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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - Operação de ... · desde a nascente até sua foz com a degradação e até extinção de muitos desses ... das causas e consequências da falta

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TEMA: Os rios „pedem‟ socorro e o ser humano precisa ser re-

educado.

Nova Cantú – PR

2010

UNIDADE DIDÁTICA

Recursos hídricos locais:

reconhecimento, recuperação

e cuidado.

Rio Água da Abelha - Nova Cantú - PR

FOTO: Nilton S. Luiz de Farias.

PROFª EDILENE SANTOS DE FARIAS PROFESSOR PDE

PROFª DRª CAROLINA VIVIANA MINTE-VERA PROFESSORA ORIENTADORA

2010

SUMÁRIO

1- IDENTIFICAÇÃO.........................................................................................4

2- INTRODUÇÃO..............................................................................................4

3- DESENVOLVIMENTO..................................................................................5

3.1 - Atividade 1 ..........................................................................................6

3.2 - Atividade 2............................................................................................9

3.3 - Atividade 3 ........................................................................................12

3.4 - Atividade 4 ........................................................................................14

3.4.1- Textos informativos.................................................................16

3.4.2- Reflexões.................................................................................20

3.4.3- Sugestões de vídeos...............................................................21

3.5 - Atividade 5..........................................................................................22

3.6 - Atividades 6 e 7..................................................................................25

3.7- Atividade 8.........................................................................................25

4- CONCLUSÃO..............................................................................................26

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................27

4

1- IDENTIFICAÇÃO

1.1- NRE: Campo Mourão.

1.2- MUNICÍPIO: Nova Cantú.

1.3- NOME DO PROFESSOR PDE: Profª Edilene Santos de Farias.

1.4- ÁREA/DISCIPLINA: Ciências.

1.5- PROFESSORA-ORIENTADORA: Profª Drª Carolina Viviana Minte-

Vera.

1.6- IES VINCULADA: UEM- Universidade Estadual de Maringá.

1.7- ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Prof. João Farias

da Costa – E.F.M.

1.8- TEMA: Os rios „pedem‟ socorro e o ser humano precisa ser re-educado.

1.9- TÍTULO: Recursos hídricos locais: reconhecimento, recuperação e

cuidado.

2 – INTRODUÇÃO

Entender como as ações humanas interferem na natureza e reconhecer-se

como parte integrante do meio é fato relevante nas pesquisas e estudos na

disciplina de Ciências do Ensino Fundamental.

Este trabalho tem como desafio a reconstrução de valores, necessários na

interação entre o ser humano e a natureza, contribuindo na edificação da

cidadania responsável. É um trabalho que visa mudanças significativas a médio e

longo prazo, pois o adolescente, durante seu processo de formação, precisa ter

acesso a conhecimentos científicos e buscar atitudes harmônicas que o levem à

compreensão do mundo em que vive, portanto, a escola como ambiente que

permite a sistematização do conhecimento científico intrínseco à contextualização

é o lugar cabível para que possamos rever a percepção dos alunos para com o

ecossistema aquático.

É relevante a discussão e análise sobre a escassez da água potável, um dos

problemas ambientais mais graves que a sociedade vem enfrentando atualmente.

Por isso, precisamos reconstruir atitudes responsáveis e efetivas para garantir

condições favoráveis aos cursos d‟água onde se vive, exigindo empenho e

5

cuidados com a natureza e ações concretas a serem tomadas diante de situações

de destruição do meio ambiente. Por conseguinte, nossa produção didático-

pedagógica envolve várias estratégias em busca de reconhecer, reconstruir

sua história e de cuidar dos cursos de águas doces locais e de suas

nascentes, a fim de levar os estudantes a “refletir o seu porvir, as atitudes e os

paradigmas que envolvem a sua relação com a natureza, já que os problemas

ambientais colocam em risco a sua própria existência” (TEIXEIRA, 2010, p.16).

Para a escola e para nós, educadores, será um grande desafio despertar no

estudante um novo olhar para com o ambiente local, mas é preciso rever os

modos de utilização dos rios, córregos e minas da localidade, a fim de frear a

degradação e estimular a preservação e recuperação. Com esta unidade didática,

objetiva- se conciliar o conhecimento científico aprendido na Escola com a

realidade da comunidade local. Desse modo, promoveremos a conscientização de

que “a espécie humana não está separada das outras. Está intimamente

relacionada ao restante da teia da vida” (TEIXEIRA, 2010, p.16).

Nesta produção didática apresentaremos a oportunidade ao estudante de

conhecer a história de alguns cursos de água que cortam o município de Nova

Cantú, de se identificar com o espaço físico em que ele habita, de refletir sobre a

interação entre a exploração da natureza e as características econômicas,

sociais, políticas e culturais do município.

3- DESENVOLVIMENTO

A água é um recurso básico importante à vida dos seres humanos e de todos

os seres vivos. Apesar de sua relevância, observamos o desprezo pelos rios

desde a nascente até sua foz com a degradação e até extinção de muitos desses

cursos de água, importantes tanto para a população ribeirinha quanto para

moradores de cidades distantes. É preciso ver os rios com o olhar de cuidado, e

esse cuidado deve partir da comunidade ribeirinha, promovendo a cidadania com

responsabilidade.

