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É preciso ter cuidado com as coisas que são ditas por aí em ano de eleição, principal- mente pela grande imprensa e seus badalados jornalis- tas, pois eles estão a servi- ço do capital. E como vocês sabem, os interesses do ca- pital são totalmente opostos aos dos trabalhadores. A partir de agora procure analisar com critério tudo que for repassado como noticia para você por esses meios de comunicação, pois eles “escondem” tudo o que pode prejudicar seus candi- datos e divulgam só o que lhes “interessa”. Muita gente não percebeu, mas os meios de comuni- cação já estão fazendo, de forma sorrateira (é claro), a campanha dos seus candi- datos para a eleição 2014. A tática de- les é divulgar uma série de informações falsas, distorcidas ou incompletas sobre o desempenho dos representantes dos trabalhadores, com a intenção de con- fundir e gerar indignação no povo. Eles querem criar uma sensação de caos no país, que não existe, para que você vote nos candidatos deles, como se eles fossem realmente opções de mudanças. Só que os candidatos deles já governaram este país por oito anos, massacraram os direitos dos trabalha- dores e leiloaram o patrimônio nacional a preço de banana para o capital estran- geiro. Isso é opção de mudança? Só se for para pior! Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, e Região www.sindimetal.org.br Contagem O Metalúrgico Condefederação Nacional dos Metalúrgicos BRASIL EDIÇÃO 100 - 07 a 14/04/2014 Geraldo Valgas, presidente do Sindicato O s jornais publicam constantemente que os gastos para a Copa do Mundo foram muito maiores do que os previstos e que provavelmente esta será a pior copa de todos os tempos. No entanto, esses mesmos meios de comuni- cação não falam que o evento injetará R$ 142,39 bilhões na economia e gerará 3,6 milhões de em- pregos. Também não citam nenhuma vírgula sobre os benefícios que trará para todos os setores eco- nômicos da sociedade (inclusive o deles), além, é claro, de melhorias na infraestrutura das cidades que serão sedes dos jogos. Outro ataque constante desses oportunistas é em cima do Produto Interno Bruto (PIB) e o cres- cimento econômico. Sobre o PIB de 2013, por exemplo, falam que ele ficou muito abaixo do es- perado, mas se calam quando é para dizer que o PIB do Brasil foi o terceiro que mais cresceu no mundo no ano passado, segundo o IBGE. Também não mencionam que a venda de veí- culos cresceu 10,3% no mês de fevereiro de 2014 com relação ao mesmo mês do ano passado e a produção industrial brasileira aumentou 2,9% em janeiro de 2014 na comparação com o ano ante- rior. Não falam, por exemplo, que o desemprego em fevereiro de 2014 teve o menor índice para o mês desde o início da série histórica, em 2002. Portan- to companheiros, fiquem atentos, não caiam em ciladas de oportunistas. Cuidado! É ano eleitoral As mentiras e distorções da mídia capitalista

Cuidado! É ano eleitoral · causada pelo trabalho na empresa, não deverá assiná-lo, pois estará concordan- ... auditório Sônia Viegas da Faculdade de Psicologia (FAFICH) da

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É preciso ter cuidado com as coisas que são ditas por aí em

ano de eleição, principal-mente pela grande imprensa e seus badalados jornalis-tas, pois eles estão a servi-ço do capital. E como vocês sabem, os interesses do ca-pital são totalmente opostos aos dos trabalhadores.

A partir de agora procure analisar com critério tudo que for repassado como noticia para você por esses meios de comunicação, pois eles “escondem” tudo o que pode prejudicar seus candi-datos e divulgam só o que lhes “interessa”.

Muita gente não percebeu, mas os meios de comuni-cação já estão fazendo, de forma sorrateira (é claro), a campanha dos seus candi-datos para a eleição 2014. A tática de-les é divulgar uma série de informações falsas, distorcidas ou incompletas sobre o desempenho dos representantes dos trabalhadores, com a intenção de con-

fundir e gerar indignação no povo. Eles querem criar uma sensação de

caos no país, que não existe, para que você vote nos candidatos deles, como se eles fossem realmente opções de mudanças. Só que os candidatos deles

já governaram este país por oito anos, massacraram os direitos dos trabalha-dores e leiloaram o patrimônio nacional a preço de banana para o capital estran-geiro. Isso é opção de mudança? Só se for para pior!

Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, e Regiãowww.sindimetal.org.br

Contagem

O MetalúrgicoCondefederação Nacional dosMeta lú r g icos

BR

AS

IL

Edição 100 - 07 a 14/04/2014

Geraldo Valgas, presidente do Sindicato

Os jornais publicam constantemente que os gastos para a Copa do Mundo foram muito

maiores do que os previstos e que provavelmente esta será a pior copa de todos os tempos.

No entanto, esses mesmos meios de comuni-cação não falam que o evento injetará R$ 142,39 bilhões na economia e gerará 3,6 milhões de em-pregos. Também não citam nenhuma vírgula sobre os benefícios que trará para todos os setores eco-nômicos da sociedade (inclusive o deles), além, é claro, de melhorias na infraestrutura das cidades que serão sedes dos jogos.

Outro ataque constante desses oportunistas é em cima do Produto Interno Bruto (PIB) e o cres-cimento econômico. Sobre o PIB de 2013, por

exemplo, falam que ele ficou muito abaixo do es-perado, mas se calam quando é para dizer que o PIB do Brasil foi o terceiro que mais cresceu no mundo no ano passado, segundo o IBGE.

Também não mencionam que a venda de veí-culos cresceu 10,3% no mês de fevereiro de 2014 com relação ao mesmo mês do ano passado e a produção industrial brasileira aumentou 2,9% em janeiro de 2014 na comparação com o ano ante-rior.

Não falam, por exemplo, que o desemprego em fevereiro de 2014 teve o menor índice para o mês desde o início da série histórica, em 2002. Portan-to companheiros, fiquem atentos, não caiam em ciladas de oportunistas.

Cuidado! É ano eleitoral

As mentiras e distorções da mídia capitalista

Edição 100 Página 02

Informações que você precisa saber sobre o ASO!1- o que é um Atestado de Saúde ocupa-cional - ASo?

Atestado de saúde ocupa-

cional, são exames realizados na admis-são e durante o período em que se man-tém o vínculo empregatício.

2 - As empresas são obrigadas a reali-zarem exames médicos?

Sim. Todos trabalhadores regidos pela CLT devem ser submetidos aos exames médicos ocupacionais, sendo estes obri-gatórios na admissão, periodicamente e na demissão.

3 - Qual a finalidade desses exames?São importantes para garantir ao tra-

balhador condições higida de saúde para o desempenho da função, minimizando a chance de abusos em caso de doença ocupacional ou acidente.

4 - Quem deve pagar os exames?Os custos dos exames são de respon-

sabilidade do empregador.

5 - Em que condições deverão ser rea-lizadas os exames?

Admissional: Antes do empregado ser contratado.

Periódico: Anualmente ou semestral-mente e se faz indispensável para iden-tificação de alterações na saúde do fun-cionário quando comparadas a exames anteriores.

de retorno ao trabalho: Quando o funcionário ficar afastado do trabalho por

mais de 30 dias a car-go do INSS.

de mudança de função: Sempre que o trabalhador ficar ex-posto a riscos ambien-tais diferentes da fun-ção anterior.

demissional: Em caso de demissão, visa documentar as condições de saúde do funcionário neste momento. É neces-sário para que futu-ramente não alegue que foi demitido com problemas de saúde, causados pelo seu tra-balho.

Os exames serão realizados de acordo com a NR 7 (Progra-ma de Controle Médi-co de Saúde Ocupa-cional- PCMSO).

6 - o trabalhador deve sempre assinar o ASo?

Não. O trabalhador deve ler atenta-mente o ASO e se estiver com algum problema de saúde ou com alguma lesão causada pelo trabalho na empresa, não deverá assiná-lo, pois estará concordan-do com a declaração médica de que está “apto para o trabalho”, quando na verda-de não está.

