Curso de Gemologia

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CURSO BÁSICO DE GEMOLOGIA ON-LINE Instituto Gemológico Español – IGE&Minas

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  • CURSO BSICO DE GEMOLOGA

    ON-LINE

    www.ige.org

  • CURSO BSICO DE GEMOLOGIA ON-LINE

    Instituto Gemolgico Espaol IGE&Minas

    Introduo

    Opresentecurso,elaboradopeloInstitutoGemologicoEspanholeIGE&Minas,reneosconhecimentosbsicosmaisimportantessobreasgemas.Seuscontedosestodestinadosaqualquerpessoarelacionadacomosetordajoalheriaepedraspreciosas,bemcomoaosaficionadossgemaseaopblicoemgeral.

    Ocursoestestruturadoemcaptulos,comperguntasderevisodetipotesteapsacadaumdeles.AspessoasqueseguiremtodoocursoeaprenderemoscontedosdoscaptulospodemseapresentaraumexamepresencialeobteroDiplomadoCursoBsicodeGemologiadoInstitutoGemolgicoEspaol.

    2009IGE.Proibidaareproduodocursoporqualquermeio.

    Autores:MiguelJ.JimenezPinillos(LicenciadoemGeologa,GemlogopeloIGE),EgorGavrilenko(Dr.emGeologa,DiretordeEstudosdoIGE).AsperguntasforamelaboradasutilizandooprogramaHotPotatoes6daUniversidadedeVictoria,EEUU.Agradecemosseuscomentriossobreopresentecursoem:[email protected]

    Traduoaoportugus:MaraLuisaFracchia(PerciaTcnicaemGemas&JiasA.B.G.A).Reviso:AndrCarvalhoLeite(GemlogopeloGIAepresidentedaADESIGNSE).(A.B.G.A).

    AssociaoBrasileradeGemlogos&Avaliadoresdegemasejias.

    www.adesignse.com.br

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    Index do curso

    1. Conceitos gerais 4 Perguntas de reviso 8

    2. Origens dos materiais gemologicos 10 Perguntas de reviso 14

    3. Propriedades das gemas 16 Perguntas de reviso 26

    4. Tratamentos das gemas 28 Perguntas de reviso 32

    5. Lapidaes das gemas 34 Perguntas de reviso 42

    6. O Diamante 49 Perguntas de reviso 57

    7. A Esmeralda 59 Perguntas de reviso 62

    8. O Rubi 64 Perguntas de reviso 68

    9. A Safira 70 Perguntas de reviso 74

    10. As Prolas 76 Perguntas de reviso 82

    11. Outras gemas importantes 84 Perguntas de reviso 89

    12. Conhecimentos bsicos sobre a joalheria 91 Perguntas de reviso 108

    Teste geral 110

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    Descrio do exame

    O exame presencial consta de 20 perguntas de tipo teste parecidas s perguntas de reviso que vm no curso.

    Puntuao do exame:

    5 pontos por pergunta bem respondida .

    -2,5 pontos por pergunta mal respondida .

    0 pontos por pergunta sem responder .

    Puntuao mnima para aprovar o exame: 70 pontos.

    Durao do exame: 1 hora.

    Taxas do exame e expedio do Diploma do Curso Bsico de Gemologa:

    Exames realizados na sede do IGE em Madri: consultar .

    Exames realizados em outras localidades e no estrangeiro: consultar .

    Datas do exame: convocao contnua.

    O aluno que est preparado pode se pr em contato com o IGE para estabelecer lugar, data e hora do exame.

    Centros de exames marcados: Madri, Barcelona, Valencia, Zaragoza, Sevilla, Granada, Santander, As Palmas de Grande Canaria, Sta. Cruz de Tenerife, Palma de Mallorca, Bogot (Colmbia), Caracas (Venezuela), Rio de Janeiro (Brasil). Consulte-nos sobre a possibilidade de realizar o exame em seu pas e localidade, ([email protected]).

    Traduoaoportugus:MaraLuisaFracchia(PerciaTcnicaemGemas&JiasA.B.G.A).Reviso:AndrCarvalhoLeite(GemlogopeloGIAepresidentedaADESIGNSE).(A.B.G.A).

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    1. Conceitos gerais

    1.1 Gemologia, definio e objetivos

    A Gemologia a cincia que se ocupa do estudo das pedras preciosas (gemas). Mas o gemologo no s aprende s identificar, seno tambm s distinguir das obtidas por snteses e de suas imitaes, e tambm a detectar os diversos tratamentos que se utilizam para melhorar seu aspecto. No sentido amplo, podemos definir como objeto da Gemologia todo tipo de materiais decorativos utilizados em joalheria, com exceo dos metais. Estudaremos sua composio e propriedades, origem e jazidas, os tratamentos de diversa natureza e tipos de lapidaes que realam sua beleza. Tambm conheceremos os procedimentos de fabricao dos materiais sintticos e as caractersticas e propriedades dos produtos que imitam as gemas naturais. Podemos dizer, por tanto, que a Gemologa uma cincia aplicada que se baseia em grande parte em alguns ramos das Cincias Geolgicas, sobretudo na Mineralogia e a Cristalografia (propriedades das gemas e mtodos diagnsticos, jazidas e snteses), mas tambm abrange um leque amplo de temas que ficam fora do mbito da Geologia, como so os tratamentos especiais, processos de lapidaes, gemas orgnicas, temas histrico-culturais, comerciais, etc. Definem-se como gemas,substncias naturais que apresentam as qualidades de beleza, durabilidade e rarirade. A primeira delas costuma estar unida as suas propriedades pticas: cor, transparncia, brilho, disperso, etc. A segunda a sua inalterabilidade diante a diversos agentes, que reprentam um papel importante tal como dureza, tenacidade, resistncia aos cidos ou lcalis, etc. A terceira, a sua escassez natural e tambm a sua demanda no mercado num determinado momento.

    Combinao de beleza, durabilidade e rarirade numa gua-marinha de 99 quilates da coleo do IGE.

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    O estudo da Gemologia indispensvel para os joalheiros e comerciantes de gemas, j que adquirem uma srie de conhecimentos que lhes capacitam para conhecer a natureza e qualidade dos materiais que lidam, tambm para o lapidrio e o cravador, que estudam determinadas propriedades que fazem mais fcil e seguro seu trabalho, e para o pblico em geral que conhecer, em cada caso, a natureza das gemas que possa adquirir. 1.2 Tipos de materiais gemologicos A matria est constituda por partculas submetidas a foras de coeso. Segundo sejam estas foras, as substncias podem-se apresentar em trs estados: slido, lquido e gasoso. Nos gases e lquidos as partculas esto desordenadas. Nos slidos podemos encontrar dois estados: - Amorfo ou vtreo com uma distribuio de partculas desordenada. - Cristalino com ordenao regular das partculas. A ordenao interna destas partculas condiciona a estrutura e a forma externa. Mineral. um slido natural, inorgnico, com estrutura interna ordenada e composio qumica definida. Identifica-se por: - Espcie. Tem uma composio qumica, estrutura e propriedades definidas. - Grupo. Conjunto de minerais de similar estrutura mas com variao na sua composio. Por exemplo, o grupo do Granada. - Variedade mineralgica. Mesma espcie, mas variaes em aspecto, cor, transparncia.Por exemplo, o Bort como variedade de diamante. - Variedade gemologica. Variedades mineralgicas usadas em gemologia. Rocha. Agregados naturais de minerais. Por sua origem classificam-se em gneas, sedimentarias e metamrficas. A maioria das gemas mineral, ainda que alguns outros materiais como substncias orgnicas, rochas, vidros naturais e artificiais, etc, podem usar-se como gemas. Em base ao regulamento elaborado pela Comisso de Pedras da cor de CIBJO (Confederao Internacional de Bijuteria, Joalheria, Ourivesaria, Diamantes, Prolas e Pedras), os materiais utilizados em joalheria podem-se dividir nos seguintes grupos: materiais naturais e produtos artificiais. 1.2.1 Materiais naturais So materiais formados completamente pela natureza, sem interveno humana, e posteriormente modificada mediante corte, polimento e outros processos. Incluem os seguintes tipos: -Inorgnicos naturais. Gemas e pedras ornamentais a exceo dos metais. -Substncias orgnicas.(prolas, coral, marfim, mbar,Jet e bano).

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    -Gemas modificadas. Materiais antes descritos submetidos a algum tratamento de melhoria da cor, pureza e outras propriedades. 1.2.2 Produtos artificiais So produtos parcialmente ou completamente fabricados pelo homem. Neste grupo encontram-se: -Gemas reconstitudas ou sintetizadas: Fabricadas de p ou pedaos de gemas naturais. Mtodo utilizado em mbar, concha de tartaruga (Carey), s vezes turquesa e outros. -Pedras compostas. Colado de camadas de diversos materiais para imitar gemas naturais. Por exemplo, doublet de granada almandina vidro artificial ou safira natural - safira sinttica. -Pedras sintticas. Tm a mesma composio qumica e propriedades que as naturais, mas so fabricadas pelo homem. Exemplo,quartzo, rubis, safiras, esmeraldas e diamantes sintticos. -Materiais artificiais. Confeccionados pelo homem e sem anlogos naturais conhecidos. Exemplo, granada de gadolinio e galio (GGG]), granada de ytrio e alumnio (YAG), zirconita (xido de zircnio cbico). -As imitaes so produtos que imitam o aspecto de gemas ou substncias orgnicas naturais, e podem corresponder a qualquer dos quatro grupos anteriormente descritos. Exemplo, os trs materiais artificiais mencionados no pargrafo anterior utilizam-se como imitaes de diamante. 1.3 Nomenclatura no comrcio das gemas Existe uma srie de normas bsicas de nomenclatura a ter em conta: -No correta a utilizao de dois ou mais nomes de gemas ou variedades para se referir a uma gema s, inclusive para descrever seu tom da cor. Exemplo: quartzo topzio, topzio citrino, rubi espinlio, safira alexandrita, etc. -No correto utilizar o nome de um tipo de lapidao para se referir a uma gema, a exceo do termo "brilhante" que pode se usar sem mais para designar aos diamantes lapidados nesse tipo de lapidao. -O termo "semiprecioso", inexato e est desaconselhavel. -As gemas que apresentem efeitos ticos especiais devem se designar com seu respectivo nome de gema mais o do tipo de efeito que apresentem. Exemplo: rubi estrela, turmalina olho de gato, etc. -O nome de gema s pode se utilizado para se referir a substncias naturais. -Os termos "autnticos", "finos" e similares, s podem se usados para se referir a substncias naturais.

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    -Os produtos artificiais, tanto sintticos como de imitao, devero se designar claramente como tais, de maneira que no exista confuso sobre sua verdadeira origem.Exemplo: corndon sinttico imitao de alexandrita, esmeralda sinttica Chatham, opala sinttica Gilson. -Os produtos artificiais com nomes comerciais devero designar-se claramente como tais, de forma que no fiquem dvidas sobre sua verdadeira origem, acrescentando o termo "produto artificial" se no existe na natureza. Exemplo: opala Slocum, imitao de opala; prolas Majorica, imitao de prola; fabulita produto artificial imitao de diamante, etc. -Quando se indica o peso total de uma pedra ou jia, dever se acrescentar "peso total" para evitar confuses com o preo por quilate ou total da pedra central ou principal. -O nome de "prola" s, deve se utilizar exclusivamente para prolas naturais. Se tratando de prolas cultivadas necessrio acrescentar sempre esse qualificativo.