Precisamos rever as atitudes humanas frente aos cursos de água, reconhecer

o local onde se vive, conhecer as leis ambientais que protegem as matas ciliares

6

e sua importância para os rios, para a comunidade, para os outros seres vivos e

refletir sobre as ações da população para com o recurso água.

Neste contexto, buscaremos envolver nossos alunos na investigação do estado

dos cursos hídricos locais e da legislação que os protegem através de

questionários e debates realizados em sala de aula, delinearemos uma pesquisa

de campo próxima à moradia dos estudantes, constatando a realidade e os

problemas que os rios enfrentam, buscando conhecer a história do rio principal

desde os tempos remotos até a atualidade, construindo atividades que os levem a

distinguir cientificamente, variedades de folhas e plantas da mata ciliar proximal e

alguns animais que viveram na região. A partir dessas observações, os alunos

serão levados à reflexão sobre possíveis soluções para promover mudanças

efetivas, em especial que atinja pequenos grupos (suas próprias famílias e

comunidade).

Espera-se que estas vivências despertem neles o sentido da importância da

preservação das nascentes e dos cursos de água doce locais com matas ciliares

e os levem a mudanças significativas de hábitos e atitudes frente aos recursos

hídricos proximais. Freire (1979) nos fala que “é preciso procurar uma nova

escala de valores.” Valores que expressem o equilíbrio, “um novo modelo de vida,

um novo paradigma, que valorize a coletividade, o respeito, a diferença e o amor

entre as pessoas, e entre estas e a natureza. E acima de tudo, que valorize o ser

em detrimento do ter” (ARAÚJO, 2010, p.6).

Esta Produção Didática está composta de oito atividades descritas a seguir.

Visita da professora às nascentes, córregos e rios com registro fotográfico e

anotações sobre possíveis poluidores e estados dos rios e apresentação

dos resultados aos estudantes para discussão em sala de aula.

Esta atividade tem por objetivo tanto o registro fotográfico em que se encontram

alguns rios e algumas nascentes de Nova Cantú quanto à observação da

quantidade de matas ciliares. Estes materiais serão usados para expor aos

3.1- Atividade 1

7

estudantes em sala de aula o estado de degradação em que se encontram alguns

rios, córregos e nascentes que banham o nosso município, estimular à análise

das causas e consequências da falta de matas ciliares da região e permitir às

reflexões sobre situações concretas e proximais. Com essa atividade,

pretende-se anotar as ideias dos estudantes sobre as causas e consequências da

destruição das matas ciliares e dos possíveis extermínios dos rios e suas fontes.

O município de Nova Cantú localiza-se na região do Aquífero Guarani, deste

modo apresenta abundância em cursos d‟água. A água para abastecimento da

comunidade da zona urbana é obtida de poços artesianos e da zona rural é obtida

tanto de poços artesianos quanto de rios e nascentes que estão próximos à

residência. Assim espera-se que estudantes da zona rural apresentem mais

conhecimento sobre a situação dos rios e nascentes e passem a cuidar desses

recursos.

Resultados preliminares

Foram visitados os rios Cantu, do Peixe, Santo Rei, Tonete e uma nascente que

se localiza na estrada do Tacada durante os meses de dezembro de 2009 e

fevereiro a março de 2010. Nessas visitas constatou-se que há desrespeito com a

legislação ambiental: não são respeitadas as normas de preservação das matas

ciliares; os rios são usados para desedentação de animais domésticos; algumas

árvores que restavam das matas ciliares estavam sendo derrubadas para alargar

estradas; há moradas e plantações até as margens dos rios, entre outros.

As fotos abaixo retratam a pouca existência de mata ciliar às margens dos rios

que cortam Nova Cantú e a degradação lenta e notória do Rio Cantu, Rio do

Peixe, Rio Santo Rei, Rio Tonete e outros cursos d‟água, outrora grandes

produtores de peixes e locais com exuberantes matas e abundantes abrigos

naturais e de alimentação para animais.

8

Rio Cantu

Rio do Peixe

Rio Santo Rei Rio do Peixe

Nascente de água na estrada do Tacada Fotos: Nilton Santos Luiz de Farias.

9

Resgate da história local relacionada ao rio Cantu: realização de entrevistas

pela professora a moradores mais antigos e reunião de fotos antigas.

A finalidade desta atividade é resgatar a história de alguns rios que cortam o

município de Nova Cantú e do seu desbravamento, pois “todo amanhã se cria

num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no

passado e se corporifica no presente. Temos que saber o que fomos e o que

somos, para saber o que seremos” (FREIRE, 1979). E para o desenvolvimento de

uma cidade e de um povo, os rios são determinantes e relevantes. Desse modo,

esta atividade trará, junto com a história de Nova Cantú, a reconstrução da

história de cada indivíduo para com o meio em que vive, salientando a

própria relação e da família para com os recursos hídricos locais. Todavia é

relevante repensar a questão de construir em detrimento de destruir o ambiente.

O registro fotográfico abaixo, datado de 1955, nos evidencia o corte das

consideráveis árvores existentes às margens dos nossos rios para dar início à

colonização de Nova Cantú.

Fonte: Álbum de família de Aparecida Faria.

