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Caderno 5 do Currículo do EM - texto para validação - SEEDF
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Fevereiro de 2013
CURRÍCULO EM MOVIMENTOQUARTO CICLO
Ensino MédioSemestralidade
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Livro 5
Versão para Validação
Governador do Distrito FederalAgnelo Queiroz
Secretário de EducaçãoDenilson Bento da Costa
Secretária Adjunta de EducaçãoMaria Luiza Fonseca do Valle
Subsecretária de Educação BásicaSandra Zita Silva Tiné
Colaboradores:
Adriana Aparecida Barbosa Ramos Matos, Adriana Helena Teixeira, Adriana Tosta Mendes, Aldeneide Dos Santos Rocha, Alexandra Pereira Da Silva, Alexandre Viana Araujo Da Silva, Aline de Menezes, Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro, Amanda MidôriAmano, Ana José Marques, Ana julia E. Heringer Salles, Ana Lucia F. de Brito, Ana Maria de Lima Fagundes, Ana Paola Nunes Oliveira Lima, Ana Paula Santos de Oliveira, Anderson de F. Matias, André Lucio Bento, André Wangles de Araújo, Andrei Braga da Silva, Andréia Costa Tavares, Anna Izabel Costa Barbosa, Antônia Lima Cardoso, Antonio Carlos De Sousa, Antônio Eustáquio Ribeiro, Ari Luiz Alves Paes,Ariomar da Luz Nogueira Filho, Arlene Alves Dutra, Avelina Pereira Neves, Carla Ramires Lopes Cabaleira,Carlos Alberto Mateus da Silva, Carlos Dos Santos Escórcio Gomes, Carmen Silvia Batista, Cassia De Oliveira Hiragi, Cátia Cândido da Silva, Cátia De Queiroz Domingues, Célia Aparecida Faria Almeida, César Alexandre Carvalho, Cícero Lopes de Carvalho Neto, Cília Cardoso Rodrigues da Silva, Cira Reis Araujo De Sousa, Claudia De Oliveira Souza, Cleide de Souza M. Varella, Cleonice Martins dos Reis, Cristiane Alves de Assis, Cristiano de Sousa Calisto, Daniel Ferraz, Daniel Policarpo S. Barbosa, Deborah Christina de Mendonça Oliveira, Deborah Moema Campos Ribeiro, Denise Formiga M. de Castro, Denise Marra de Moraes, Dhara Cristiane de Souza Rodrigues, Edileuza Fernandes da Silva, Edna Rodrigues Barroso, Ednéa Sanches, Edvan Vieira Das Virgens, Elaine Eloisa De Almeida Franco, Elayne Carvalho da Silva, Elna Dias, Elson Queiroz De Oliveira Brito, Elzimar Evangelista, Emilia Helena Brasileiro Souza Silva, Érica Soares Martins Queiroz, Erika Goulart Araújo, Ester Shiraishi, Eudócia Correia Moura, Eugênia Medeiros,EvandirAntonioPettenon, Fani Costa De Abreu, Francisca das Chagas A. Franco, Francisco Augusto Rodrigues De Mattos, Frederico Dos Santos Viana, Geovane Barbosa de Miranda, Gilda Das Graças E Silva, Gilda Ferreira Costa, Gilmar Ribeiro de Souza, Giovanna Amaral da Silveira, Gisele Lopes Dos Santos, Gisele Rocha do Nascimento, Gleidson Sousa Arruda, Goreth Aparecida P. da Silva, Helen Matsunaga, Helenilda Maria Lagares, Hélia Cristina Sousa Giannetti, Helio Francisco Mendes, Hiram Santos Machado, Idelvania Oliveira, Ildete Batista do Carmo, Ilma Maria FilizolaSalmito, Iracema Da Silva De Castro, Irair Paes Landin, Irani Maria Da Silva, Iris Almeida dos Santos, Isla Sousa Castellar,Ivanise dos Reis Chagas , Jailson Soares Barbosa, James Oliveira Sousa, Jamile Baccoli Dantas, Jane Leite dos Anjos, Janilene Lima da Cunha, Jaqueline Fernandes, Jardelia Moreira Dos Santos, JeovanyMachoado dos Anjos, João Carlos Dias Ferreira, João Felipe de Souza, Joaquim V. M. Barbosa, Jorge Alves Monteiro, Jose Batista Castanheira De Melo, José Norberto Calixto, Jose Pereira Ribeiro, Jose Wellington Santos Machado, Julia Cristina Coelho, Juliana
Alves De Araújo Bottechia, Juliana Ruas de Menezes, Júlio César Ferreira Campus, Kátia Franca Vasconcellos, Kátia Leite Ramos, Laércio Queiroz da Silva, LatifeNemetala Gomes, Laurice Aparecida Pereira Da Silva, Leila D’Arc de Souza, Lídia Danielle S. de Carvalho, Ligia Da Silva Almeida Melo, Liliani Pires Garcia, Lucélia de Almeida Silva, Luciano da Silva Menezes, Lúcio Flávio Barbosa, Lucy Mary Antunes dos Santos, Luiz Carlos Pereira Marinho, Luzia Inacio Dias, , Luzia Oliveira do Nascimento, Maicon Lopes Mesquita, Maira I. T. Sousa, Manoel Alves da Silva, Marcelo L. Bittencourt, Márcia Andréia B. Ramos, Márcia de Camargo Reis, Márcia Forechi Crispim, Marcia Lucindo Lages, Márcia Santos Gonçalves Coelho, Márcio Antônio Sousa da Silva, Marcio Mello Nóbrega Soares, Marcio Melo Freitas, Marcos Antonio da Silva, Margarete Lopes dos Santos, Maria Aparecida Sousa, Maria Cristina Dollabela, Maria da Glória da Mota, Maria do Rosario Rocha Caxanga, Maria Goreth Andrade Dizeró, Maria Irene Barros, Maria Ireneuda de Souza Nogueira, Maria Juvanete Ferreira da Cunha Pereira, Maria Luiza Dias Ramalho, Maria Rosane Soares Campelo, Mario Bispo Dos Santos, Mário Sérgio Ferrari, Marta Carvalho de Noronha Pacheco, Matheus Ferreira, Maura da Aparecida Leles, Maxwendel Pereira De Souza, Michelle Abreu Furtado, Milton Soares da Silva, Miriam Carmem Magalhaes Miranda, Moacir Natercio F. Júnior, Nádia Maria Rodrigues, Nair Cristina da Silva Tuboiti, Natalia de Souza Duarte, Neide Rodrigues de Sousa, Neide Silva Rafael Ferreira, Nelly Rose Nery Junquilho, Nilson Assunção de Araújo, Nilson Couto Magalhaes, Nilva Maria Pignata Curado, Norma Lúcia Neris de Queiros, Odaiza Cordeiro de Lima, Olga Freitas, Oraniel de Souza Galvão, Pablo Da Silva Sousa, PatriaLiliande Castro Rodrigues, Patrícia Carneiro Moura, Patricia Coelho Rodrigues, Patrícia Nunes de Kaiser, Paula Miranda de Amaral, Paulo Cesar Dos Anjos, Paulo Cesar Rocha Ribeiro, Paulo Henrique Ferreira da Silva, Paulo Ricardo Menezes, Pedro Alves Lopes, Pedro Anacio Camarano, Pedro de O. Silva, Plínio José Leite de Andrade, Porfirio Magalhães Sousa, Priscila Poliane de S. Faleirom, Rafael Batista de Sousa, Rafael Dantas de Carvalho, Rafael Urzedo Pinto, Raimundo Reivaldo de Paiva Dutra, RaniereR. Silva de Aguiar, Raquel Vila Nova Lins, Regeane Matos Nascimento, Regina Aparecida Reis Baldini de Figueiredo, Regina Lúcia Pereira Delgado, Reinaldo Vicentini Júnior, Rejane Oliveira dos Santos, Remísia F T De Aguiar, Renata Alves Saraiva de Lima, Renata CallaçaGadioli dos Santos, Renata Nogueira da Silva, Renata Parreira Peixoto, Renato Domingos Bertolino, Rinaldo Alves Almeida, Rober Carlos Barbosa Duarte, Roberto de Lima, Robison Luiz Alves de Lima, Roger Pena de Lima, Rosália Policarpo Fagundes de Carvalho, Rosana Cesar de Arruda Fernandes, Rosangela Delphino, Rosangela Toledo Patay, RosembergHolz, Samuel WvildeDionisio de Moraes, Sara dos Santos Correia, Sérgia Mara Bezerra, Sergio Bemfica da Silva, Sérgio Luiz Antunes Neto Carreira, Shirley Vasconcelos Piedade, Sônia Ferreira de Oliveira, Surama Aparecida de Melo Castro, Susana Moreia Lima, Tadeu Maia, Tania Cristina Ribeiro de Vasconcelos,Tadeu Queiroz Maia, Tania Lagares de Moraes, Telma Litwinuzik, Urânia Flores, Valeria Lopes Barbosa, Vanda Afonso Barbosa Ribeiro, Vanessa Ribeiro Soares, Vania Elisabeth AndrinoBacellar, Vânia Lúcia C. A. Souza, Vasco Ferreira, Verinez Carlota Ferreira, Veronica Antonia de Oliveira Rufino, Vinicius Ricardo de Souza Lima, Viviany Lucas Pinheiro, Wagner de Faria Santana, Wando Olímpio de Souza, Wanessa de Castro, Washington Luiz S Carvalho, Wédina Maria Barreto Pereira, Welington Barbosa Sampaio, Wellington Tito de Souza Dutra, Wilian Gratão.
Proposta de validação do currículo em movimento
Esse Currículo em Movimento intenta enfrentar as fragilidades que as escolas públicas do Distrito Federal vêm apresentando. Procura, especialmente, romper com as barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais que segregam unidades escolares e distorcem as possibilidades de aprendizagem dos estudantes.
A construção do Currículo em Movimento iniciou-se em 2011, nas unidades escolares das quatorze Coordenações Regionais de Ensino, com a análise das potencialidades e fragilidades do Currículo Experimental. Essas e outras análises foram debatidas em sete Plenárias Regionalizadas ainda no ano de 2011. As sugestões foram sistematizadas e serviram de base para o Projeto Político Pedagógico Carlos Mota, lançado no primeiro semestre em 2012, e para essa versão do Currículo, construída coletivamente por professores e professoras dessa casa. Esse processo ajudou a ampliar a compreensão sobre os caminhos a serem percorridos na educação pública do Distrito Federal.
Também em 2012, foram realizadas eleições diretas para Diretores e Conselhos Escolares e instituído o Fórum de Educação do Distrito Federal, previstos na Lei 4.751 de 2012 – Lei da Gestão Democrática. Assim, em um processo de reformulação da dinâmica da gestão da educação e defendendo os princípios da cidadania, da diversidade, da aprendizagem e da sustentabilidade humana, o Currículo em Movimento passa agora por um processo de socialização e validação democrática pela Comunidade Escolar.
Com intenção de assegurar voz e vez a cada integrante de nossa comunidade escolar, convidamos todos e todas para participarem do processo de validação do Currículo em Movimento. Para organização do trabalho, sugerimos o seguinte roteiro:
1) Validação do Currículo em Movimento pela Comunidade das Unidades Escolares:
a. Período – fevereiro e março.b. Estratégia - A comunidade escolar estudará o Currículo em Movimento de
sua etapa/modalidade. Após as discussões a escola faz seus apontamentos de supressão, acréscimo e alteração e elege seus representantes por etapa/modalidade para validação Regional.
2) Validação do Currículo em Movimento nas Coordenações Regionais de Ensino:a. Período – abril e maio.b. Estratégia – Os representantes das unidades escolares, em plenárias Regionais,
a partir de sistematização prévia das sugestões das escolas, formulam sua proposta Regional.
3) Validação Distrital do Currículo em Movimento: a. Período – junho.b. Estratégia – Em Conferência própria, o Currículo em Movimento será validado
e publicado, permitindo a toda a comunidade escolar do Distrito Federal conhecimentos e metodologias significativas e identitárias de nossa política educacional.
SumárioIntrodução ........................................................................................................................ 7
Perfil dos estudantes ...............................................................................................8
Diversidade dos professores ................................................................................... 9
Organização do trabalho pedagógico ...................................................................... 9
Objetivo Geral ....................................................................................................... 13
Objetivos Específicos .............................................................................................13
Marco legal ........................................................................................................... 14
Perfil dos estudantes do ensino médio ................................................................. 17
Nessa perspectiva histórico-cultural, continua o autor, ........................................18
Organização do tempo e espaço da escola: a semestralidade ..............................18
Processo de Avaliação da Aprendizagem e Estratégia de Recuperação ................20
Registro de notas .................................................................................................. 22
A construção de uma sociedade multiletrada: linguagens e culturas no
Ensino Médio ....................................................................................................... 22
A pedagogia dos multiletramentos na construção de uma escola pública
contemporânea ..................................................................................................... 23
As áreas do conhecimento do Ensino Médio e as dimensões curriculares ...........25
Área de Linguagens ...............................................................................................27
Área de Ciências da Natureza ............................................................................... 28
Área de Matemática .............................................................................................28
Área de Ciências Humanas ................................................................................... 29
Organização e abordagem dos conteúdos ............................................................ 38
Orientações para a abordagem da Língua Estrangeira Moderna - LEM ................56
Orientações para a abordagem do Ensino Religioso .............................................58
Considerações Finais ...................................................................................................... 62
Referências ..................................................................................................................... 65
Apresentação
A Secretaria de Educação do Distrito Federal, por meio da Coordenação de Ensino
Médio/Subsecretaria de Educação Básica, vem no ano de 2013 atender ao pleito coletivo
de jovens estudantes de ensino médio e de professores dessa etapa de ensino.
Ao longo dos dois primeiros anos da gestão do Governo, iniciado em 2011,
esses dois grupos de atores que constroem a escola indicaram, durante as plenárias
de reestruturação curricular, possíveis pontos de melhoria do processo de ensino-
aprendizagem. Entre eles: acúmulo grande de disciplinas para estudar, número
enorme de estudantes, turmas e diários para os professores, conteúdos simultâneos,
pouca aproximação entre professores e jovens estudantes devido ao escasso tempo
disponibilizado, dificuldade de reconhecer as falhas no processo de ensino-aprendizagem
individualizado, em razão do número excessivo dos estudantes.
Outros pontos também foram apresentados, mas o que mais se destacou foi a
necessidade de reestruturação curricular, inicialmente, pelo tempo dedicado ao conteúdo
e ao estudante. Houve pontualmente a sugestão da organização dos componentes
curriculares em uma nova forma, também permitida pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, em seu Artigo 23, quando expressa queA educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar (LDBEN, 1996, 5ªed.).
Desta forma, a Coordenação de Ensino Médio iniciou a discussão e organização do
processo semestral de ensino, no ensino médio da Rede Pública de Ensino. Não se trata
de algo novo, no Brasil ou em Brasília, A primeira vez que isto ocorreu foi em 1997, em
11(onze) escolas do turno noturno, e o resultado foi uma drástica redução na repetência
e na evasão, sem reduzir a qualidade do processo de aprendizagem, posto que, nesse
período, houve um impressionante aumento nos índices de aprovação. Percebeu-se à
época que, com o quantitativo de disciplinas ensinadas ao mesmo tempo e em uma
organização anual, os estudantes não conseguiam conciliar trabalho, escola e família.
Sabe-se, no entanto, que para um bom aproveitamento do trabalho escolar é
de grande importância o trabalho coletivo dos educadores em espaços qualificados da
coordenação pedagógica, do acompanhamento pedagógico e sistematizado da equipe
de coordenadores das instâncias centrais, intermediárias e locais, apoiando a escola,
além de uma formação continuada consistente dos professores, envolvendo a teoria e
a prática de uma proposta de ensino que fuja à tradicional e já comprovada prática que
vem sendo utilizada.
Este documento pretende disponibilizar as orientações básicas para a
implementação da reestruturação curricular do Ensino Médio, tendo na semestralidade
a proposta de reorganização do tempo e espaço pedagógicos. Ele foi elaborado com
a participação de representantes de 28 escolas de Ensino Médio do Distrito Federal,
de gestores e coordenadores pedagógicos de todas as 14 Coordenações Regionais
de Ensino do Núcleo de Ensino Médio, EJA e Educação Profissional da Escola de
Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação e da Equipe da Coordenação de Ensino
Médio/SUBEB/SEEDF.
9
AnotaçõesIntrodução
A proposta curricular para Ensino Médio que ora se
apresenta integra o processo de reestruturação curricular da rede
pública de ensino do Distrito Federal. É importante destacar que
o Ensino Médio está sendo redefinido desde a instância nacional,
a partir das Diretrizes Nacionais da Educação Básica – DCNEB
(Resolução nº 04 de julho de 2010), das Diretrizes Curriculares
Nacionais do Ensino Médio – DCNEM, aprovadas pelo Conselho
Nacional de Educação – CNE (Resolução CNE/CEB 2/2012), além da
implantação do Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI, desde
2009, pelo Ministério da Educação, ao qual a Secretaria de Estado
de Educação do Distrito Federal aderiu e vem ampliando o número
de escolas participantes. Seu Documento Orientador apresenta
como estratégia Induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio [...] fomentando propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível e compatível com as exigências da sociedade contemporânea.
O objetivo do MEC é que os sistemas de ensino e as unidades
escolares, a partir dos projetos de reestruturação curricular
fomentados pelo ProEMI, possam elaborar suas propostas
curriculares, tendo incorporado os projetos aos Projetos político-
pedagógicos.
Na esfera local, a partir de 2007, iniciou-se um processo
de reformulação curricular, sendo que em 2010 foi implantada
uma proposta curricular, em versão experimental e, ao longo do
mesmo ano, foi realizada uma Conferência de Educação, cujas
resoluções também apontavam para mudanças curriculares na
rede pública.
Esse “Currículo Experimental” colocou o letramento
como um de seus eixos. Para Tfouni (1988), letramento são as
consequências sociais e históricas da introdução da escrita na
sociedade. Para Kleiman (1995), letramento é apenas um dos
10
componentes desse fenômeno ao qual acrescenta outros, como as práticas sociais de leitura
e escrita, e os eventos em que elas ocorrem. O que fica evidente: as práticas sociais de leitura
e escrita irão conduzir o estudante para além da alfabetização. Soares (1999) contribui com a
mesma posição ao salientar que letramento é o estado ou condição de indivíduos ou de grupos
sociais de sociedades letradas que exercem efetivamente as práticas sociais de leitura e escrita e
participam competentemente de eventos de letramento.