7 - E o que acontece se ele não assinar?Não assinando o ASO, o médico do

trabalho terá que avaliar o trabalhador novamente, pois é direito do trabalhador ser informado pelo médico de suas reais condições de saúde e anotá-la no ASO, mas isso nem sempre é feito.

Companheiros, o Sindicato vem infor-mando os trabalhadores sobre seus di-reitos, através de notas no boletim. Para maiores esclarecimentos procure a Se-cretaria de Saúde do Trabalhador.

Sugestões ou reclamações serão bem vindas através do telefone: 3369.0521 ou no email: [email protected].

Uma publicação da Secretaria de Saúde do Trabalhador do Sindicato.

As questões de saúde e segurança na

fábrica são muito importantes!

É claro, por isso é que precisamos saber tudo sobre o Atestado de Saúde Ocupacional!

abr aT l ho ad de od r ú ea MS ee id o Aai mra bt ie er nc te eS

O ministro do Superior Tribunal de Justiça

(STJ) Benedito Gonçal-ves determinou a suspen-são de todas as ações judiciais que pedem a correção de saldos do FGTS (Fundo de Garan-tia do Tempo de Serviço) por índices diferentes da TR (Taxa Referencial).

A decisão será tomada com base no rito do regi-me de recurso repetitivo. A decisão do STJ deverá balizar o entendimento dos tribunais inferiores e padronizar o entendimen-to judicial sobre o tema. Ainda não há data mar-cada para o julgamento, mas estima-se que pode começar em abril.

Essa medida do STJ afeta tanto ações cole-tivas quanto individuais em todas as instâncias das Justiças estaduais e federal, inclusive juizados especiais e turmas recur-

sais.As ações solicitam

que, além da remunera-ção anual de 3%, já paga hoje, o saldo do FGTS seja atualizado por um ín-dice de preço, e não pela TR. O IPCA, índice oficial da inflação medido pelo governo, encerrou 2013 com avanço de 5,91%.

Como fica agora?O processo, agora,

será encaminhado ao Ministério Público Fe-

deral por 15 dias, prazo em que deverá apre-sentar um parecer. De-pois disso, voltará para o ministro Gonçalves, que deverá apresentar seu voto em seção da turma do STJ responsá-vel pelo julgamento de temas de direito público.

Não há prazo para este julgamento. Ainda há a possibilidade de o caso ser analisado pelo Supremo Tribunal Fede-ral.

STJ suspende ações de correção do FGTS

de quanto é o rombo?O rendimento do FGTS perde para a inflação

desde 1999. Nesse período o INPC (inflação oficial) foi de 159,24% enquanto o FGTS foi corrigido em 99,71%. Por exemplo, se o trabalhador possuía um saldo de 10 mil reais em 1999, se fosse corrigido pelas regras atuais, ou seja, 3% ao ano + taxa refe-rencial, ele iria receber 19.971,97. Já se fosse cor-rigido pelo INPC, como está solicitando o Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, o valor a rece-ber pelo trabalhador seria de R$ 40.410,97.

Fonte: CNMCUT

No dia 24 de março, o coletivo de saúde da

“Secretaria de Saúde do Trabalhador” participou do seminário intitulado “O desenvolvimento socioe-conômico e seus reflexos para a saúde psíquica do trabalhador e da trabalha-dora”.

O evento aconteceu no auditório Sônia Viegas da Faculdade de Psicologia (FAFICH) da UFMG. Fo-ram realizadas excelentes

exposições científicas por grandes autoridades bra-sileiras na área da psico-logia e saúde psíquica dos trabalhadores.

A tarde, o Secretário de Saúde do Trabalhador do Sindicato, Antônio Pádua, dissertou sobre o tema: Psicologia, Política Nacio-nal de Saúde do Trabalha-dor e o Movimento Sindical.

Participaram também os diretores de nossa enti-dade, Maria Ferreira, Davi

P i n h e i r o , Djalma de Paula e Már-cio Marçal, além dos f u n c i o n á -rios, Alexan-dro Anselmo e Gilberto André.