De acordo com a WWF-Brasil (2009), vilas, vilarejos e povoados foram surgindo,

usando os rios como verdadeiras cercas vivas. Não foi diferente com o

surgimento de Nova Cantú, que segundo o Sr. Rui Pereira (2009), antigo morador

do nosso município, os primeiros desbravadores iniciaram seu trajeto pelas

margens do pequeno Rio Azul que faz divisa entre os municípios de Nova Cantú e

3.2- Atividade 2

10

Roncador e deságua no Rio Cantú. Por ali descansaram. Seguindo caminho,

esses pioneiros descansaram às margens de outro rio pequeno e de águas frias e

cristalinas. Como era seis de janeiro, dia de Santos Reis, batizaram-no com o

nome de Rio Santo Rei. Na época, havia mata e animais em abundância, mas

para abrir passagem e continuar, a tropa enviou um picadeiro (homem que seguia

na frente da tropa derrubando árvores para armar acampamento) chamado Zé

Tonete. A tropa para homenageá-lo deu ao rio que corria em sentido de sua

andança o nome de Rio Tonete e ali acamparam. Quanto ao Rio do Peixe, como

o próprio nome já sugere, foi devido a grande quantidade de peixes que

encontraram para alimentar-se. O Rio Caratuva recebeu este nome pela

abundância de taquara (tipo de bambu chamado Caratuva) que fazia parte das

matas da região onde se localiza o curso de água. O Rio Tricolor recebeu este

nome por apresentar águas cristalinas que refletiam três cores, devido à

incidência dos raios solares. Em relação aos animais (paca, queixada, anta, tatu,

lagarto e outros) que circulavam entre as matas, eram diversos e em quantidade

suficiente para garantir a relação harmônica entre os seres.

Outra moradora antiga de Nova Cantú, Aparecida Faria (2010), relata que ao

chegar à cidade no ano de 1955, na época, comuna da cidade de Pitanga,

instalou-se com seu esposo às margens do Rio Cantu, principal rio que corta o

município e que leva o nome da cidade, a mata era fechada, ou seja, as árvores

nativas (pinheiros, gabirobas, cedros, perobas, pitangueiras, figueiras,

jabuticabeiras, amoreiras e outras) eram frondosas e em grande quantidade.

Existiam também árvores de pequeno porte como samambaias (nas poucas

matas que restam, ainda encontramos algumas espécies dessa planta), palmitos,

mostarda, almeirão do mato e outras. Quanto aos animais que circulavam entre

as matas, a sua fala veio de encontro com a do outro entrevistado (Rui Pereira),

cujos animais já foram citados.

Segundo a Sra. Aparecida (2010), a água do Rio Cantu era cristalina e fria.

Utilizavam a água das minas contíguas aos barrancos para beber e fazer comida,

mas se necessário usar a água do rio, não haveria risco, pois a mesma era

insípida e límpida. Os precursores tinham como diversão banhar-se nas

corredeiras do rio como também as usavam para lavarem suas roupas, como

vemos nas fotos que seguem.

11

Corredeiras do Rio Cantu-1955 Fonte: Álbum de família de Aparecida Faria.

Nas terras desmatadas construíam suas habitações e eram utilizadas pelos

safristas de porcos e para o plantio de milho, hortelã-pimenta, feijão, arroz e

outras culturas. Não empregavam agrotóxicos, pois não havia pragas. A

diversidade de peixes no rio era grande, existindo espécies como o pacu, o

piapara, o dourado, o lambari, o cascudo, o bagre, a traíra, o pintado e outros.

Para facilitar a travessia dos habitantes pelo Rio Cantu no início da exploração, foi

necessário à construção de botes e balsa, como podemos constatar através das

imagens abaixo.

12

Rio Cantu-1955 Fonte: Álbum de família de Aparecida Faria.

Resultados preliminares

Entrevistas realizadas pela Profª Edilene Santos de Farias (42 anos), nas

residências dos entrevistados em novembro de 2009 ao Sr. Rui Pereira (76 anos)

morador de Nova Cantú há 50 anos e em fevereiro de 2010 a Sra. Aparecida

Faria (75 anos) moradora de Nova Cantú há 55 anos.

Aplicação de questionário para avaliar conhecimento e atitudes dos

estudantes.

No uso deste instrumento iremos investigar a relação homem-natureza que o

educando adota em seu cotidiano, principalmente quanto aos recursos hídricos

locais, recolhendo informações comportamentais, valores e atitudes diante do

meio em que vive desde sua chegada ao ambiente de moradia até o momento

atual.

Iremos distribuir, individualmente, um questionário construído pela professora, a

fim de ter conhecimento sobre o grau de conservação e exploração que os alunos

e suas famílias têm para com os recursos hídricos proximais, matas ciliares e

3.3- Atividade 3

13

animais que existem em cada região do município e em que estado de

preservação os rios e suas fontes se encontram, caso haja algum recurso hídrico

por perto de cada moradia.

O questionário proposto constará de perguntas „fechadas‟, propiciando precisão

nas respostas e será distribuído aos estudantes após orientação para seu

preenchimento. Deverá ser devolvido na mesma aula a fim de que os estudantes

exponham apenas o que percebem até o momento. Abaixo segue o modelo de

questionário.

Produção didático-pedagógica.

PDE–Programa de Desenvolvimento Educacional 2009.

Profª. Responsável: Edilene Santos de Farias.