No decorrer do primeiro semestre de 2011, iniciou-se um debate sobre as fragilidades
e potencialidades do Currículo Experimental. No início do segundo semestre, foi encaminhado
para todas as escolas um conjunto de textos para subsidiar a discussão sobre a reestruturação do
currículo, para, em seguida, levar as questões levantadas para as plenárias que se realizaram entre
agosto e novembro desse ano. As teorias críticas e pós-críticas constituíram-se no referencial
teórico para a definição da concepção do currículo a ser reestruturado.
Em todos esses movimentos, o que ficou evidente foi a necessidade de se estabelecer
uma nova “cara” para o Ensino Médio ou, por assim dizer, sua identidade, que contemplasse
a diversidade dos professores, dos estudantes jovens e adultos contemporâneos, mas que,
ao mesmo tempo, desenvolvesse a perspectiva da cidadania visando à emancipação desses
estudantes.
Estes foram os temas recorrentes, observados em todas as plenárias realizadas no
segundo semestre de 2012, com significativa participação dos professores, seja no coletivo ou
como representantes de suas instituições educacionais, nos debates dos grupos de trabalho nas
plenárias. Os princípios da educação em direitos humanos e a sustentabilidade, em consonância
com as DCNEM, balizaram as discussões.
As plenárias foram divididas em dois momentos: o primeiro, com palestras apresentando
os eixos estruturantes do currículo e o segundo, com a formação de grupo de trabalhos temáticos.
Os Grupos de Trabalho contaram com a participação dos professores representantes das escolas,
que trouxeram as contribuições das discussões realizadas pelos coletivos de suas escolas, além
dos integrantes de setores das Coordenações Regionais de Ensino – CRE e das Coordenações da
Subsecretaria de Educação Básica – SUBEB.
Entre as diversas proposições apontadas pelas plenárias, destacamos aqui aquelas que
contribuíram para a definição da proposta curricular que se apresenta. São elas:
Perfil dos estudantes
• Nossos alunos de hoje não são como os de dez anos atrás: são digitais, enquanto os
professores são analógicos. São sujeitos diversos e de diversos interesses. Com muito
acesso à informação, porém, sem maturidade para gerenciar a informação obtida para
11
Anotaçõestransformar em conhecimento.
• São diversificados em relação à situação socioeconômica,
cultural, religiosa. São críticos e observam todo o
processo de aprendizagem.
• São seres plurais, que pensam e agem diferentemente... É
preciso pensar em como trabalhar com essa pluralidade,
com identidade em construção, envolvida em drogas...
Jovens que morrem cedo, com gravidez precoce, com
liberdade assistida... Sujeitos críticos, dinâmicos, ativos
e participativos, com acesso à internet. Estudantes
trabalhadores, carentes de afeto.
Diversidade dos professores
• Os professores são diversificados no que diz respeito
à religião, cultura, política, formação e concepção da
prática docente, sendo mais resistentes a novos métodos
de ensino, à tecnologia, às mudanças curriculares...
• Os professores priorizam aspectos individuais ao invés
dos coletivos.
• Deve haver uma redução do conteúdo programático e da
carga de regência dos professores.
• São profissionais que necessitam de formação continuada,
melhores condições de trabalho e reconhecimento
profissional. São indivíduos de que queremos corrigir as
falhas históricas.
• São professores abertos a uma nova mudança.
• São professores que necessitam de formação continuada.
• São professores despreparados para lidar com as
diversidades, incluindo os ANEE.
• São professores heterogêneos em suas concepções
políticas e pedagógicas.
Organização do trabalho pedagógico
• Descentralizar a formação continuada dos professores
para as DREs e para as próprias escolas com certificação
pela EAPE.
• Repensar tempo e espaço para o ensino médio, como, por exemplo, transformá-lo em
curso semestral.
• Continuar a discussão de currículo em fóruns virtuais.
• Preocupar-se com a repetência e evasão e, neste sentido, é preciso discutir espaço,
tempo, recursos e metodologias para ao Ensino Médio.
• Preocupar-se com uma concepção crítica e pós-crítica, pois o que existe é a cultura da
prática docente tradicional.
• Ter um currículo novo, flexível, persuasivo.
• Rever a questão do excesso de disciplinas.
• Trabalhar por meio de outras linguagens.
• Verificar a questão da semestralidade e da redução de disciplinas.
• Utilizar a coordenação pedagógica para oferecer cursos de formação continuada.
• Revitalizar o Ensino Regular Noturno.
• Valorizar a construção do Projeto Político-pedagógico na escola com participação de
todos os segmentos que englobam a instituição de ensino.
• Cobrar os resultados previstos neste projeto.
Este breve histórico demonstra uma convergência de intenções e interesses. Por um lado,
a SEEDF, propondo e organizando o debate acerca da reestruturação curricular e, por outro, os
professores manifestando, a partir de seu ponto de vista, a necessidade de uma mudança não só
curricular, mas também nas condições de trabalho.
Somando-se a esse movimento, que deixa clara a inquietação e o interesse dos professores
por mudanças no Ensino Médio, outra referência tão importante quanto são os indicadores de
desempenho dessa etapa da educação. O cenário nacional mostra redução das matrículas e
aumento dos índices de reprovação e evasão que influenciam no baixo resultado do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB.
Fato semelhante aconteceu no período entre 1995 e 1998, quando a Fundação
Educacional, por meio do Departamento de Pedagogia e a Direção de Ensino Médio, diante de
indicadores negativos da educação pública do DF, estendeu a implantação da proposta da Escola
Candanga – uma lição de cidadania ao Ensino Regular Noturno. A partir de então, ocorreu uma
série de debates, seminários e encontros, até a formulação da proposta da semestralidade, cujos
resultados podem ser observados nas tabelas abaixo, extraídas do documento Avaliação do
Projeto Pedagógico Ensino Regular Noturno na Escola Candanga:
13
AnotaçõesTabela 1
Tabela 2
Os dados mostram a evolução positiva dos indicadores
educacionais: redução acentuada nos índices de evasão e aumento
significativo nos índices de aprovação. A melhoria da qualidade da
educação evidenciada quando da implantação da semestralidade,
entre os anos de 1997 e 1998, motivou a SEEDF a rediscutir a
proposta, fazer o debate com vistas à promoção das adaptações
necessárias para o contexto atual e, finalmente, transformar em
uma proposta curricular para toda a rede de ensino, incluindo o
14
turno diurno. Cabe ressaltar que, em 1999, não houve continuidade dessa proposta curricular.
Com a mudança de governo, outras políticas educacionais foram implantadas.
Além da experiência do Distrito Federal, outras unidades da federação também
implantaram a semestralidade, como os estados do Paraná, Goiás, Ceará e Rio Grande do Norte.
O Ministério da Educação está promovendo um debate nacional sobre a reformulação curricular
do Ensino Médio e a semestralidade tem-se apresentado como um dos grandes temas.
O Ensino Médio do Distrito Federal, em 2011, teve um índice de reprovação da ordem de
22,89%, o que significou o terceiro maior índice de reprovação entre as redes estaduais de todo o
Brasil. Essa taxa de reprovação fez com que nosso IDEB não alcançasse a meta estabelecida em 2009,
de 3,4, ficando com o índice de 3,3. As médias do ENEM/2011 das unidades escolares públicas do
DF que o INEP divulgou, também apresentaram uma queda no rendimento de nossos estudantes.
As tabelas abaixo apresentam os índices de aprovação, reprovação e abandono dos
estudantes da rede pública, no período compreendido entre 2007 e 2011. A evolução desses
índices ao longo desse período demonstra claramente que está ocorrendo uma diminuição dos
índices de aprovação e, como consequência, o aumento dos índices de reprovação e de abandono
dos estudantes.
Tabela 3 – Série histórica do índice de Aprovação no período 2007- 2011ANO 2007 2008 2009 2010 2011
TURNO Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno
Sem Dependência 449,36 47,55 662,07 558,57 55,07 553,17 553,54 44,14 551,97 339,42
ComDependência 117,44 58,94 117,43 77,27 117,00 88,66 116,68 88,99 117,09 9,33
Fonte: Censo escolar / 2012 – SEDF
Tabela 4 – Série histórica dos índices de Reprovação e Abandono no período 2007-2011ANO 2007 2008 2009 2010 2011
TURNO Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno
Reprovação 225,26 22,23 15,50 115,83 119,67 113,25 221,09 18,12 222,58 224,77
Abandono 66,63 221,50 44,99 118,34 88,26 224,89 77,58 228,27 77,23 25,90Fonte: Censo escolar /2012 – SEDF
Assim temos que, para além do desejo e interesse evidenciados, existe a necessidade
urgente de promover melhorias no Ensino Médio. É nesse contexto que a SEEDF apresenta
esta proposta de reestruturação curricular, tendo como eixos estruturantes a Diversidade, a
Cidadania, a Sustentabilidade e as Aprendizagens. Os eixos integradores especificamente para o
15
AnotaçõesEnsino Médio são a Ciência, a Tecnologia, a Cultura e o Mundo do
Trabalho.
A concepção de currículo que fundamenta a elaboração
dessa proposta é baseada nas teorias críticas e pós-críticas do
currículo que, de acordo com Tomaz Tadeu da Silva, As teorias críticas de currículo, ao deslocarem a ênfase dos conceitos simplesmente pedagógicos de ensino e aprendizagem para os conceitos de ideologia e poder, por exemplo, nos permitiram ver a educação de uma nova perspectiva. Da mesma forma, ao enfatizarem o conceito de discurso em vez do conceito de ideologia, as teorias pós-críticas de currículo efetuaram outro importante deslocamento na nossa maneira de conceber o currículo (SILVA, 1999, p.17).
Segundo o autor, os conceitos enfatizados por essas duas
categorias de teoria de currículo seriam para as teorias críticas:
ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social,
capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, currículo
oculto, resistência, emancipação e libertação; para as teorias
pós-críticas: identidade, alteridade, diferença, subjetividade,
representação, cultura, gênero raça, etnia, sexualidade,
multiculturalismo, significação e discurso (SILVA, 1999, p.17).
A fundamentação teórico-metodológica e as propostas de
organização do trabalho pedagógico e abordagem do conhecimento
serão explicitadas ao longo deste documento, quando da
apresentação da matriz de objetos de conhecimento.
Objetivo Geral
Promover a reestruturação curricular do Ensino Médio
da rede pública do Distrito Federal, por meio da reorganização
do espaço/tempo e da proposição de estratégias metodológicas
que favoreçam a efetividade dos processos pedagógicos, ou
seja, do processo de ensino-aprendizagem, da prática docente
e das relações professor/estudante, com vistas à melhoria dos
indicadores educacionais.
Objetivos Específicos
• Melhorar as condições pedagógicas por meio da
16
reorganização do tempo/espaço do cotidiano escolar.
• Reduzir os índices de reprovação e evasão escolares.
• Tornar mais efetiva a relação professor/estudantes.
• Qualificar a avaliação, incluindo o processo contínuo de recuperação das aprendizagens.
• Redimensionar a coordenação pedagógica como um espaço/tempo de planejamento,
troca de experiências, pesquisa e formação continuada dos professores.
Marco legal
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, de dezembro de 1996,
instituiu a Educação Básica (Artigo 21), organizada por meio das etapas Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio, consideradas suas diferentes modalidades de oferta, de forma a
propiciar a estruturação de um projeto de educação escolar que contemple as características de
desenvolvimento desde a infância, passando pela juventude até a vida adulta.
A LDBEN define, ainda, que a Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (BRASIL, Lei nº 9.394/1996, art. 22).
Apresenta o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica, em continuidade ao
Ensino Fundamental, com os seguintes objetivos: I - a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamentos posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, Lei nº 9.394/1996, art.35).
Em novembro de 2009, foi aprovada a Emenda Constitucional 59, tornando a “educação
básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive
sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria”, devendo ser
implementado até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação – PNE, atualmente em
debate no Congresso Nacional. O texto do PNE ratifica na terceira meta a universalização do
Ensino Médio, estabelecendo a faixa etária dos estudantes como sendo entre 15 e 17 anos e
propõe como primeira estratégia para alcance dessa meta Institucionalizar programa nacional de diversificação curricular do ensino médio, a fim de incentivar abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando-se conteúdos obrigatórios e conteúdos eletivos articulados em dimensões temáticas, tais como ciência, trabalho, tecnologia, cultura e esporte, apoiado por meio de ações de aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e formação continuada de professores.
17
AnotaçõesSignifica dizer que o Ensino Médio assume o status de
Educação Básica, de caráter obrigatório para a formação acadêmica
de todos os jovens entre 15 e 17 anos de idade, sendo assegurada
sua oferta gratuita para todos os que não tiverem acesso a ele na
idade certa.
Em relação à qualidade social da educação, as Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica – DCGEB,
em seu artigo 9º, adotam como centralidade o estudante e as
aprendizagens, o que pressupõe o atendimento aos requisitos:I – revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela;II – consideração sobre a inclusão, valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada comunidade;III – foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem, e na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua progressão dos estudantes;IV – inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do professor, tendo como foco a aprendizagem do estudante.
Quanto à organização do currículo, as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio - DCNEM (Resolução 02 do CNE/
CEB, de janeiro de 2012) estabelecem em seu artigo 8º quatro áreas
do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza
e Ciências Humanas. Em seus dois parágrafos, estabelecem que
o tratamento metodológico deve evidenciar a contextualização e
a interdisciplinaridade para a articulação e o fortalecimento dos
saberes para a apreensão e intervenção na realidade a partir da
cooperação entre os professores.
Em seu artigo 5º, as DCNEM apresentam as bases para a
oferta do Ensino Médio, assim descritas:I - formação integral do estudante;II - trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, respectivamente;III - educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;IV - sustentabilidade ambiental como meta universal;V - indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem;
18
VI - integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;VII - reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes;VIII - integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.§ 1º O trabalho é conceituado na sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção da sua existência.§ 2º A ciência é conceituada como o conjunto de conhecimentos sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade.§ 3º A tecnologia é conceituada como a transformação da ciência em força produtiva ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde sua origem, pelas relações sociais que a levaram a ser produzida.§ 4º A cultura é conceituada como o processo de produção de expressões materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos, políticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.
A conceituação do currículo é apresentada, no artigo 6º, da seguinte forma: ação educativa constituída pela seleção de conhecimentos construídos pela sociedade, expressando-se por práticas escolares que se desdobram em torno de conhecimentos relevantes e pertinentes, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimento de suas identidades e condições cognitivas e socioafetivas.
Quanto à orientação para a elaboração da proposta curricular das unidades de ensino, o
artigo 13 define que devem estar presentes:I - as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixo integrador entre os conhecimentos de distintas naturezas, contextualizando-os em sua dimensão histórica e em relação ao contexto social contemporâneo;II - o trabalho como princípio educativo, para a compreensão do processo histórico de produção científica e tecnológica, desenvolvida e apropriada socialmente para a transformação das condições naturais da vida e a ampliação das capacidades, das potencialidades e dos sentidos humanos;III - a pesquisa como princípio pedagógico, possibilitando que o estudante possa ser protagonista na investigação e na busca de respostas em um processo autônomo de (re) construção de conhecimentos. IV - os direitos humanos como princípio norteador, desenvolvendo-se sua educação de forma integrada, permeando todo o currículo, para promover o respeito a esses direitos e à convivência humana.V - a sustentabilidade socioambiental como meta universal, desenvolvida como prática educativa integrada, contínua e permanente, e baseada na compreensão do necessário equilíbrio e respeito nas relações do ser humano com seu ambiente.
A partir deste marco legal, a proposta curricular que se apresenta tem como eixos
integradores a Ciência, a Tecnologia, a Cultura e o Mundo do Trabalho. A pesquisa será um dos
princípios que deverá fazer parte do cotidiano escolar, tanto na prática docente, amplificando o
conceito freireano de professor pesquisador, quanto na rotina dos estudantes, proporcionando-
lhes uma nova forma de olhar os acontecimentos a sua volta, desenvolvendo neles a capacidade
de opinar, de pensar e de usufruir dos novos conhecimentos.
19
AnotaçõesO acesso às tecnologias digitais e a formação dos estudantes
em torno dessas tecnologias são fundamentais e devem ser
desenvolvidos, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais
do Ensino Médio, a partir das dimensões da formação humana –
trabalho, ciência, tecnologia e cultura.
Os multiletramentos assumem uma perspectiva de
abordagem dos conteúdos extremamente importante na formação
dos estudantes, pois favorecem o empoderamento desses
jovens na perspectiva de uma participação ativa na “sociedade
do conhecimento”, caracterizada pela circulação de um grande e
diversificado volume de informações. Proporcionam maior grau de
autonomia e ampliam as condições para o exercício da cidadania e,
consequentemente, para o desenvolvimento da nação.
O princípio educativo do trabalho leva-nos a compreender
o trabalho como todas as formas de ação que os seres humanos
desenvolvem para construir as condições que asseguram sua
sobrevivência. Implica reconhecê-lo como responsável pela
formação humana e pela constituição da sociedade. É pelo trabalho
que os seres humanos produzem conhecimento, desenvolvem e
consolidam sua concepção de mundo, conformam as consciências,
viabilizam a convivência, transformam a natureza, constroem a
sociedade e fazem história.
Perfil dos estudantes do ensino médio
Os estudantes do Ensino Médio são predominantemente
adolescentes e jovens. Segundo o Conselho Nacional de Juventude
(CONJUVE), são considerados jovens os sujeitos com idade
compreendida entre os 15 e os 29 anos.
A principal tarefa do Ensino Médio é tornar-se atraente
para os jovens entre 15 e 17 anos, considerando o turno diurno,
e os maiores de 18 anos que optam pelo ensino regular noturno,
incentivando-os a permanecer na escola, adotando diferentes
estratégias de ensino e de aprendizagem para os vários anseios,
próprios dos grupos juvenis. Isso se deve ao fato de que os
estudantes dessa faixa etária apresentam características muito
20
emblemáticas, entre as quais: estão inseridos em um mundo digitalizado, marcado pela fruição –
são chamados “nativos digitais”; optam por estudar os três anos de curso regular, pois aspiram à
continuidade de seus estudos, vislumbrando o ingresso no ensino superior; necessitam trabalhar
e estudar ou se preparar para o trabalho.
