que o imaginologistaatende à solicitação de seu colega clínico, esterelacionamento torna-se primordial, devendohaver uma perfeita harmonia entre colegas eadequada com o cliente/paciente, caso con-trário será efetuado um procedimento pura-mente técnico e às vezes sem valia. A práticado diagnóstico por imagem não deve pres-cindir dos fundamentos clínicos, tanto aque-les relacionados à semiologia como aquelesvoltados à investigação clínica propriamentedita. Realizar uma boa prática clínico-diag-nóstica deve ser o objetivo do imaginologista,atendendo de forma eficiente à solicitação docolega clínico e executando um atendimentoque satisfaça às necessidades do paciente seminterferir na conduta do solicitante.

Quando falamos em exames imagi-nológicos como a ultra-sonografia e radiolo-gia, devemos ter em mente que o exame é umato médico na sua total concepção, já que aexecução do mesmo requer uma série de co-nhecimentos especializados integrados. Estesconhecimentos envolvem o domínio fluenteda anatomia da imagem, bases fisiológicas,raciocínio clínico pertinente, conhecimentotécnico relacionado ao manuseio do aparelho,bem como uma sólida formação na interpre-tação das imagens obtidas, para enfim fazer aelaboração de laudos satisfatórios.

A correta indicação do exame é o pontode partida para a realização de um bom examediagnóstico. É comum observarmos solici-tações de exames que não são os mais indica-dos para a patologia suspeita. Esta inade-quação está relacionada não somente aodesconhecimento do veterinário solicitante,mas também à eventual indisponibilidade domesmo. Por exemplo, derrames pleurais sãonormalmente avaliados por exames radiográ-ficos convencionais quando se dispõe detransdutores ultra-sonográficos adequados,que o fariam de forma eficiente e sem radi-ação. Quando pensamos na função educa-cional do imaginologista, existe um papel

A relação médico veterinário imaginologistaclínico - cliente/paciente nos Centros Diagnósticos e a prática do Diagnóstico por Imagem

didático muito importante a ser cumprido, oqual deve de alguma forma orientar sobre osmelhores métodos disponíveis para cada tipode patologia.

A elaboração de uma requisição comdados como nome, sexo, idade, raça, médi-co solicitante, tipo do exame solicitado,indicações clínicas e antecedente diagnósti-co e cirúrgico é uma prática recomendávelna condução do exame de imagem. Por isso,caso não se tenha estes dados, devemos gas-tar alguns minutos conversando com ocliente, iniciando um bom relacionamento,para extrair algumas informações que ocolega não relatou. Não é proibido conver-sar durante o exame, pelo contrário, algu-mas questões colocadas de forma estratégi-ca durante o exame podem elucidar imagensde difícil interpretação.

A indicação diagnóstica apontada pelocolega solicitante em sua requisição muitasvezes é vaga, sem o acompanhamento de ou-tras informações que possam auxiliar o ima-ginologista a respeito da patologia e/ouquadro clínico. Este ponto determina aimportância de uma breve anamnese a serrealizada pelo imaginologista, que deveinquirir o cliente sobre a queixa principal,história clínica e antecedentes do paciente.Outras informações como dados cirúrgicospregressos e exames anteriores devem fazerparte constante da investigação prévia doimaginologista, que corre o risco de ignorarausência de estruturas e outras patologias quejá poderiam coexistir, já diagnosticadas emexame anteriores. Muitas vezes um examefísico simples deve anteceder o exame deimagem, como por exemplo, palpaçãoabdominal, localização de focos dolorosos,auscultação cardíaca e pulmonar.

Ao concluir o exame podemos ou nãorelatar ao cliente detalhes dos resultados? Éuma questão difícil de ser respondida deforma satisfatória, pois o exame que original-mente deve retornar ao colega solicitante per-tence é claro ao cliente. Assim, cabe o míni-mo de respeito às indagações e dúvidas docliente que muitas vezes está ansioso poralgum esclarecimento. Em determinadas situ-ações não podemos dizer que está tudo bem,o bom senso permite, sinalizar ao clientealguns dados do exame e a urgência de seuretorno ao clínico, sem interferir ou melindraro colega que solicitou o mesmo, que deveráanunciar o laudo na sua totalidade.