Sindicato participa de Seminário promovido pela

FAFICH-UFMG e FSPSST-MG

No sábado, 29 de março, a Se-cretaria de Mulheres promo-

veu um grande evento pelo Dia Internacional da Mulher na sede do Sindicato que serviu para descontrair e oferecer formação política para as companheiras de várias fábricas da nossa base sindical. Participaram do evento cerca de 120 mulheres mostran-do a força das metalúrgicas.

A primeira mesa esteve com-posta pelo presidente, Geraldo Valgas, o secretário de políticas sociais, Francisco Xavier, e a se-cretária de mulheres, Margareth Gonçalves. Para descontração da plateia o humorista “Kilinho do Leste” apresentou um show de Stand Up divertindo bastante as companheiras.

Em seguida formou-se a segunda mesa composta pelas diretoras do sindicato, Ma-ria Ferreira que também é secretária de mu-lheres da FEM/CUT-MG, e Tânia Maria. As palestrantes convidadas foram a ex-prefeita de Contagem, Marília Campos e a professo-ra de Filosofia da UFMG, Daniela Muradas, que fizeram uma belíssima exposição.

O debate foi enriquecedor e incentivou as mulheres a assumirem um lugar de desta-que na vida política, pois ficou claro a pouca participação delas na política brasileira em geral, embora sejam maioria do eleitorado brasileiro.

É importante esclarecer que as palestran-tes Marília Campos e a professora Daniela

mostraram em números a pequena participação das mulheres no Con-gresso Nacional, nas prefeituras, no legislativo municipal e até nas asso-ciações de bairros. Foi enfatizado o quanto é importante que as mu-lheres se sindicalizem e participem mais da vida política em geral.

No final do debate, todas partici-param de sorteios de brindes e re-ceberam lembranças alusivas ao Dia Internacional das Mulheres e aos 80 anos do Sindicato, que será comemorado neste ano de 2014.

“A Secretaria de Mulheres espera ter pro-piciado a oportunidade de absorver conhe-cimento para dividir com as demais com-

panheiras que não puderam comparecer. Esperamos que tenham gostado e até o pró-ximo evento”, falou Margareth Gonçalves, Secretária de Mulheres do Sindicato.

Edição 100 Página 03

Os companheiros da Ferro-sider e Plena que foram

demitidos em janeiro de 2014 não receberam até hoje as ver-bas rescisórias as quais tem direito.

Enquanto aguarda decisão da Justiça e entendendo as ne-cessidades dos companheiros demitidos, o Sindicato entregou, na sexta-feira (28/03), cestas básicas aos trabalhadores das duas empresas citadas acima.

Com este ato solidário, o Sin-dicato pretende aliviar um pou-co as dificuldades enfrentadas por esses companheiros neste momento difícil. As cestas fo-ram adquiridas com contribui-ções dos trabalhadores das empresas Magneti Marelli e

Stola que doaram entre R$8,00 e R$10,00 da 2ª parcela da PLR 2013. Valeu companheirada!

Ações do Sindicato con-tra a Ferrosider

Com relação à Ferrosider, o Sindicato entrou com ação pe-dindo o arresto dos bens das empresas do Grupo para pagar a indenização aos trabalhado-res. Também já está agendada para o dia 11 de abril, às 8h30 na Justiça do Trabalho em Belo Horizonte (Rua Mato Grosso com Avenida Augusto de Lima), a primeira audiência dos traba-lhadores demitidos no fim do ano passado.

Para os demitidos em janei-ro e fevereiro deste ano (apro-

ximadamente 100 trabalhado-res), o Sindicato entrou com ação cautelar pedindo o arres-to dos bens das empresas do Grupo Ferrosider.

O Juiz da vara do trabalho de Belo Horizonte, José Rodrigues da Silva Neto, determinou o blo-queio das contas bancárias de todas as empresas do Grupo no valor limite de R$ 946.260,00 para garantir o pagamento das indenizações das verbas resci-sórias deste outro grupo de tra-balhadores demitidos.

O Sindicato pediu que o Mi-nistério Público do Trabalho também fizesse parte do pro-cesso pela caracterização de demissões em massa dos tra-balhadores do Grupo.