Entender o jovem do Ensino Médio dessa forma significa superar uma noção
homogeneizante e naturalizada desse estudante, passando a percebê-lo como sujeito com
valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares. Além disso,
deve-se também aceitar a existência de pontos em comum que permitam tratá-lo como uma
categoria social.
Segundo Fávero (2010), o estudante de hoje não corresponde a nenhuma das representações propostas pela cultura escolar de natureza iluminista, porque hoje, na posição de sujeito do conhecimento, ele é, sobretudo, um sujeito histórico, que traz para a sala de aula um repertório de experiências constitutivas da cotidianidade da sociedade contemporânea.
Nessa perspectiva histórico-cultural, continua o autor,a escola deixou de ser uma comunidade de ouvintes, centrada no discurso pastoral dos professores. As escolas de hoje, recorrendo-se à expressão de Guattari, são verdadeiros ‘territórios existenciais coletivos’, devido à presença de alunos que são os “praticantes do cotidiano” contemporâneo e que trazem para dentro das salas de aula as suas práticas culturais. Os estudantes, portanto, são produtos diários da cultura, de uma cultura-ação, de uma cultura no sentido antropológico, que encara todo e qualquer ato social como uma forma de construir culturalmente e socialmente a realidade (FÁVERO, 2010).
Então, tendo em vista os sujeitos de direito em suas multiplicidades identitárias e sociais, é
preciso pensar e propor percursos formativos que permitam o acesso a saberes e conhecimentos
comuns a todos os estudantes brasileiros, tendo em vista a necessária construção e manutenção
da identidade nacional, sem ratificar a ideia de um currículo único, mas respeitando as
especificidades das diferentes populações estudantis e as características culturais, linguísticas e
sociais dos territórios em que estão inseridos.
O desafio que está posto é o da reinvenção criativa da escola e de seus tempos e espaços
pedagógicos, reafirmando o direito ao acesso, à permanência e aos processos formativos.
Organização do tempo e espaço da escola: a semestralidade
Nesta nova proposta de regime anual haverá a divisão dos componentes curriculares
em blocos semestrais, com o propósito de reduzir o número de disciplinas por semestre para
o estudante e o número de turmas para o professor, proporcionando, assim, uma relação mais
próxima entre estes.
A redução de disciplinas a serem cursadas pelo estudante favorecerá os estudos de cada
componente curricular. Ocorrerá também um aumento no número de aulas das disciplinas que
21
Anotaçõessão oferecidas em apenas um dos blocos, o que promoverá mais
tempo disponível com cada professor.
Com relação ao corpo docente, possibilitará um trabalho
mais efetivo com o estudante, podendo identificar pontualmente
as necessidades de aprendizagem do mesmo. Além disso, com
menos turmas, os professores terão mais tempo para planejar suas
aulas, proporcionando mais qualidade pedagógica às mesmas,
melhor acompanhamento da frequência e das aprendizagens
dos estudantes, tomando medidas preventivas com a equipe
pedagógica para ações contra a evasão. Existe também a mudança
nas práticas de conselho de classe ao longo do semestre, quando o
professor vai, por ter mais tempo com o aluno, conhecê-lo melhor.
Para melhor compreensão, seguem abaixo, como modelos,
os quadros de distribuição dos componentes curriculares por
blocos. Cabe ressaltar que esses blocos não poderão sofrer
alterações, sendo definitivos para todas as escolas da Secretaria de
Educação do Distrito Federal que implantarão a proposta.
BLOCOS DE DISCIPLINAS DO DIURNOBLOCO 1 C H BLOCO 2 C H
LÍNGUA PORTUGUESA 04 LÍNGUA PORTUGUESA 004
MATEMÁTICA 03 MATEMÁTICA 003
ED. FÍSICA 02 ED. FÍSICA 002
HISTÓRIA 04 GEOGRAFIA 004
FILOSOFIA 04 SOCIOLOGIA 004
BIOLOGIA 04 QUÍMICA 004
FÍSICA 04 ARTE 004
INGLÊS 03 ESPANHOL 002
ENSINO RELIGIOSO 01 ENSINO RELIGIOSO 001
PARTE DIVERSIFICADA 01 PARTE DIVERSIFICADA 202
TOTAL SEMANAL 30 TOTAL SEMANAL 330
22
DISCIPLINAS DO NOTURNOBLOCO 1 C H BLOCO 2 C H
LÍNGUA PORTUGUESA 04 LÍNGUA PORTUGUESA 04
MATEMÁTICA 03 MATEMÁTICA 03
HISTÓRIA 04 GEOGRAFIA 04
FILOSOFIA 03* SOCIOLOGIA 04
BIOLOGIA 04 QUÍMICA 04
FÍSICA 04 ARTE 02
INGLÊS 02 ESPANHOL 02
ENSINO RELIGIOSO 01* EDUCAÇÃO FÍSICA 02
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25*Apenas para a 1ª série do Ensino Médio. Nas demais séries, Filosofia terá 04 aulas semanais. Caso não haja opção pelo Ensino Religioso, a aula será incorporada à carga horária da Filosofia.
De acordo com os quadros apresentados acima, observa-se que Língua Portuguesa e
Matemática permeiam os dois blocos, permanecendo ao longo de todo o ano letivo. Isto ocorre
devido à carga horária dessas disciplinas ser maior que a das outras, o que ocasionaria um
número elevado de aulas no semestre. A Educação Física também ocorrerá ao longo de todo o
ano letivo para o turno diurno e, no turno noturno, apenas no bloco 2, porque a carga horária
deste é menor do que diurno. E também conforme orientação da Coordenação de Educação
Física e Desporto Escolar – CEFDESC, o desenvolvimento motor é parte de todo o comportamento
humano. O desenvolvimento cognitivo, afetivo e o motor estão relacionados, por isso o corpo
deve estar em movimento durante todo o ano.
A oferta de Ensino Religioso está presente no quadro do turno diurno durante todo o
ano letivo, porém cabe ressaltar que sua permanência é uma opção da comunidade escolar.
Caso não seja uma disciplina escolhida, essa carga horária será utilizada para as aulas da Parte
Diversificada, conforme estipulado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica e do Ensino Médio. No turno noturno, caso haja a opção da comunidade, essa disciplina
será ofertada apenas para a 1ª série do ensino médio; se isso não ocorrer, essa carga horária será
acrescida ao componente curricular de Filosofia.
Com essa organização, não há deficit na carga horária do corpo docente e discente, ou
seja, atende ao estipulado pela modulação dos professores e pela Matriz Curricular da Secretaria
de Educação do Distrito Federal.
Processo de Avaliação da Aprendizagem e Estratégia de Recuperação
As mudanças pedagógicas realizadas na última década nas estruturas curriculares
da educação básica vêm sinalizando a necessidade de um processo avaliativo pautado no
23
Anotaçõesatendimento ao direito de aprendizagem e desenvolvimento dos
estudantes em relação aos conhecimentos e saberes fundamentais
a sua formação integral. Nesse sentido, é necessário desenvolver
alternativas avaliativas que consigam evidenciar a forma pela qual
ocorre a articulação dos saberes e o modo como as aprendizagens
se constroem, considerando as características individuais e sociais
desses jovens estudantes.
A organização curricular em semestres considera a
importância que os instrumentos avaliativos têm para a continuidade
dos estudos e para o fortalecimento dos vínculos entre estudantes
e instituição de ensino. Para tanto, o processo avaliativo deve ser
contínuo, processual e dinâmico, por meio de ações pedagógicas
inovadoras e transformadoras, ou seja, é fundamental a efetivação
de uma avaliação formativa, em que os aspectos qualitativos
prevaleçam em relação aos quantitativos, conforme as diretrizes
avaliativas da SEEDF.
Nessa perspectiva, a avaliação vai além da verificação
pontual dos conhecimentos e fundamenta-se em oportunidades
diversificadas que possibilitem aos estudantes demonstrar o
aprendizado construído ao longo do semestre. Para alcançar os
aspectos qualitativos na aprendizagem, o processo avaliativo deve
lançar mão de diferentes instrumentos, tais como: prova objetiva,
prova dissertativa, seminários, debates, relatórios, autoavaliação,
entre outros, de acordo com o componente curricular e as
especificidades da turma. Além disso, julga-se necessário usar
instrumentos avaliativos que dêem conta do trabalho interdisciplinar
desenvolvido no bloco de disciplinas e entre os blocos, sempre que
possível, pois este é o principal foco da proposta.
Considerando a divisão dos componentes curriculares por
blocos, compreende-se que o desenvolvimento das aprendizagens
dos conteúdos seja favorecido, uma vez que docentes e
discentes têm maior carga horária em cada componente, o que
proporciona melhores condições de planejamento pedagógico
e, consequentemente, mais oportunidades para diversificar as
estratégias de ensino e aprendizagem. Diante disso, o processo
24
avaliativo nos componentes curriculares se dará, de acordo com os seguintes princípios:
a) avaliar para saber o nível de aprendizagem dos alunos;
b) avaliar para saber o que é preciso priorizar na ressignificação dos conteúdos curriculares;
c) avaliar para tomar decisões que possibilitem alcançar os resultados esperados (planejar
atividades, escolher instrumentos mais adequados ao componente curricular ou etapa
de ensino, desenvolver projetos, entre outras).
À medida que forem sendo evidenciadas dificuldades de aprendizagem dos estudantes,
o princípio da avaliação processual e da recuperação contínua deve ser observado para que os
estudantes, sob orientação e acompanhamento dos professores, possam superar suas dificuldades
e obtenham êxito ao final do semestre.
Com isso, os instrumentos avaliativos devem preconizar a aprendizagem significativa e
progressiva de acordo com a natureza do componente curricular e seus objetivos, diminuindo
assim, significativamente, a probabilidade de docente e discente não alcançarem os resultados
esperados.
No caso de baixo rendimento do aluno (média inferior a cinco), as estratégias de
recuperação seguem o disposto na LDB 9394/96, Art. 24, inciso V e nas diretrizes avaliativas da
rede pública de ensino. Para tanto, a escola deverá planejar e implementar ao longo do ano letivo
os estudos de recuperação de cada componente curricular em que o aluno não obteve êxito.
Registro de notas
O processo de avaliação de aprendizagem será contínuo, processual e dinâmico, no
qual cada professor, de acordo com o componente curricular e a turma de alunos em que atua,
escolherá os instrumentos mais adequados para verificar os conhecimentos construídos. No
entanto, o registro de notas obedecerá à legislação vigente. Portanto, será realizado duas vezes a
cada semestre, sendo o primeiro registro ao final do 50° dia letivo e o segundo, ao final do 100°
dia letivo.
A construção de uma sociedade multiletrada: linguagens e culturas no Ensino Médio
Uma das marcas da contemporaneidade é a rapidez com que as tecnologias se
transformam, viabilizando novas possibilidades de interação e tornando-se capazes de modificar
os modos como as pessoas se relacionam e criam representações de si mesmas e o do mundo.
Esse processo de transformação também produz impactos e efeitos de caráter cognitivo, cultural
e social quando atuamos em contextos específicos.
Com muita celeridade, a dinâmica do mundo atual torna obsoletas algumas ferramentas
25
Anotaçõese produz outras ─ novas e multifacetadas ─ que permitem a
atuação humana em espaços antes considerados inimagináveis,
especialmente os digitais, de forma interativa e colaborativa. Além
disso, a contemporaneidade se constrói, também, por uma dupla
e intrínseca multiplicidade: i) uma multiplicidade de linguagens
(verbais, multimodais, sonoras etc.) que exigem de nós práticas
diversas e novas, tais como as digitais, visuais e midiáticas para bem
atuarmos nas esferas escolares, científicas, acadêmicas, artísticas,
entre outras; ii) e uma multiplicidade de culturas, na constante
criação e recriação de representações com propósitos culturais
específicos.
Essa dupla multiplicidade (de linguagens e de culturas)
é abarcada no conceito de multiletramentos, que, segundo Rojo
(2012, p. 13), “aponta para dois tipos específicos e importantes de
multiplicidade em nossas sociedades, principalmente urbanas, na
contemporaneidade: a multiplicidade cultural das populações e a
multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos
quais ela se informa e se comunica”. Do ponto de vista cultural,
é preciso considerar a constituição híbrida das sociedades, o que
destrói, entre outras teses, aquelas baseadas em antagonismos
que opõem o popular e o erudito, o clássico e o moderno, por
exemplo. No processo em que se considera a multiplicidade
cultural, é fundamental a perspectiva de que as sociedades são
híbridas e de que são híbridos também os textos que circulam
nos contextos do cotidiano, da escola, da academia científica, do
entretenimento, o que colabora mais uma vez com a ideia em
torno dos multiletramentos.
A pedagogia dos multiletramentos na construção de uma escola
pública contemporânea
Se uma das funções sociais da escola é entender o mundo
para, entre outras, formar cidadãos que também o entendam, o
critiquem e o transformem, é necessário, então, que o trabalho
pedagógico perceba as mudanças ocorridas na contemporaneidade,
a fim de que os conteúdos historicamente construídos possam ser
26
ressignificados em razão do que se constitui e se transforma incessantemente. Mais do que isso:
é imperioso que os estudantes da etapa final da Educação Básica se percebam como usuários e
produtores da multiplicidade de linguagens do mundo de hoje, além de membros pertencentes
a culturas múltiplas e híbridas.
O termo multiletramentos foi proposto pelo Grupo de Nova Londres em 1996 e deu-se,
também, pelo entendimento de que a escola deve dar lugar ao pluralismo cultural e semiótico
(diversas linguagens), em contraposição à intransigência com a diversidade. Uma pedagogia
dos multiletramentos surge da necessidade de a escola tomar a seu cargo (daí a proposta de
‘pedagogia’) os novos letramentos emergentes na sociedade contemporânea, em grande parte
─ mas não somente ─ devidos às novas TICs, e de levar em conta e incluir nos currículos a grande
variedade de culturas já presentes nas salas de aula de um mundo globalizado e caracterizado
pela intolerância com a diversidade cultural, com a alteridade (ROJO, 2012, p. 12).
Em termos gerais, uma prática pedagógica realizada na perspectiva dos multiletramentos
deve considerar o mundo e a escola pela lente da diversidade, da multiplicidade de linguagens e de
culturas. Desse modo, os conteúdos trabalhados precisam favorecer a formação de uma sociedade
multiletrada, que seria, em resumo, aquela em que homens e mulheres desempenhassem
de forma bem sucedida práticas letradas com propósitos culturais específicos; cidadãos que
entendessem o papel que as diversas linguagens desempenham nas diferentes esferas sociais
(escolar, científica, artística, institucional, de entretenimento etc.).
Há, ainda, outro aspecto a ser levado em conta quando se imagina uma pedagogia
dos multiletramentos: o processo de formação de cidadãos críticos em relação às diversas
realidades e pontos de vista construídos nos diversos textos que circulam na sociedade. Trata-
se da perspectiva de letramentos críticos, que, conforme Cervetti, Pardales e Damico (2011),
englobariam nossa capacidade de perceber que os textos guardam sentidos diversos, tendo em
vista que são constituídos social e culturalmente. Assim, o trabalho pedagógico dos conteúdos no
horizonte dos multiletramentos busca, sobretudo, formar leitores que se atrevam a questionar
o que leem, entendendo que o que se lê não é um conjunto de sentidos neutros, mas permeado
de ideologia.
É preciso compreender que o processo de formação de estudantes críticos ─ leitores que
desvelam as realidades diversas presentes nos textos de diversos gêneros (artigo de opinião,
editorial, gráfico, tabela, infográfico, reportagem, notícia, entre outros) ─ não é tarefa única dos
professores de certos componentes curriculares, mas, sobretudo, de todos os professores da
escola, numa tentativa de articular a construção de conhecimentos das diversas ciências com a
atitude reflexiva em relação ao que se aprende.
Desse modo, os conteúdos das quatro áreas que compõem o currículo do Ensino Médio
27
Anotações(Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza
e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Ciências
Humanas e suas Tecnologias) devem ser trabalhados em dimensões
que, ao mesmo tempo, sejam capazes de favorecer a construção
do conhecimento escolar e científico, e de promover a formação
de cidadãos críticos na perspectiva dos multiletramentos, em
razão da multiplicidade de linguagens e de culturas nas (e das)
sociedades contemporâneas. A cidadania aqui referida é concebida
na perspectiva de uma cidadania construída e não formalmente
concedida. Nas palavras de Gentili, A cidadania é, desta forma, o exercício de uma prática inegavelmente política e fundamentada em valores como a liberdade, a igualdade, a autonomia, o respeito à diferença e às identidades, a solidariedade, a tolerância e a desobediência a poderes totalitários (GENTILI, 2003, p.73).
As áreas do conhecimento do Ensino Médio e as dimensões
curriculares
A proposta curricular feita para o Ensino Médio é uma
matriz que considera as áreas do conhecimento organizadas em
dimensões que se interconectam e se internalizam. A opção por
dimensionar essas áreas dá-se em razão da busca por favorecer a
interdisciplinaridade e ressignificar os conteúdos historicamente
mais demandados por certos componentes curriculares. Assim, o
desenho curricular que ora se apresenta requer um entendimento
de que os conteúdos científicos e escolares se relacionam de modo
a promover o entendimento de que o mundo atual é caracterizado,
como vimos, por uma multiplicidade de linguagens e de culturas,
presentes no conceito complexo dos multiletramentos.
A matriz curricular para o Ensino Médio está organizada
em quinze dimensões, definidas a partir da perspectiva geral dos
multiletramentos e de conceitos ou categorias que marcam cada
uma das quatro áreas do conhecimento. Para fins de visualização
didática, as quinze dimensões estão representadas nos diagramas
a seguir:
28
LINGUAGENS CIÊNCIAS DA NATUREZA
MATEMÁTICA CIÊNCIAS HUMANAS
É preciso salientar que, na presente proposta de desenho curricular, as quinze
dimensões estão interconectadas e cada uma delas internaliza aspectos de todas as outras.
Esse entendimento é importante para que a organização do trabalho pedagógico seja capaz de
promover a interdisciplinaridade entre as áreas do conhecimento e seus respectivos componentes
curriculares. Além disso, a configuração dos conteúdos em dimensões é uma tentativa de
ressignificá-los, a fim de que a escola acompanhe as transformações pelas quais o mundo passa.