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    Perguntas captulo 1

    1. O diamante sinttico pode ser considerado um mineral? -A. No, porque obtido pelo homem num laboratrio. -B. Sim, porque tem estrutura cristalina e composio qumica definida. -C. No, porque sua composio qumica varivel. -D. Sim, porque tem as mesmas propriedades fsicas e qumicas que o diamante natural. 2. As pedras sintticas: -A. So materiais obtidos pelo homem que imitam as propriedades de gemas

    naturais. -B. So gemas naturais com modificaes que permitem melhorar suas

    caractersticas de qualidade. -C. Tm a mesma composio, estrutura e propriedades que seus anlogos

    naturais, mas se obtm num laboratrio. -D. So produtos de snteses em laboratrio que no tm anlogos naturais,

    mas se usam em joalheria. 3. Os parmetros mais importantes que diferenciam as gemas dos demais materiais so: -A. Beleza, durabilidade e rarirade. -B. Dureza, rarirade e beleza. -C. Dureza, rarirade, lapidao e beleza. -D. Cor, pureza, lapidao e peso em quilates. 4. As gemas: -A. Sempre so minerais ou rochas. -B. Podem ser substncias cristalinas ou amorfas. -C. Materiais de qualquer natureza utilizados em joalheria, salvo os metais. -D. Sempre so substncias cristalinas. 5. Uma esmeralda com tratamento de preenchimento de fissuras com, oleo : -A. Pedra composta. -B. Gema natural modificada. -C. Pedra artificial. -D. Pedra sinttica.

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    6. Qual das seguintes gemas est denominada corretamente, segundo CIBJO? -A. Esmeralda sinttica Chatham. -B. Corndon alexandrita. -C. Ametista, pedra semipreciosa. -D. Prola Majorica. 7. Os materiais utilizados em joalheria: -A. Se forem pedras compostas, classificam-se como naturais com

    modificaes. -B. Se forem confeccionados pelo homem e no tm anlogos naturais, se

    denominam "sintticos". -C. Se forem materiais naturais, podem ser modificados (tratados) ou

    reconstitudos (sinterizados). -D. Podem ser naturais ou artificiais. 8. A zirconita, segundo CIBJO, : -A. Pedra sinttica, imitao de diamante. -B. Material artificial, imitao de diamante. -C. Gema inorgnica, amorfa, natural. -D. Substncia natural modificada para imitar diamante. 9. As rochas: -A. Classificam-se em sedimentarias, vtreas e metamrficas. -B. Nunca se utilizam como gemas ,mas proporcionam os minerais para tal uso. -C. s vezes utilizam-se como gemas. -D. Sempre se submetem a algum tipo de tratamento para seu uso em joalheria. 10. Responda sobre os minerais e rochas: -A. As rochas classificam-se como grupo espcie e variedade. -B. Os minerais podem ser substncias amorfas ou cristalinas. -C. As rochas caracterizam-se por estrutura interna ordenada e composio

    qumica definida. -D. As rochas so agregados naturais de minerais.

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    2. Origens dos materiais gemologicos

    2.1 Depsitos de gemas naturais Entende-se por depsito o lugar onde se encontra de forma natural uma concentrao de minerais economicamente rentveis para sua explorao. Os depsitos podem ser de dois tipos: -Primrios, quando os minerais se encontram na rocha onde se formaram. -Secundrios quando foram objeto de processos de eroso, desagregao de minerais e sedimentao que produziram a acumulao em zonas fora da rocha me. Existem numerosos tipos de depsitos primrios associados a diferentes processos geolgicos. Os tipos de depsitos mais importantes para as gemas so os seguintes: -Veios de pegmatitos. Corpos de rochas gneas formados por cristais muito grandes e normalmente de composio grantica, formadas a partir das pores do magma mais tarde cristalizadas e enriquecidas em componentes volteis e determinados elementos qumicos. Neste tipo de depsitos formam-se, por exemplo, berilo, turmalina, topzio, espodumenio. -Veios hidrotermais. A gua em alta pressa e temperatura no interior da terra capaz de dissolver minerais que na superfcie se apresentam insolveis. Circulando por cavidades e fraturas os fludos termais podem precipitar seu contedo mineral formando veios hidrotermais. So importantes na formao de cristal de rocha, ametista, calcednia, jaspe, esfalerita, fluorita, etc. -Depsitos metamrficos. Existem diferentes tipos de processo metamrficos relacionados com a presso e a temperatura, mas para as gemas de especial importncia um tipo particular que denominamos metamorfismo hidrotermal. Neste caso, o agente de metamorfismo no a presso e temperatura como a ao dos fludos quentes provenientes de uma intruso gnea prxima que altera as rochas encaixantes permitindo a combinao de elementos de ambos. Por exemplo uma intruso de um magma grantico rico em silicio sobre mrmores ou calias pode dar lugar, em zonas prximas intruso, a minerais como granada grossularia, dipsido, vesubiana, epidoto, zoisita. Em outros tipos de rochas podem-se formar esmeralda, corndon (rubi e safira), almandina, espinlio, apatita, etc. -Chamins diamantferas. Certas rochas vulcnicas (kimberlitos e lamproitos) chegam superfcie em forma de chamins vulcnicas arrastando minerais formados em grandes profundidades no manto terrestre sob alta presso e alta temperatura. Constituem os depsitos primrios do diamante.

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    -Depsitos secundrios. As rochas na superfcie terrestre sofrem processos de meteorizaco que provocam a eroso e desagregao dos minerais que as constituem. Os minerais mais resistentes ante este processo podem acumular-se dando lugar a depsitos secundrios. Podem ser de dois tipos: -Eluvionais por eroso e alterao de depsitos primrios e acumulao no mesmo lugar onde se separaram da rocha original. -Aluvionais (no leito dos rios) Quando depois da separao da rocha original sofreram um posterior transporte e sedimentao. Podemos encontrar associados a estes depsitos por exemplo corndon (rubi e safira) e diamante,alm de matais como o ouro. Alm dos depsitos minerais, as gemas naturais podem ter origem biolgica. Desta maneira formam-se, por exemplo, as prolas, o mbar, o marfim e o coral. 2.2 Processos de sntese Os processos que se utilizam para fabricar as pedras sintticas so diversos. Os mais importantes,segundo o ponto de vista gemologico, so aqueles que se empregam para obter compostos semelhantes a certas gemas com as que tratam de competir, e tambm aqueles outros que do lugar a produtos que no se apresentam na natureza, mas que por seu aspecto ou por alguma de suas propriedades, podem imitar algumas gemas de grande valor. Os principais mtodos de snteses so: -Mtodos de fusao -Mtodos de mistura fundida (flux) -Mtodo hidrotermal -Altas presses e temperaturas. -Deposio qumica de vapor (CVD) -Mtodos cermicos -Tcnica de opala 2.2.1 Mtodos de fuso Processos de snteses onde se funde o material original com a composio qumica da gema a sintetizar e corante. Ao esfriar o material fundido se cristaliza tornando- se um material sinttico. Utiliza-se para fabricar alexandrita, zirconita, fluorita, rubi e safira (tambm com efeito estrela), corndon para imitao de alexandrita, espineles de vrias cores, YAG, GGG, etc. Existem vrios mtodos que se baseiam em est tcnica. Um dos mtodos mais utilizados o mtodo Verneuil no que o corante e o material em p so

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    colocados num depsito superior que vo caindo regularmente. O calor necessrio para fundir o p produzido por um maarico formado por dois tubos concntricos. No extremo a chama, que atinge 2.200C, funde o p. Este pinga sobre um suporte mvel dotado de movimento descendente e de rotao, que leva incorporada em sua parte superior uma semente cristalina para direcionar o crescimento. A massa funde, se esfria e comea a cristalizar sobre a semente. Obtm-se desta forma uma bola com aspecto de pra alongada. 2.2.2 Mtodos de mistura fundida (flux) Utilizam-se os componentes do produto a sintetizar e um ponto de fuso mais baixo que o de todos os componentes que intervm no processo. A mistura depositada num cadinho de platina, e aquece-se at que o material utilizado como fundente passe a estado lquido. Os componentes do material a sintetizar dissolvem-se na substncia fundida e depois cristalizam sobre uma semente colocada no cadinho numa zona de temperatura mais baixa. Utiliza-se para esmeralda, rubi, safira, alexandrita, espinlio. 2.2.3 Mtodo hidrotermal O mtodo de crescimento hidrotermal leva implcito o uso da gua, calor e altas presses. Utiliza-se para materiais de baixa solubilidade, que se incrementa num meio cido ou alcalino, com temperaturas no muito altas (400-700C) e altas presses (500-1.500 atmosferas, segundo os compostos a obter). Utiliza-se uma autoclave, de grossas paredes de ao, normalmente recoberto de um metal nobre. Utilizado fundamentalmente para esmeralda, quartzo, berilo, gua-marinha, quartzo citrino e tambm rubi. 2.2.4 Alta presso e alta temperatura (HPHT) Mtodo utilizado para sintetizar o diamante industrial e qualidade gema a partir de carbono, em presena de metais utilizados como fundentes. Para realizar este processo so necessrias presses ao redor de 55 kbar e temperaturas em torno de 1400 C. 2.2.5 Deposio qumica de vapor (CVD) Mtodo de sntese de diamante a baixa presso consistente na ionizao por plasma de mistura de gases metano e hidrognio para levar ao estado livre os ons de carbono e deposit-los numa semente de diamante ou superfcies de outro tipo.

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    2.2.6 Mtodos cermicos A tecnologia cermica emprega compostos inorgnicos reduzidos a p que se aquecem, s vezes com presso, para produzir um fino granulado de slido policristalino. Utilizado para turquesa e lpis-lazli. 2.2.7 Tcnica da opala O procedimento utilizado por P. Gilson e consta de trs fases: Primeiramente necessrio produzir esferas de silicio, todas do mesmo tamanho. Em segundo lugar, estas esferas devem ser empacotadas de forma ordenada. Por ltimo,deve-se rechear os espaos que ficam vazios entre as esferas e aplicar presso, para compactar a opala e que se torne consistente.

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    Perguntas captulo 2

    1. Os kimberlitos:

    -A. So rochas vulcnicas. -B. So as nicas rochas onde se encontram diamantes. -C. Consideram-se depsitos secundrios do diamante. -D. So acumulaes de diamantes em depsitos eluvionais. 2. Veios de pegmatitas: -A. Constituem chamins vulcnicas que chegam superfcie desde o manto. -B. Esto associadas a altas presses e temperaturas. -C. Contm cristais formados nas primeiras fases de esfriamento do magma. -D. Constituem um tipo de depsito primrio do diamante. -E. Nestes depsitos formam-se berilos, topzios e turmalinas. 3. O mtodo de sntese do diamante a baixa presso denomina-se: -A. Mtodo hidrotermal. -B. Mtodo de deposio qumica de vapor. -C. Mtodo cermico. -D. Mtodo flux. 4. Os depsitos metamrficos: -A. Esto formados a partir de magmas enriquecidos com componentes

    qumicos escassos. -B. Os fatores principais para sua formao so a presso e a temperatura. -C. So depsitos secundrios de alguns tipos de gemas. -D. Esto associados a processos de alta temperatura e guas subterrneas. 5. No mtodo de sntese de mistura fundida: -A. A mistura introduz-se num cadinho de platina. -B. So necessrias altas presses 500-1500 Atm. E temperaturas no muito

    altas 400-700 C. -C. So necessrias presses de 55 Kbar e temperaturas de 1400 C. -D. Como resultado do processo se obtm uma espcie de bola com aspecto

    de pra alongada.