Conhecer e respeitar os limites de cadamétodo de imagem é um princípio fundamen-

tal e recomendável, assim poderemos pro-duzir descrições objetivas e seguras arespeito das lesões identificadas. O diagnós-tico por imagem é predominantemente des-critivo e para todo o exame realizado deveconstar um laudo devidamente detalhado eassinado. Este laudo é o documento no qual oimaginologista comprova seu trabalho e seresponsabiliza pelos dados descritos naqueladata, devendo sempre o exame ser guardadocom o cliente. Obviamente existirão situ-ações em que algum tipo de diagnósticoclínico será especulado, muitas vezes coloca-do entre parênteses ou como observação, oque é de suma importância para que algunsdiferenciais sejam lembrados.

Realçamos a necessidade de umaprática diária de alguma forma de contatoque venha a estreitar a relação do imagino-logista com o clínico, tanto para a discussãode aspectos clínicos relacionados à eluci-dação diagnóstica do caso quanto para adi-antar informações constantes no laudo.Desta relação saem muitas vezes parceriasde sucesso duradouras. Muitas vezes é inte-ressante um convite ao colega para que hajao acompanhamento de exames, como bióp-sias guiadas e exames especiais, quandohaverá uma troca de informações impor-tante e prazerosa.

Centros diagnósticos veterinários comequipamentos modernos e equipe especializa-da, como já existem nos grandes centros donosso país, têm condições de suprir estademanda especializada em nossa região.Sabemos que não é compensatório muitasvezes, em algumas clínicas e consultórios ainstalação destes serviços, além do fator espe-cialização e educação continuada. Assimacompanhamos os avanços das especiali-dades na medicina diagnóstica e investigativade animais de companhia, que aparecem comvelocidade assustadora, e só contribuem parao sucesso de todos e a satisfação do nossocliente, cada vez mais esclarecido e questio-nador, fruto da globalização e difusão do co-nhecimento pela internet.

A convivência entre especialistas dediversas áreas soma conhecimentos e inte-gra alternativas diagnósticas e terapêuti-cas. Um erro de nossa parte pode levar auma conduta terapêutica inadequada e atémesmo fatal. Em última análise, toda estaintegração resulta na prática de umaMedicina Veterinária com maior grau deacurácia e resolutividade beneficiandoassim o principal elemento da relação: opaciente.

24

Page 25: CRMV-PR Nº21

00898.ZP LAWRENCE LUVISA00900.ZP FABIANO RAIZER07239.VP ANDRE CORREA DE LIMA07240.VP LUCAS SEBASTIAO ALVES07241.VP RENATO ZANIN07242.VP CIBELE RUIZ MIYAZAWA07243.VP RICARDO SCHERER SIMOES07244.VP VINICIUS DE PAULA SOUZA07245.VP PRISCILLA PELLIZER DA SILVA07246.VP JULIANO ROMAN07247.VP KEMY TOKUNO07248.VP ANA MARCIA DE SA GUIMARAES07249.VP ANGELA DE ALMEIDA CASTRO SEGUI07250.VP TATIANE ALINA DE SOUZA07251.VP ARLENE PEREIRA MERTZ07252.VP FRANCIELE P. DE VITOR VIARO07261.VP GISELA COSTA ROSA07262.VP TAHIANA CARVALHO BARBOSA07263.VP JAQUELINE MORON COTRIM07264.VP DIEGO DA SILVA CAMARGO07260.VP ALEXANDRA SCHELL BASTOS07257.VP MARIANA P. DOS REIS SEOANE07265.VP VIVIANE ROSSI CHAVES07269.VP GERSON NEY DE OLIVEIRA VIANNA07270.VP ANA PAULA TEODORO DE SANTIS07271.VP ANDRE MELECH DA SILVA07272.VP JULIANA ELISA SILVA00899.ZP LORENA CARLA IANTAS07273.VP SIBELE BITTENCOURT FRITZSCHE00903.ZP ANDRE FERRACINI CAMPOS00904.ZP GIULIANO DALLA PALMA DE SOUZA00905.ZP PAULO HENRIQUE C. MARTVI07285.VP JONATHAS LAMARCA CARDOSO07286.VP CRISTINA DE BEM MONTEIRO07292.VP PAOLA JORDANA SILVA07293.VP PAULA PIEPER07294.VP FERNANDA CORREA LESNAU07287.VP JOAO PAULO CALOMENO07291.VP ANA CLAUDIA VOGES07288.VP DAIANI THOMAZONI07290.VP MONICA MARCHIORO MILIETTI07289.VP DOUGLAS WOSCH COSTA00906.ZP FERNANDO BLINI07298.VP TATIANA NEUZA S. DOS SANTOS07299.VP HENRIQUE BISCA