O que define cada uma das dimensões, como já explicitado, é a noção dos multiletramentos
em associação com alguns conceitos ou categorias que singularizam as quatro áreas do
conhecimento, como pode ser depreendido dos resumos a seguir:
29
AnotaçõesÁrea de Linguagens
Multiletramentos,
texto,
criatividade e
movimento
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.
Multiletramentos, literatura,
sensibilidade e apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
Multiletramentos, oralidade,
interação e corporeidade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
Multiletramentos, gramática,
reflexão e
análise crítica
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, lexicais, pragmáticos, imagéticos etc.); e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si, do outro e do mundo.
30
Área de Ciências da Natureza
Multiletramentos, ciência,
cultura e
ética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que as Ciências não são neutras. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo com uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.
Multiletramentos, tecnologia,
informação e criatividade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano precisa combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.
Multiletramentos, lógica,
análise e representação
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante capacidades de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume, nas Ciências da Natureza, o papel de construtora de modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção da ciência no âmbito dos multiletramentos. Além disso, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, pois a natureza não age biológica, física e quimicamente de maneira isolada, o que exige uma visão interdisciplinar das ciências.
Multiletramentos, natureza,
transformação e sociedade
Os conteúdos relativos a esta dimensão pretendem que o estudante seja considerado o centro dos processos de ensino e de aprendizagem e de seu papel transformador na dinâmica da natureza e da sociedade. Nesse contexto, a natureza, o ser humano e a sociedade devem ser considerados de forma sustentável, por serem interdependentes. Além disso, esses três elementos vivem em constante transformação e, desse modo, é preciso que o trabalho pedagógico docente propicie que o estudante construa uma visão crítica sobre os processos de interação entre natureza, ser humano e sociedade. Nessa perspectiva, ações pedagógicas multiletradas contribuem para desvelar a ideologia erigida nas diversas representações do que se considera “sustentabilidade”.
Área de Matemática
Multiletramentos, cultura,
sociedade e
ética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que a Matemática não é neutra. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo com uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.
Multiletramentos, tecnologia,
informação e criatividade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Ou seja, o estudante, a partir dessa dimensão, terá a possibilidade de ler, interpretar e analisar dados de diferentes formatos e, ainda, fazer julgamento e opções a partir desta análise. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano precisa combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.
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Anotações
Multiletramentos, lógica,
análise e representação
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante a capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A ideia de “algebrizar” está relacionada com a capacidade de simbolizar, operar simbolicamente e de interpretar as relações simbólicas. É o grande início da modelagem matemática. A lógica algébrica permite ao indivíduo traduzir uma situação problema em linguagem matemática a partir da qual são aplicadas rotinas de cálculos e algoritmos, o que promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume, na Matemática, o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, colaborando para a percepção do conhecimento no âmbito dos multiletramentos. Dessa forma, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, contribuindo para que os estudantes possam ter uma visão crítica e coerente ao interpretar e agir sobre os fatos.
Área de Ciências Humanas
Multiletramentos, sociedades,
culturas e espaço/tempo
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão trazem a perspectiva de que as Sociedades e Culturas estão em constante mudança. Nesse sentido, devem buscar estabelecer um elo possível entre o conhecimento escolar, a necessidade social e a qualidade de vida dos cidadãos, vinculados ao contexto do século XXI, que se apresenta com um universo cultural extremamente rico e complexo, mas também traz agregadas as profundas marcas das desigualdades sociais, estabelecendo um novo paradigma para a percepção do mundo, da sociedade e da história. Assim, a abordagem pedagógica deve abranger todo o processo histórico, geográfico, sociológico e filosófico e seus aspectos socioeconômicos vinculados à política, à cultura, ao trabalho, aos direitos humanos, ao meio ambiente, relacionando-os ao desenvolvimento humano dos educandos.
Multiletramentos, ciências,
meio ambiente e educação
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem possibilitar ao estudante a compreensão do mundo, além de favorecer o desenvolvimento da curiosidade intelectual, do senso crítico e de contemplar sua formação como pessoa e como cidadão, como sujeito ético que valorize a pluralidade cultural do gênero humano. Nesse sentido, a escola deve estar em sintonia com seu tempo, promovendo investigações filosóficas e científicas para desvelar as possibilidades de mudança a partir de temas contemporâneos que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. Além disso, é necessário que a escola considere o estranhamento e a desnaturalização dos fenômenos sociais.
Multiletramentos, indivíduos,
identidades e diversidade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem promover a discussão de que a identidade do indivíduo pode ser compreendida na dialógica de sua unidade e das diversidades como sendo dimensões inerentes, antagônicas e complementares da espécie humana. Assim, a prática pedagógica deve considerar a convivência com as diferenças, a fim de promover o reconhecimento e o respeito às pluralidades. Além disso, é preciso que a escola discuta e combata todas as formas de preconceito e discriminação, o que se torna possível com uma educação inspirada na ética e nos direitos humanos.
32
Multiletramentos, estado,
política e
trabalho
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer o entendimento do estudante de que a Política corresponde a uma rede de interesses e de acordos estabelecidos pelos seres humanos em um processo de tomada de decisões, o que envolve valores sociais e de relações de poder. Além disso, é necessário que a prática pedagógica aborde os conteúdos, considerando que o poder é Poder, é um complexo de relações entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais e que o Trabalho é conceituado em sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente do ser humano e como mediação no processo de produção de sua existência.
Ressalte-se que há uma total articulação entre a perspectiva dos multiletramentos e as
dimensões aqui elencadas para abordagem das áreas de conhecimento com a concepção que
fundamenta o Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI, instituído pelo MEC para fomentar
a reestruturação de projetos curriculares das escolas, cuja meta é a universalização das escolas
envolvidas. Nesse programa, são definidos macrocampos pedagógicos, a partir dos quais os
projetos escolares são estruturados. São eles:
• Macrocampo obrigatório: Integração Curricular.
• Macrocampos eletivos: Leitura e Letramento; Iniciação Científica e Pesquisa; Línguas
Estrangeiras; Cultura Corporal; Produção e Apreciação das Artes; Comunicação, Cultura
Digital e Uso de Mídias; Participação Estudantil.
O documento orientador do ProEMI assim define os macrocampos:Compreende-se por macrocampo um campo de ação pedagógico-curricular no qual se desenvolvem atividades interativas, integradas e integradoras dos saberes, dos tempos, dos espaços e dos sujeitos envolvidos com a ação educacional. Os macrocampos se constituem, assim, como um eixo a partir do qual se possibilita a integração curricular com vistas ao enfrentamento e à superação da fragmentação e hierarquização dos saberes. Permite, portanto, a articulação entre formas disciplinares e não disciplinares de organização do conhecimento e favorece a diversificação de arranjos curriculares (MEC/ProEMI/2013).
As quinze dimensões, divididas unicamente para fins didáticos, devem favorecer
abordagens interdisciplinares dos conteúdos nelas situados, como nos exemplos descritos - a
seguir - em que os gêneros textuais cartum, notícia e infográfico simulam brevemente um trabalho
pedagógico com a temática “os efeitos da ação humana sobre o meio ambiente”, envolvendo as
três áreas do conhecimento:
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AnotaçõesExemplo 1:
Em termos gerais, sugere-se que, por meio deste cartum,
seja possível mobilizar as quatro áreas do conhecimento, sempre
com atenção para a ideia conceitual e teórica das dimensões
curriculares. Desse modo, por exemplo, há clara possibilidade de se
favorecer uma abordagem das seguintes dimensões curriculares:
Área de Ciências da Natureza: abordagem da dimensão
Multiletramentos, tecnologia, informação e criatividade, uma
vez que se espera com ela que os estudantes desenvolvam a
consciência crítica frente à informação que ouvem, leem, escrevem
ou veem. No âmbito dessa dimensão, um conteúdo que pode ser
trabalhado é “ação antrópica sobre o ambiente na perspectiva da
sustentabilidade”.
Área de Matemática: abordagem da dimensão
Multiletramentos, cultura, sociedade e ética, em razão de que a
escola deve promover a apropriação da cultura científica escolar,
embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo para
uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.
No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser
Fonte: <http://grafar.blogspot.com.br/2010/01/serie-do-mes-desmatamento_25.html>. Acesso em 11/12/2012.
34
trabalhados são “noções de matemática financeira” e “juros simples e compostos”.
Área de Ciências Humanas: abordagem da dimensão Multiletramentos, sociedades,
culturas, espaço/tempo, uma vez que se espera com ela que a escola leve em consideração todo o
processo histórico, geográfico, sociológico, bem como filosófico e seus aspectos socioeconômicos
vinculados à política, à cultura, ao trabalho, aos direitos humanos, ao meio ambiente, relacionando-
os ao desenvolvimento humano dos educandos. No âmbito dessa dimensão, um conteúdo que
pode ser trabalhado é “globalização”.
Área de Linguagens: abordagem da dimensão Multiletramentos, gramática, reflexão e
análise crítica, uma vez que se espera com ela que a escola contribua para o desenvolvimento
da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si, do outro e do mundo. No âmbito
dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são “a arte e seu papel político
e social” e “estudo comparativo de obras do passado e obras contemporâneas”; abordagem da
dimensão Multiletramentos, texto, criatividade e movimento, uma vez que se espera que a escola
considere o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham
nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos,
publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. No âmbito dessa dimensão, um
conteúdo que pode ser trabalhado é “produção, refacção e leitura de textos do domínio literário,
jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos” e “elementos formais da linguagem
visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço
positivo/negativo”.
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AnotaçõesExemplo 2:
No Cerrado, 53 municípios entram para a “lista suja” do desmatamento
REDAÇÃO ÉPOCA
Enquanto o desmatamento da Amazônia é amplamente divulgado e gera até reações internacionais, o nosso Cerrado, bioma que ocupa um quarto de todo o país, não atrai tantas atenções. No entanto, ele continua sendo desmatado: cerca de 48% de todo o Cerrado já foi derrubado.Nesta segunda-feira (26), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) colocou em prática mais uma medida para tentar reduzir a derrubada no bioma, ao publicar uma lista no Diário Oficial com 53 municípios que mais desmataram o Cerrado no último ano – uma estratégia
similar à usada na Amazônia, que funcionou em alguns casos, como mostra o sucesso de Paragominas, no Pará.A situação mais crítica é no Maranhão: o estado conta com 20 municípios listados pelo ministério. Bahia e Tocantins têm, cada um, oito municípios listados, e o Piauí conta com seis municípios, entre eles o que mais desmatou: Baixa Grande do Ribeiro. Completam a lista os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Entram na lista as cidades que derrubaram mais de 25 km² de vegetação natural em 2010-2011, e que possuem pelo menos 20% da cobertura nativa.O objetivo do Ministério é que esses municípios recebam incentivos para tornarem suas economias mais sustentáveis. Serão tomadas medidas de ordenamento territorial, fiscalização e controle para tentar reduzir as taxas de desmatamento. O plano faz parte de uma das metas ambientais que o Brasil se comprometeu a cumprir: reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa, provenientes de desmatamento do Cerrado.
Fonte: <http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/tag/cerrado/> Acesso em: 30/12/2012 (com adaptações).
De modo semelhante ao que foi exemplificado com o
cartum, sugere-se que o trabalho com essa notícia seja capaz de
mobilizar as quatro áreas do conhecimento e algumas de suas
dimensões e conteúdos:
Área de Ciências da Natureza: abordagem da dimensão
Multiletramentos, tecnologia, informação e criatividade; com ela,
pretende-se que a escola desenvolva no estudante a consciência
crítica em relação ao que ele ouve, lê, escreve e vê. No âmbito
dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são
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“agricultura sustentável” e “ação antrópica sobre o ambiente na perspectiva da sustentabilidade”;
abordagem da dimensão Multiletramentos, natureza, transformação e sociedade, pois com
ela espera-se que a escola propicie ao estudante a construção de uma visão crítica sobre os
processos de interação entre natureza, ser humano e sociedade. No âmbito dessa dimensão,
alguns conteúdos que podem ser trabalhados são “reações de combustão e poluição ambiental”
e “uso racional da energia na perspectiva da sustentabilidade humana”.
Área de Matemática: abordagem da dimensão Multiletramentos, cultura, sociedade e
ética, tendo em vista que se espera com essa dimensão que a escola promova o enfrentamento
de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. No
âmbito dessa dimensão, um conteúdo que pode ser trabalhado é “noções de estatística”.
Área de Ciências Humanas: abordagem da dimensão Multiletramentos, ciências, meio
ambiente e educação, uma vez que se espera com ela que a escola esteja em sintonia com seu
tempo, promova investigações filosóficas e científicas e desvele as possibilidades de mudança a
partir de temas contemporâneos (meio ambiente, direitos humanos, entre outros) que geram
impactos na qualidade de vida das pessoas. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que
podem ser trabalhados são “diversidades ambientais” e “desenvolvimento sustentável, relatórios
e tratados ambientais internacionais”.
Área de Linguagens: abordagem da dimensão Multiletramentos, texto, criatividade e
movimento, uma vez que com ela se pretende que a escola considere o papel que os gêneros
textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e
dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais,
esportivos e de entretenimento. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser
trabalhados são “produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: notícia,
reportagem, resenhas” e “produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários
críticos”.
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AnotaçõesExemplo 3:
Fonte: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,veja-os-mapas-e-graficos-da-devastacao-no-cerrado,441529,0.htm> Acesso em: 5/12/2012
Da mesma forma que os exemplos anteriores com o cartum
e com a notícia, sugere-se que o trabalho com esse infográfico seja
capaz de mobilizar as quatro áreas do conhecimento e algumas de
suas dimensões e conteúdos:
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Área de Ciências da Natureza: abordagem da dimensão Multiletramentos, natureza,
transformação, sociedade, pois com ela espera-se que a escola leve o estudante a refletir que a
natureza, o ser humano e a sociedade devem ser considerados de forma sustentável, por serem
interdependentes. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados
são “ecossistemas terrestres e aquáticos”, “biogeografia brasileira” e “relações ecológicas:
importância para o ser humano e para a natureza”.
Área de Matemática: abordagem da dimensão Multiletramentos, lógica, análise e
representação, pois com ela pretende-se que a escola contribua para a análise dos fatos, promova
o pensamento científico e desenvolva ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de
operacionalização, de representação e de abstração. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos
que podem ser trabalhados são “construção de gráficos, tabelas, quadros, utilizando informações
sociais” e “noções de estatística”.
Área de Ciências Humanas: abordagem da dimensão Multiletramentos, ciências, meio
ambiente e educação, uma vez que se espera com ela que a escola esteja em sintonia com seu
tempo, promova investigações filosóficas e científicas e desvele as possibilidades de mudança a
partir de temas contemporâneos que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. No âmbito
dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são “diversidades ambientais” e
“desenvolvimento sustentável, relatórios e tratados ambientais internacionais”.
Área de Linguagens: abordagem da dimensão Multiletramentos, texto, criatividade e
movimento, uma vez que se espera com ela que a escola considere o papel que os gêneros textuais
escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos
de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de
entretenimento. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são
“leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)”, “produção, refacção e leitura
de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos” e
“produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros em diversos
suportes”.
Os exemplos descritos apenas ilustram algumas maneiras de como é possível integrar
as dimensões e as áreas por meio da abordagem dos diversos conteúdos. É preciso, entretanto,
reiterar a necessidade de a escola considerar aspectos do mundo contemporâneo para que o
estudante possa entendê-lo, questioná-lo e transformá-lo. Assim, justifica-se a proposição de uma
pedagogia dos multiletramentos, o que faz a prática pedagógica levar em conta que a dinâmica
do mundo atual é, também, marcada por aspectos multimodais, multimidiáticos e multiculturais.
Além disso, no processo em que se concebe o mundo em razão de todos esses aspectos, a noção
de letramentos críticos desempenha um papel fulcral no processo de questionamento do mundo e
39
Anotaçõesdas relações de poder e das desigualdades presentes na sociedade.
Desse modo, a escola precisa questionar e refletir acerca
de seu trabalho pedagógico, seus ritmos, seus rituais, seus
movimentos, suas formas de avaliação e de planejamento, sua
organização e o uso dos espaços e tempos escolares. As práticas
escolares devem incitar todos a refletir, questionar, pesquisar,
tomar iniciativa, enfim, ser protagonista no processo educativo e
no processo cidadão.
Nessa perspectiva, a organização curricular tem papel
importante e balizador para a ressignificação do trabalho
pedagógico, de tal forma que essa apresentação concreta de um
documento curricular seja capaz de suscitar outra visão de escola ─
quer social, quer pedagógica, ─ na busca de formas de construção
e instauração de estruturas participativas mais amplas e que deem
voz e vez a todos os partícipes do projeto educativo.
A matriz curricular em dimensões prevê que os conteúdos
sejam abordados sob o signo da interdisciplinaridade e da
flexibilidade, em que o ponto de partida seja norteado pelo
levantamento dos conhecimentos prévios do grupo de estudantes
com o qual o professor atua. Apoiado no diagnóstico que indica o
que os estudantes sabem e o que ainda precisam saber, a relação
do professor com o currículo pressupõe um exercício constante
de reflexão e avaliação de sua turma e de sua atuação pedagógica
frente ao desafio de promover a aprendizagem de todos.
Na efetivação dessa prática pedagógica reflexiva - práxis,
que constitui um permanente processo de ação-reflexão-ação
do fazer pedagógico, os conteúdos organizados em dimensões
que se interconectam e que se internalizam impõem o desafio
de promover a ampliação da abordagem pedagógica que garanta
aprendizagens contextuais, dialógicas e significativas.
Por meio do exercício de conversar e analisar os
conteúdos, é importante destacar que os conhecimentos podem
ser introduzidos, trabalhados sistematicamente, consolidados e
ampliados. O diagnóstico da turma deve indicar o que deve ser
retomado, tendo como referência as metas previstas para o ano/
40
série, a ser contempladas no projeto político-pedagógico da escola.