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    6. O lugar onde se encontra de forma natural uma concentrao de minerais economicamente rentveis para sua explorao se chama: -A. Jazida. -B. Aluvio. -C. Canteiro. -D. Mina. -E. Veios. 7. No metamorfismo hidrotermal: -A. fundamental a ao de fludos quentes relacionados com uma intruso

    gnea prxima. -B. A cristalizao produz-se em veios com grandes cristais. -C. um metamorfismo no que as rochas se alteram por guas metericas. -D. um metamorfismo regional de alta presso e temperatura. 8. Os mtodos de snteses onde se funde o material original com a composio qumica da gema a sintetizar e corante, se denominam: -A. Alta presso e alta temperatura (HPHT). -B. Mtodo de fuso. -C. Mtodo hidrotermal. -D. Mtodo de mistura fundida. 9. O mtodo de fuso utiliza-se para sintetizar: -A. Safira. -B. Esmeralda. -C. Diamante. -D. Turquesa. 10. Os leitos dos rios so: -A. Depsitos aluvionais. -B. Depsitos primrios. -C. Zonas de eroso e disperso de minerais. -D. Depsitos eluvionais secundrios.

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    3. Propriedades das gemas

    O estudo das caractersticas fsicas e pticas especficas de cada material, permitem-nos identificar as gemas e diferencia-las. 3.1 Propriedades fsicas das gemas As propriedades fsicas que consideramos so: -Dureza relativa. Reao que um corpo apresenta ao ser riscado. -Tenacidade. Reao que um corpo apresenta ao tentar ser partido. -Clivagem. Propriedade de romper-se segundo seus planos estruturais. -Fratura. Superfcial ou interna: provocada devido fatores diferenciados da clivagem. -Peso Especfico relativo. Nmero de vezes que um material mais pesado que seu prprio volume em gua. -Condutividade Trmica. Capacidade de um mineral em transmitir calor. Dureza A dureza relativa de um mineral representada pela escala de Mohs onde, comparativamente, com outros minerais de durezas conhecidas, observa-se qual o mineral que lhe risca e, seguidamente, qual riscado por ele, ficando sua marca de dureza relativa fixada entre a de ambos. Quando se riscarem mutuamente, ser porque suas durezas so semelhantes. O teste de dureza uma prova destrutiva que no se utiliza em gemas lapidadas. No obstante, imprescindvel conhecer a dureza das gemas j que a principal caracterstica que determina sua durabilidade, uma vez montadas em jias. Uma gema dura pode, no entanto ser frgil se apresentar clivagem ou irregularidades internas. Escala de dureza relativa de Mohs 1 TALCO se risca com a unha 2 GIPSO se risca com a unha 3 CALCITA se risca com uma faca 4 FLUORITA se risca com uma faca 5 APATITA se risca com uma faca 6 ORTOCLSIO risca o vidro 7 QUARTZO risca o vidro 8 TOPZIO risca o vidro 9 CORNDON risca o vidro 10 DIAMANTE substncia mais dura que existe

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    Dureza relativa das gemas mais importantes Diamante 10 Rubi 9 Safira 9 Crisoberilo 8,5 Espinlio 8 Topzio 8 gua-marinha 7,5 8 Heliodouro 7,5 - 8 Morganita 7,5 8 Esmeralda 7,5 - 8 Granada 7,5 Turmalina 7 7,5 Quartzo 7 Tanzanita 6,5 7 Peridoto 6,5 - 7 Opala 5 - 6 Turquesa 5 - 6 Coral 3,5 - 4

    Clivagem

    Propriedade fsica derivada da estrutura do mineral de romper-se segundo determinados planos estruturais mais dbeis. Propriedade muito importante no processo de lapidao de gemas. Em gemas lapidadas pode observar-se pela orientao das fissuras internas.

    Peso Especfico Determinante para a identificao de muitas gemas. Para seu clculo pode utilizar-se uma balana de preciso aplicando o mtodo hidrosttico, ou utilizar lquidos pesados de peso especficos conhecido. Condutividade trmica O teste desta propriedade emprega-se, fundamentalmente, para a separao do diamante e suas imitaes mediante os aparelhos denominados "diamond-testers". H que ter em conta que atualmente existe uma imitao de diamante denominada de moissanita, que no se distingue mediante os testes de condutividade convencionais.

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    3.2 Propriedades pticas das gemas Cor Ao iluminar um corpo com luz branca, produz-se absoro de algumas radiaes do espectro visvel e a transmisso das radiaes restantes. A sensao da cor deve-se radiao ou conjunto de radiaes transmitidas aos nossos olhos. A cor da gema depende da natureza da luz que transmitida por reflexo e transparncia. A cor depende da presena de certos elementos em sua composio qumica e da estrutura interna da gema. Na atualidade existem softwares para descrever as cores das gemas de forma objetiva, como o sistema GemeWizard. Brilho Quantidade de luz refletida no interior de uma gema. O brilho depender da transparncia da gema e, sobretudo, da qualidade de lapidao que tem. No se deve confundir com o lustro que a luz refletida na superfcie de uma gema lapidada. Transparncia Denomina-se transparncia a maior ou menor facilidade que a luz tem para atravessar um corpo. Nas gemas, a transparncia depende sobretudo da quantidade de incluses e fraturas internas que possuem. Tambm influi a espessura da pedra. Normalmente as gemas classificam-se em transparentes, translcidas e opacas. Refrao Refrao o fenmeno onde um raio de luz, que atravessa a fronteira entre dois meios por exemplo, do ar para gema - se desvia de sua direo inicial. Os valores dos ndices de refrao das gemas obtm-se utilizando o refratmetro e so fundamentais para a anlise gemolgica. Birrefringncia Birrefringncia o fenmeno onde um raio de luz incidente d lugar a dois raios refratados dentro da gema. As gemas birrefringentes apresentam dois ndices de refrao e a diferena entre eles proporciona o valor da birrefringncia, caracterstico para cada gema.

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    Natureza tica Comportamento da luz ao atravessar um mineral. As gemas podem ser: -Istropas. No apresentam birrefringncia. Comportam-se em frente luz de igual modo em todas as direes. Pertencem a este grupo as substncias amorfas e os minerais que se cristalizaram no sistema cbico. -Anistropas. Apresentam birrefringncia. Comportam-se de forma diferente dependendo da direo da luz. Assim so todas as demais gemas. As substncias anistropas podem ser unixiais ou bixiais e ter signo ptico positivo ou negativo. Para determinar a birrefringncia e natureza tica de uma gema, utiliza-se o polariscpio e o refratmetro.

    Birrefringncia acentuada observada num bloco de calcita.

    Disperso A propriedade de decompor a luz branca em cores do espectro ao atravessar uma substncia e refratar-se. Observa-se a simples vista. As gemas com disperso alta, por exemplo, o diamante,tm reflexos das cores de arco ris que se chamam fogo. Pleocrosmo Propriedade dos minerais anistropos de absorver a luz de diferente longitude de onda, dependendo da direo incidente, mostrando, portanto, diferentes tonalidades de cores. Para observar o pleocrosmo com suas diferentes nuances, utiliza-se o dicroscpio ou, o polariscpio para simples conferencia. Espectro tico Absores caractersticas no espectro eletromagntico do raio visvel. Para observar o espectro tico utiliza-se o espectroscpio. Para leituras especiais necessrio recorrer a espectrofotmetros de laboratrio que proporcionam leituras bem mais exatas.

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    Luminescncia UV Comportamento ante a exposio de luz ultravioleta. Para observ-la utilizam-se lmpadas da luz ultravioleta (de ondas longas e curtas). Caractersticas gerais das gemas mais importantes

    Sistema cristalino

    Natureza tica

    ndice de refrao

    birrefrin-gncia

    Dureza Peso especfico

    DIAMANTE Cbico istropo 2,417 - 10 3,52 CORINDON (Rubi, Safira)

    Trigonal unixico (-) 1,762-1,770 0,008 9 4,00

    BERILO (Esmeralda) (gua-marinha)

    Hexagonal

    Hexagonal

    unixico (-)

    unixico (-)

    1,570-1,579

    1,575-1,582

    0,005-0,009

    0,005-0,009

    7,5-8

    7,5-8

    2,67-2,78

    2,71

    ESPINLIO Cbico istropo 1,718 - 8 3,60 CRISOBERILO (Alexandrita, Cimfano)

    Rmbico bixico (+) 1,746-1,755

    0,009

    8,5

    3,73

    QUARTZO (Ametista,Citrino, gata)

    Trigonal unixico (+) 1,544-1,553

    0,009

    7

    2,65-2,70

    TURQUESA Triclnico bixico (+) 1,610-1,650 0,040 5-6 2,40-2,85 JADEITA Monoclnico bixico (+) 1,660-1,680 0,020 6,7-7 3,33 TOPZIO (azul, incolor) (amarelo, rosa)

    Rmbico

    Rmbico

    bixico (+)

    bixico (+)

    1,609-1,617

    1,629-1,637

    0,008

    0,008

    8

    8

    3,56

    3,53 TURMALINA Trigonal unixico (-) 1,624-1,644 0,020 7-7,5 3,05 PERIDOTO Rmbico bixico (+) 1,654-1,690 0,036 6,5-7 3,34 GRANADA (Almandino) (Grosularia)

    (Demantoide)

    Cbico

    Cbico

    Cbico

    Istropo

    Istropo

    Istropo

    1,760-1,820

    1,735

    1,875

    -

    - -

    7,5

    7

    6,5-7

    4,05

    3,34-3,73

    3,84

    OPALA Amorfo istropo 1,450 - 5-6 2,15-2,20 3.3 Efeitos ticos especiais Fenmenos ticos produzidos por incluses ou caractersticas estruturais. Nomeiam-se dependendo do efeito que produzem.

  • 21

    Olho de gato (Chatoyancy) O efeito produz-se devido a incluses em forma de agulhas ou tubos delgados (capilares) orientados numa direo nica. Ao refletir-se a luz nessas incluses, se produz uma linha ou zona estreita luminosa que acompanha a longitude da gema em caso de movimentao. Poderemos observar este efeito apenas quando as gemas forem lapidadas em forma de cabocho. Os minerais mais propcios a apresentar tal efeito so: Crisoberilo, quartzo, turmalina, apatita, escapolita, berilo, dipsidio, etc.

    Efeito olho de gato numa apatita

    Asterismo (Estrela) Incluses em forma de agulhas orientadas em duas ou trs direes. Ao refletir-se a luz nelas se produz uma luminosidade em forma de estrela. Em ocasies podem aparecer vrias estrelas apenas numa pedra s. A estrela pode apresentar quatro ou seis pontas. necessrio que as pedras estejam lapidadas em forma cabocho. Rubi, safira, quartzo, granada, dipsidio, enstatita, etc.

    Rubi estrela

  • 22

    Efeito Aventurinado (Aventurescncia) Incluses de plaquetas de mica ou hematitas. Produzem-se pequenos resplendores ao mover a pedra. Feldspatos (pedra sol), quartzo aventurina, obsidiana dourada ou prateada.

    Pedra do Sol (Feldspato) Adularescncia Estrutura laminar ou partculas dispersas. Causam um resplendor azulado ou esbranquiado que parece flutuar no interior da pedra. Pedra da Lua adularia (Feldspatos)

    Adularescncia na Pedra da Lua Opalescncia Partculas dispersas que causam aparncia turva ou aspecto leitoso. Opala, quartzo, etc.

    Efeito de opalescncia em opala amarela

  • 23

    Iridiscncia (Efeito arco ris) Fenmenos de interferncia produzidos em fissuras, fraturas ou clivagem. Qualquer pedra, com freqncia em quartzo (quartzo ris).

    Iridiscncia numa fissura de um berilo verde. Foto Anthony de Goutire. Jogo de cores Difrao de luz produzida na opala nobre devido ordenao de glbulos de slicio amorfo em forma de camadas. Observam-se reas de diversas cores que se iluminam ou apagam, e mudam da cor ao mover a pedra. Opala

    Jogo de cores numa opala nobre Labradorescncia Estrutura laminar por macladopolisinttico. Causa um reflexo de vrias cores de aspecto metlico, que em certas ocasies apresenta a totalidade da cores do espectro. Labradorita, korita, etc. (Feldspatos)

    Labradorita (espectrolita)

  • 24

    Oriente Reflexo da luz em camadas de aragonita. Resplendor tpico das prolas.