07228.VS JANAINA MARIA FURLAN07230.VS DANIEL FAVERO DA ROSA07268.VS JULIANO CESAR DIAS07282.VS FERNANDO AUGUSTO SUMAN

07224.VS ROGERIO AKIRA SAITO07225.VS GEORGE LUIZ LOWEN07226.VS VANESSA ISSUZU MIYAKAWA07227.VS CLAUDIA GOMES LUCIO

07160.VS MARICLEA BELIDO SEGOVIA07161.VS DANIELA STIEVEN07178.VS GILMAR SARTORI JUNIOR07223.VS TULIO CHAVES LOPES

04250.VP ADRIANE WOEHL WENIGERKIND06311.VP EDUARDO DE CAMPOS CARDOZO

01459.VP MANOEL CESAR MOTA05847.VP VIVIANE G. VIEIRA FAVARETTO00116.VP EDMUNDO JOSE COSTA MOURA

07152.VP GLAUCIA MARIA CAMPEAO07153.VP TIAGO ALMEIDA MASSA07154.VP THIANE SECCHI SOBCZAK07155.VP ETHEL CRISTINE M. A. MATSUOKA07156.VP MICHELE LUNARDI07157.VP ROBERTA DOS SANTOS TOLEDO07158.VP MAIRA SALOMAO FORTES07159.VP BRUNO BERGAMO RUFFOLO00874.ZP RAFAEL ANDRZEJEWSKI07162.VP EDIVAL MOREIRA DA SILVA07163.VP FERNANDO VECCHI DE ALENCAR07164.VP CAROLINA B. DE SOUZA MARTINS07165.VP HELEM PAULA MARUCHI07166.VP SUELEN TULIO DE CORDOVA07167.VP THAIS MELHEM RAUEN00875.ZP GUSTAVO FRANCIO LOPES00876.ZP NILSON DA CUNHA LARA JUNIOR07171.VP LUCIANA DE MORAES GARIBA07172.VP FABIO CIPRIANO07173.VP ALLAN KARDEC JUNIOR ROCHA07174.VP JULIANA PEREIRA ROCHA07175.VP JOAO PAULO PEREIRA AMADIO07176.VP CESAR JOSE CARRARO MELCHIADES07177.VP ROGERIO SCHEREMETA07179.VP JACQUES DE LIMA FERREIRA00878.ZP HENRIQUE BERNARDON LEONARDI00879.ZP AMAURI BERNARDI00880.ZP JUAHIL M. DE OLIVEIRA JUNIOR00881.ZP CARLOS EDUARDO C. DE O. RAMOS00882.ZP TARCISIO ALEX FROIS BALBE00883.ZP RAFAEL SEKI KIOSHIMA00884.ZP LUCIANE NERIS CAZELLA00885.ZP MARINA WILK DONIDA00886.ZP LEILIANE CRISTINE DE SOUZA00887.ZP FABIANE DE FREITAS00888.ZP CLEUSA BERNARDETE M. BRITO00889.ZP BRUNO DA COSTA CALDONHO07180.VP FERNANDA BORGES STOFELLA07181.VP THAYS PEREIRA JORGE07182.VP RENATA CANECA JORGE07183.VP ALESSANDRA DE A. MACIOSKI07184.VP SERGIO DOS SANTOS HENRIQUE07185.VP ALAN CESAR CICERO07186.VP MAICON LOBO CASTRO07187.VP ANA PAULA MAZEIKA