Desejamos que a organização curricular leve à discussão de outras dimensões do fazer
pedagógico e educativo e promova a reflexão da necessidade do atentar-se para não reduzir
a prática escolar apenas ao trabalho da sala de aula, mas estendê-lo para toda a instituição
educacional, com o exercício do planejamento coletivo e da concretização da proposta pedagógica,
como pontos norteadores para a emancipação do fazer educativo. Uma educação para além
da escola, no estímulo das habilidades de aprender a aprender, habilidades socioafetivas e da
comunicação escrita, corporal, oral e visual, e tantas outras possíveis e necessárias.
Organização e abordagem dos conteúdosLINGUAGENS
Multiletramentos, texto, criatividade e movimento
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros
Ø Construção de sentidos por meio de esforços inferenciais
Ø Construção da textualidade (intertextualidade ─ paráfrases, citação, paródia ─ coesão ─ elementos gramaticais e lexicais ─ e coerência) em textos autênticos que circulam na sociedade
Ø Leitura e estudo da estruturação de gêneros textuais de predominância narrativa: contos, novelas e romances
Ø Leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)
Ø Elementos da narrativa: enredo, personagens, espaço, tempo, narrador (ponto de vista)
Ø Produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários críticos
Ø Produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros em diversos suportes
Ø Construção de sentidos por meio de esforços inferenciais
Ø Construção da textualidade (intertextualidade, informação, intencionalidade, situação, coesão, e coerência) em textos autênticos que circulam na sociedade
Ø Leitura e estudo da estruturação de gêneros textuais de predominância narrativa: contos, novelas e romances
Ø Leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)
Ø Elementos da narrativa: enredo, personagens, espaço, tempo, narrador (ponto de vista)
Ø Produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários críticos
Ø Produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros e em diversos suportes
Ø A constituição polifônica dos textos
Ø Construção de sentidos por meio de esforços inferenciais
Ø Construção da textualidade (intertextualidade, informação, intencionalidade, situação, coesão, e coerência) em textos autênticos que circulam na sociedade
Ø Leitura e estudo da estruturação de gêneros textuais de predominância narrativa: contos, novelas e romances
Ø Leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)
Ø Elementos da narrativa: enredo, personagens, espaço, tempo, narrador (ponto de vista)
Ø Produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários críticos
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LINGUAGENS
Multiletramentos, texto, criatividade e movimento
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Produção, refacção e leitura de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos
Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais de predominância dissertativo-argumentativa: artigo de opinião, resenha, comentários críticos
Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: reportagem, resenhas de livros, filmes, DVDs, peças de teatro
Ø Ginástica de academia: musculação, alongamento, localizada e outras.
Ø Práticas Circenses
Ø Danças do Mundo: ritmos e movimentos básicos.
Ø Modalidades desportivas: futebol, voleibol, basquetebol e handebol
Ø Elementos da linguagem musical (melodia, ritmo, harmonia, textura, dinâmica)
Ø Parâmetros do som (altura, duração, intensidade e timbre)
Ø Estrutura formal (frases, períodos, semelhanças, diferenças)
Ø Instrumentos musicais no processo de produção musical
Ø Conceito de Arte
Ø Elementos formais da linguagem visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço positivo/negativo
Ø Elementos morfológicos contextualizados nas produções artísticas visuais: cor, linha, ponto, superfície, volume, luz, textura, ritmo, forma
Ø Linguagens artísticas e tecnológicas
Ø Produção, refacção e leitura de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos
Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais de predominância dissertativo-argumentativa: artigo de opinião, resenha, comentários críticos
Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: notícia, reportagem, resenhas
Ø Caminhadas e Corridas: trabalho aeróbico e anaeróbico.
Ø Jogos Cooperativos
Ø Dança
Ø Contemporânea: rock, funk, hip hop, outros
Ø Capoeira e suas diversas possibilidades nos aspectos fisiológicos, pedagógicos e socioculturais
Ø Elementos da linguagem musical (leitura de partituras, melodia, ritmo, harmonia, textura, dinâmica, escalas)
Ø Estrutura formal (forma binária, ternária, quaternária)
Ø Instrumentos musicais no processo de produção musical, convencionais e não convencionais.
Ø Sistema modal, tonal e atonal.
Ø Conceito de Arte
Ø Elementos formais da linguagem visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço positivo/negativo
Ø Elementos morfológicos contextualizados nas produções artísticas visuais: cor, linha, ponto, superfície, volume, luz, textura, ritmo, forma
Ø Produção, refacção e leitura de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos
Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais de predominância dissertativo-argumentativa: artigo de opinião, resenha crítica e editorial
Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: reportagem, resenhas
Ø Jogos e os sistemas táticos das modalidades desportivas.
Ø Esportes radicais e a natureza.
Ø Danças folclóricas e planejamento de eventos esportivos.
Ø Capoeira, como elemento da cultura corporal
Ø Elementos da linguagem musical (leitura de partituras, melodia, ritmo, harmonia, textura, dinâmica, escalas)
Ø Estrutura formal (forma binária, ternária, quaternária, rondó, tema e variações)
Ø Instrumentos musicais
Ø Improvisação e criação
Ø Conceito de Arte
Ø Elementos formais da linguagem visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço positivo/negativo
Ø Elementos morfológicos contextualizados nas produções artísticas visuais: cor, linha, ponto, superfície, volume, luz, textura, ritmo, forma
Ø Linguagens artísticas e novas tecnológicas
Ø Elementos formais da linguagem musical
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LINGUAGENS
Multiletramentos, texto, criatividade e movimento
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Elementos formais de linguagem corporal
Ø Elementos formais da linguagem musical
Ø Elementos formais da linguagem teatral: voz, corpo, espaço, movimento, ação dramática etc.
Ø Elementos estruturais do espetáculo teatral: texto, ator, diretor, cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, palco, objetos de cena etc.
Ø Conceitos: arte, teatro, ação, conflito, improvisação, contexto, signo etc.
Ø Linguagens artísticas e tecnológicas
Ø Indivíduo, identidade e cultura
Ø Linguagens artísticas e novas tecnológicas
Ø Elementos formais da linguagem musical
Ø Elementos formais de linguagem corporal
Ø Elementos formais da linguagem teatral: voz, corpo, espaço, movimento, ação dramática etc.
Ø Elementos estruturais do espetáculo teatral: texto, ator, diretor, cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, palco, objetos de cena etc.
Ø Elementos estruturadores da composição teatral
Ø Conceitos: arte, teatro, ação, conflito, improvisação, contexto, signo etc.
Ø Linguagens artísticas e tecnológicas
Ø Indivíduo, identidade e cultura
Ø Elementos formais de linguagem corporal
Ø Elementos da gramática estética teatral: Voz, corpo, espaço, movimento, ação dramática etc.
Ø Elementos estruturais do espetáculo teatral: texto, ator, diretor, cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, palco, objetos de cena etc.
Ø Conceitos: arte, teatro, ação, conflito, improvisação, contexto, signo, etc.
Ø Linguagens artísticas e tecnológicas
Ø Indivíduo e cultura
Ø Crítica da Arte
Ø Ética e cidadania através das linguagens artísticas
LINGUAGENS
Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
ØConcepções filosóficas e estéticas e visão de mundo do Classicismo, do Barroco e do Arcadismo
ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos
ØConcepções de gênero épico, lírico e dramático e de suas formações híbridas na contemporaneidade
ØConcepções filosóficas e estéticas e visão de mundo do Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo
ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos
ØConcepções filosóficas e estéticas e visão de mundo do Pré-Modernismo no Brasil, Modernismo Português e Brasileiro (3ª fase e tendências literárias contemporâneas no Brasil e em países africanos de língua portuguesa)
ØConcepções de gênero épico, lírico e dramático e de suas formações híbridas na contemporaneidade
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LINGUAGENS
Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
ØRecursos da linguagem poética
ØFiguras de linguagem na composição de sentidos de textos literários
ØSentido próprio, sentido figurado (conotação e denotação)
ØLeitura e escrita de poemas
ØLeitura, compreensão e interpretação de letras de músicas regionais e de outros gêneros musicais
ØNutrição esportiva e suplementos
ØModalidades desportivas culturalmente estabelecidas, como masculinas e femininas
ØImprovisação e criação musical
ØMúsica e tecnologias
ØGêneros e estilos musicais História da Arte, movimentos e períodos: Arte Pré-Histórica ou Rupestre (períodos paleolítico e neolítico), Egípcia, Grega, Romana, Cristã Primitiva e Arte no Período Medieval: Bizantina, Românica e Gótica.
ØRenascimento e Maneirismo
ØHistória da Arte: Arte Africana, Arte do Oriente Médio e do Extremo Oriente
ØHistória da Arte no Brasil: Período Pré-Colonial ou Pré-Cabralino: Arte Indígena
ØHistória da Arte no Brasil: Período Colonial (influências africana e europeia)
ØHistória do teatro: Origem do Teatro, Teatro Primitivo, Teatro Medieval, Comedia Dell’Arte, Teatro Barroco, Teatro dos Jesuítas e Teatro do Brasil Colonial.
Ø Comédia, Teatro Renascentista
ØGêneros teatrais: tragédia, comédia, drama, farsa etc.
ØConcepções de gênero épico, lírico e dramático e de suas formações híbridas na contemporaneidade
ØRecursos da linguagem poética
ØFiguras de linguagem na composição de sentidos de textos literários
ØLeitura e escrita de poemas
ØLeitura, compreensão e interpretação de letras de músicas regionais e de outros gêneros musicais
ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos
ØAvaliação física: testes, protocolos e software utilizados
ØA capoeira na formação da identidade e cultura nacional, conduzindo debates sobre racismo, preconceito, inclusão e discriminação – de gênero e sexual
ØImprovisação e criação
ØGêneros e estilos musicais
ØInfluência de outras culturas para a produção de Música no Brasil
ØHistória da Música em diferentes contextos históricos e sociais.
Ø Profissional da arte: identificação e funções básicas
ØAs profissões ligadas às tecnologias contemporâneas e a influência da tecnologia nas produções artísticas
ØHistória da Arte, movimentos e períodos: Arte Colonial Brasileira, O Barroco e o Rococó na Europa e no Brasil, Neoclassicismo, Romantismo, Arte brasileira no século XIX, Academia Imperial de Belas Artes, Revolução Industrial e o Realismo, Pré-Modernismo Brasileiro, Impressionismo e Pós-Impressionismo
ØRecursos da linguagem poética
ØFiguras de linguagem na composição de sentidos de textos literários
ØLeitura e escrita de poemas
ØLeitura, compreensão e interpretação de letras de músicas regionais e de outros gêneros musicais
ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos
ØSaúde, padrão de beleza e os discursos midiáticos
ØA Educação Física como prática da sustentabilidade humana
ØGêneros e estilos musicais
ØHistória da Música em diferentes contextos históricos e sociais
Ø Profissional da arte: identificação e funções básicas
ØAs profissões ligadas às tecnologias contemporâneas e a influência da tecnologia nas produções artísticas
ØHistória da Arte, movimentos e períodos:
ØModernismo/Vanguardas Históricas: Expressionismo, Fovismo, Cubismo, Futurismo, Abstracionismo, Modernismo Brasileiro, Semana de Arte Moderna de 1922, Antropofagismo, Movimento Pau-Brasil.
ØArte e indústria: Dadaísmo, Surrealismo, Muralismo Mexicano, Arquitetura Moderna Brasileira - Brasília
ØConceito de design e suas escolas: Art Nouveau, Bauhaus, Design contemporâneo e comunicação visual.
ØArte no Pós-Modernismo: Arte Pós-Moderna, Arte Conceitual
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LINGUAGENS
Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
ØO teatro e as manifestações populares brasileiras: folguedos e brincantes
ØTeorias sobre a origem da dança
ØConceitos de dança
ØProduções e manifestações da dança no Distrito Federal e no entorno: Seu Estrelo e Fuá do Terreiro, Pé de Cerrado, Bumba Meu Boi do Seu Teodoro etc.
ØHistória da Dança no Distrito Federal: escolas de dança
ØDanças populares brasileiras
ØHistória da dança: manifestações da dança na pré-história, Egito, Grécia (dança dionisíaca) e Roma
ØConceito de Estética
ØProfissional da arte (artes visuais, música, teatro e dança): identificação e funções básicas
ØRelação entre as novas tecnologias e as produções artísticas
ØA função do público: formação de plateia/expectador
ØHistória da dança: Idade Média (danças macabras), Balé de corte, Dança Clássica, (Luis XVI, Jean-Georges Noverre), Romantismo, Balés Russos ( Diaghilev, Nijinsky)
ØHistória da dança no Brasil: período Colonial, desenvolvimento e escolas de balé, Dança Moderna no Brasil.
ØDança na América, na África e no Oriente
ØDanças populares brasileiras
ØHistória do teatro: Comédia de costumes, Teatro de Martins Penna, História do Teatro Universal, Teatro Romântico,
ØDança Clássica, (Luís XVI. Jean-Georges Noverre), Romantismo, Balés Russos (Diaghilev, Nijinsky)
ØHistória da Dança no Brasil: período colonial, desenvolvimento e Escolas de Balé, Dança Moderna no Brasil
ØDança na América, na África e no Oriente
ØHistória do teatro: Comédia de Costumes, Teatro Martins Penna, História do Teatro Universal, Teatro Romântico,Teatro de Arthur Azevedo, Teatro Realista e Naturalista: Ibsen e Zola, Teatro de Revista, Teatro brasileiro de Comédias – TBC, Teatro Universitário
ØO teatro moderno ocidental
Ø O teatro oriental
Ø Bens artísticos e culturais brasileiros
ØEscritores e dramaturgos brasileiros
ØElementos de Estética
ØA função do público: formação de plateia/expectador
Ø Relação entre as novas tecnologias e as produções artísticas
ØArte Norte-Americana : Action Painting, Pop Arte, Minimalismo, Land Art, Arquitetura Pós-Moderna
ØArte no Brasil: Abstracionismo, Bienais, Concretismo e Neoconcretismo, Arte Conceitual
ØArte e Tecnologia: Web Design, Hipertexto, Hipermídia, Design Design contemporâneo e comunicação visual
ØArte no Pós-Modernismo: Arte Pós-Moderna, Arte Conceitual
ØArte Norte-Americana: Action Painting, Pop Arte, Minimalismo, Land Art, Arquitetura Pós-Moderna
ØArte no Brasil: Abstracionismo, Concretismo e Neo Concretismo, Arte Conceitual
ØArte e Tecmpçpgoa: Web Design, Hipertexto, Hipermídia, Multimídia, Vídeo, Cinema, Fotografia
ØArte Contemporânea: Feminismo, Multiculturalismo, Arte e política, Instalações Artísticas, Performance
ØArte Contemporânea no Brasil e no Distrito Federal: tipos e gêneros
ØHistória da dança: Dança Moderna ( Martha Graham, Isadora Duncan), Escola Germânica (Rudolph Van Laban) Dança Contemporânea (Maurice Bejart)
ØHistória da dança no Brasil: Dança Moderna
ØDança, cinema e musicais: sapateado, jazz e street dance
ØDança e cultura de massas: funk, axé e todas as manifestações da dança popular
ØIndústria cultural
ØDança contemporânea no Brasil: características e escolas, Ivaldo Bertazzo
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LINGUAGENS
Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
ØHistória do teatro brasileiro: Teatro de Arena, Oficina e Opinião
ØTipos de ações cênicas, improvisadas e ou elaboradas
ØMulticultura, identidade e diversidade
ØTeatro Moderno, Contemporâneo – Expressionismo, Simbolismo e Teatro Político
ØTeatro do Absurdo, Teatro da Crueldade, Épico
ØTendências Contemporâneas – Grupos teatrais brasileiros e estrangeiros
ØA linguagem cênica e sua utilização nas diversas mídias
ØEscritores e dramaturgos Brasileiros: Martins Pena, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues etc.
ØA função do público: formação de plateia/expectador
ØRelação entre as novas tecnologias e as produções artísticas
ØArte e Sustentabilidade
LINGUAGENS
Multiletramentos, oralidade, interação e corporeidade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, de leitura, de interpretação, de simbologia, de apreciação, de presença corporal e de prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a apreciação estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
ØApreciação de músicas de diversos gêneros
ØGêneros textuais orais (apresentações, exposições, debates), considerando as etapas de planejamento, produção e revisão
ØApreciação de músicas de diversos gêneros
ØGêneros textuais orais (apresentações, exposições, debates) considerando as etapas de planejamento, produção e revisão
ØApreciação de músicas de diversos gêneros
ØGêneros textuais orais (apresentações, exposições, debates) considerando as etapas de planejamento, produção e revisão
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LINGUAGENS
Multiletramentos, oralidade, interação e corporeidade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, de leitura, de interpretação, de simbologia, de apreciação, de presença corporal e de prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a apreciação estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
ØLeitura e declamação de poemas
ØProdução oral de relatos, comentários críticos e resumos
ØEstudo do vocabulário de origem africana e indígena na constituição do falar brasileiro
ØPercepção da cultura corporal
ØO processo de funcionamento do organismo humano: capacidades fisiológicas, motoras, psíquicas e afetivas
ØBrinquedos e brincadeiras da cultura brasileira e suas vivências atuais
ØO aparelho fonador, o emprego da voz humana e do corpo no processo de produção musical
ØPrática interpretativa
ØEspaço bidimensional, tridimensional e noções de perspectiva
Ø Elementos básicos do movimento expressivo vocal
ØInterpretação de manifestações populares por meio da expressão corporal
ØJogos dramáticos
ØAções cênicas, improvisadas e ou elaboradas
ØConsciência corporal
ØEstudo dos elementos do movimento: criatividade, energia, velocidade, desenho
ØCorpo, espaço, movimento, ação dramática, ritmo
ØElementos da anatomia e da fisiologia aplicados à dança
ØJogos corporais coreográficos – iniciação à coreografia
ØImprovisação
ØLeitura e declamação de poemas
ØProdução oral de relatos, comentários e resumos críticos
ØEstudo do vocabulário de origem africana e indígena na constituição do falar brasileiro
ØPercepção da cultura corporal
ØPercepção da cultura afro-brasileira e suas manifestações e destaques nos esportes
ØConcepção e cooperação de mundo solidário
ØBrinquedos e brincadeiras da cultura
afro-brasileira e seu contexto
ØO aparelho fonador, o emprego da voz humana e do corpo no processo de produção musical
ØPrática interpretativa
Ø Espaço bidimensional, tridimensional e noções de perspectiva
Ø Elementos básicos do movimento expressivo vocal
Ø Jogos dramáticos
Ø Ações cênicas elaboradas
Ø Jogos corporais coreográficos
Ø Improvisação
Ø Busca pelo movimento individual
ØLeitura e declamação de poemas
ØProdução oral de relatos, comentários e resumos críticos
ØEstudo do vocabulário de origem africana e indígena na constituição do falar brasileiro
ØPercepção da cultura juvenil e suas manifestações
ØCooperação como prática social: vivência de eventos inerentes à Educação Física, com vistas à integração de todos
ØBrinquedos e brincadeiras da cultura juvenil
ØO aparelho fonador, o emprego da voz humana e do corpo no processo de produção musical
ØPrática interpretativa
ØEspaço bidimensional, tridimensional e noções de perspectiva
ØElementos básicos do movimento expressivo vocal
ØAções corporais: movimento, espaço, tempo, peso, fluência
ØJogos dramáticos
ØJogos corporais coreográficos
Ø Improvisação
Ø Alteridade
ØTécnicas de dança contemporânea
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LINGUAGENS
Multiletramentos, gramática, reflexão e análise crítica
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, léxicos, pragmáticos, imaginativos etc.) e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si mesmo, do outro e do mundo.