    Oriente em prolas cultivadas 3.4 Incluses em gemas O estudo das incluses fundamental para a anlise gemolgica. O estudo realiza-se mediante uma lupa de bolso com 10 vezes de aumento ou usando uma lupa binocular. Importncia do estudo das incluses. Incluso todo tipo de irregularidade, material, heterogeneidade ptica, que se apresenta no interior de uma gema. Em Geologia as incluses permitem conhecer melhor a origem e o processo de formao dos minerais. O estudo das incluses em Gemologia de uma importncia extraordinria, uma vez que permite: - Identificar a famlia ou grupo de uma gema, pois existem algumas incluses caractersticas para determinados tipos de gemas (granada demantoide, peridoto, pedra da lua, ametista, etc). - Determinar, em certas ocasies, a regio ou jazida de origem de uma determinada gema, j que algumas incluses so exclusivas de uma mina ou localidade (parisita em esmeralda de Muzo, zirco com halo em rubis de Ceylan, etc). - Distinguir a autenticidade (natural ou sinttica) de uma gema. Neste caso a observao das incluses determinante pois o resto das propriedades e caractersticas de identificao so similares ou idnticas. No obstante, o meio no qual se formaram as gemas naturais ou as pedras sintticas so muito diferentes entre si, deixando impresses distintas nas suas incluses. - Determinar a presena de tratamentos aplicados gema para melhorar sua cor e/ou pureza. Os tratamentos alteram as incluses dentro das gemas ou acrescentam caractersticas internas novas que permitem detectar pedras tratadas mediante o estudo microscpico.

  • 25

    Tipos de Incluses Classificao por seu estado fsico: As incluses dividem-se em slidas, lquidas e gasosas. Tambm so muito freqentes as incluses que contm mais de uma fase, por exemplo, lquidas com uma bolha de gs. As incluses polifsicas formam-se quando numa cavidade do cristal fica presa um fludo homogneo que vai formando o cristal e posteriormente, ao baixar a temperatura e a presso, se separa em vrias fases. Estas incluses tambm se chamam incluses fluidas. Classificao gentica:

    - Protogenticas: Sempre so slidas. Formadas anterior a gerao do cristal e englobadas dentro de seu interior durante o crescimento. Exemplos: actinolita em esmeralda, diamante em diamante, pirrotita em espinelio, etc.

    - Singenticas: Estas incluses formaram-se durante o processo de

    cristalizao do mineral que as contm, sendo englobadas por este. Podem ser slidas ou fludas. Exemplo: olivina em diamante, calcita em corndon, dolomita em esmeralda, incluses trifsicas em esmeraldas colombianas, etc.

    - Epigenticas: So incluses que se formam uma vez terminada a

    formao do cristal hspede. Costumam ser fraturas, halos, minerais secundrios, recheado de fraturas ou ocos, etc.

  • 26

    Perguntas captulo 3

    1. As incluses formadas durante o processo de formao do cristal denominam-se: -A. Singenticas. -B. Protogenticas. -C. Epigenticas. -D. Metagenticas.

    2. A facilidade de romper-se uma gema por planos estruturais, denomina-se ? -A. Fratura. -B. Fragilidade. -C. Dureza. -D. Clivagem. 3. O reflexo de luz de vrias cores, de aspecto metlico, que apresentam em algumas gemas de estrutura laminar, se denomina: -A. Opalescncia. -B. Iridescncia. -C. Labradorescncia. -D. Jogo de cores. 4. A propriedade em absorver a luz de diferentes longitudes de onda, segundo a direo denomina-se ... -A. Luminescncia. -B. Pleocrosmo. -C. Jogo de cores. -D. Disperso. 5. O efeito "olho de gato" numa gema deve-se a ... -A. Incluses de plaquetas de mica ou hematitas. -B. Partculas dispersas. -C. Incluses de agulhas orientadas em duas direes. -D. Incluses de agulhas ou tubos delgados orientados numa direo.

  • 27

    6. As gemas que apresentam um comportamento tico diferenciado, em funo da direo do passo da luz se diz que so: -A. Bixicas. -B. Istropas. -C. Unixicas. -D. Anistropas. 7. Assinale a afirmao que falsa: -A. As incluses numa gema podem ser liquidas slidas e gasosas, mas no

    apresentam mais de duas fases ao mesmo tempo. -B. O estudo das incluses numa gema pode mostrar indcios de tratamentos

    aplicados a ela. -C. As incluses podem chegar a indicar a regio ou, inclusive, a jazida de que

    procedem. -D. Existem incluses caractersticas que permitem identificar algumas gemas. 8. A cor de uma gema depende ... -A. De elementos em sua composio qumica e estrutura interna. -B. Da transparncia. -C. Da quantidade de luz refletida pela gema. -D. Da origem de procedncia da gema. 9. A refrao ... -A. A luz refletida no interior de uma gema. -B. O fenmeno pelo que um raio de luz se desvia ao passar de um meio a

    outro. -C. O fenmeno pelo qual um raio de luz incidente d lugar a dois raios ao

    atravessar uma gema. -D. A maior ou menor facilidade que tem a luz para atravessar um corpo. 10. O quartzo riscado por ... -A. uma fluorita. -B. um ortoclasico. -C. um topzio. -D. uma calcita.

  • 28

    4. Tratamentos das gemas

    Os tratamentos so modificaes que se realizam nas gemas para melhorar seu aspecto na cor, transparncia e textura fundamentalmente. Qualquer modificao aplicada gema alm dos processos de corte e polimento tem que se advertir devidamente ao comprador. 4.1 Principais tipos de tratamentos Trmicos (aplicao de calor) Tingimento Impregnao superficial Recheio de fissuras Recobrimento Laser Irradiao (aplicao de partculas radioativas raios gama ou por neutron) Difuso trmica Alta presso e temperatura (HPHT) Tratamentos trmicos (aplicao de calor) Melhoram ou mudam a cor original. similar ao que sucede habitualmente na natureza. Em geral aceito como uma prtica comercial e no necessrio indic-lo. O tratamento geralmente estvel (permanente) e pode no ser identificvel. Aplica-se em quartzo ametista, quartzo citrino, topzio rosa, zircnias incolores ou azuis, tanzanitas, gua-marinhas, calcednias, safiras, rubis, etc. Tratamentos por tingimento Tratamentos que se utilizam desde a antiguidade em materiais porosos como as gatas, crisoprasas, corais, turquesas, jadeitas, marfins, etc, com a ajuda de substncias corantes. Tambm se aplica em esmeraldas e rubis fissurados de baixa qualidade. O tratamento relativamente estvel e deve sempre ser denunciado, pois inclusive no caso dos leos tingidos considerado uma prtica fraudulenta. Tratamentos por impregnao superficial Alguns materiais se impregnam superficialmente com ceras ou plsticos para dar-lhes maior consistncia e evitar modificaes da cor, seja por evaporao da gua que contm e/ou, seja para evitar alteraes de seus componentes (turquesas, malaquitas, etc). Tratamentos por recheamento de fissuras As gemas que contm fissuras e cavidades com freqncia se impregnam com diferentes materiais (leos, resinas artificiais, vidros de diferente composio) para dissimular os defeitos internos e aumentar sua transparncia. Em funo do tipo e quantidade do material utilizado o

  • 29

    recheamento, este tratamento pode considerar-se leve ou grave. Por exemplo, as fissuras rechedas com leo natural incolor em esmeraldas bem aceito no comrcio e no se considera grave, enquanto as aplicaes de vidro de chumbo em corndons ou outros materiais vtreos em diamantes so tratamentos muito graves e requerem uma advertncia especfica ao comprador. Tratamentos por recobrimento Consiste na aplicao de uma delgada camada de tinta em toda a pedra ou, mais freqentemente, s na culaa (esmeraldas, rubis, diamantes, topzios, etc). Antigamente se utilizava tambm a aplicao de delgadas camadas de papel ou laca tingida culaa de certas gemas, para proporcionar-lhes um melhor aspecto e maior brilho. Tratamentos com raio laser um tratamento que, geralmente, s se emprega no diamante a fim de melhorar seu aspecto eliminando as incluses escuras. Ainda que o aspecto melhore, o tratamento provoca uma perfurao na pedra que, pode vir a ser percebida com lupa de 10X. Tratamentos por irradiao (aplicao de partculas radioativas) Processos similares podem suceder tambm na natureza e por isso em muitas ocasies difcil, e s vezes impossvel, saber se existiu ou no tratamento artificial por irradiao (topzio, espodumenio, turmalina, berilo, quartzo, corndon, escapolita, etc.). Combinado com posteriores tratamentos trmicos, aplica-se ao diamante conseguindo-se cores denomidadas de fantasia. muito importante detectar a verdadeira natureza da cor, pois a diferena de preo muito grande. Para isso, normalmente, necessrio recorrer a laboratrios gemolgicos especializados. Tambm muito importante controlar que o processo de irradiao no tenha deixado sinais de radioatividade ativa nas gemas tratadas por este mtodo. Tratamentos por difuso trmica. Neste tratamento a gema, j lapidada, envolvida em produtos que contm altas concentraes de elementos cromforos ou outros metais que podem afetar sua cor, submetendo-se a aquecimento de temperaturas, geralmente, muito elevadas (at 1800C) para que estes elementos se fundam com a estrutura cristalina da gema, proporcionando-lhe uma cor atraente. A cor produzida por este tratamento pode estar concentrada, apenas, na camada superficial da gema (safiras, fceis de detectar) ou mais profundo (rubis e safiras tratadas por difuso de berlio, extremamente difceis de detectar).

  • 30

    Tratamentos por alta presso e temperatura (HPHT) um tratamento que s se emprega no diamante para melhorar sua cor. A pedra se submete a presses e temperaturas extremamente altas, o que permite eliminar alguns efeitos estruturais que afetam negativamente a cor. Tratamento muito difcil de detectar. 4.2 Tratamentos e o comrcio das gemas Existem tratamentos mais ou, menos graves. Tratamentos mais, ou menos aceitos pelo comrcio. Em certa medida, a gravidade do tratamento depende do grau em que permite melhorar a qualidade do material inicial. No obstante, alguns tratamentos que melhoram drasticamente a qualidade, por exemplo, a cor das safiras mediante o aquecimento, comumente aceito e no considerado grave. H que ter em conta que por mais grave que seja o tratamento o material pode ser comercializado, desde que se advirta ao comprador do tratamento existente de forma adequada. De outra forma, qualquer tratamento pode converter-se em fraudulento, uma vez que sua presena no seja devidamente advertida ao comprador. Para regular a informao que deve ser declarada ao comprador, a Confederao Internacional de Joalheria (CIBJO) diferencia dois tipos de tratamentos: -Aqueles que s requerem uma informao geral sobre o tratamento aplicado. Por exemplo, vendendo uma esmeralda com recheio das fissuras com leo, necessario informar que tal tratamento aplicado maioria das esmeraldas. So tratamentos menos graves e muito comuns no comrcio. Os laboratrios gemolgicos expedem para estas gemas o ditame de gema natural, as observaes sobre o tratamento podem aparecer nos comentrios se os traos so evidentes. Os tratamentos classificados neste grupo so: -Recheamento de fissuras com substncias incolores no vtreas; -Impregnao superficial com substncias incolores; -Aquecimento; -Alvejado (utilizado para prolas).