07188.VP LUIS CLAUDIO PEDROZO07189.VP FELIPE TIAGO SMANIOTO07190.VP FRANCIANE PIERIN RAMOS07207.VP DANIEL CAVALCANTI BRETTAS07208.VP EDUARDO SILVA JORGE07209.VP PEDRO RICARDO MATTEI07210.VP JOSE CARLOS BIAGGI DIAS07211.VP RAFAEL LUIZ NOVISKI07212.VP NILO CESAR FREIRE07213.VP MAYCON A. DE M. MENDES07214.VP VITOR SOLANO DE MELO07215.VP CAIO JANUARIO DE ARAUJO07191.VP JEISA DE ARAUJO BRAGA07192.VP MARINA EICH SOARES07216.VP DIOGO DE PAULA DUARTE07193.VP CAROLINA RICHTER07217.VP SADI JOAO PIASECKI JUNIOR07194.VP HELAINE REGINA GOYA07195.VP MARIANA COSENZA07196.VP MARISTELA DE SIQUEIRA ARNEIRO07197.VP EMANUELLE GEMIN07198.VP CRISTIANE YUMI MAEDA07199.VP NAYARA TISSOT LUNARDON07200.VP LIVIA CAVALETTI CORREA DA SILVA07201.VP IVONETE DO ROCIO ALVES PEREIRA07202.VP CRISTIANE OLIVEIRA NOGUEIRA07203.VP ANA SILVIA PEDRAZZANI07204.VP KATHERINNE MARIA SPERCOSKI07205.VP KARINA STELLA SUCKOW07206.VP DANIELLA SPONCHIADO00890.ZP DEBORA ZANELLO KLOSTERMANN00891.ZP LILIANE MARIA PIANO07229.VP ORLEI CZELUSNIAK07231.VP CAROLINA FURUZAWA07233.VP CLAUDIA MARI UCHIMURA07234.VP FRANCIANE NOTTO00892.ZP HUGO BARTH00897.ZP LUCIANE BOCKOR00896.ZP MARCIO FIN GOSSNER00895.ZP VINICIUS DE OLIVEIRA CHIMENEZ00894.ZP HELLENCRYS CAMARGO07235.VP RICARDO ANTUNES DAS NEVES07236.VP TIAGO TORRECILLAS STURION07237.VP VINICIUS TADANO MARQUES07238.VP ANDRE LUIZ TORRECILLAS STURION

CRMMV-PPR CRMMV-PPRNNOMME NNOMME CRMMV-PPR NNOMME

NNoovvooss IInnssccrriittooss

00697.ZP LUCIANA LINHARES KINTOPP00550.ZP MARCELO FARIA CARDOSO04421.VP MICHELLE FABIANNE V. FAVARO04420.VP CRISTIANO CORTES03077.VP NILTON SANTOS BORGES00333.VP ADONAI AIRES DE ARRUDA

00575.VP JOAO RAMOS DE SIQUEIRA01465.VP ERNESTO EMIR K. B. JUNIOR01892.VP PALMIRO SERGIO BALLIANA04360.VP LISANDRA BONACCORSO DE LIMA00504.VP ORNILA PEREIRA DA COSTA04110.VP LILIANE SEVILHA MORMUL

PPrriimmaa CCaanncceellaaddaa

PPrriimmaa RReeaattiivvaaddaa

SSeeccuunnddáárriiaa

03963.VP PATRICIA CUSTODIO DOS SANTOS04750.VP MARCIA BORTOLOSO00655.ZP LEANDRO SANTAROSA PERDIGAO

TTrraannssffeerrêênncciiaa RReecceebbiiddaa

03875.VP EVILASIO PONTES DE MELO00740.ZP GOR BRANCO LOSITO06605.VP BRUNO ROMEU BOGONI06402.VP JOAO RICARDO ALMEIDA00817.ZP LUIS FERNANDO RUCKEL02069.VP ANTONIO CARLOS MENDES

