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De coração 020JULHO 2010 AnoV
CLÁSSICO DE HOJE
MERCADO POPULAR LANÇA NOVAS PROMOÇÕES
PAVIMENTOS EM PELE
SASHA, O BANHO DE UM NOVO ESPÍRITO
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EDITORIAL 03
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RIA
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oReconstruções improváveis
Há imagens profundamente simbólicas e a foto que ilustra a capa deste
número é um bom exemplo desse poder do visual.
Uma grua parada há tempo sufi ciente para servir de ninho a uma cegonha
é uma forte metáfora do estado da construção civil em Portugal.
O sector estagnou, há cada vez menos obra nova, e o impacto é sentido
não só nas empresas de construção como em todos os sectores que com
elas se relacionam – a indústria e comércio dos materiais, a banca, os
seguros, as transportadoras, o imobiliário, entre outros.
Mais uma vez, as aves da foto parecem sugerir a solução para ultrapassar
a inércia actual.
É possível revitalizar, reutilizando. Ao transformar o velho no novo,
atribuindo uma nova função a uma estrutura antiga e que não havia
sequer sido pensada para “habitação”, estes animais mais não estão a
fazer do que aplicar a defi nição de reconstrução urbana.
E esta é particularmente urgente nos centros das cidades, que continuam
a decair à vista de todos. É preciso recuperar o edifi cado, mesmo que
para isso os espaços tenham de ganhar novos usos.
Veja-se o caso dos lofts, hoje uma opção procurada por muitos, mas
aparentemente improvável. Não é óbvio, pensar num espaço industrial e
pouco acolhedor para habitação, mas é esse o exemplo que nos é dado
pelas aves, que nidifi cam em sítios improváveis.
Mas não foram apenas as gruas que pararam…
Também as cegonhas parecem ter-se demitido das suas “funções”.
Cabe-lhes fazer o seu papel, contrariando uma evolução demográfi ca
preocupante para Portugal.
A nossa população tem vindo a envelhecer e é urgente aumentar as
taxas de natalidade. Também nós precisamos de nos “reconstruir” e,
mais uma vez, também neste âmbito, o velho tem que gerar o novo.
Presidente do Conselho de Administração da Matobra
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FICHA TÉCNICA
Entidade proprietária | Matobra - materiais de construção e decoração, S.A.
Coordenação | Marta Rio-Torto
Textos | Claúdio Domingos e Marta Rio-Torto
Fotografi a | Danilo Pavone
Paginação e Projecto gráfi co | Alexandre Saraiva
Tiragem | 2000 exemplares
Periodicidade | Trimestral
Impressão | FIG - Indústrias Gráfi cas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020 Coimbra
Isenta de registo no I.E.S. mediante decreto regulamentar 8/99 de 9/06 art. 12º nº 1 a)
Índice
3 Editorial
7 Entrevista De coração | Paulo Soares
17 Com assinatura Matobra
17 | Quem disse que um SPA não pode ter cor?
22 | Clássico de hoje
24 Ideias e soluções
24 | Uma fonte de água mineral em sua casa
26 | O efeito modular
28 | Mercado Popular lança novas promoções
31 Entrevista |Cristóvão Belfo
38 Estilus
38 | Transtube
41 | Playstyle
44 | Uma questão de pele
46 Entrevista | Laura Osório
52 Galeria Matobra
52 | Sasha, o banho de um novo espírito
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ENTREVISTA 07
Paulo Soares é, sem dúvida, uma das
pessoas que mais fi zeram pela Guitarra
Portuguesa.
Foi com ele que se quebrou uma tradição
de ensino oral do instrumento, sem
pautas ou qualquer material escrito que
o estruturasse, ao publicar o “Método
de Guitarra Portuguesa”. A ele se deve
também a introdução da Guitarra nos
programas curriculares dos Conservatórios
Ofi ciais, fi cando para a história como o seu
primeiro professor.
Mas, ao contrário do que se poderia
pensar, este apego ao património musical
de Coimbra não faz dele um saudosista,
fi rmemente afeiçoado a uma memória
cristalizada no tempo.
É um dos guardiões do tesouro, mas assume
esse papel de forma generosa, partilhando
o que sabe com os que o procuram e sem
barreiras ou receios de inovação. Tem por
isso levado a Guitarra em incursões por
diferentes estilos musicais e não hesita
sequer em contrariar o preconceito face
a mulheres como intérpretes do Fado de
Coimbra.