  • 31

    -Aqueles que requerem a informao especfica sobre o tratamento aplicado gema concreta. So tratamentos mais graves. Os laboratrios gemolgicos expedem neste caso ditames de gemas tratadas. No momento de realizar a venda necessrio informar inequivocamente ao comprador que a gema venda foi tratada por um determinado processo. Os tratamentos que requerem informao especfica so: -Irradiao; -Tratamentos por difuso; -Tingimento e impregnaes com substncias coloridas; -Recheamento de fissuras abertas e cavidades (observveis a 10x); -Impregnao profunda de substncias porosas com plsticos ou similares; -Recobrimentos . Na atualidade, devido proliferao de tratamentos de todo tipo, existe uma demanda bastante elevada de gemas de alta qualidade sem nenhum tipo de tratamento, por mais leve e aceito que seja. Alguns laboratrios expedem certificados com um comentrio explcito para as gemas que no tm tratamento algum.

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    Perguntas captulo 4

    1. Para melhorar a cor de um diamante incolor utiliza-se o mtodo de: -A. Difuso trmica. -B. Recheamento de fissuras. -C. Irradiao. -D. Tratamento trmico. -E. Alta presso e alta temperatura.

    2. O tratamento com raio laser emprega-se para melhorar o aspecto de: -A. Rubi. -B. Topzio. -C. Qualquer gema. -D. Esmeralda. -E. Diamante. 3. Indique o tipo de tratamento de gemas que no requer informao especfica ao comprador: -A. Tratamentos de difuso. -B. Impregnao superficial com substncias incolores. -C. Tingimento ou impregnaes com substncias coloridas. -D. Recobrimentos. -E. Irradiao. 4. Nos tratamentos por irradiao: -A. A cor produzida por este tratamento sempre est concentrada na camada superficial da gema. -B. Este tratamento pode deixar sinais de radioatividade ativa nas gemas. -C. necessria advertncia geral, por ser uma prtica comercial no aceitvel. -D. Emprega-se em esmeraldas e rubis para melhorar sua cor. -E. Os efeitos deste tratamento no se podem produzir de forma similar na natureza. 5. O tratamento trmico: -A. geralmente estvel e pode ser difcil de identificar. -B. Emprega-se para dar consistncia e evitar modificaes na cor. -C. um tratamento instvel e sempre superficial. -D. Deve ser especificamente informado ao comprador. -E. Utiliza-se desde a antiguidade em materiais porosos.

  • 33

    6. Para melhorar o aspecto das esmeraldas freqentemente recorre-se ao mtodo de: -A. Recheamento de fissuras com leos incolores. -B. Irradiao. -C. Tratamento trmico. -D. Difuso trmica. -E. Branqueamento. 7. O tratamento por tingimento: -A. Utiliza-se em materiais porosos ou fissurados. -B. um tratamento sempre instvel. -C. No se emprega em esmeraldas nem rubis. -D. Consiste em aplicar fina camada de tinta ou laca na pedra. -E. Precisa advertncia geral ao comprador. 8. O tratamento no qual a pedra submetida a presses e temperaturas extremamente altas, para eliminar defeitos estruturais e melhorar a cor se denomina: -A. Tratamento combinado. -B. Alta presso e alta temperatura (HPHT). -C. Tratamento trmico e presso. -D. Difuso trmica. -E. Sinterizado. 9. O tratamento por recobrimento: -A. Consiste na aplicao de uma fina camada de tinta ou laca em toda a

    pedra ou, mais freqentemente, s na culaa. -B. Consiste em submergir a gema num meio com corantes ou metais e

    aquece-la a alta temperatura. -C. Deve ser advertido ao comprador. -D. Impregna-se superficialmente a gema com ceras ou plsticos para dar-lhes

    maior consistncia e evitar modificaes da cor. -E. Combinado com posteriores tratamentos trmicos, aplica-se ao diamante

    conseguindo-se cores fantasia. 10. No relativo aos processos de tratamento e o comrcio de gemas: -A. Qualquer material pode ser comercializado desde que o comprador seja

    devidamente advertido do tratamento existente . -B. imprescindvel dar uma informao especfica ao comprador ainda que o

    tratamento seja mnimo e de efeitos muito leves. -C. No necessrio advertir ao comprador de tratamentos realizados nas

    gemas -D. Os tratamentos trmicos sempre requerem uma informao especifica. -E. O tratamento de gemas uma fraude que tem que ser erradicada.

  • 34

    5. Lapidaes das gemas

    A lapidao e polimento so operaes que se realizam nas gemas para ressaltar ao mximo suas propriedades de transparncia, cor, brilho, lustro, disperso, etc., destacando sua beleza. A arte de dar forma a uma gema se denomina lapidao. J desde o antigo Egito se utilizavam tcnicas de gravura e corte de gemas, que se foram aperfeioando ao longo dos sculos. Posteriormente as tcnicas foram se desenvolvendo, conseguindo ento novas formas de lapidaes. Os conhecimentos mais modernos das propriedades pticas dos minerais proporcionaram uma base cientfica para ressaltar todas suas propriedades da cor, brilho, transparncia, disperso, etc., devido reflexo da luz incidente. Por exemplo, no ano 1919 se descobriu pela primeira vez o modelo ideal da lapidao brilhante moderna, calculando as propores ideais da pedra lapidada para que todos os raios incidentes saiam pela coroa, proporcionando maior brilho e disperso ao diamante. A obteno de ngulos adequados da facetas da culaa tem suma importncia para o aspecto final da pedra. As gemas lapidadas corretamente (no centro) devolvem toda a luz que entra pela mesa. 5.1. Processo de lapidao O processo de lapidao de uma pedra est intimamente ligado ao conhecimento das propriedades fsicas e ticas da pedra a ser lapidada. Desta forma a dureza, a tenacidade, a fratura, a clivagem podem condicionar o mtodo e os processos de corte e polimento. Do mesmo modo, as propriedades pticas do mineral, assim como a distribuio da cor e etc, condicionaro as propores ideais para aproveitar a luz, os efeitos pticos e ressaltar a beleza da gema. Podemos considerar de forma geral trs operaes para lapidao: Corte do mineral, formao, facetamento e polimento -Corte O primeiro processo aplicado na lapidao o corte do mineral usando a serra diamantada. A maquina de cortar consta de um disco de diamante e um reservatrio de gua, para a refrigerao do mineral. Com esta mquina se podem realizar s cortes em linha reta. Em minerais com uma clivagem muito marcada, como o diamante, s vezes se utiliza esta propriedade para auxiliar o corte. Antes de realizar tal operao h que fazer um estudo cuidadoso da pedra. Uma vez estudada e tomada a deciso, marca-se com tinta nanquim a direo da clivagem que se ir utilizar. Fixa-se a gema em uma laca especial e a um grampo de madeira,

  • 35

    faz-se ento uma pequena fissura (nesga) na gema (no lugar assinalado) e apoiando uma lmina de ao sobre ela, finalmente, golpeia-se a lmina sobre a nesga, apenas uma vez, com uma barra de metal ou madeira. Se a operao foi correta o cristal se parte em dois, acompanhando o plano de clivagem. Ademais, nas pedras com boa clivagem tenta-se, se possvel, no abrir facetas nos planos de clivagem, j que nelas no se pode obter um bom polimento. -Formao, facetamento e polimento Na fase de formao (desbastamento) que se d a forma geomtrica desejada gema, embora, muitas das vezes se perca uma quantidade significativa da matria prima, essencial para deixar a pedra prxima das propores desejadas. Utiliza-se uma mquina combinada que consta de quatro discos e se utiliza para desbastar, refinar e polir. Os discos tm diferente dureza e tamanho de gros para ir refinando a superfcie. A primeira formao se realiza com abrasivo de carburando de gro grosso. medida que o lapidrio vai atingindo a forma desejada, utiliza os abrasivos cada vez mais delgados para trabalhar com maior preciso. No diamante devido a suas caractersticas especiais de dureza depois da serra e antes do facetamento se efetua o passo da debrutao (arredondamento) . Mediante este processo se arredondam os cristais quando vai lapidar em brilhante ou em alguma lapidao fantasia (oval, pra, corao ou marquise). -Facetamento e polimento Lapidam-se as facetas desjadas na pedra, polindo-as at obter superfcies totalmente lisas e brilhantes. Estas duas operaes e a anterior se efetuam com um disco horizontal, e que est impregnado com leo e abrasivo de p de diamante. Ainda que s vezes num mesmo disco haja duas ou trs zonas com diferente poder abrasivo, o habitual que se realizem as trs operaes na zona do disco onde se esteja trabalhando no momento. 5.2 Tipos de lapidaes Podem-se diferenciar dois grupos diferentes de lapidao: Lapidaes facetadas, com facetas planas na maioria dos casos, geralmente utilizadas para pedras transparentes. Caboches, com superfcies curvas, usados habitualmente em pedras foscas, translcidas ou para ressaltar efeitos pticos especiais (olho de gato, asterisco, etc).

  • 36

    Lapidaes Para seu estudo dividiremos as diferentes classes de lapidao nos seguintes grupos: Lapidaes simples Lapidao brilhante Lapidaes derivados do brilhante Lapidaes em degraus (step cut) Lapidaes em tesoura ou cruzadas Lapidaes mistas Outras lapidaes facetadas Lapidaes com facetas cncavas Lapidaes simples Utilizadas antigamente para os diamantes pequenos. Na atualidade os diamantes muito pequenos lapidam-se a mquina e apresentam facetamento completo da lapidao brilhante. Exemplos de lapidaes simples: lapidao rosete, lapidao 8/8, lapidao sua (16/16).

    Lapidao brilhante A lapidao brilhante a mais clssica e utilizada para o diamante, ainda que tambm pode se usar em outras gemas. Consta de 58 ou 57 facetas, dependendo se facetada, ou no, o vrtice inferior, criando uma faceta adicional que se denomina culaa. As facetas esto distribudas em duas partes fundamentais denominadas coroa e pavilho, unidas entre si pelo rondizio.

  • 37

    A disposio e nomenclatura das diferentes facetas indicam-se na figura seguinte.

    At o incio do sculo XX, a evoluo da lapidao dos diamantes desenvolveu-se de forma emprica. Em 1919, Marcel Tolkowsky, publicou o primeiro estudo tcnico tendo em conta as propriedades pticas do diamante e o trajeto da luz ao refratar-se em seu interior e estabeleceu as medidas "ideais" para a lapidao brilhante. Nas lapidaes em diamantes antigos nota-se falta de arredondamento da gema, com rondizio, muitas das vezes, muito grosso ou prejudicado, a culaa muito aberta (grande) e as facetas mdias do pavilho muito curtas. Suas propores apresentam uma coroa muito alta em relao ao dimetro da gema, uma mesa muito pequena e um pavilho, possivelmente, excessivamente profundo.Todo isso demonstra um elevado aproveitamento do

  • 38

    material bruto e se traduz num deficiente aspecto, com pouco brilho e pouca disperso. H que ter em conta a denominao brilhante s pode se referir a um diamante com lapidao abrilhantada. Outras gemas lapidadas com esta lapidao tm que se denominar com o tipo da gema, por exemplo, safira de lapidao brilhante. Por outro lado, um diamante lapidado de outra forma tem que se denominar, por exemplo, diamante de lapidao corao. Lapidaes derivadas do brilhante Tm a mesma ou muito parecida distribuio de facetas que a lapidao brilhante, mas sua forma no redonda (oval, marqus, corao, pra).

    Lapidaes em degraus (step cut) So umas lapidaes onde as facetas tm forma de trapzios alongados, com as arestas paralelas ao rondizio denominadas habitualmente de degraus. A lapidao mais importante deste grupo a lapidao esmeralda, utilizada especialmente para esta gema. Tem forma octogonal no plano do rondizio, podendo ser retangulares e quadradas. Utilizam-se geralmente em gemas de cor. Recebem diferentes nomes segundo a forma: lapidao esmeralda, baguette, quadrada ou carr, trapzio, rombo, pentgono,etc.

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    Lapidaes em Tesoura ou Cruzada De forma retangular com os vrtices cortados; as facetas que rodeiam a mesa tm forma de tringulos cruzados. Utilizam-se, sobretudo, em pedras de imitao ou gemas coloridas.