Nome do aluno:______________________Série:_______ Data:____/____/____

1) Você se sente parte integrante do meio ambiente onde vive? a) Sim b) Não.

2) Qual a região de Nova Cantú que você mora?

a) comunidade 48 d) comunidade do Campinho

b) assentamento Santo Rei e) assentamento Nova Jerusalém

c) comunidade Água da Irara f) outros. Qual?_________________

3) Há quanto tempo sua família reside neste local?

a) 0 a 5 anos b) 6 a 10 anos c) 10 a 15 anos d) mais de 15 anos.

4) Como era o ambiente quando sua família chegou neste local de moradia?

a) muita vegetação e animais b) pouca vegetação e animais

5) Atualmente, como se encontra o ambiente que você habita?

a) muita vegetação e animais b) pouca vegetação e animais

6) Qual o rio principal ou córrego que passa por sua comunidade?

a) Rio Cantu f) Rio Tonete

b) Rio do Congo g)Rio Caratuva

c) Rio do Peixe h)Rio Tricolor

d) Rio do Irerê i ) Rio Água da Abelha

e) outro rio. Qual?___________________________

7) Você sabe onde ele nasce? a)Não b )Sim Onde?______________

8) E onde deságua? a) Não b) Sim Onde?_____________________

9) Tem vegetação às margens (beiras) desse rio?

a) Nada b) Pouco c) Muito Quais tipos?____________________________________

10) Existem animais vivendo dentro da água deste rio?

a) Não b) Sim Quais?_____________________________

11) Existem animais vivendo nas margens deste rio?

a) Não b) Sim Quais?_____________________________

14

12) A água do rio ou córrego apresenta cheiro? a) Não b) Sim. Que tipo?________

13) Há erosão perto dos rios? a) Sim b) Não

14) Qual a distância da plantação para os cursos de rios ou minas?

a) muito perto b) muito longe

15)Você acha que as águas do rio podem estar contaminadas?

a) Sim b) Não Por quê?____________

16) Como se relacionam com o rio as pessoas que moram perto dele?

a) para pescar b) para transporte

c) para banhar-se d) outras relações. Quais?_________________

17) De onde vem a água que abastece a sua casa?

a) do rio b) do poço d) da mina e) outro local. Qual?______________

18) A qualidade da água que você e sua família consomem é:

a) boa b) ruim. Por quê?_______________________

19) Qual o destino do lixo da sua casa?

a) queima b)põe em terreno a céu aberto c)enterra d) o caminhão recolhe e) outro. Qual?_____

20) Qual é o destino dos dejetos do banheiro da sua casa?

a) fossa séptica b) rede de esgoto c) no rio d ) a céu aberto e) outro local. Qual?____________

21)Na sua casa, vocês economizam água? a)Sim b)Não

22)É preciso manter a vegetação à beira dos rios e das nascentes?

a) Sim b) Não Por quê?______________________________

23)Você acha que a água do Planeta um dia irá acabar?

a) Sim b) Não Por quê?______________________________

24) É preciso preservar o meio ambiente na cidade e na zona rural?

a) Sim b)Não Por quê?______________________________

Atividade em sala de aula de contextualização da questão global das águas

com vídeos, textos científicos do livro didático, textos informativos e

discussão da problemática das águas no mundo com dinâmicas de grupo.

Esta atividade indicará que a escola associa os conteúdos científicos aos

conteúdos do dia-a-dia ao apresentar a Legislação que protege os recursos

hídricos e sobre os rios princ ipais do município de Nova Cantú, desde sua

nascente até a foz, sob a forma de textos informativos, levando-os a reflexões

sobre as implicações da falta d‟água no planeta, o desaparecimento de alguns

3.4- Atividade 4

15

cursos d‟água, a extinção de nascentes, as perdas da fauna e da flora provocadas

pelo próprio ser humano e que algumas vidas “já foram extintas sem sequer se

saber de sua existência” (TEIXEIRA, 2010, p.16).

Para ilustrar as aulas de Ciências sobre o tema em estudo, apresentaremos alguns vídeos cujos títulos vêm a seguir.

O ciclo da água - A turma da Clarinha e o ciclo da água. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws&feature=related. Acesso em: 21/04/2010. Duração: 6min:51s.

Água, o mundo com ela... O mundo sem ela. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=OhDSOPxJMVU&feature=related. Acesso em: 08/06/2010. Duração: 5min:58s.

Toda nascente é sagrada. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JjKnH4qBAtA. Acesso em: 29/04/2010. Duração: 6min:59s.

Pardinho - “Pardo sim, sujo não.” Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=j3PEXQ69DsA&feature=related. Acesso em 29/04/2010. Duração: 8min:7s.

Mata Ciliar... Plante e cuide! Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=jDXSLbGxEEE&feature=related. Acesso em 29/04/2010.

Duração: 3min:43s.

Após cada exposição de vídeo promoveremos debates e em seguida

solicitaremos textos escritos ou ilustrativos para verificar a aprendizagem e

subsídios que o indivíduo obteve sobre a preservação e o cuidado para com os

cursos de água.

Analisando os textos do livro didático de Ciências da 6ª Série/7ª Ano do Ensino

Fundamental, os mesmos se adéquam ao tema em estudo, recursos hídricos.