Em entrevista à De coração, Paulo Soares
desvaloriza a tradicional rivalidade entre
os Fados de Lisboa e de Coimbra e
lamenta a falta de apoio para que se possa
abandonar um modelo que, na maioria
dos casos, continua a ser de amadorismo,
para um regime profi ssional.
Entrevista De coração: Paulo Soares
“Do ponto de vista dos solistas de guitarra, há em Coimbra quem esteja ao melhor nível do país. Nunca o panorama foi tão bom.”
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0 08 ENTREVISTA
Ainda recorda a primeira vez que tocou
numa Guitarra de Coimbra?
Sim, perfeitamente. Tinha 16 anos, era
aluno do 10º ano e resolvi entrar para a
Tuna Académica. Apenas uma semana
e meia depois, integrei uma digressão
onde, pela primeira vez, pude ver de perto
alguém a tocar guitarra. Durante a viagem
de regresso, houve um colega que me viu
interessado no instrumento e ensinou-me
a tocar a Balada de Coimbra. Aprendi os
acordes ainda no autocarro.
O que é que o despertou no instrumento?
Chegou a experimentar outros?
Desde que me conheço que faço música.
Comecei no piano, passei pelo acordeão,
viola, cavaquinho... A certa altura, virei-me
para a guitarra portuguesa, que se revelou
um grande desafi o.
Depois, verifi quei que era um instrumento
que não estava estudado, portanto também
me interessou perceber que havia ali um
campo de pesquisa que me permitia, de
certa forma, continuar em Coimbra e
conciliar a música com o resto da actividade
porque, na altura, estava a estudar
engenharia electrotécnica. Mas, sobretudo,
a maior motivação foi perceber que a
guitarra é um instrumento através do qual
eu me conseguia expressar com facilidade.
Com quem aprendeu a tocar?
Comecei a aprender vendo os outros tocar.
Ainda fi z duas aulas com um professor na
Tuna Académica e pouco tempo depois,
fi z um ano de aulas com o professor
Jorge Gomes. Passado esse tempo, decidi
continuar o meu trajecto sozinho, sempre
pesquisando mestres. Foi nessa altura que
fi z amizade com o Octávio Sérgio, um
indivíduo com uma valia técnica enorme,
que me franqueou as portas de sua casa e
com quem também aprendi muito.
No entanto, posso dizer que tenho
aprendido com todos os guitarristas que
vejo tocar e mesmo com músicos de outros
instrumentos.
Em 85, matriculou-se em Engenharia
Electrotécnica na Universidade de
Coimbra. Uma profi ssão nessa área podia
ter sido outro rumo ou nunca chegou a
ser realmente uma possibilidade?
Ainda cheguei quase ao quinto ano, mas a
música falou mais alto. A electrotecnia e a
música não estão assim tão distantes. Ambas
têm uma certa estruturação matemática, a
grande diferença é que a música ultrapassa
a linguagem, é uma comunicação dos
afectos e a electrotecnia lida apenas com o
suporte para a transmissão das mensagens.
É um risco grande assumir uma carreira
no Fado de Coimbra…
O único risco que existe é o de não vivermos
a vida de acordo com aquilo de que
gostamos mais, até porque, se estivermos
motivados, acabamos por encontrar
soluções. Um indivíduo resolve ser médico,
porque alguém lhe disse que ele devia ser
médico. Depois tem uma vida desgraçada
porque trabalha numa coisa de que nunca
gostou. Até pode ganhar bem, mas como
vive descontente, ganha uma série de
“O espírito académico não faz falta. Não é por esse modelo do
academismo coimbrão que o Fado de Coimbra terá sucesso. Ele deve ser vivido enquanto estudante e é
realmente uma maravilha mas, como profi ssionais, temos é que fugir dele.”
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08 ENTREVISTA
Ainda recorda a primeira vez que tocou
numa Guitarra de Coimbra?
Sim, perfeitamente. Tinha 16 anos, era
aluno do 10º ano e resolvi entrar para a
Tuna Académica. Apenas uma semana
e meia depois, integrei uma digressão
onde, pela primeira vez, pude ver de perto
alguém a tocar guitarra. Durante a viagem
de regresso, houve um colega que me viu
interessado no instrumento e ensinou-me
a tocar a Balada de Coimbra. Aprendi os
acordes ainda no autocarro.
O que é que o despertou no instrumento?
Chegou a experimentar outros?