    Lapidaes em selo Apresentam uma mesa muito grande, com uma estreita faceta trapezoidal ao redor e geralmente sem culaa. Usa-se para lapidar pedras translcidas ou foscas.

    Lapidaes mistas Nestas lapidaes a parte superior de tipo brilhante e o pavilho, lapida-se em degraus paralelos, como na lapidao esmeralda. Atualmente a imensa maioria de safiras e rubis que se lapidam na Tailndia, ndia ou Sri Lanka apresentam lapidaes deste tipo, j que os pavilhes lapidadas em galerias permitem maior aproveitamento do bruto, a custo da aparncia esttica da pedra.

  • 40

    Lapidao briolette uma lapidao periforme facetada em toda sua superfcie. Costuma utilizar-se em pingentes. Lapidaes Barin e Radiant Utilizadas para o diamante. O contorno octogonal, com as facetas da coroa da lapidao esmeralda no tipo barin, e com facetas cruzadas no tipo radiant.

    Lapidao Princesa (Princess) A lapidao princesa pode ser quadrada ou retangular. A base pode ter diferente nmero de facetas. Utiliza-se sobretudo em diamantes e permite um maior aproveitamento do bruto.

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    Lapidaes com facetas cncavas Recentemente desenvolveu-se uma tcnica nova de lapidar, na qual a disposio das facetas pode ser idntica s lapidaes tradicionais, mas as facetas no so planas, e sim, cncavas. Estas pedras tm um aspecto inovador e bonito, j que o brilho das facetas cncavas muito diferente s lapidaes tradicionais.

    Exemplo de um quartzo fume lapidado em pra com facetas cncavas. Lapidaes em Cabocho So lapidaes no facetadas com superfcies curvas. Costuma-se utilizar para pedras translcidas ou foscas. Podemos destacar trs tipos diferentes: Cabocho simples. Uma cara convexa e a outra plana. Cabocho duplo. Ambas caras curvadas, convexas. Cabocho oco ou afundado. Uma cara cncava e a outra convexa.

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    Perguntas captulo 5

    1. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se: -A. Principal do pavilho. -B. Mdia inferior. -C. Faceta do rondizio. -D. Culaa. -E. Principal da coroa.

    2. Esta lapidao chama-se: -A. Lapidao 8/8. -B. Lapidao brilhante. -C. Lapidao em tesoura. -D. Lapidao mista. -E. Lapidao sua.

    3. Esta lapidao chama-se: -A. Princesa. -B. Radiant. -C. Barion. -D. Esmeralda. -E. Em tesoura.

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    4. Esta lapidao chama-se: -A. Lapidao facetada. -B. Lapidao polida. -C. Gota. -D. Pra . -E. Cabocho.

    5. Esta lapidao chama-se: -A. Em tesoura. -B. Esmeralda. -C. Barion. -D. Radiant. -E. Princesa.

    6. Esta lapidao chama-se: -A. Em faca. -B. Em tesoura. -C. Mista. -D. Barion. -E. Princesa.

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    7. A lapidao brilhante consta de: -A. 56 facetas e uma possvel faceta adicional que se denomina culaa. -B. 24 facetas na coroa e 33 no pavilho. -C. 48 facetas. -D. 55 facetas, mais uma possvel faceta adicional que se denomina culaa. -E. 33 facetas na coroa, 24 no pavilho e uma possvel faceta adicional que se

    denomina culaa. 8. A denominao "brilhante" sem nenhum outro qualificativo: -A. Nunca se pode aplicar sozinha. Deve-se indicar sempre o tipo de gema,

    como "safira da lapidao brilhante", "diamante de lapidao brilhante", etc.

    -B. aplicvel ao diamante em qualquer lapidao. -C. aplicvel a qualquer gema lapidada nessa forma. -D. aplicvel ao diamante de lapidao brilhante e suas derivaes. -E. S aplicvel a diamantes lapidados em lapidaes abrilhantadas.

    9. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se: -A. Mdio. -B. Culaa. -C. Rmbica. -D. Principal da coroa. -E. Estrela.

    10. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se: -A. Rmbica da culaa. -B. Principal do pavilho. -C. Principal da coroa. -D. Estrela. -E. Culaa.

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    11. Esta lapidao chama-se: -A. Briolette. -B. Marquise. -C. Pra. -D. Navette. -E. Gota.

    12. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se: -A. Estrela. -B. Principal. -C. Triangular. -D. Mdia. -E. Mesa.

    13. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se: -A. Principal. -B. Faceta do rondizio. -C. Estrela. -D. Dobrada. -E. Mdia superior.

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    14. Indique qual destas lapidaes uma lapidao em degrau: -A. Cabocho. -B. Marquise. -C. Tesoura. -D. Baguette. -E. Princesa. 15. As lapidaes no facetadas, as que tm superfcies curvas se denominam: -A. Cabocho. -B. Redondo. -C. Pra. -D. Selo. -E. Gota.

    16. Esta lapidao chama-se: -A. Marquise. -B. Briolette. -C. Princesa. -D. Pandeloque. -E. Conde. 17. Indique qual destas lapidaes derivada da lapidao brilhante: -A. Perilla. -B. Baguette. -C. Briolette. -D. Princesa. -E. Selo.

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    18. A parte da pedra marcada em azul denomina-se: -A. Media. -B. Estrela. -C. Canto. -D. Mesa. -E. Rondizio.

    19 Esta lapidao chama-se: -A. Radiant. -B. Princesa. -C. Oval, derivada do brilhante. -D. Em tesoura. -E. Mista.

    20. Esta lapidao chama-se: -A. Barion. -B. Radiant. -C. Baguette. -D. Esmerald.a -E. Degrau.

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    21. A faceta marcada denomina-se: -A. Coroa. -B. Mesa. -C. Octogonal. -D. Tabela. -E. Principal.

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    6. O diamante

    Uma das gemas mais conhecidas, o diamante, apreciado desde a antiguidade por seu alto grau de dureza e pelas especiais virtudes que lhe atribuam. Os gregos chamavam-na de adamas, que quer dizer indomvel, invencvel, sendo esta palavra a origem de sua atual denominao. Antigamente, era utilizado apenas em bruto, comeando-se a lapidar a partir do sculo XIV. A valorao do diamante realiza-se em funo de quatro fatores: peso, cor, pureza e lapidao. Os diamantes que no tm uma qualidade suficiente para seu uso em joalheria constituem os diamantes industriais e so utilizados como abrasivos e para outros mltiplos usos tcnicos. 6.1 Propriedades Composio qumica Carbono(C) composta por carbono quase puro, pois pode conter escassas quantidades de outros elementos, sobretudo Nitrognio, Boro e Hidrognio. Cristalizao Sistema Cbico Sistema cristalino Habitualmente em cristais de sistema cristalino octadrico, mas tambm forma cubos, romboedros e rombo-dodecaedros, apresentando curvaturas nas faces.Tambm encontradas, frequentemente, em maclas. Cor Encontra-se de todas as cores e em diferentes tonalidades mas, habitualmente, nas cores marrons, amarela claro e incolor. Tambm azuis, verdes, laranjas, amarelos puros, rosas, vermelhos, prpuros e negros. Dureza Relativa 10 ( o mineral mais duro conhecido) Clivagem Clivagem perfeita que acompanham as faces do octaedro. Peso Especfico Elevado 3,52

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    Ponto de fuso Funde-se a 3.546C,ainda que comece a grafitar-se na superfcie a partir de 800 C. Condutividade Trmica Extremamente alta Brilho Muito alto chamado adamantino Natureza ptica Istropo Refrao Monorrefringente. ndice de Refrao muito alto 2, 417. Disperso Elevada. 0, 044 A mais alta das gemas incolores naturais. Outras Espectro de absoro varivel, freqentes linhas a 415 nm (Cape) e 503 nm (brown). Fluorescncia, quando apresenta, podendo variar entre azulada, amarela e laranja, com diferentes intensidades. Para observar a fluorescncia utiliza-se luz UV de onda longa (365 nm) e, a critrio, ondas curtas SW. Lipoflica (afinidade gordura) Reaes em cidos: No atacado por cidos nem solvel neles. Em funo do componente de nitrognio ou boro os diamantes dividem-se nos seguintes tipos: TIPO I. Com nitrognio em proporo maior a 10 ppm. Fosco luz UV de onda curta. Podem-se apresentar diferentes tipos e tons da cor amarela, dependendo dos tipos de agregados que formam os tomos de nitrognio. Encontram-se dentro deste tipo os diamantes da srie Cape (amarelo), srie Brown (Pardos) e outras cores naturais amarelo-laranja, rosa, vermelho, prpura, amarelo-esverdeado, verde-azulado e violeta. TIPO II. Sem nitrognio ou com uma proporo menor a 10 ppm. Transparentes a Luz UV de onda curta. Diferenciam-se em dois tipos: Tipo II a. Os mais puros sem Nitrognio nem Boro. Incolores, rosas ou malvas.?? TipoII b. Com presena de Boro. Muito raros. Cor azul ou azul acinzentado.

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    6.2 Origem e jazidas Formados na zona superior do manto terrestre, em rochas peridotitos e eclogitos a uma temperatura 1000-1600C e presso 45-60 Kbar (profundidades de uns 200 km) so arrastados para a superfcie por um magma kimberltico atravs de chamins vulcnicas. Os diamantes mais antigos formaram-se h, aproximadamente, 3300 milhes de anos e, os mais jovens, h,aproximadamente, 900 milhes de anos. Os depsitos primrios situam-se em chamins vulcnicas em zonas estveis e antigas da litosfera terrestre (cretones). Ao ser um mineral muito estvel e duro, resistente eroso e o transporte, tambm aparecem em depsitos secundrios em leitos de rios e zonas de costa. 6.3 Pases produtores No seguinte quadro mostra-se uma relao dos pases produtores mais importantes ordenados cronologicamente. Pas Data Explorao ou Descoberta Tipo de depsitos ndia nicos depsitos at o sculo XVIII Secundrios Brasil 1725 Secundrios frica do Sul 1866 Primrios e Secundrios Rep. Democr. Congo 1907-1948 Primrios e Secundrios Nambia 1908 Secundrio Angola 1912 Primrios e Secundrios Tanznia 1940 Primrios e Secundrios

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    Rssia 1954 Primrios Botsuana 1971 Primrios Austrlia 1980 Primrios Canad Anos 90 Primrios Atendendo importncia econmica de maior a menor so: Botsuana, Rssia, Canad, frica do Sul, Angola, Nambia, Congo e Austrlia. 6.4 Caractersticas de qualidade A valorao do diamante realiza-se em funo de quatro fatores: peso, cor, pureza e lapidao. O conjunto destes parmetros chama-se,frequentemente, de 4 Cs. CLARITY Claridade-Pureza COLOUR Cor CUT Corte- Lapidao CARAT Peso A pureza observa-se e gradua-se sob lupa de 10 aumentos. Para graduar a pureza com exatido deve-se estudar a pedra limpa e desmontada. Graus de pureza : FL-IF Flawless e Internally Flawless Puro a lupa de 10 aumentos VVS1 e VVS2 Very Very Small Inclusions Incluses muito, muito escassas VS1 e VS2 VerySmall Inclusions Incluses muito escassas SI1 e SI2 Small Inclusions

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    Pequenas incluses P1, P2 e P3 (ou I1, I2 e I3) Piqu (ou Imperfect) Incluses que se observam a simples vista Cor Na imensa maioria de casos quanto menos cor tiver o diamante, mais valor, de mercado ter. A exceo corresponde aos diamantes da cores intensas chamadas cores extraordinrias (fancy color), extremamente raros na natureza.