1ª série 2ª série 3ª série
ØConceitos de língua e linguagem e de variação e mudança linguística, associados ao debate em torno das noções de preconceito e de respeito linguísticos
ØIntrodução aos aspectos gerais da fonologia/fonética e morfologia
ØPapel dos sinais de pontuação na construção do sentido de textos autênticos que circulam na sociedade
ØAnálise linguística: morfossintaxe
ØRevisão das classes gramaticais
ØAnálise dos casos de concordância verbal e nominal associada ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma padrão
ØAnálise da transitividade verbal (verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos) e dos verbos de ligação, por meio de gêneros textuais que circulam na sociedade
ØOrtografia: regras de acentuação conforme o novo Acordo Ortográfico
ØEducação Física: dever da escola e direito de cada um e como processo de preservação do meio ambiente
ØEsporte e o mundo feminino e masculino
ØAs regras dos jogos como instrumento de criação e de transformação
ØHistória da Música em diferentes contextos históricos e sociais
ØUsos e funções da música
ØMúsica e mídia
ØMúsica articulada a outras linguagens artísticas
ØConceitos de língua e linguagem e de variação e mudança linguística, associados ao debate em torno das noções de preconceito e de respeito linguísticos
ØAnálise dos processos de regência verbal (inclusive fenômeno da crase) e nominal e de concordância verbal e nominal associados ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma-padrão
ØPapel dos sinais de pontuação na construção do sentido de textos autênticos que circulam na sociedade
ØAnálise da transitividade verbal (verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos) e dos verbos de ligação por meio de gêneros textuais que circulam na sociedade
ØAnálise linguística: morfossintaxe
ØAnálise das vozes verbais (voz ativa e voz passiva) na construção sintática do período e na construção do sentido do texto
ØAnálise da colocação pronominal associada ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma-padrão
ØOrtografia: regras de acentuação conforme o novo Acordo Ortográfico
ØEducação Física: promoção e preservação da saúde e melhoria da qualidade de vida no planeta
ØEsporte e a sexualidade
ØInfluência das diferenças socioeconômicas na prática das modalidades esportivas
ØUsos e funções da música
ØMúsica e mídia
ØMúsica e outras linguagens artísticas
ØConceitos de língua e linguagem e de variação e mudança linguística, associados ao debate em torno das noções de preconceito e de respeito linguísticos
ØFunções e valor semântico de preposições, conjunções, pronomes relativos e advérbios na constituição de textos em diversos gêneros
ØAnálise dos processos de regência verbal (inclusive fenômeno da crase) e nominal e de concordância verbal e nominal associados ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma-padrão
ØPapel dos sinais de pontuação na construção do sentido de textos autênticos que circulam na sociedade
ØAnálise da estrutura do período simples e do período composto por subordinação (orações substantivas, adjetivas e adverbiais)
ØAnálise da transitividade verbal (verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos) e dos verbos de ligação por meio de gêneros textuais que circulam na sociedade
ØAnálise das vozes verbais (voz ativa e voz passiva) na construção sintática do período e na construção do sentido do texto
ØAnálise da colocação pronominal associada ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma padrão
ØOrtografia: regras de acentuação conforme o novo Acordo Ortográfico
ØEducação Física e o mundo do trabalho e do lazer
ØEsporte e racismo: avanços e necessidades
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LINGUAGENS
Multiletramentos, gramática, reflexão e análise crítica
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, léxicos, pragmáticos, imaginativos etc.) e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si mesmo, do outro e do mundo.
1ª série 2ª série 3ª série
ØProdução musical do Distrito Federal e do entorno
ØMúsica e identidade cultural
ØProfissional em música
ØInfluências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da arte, folclore, culinária e crendices nacionais
ØEstudo da diversidade cultural nos âmbitos familiar, escolar e regional
ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais
ØCritérios de cultura construídos e embasados em conhecimentos afins – de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico
ØApropriações culturais e interações entre os povos
ØA arte e seu papel político e social
ØPrincipais artistas, contexto histórico e social
ØPrincipais obras ou produções artísticas e suas características
ØEstudo comparativo de obras do passado e contemporâneas
ØMúsica Brasileira – diversidade de manifestações, estilos e gêneros
ØInfluências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da arte, folclore, culinária e crendices nacionais
ØInfluência da cultura oriental no Brasil
ØCultura Popular Brasileira (Visuais, Música, Teatro, Dança)
ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais
ØCultura Popular Brasileira (visual, música, teatro, dança)
ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais
ØCritérios de cultura construídos e embasados em conhecimentos afins – de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico
ØApropriações culturais e interações entre os povos
ØAções cênicas elaboradas
ØA arte e seu papel político e social
ØPrincipais artistas, contexto histórico e social
ØPrincipais obras ou produções artísticas e suas características
ØEstudo comparativo de obras do passado e contemporâneas
ØInterpretação e expressão crítica relativas à atividade física, por meio de jogos, dança, esporte, ginásticas e lutas
ØUsos e funções da música
ØMúsica e mídia
ØMúsica e Tecnologia
ØMúsica e outras linguagens artísticas
ØMúsica Brasileira – diversidade de manifestações, estilos e gêneros
ØInfluência da cultura Influências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da arte, folclore, culinária e crendices nacionais
ØCultura oriental no Brasil
ØCultura Popular Brasileira (visual, música, teatro, dança)
ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais
ØCritérios de cultura construídos e embasados em conhecimentos afins – de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico
ØApropriações culturais e interações entre os povos
ØA arte e seu papel político e social
ØPrincipais artistas (artes visuais, música, teatro e dança), contexto histórico e social
ØPrincipais obras ou produções artísticas (artes visuais, música, teatro e dança) e suas características
ØEstudo comparativo de obras do passado e contemporâneas
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CIÊNCIAS HUMANAS
Multiletramentos – Sociedades, Culturas, Espaço/Tempo
“Não têm sentido renovações de conteúdos sem mudanças de procedimentos e tampouco uma fixação em processos educativos sem conteúdos de cultura” (Sacristán, 2000).
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão trazem a perspectiva de que as sociedades e culturas estão em constante mudança. Nesse sentido, devem buscar estabelecer um elo possível entre o conhecimento escolar, a necessidade social e a qualidade de vida dos cidadãos, vinculados ao contexto do século XXI que se apresenta com um universo cultural extremamente rico e complexo, mas também traz agregadas profundas marcas das desigualdades sociais, estabelecendo um novo paradigma para a percepção do mundo, da sociedade e da história. Assim sendo, o ensino das Ciências Humanas e suas tecnologias propõe uma abordagem teórica e metodológica abrangente de todo o processo histórico, geográfico, sociológico bem como filosófico e seus aspectos socioeconômicos vinculados à política, à cultura, ao trabalho, aos direitos humanos, ao meio ambiente, relacionando-os ao desenvolvimento humano dos estudantes.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØNatureza e Cultura
ØOs povos Pré-Colombianos: Incas, Maias, Astecas e Grupos Indígenas Brasileiros
ØHistória da África (inclusive civilização etíope e egípcia)
ØHistória e Cultura Afro-Brasileira: Pré-História e História Africana, civilizações antigas no continente africano
ØDiferentes povos que habitam o continente africano
ØHistória da Europa
ØCivilização Clássica
ØIdade Média: Os povos árabes e o Islamismo
ØIdade Moderna
ØRevolução Francesa
ØRevolução Inglesa
ØRevolução Industrial: os novos problemas sociais
ØGlobalização:
perspectivas socioeconômicas
ØConceitos/temáticas associados à globalização: história contemporânea recente
ØGrandes Navegações e o início da mundialização das relações humanas
ØIndústria Cultural
ØMeios de Comunicação de Massa
ØSociedade técnico-científico- informacional
ØTelecomunicações e a Sociedade de Informação
ØPoder da mídia na formação da história contemporânea
CIÊNCIAS HUMANAS
Multiletramentos – Ciências, Meio Ambiente, Educação
A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total do educando, com saberes que lhe permitam compreender o mundo, favorecendo o desenvolvimento da curiosidade intelectual, do senso crítico, que contemplem sua formação como pessoa e como cidadão, como sujeito ético e que valorizem a pluralidade cultural do gênero humano. Nesse sentido, a escola deve estar em sintonia com seu tempo, promovendo investigações filosóficas e científicas para desvelar as possibilidades de mudança a partir de temas contemporâneos (meio ambiente, direitos humanos, entre outros) que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. Tendo sempre em mente a estranheza e a desnaturalização dos fenômenos sociais como norteadores teóricos para a Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, haverá a possibilidade de desconstruir preconceitos e construir um olhar desvinculado em detrimento do senso comum, possibilitando, como bem diz Bauman, o exercício da liberdade e da autonomia.
1º Ano 2º Ano 3º AnoØAs Ciências Humanas: suas
características e suas formas de registros:•O tempo e o espaço nas
Ciências Humanas•Conceitos básicos: Trabalho,
Cultura e SociedadeØSurgimento da Filosofia:
•Do Mito à Razão •O “nascimento” do filósofo
ØO que é Filosofia?ØPensamento e Linguagem
ØRevolução Industrial: os novos problemas sociais:• Industrialização: clássica,
tardia, planificada e técnico-científica, contexto mundial e brasileiro
Ø A Revolução Científica Ø O método científicoØA racionalização do Espaço:
• Orientação espacial • Representação da Terra • Sistema terrestre
ØDiversidades ambientais
ØCrise da Sociedade ModernaØMatriz Energética Internacional ØConflitos militares no Oriente
Médio e na África nos séculos XIX e XX.
ØDesenvolvimento sustentável, relatórios e tratados ambientais internacionais
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CIÊNCIAS HUMANAS
Multiletramentos – Ciências, Meio Ambiente, Educação
A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total do educando, com saberes que lhe permitam compreender o mundo, favorecendo o desenvolvimento da curiosidade intelectual, do senso crítico, que contemplem sua formação como pessoa e como cidadão, como sujeito ético e que valorizem a pluralidade cultural do gênero humano. Nesse sentido, a escola deve estar em sintonia com seu tempo, promovendo investigações filosóficas e científicas para desvelar as possibilidades de mudança a partir de temas contemporâneos (meio ambiente, direitos humanos, entre outros) que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. Tendo sempre em mente a estranheza e a desnaturalização dos fenômenos sociais como norteadores teóricos para a Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, haverá a possibilidade de desconstruir preconceitos e construir um olhar desvinculado em detrimento do senso comum, possibilitando, como bem diz Bauman, o exercício da liberdade e da autonomia.
1º Ano 2º Ano 3º AnoØAs fontes de dados sobre as
realidades sociais, políticas e cultura brasileira (fome, violência, trabalho infantil e escravo, analfabetismo, mortalidade infantil, entre outros)
ØEducação/Escola:• Papel da escola• Comunidade
CIÊNCIAS HUMANAS
Multiletramentos – Indivíduos, Identidades, Diversidades
A identidade do indivíduo pode ser compreendida na dialógica de sua unidade e das diversidades, como dimensões inerentes, antagônicas e complementares da espécie humana. Para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação e acolher e conviver com as diferenças, é importante uma educação escolar que reconheça e respeite as pluralidades. Assim, a escola como fonte e base de construção e afirmação de identidades em um mundo planetário (Edgar Morin) e plural, deve buscar combater todas as formas de preconceito e discriminação. Para tanto, é necessário educar sob a inspiração da ética, que se traduz na busca de condições para que as identidades se constituam pelo reconhecimento do direito à igualdade, tendo como ponto de partida os direitos humanos.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØNatureza e Cultura: Relativismo Cultural
ØIdentidade, Diversidade e Gênero
ØConsciência mítica
ØReligiosidade Africana e Indígena
ØReligiões Afro-Brasileiras
ØRenascimento:
• Despertar de um novo homem
• Ciência Moderna
ØReforma Protestante
ØPopulação:
•Identidade e diversidade cultural, sexual, de gênero e geracional;
•Características da população
ØIluminismo: Novas formas de Ciências
ØSujeito versus Objeto do conhecimento:
•O que é Conhecimento?
•Pensamento racional ao longo da historia
ØSenso Crítico versus Senso Comum
ØNova visão de ser humano:
•A natureza humana
•Liberdade, autonomia política
ØDiversidades econômicas, étnicas, religiosas e culturais do Brasil
ØMovimentos sociais:
•Homem como animal político
•Autonomia e heteronomia política
•Novos movimentos sociais: mulheres, negros, GLTB, índios e outras minorias no mundo e no Brasil
•Políticas afirmativas
ØIdeologias
ØAlienação
ØFilosofia contemporânea: o homem na Pós-Modernidade
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CIÊNCIAS HUMANAS
Multiletramentos – Estado, Política e Trabalho
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer o entendimento do estudante de que a Política corresponde a uma rede de interesses e de acordos estabelecidos pelos seres humanos em um processo de tomada de decisões, o que envolve valores sociais e de relações de poder. Além disso, é necessário que a prática pedagógica aborde os conteúdos, considerando que o poder é Poder, é um complexo de relações entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais e que o Trabalho é conceituado em sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente do ser humano e como mediação no processo de produção de sua existência.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØA Pólis GregaØ A expansão comercial e marítima
europeia:Ø Acumulação Primitiva de CapitalØ FeudalismoØ O Estado NacionalØ Teoria Política Moderna: formação
do Estado ModernoØ Direito NaturalØ ContratualismoØ MercantilismoØ Absolutismo
Ø Organização social nos diferentes modos de produção:• Escravismo, feudalismo,
capitalismo, socialismoØ Escravidão na América Colonial
e suas diversas facetas: América Espanhola,Brasil, Estados Unidos
Ø Sistema Colonial e sua crise:• Colonização, formação e
independência dos EUA• Colonização, formação e
independência do Brasil• Colonização, formação e
independência da América Espanhola
• Colonização da África• Colonização da Ásia
Ø Imperialismo
Ø Nação, Estado e TerritórioØ Movimentos operários:
• Anarquismo• Classes sociais• Socialismo utópico e científico• Divisão social do trabalho:
trabalho material e imaterialØ Novos modelos de gestão do
trabalho:• Taylorismo-fordismo e modelo
japonês (toyotismo)• Mudanças no perfil do
trabalhador e do trabalhoØ Democracia versus Totalitarismo:
• República Velha, Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa
• Crise de 1929, o nazifacismo, a Era Vargas, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e o Mundo Bipolar
• A ditadura militar, redemocratização no Brasil, Constituição Cidadã de 1988
• A queda do Muro de Berlim, o Mundo Multipolar e os Blocos Econômicos
• Sistema eleitoral brasileiro: Império, República Velha, Era Vargas, Redemocratização, Período militar e ordenamento jurídico pós -1988
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MATEMÁTICA
Multiletramentos - Cultura, sociedade, meio ambiente e ética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que a Matemática não é neutra. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo para uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØNOÇÕES DE MATEMATICA FINANCEIRA:•Razão, proporção e
porcentagem•Juros simples e compostos•Descontos•Taxas e financiamentos
ØSEQUÊNCIAS E PROGRESSÕES:•Sequências•Progressões Aritméticas e
Progressões Geométricas
ØMATRIZES• Aplicações com matrizes• Operações• Determinante de uma matriz
ØSISTEMAS LINEARES:• Formas lineares,
escalonados, equivalentes e homogêneos
• Tipos de soluções: regra de Cramer, escalonamento e outros
ØANÁLISE COMBINATÓRIA:•Princípio da contagem•Arranjos, permutações e combinações
ØPROBABILIDADE:•Espaço amostral e evento•Probabilidades
ØNOÇÕES DE ESTATÍSTICA:•Coleta de dados•Variáveis•Construção de tabelas e
gráficos•Distribuição de Frequência•Gráficos•Médias estatísticas: aritmética,
ponderada e harmônica•Mediana, moda e desvio
padrão
MATEMÁTICA
Multiletramentos – Lógica, Análise e Representação
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A ideia de “algebrizar” está relacionada à capacidade de simbolizar, de operar simbolicamente e de interpretar as relações simbólicas. É o grande início da modelagem matemática. A lógica algébrica permite ao indivíduo traduzir uma situação problema em linguagem matemática a partir da qual são aplicadas rotinas de cálculos e algoritmos. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume na Matemática o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção do conhecimento no âmbito dos multiletramentos. Dessa forma, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, contribuindo para que os estudantes possam ter uma visão crítica e coerente ao interpretar e agir sobre os fatos.
1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano
ØCONJUNTOS:•Revisão de conceitos
fundamentais•Conjuntos numéricos•Intervalos•Resoluções de situações
problema
ØFUNÇÕES:•Definição•Gráficos de funções•Crescimento e decrescimento•Domínio e imagem dos
intervalos
ØREVISÃO DE POTENCIAÇÃO
ØFUNÇÃO EXPONENCIAL• Equação exponencial• Função exponencial• Inequação exponencial
ØNÚMEROS COMPLEXOS:• Parte imaginária e real• Operações com números
complexos• Aplicações dentro do
conjunto complexo
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MATEMÁTICA
Multiletramentos – Lógica, Análise e Representação
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A ideia de “algebrizar” está relacionada à capacidade de simbolizar, de operar simbolicamente e de interpretar as relações simbólicas. É o grande início da modelagem matemática. A lógica algébrica permite ao indivíduo traduzir uma situação problema em linguagem matemática a partir da qual são aplicadas rotinas de cálculos e algoritmos. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume na Matemática o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção do conhecimento no âmbito dos multiletramentos. Dessa forma, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, contribuindo para que os estudantes possam ter uma visão crítica e coerente ao interpretar e agir sobre os fatos.