Secretaria de Mulheres promoveu evento de formação

Assembleia aprova acordo entre Empresa e Sindicato

Trabalhadores da CZM aprova-ram em assembleia, o acordo

acertado entre Sindicato e empre-sa na qual define que os compa-nheiros do chão de fábrica rece-berão uma PLR 2014 de quatro salários nominais e os do adminis-trativo, de dois salários nominais.

Por outro lado é importante des-tacar que no mês de junho deste ano, juntamente com a CIPA tam-bém será oficializado o Comitê Sindical na empresa (CSE). Para quem não sabe, o papel do CSE será negociar as reivindicações imediatas do chão de fábrica como equiparação salarial, horas pon-tes, planos de cargos e salários, entre outros.

Sindicato entrega cestas básicas para trabalhadores demitidos da Ferrosider e Plena

CZM

Ferrosider Plena

Margareth Gonçalves, Geraldo Valgas e Francisco Xavier

Edição 100 Página 04

Sindicato dos Metalúrgicos de Contagem, Belo Horizonte, ibirité, Sarzedo, Ribeirão das Neves, Nova Lima, Raposos e Rio Acima - Sede: R. Camilo Flamarion, 55 - J. Industrial - Contagem (MG) Tel.: 3369.0510 - Fax: 3369.0518 - Subsede: Rua da Bahia, 570 5º andar - Centro/BH - Tel.: 3222.7776 - e-mail: [email protected] - www.sindimetal.org.br - Presidente: Geraldo Valgas

Secretário de imprensa: Aguinaldo Barbosa - Redação: Cesar Dauzacker (MG 07687JP) - diagramação: Isa Patto (MG12994JP) |Tiragem: 15.000 - impressão: Fumarc

SINDICALIZE-SELigue

3369.0519 - 3224.1669

Atos por todo o Brasil marcam 50 anos do golpe militar

Dinâmicas diferentes, mas um só objetivo: repudiar os

50 anos do golpe, os crimes da ditadura militar, exigir justiça e reparação, e resgatar a história de luta dos trabalhadores e tra-balhadoras. Foram 21 anos de ditadura militar (1964 – 1985) que precisam ser lembrados para que ditaduras nunca mais aconteçam. Foram diversos atos espalhados por todo o Brasil.

Trabalhadores, trabalhadoras e o movimento sindical foram os principais alvos da ditadura. Centenas de entidades sindicais sofreram intervenções, com sin-dicalistas combativos, de direto-

rias democraticamente eleitas, presos, torturados e até mesmo assassinados. Foi assim no Sin-dicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem.

Ataques aos direitos sindicais e trabalhistas foram aprovados pelos militares e empresários comprometidos com a ditadura, como a lei anti-greve, a lei de ar-rocho salarial e o fim da estabili-dade no emprego.

Agora, depois de 50 anos, está em atividade a Comissão Nacio-nal da Verdade (CNV) que tem entre os seus objetivos investigar os crimes da ditadura militar.

Escrito por: CUT Nacional

O passo a passo de uma ditadura que massacrou o Brasil

13 de março de 1964 – Comício da Central do Brasil João Goulart anuncia as “reformas de base”.

30 de março de 1964 – Massacre de Ipatinga. Ao menos oito trabalhadores são mortos a tiros em protesto.

31 de março de 1964 – Tropas saem de Juiz de Fora, rumo ao Estado do Rio de janeiro, iniciando o golpe militar.

1º de abril de 1964 – Jango vai para Porto Alegre e militares consolidam o golpe, decretando o cargo de presidente vago.

1º de abril de 1964 – Sede da UNE é incendiada

15 de abril de 1964 – Castelo Branco assume o cargo de pre-sidente

Maio de 1968 – 1ª greve de trabalhadores durante o regime militar protagonizada pelos metalúrgicos de BH/Contagem. O movimento paredista começou na Belgo e depois se estendeu para várias outras empresas da região.