Quando falamos sobre as interações entre os seres vivos, podemos explorar as

mudanças e a exploração nos ecossistemas, enfatizando o ecossistema aquático;

as ações humanas e suas conseqüências negativas no ambiente aquático; a

formação, a proteção e a recomposição dos ecossistemas, ressaltando o

aquático, devido ao Projeto cujo tema o envolve; o desenvolvimento e o meio

ambiente; o tráfico de plantas e de animais selvagens. Em se tratando da energia

luminosa, podemos envolver a importância do Sol no ciclo da água e para os

seres vivos. Ao estudarmos a organização e a origem dos seres vivos,

buscaremos rever a relevância da água na organização celular de cada ser vivo,

conhecendo as teorias da origem da vida e como a mesma surgiu em nosso

planeta, ressaltando a quantidade e a qualidade da água no passado e no

16

presente. Ao aprendermos sobre o registro da diversidade da vida que retrata a

classificação dos seres vivos e seus reinos, envolveremos o valor da água para o

desenvolvimento ambiental harmônico, para a saúde e para a evolução de todos

os seres.

Posteriormente, as dinâmicas serão exploradas de modo que ofereçam

atividades que descubram o conhecimento popular e levem nosso aluno à

aquisição dos conhecimentos científicos sobre as árvores que ainda restam

próximas a moradia do estudante e dos cursos d‟água proximais, bem como

coletar variedades de folhas que por ali se apresentarem para fazer a secagem

das mesmas e em seguida colá-las no caderno, adicionando informações

cotidianas e científicas relevantes sobre a folha e/ou a planta da qual a folha se

deriva, utilizando livros e a tecnologia (internet) disponível na escola; disponibilizar

ilustração que exponha a piracema (época em que os peixes nadam contra a

correnteza dos rios para reproduzir) para que cada aluno use a imaginação e o

conhecimento adquirido na construção de sua estória; compor pequenos grupos

em sala de aula para que inventem histórias em quadrinhos fazendo referência a

trajetória de um animal em um curso de água.

Os textos informativos servirão de integração entre o aprendizado de sala de

aula e a prática diária, divulgando a legislação para que o ser humano possa ter

noção que seus atos sobre o ambiente abrangem leis que conduzem a ação

humana a conservar e cuidar devidamente dos recursos naturais.

Apresentaremos o Código de Água, a Lei Ambiental Federal (Código Florestal)

que protege os cursos de água doce e Os dez mandamentos ambientais que

incentivam o ser humano a agir responsavelmente no presente, garantindo o

futuro sem devastação.

3.4.1- Textos

Informativos

17

LEGISLAÇÃO - Código de Água

O Código de água, estabelecido pelo Decreto Federal n.º 24.643, de 10 de

julho de 1934, consubstancia a legislação básica brasileira de águas.

Considerado avançado pelos juristas, haja vista a época em que foi promulgado,

necessita de atualização, principalmente para ser ajustado à Constituição Federal

de 1988, à Lei nº 9.433, de 08 de Janeiro de 1997, e de regulamentação de

muitos de seus aspectos.

O referido Código assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente de

água para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as águas

públicas, conformando-se com os regulamentos administrativos. Impede a

derivação das águas públicas para aplicação na agricultura, indústria e higiene,

sem a existência de concessão, no caso de utilidade pública, e de autorização

nos outros casos; em qualquer hipótese, dá preferência à derivação para

abastecimento das populações.

O Código de água estabelece que a concessão ou a autorização deva ser feita

sem prejuízo da navegação, salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em leis especiais.

Estabelece, também, que a ninguém é lícito conspurcar ou contaminar as águas

que não consome, com prejuízo a terceiros.

Ressalta ainda, que os trabalhos para a salubridade das águas serão realizados

à custa dos infratores que, além da responsabilidade criminal, se houver,

responderão pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes forem

impostas pelos regulamentos administrativos. Também esse dispositivo é visto

como precursor do princípio usuário-pagador, no que diz respeito ao uso para

assimilação e transporte de poluentes.

Fonte: Recursos Hídricos no Brasil, de abril de 1998.

LEI AMBIENTAL FEDERAL Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965.

Institui o novo Código Florestal

Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as

florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

18

§ 2o Para os efeitos deste Código, entende-se por: (Incluído pela Medida Provisória nº

2.166-67, de 2001) (Vide Decreto nº 5.975, de 2006).

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em

faixa marginal cuja largura mínima será: (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de

largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50

(cinquenta) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a

200 (duzentos) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200

(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de

18.7.1989)

5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior

a 600 (seiscentos) metros; (Incluído pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;

c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água",

qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta)

metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;

e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a

100% na linha de maior declive;

f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo,

em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; (Redação

dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a

vegetação.

(Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

19

OS DEZ MANDAMENTOS AMBIENTAIS

1- Estabeleça princípios ambientalistas que possam ser alcançados;

2- Faça uma investigação de recursos e processos, desperdício de matéria-

prima;

3- Estabeleça uma política ecológica de compras, priorizando produtos

biodegradáveis;

4- Incentive seus colegas a agirem de forma ambientalmente correta, em

busca do combate ao desperdício e práticas poluentes;

5- Não desperdice, contribua para poupar os recursos naturais;

6- Evite poluir seu meio ambiente, fazendo uma avaliação criteriosa;

7- Evite riscos, verificando cuidadosamente, todas as possibilidades de riscos

de acidentes ambientais;

8- Anote seus resultados, registrando suas metas ambientais e os resultados

alcançados;

9- Comunique-se, busque uma atitude de diálogo com o outro;

10- Arranje tempo para o trabalho voluntário, combine estudo e reflexão com

ação.