1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano
ØFUNÇÃO POLINOMIAL DE PRIMEIRO GRAU:•Definição•Gráficos•Zero da função e equação de
1º grau•Construção de gráficos,
tabelas, quadros, utilizando informações sociais
ØFUNÇÃO POLINOMIAL DE SEGUNDO GRAU:•Definição e gráficos•Zeros da função e equação dE
2º grau•Estudo da parábola
ØINEQUAÇÕES•Aplicações e operações com
inequações
ØFUNÇÃO LOGARÍTMICA:•Definição de logaritmo e
propriedades•Equações logarítmicas•Definição de função logarítmica•Representação gráfica•Inequações logarítmicas
ØTRIGONOMETRIA:•Razões trigonométricas:
seno, cosseno, tangente e seus correspondentes trigonométricos
•Relações trigonométricas•Funções trigonométricas•Equações trigonométricas
ØPOLINÔMIOS:• Função polinomial• Valor numérico e polinômio
nulo• Operações com polinômios• Equações polinomiais (ou
algébricas)
MATEMÁTICA
Multiletramentos – Ciência, Tecnologia, Informação e Criatividade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Ou seja, o estudante, a partir desta dimensão, terá a possibilidade de ler, interpretar e analisar dados de diferentes formatos e ainda fazer julgamento e opções a partir dessa análise. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano deve combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.
1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano
ØREVISÃO DE GEOMETRIA:•Estudo dos polígonos•Propriedades e classificação•Figuras planas•Áreas de figuras planas associadas
à área do retângulo•Semelhança de triângulos•Traçado de bissetrizes, medianas
e mediatrizes com uso de régua e compasso
•Triângulo retângulo•Relações métricas / Teorema de
Pitágoras•Polígonos inscritos e circunscritos
em uma circunferência
ØGEOMETRIA ESPACIAL:• Área da superfície/
planificação, volume e secção das configurações matemáticas: prisma, pirâmide (tronco), cilindro, cone (tronco) e esfera
ØGEOMETRIA ANALÍTICA:•Estudo do Ponto•Estudo da Reta•Estudo da Circunferência
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
Multiletramentos – Ciência, Cultura e Ética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que as Ciências da Natureza não são neutras. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem na realidade dos estudantes, como situações problematizadoras. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo com uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØConceito de vida
ØBiologia como ciência
ØCidadania e o cidadão no mundo e em sua comunidade
ØA CIÊNCIA QUÍMICA: • Evolução histórica • Modelo científico • Importância da Ciência –
Tecnologia – Sociedade • Avanços tecnológicos numa
perspectiva sustentável• História e desenvolvimento de
Novos Materiais (do Egito aos dias de hoje)
ØHistória e modelos explicativos da origem e evolução do universo
ØImplicações da teoria da
Relatividade Restrita nos conceitos de espaço, massa e tempo
ØImplicações da teoria da
Relatividade Especial para corpos submetidos à velocidade da luz
ØEvolução histórica das
concepções de força, movimentos e suas causas
ØCategorias taxionômicas e nomenclatura biológica
ØFilogenia
ØIMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA DE VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS:•Poríferos, Cnidários•Platelmintos e nematelmintos•Peixes e Anfíbios•Répteis•Aves e mamíferos •Animais peçonhentos
ØCLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS: • História e evolução da
classificação • Tabela Periódica Moderna • Relação com os subníveis
energéticos • Estudo das propriedades
periódicas e aperiódicas
ØLIGAÇÕES QUÍMICAS: • Ligações Intermoleculares • Ligações Intramoleculares
ØConcepções científicas e do senso comum acerca do conceito de calor
ØEvolução histórica dos conceitos
de calor e temperatura ØEscalas termométricas
(abordagem qualitativa)
ØDilatação de sólidos e líquidos
ØFormas de propagação de calor
ØEquilíbrio térmico – Lei Zero da Termodinâmica
ØTrocas de calor
ØO código genético
ØA base da vida: os ácidos nucleicos
ØBiossíntese de proteínas
ØMutações gênicas: modificando as mensagens
ØMorfofisiologia humana
ØMulticelularidade (tipos celulares, interdependência funcional e estrutural das células)
ØA homeostase
ØA integração dos sistemas fisiológicos
ØDistúrbios anátomo-fisiológicos
ØCaracterísticas de ímãs ØEvolução histórica do
conhecimento sobre magnetismo ØExperiência de Oersted ØCampos magnéticos gerados por
correntes retilíneas, circulares e senoidais
ØLinhas de força ØForça magnética em cargas
pontuais e em fios
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
Multiletramentos – Tecnologia, Informação e Criatividade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano precisa combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØO lixo e reaproveitamento da matéria
ØAção antrópica sobre o ambiente na perspectiva da sustentabilidade
ØAgricultura sustentável
ØBioenergética
ØRespiração celular ØFotossíntese
ØNutrição
ØOrganização e o funcionamento da célula
ØCélula procariota e eucariota
ØEstruturas celulares
ØMecanismos de transporte celular
ØCitoplasma organelas
ØNúcleo (replicação do DNA, cromossomos e cariótipo)
ØReprodução celular: mitose e meiose
ØGametogênese
ØEmbriologia
ØReprodução nos seres vivos
ØTipos de reprodução
ØCINÉTICA QUÍMICA • Modelo da Teoria das Colisões • Estudo de Gráficos • Transformações Gasosas • Equação Geral dos Gases de
Clapeyron • Teoria Cinética dos Gases
ØVelocidade, aceleração, força, massa, peso
ØImpulso
ØCaracterísticas de fluidos ideais (incompressibilidade, densidade e pressão)
ØDoenças viróticas e saúde pública
ØSistemas de defesa – Noções de imunologia
ØDoenças bacterianas e saúde pública
ØAntibióticos e mecanismos de resistência
ØDoenças fúngicas e saúde pública
ØFisiologia vegetal
ØMetabolismo e hormônios vegetais
ØBotânica paliçada
ØFitoterápicos
ØDoenças e saúde pública dos Platelmintos e nematelmintos
ØMODELOS ATÔMICOS: • Evolução do Modelo Atômico
de Dalton a Rutherford-Bohr • Estrutura Atômica • Radioatividade • Benefícios e riscos em uma
perspectiva cidadã
ØFontes de luz e fenômenos ópticos
ØFormação de cores
ØPrincípios da óptica geométrica
ØEvolução histórica das ideias sobre fenômenos luminosos
ØBiotecnologia e bioética
ØA engenharia genética: métodos, técnicas e aplicações
ØBioética e teorias evolutivas
ØTERMOQUÍMICA: • Noções de Reações
exotérmicas e endotérmicas • Lei de Hess
ØTrabalho e energia potencial elétrica
ØCapacitores ØPropriedades elétricas
dos materiais condutores, semicondutores e isolantes
ØPotencial elétrico
ØEvolução do conhecimento sobre Eletrologia de Tales de Mileto a Charles Du Fay
ØDiferença de potencial elétrico
e corrente elétrica ØPotência elétrica ØLeis de Ohm ØCircuitos elétricos e associação
de resistores em série, paralela e mista
ØGeradores e receptores
elétricos
ØUtilização de medidores elétricos: amperímetro, voltímetro e ohmímetro
ØFontes de energia elétrica de corrente contínua
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
Multiletramentos – Lógica, Análise e Representação
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante a capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume, nas Ciências da Natureza, o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção da ciência no âmbito dos multiletramentos. Além disso, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, pois a natureza não age biológica, física e quimicamente de maneira isolada, o que exige uma visão interdisciplinar das ciências.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØFluxo de matéria e energiaØCadeias alimentaresØTeias alimentaresØPirâmides ecológicasØCiclos biogeoquímicosØNíveis de organização dos seres
vivosØTeoria celular ØComposição química da célulaØBiomoléculasØMetabolismo energéticoØAnabolismo e catabolismo
ØA CONSTRUÇÃO DA MATÉRIA:• Aplicações biotecnológicas• Características dos Materiais• Classificação e Propriedades
Gerais da Matéria• Métodos de Separação de
Misturas
ØUMA ABORDAGEM QUANTITATIVA DA MATÉRIA:• Leis Ponderais • Estudo do Modelo Científico de
Dalton e representações • Reações Químicas (abordagem
qualitativa)• Balanceamento por tentativas • Grandezas Químicas (massa
molar, Mol, número de Avogadro)
• Notações científicas• Cálculos Proporcionais da
Química • Estequiometria
ØSistema Internacional de Unidades
ØConceitos de referencial, posição, deslocamento, diferenciando grandezas escalares e vetoriais
ØMomento linear, torque e momento angular
ØColisões mecânicas (elásticas e inelásticas)
ØEquilíbrio estático de partículas e de corpos extensos
ØLeis de Kepler ØPrincípios de Stevin e Pascal ØTeorema do Empuxo ØPrincípio de Bernoulli
ØCaracterísticas gerais e ciclo de reprodução dos Vírus
ØCaracterísticas gerais, reprodução, nutrição e respiração das Bactérias
ØCaracterísticas gerais e classificação dos Protoctistas
ØPrincipais protoctistas parasitas humanos
ØFlagelados – Doença de ChagasØLeishmaniose, giardíase e
tricomoníaseØSarcodinosØEsporozoáriosØCiliados e algasØImportância das Algas –
classificação e ciclos reprodutivos ØCaracterísticas gerais dos FungosØClassificação dos FungosØImportância econômicaØRelações ecológicas – liquens e
micorrizas
ØESTRUTURA DAS SUBSTÂNCIAS: • Geometria Molecular
(abordagem qualitativa)• Polaridade
Ø Potência térmica e balanço energético
ØDiagramas de fase ØGases ideais e transformações
gasosas Ø Primeira e Segunda Leis da
Termodinâmica ØMáquinas térmicas ØAplicações tecnológicas – motores
e matrizes energéticas numa perspectiva sustentável
Ø Enunciados de Kelvin e ClausiusØ Período, comprimento, frequência,
amplitude e velocidade de ondas mecânicas
Ø Fenômenos ondulatórios: reflexão, refração, difração, ressonância e interferência
ØQualidades do som: frequência, intensidade e timbre
ØAudição humana e problemas causados por poluição sonora
Ø Intensidade sonora e legislação a respeito
ØCaracterísticas dos fenômenos sonoros produzidos em instrumentos musicais
ØQualidades fisiológicas do som e o Efeito Doppler
ØO trabalho de Mendel e a hereditariedade
ØConceitos básicos de genéticaØLeis de MendelØProbabilidade e combinaçãoØEstudo de heredogramasØInteração gênicaØPleiotropia
ØSOLUBILIDADE DOS MATERIAIS: • Composição e Classificação • Concentrações • Diluições • Impacto dos poluentes• Implicações sociais no
tratamento dos resíduos químicos
ØEQUILÍBRIO QUÍMICO: • Estado de Equilíbrio • Caráter dinâmico das
interações químicas • Fatores que afetam o
Equilíbrio • pH e pOH
ØELETROQUÍMICA: • Aspectos Energéticos das
Reações Químicas • Oxidação-Redução • Pilhas e baterias
ØProcessos de eletrização ØLei de Coulomb ØCampo elétrico vetorial e
linhas de força ØFluxo elétrico e Lei de Gauss
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
Multiletramentos – Natureza, Transformação e Sociedade
Os conteúdos relativos a esta dimensão pretendem que o estudante seja considerado o centro dos processos de ensino e de aprendizagem e de seu papel transformador na dinâmica da natureza e da sociedade. Nesse contexto, a natureza, o ser humano e a sociedade devem ser considerados de forma sustentável, por serem interdependentes. Além disso, esses três elementos vivem em constante transformação e, desse modo, é preciso que o trabalho pedagógico docente propicie que o estudante construa uma visão crítica sobre os processos de interação entre natureza, ser humano e sociedade. Nessa perspectiva, ações pedagógicas multiletradas contribuem para desvelar a ideologia erigida nas diversas representações do que se considera “sustentabilidade”.
1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano
ØConceitos básicos de Ecologia
ØEcossistemas terrestres e aquáticos
ØBiogeografia brasileiraØA biodiversidade brasileiraØDinâmica das populações e
das comunidadesØIndivíduos e populaçõesØFatores determinantes da
densidade populacionalØFlutuações e oscilações de
uma populaçãoØRelações ecológicas:
importância para o ser humano e para a natureza
ØA população humanaØSucessão ecológica e
comunidade clímaxØAmbiente e saúdeØAdaptações do ser humano
ao meio ambienteØSaúde como direitoØDesequilíbrios da saúdeØDrogas (conhecimento e
prevenção)ØSexo, sexualidade e gênerosØDSTs e AIDSØTransformações dos
Materiais ØMétodos de Separação de
MisturasØAplicações biotecnológicasØTeorias sobre movimento
dos corpos celestes (geocentrismo, heliocentrismo, concepções étnicas e modernas)
ØLei da Gravitação Universal
ØCriptógamas, Briófitas e PteridófitasØCaracterísticas geraisØAnatomia ØReproduçãoØImportância ecológica e econômica
(etnobotânica)ØEspermatófitas, Gimnospermas e
angiospermasØCaracterísticas geraisØAnatomia fisiológica ØReprodução ØImportância ecológica e econômica
(etnobotânica)ØAnimais InvertebradosØCaracterísticas gerais dos Poríferos,
Cnidários, dos Platelmintos e Nematelmintos, dos Moluscos, Anelídeos, Artrópodes e Equinodermas
ØReprodução dos InvertebradosØAnimais VertebradosØCaracterísticas gerais dos animais
vertebrados, peixes e anfíbios, répteis, aves e mamíferos
ØReprodução dos vertebrados, peixes e anfíbios, répteis, aves e mamíferos
ØFUNÇÕES INORGÂNICAS: • Óxidos • Bases • Ácidos • Reações de Neutralização • Sais
ØRECURSOS ENERGÉTICOS: • Uso Racional da Energia na
perspectiva da sustentabilidade humana
• Seleção de Combustíveis de fontes mineral, fóssil e renovável
• Reações de Combustão e Poluição Ambiental
• Estudo do Carbono e suas Propriedades
• Estudo dos Hidrocarbonetos (cadeias normais, ramificada e aromática)
• Nomenclatura dos Hidrocarbonetos
ØLuz como fenômeno eletromagnético ØFenômenos luminosos: reflexão,
refração, dispersãoØLeis da reflexão ØEspelhos planos e esféricos ØLeis da refração ØFenômenos ópticos em lentes esféricas,
dióptros planos, prismas ópticos e instrumentos ópticos
ØVisão humana e correção visual
ØTeorias evolucionistas em uma perspectiva laica
ØMito racial ØEvidências da evoluçãoØMecanismos da evoluçãoØGenética das populaçõesØA conquista do ambiente
terrestre por animais e plantasØEvolução do ser humanoØFatores evolutivosØMutaçãoØSeleção naturalØDeriva genéticaØEquilíbrio gênico das
populaçõesØA evolução dos grandes
grupos biológicosØEras geológicas
ØQUÍMICA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS: •Importância Biológica e
Industrial na perspectiva da sustentabilidade humana
•Características, Classificação e Nomenclatura (principais funções orgânicas)
•Isomeria dos compostos orgânicos
•As Principais reações orgânicas: hidrogenação, oxidação branda, saponificação, esterificação
ØEstrutura e funcionamento de motores elétricos e matrizes energéticas numa perspectiva sustentável
ØEvolução histórica do conhecimento da indução eletromagnética
ØLei de Lenz e Lei de Faraday ØGeradores de energia elétrica ØNatureza e tipos de radiações
eletromagnéticas e seus efeitos
ØFenômenos eletromagnéticos nos sistemas de telecomunicação
ØFísica Nuclear e suas aplicações
ØRadiação de corpo negroØEstrutura da matéria – efeito
fotoelétrico
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Orientações para a abordagem da Língua Estrangeira Moderna - LEM
LINGUAGENS – LEM
Multiletramentos, Texto, Criatividade e Movimento
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.