Desde que me conheço que faço música.
Comecei no piano, passei pelo acordeão,
viola, cavaquinho... A certa altura, virei-me
para a guitarra portuguesa, que se revelou
um grande desafi o.
Depois, verifi quei que era um instrumento
que não estava estudado, portanto também
me interessou perceber que havia ali um
campo de pesquisa que me permitia, de
certa forma, continuar em Coimbra e
conciliar a música com o resto da actividade
porque, na altura, estava a estudar
engenharia electrotécnica. Mas, sobretudo,
a maior motivação foi perceber que a
guitarra é um instrumento através do qual
eu me conseguia expressar com facilidade.
Com quem aprendeu a tocar?
Comecei a aprender vendo os outros tocar.
Ainda fi z duas aulas com um professor na
Tuna Académica e pouco tempo depois,
fi z um ano de aulas com o professor
Jorge Gomes. Passado esse tempo, decidi
continuar o meu trajecto sozinho, sempre
pesquisando mestres. Foi nessa altura que
fi z amizade com o Octávio Sérgio, um
indivíduo com uma valia técnica enorme,
que me franqueou as portas de sua casa e
com quem também aprendi muito.
No entanto, posso dizer que tenho
aprendido com todos os guitarristas que
vejo tocar e mesmo com músicos de outros
instrumentos.
Em 85, matriculou-se em Engenharia
Electrotécnica na Universidade de
Coimbra. Uma profi ssão nessa área podia
ter sido outro rumo ou nunca chegou a
ser realmente uma possibilidade?
Ainda cheguei quase ao quinto ano, mas a
música falou mais alto. A electrotecnia e a
música não estão assim tão distantes. Ambas
têm uma certa estruturação matemática, a
grande diferença é que a música ultrapassa
a linguagem, é uma comunicação dos
afectos e a electrotecnia lida apenas com o
suporte para a transmissão das mensagens.
É um risco grande assumir uma carreira
no Fado de Coimbra…
O único risco que existe é o de não vivermos
a vida de acordo com aquilo de que
gostamos mais, até porque, se estivermos
motivados, acabamos por encontrar
soluções. Um indivíduo resolve ser médico,
porque alguém lhe disse que ele devia ser
médico. Depois tem uma vida desgraçada
porque trabalha numa coisa de que nunca
gostou. Até pode ganhar bem, mas como
vive descontente, ganha uma série de
“O espírito académico não faz falta. Não é por esse modelo do
academismo coimbrão que o Fado de Coimbra terá sucesso. Ele deve ser vivido enquanto estudante e é
realmente uma maravilha mas, como profi ssionais, temos é que fugir dele.”
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ENTREVISTA 09
vícios, depressões ou outras doenças e
leva uma vida miserável, porque não está
a desempenhar uma actividade para a qual
estava emocionalmente vocacionado.
Enquanto estudante da Universidade de
Coimbra, tocou em inúmeras serenatas e
festas académicas. Já como profi ssional,
alguma vez sentiu falta do espírito
académico próprio desses contextos?
Nunca senti. Desde logo, porque o espírito
académico de que se fala está morto, é uma
memória antiga.
Hoje em dia, ser estudante universitário
não tem nada a ver com aquilo que era há
40 ou 50 anos atrás. Não havia televisão,
rádio era para quem tinha, discotecas não
havia, o dinheiro disponível para essas coisas
também não era tanto, a quantidade de
conhecimento a absorver era menor, não
havia telemóveis, não havia computadores
e os indivíduos que vinham para cá estudar,
passavam muito tempo em Coimbra,
não iam todos os fi ns-de-semana a casa.
Portanto, havia muito tempo vago que era
necessário ocupar-se.
Naturalmente, essa necessidade era
colmatada participando activamente em
iniciativas culturais e não apenas como
consumidores. Esse modelo perdeu-se. Já
não é assim.
Actualmente, só há uma forma de
continuarmos a fazer o mesmo que antes
era possível fazer de forma amadora que
é dedicarmo-nos, pelo menos, com esse
tempo. E para termos essa possibilidade,
agora tem que ser um tempo profi ssional,
tem que ser uma dedicação exclusiva.
O tempo de estudante não chega, é muito
curto só para se perceber o que é que foi
feito.
Voltando à sua pergunta, o espírito
académico não faz falta. Não é por esse
modelo do academismo coimbrão que o
Fado de Coimbra terá sucesso. Ele deve ser
vivido enquanto estudante e é realmente
uma maravilha mas, como profi ssionais,
temos é que fugir dele.