Autor: Vilmar Berna. Fonte: http://www.sitiovagalume.com/permacultura/os-dez-mandamentos-

ambientais/. Acesso em 23 abr. 2010.

PRINCIPAIS RIOS DE NOVA CANTÚ

RIO CANTU – É o maior rio em volume de água, está localizado no sul do

município. Possui 50m de largura e 7m de profundidade. Tem potencial para

produção de energia através de hidrelétricas. Limita-se com os municípios de

Palmital, Laranjal e Altamira do Paraná.

RIO TRICOLOR – Segundo rio em volume de água. Situa-se na comunidade 48,

divisa com o município de Mamborê.

RIO TONETE – Possui sua nascente no Assentamento Santo Rei. É importante

pelo fato de margear a área urbana da cidade de Nova Cantú.

RIO CARATUVA – Faz divisa com o município da Campina da Lagoa e possui

sua nascente na comunidade 48. Atravessa as comunidades Água da Irara

Caratuva, Dito Ferreira e desemboca no Rio Cantu, na comunidade do Taubaté.

20

RIO DO PEIXE – Possui sua nascente na comunidade Rio do Peixe, próximo ao

município de Roncador. Atravessa o município e deságua no Rio Caratuva

contíguo ao Rio Cantu na comunidade Cantuzinho. Em seu fluxo apresenta o

Saltão do Rio do Peixe com 30m de largura e 12m de altura.

RIO SANTO REI - Sua nascente fica na comunidade do Santo Rei próxima a

Fazendo Slavieiro. Segue até o Rio Cantu separando a comunidade Santa

Terezinha.

RIO AZUL – Nasce na comunidade Rio do Peixe, sendo que este divide o

município de Roncador e deságua no Rio Cantu. Apresenta duas cachoeiras: uma

apresenta cerca de 12m de largura, 8m de altura e 4m de profundidade,

enquanto a segunda ostenta cerca de 14m de largura, 3m de altura e 2m de

profundidade.

RIO VALÊNCIA – Brota no Assentamento Santo Rei, atravessando a comunidade

Campinho e deságua no rio Cantu.

RIO ÁGUA DA ABELHA – Surge na comunidade água da Abelha e deságua no

rio Santo Rei. Em seu curso possui um salto cujo nome é Saltão da Água da

Abelha com 40m de largura, 100m de comprimento e 20m de profundidade.

RIBEIRÃO DO IRERÊ – Nasce na comunidade Água da Irara e deágua no Rio

Caratuva.

Fonte: Inventário Turístico do Município de Nova Cantú, 2000.

Após as leituras dos textos de conhecimento científico e informativo, promover

debates reflexivos.

-

São necessárias as leis ambientais?

As leis ambientais estão sendo respeitadas?

Por que os animais e plantas estão desaparecendo?

3.4.2-

REFLEXÕES

ÕES

21

A qualidade da água do Rio Cantu é confiável para o consumo?

A água do início da formação do planeta é a mesma quantidade que

circula atualmente?

A água vai acabar? E a água potável?

O ser humano está cuidando adequadamente das fontes de água

doce? Como?

Em seguida às ponderações, levar o aluno a produzir um texto a fim de que o

mesmo reconstrua seu próprio conhecimento.

Resultados esperados

Espera que os conteúdos trabalhados em sala de aula durante todo o ano letivo

na 6ª Série/7º Ano do Ensino Fundamental, associando a nova tecnologia

(Internet) com a tradicional (escrita), estimulem os estudantes a perceber que o

que se aprende na escola está inseparável do mundo e que o que estudam na

teoria se reflete no cotidiano. Pois são os acontecimentos históricos-políticos que

permeiam o trabalho na escola, consequentemente, os assuntos que são

estudados em sala de aula.

Os vídeos sugeridos terão caráter suplementar aos conteúdos estudados em

sala de aula, reforçando a conscientização do aluno para reconstruir e cuidar do

espaço físico em que habita, sobretudo dos recursos hídricos locais.

Planeta Água. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=5humo0Xk-

V0&feature=related. Acesso em: 21/04/2010. Duração: 6min.

Proteja as Matas Ciliares. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=vN1LrVs3zjw. Acesso em 29/04/2010. Duração: 7min:48s.

Programete Praça Ecológica – Mata Ciliar. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=pkfdrbrN2kg. Acesso em 29/04/2010. Duração: 1 min.

3.4.3-

SUGESTÕES DE

VÍDEOS

22

Diagnóstico participativo dos recursos hídricos locais:

a) Construção de maquete interativa do município em sala de aula para

localizar a região em que residem os alunos e a comunidade, inclusão da

malha hidrográfica local e matas ciliares.