07276.VP MICHEL DOS SANTOS ABRAHAO07277.VP EDUARDO T. R. YABUSHITA07278.VP CESAR H. DE O. SALCE07279.VP JOSE ROBERTO B. JUNIOR07280.VP PAULO HENRIQUE LOCATELLI07281.VP FELIPE BITTENCOURT07283.VP CRISTINA SAKAMOTO07284.VP CRISTIANI DOS SANTOS BOLZAN07295.VP MARCUS VINICIUS S. NOBREGA07296.VP RODRIGO G. CHAVES07297.VP ANTONIO CESAR PEDRO

07253.VP MARCELE CRISTINA C. LAMIN07254.VP VANESSA CRISEL DEL MORO07255.VP TATIANA DURIEUX PENSO07259.VP GUSTAVO ANDRE MORENO07258.VP ERNANI VELASCO SANDER JUNIOR07256.VP MARIA JULIANA SOARES MACIEL00901.ZP ANA PAULA ROQUE07266.VP MARCUS VINICIUS O. REZENDE00902.ZP LAILA TALARICO DIAS TEIXEIRA07274.VP CASSIO EDUARDO FORONI07275.VP JOAO PAULO ORBEN

07168.VP LUIZ ANTERO DE O; PEIXOTO07169.VP VANESSA S. GHELLER07170.VP ROSYLEA CIBELE COSTA00877.ZP ADRIANO RAMOS CARDOSO07218.VP SORAYA APERCIDA FERREIRA07219.VP VALQUIRIA GARCIA07220.VP VALMIR FERNANDES07221.VP TADEU TAVARES07222.VP MAURICIO FANIN07232.VP ANDREI WERNER BORGES00893.ZP MELISSA CRISTINA DA SILVA