    Para se graduar a cor necessrio que a gema esteja limpa, ou seja, desengordurada e livre de qualquer sujeira, alm de desmontada, sem reflexos, luz adequada, colocando a pedra na posio correta, aproximadamente, a uns 10 cm da fonte de luz especial e utilizando uma escala padro de diamantes especialmente selecionados para essa comparao. Escalas da cor:

    GIA Amberes Escandinava IGE/CIBJO/HRD

    D 0+ RIVER Branco EXCEPCIONAL +

    E 0 Branco EXCEPCIONAL

    F 1+ TOP WESSELTON Branco EXTRA +

    G 1 Branco EXTRA

    H 2 WESSELTON Branco

    I 3 TOP CRYSTAL Branco CON LIGERA COR

    J 4 CRYSTAL

    K 5 TOP CAPE LIGERA COR

    L 6

    M 7 CAPE COR COR 1

    N 8

    O 9 LIGHT YELLOW COR 2

    P 10

    Q 11 COR 3

    R 12

    S 13 YELLOW COR 4

    T 14

    U 15

    V 16

    X 17

    Y 18

    Z 19

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    Existem tambm diamantes da cores intensas (amarelo, marrom, azul, verde, rosa, etc.,) que se denominam cores extraordinrias (fancy). Estes diamantes so,incontestavelmente, escassos na natureza, mas tambm se obtm a partir dos diamantes incolores mediante tratamentos especiaismanipulados pelo homem (irradiao, esquentamento, etc.). Para se certificar da natureza da cor, nestes casos, h que recorrer a um laboratrio gemolgico especializado. Lapidao Para medir os parmetros que definem a lapidao brilhante, mais precisamente, se utiliza o proporcionoscpio. Atualmente, tambm se utilizam aparelhos digitais como o SarinBrilliantEye. Obtm-se os seguintes dados: Altura da coroa Tamanho do pavilho Dimetro da mesa Largura do rondizio Estes valores refletem-se a qualidade das propores do brilhante e medem-se num percentual em relao ao dimetro da pedra. Ademais, estuda-se a qualidade de sua simetria, obtendo os dados dos desvios que tem a pedra com respeito a uma pedra totalmente simtrica.Tambm influi na qualidade de lapidao a qualidade do polimento que tm as facetas da pedra. Peso O peso dos diamantes expressa-se em quilates (0,2 g) e determina-se mediante balanas mecnicas e eletrnicas. Em peas montadas deve-se recorrer a um clculo de estimativa, mediante frmulas especiais a partir das medidas da pedra. Pode ampliar a informao sobre as caratersticas de qualidade dos diamantes nele apartado especial de nossa web dedicado a este tema. 6.5 Tratamentos dos diamantes Utilizam-se diferentes tcnicas de tratamentos para melhorar a cor e a pureza do diamante. Tratamentos para melhorar a cor. Utilizam-se para: -Melhorar a cor dos diamantes da srie incolor mediante a aplicao de alta presso e alta temperatura (tratamento HPHT). Tratamento extremamente difcil de detectar, s aplicvel aos diamantes de tipo II.

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    -Proporcionar cores de fantasia aos diamantes da srie incolor. (Irradiao, com ou sem posterior esquentamento, recobrimentos). Tratamentos para melhorar a pureza: -Preenchimento de fissuras com algumas substncias vtreas (tratamento Yehuda). -Perfurao por laser para eliminar grandes incluses escuras. 6.6 Diamantes sintticos O diamante sinttico foi obtido pela primeira vez no ano 1954 pela General Electric, utilizando um mtodo baseado na cristalizao do carbono em diamante a alta presso e temperatura. Neste mtodo utilizam-se presses de 50-60 Kbar e temperaturas de 1300 a 1600 C, correspondentes s condies de formao do diamante no manto terrestre, s profundidades de, aproximadamente, entre 150 a200 km. O mtodo conhecido como HPHT (do ingls High Pressure High Temperature).Este mtodo converteu-se rapidamente como a principal fonte de diamantes sintticos industriais (pequenos diamantes de baixa qualidade utilizados para mltiplas aplicaes tcnicas, sobretudo, como abrasivos). A obteno de grandes cristais desenvolvidos por este mtodo bem mais complicado e custoso.No obstante, no ano 1970 foram obtidos tambm os primeiros cristais de diamante sinttico HPHT em qualidade gema de at um quilate de peso. Os primeiros diamantes sintticos dessa qualidade eram bem mais caros que os naturais. No entanto, os avanos tecnolgicos permitiram minimizar os custos com o passar do tempo de tal forma que, em meados dos anos 1990 apareceram as primeiras empresas que comearam a comercializar o diamante sinttico HPHT de qualidade gema. Outro mtodo de sntese de diamantes que no requer presses e temperaturas to elevadas o mtodo de deposio de vapor qumico ou, mais conhecido como CVD -Chemical Vapor Deposition, em ingls. Neste caso como fonte de carbono se utiliza o gs metano, que se mistura com hidrognio e se ioniza mediante o plasma. Os ons de carbono depositam-se sobre uma superfcie criando uma camada muito fina de diamante. Este mtodo, utilizado pela primeira vez no ano 1952, inicialmente, no se propunha como possvel mtodo de sntese de diamantes de qualidade gema devido a velocidade muito lenta de complementao do processo. A deposio de camadas de diamantes tem diversas aplicaes tcnicas uma vez que, a investigao neste campo muito intensa. O desenvolvimento desta tcnica permitiu depositar camadas de diamante em superfcies de outros materiais, alm de acelerar a deposio de forma muito significativa. O aperfeioamento da sntese por mtodo CVD tambm fez possvel a obteno de monocristais de diamante sinttico de qualidade gema e, no ano de2005, apareceu a primeira empresa que se dedicou a sua comercializao.

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    Na atualidade, os diamantes sintticos ainda so raramente utilizados pelo seguimento joalheiro. No obstante se,antes para um gemologo era suficiente identificar o diamante para saber, apenas,se era natural ou no, j hoje, tambm necessrio se assegurar de que no sinttico, sobretudo nos diamantes coloridos como o amarelo e o marrom, cuja sntese mais rpida e econmica. 6.7 Imitaes Desde os tempos remotos procura-se imitar o diamante com escasso sucesso, at o desenvolvimento de produtos artificiais de altos ndices de refrao e propriedades, aparentes, similares s do diamante. Em 1976 apareceu o oxido de zircnio cbico (zirconita, zircnia, CZ, etc.) que constituiu a melhor imitao de diamante conseguida na poca. Em hiptese alguma pode-se denominar esta imitao de zirco, j que este nome corresponde a um mineral natural, silicato de zircnio, tambm utilizado antigamente para imitar o diamante. A maioria das imitaes distingue-se com facilidade mediante um medidor de conduo trmica. No obstante, uma das imitaes mais recentes, a moissanita, tem a condutividade trmica muito elevada e pode confundir-se com a do diamante sob os medidores de conduo trmica convencional. Entre os principais produtos que se produziu para imitar ao diamante h que destacar: -Rtilo sinttico (Titanita) -Titanato de estroncio (Fabulita) -Aluminato de itrio (YAG) -Gadolinio de galio (GGG) -xido de zirconio cbico (Zirconita) -Moissanita sinttica 6.8 Laboratrios e certificados O certificado de diamante um documento que uma instituio, laboratrio ou sociedade reconhecida, descreve e asseguram por escrito a autenticidade, alm das caractersticas de qualidade, pureza, cor, peso, lapidao, propores, acabamento,quantidade e tipos de incluses e possveis tratamentos aplicados no diamante. Ainda que neste documento no se faa referencia a valor econmico da pedra, j que s se descrevem caractersticas fsicas e de qualidade,porm assegura ao comprador o tipo de gema que possui ou est adquirindo, dando por tanto um valor agregado ao produto final. O certificado de um diamante deve ser emitido com a pedra descravada, j que a montagem impede a anlise precisa da gema. importante que o certificado seja emitido por uma entidade ou laboratrio reconhecido e confivel. Existem diversos laboratrios no mundo como o Gemological Institute of America (GIA), American GemSociety (AGS), ou o prprio do Instituto Gemolgico Espanhol (IGE), reconhecidos internacionalmente.

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    Perguntas captulo 6 1. Os depsitos primrios do diamante situam-se em: -A. Depsitos de sedimentos nas correntes fluviais. -B. Em fissuras associadas a processos hidrotermais. -C. Chamins vulcnicas em zonas estveis e antigas da litosfera terrestre. -D. Zonas de metamorfismo de contato. -E. Unicamente no interior de rochas conhecidas como kimberlitas. 2. Indique qual destes mtodos de snteses se utiliza para o diamante: -A. Mtodo de mistura fundida (Melt). -B. Mtodo Hidrotermal. -C. Mtodo de substncia fundida (Flux). -D. Sinterizado. -E. Mtodo de deposio qumica de vapor (CVD). 3. Indique qual dos seguintes graus, no diamante, o de maior pureza: -A. VS1 -B. P1 -C. SI1 -D. VVS1 -E. IF 4. O tratamento Yehuda do diamante um tratamento utilizado para: -A. Preenchimento de fissuras com substncias vtreas. -B. Eliminar grandes incluses escuras. -C. Aumentar o lustro e o brilho do diamante. -D. Melhorar a cor dos diamantes da srie incolor. -E. Proporcionar cores fantasia. 5. Marque a imitao do diamante que no se distingue por sua condutividade trmica num conductmetro convencional: -A. Zirco. -B. GGG. -C. Zirconita. -D. Fabulita. -E. Moissanita.

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    6. A disperso do diamante : -A. A maior de todas as substncias incolores utilizadas em joalheria. -B. Menor que a do rubi. -C. A maior das gemas naturais incolores. -D. A menor das gemas naturais. -E. Menor que a esmeralda. 7. Indique qual destes produtos no se considera imitao do diamante -A. xido de zirconio cbico. -B. Rtilo sinttico. -C. Aluminato de Itrio. -D. Zirconita. -E. Aluminato de zirconio. 8. Qual destes parmetros no facilitado pelo proporcionoscpio? -A. Largura do rondizio. -B. Desvio do vrtice da culaa. -C. Profundidade do pavilho. -D. Dimetro da mesa. -E. Dimetro do rondizio. 9. A valorao do diamante realiza-se em funo de -A. Tamanho, propores e peso. -B. A transparncia e a cor. -C. Beleza, raridade e durabilidade. -D. Cor, pureza, lapidao e peso. -E. O brilho e a lapidao. 10. O diamante costuma-se apresentar na natureza em forma de: -A. Cristais de sistema cristalino octadrico, mas tambm s vezes em cubos e

    rombo dodecaedros. -B. Cristais prismticos e bipirmides. -C. Cristais de sistema cristalino prismtico terminados em combinao de

    romboedros que produzem o efeito de uma bipirmide hexagonal. -D. Agregados arredondados, bandeados e compactos, raramente cristais

    prismticos delgados. -E. Gros irregulares que quase nunca apresentam sistema cristalino. 11. Os diamantes dividem-se em tipo I e tipo II devido ao contedo de: -A. Nquel. -B. Hidrognio. -C. Boro. -D. Nitrognio. -E. Carbono.