Este diagnóstico requer a participação coletiva dos alunos na construção da

maquete interativa focada na hidrografia de Nova Cantú. Será utilizada a

metodologia descrita em Valencio et al. (2009), utilizando materiais simples de

manipular, a fim de localizar as regiões municipais e o estado de

conservação de alguns rios e suas matas. Será feita discussão após a

finalização da maquete sobre o estado de conservação dos córregos, rios e matas

ciliares do município.

b) Elaboração questionários pelos estudantes para entrevistar os moradores

mais antigos sobre os recursos hídricos locais no início do desbravamento

municipal.

Este recurso pretende confrontar a história atual com a história mais antiga

sobre a situação de alguns recursos hídricos locais através de um novo

questionário construído pelos estudantes, procurando satisfazer algumas

curiosidades que por ventura venham ter.

c) Convite a moradores mais antigos para serem entrevistados pelos

estudantes em sala de aula.

Este recurso utiliza o anterior e propõe que algumas “pessoas-fonte” do

nosso município levem à sala de aula seus conhecimentos cotidianos sobre

o desbravamento de Nova Cantú e de alguns rios que cortam o próprio

município, evidenciando que os conhecimentos cotidianos estão interligados com

os conhecimentos científicos de sala de aula. As atividades b e c serão

complementares, conduzindo para o momento de reflexão a respeito das

consequências em relação às atitudes do passado e das atuais do ser humano

diante dos recursos hídricos locais. Anotar todas as informações.

3.5- Atividade 5

23

d) Realização de entrevistas fora de sala pelos estudantes com familiares

mais velhos.

Esta ação irá propiciar ao educando informações em tempos e lugares

diferentes, resgatando a história e exploração da sua família para com o

meio, “para que o confronto dos conceitos científicos, com os conceitos

cotidianos dos aprendentes gradativamente avance e sempre retome o

aprendizado anterior, incorporando-o e superando-o” (GASPARIN, 2002). Trazer

as respostas escritas no caderno.

e) Discussão dos resultados parciais em sala de aula: como era e como

está.

Este procedimento realizará uma exposição, em sala de aula, com fotos do

passado e do presente de alguns recursos hídricos municipais e relatos das

“pessoas-fonte” para comparar as ações humanas no decorrer da história

cantuense, promovendo discussões e debates a fim de perceberem que ao longo

da história do município os avanços sociais e tecnológicos alteraram a interação

do ser humano com o meio. Finalizando esta atividade com textos contendo

possíveis recursos para a re-educação do ser humano.

Rio Cantu em 1955. Rio Cantu em 2010.

Margens do Rio Cantu em 1955 e 2010. Fonte: Álbum de família de Aparecida Faria.

Fotos: Nilton S. Luiz de Farias(2010).

24

A imagem de satélite acima da cidade de Nova Cantú demonstra a destruição de

nossas matas. A parte avermelhada representa a ausência das mesmas. Deste

modo, construir o diário do Rio Cantu (modelo tirado do site

http://cadernoaguas.wwf.org.br/index.php?cap=3&pag=3&est=5. Cap.: O sorriso

de um rio) é relevante na reconstrução da história do rio principal do município

para apreciação da fauna e da flora que compunham a região.

f) Visita a campo.

Neste trabalho o que se pretende é que o aluno observe as ações humanas

com alguns cursos d‟água municipais e que este assuma uma nova maneira

diante da realidade que se mostra. Ilustrações com o que viram.

Resultados esperados

Construir e reconstruir faz parte do ensino e da aprendizagem. Portanto, envolver

nossos alunos com a realidade que hora se apresenta em nossos recursos

hídricos é transportar para perto o que geralmente é visto à distância.

25

Atividade 6 - Reunião dos resultados e discussão geral: montagem de uma

exposição pelos alunos, com discussão de qual o futuro dos rios.

Atividade 7 - Apresentação da exposição de fotos e de relatos do passado e

do presente à comunidade.

Esta previsão de trabalho será desenvolvida coletivamente em um dos

ambientes da nossa Escola, com a participação das comunidades escolar e civil,

de modo que demonstre a coletânea fotográfica, a maquete interativa, desenhos,

o diário do rio e o aprendizado alcançado através dos estudos e pesquisas sobre

o estado de conservação dos recursos hídricos locais.

A proposta procurará envolver o Secretário do Meio Ambiente com uma pequena

fala, para que o mesmo explane a situação dos recursos hídricos locais e o que

as autoridades municipais estão fazendo para a preservação de nossos rios,

matas e nascentes. “Só desta maneira o compromisso com a transformação da

prática social começa a ser efetivamente exercido” (Gasparin, 2002).

Resultados esperados

Espera-se envolver a comunidade à problemática dos nossos rios a fim de que a

mesma conheça a história dos cursos d‟água locais e analise as consequências

dos atos impensados que o ser humano vem cometendo ao longo do tempo e

passe a cuidar efetivamente das nossas águas.

Avaliação final com novo questionário.

Este mecanismo será utilizado para reconhecer se os conteúdos trabalhados

foram e são significativos à vida individual e coletiva do indivíduo. Como também

conhecer as metas atingidas. Veja o modelo.

3.6- Atividades 6 e 7

3.7- Atividade 8

26

Produção didático-pedagógica.

PDE–Programa de Desenvolvimento Educacional 2009.

Profª. Responsável: Edilene Santos de Farias.