1ª série 2ª série 3ª série
ØEscrever expressões e frases simples
ØEntender palavras, expressões usuais e familiares e frases simples na LEM estudada
ØLer e escrever e-mails, cartões postais, cartas, recados e responder questionários de caráter profissional e pessoal
ØLer e compreender textos em diversos gêneros adaptados ao nível do estudante
Ø Entender textos muito curtos e muito simples, uma expressão de cada vez, retirando nomes familiares, palavras e expressões básicas e relendo-as se necessário
ØSer capaz de escrever uma série de expressões e de frases ligadas por conectores como ‘e’, ‘mas’ e ‘porque’
ØCompreender o vocabulário e as expressões mais frequentes do dia a dia, seja de forma escrita ou verbal, utilizando uma série de frases e expressões para descrever em termos simples pessoas e lugares, condições de vida, formação e atividade profissional atual ou passada
ØCompreender de forma global propagandas e pequenos vídeos
ØLer e compreender textos em diversos gêneros relacionados ao nível do estudante
ØLer e escrever textos curtos e simples, tais como: e-mails, recados, cartões postais, descrevendo lugares, cartas pessoais de convite e de agradecimento, relatos de acontecimentos passados e responder questionários de caráter profissional e pessoal
ØEntender textos simples e curtos que contenham vocabulário muito frequente
ØLer, compreender e escrever textos em diferentes gêneros relacionados ao nível do estudante
ØLer textos objetivos simples acerca de assuntos relacionados com sua área de interesse, com um grau satisfatório de compreensão
ØEscrever expressões e frases simples
ØEntender palavras, expressões usuais e familiares e frases simples na LEM estudada
ØEscrever textos coesos e simples acerca de um leque de temas que lhe são familiares, relativos a seus interesses, ligando uma série de elementos pequenos e discretos em diversos contextos
ØEntender textos simples e curtos acerca de assuntos que lhe são familiares de um tipo concreto, compostos numa linguagem muito frequente, quotidiana ou relacionada com o trabalho
LINGUAGENS – LEM
Multiletramentos, Literatura, Sensibilidade e Apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Compreender expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex. informações básicas sobre si mesmo, a família, as compras, o meio circundante, o emprego), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada
Ø Ler textos em verso e prosa e compreender metáforas relacionadas com a cultura da língua e do texto original
Ø Compreender expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex. informações básicas sobre si mesmo, a família, as compras, o meio circundante, o emprego), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada
Ø Ler textos em verso e prosa e compreender metáforas relacionadas com a cultura da língua e do texto original
Ø Compreender as questões principais de um discurso claro, em língua padrão, sobre assuntos que lhe são familiares, ocorrendo com regularidade no trabalho, na escola, nos tempos livres etc., incluindo narrativas curtas
Ø Contar estórias e experiências pessoais por meio de narrativas curtas
59
LINGUAGENS – LEM
Multiletramentos, Literatura, Sensibilidade e Apreciação estética
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Compreender ditados populares e provérbios próprios da língua estudada
Ø Apresentar esquetes previamente ensaiados com colegas e professores na língua estudada
Ø Compreender ditados populares e provérbios próprios da língua estudada
Ø Apresentar esquetes previamente ensaiados com colegas e professores na língua estudada
Ø Apresentar esquetes e pequenas peças previamente ensaiados com colegas e professores na língua estudada
LINGUAGENS – LEM
Multiletramentos, Oralidade, Interação e Corporeidade
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais. Diálogos, role play, performance teatral, música.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Produzir expressões simples e isoladas sobre pessoas e lugares
Ø Fazer uma descrição simples ou uma apresentação de uma pessoa, das condições de vida ou de trabalho, das atividades diárias, daquilo que gosta ou não etc., numa série curta de expressões e de frases ligadas como numa lista
Ø Fazer o resumo de um livro ou de uma estória
Ø Fazer uma descrição simples ou uma apresentação de uma pessoa, das condições de vida ou de trabalho, das atividades diárias, daquilo que gosta ou não etc., numa série curta de expressões e de frases ligadas como numa lista
Ø Contar a estória de um livro e dar seu ponto de vista sobre o assunto
Ø Manter razoavelmente bem e com fluência uma descrição direta de um dos muitos assuntos de seu interesse, apresentando-o como uma sucessão linear de questões
Ø Contar a estória de um livro e dar seu ponto de vista sobre o assunto
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LINGUAGENS – LEM
Multiletramentos, Gramática, Reflexão e Análise Crítica
Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, léxicos, pragmáticos, de imagens etc.); e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si, do outro e do mundo. Uso formal e informal da língua, contexto oral.
1ª série 2ª série 3ª série
Ø Seguir um discurso muito pausado e muito cuidadosamente articulado, com pausas longas que lhe permitam assimilar os significados
Ø Comunicar-se de forma simples, respondendo e fazendo perguntas, utilizando expressões usuais e familiares para se apresentar, apresentar alguém, descrever lugares e pessoas
Ø Manter um diálogo com colegas e professores respondendo adequadamente em dado contexto
Ø Seguir um discurso muito pausado e muito cuidadosamente articulado, com pausas longas que lhe permitam assimilar os significados
Ø Comunicar-se de forma clara e coerente, mas ainda de forma simples, respondendo e fazendo perguntas, utilizando vocabulário e tempos verbais específicos e adequados a cada tópico
Ø Compreender o suficiente para ir ao encontro de necessidades de tipo concreto, desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada
Ø Compreender discursos progressivamente mais longos, seguindo uma argumentação complexa de assuntos do cotidiano extraídos de sites, jornais, revistas, seriados de TV, vídeos e de filmes originais na LEM estudada
Ø Compreender informações factuais simples sobre tópicos comuns do dia a dia ou relacionados com o trabalho e identificar mensagens gerais ou pormenores específicos, desde que o discurso seja claramente articulado com uma pronúncia geralmente familiar
Ø Comunicar-se de forma clara e coerente, com certa espontaneidade, em assuntos corriqueiros como família, trabalho, lazer e outros, argumentando e questionando conceitos e suposições
Ø Participar ativamente de uma conversa em situações cotidianas, argumentando e expressando opinião pessoal
Orientações para a abordagem do Ensino Religioso
O fenômeno religioso, em suas diversas manifestações, é garantia da pertinência do ensino religioso
para o processo educativo. Este é o fator que deve definir a existência do ensino religioso como disciplina
constante dos horários normais das escolas públicas. O fenômeno religioso se apresenta principalmente,
a partir de respostas possíveis ao dilema humano do pós-morte, que, entre outras, apresenta as seguintes
respostas: ressurreição, reencarnação, ancestralidade e o nada (PCNER, 1997).
Sobre essas visões a humanidade construiu possibilidades múltiplas de compreensão de sua
existência, no campo religioso. A negativa dessa realidade é um desrespeito ao indivíduo, dotado de
liberdade de opção de manifestação religiosa e cultural. A aceitação pode permitir a descoberta de
caminhos importantes para a construção de conhecimento no contexto escolar.
O ensino religioso, segundo a legislação em vigor, é parte da educação como elemento integrante
do currículo escolar. Está sujeito às situações vivenciadas na escola, suas limitações e possibilidades.
Educação está ligada ao ato de construir e reconstruir conhecimentos. Para isso, o educando deve ser
sujeito ativo em seu processo educativo, para compreender e apropriar-se de forma critica e criativa do
61
Anotaçõesmundo que o rodeia.
A diversidade de manifestações religiosas que se fazem
presentes em uma sociedade pluralista não permite que haja uma
definição da escola por uma determinada religião ou denominação
religiosa. Evidentemente, os conteúdos educacionais contarão
com conhecimentos construídos pela humanidade a partir e
sobre o fenômeno religioso, expressos nas diversas denominações
religiosas e culturais. Isto poderá favorecer a construção de novos
conhecimentos pelo educando. Portanto, a relevância do ensino
religioso se dará à medida que o mesmo possa contribuir para as
transformações necessárias as relações humanas e sociais.
Desta forma, o currículo do Ensino Religioso assenta-se
nos seguintes eixos integradores que têm como função relacionar
os conteúdos em uma teia integral e integradora: Alteridade,
Diversidade e Simbolismo Religioso,. O eixo Alteridade
desenvolve-se a partir do conceito de ethos, em uma perspectiva
familiar, comunitária e social. O eixo Diversidade desenvolve-se a
partir dos conceitos Religiosidade, Identidade, Cultura e Tradição.
E o eixo Simbolismo Religioso, a partir dos conceitos de Rito, Mito,
Sagrado e Transcendente.
A ideia da alteridade aqui posta está intrinsecamente
ligada à de justiça. Isto se faz por meio da percepção do próprio
eu, do próprio rosto e, a partir disso, a aceitação da existência do
outro. Nesse sentido, a justiça é vista a partir da ideia da ‘ética
da alteridade’, como uma forma de se abrir o espírito para se
compreender a realidade, que é algo externo a mim, diferente de
mim (OLIVEIRA; PAIVA, 2010, p. 143). Por fim, pensa-se em uma
abordagem ao ethos possível, sendo aquele que tem a ver com
os anseios da realidade histórica, de nossa herança sociocultural
sem, contudo, ter a pretensão de se apresentar como totalmente
certo ou de cessar o debate sobre o modo de se pensar esse ethos
como contestável, sempre disposto a críticas e numa perspectiva
de provisoriedade.
Em relação ao eixo Diversidade, teóricos como Emanuel
Levinas, 1988; Christian Descamps (1991) e Stuart Hall, 1998 e
62
2003 discorrem sobre a importância do outro na construção de nossa própria identidade. Sendo
o outro diferente de mim, tenho que ser capaz de viver e aceitar o diverso, a singularidade de
quem vive e convive comigo. É nessa perspectiva que se pretende trabalhar a diversidade da
religiosidade brasileira. Descamps afirma que a relação com “o outro é a base de uma co-presença
ética” (p. 85), portanto, a convivência com o diferente, com o próximo é a base da ética. Há que
se considerar, dessa forma, as mais diversas manifestações religiosas presentes no Brasil, dando-
lhes o mesmo grau de importância.
Os símbolos exercem grande influência sobre a vida social, principalmente porque, por
meio deles, torna-se possível concretizar realidades abstratas, morais e mentais da sociedade.
Assim, o simbolismo religioso tem a capacidade de ligar os seres humanos ao sobrenatural. Esse
simbolismo se alimenta do contexto social, que acaba por distinguir os puros dos impuros, os fiéis
dos não fiéis, os lugares sagrados dos profanos etc . É esse simbolismo que, em muitos casos,
constrói hierarquias, seja pelo vestuário, pelo sacramento, pelas oferendas ou pelos próprios
ritos (ROCHER, 1989). Sendo a religião dotada de vários símbolos, é possível inferir que os
diversos atores sociais são ligados entre si, por ela e por diversos meios de comunicação; servem
ainda para ligar valores e expressões mais concretas. Portanto, os símbolos criam e recriam a
participação coletiva dos grupos sociais, tornando visíveis as crenças sociais.
63
CIÊNCIAS HUMANAS
Multiletramentos – Indivíduos, Identidades, Diversidades e Culturas
A identidade do indivíduo pode ser compreendida na dialógica de sua unidade e das diversidades, como dimensões inerentes, antagônicas e complementares da espécie humana. Para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação e acolher e conviver com as diferenças, é importante uma educação escolar que reconheça e respeite as pluralidades. Assim, a escola como fonte e base de construção e afirmação de identidades em um mundo planetário (EDGAR MORIN) e plural, deve buscar combater todas as formas de preconceito e discriminação. Para tanto, é necessário educar sob a inspiração da ética, que se traduz na busca de condições para que as identidades se constituam pelo reconhecimento do direito à igualdade, tendo como ponto de partida os direitos humanos.
1º Ano 2º Ano 3º Ano
ØALTERIDADE:•As mídias e suas influências
no comportamento humano – do jornal à internet
•Ações voluntárias para além dos espaços religiosos – voluntariado, reflexão e prática
•Valores como solidariedade, cooperação e fraternidade na vida das comunidades como solidariedade, cooperação e fraternidade na vida das comunidades
•Relações humanas e construção da paz
ØDIVERSIDADE:•Identidade religiosa, como
agente transformador e promotor da paz na comunidade social e na de fé
•O fenômeno religioso frente a diversidades de gêneros, afetivas e culturais, superando os preconceitos
•O ateísmo, agnosticismo e outras manifestações filosóficas
Ø SIMBOLISMO RELIGIOSO:•O Transcendente nas matrizes
culturais e religiosas brasileiras:
ocidental, oriental, africana, indígena, entre outras.
•Ritos e Mitos religiosos: conceitos e intencionalidades a partir das matrizes culturais brasileiras
•Cantos, presentes nas diferentes manifestações religiosas
ØALTERIDADE:•Pluralidade de concepções
sobre vida e morte, ao longo da história humana
•Violência e marginalidade na percepção de diferentes manifestações culturais e religiosas
•Fundamentalismo como postura sectária que diverge da postura ética
•Desenvolvimento integral através da cultura da paz
•Relações humanas e construção da paz
•As mídias e suas influências no comportamento humano
•Ações voluntárias e a espiritualidade contemporânea
•Valores como solidariedade, cooperação e fraternidade
ØDIVERSIDADE:•As verdades consideradas
sagradas e a vontade do Transcendente, a partir do fenômeno religioso
•A construção da verdade dos discursos religiosos presentes na cultura brasileira
•A autoridade do discurso religioso e a formação das relações culturais e sociais
ØSIMBOLISMO RELIGIOSO:•Danças presentes nas
diferentes manifestações religiosas
•Diversidade de manifestações religiosas – origem semita (cristianismo, judaísmo e islamismo), origem oriental (hinduísmo, xintoísmo, budismo, taoísmo), religiões de matriz africana e religiões de matriz ameríndia
ØALTERIDADE:•O ser humano e o fenômeno
religioso: relações entre cultura e opções pessoais
•Política, estado e religião•As mídias e suas influências
no comportamento humano – internet e novas tecnologias
•Ações voluntárias para além dos espaços religiosos
•Valores como solidariedade, cooperação e fraternidade
ØDIVERSIDADE:•Religião, sociedade e
civilização: tradições de matriz ocidental, tradições de matriz africana, tradições de matriz oriental, tradições de matriz aborígene e indígena e tradições agnósticas, ateias, entre outras
•A presença religiosa nas relações internacionais
ØSIMBOLISMO RELIGIOSO:•Narrativas presentes nas
diferentes manifestações religiosas
•Sincretismo religioso no Brasil
•Novos movimentos religiosos presentes na contemporaneidade
•Diálogo ecumênico e inter-religioso
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Considerações Finais
Diante das sínteses temáticas das plenárias e dos índices de desempenho do Ensino Médio
que demonstraram a urgência de mudanças e o anseio por uma nova cara para o ensino médio,
canalizamos nesta proposta os debates realizados por professores, gestores e comunidade, com
o intuito de suscitar uma reflexão e provocar o espírito da ousadia na construção de um caminho
que garanta eficácia para nossa educação. Faz-se necessário adequar o currículo, os tempos, os
espaços, a avaliação, as estratégias metodológicas, os recursos humanos a este novo tempo em
que os jovens já estão vivendo, e que nós, instituição, ainda permanecemos presos à estruturas
do passado. Precisamos urgentemente repensar a identidade do Ensino Médio e as plenárias
apontaram alguns caminhos.
Vivemos num mundo plural, mas nossa formação foi singularizada, compartimentada,
assim como nossa instituição, a escola, que continua com dificuldades para implementar uma
prática pedagógica onde esteja incorporada a diversidade, apesar de conter em seu interior seres
plurais. É comum da prática docente atual, influenciada pelo mundo pragmático, consumista
e coisificante, ter como idealização do fazer pedagógico seres uniformes, prontos e acabados.
Entretanto, a natureza teima em ser mutante; o social e o cultural resistem em ser histórico-
dialéticos. E é com esta certeza que se busca construir um currículo que continue fazendo essa
abordagem crítica e social, abarcando as novas urgências do pluralismo contemporâneo.
É necessário ainda considerar como fator basilar para a construção de um novo currículo
o tripé ensino, pesquisa e extensão, que abarca meios para a produção sistêmica, constante e
inovadora do conhecimento. É contraditório pensar que a metodologia imediatista de repasse de
informações atenderia às necessidades contemporâneas dos campos do saber. Para atender aos
professores que almejam uma formação continuada, mas que se encontram inertes por motivos
diversos, é importante criar elementos geradores para a reflexão, encarados quase como uma
provocação. Não se quer aqui promover “uma revolução ideológica”, mas trazer à tona que este é
um dos problemas, dos muitos, a serem enfrentados para uma eficaz mudança comportamental
de aceitação de quebra de paradigmas que, ao mesmo tempo, é um dos combustíveis para quem
“se faz” educador. Problema – investigação – transformação em uma via de mão dupla dinâmica
e constante.
Deste modo, uma mudança de fato significativa do Ensino Médio passa necessariamente
pelo debate acerca da reorganização curricular (tempos) e da ressignificação do espaço de
aprendizagem, o que demanda um olhar diferente sobre o desenvolvimento do estudante e
a compreensão de que a relação de ensino-aprendizagem é permanente, multilateral, inter e
transdisciplinar, e não se limita ao espaço geográfico do edifício, valendo-se da vivência efetiva
65
Anotaçõesque se constrói no seio da comunidade, alargando os horizontes
do universo pedagógico. A proposta da semestralidade, isto é, a
organização curricular em blocos semestrais de disciplinas que
se alternam ao longo do ano letivo, apresenta-se como uma
possibilidade poderosa para flexibilizar o processo pedagógico,
favorecer a utilização de metodologias voltadas para a
implementação de projetos interdisciplinares e, sobretudo,
estimular a ressignificação da coordenação pedagógica e do
trabalho coletivo.
Trata-se da formação integral do sujeito e, nessa
perspectiva, os multiletramentos se afirmam como uma concepção
que se adapta à contemporaneidade. As quinze dimensões a
partir das quais se propõe abordar os conteúdos das quatro
áreas do conhecimento formatam um currículo que contempla o
desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes, incorporando
sua formação às múltiplas linguagens, culturas, produções
científicas e tecnológicas. Saberes necessários para a compreensão
e intervenção na realidade.
Assim, uma formação que busque a integralidade do
estudante deve associar educação e trabalho que, neste contexto,
constituem eixos indissociáveis compreendendo o mundo do
trabalho como forma de interação social do indivíduo e como modo
de articulação entre o saber organizado em termos científicos e as
relações produtivas do homem na comunidade, possibilitando a
intervenção em seu meio. Portanto, o fazer discente no processo
de ensino-aprendizagem não é uma preparação intermediária para
o mercado, é ele mesmo o próprio trabalho, a materialização da
ação transformadora.
É salutar entender que se pretende, a partir dessa
construção, fomentar um sistema de ensino sob a concepção
humanista e integral que atenda à diversidade, promova e
aprimore habilidades para o desenvolvimento igualitário e que, ao
mesmo tempo, tenha a responsabilidade de promover o êxito no
ambiente escolar, não apenas através de indicadores isolados, mas
oportunizando variáveis que possibilitem uma inserção real e digna
66
na sociedade global.
No desejo de efetivar a construção de um currículo perpassado pela concepção da
diversidade, da cidadania, da sustentabilidade e da aprendizagem, relembramos as palavras de
Milton Santos (2000) quando diz que “não existem cidadãos num mundo apartado. Não se é
cidadão em um espaço onde todos não o são. São consumidores os que expressam direitos e
deveres no âmbito do mercado e não no âmbito do espaço público, onde a política é realizada e
o poder, distribuído. Portanto, este é um mundo de alguns consumidores e poucos, pouquíssimos
cidadãos. É preciso construir a cidadania”.
É com essa proposta curricular que se pretende construir uma nova escola de Ensino Médio
que dê conta de todas essas nuances da sociedade contemporânea, instituinte desses novos e
distintos mundos da juventude, reforçando a necessidade da oferta de diferentes possibilidades
do Ensino Médio regular, diurno, com diversificados projetos curriculares; a revitalização e
ampliação do Ensino Médio regular noturno, acompanhado da necessária adequação curricular e
da reorganização do trabalho pedagógico; e a importante articulação do Ensino Médio Integrado
à Educação Profissional.
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