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    7. A esmeralda

    A esmeralda uma variedade gemolgica do berilo. Desde os tempos do antigo Egito uma das gemas mais apreciadas e valiosas. O Berilo um ciclo silicato de alumnio e berlio, que em estado puro incolor. A esmeralda habitualmente deve sua cor ao Cr3, ainda que tambm existam esmeraldas que devem sua cor ao elemento vandio. 7.1 Propriedades Composio qumica Ciclo silicato de Alumnio e Berlio, Be3AI2(Si6O18) Cristalizao Sistema hexagonal Sistema cristalino Prismas hexagonais terminados em pinacoides. Cor Verde erva por cromo, vandio ou ferro. Dureza relativa 7,5 a 8 Clivagem Imperfeita acompanhando o plano do prisma e pinacoide Peso Especfico 2,67 - 2,80 (varivel segundo os depsitos) Brilho Vtreo Transparncia Transparente, Translcido e opacas em pedras com muitas incluses. Natureza ptica Unixico negativo ndices de refrao Varivel segundo a origem: Ne = 1,560 - 1,567, No = 1,594 - 1,600 Birrefringncia baixa 0,005 a 0,009 Disperso Baixa, 0,014

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    Pleocrosmo Fraco. Verde amarelado em direo paralela ao plano do prisma, verde azulado em direo perpendicular ao prisma. Outras Espectro de Absoro Espectro do cromo, com doblete em vermelho escuro, linhas delgadas no vermelho e laranja, linhas em azul, absoro parcial do laranja, amarelo, azul e violeta. Luminescncia em frente a Luz Ultravioleta As esmeraldas apresentam uma fluorescncia muito varivel dependendo das quantidades de cromo, ferro e vandio, variando de inertes para vermelho de diferente intensidade. Mostra-se mais intensa sob a luz ultravioleta LW. 7.2 Origem e jazidas As esmeraldas podem ter diversas origens: Hidrotermal. Encontra-se em mantos negros betuminosos intercalados com argila, cristalizados em veios com calcita, albita, quartzo e pirita (Colmbia). Metamrfico. So formadas em zonas de metamorfismo pneumatoltico de contato. Nas incidncias de pegmatitos com xistos e rochas metamrficas sendo o Cromo predominante e tambm em zonas metamorfismo de contato com influncia hidrotermal (na maioria das jazidas mundiais). 7.3 Pases produtores As esmeraldas so encontradas ao redor do mundo, em apenas vinte regies mineiras. As jazidas mais antigas situam-se no Egito. Hoje em dia no tem produo e citada apenas como referencia histrica. Ela conhecida como minas de Clepatra, e sabido que sua explorao se iniciou h mais de 4.000 anos. Na atualidade, os depsitos de esmeraldas mais tradicionais do mundo esto situados na Colmbia (Muzo, Chivor, Gachal, Cozcuez, Peas Brancas e outros) e so de origem hidrotermal. Outras jazidas de esmeraldas, situadas no Brasil, Rssia, Zimbbue, Zmbia, Madagascar, Tanznia, Moambique encontram-se em rochas metamrficas e a formao das esmeraldas normalmente est relacionada com o magmatismo grantico. As principais jazidas do mundo, pela qualidade (tamanho e cristalizao) das gemas achadas, so as jazidas colombianas. Pelo volume da produo destacam as diversas jazidas do Brasil ( Itabira, Nova Era, Sta. Terezinha, Salinas...)

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    7.4 Caractersticas de qualidade Similar s demais gemas, a qualidade da esmeralda depende de quatro caractersticas: cor, transparncia, qualidade de lapidao e peso. No obstante, a qualidade da cor prevalece notavelmente sobre os demais parmetros na hora de graduar a qualidade das esmeraldas. Pedras mais preciosas so da cor verde intenso. As cores plidas, demasiado escuras, os matizes azuis ou amarelos notveis, diminuem o valor da esmeralda de forma muito significativa. 7.5 Tratamentos O tratamento mais freqente em esmeraldas o preenchimento de fissuras para melhorar sua transparncia. Os materiais utilizados para este tratamento so muito variados. Utilizam-se azeite de oliva, de cedro, blsamo do Canad, mas tambm resinas artificiais de tipo EPOXY. uma prtica comumente aceita no comrcio de esmeraldas e no se considera tratamento grave se utilizam substncias de preenchimento sem corantes. Segundo CIBJO, este tratamento s precisa ser advertido ao consumidor (veja o captulo Tratamentos). O tratamento com leos normalmente utiliza-se para tratar esmeraldas de maior qualidade. O leo de tratamento pode ser retirado da gema com simples aplicao de solventes, enquanto as resinas EPOXY, uma vez endurecidas, se tornam, praticamente, impossveis de se eliminar das fissuras. Estas resinas normalmente utilizam-se para pedras de qualidade mais baixa j que podem rechear cavidades maiores e fissuras abertas. No obstante, a proporo de esmeraldas de excepcional qualidade que chegam ao mercado sem nenhum tratamento de preenchimento de fissuras muito pequeno. 7.6 Sntese e imitaes As esmeraldas sintticas obtm-se em grandes quantidades desde 1930, produzidas pela primeira vez em quantidades industriais por C. Chatham (USA). Os mtodos utilizados para a sntese na atualidade so o de solvente fundido (flux) e o de soluo aquosa (hidrotermal). Estes mtodos tm diferentes variaes, segundo seus fabricantes. As propriedades fsicas, pticas e, sobretudo as incluses permitem diferenciar as esmeraldas sintticas das naturais. Tambm existem no mercado pedras compostas (dobletes e tripletes) de berilo incolor, quartzo e vidros, que so facilmente identificadas atravs da observao microscpica.

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    Perguntas captulo 7 1. Uma das caractersticas mais importantes para diferenciar as esmeraldas sintticas das naturais : -A. As incluses. -B. A dureza. -C. A cor. -D. O espectro ptico. -E. O peso. 2. Os depsitos de origem hidrotermal mais importantes de mundo encontram-se em: -A. Rssia. -B. Brasil. -C. Zimbbue. -D. Colmbia. -E. Zmbia. 3. Qual o sistema cristalino da esmeralda? -A. Prismas hexagonais. -B. Cristais tabulares e agregados rochosos. -C. Prismas tetragonais e bipirmides. -D. Prismas trigonais. -E. Cristais octadricos. 4. A qualidade da esmeralda depende de sua cor, transparncia, lapidao e peso. Qual destes quatro parmetros prevalece sobre os demais?: -A. Cor. -B. Lapidao. -C. Peso. -D. Transparncia. 5. O tratamento mais freqente em esmeraldas : -A. Branqueamento para eliminar impurezas. -B. Tratamentos com laser para eliminar incluses. -C. Preenchimento de fissuras para melhorar sua transparncia. -D. Tingimento para melhorar a cor. -E. Tratamentos trmicos para melhorar a cor.

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    6. Os depsitos tpicos da esmeralda so: -A. Zonas de metamorfismo pneumatoltico de contato, metamorfismo de

    contato com influncia hidrotermal e jazidas hidrotermais. -B. Depsitos aluvionais e costeiros. -C. Depsitos associados a rochas gneas ultramficas. -D. Canteiros de explorao a cu aberto e minas subterrneas. -E. Zonas de metamorfismo de contato e chamins vulcnicas. 7. Indique qual a afirmao correta: -A. Raramente efetuam-se tratamentos de melhora nas esmeraldas. -B. As esmeraldas no costumam apresentar incluses. -C. A esmeralda tem uma disperso baixa. -D. A presena de incluses em forma de "jardim" favorvel para a

    esmeralda. -E. A esmeralda tem maior dureza que o rubi. 8. A cor da esmeralda deve-se a: -A. Incluses orgnicas vegetais. -B. Cobalto. -C. Ferro. -D. Cromo e/ou vandio. -E. Mangans. 9. A esmeralda apresenta: -A. Uma clivagem perfeita no plano do prisma. -B. Um forte pleocrosmo. -C. Um brilho resinoso. -D. Sempre apresenta incluses visveis a simples vista. -E. Um pleocrosmo fraco. 10. Indique os mtodos utilizados para a sntese de esmeraldas na atualidade: -A. O mtodo de solvente fundido (Flux) e o de mtodo de deposio qumica

    de vapor (CVD). -B. O mtodo de soluo aquosa (hidrotermal) e o de mtodo de deposio

    qumica de vapor (CVD). -C. O mtodo de sinterizao e o mtodo de solvente fundido (Flux). -D. O mtodo de solvente fundido (Flux) e o de mistura fundida (Melt). -E. O mtodo de solvente fundido (Flux) e o de soluo aquosa (hidrotermal).

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    8. O rubi

    O rubi uma variedade da famlia do corndon. Os exemplares de corndon com valor gemolgico so raros, especialmente o rubi, pois requer, para sua formao, a presena de cromo, seu elemento cromforo, que escasso. 8.1 Propriedades Composio qumica xido de alumnio de frmula AI2O3 Cristalizao Sistema trigonal Sistema cristalino Prismas hexagonais com estrias diagonais nas faces do prisma e triangulares nas bases. Freqentes maclas polisintticas. Cor Vermelha. Varia do vermelho muito intenso (sangue de pombo) ao vermelho alaranjado e violceo. Na cor, alm de influir a quantidade de cromo, influi a presena de outros elementos, principalmente o ferro. Dureza relativa 9 Clivagem No apresenta. Tem partio segundo plano basal ou face do romboedro devido ao maclado polisinttico. Fratura Concoidal Peso Especfico Elevado, 4.00 Brilho Vtreo Transparncia Varia de transparente a translcido. Os exemplares de qualidade costumam ser transparentes. Natureza ptica Unixico negativo Refrao ndices de refrao 1762-1,770. Birrefringncia 0,008

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    Disperso Muito baixa 0,018 Pleocrosmo Varia segundo a cor de cada exemplar. Nos vermelhos intensos costuma apreciar-se um dicrosmo moderado vermelho-vermelho alaranjado. Outras Existem variedades com asterismo, geralmente de 6 pontas, devido a delgadas agulhas de rutilo orientadas em trs direes. Espectro de absoro Costuma apresentar forte espectro do cromo. Pode variar quando contm ferro. Luminescncia a luz ultravioleta Nos rubis com muito cromo e pouco ferro, fluorescncia vermelha carmim sob luz ultravioleta LW. Aumentando-se o contedo em ferro a fluorescncia escassa ou inerte. 8.2 Origem e jazidas O corndon um mineral relativamente escasso que aparece em rochas ricas em alumnio. A origem muito variada. Os principais tipos de jazidas so: Metamrfico. Por metamorfismo regional, associado a mrmores (Birmnia, Paquisto), gnesis, granulitas ou anfibolitas (outras jazidas). Jazidas eluvionais e aluvionais sedimentrios. o modo mais freqente de encontrar-se em quase todas suas localizaes. 8.3 Pases produtores As jazidas de rubi mais importante do mundo encontram-se em Mianmar, antiga Birmnia, produzindo as melhores qualidades. Vietn e Tailndia tambm so produtores importantes ainda que nos ltimos anos as produes tailandesas tenham decado.Vietn produz qualidades de muito boa cor, parecidas s de Mianmar e outras inferiores. Os rubis de Tailndia costumam ter um tom arrocheado. Em Sri Lanka so freqentes pedras com asterismo, mas suas cores so quase sempre claras, e inclusive claramente rosas. Em frica os pases produtores importantes so Kenya, Tanznia e Madagascar, produzindo qualidades muito dispares, desde qualidades baixas, s aproveitveis para caboches, at material da cor equiparvel ao de os melhores rubis birmans.

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    8.4 Caractersticas de qualidade Como em outras gemas da cor, o preo das mais cotadas e valiosas, ainda que varivel, se rege em grande parte por caractersticas da cor, transparncia, tamanho (peso) e qualidade da lapidao. Cor e pureza so os parmetros fundamentais para se estabelecer a qualidade. O rubi de melhor cor o vermelho vivo com um tom secundrio prpura muito ligeira, (sangue de pombo), tambm o vermelho puro muito apreciado. Vermelho com ligeiro tom laranja uma cor inferior e vermelho mais escuro com ligeiro tom marrom seria o seguinte degrau. Os tons muito escuros ou morados so qualidades bem mais econmicas. O grau de pureza outro parmetro importante. Pedras de boa cor e limpas sero as de maior cotao no mercado. Exceto nas qualidades extraordinrias, admite-se um verdadeiro grau de incluses inclusive em pedras de muito alto preo devido escassez do rubi de boa qualidade. 8.5 Tratamentos Os principais tratamentos so os trmicos, destinados