Nome do aluno : ______________________ Série:____________ Data: _____/_____/______

Avaliação de desempenho:

PERGUNTAS SIM NÃO NÃO

SEI

1- O conteúdo apresentado pelo Projeto é importante?

2- Você adquiriu conhecimento sobre a situação dos nossos rios e nascentes?

3- Os problemas apresentados sobre os nossos rios e nascentes são reais?

4- Você se sente parte integrante do meio em que vive?

5- O conteúdo do Projeto está entrelaçado com os conteúdos de sala de aula?

6- O conteúdo estudado através do Projeto está integrado ao seu cotidiano?

7- Houve interação entre a professora e os alunos?

8- O conteúdo despertou seu interesse?

9- Houve aprendizagem no decorrer dos trabalhos?

10- É importante cuidar de nossas águas?

11- A água é importante para os seres vivos?

12- Os vídeos assistidos contribuíram para a sua aprendizagem?

13- Suas ações em relação a preservação, serão modificadas após esse estudo?

14- É importante conhecer a Legislação Ambiental (leis)?

15- A visita das “pessoas-fonte” foi importante?

16- A história de alguns rios do nosso município contribuiu para o seu

conhecimento?

17- Os textos informativos cooperaram com o seu aprendizado?

Resultados esperados

Espera-se avaliar as atividades propostas nesta produção didático-pedagógica

como meios de disseminar ações responsáveis entre nossos alunos, de maneira

que os mesmos revejam suas atitudes para com o ambiente em que vive e

tornem-se atuantes efetivos, multiplicadores e cuidadores.

4- CONCLUSÃO

De acordo com Freire (1979), “a educação tem caráter permanente. Não há

educados e não educados. Estamos todos nos educando. Existem graus de

educação, mas estes não são absolutos.” Portanto, se a escola entrelaçar

conhecimentos científicos aos conhecimentos cotidianos, construirá um novo

27

saber e uma nova visão de mundo, onde a relação homem-natureza

proporcionará um desenvolvimento sustentável.

No entanto, o trabalho educativo propõe a re-educação de valores para com o

meio, que requer trabalho contínuo e persistente, pois o ser humano precisa

reconhecer que “a mata ciliar forma uma comunidade de plantas, animais e outros

organismos vivos que interage com outros componentes não vivos, como os rios.

Essa interação é benéfica a todos” (NASS, 2002).

Todavia, é relevante a reconstrução da nossa história para que possamos rever

nossos costumes quanto à exploração dos recursos hídricos locais, pois “não há

transição que não implique um ponto de partida, um processo e um ponto de

chegada” (FREIRE, 1979).

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, G. J. M. O outro lado do desenvolvimento sustentável. Jornal

Mundo Jovem. Nº 405, p. 06, abr. 2010.

BERNA, V. Os dez mandamentos. Disponível em:

http://www.sitiovagalume.com/permacultura/os-dez-mandamentos-ambientais/.

Acesso em: 23 abr. 2010.

BRANCO, C, H.; LEME, H.; BULHÕES, O. G. de; LACERDA, F. Lei Nº 4.771, de

15 de setembro de 1965. Disponível em:

http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/legislacao/federal/leis/1965_Lei_Fed_

4771.pdf. Acesso em: 27 abr. 2010.

FARIAS, E. S. de; MINTE-VERA, C. V. Os rios „pedem‟ socorro e o ser

humano precisa ser re-educado. Projeto de Intervenção Pedagógico na Escola

apresentado ao Programa de Desenvolvimento de Educação – PDE do Estado do

Paraná. 2009. p.24.

FREIRE, P. Educação e Mudança – Tradução: Moacir Gadotti e Lillian Lopes

Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. 80 p. Título original em espanhol:

Educacion y Cambio.

28

GASPARIN, J. L. Instrumentalização: ações didático-pedagógicas para a

aprendizagem. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 1. ed. –

Campinas-SP. Autores Associados, 2002. Cap. 3, p. 51-126.

NASS, D. P. Mata ciliar: corredor da natureza. © Revista Eletrônica de Ciências

- Número 14 - Dezembro de 2002. Disponível em:

http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_14/mataciliar.html. Acesso em: 21

set. 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano. Plano Diretor de

Uso e Ocupação do Solo Municipal - PDUOS. Recursos hídricos: principais

rios do município de Nova Cantú. Nova Cantú, PR, jul. 2006.

TEIXEIRA, E. C. Biodiversidade: valores e benefícios. Jornal Mundo Jovem. Nº

407, p.16, jun. 2010.

UNIVERSIDADE DA ÁGUA. Código das Águas.

http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=legislacao.ht

m. Acesso em: 27 abr. 2010.

VALENCIO, N.F.L.S et al. Gestão de desastres na escola: bases

metodológicas para a utilização de maquetes interativas no Ensino

Fundamental. São Carlos: UFSCar, 2009. Disponível em:

http://www.ds.ufscar.br/laboratorios/neped-nucleo-de-estudos-e-pesquisas-

sociais-em-desastres-1/maquetes-interativas. Acesso em: 08 jul. 2010.

WWF-BRASIL. Livro das Águas. Caderno de Educação Ambiental. Cap. O

sorriso de um rio. Disponível em:

http://cadernoaguas.wwf.org.br/index.php?cap=3&pag=3&est=5. Acesso em:

18 nov. 2009.

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