25 de outubro de 1969 – Emilio Garrastazu Médici assume como terceiro ditador do regime

4 de novembro de 1969 – Carlos Marighella é assassinado pelo governo militar

17 de setembro de 1971 – Na Bahia, Carlos Lamarca é assas-sinado pelo governo militar

1º de março de 1972 – Tem inicio a Guerrilha do Araguaia

15 de março de 1975 – Ernesto Geisel assume como quarto ditador

25 de outubro de 1975 – O jornalista Vlamir Herzog morre sob tortura

1º de abril de 1977 – Geisel fecha o Congresso Nacional

12 de maio de 1978 – Metalúrgicos do ABC iniciam a primeira greve após o AI-5, que teve adesão de 180 mil operários.

Fonte: Brasil de FatoIniciado há exatos 50 anos, o regi-me militar deixou como herança

uma dívida externa que permane-ceu impagável ao longo da primei-ra década da redemocratização.

Ao final de 1984, último ano completo sob a ditadura, o Brasil devia a governos e bancos estran-geiros o equivalente a 53,8% de seu Produto Interno Bruto, ou seja, de toda a renda gerada no país.

Eram US$ 102,1 bilhões para um PIB -que indica a capacidade nacional de pagamento- de US$ 189,7 bilhões. Em proporções de hoje, seria como se o Brasil de-vesse US$ 1,2 trilhão, o quádruplo da dívida externa atual.

Mas a situação era ainda mais dramática porque, na época, dois terços do endividamento externo era de responsabilidade do go-verno federal, principalmente, dos Estados e dos municípios.

Hoje, a dívida externa pública, na casa dos US$ 120 bilhões, re-presenta pouco menos de 40% da dívida externa total, enquanto as reservas em dólar do Banco Cen-tral superam os US$ 370 bilhões.

No governo militar, a dívida começou a crescer nos anos do crescimento econômico recorde

que alimentava o poder político do regime. O desempenho do país, porém, começou a decrescer, como mostram os resultados dos ministros da Fazenda mais longe-vos desde o golpe de 1964.

Do “milagre econômico” de Del-fim Netto à derrocada gerida por Ernane Galvêas, a escalada da riqueza deu lugar à disparada da inflação, e a multiplicação da dívi-da foi decisiva no processo.

A dívida rondava os 25% do PIB até 1979, quando deu um salto im-pulsionado pela elevação brusca das taxas de juros internacionais. Na época, o preço do petróleo ha-via subido muito, e os países ricos tentavam conter a inflação.

O Brasil teve de estimular as exportações para gerar os dóla-res necessários para o pagamen-to da dívida. Para isso, deixou as cotações da moeda americana subirem, o que tornava as expor-tações mais baratas -mas, em compensação, encarecia os pro-dutos importados.

O resultado foi estagflação, a rara e temida combinação de eco-nomia estagnada e inflação

Acelerada, ajudou a apressar a retirada dos militares.

Dívida da ditadura seria de US$ 1,2 trilhão

Fonte: UOL

Ela é quatro vezes maior que a atual

O Imposto Sindical é um tipo de contribuição social de-

vida obrigatoriamente por todos que participarem de determina-da categoria econômica ou pro-fissional, ou de uma profissão li-beral, independente de serem ou não associados a um sindicato. Ela é descontada na folha de pa-gamento dos trabalhadores uma vez ao ano e o valor correspon-de a um dia de trabalho normal (sem horas extras). Atualmen-te, os recursos da contribuição sindical são distribuídos da se-guinte forma: 60% para os sindi-catos, 15% para as federações, 5% para as confederações, 10% para as centrais sindicais e 10%

Esclarecimentos sobre o desconto do Imposto Sindical

para a “Conta Especial Emprego e Salário”, conforme o art. 589 da CLT.

É importante destacar que essa não é uma taxa do Sindi-cato. o imposto sindical está previsto nos artigos 578 a 610 da CLT e é a única taxa que o trabalhador é obrigado a pagar.

A CUT tem posição contrária e se mobiliza para tentar acabar com a cobrança desse imposto. No entanto, ele ainda não foi der-rubado porque várias entidades sindicais dependem dessa arre-cadação para manter sua estru-tura em funcionamento, devido, na maioria das vezes, ao baixo número de sindicalizados.