1.

No texto que nos foi dado para consulta O Social Bookmarking, são identificadas

algumas características definidoras da importância ou utilidade do Diigo:

- "disponibilizar seus favoritos na internet para o seu fácil acesso e para compartilhar

com os usuários deste tipo de serviço."

- classificar os favoritos com palavras-chave com o objectivo de "facilitar a posterior

recuperação da informação."

- "(...)vantagens ao nível da pesquisa, pois é possível pesquisar quer nas nosssa tags,

quer nas tags dos outros utilizadores. Deste modo, podemos encontrar pessoas com os

mesmos interesses e "descobrir" novos sites relacionados com o mesmo assunto,

potenciando, assim, a partilha e a colaboração."

Facilitar a acessibilidade, partilha e recuperação de informação, identificação de comuns

interesses e eventual constituição de comunidades de partilha de interesses, são em

termos simplificados as vantagens desta "ferramenta" web.

Na medida em que cada indivíduo utilizador do Diigo atribui uma etiqueta ou conjunto

de etiquetas às obras referenciadas, manifesta algo da sua pessoa. Dando-se a conhecer -

porque a "etiquetagem" já manifesta algo sobre quem o faz - dá a conhecer e ajuda a

descobrir.

2.

Penso que esta ferramenta é útil na biblioteca escolar, pelas razões já adiantadas e tanto

mais útil ela será quanto mais vasto o campo de obras referenciado. A disposição em

nuvem permitindo visualmente identificar os temas principais torna-se também muito

apelativa.

Como todas as ferramentas exige uma abordagem que terá de ir além dos aspectos

meramente técnicos ou tecnológicos. Ela implica sobretudo a capacidade de discernir o

conceito ou conceitos, as imagens ou símbolos, adequados à "etiquetagem" dos

conteúdos analisados. Este, deverá ser numa primeira fase o trabalho do professor

bibliotecário, até pelas manifestas dificuldades de muitos alunos em encontrarem o

conceito adequado para a definição do conteúdo analisado.

Na busca suscitada por uma etiqueta podemos descobrir algo sobre o que nos interessa,

ou descobrir a novidade na abordagem do que nos interessa. As "marcas sociais"

manterão sempre uma dupla valência: referenciadora do já sabido, indicadora do que se

desconhece.

A implementação de uma ferramenta como estas, implica primeiro que tudo a

sensibilização para as suas potencialidades de descoberta. Da fragmentação da

informação (títulos, palavras), poderá chegar-se a um acervo informativo substancial e

sobretudo a uma comunidade de interessados na matéria.

Operacionalizar esta ferramenta na escola implicará primeiro um grande

acompanhamento inicial dos alunos no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa

solicitados pelos professores das diversas áreas. Sessões inicialmente desenvolvidas no

contexto de turma a propósito de matéria ou conteúdo a leccionar no ano lectivo em

causa, poderão ser o pontapé de saída para a efectiva e eficaz implementação desta

ferramenta.