SSEERRVVIIÇÇOO

Page 26: CRMV-PR Nº21

Proffissssionnaiss qque pprecissamm aatualizzar eenndereçço

02863-VP ANDREA R. BARROS

02884-VP ALICE SATIKO NISHIDA

00341-ZP MOIZES PIRES DE O. JUNIOR

00351-ZP HOSANA B. L. MURASSAKI

00285-ZP MENDELSON H. B. MUNIZ

00287- ZP GEISA R. LEITAO

00305- ZP MAURICIO DE N. A. BORBOREMA

00314- ZP JOAO LUIZ DE CASTRO

00332-ZP MARCELO S. E SOUZA

00242-ZP AGNELO F. Q. PINHEIRO

00255-ZP ANTONIO C. TONIOL

00194-ZP ODAIR A. SANCHES

00079-ZP EDUARDO E. A. VENDRAMETH

00082-ZP SERGIO I. MIZOTE

00103-ZP VLAUMIR BUGHI

00110-ZP ILTO MARCHI

00010-ZP DALTON VICENTE V. MARTINS

00041-ZP LEO A. SGARABOTTO

00048-ZP AUGUSTO F. T. NUNES

00051- ZP ATILIO PIZZATTO

00068-ZP JOSE WILSON R. DA COSTA

00072-ZP CLAUDIO DE M. MACHADO

02577-VP TIAGO TAMANINI

02748-VS ALEXANDRE A. O. GOBESSO

02854-VS ROLF KURT ZORNIG

02858-VS RENATO B. DE O. CRITTER

02656-VP RICARDO R. ODA

02928-VP MARCO A. B. BARREIROS

02940-VP JOSE F. SANCHES

03068-VP RICARDO V. CHAVES

03048-VP ALBERTO L. R. JUNIOR

03155-VP EVANDRA M. VOLTARELLI

03230-VP KOOJI HORINOUTI

00389-ZP IDALO G. NETO

03382-VP ANGELO WAN

03462-VP URANDIR BARBOZA

00245-VP LUIZA JESUS DE P. MATTA

00456-VP JOAO ANTONIO G. MARTINS

00500-VP DORIVAL ROZENDO

00512-VP LUIZ CARLOS ROSA

00655-VP HAROLDO ANTONIO B. CABRAL

00661-VP JOSE ANTONIO R. VICENTE

00798-VP CELSO D. BARANCELLI

00856-VP MARIA D. DE ALMEIDA

00976-VP HUGO JOSE B. ARELLANO

01063-VP ANTONIO EVANIR G. SOARES

01118-VP MAURICIO M. KONISHI

01165-VP RICARDO MATSUO

01173-VP GILDO W. GORSKI

01234-VP LAERTE G. DA CRUZ

01462-VP VALMIQUE D. SOBREIRA

01474-VP WALTER U. MEDAGLIA

01504-VP PEDRO F. SEYBOTH

01543-VP LUIZ R. MOSENA

01634-VP CESAR A. QUAQUARELLI

01701-VP JOAO A. NAKAMURA

01708-VP MAURICIO R. P. LOPEZ

01803-VP BEATRIZ FLORIANO

01927-VP OLGA DE A. GENTIL

01970-VP SOLANGE DOS S. PEREIRA

02004-VP CLAITON TADEU L. STUMPF

02026-VP LUCINEIA MARIA M. KONISHI

02040-VP PAULO G. CARNEIRO

02077-VP CARLA WANDERER

02210-VP ANTONIO CARLOS R. GOMES

02212-VP MARCELO P. DE SOUZA

02396-VP ALUISIO R. GAMEIRO

02579-VP ELCIO DE C. SANVIDO

02636-VP PAULO A. DA ROCHA

02647-VP FERNANDO R. GONCALVES

02716-VP ALESSANDRO G. M. DE SOUZA

02727-VP CLAYTON HILLIG

02747-VP DIRCEU G. GORMANNS

03439-VP RONALDO C. DA COSTA

03429-VP DEBORA C. G. A. STOLLMEIER

03414-VP ANA M. ANCHESKY

03407-VP RICARDO G. BALAROTTI

00395-ZP LUCIANO S. LIMA

03530-VP LEONARDO CODA

03548-VP JOAO DE A. A. NETO

03678-VP ANGELA S. PIEDADE

00408-ZP CLOVIS E. GENEHR

03713-VP RAQUEL C. RODRIGUES

03800-VP ADRIANO E. S. E OLIVEIRA

03959-VS GEORGEA B. JARRETTA

03496-VP FRANCINE L. S. M. SUNYE

00329-VP JOSE YUJI YAMAGUTI

01479-VP ROSANA M. B. DE CAMPOS

02297-VP ADELMO T. PEIXOTO

02695-VP ANTONIO C. DE QUEIROZ

04049-VS ADRIANA FERRAZ

04074-VP VALERIA A. CONFORTI

04145-VP LUCIANA B. DE S. BRISOLA

04165-VP ADILSON M. SATO

04227-VP DANIELA A. UEMOTO

04225-VP ALEXANDRE C. VALENCA

00465-ZP ANA PAULA A. M. CAPELASSO

04365-VP GIOVANA A. M. CORDEIRO

04371-VP ELIZABETH L. LEAL

00500-ZP JOSIMAR DE ROSSI

00513-ZP SANDRO DALLARMI

00564-ZP ANDRE P. MORALES

05277-VP ODILEI R. PRADO

05408-VP DIOGO M. DE OLIVEIRA

00590-ZP JOSE B. DE O. JUNIOR

05773-VP GERHARD WALLER

00684-ZP ALEXANDRE M. MELATO

00736-ZP ADRIANO M. C. MUHLSTEDT

05838-VP NARA M. O. E RODRIGUES

CRMV-PR CRMV-PRNOME NOME CRMV-PR NOME

Page 27: CRMV-PR Nº21
Page 28: CRMV-PR Nº21