Tocou com inúmeros artistas, como
Mariza, Dulce Pontes, Pedro Caldeira
Cabral, Artur Caldeira, Juan Carlos
Romero (Espanha), Susana Seivane
(Espanha), Arrigo Cappelletti (Itália),
Jeanni Coscia (Itália), Elios e Boulou
Ferré (França), Maria Betânia (Brasil),
entre outros. É uma lista de nomes
impressionante, há algum que o tenha
marcado especialmente?
Qualquer ser humano tem as suas
qualidades, que são naturais e que expressa
com sinceridade e nesse ponto todos eles
me tocaram.
Do ponto de vista estritamente musical,
talvez possa destacar a Dulce Pontes, porque
além de ser dona de uma voz fabulosa, tem
também uma formação e uma aptidão
musical de base. Ela tem recursos artísticos
que lhe permitem improvisar, arriscar em
palco. Eu admiro isso, pois é revelador de
uma grande capacidade e confi ança.
Mas também o Artur Caldeira é um
indivíduo que é um acompanhador e solista
exímio, assim como alguém com quem
naturalmente e musicalmente me dou.
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0 10 ENTREVISTA
Gosta de estar num palco a solo?
Eu também toco a solo, mas prefi ro fazer
música em conjunto com outros músicos,
sobretudo em grupos pequenos. Acho que
permite ao público fruir uma música muito
mais viva, porque os próprios músicos estão
mais estimulados pela troca que se cria entre
eles.
É compositor de várias peças para
guitarra e de vários arranjos para fados.
Algum projecto lhe deu especial gozo?
Aquele que salvava de um incêndio nos
seus arquivos?
Outro dia, um amigo dizia-me que só é
nosso, aquilo que nós damos, porque se está
dado, já ninguém nos tira. Eu não tenho que
salvar nenhuma, porque elas já estão salvas,
estão gravadas, estão divulgadas, já foram
partilhadas.
Mas ainda assim, há alguma peça que
lhe desperte uma ligação afectiva mais
forte?
Não, mas respondo-lhe ao contrário. Há
uma peça que eu fi z de que não gosto,
porque foi a única que fi z a pensar que tinha
que compor um Fado.
Ficou feito, mas não me tocou. Tudo o
que fi z musicalmente, em linguagem dos
antigos, eu diria que veio de Deus. Não me
refi ro ao Deus que os padres proclamam,
isso é uma distorção, mas antes ao nosso
lado divino, interior, o que encontramos
meditativamente.
Para lá da linguagem e do raciocínio está o
âmago da nossa existência e a nossa maior
inteligência. As peças que fi z brotaram,
eu apenas captei esse momento, são
absolutamente sinceras.
Foi o primeiro professor na História de
Portugal a ensinar Guitarra Portuguesa
nos Conservatórios Ofi ciais, abrindo
os cursos de Guitarra Portuguesa do
Conservatório de Música de Coimbra
(1997) e do Conservatório de Música do
Porto (2002).
Quase parece estranho que o
instrumento tenha demorado tanto
tempo a ser reconhecido…
Desde 1983, há uma portaria que inclui a
Guitarra Portuguesa na lista dos instrumentos
leccionáveis nos conservatórios nacionais.
Mas só em 97, 14 anos depois, ela entra
efectivamente para esse ensino.
A Guitarra Portuguesa pertence a uma
família de instrumentos – as cítaras – que
existiram em quase todos os países da
Europa Ocidental. O instrumento acaba por
perder-se, mas em Portugal permanece e
evolui, sendo a Guitarra Portuguesa o seu
desenvolvimento moderno.
Mas ela não aparece nos livros de história
da música. Possivelmente, terá sido um
instrumento muito ligado a uma cultura
popular e mesmo que tenha feito música
erudita, estou em crer que só no século XX
se terá tornado um instrumento possante,
bem construído. Historicamente, não me
parece que a Guitarra tenha estado a par
dos outros instrumentos e portanto, há esse
problema de tradição.
O que se constata é que, no século XX,
a Guitarra que nos chega ainda é muito
“Tudo o que fi z musicalmente, em linguagem dos antigos, eu diria que
veio de Deus. […]As peças que fi z brotaram, eu
apenas captei esse momento, são absolutamente sinceras. ”
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10 ENTREVISTA
Gosta de estar num palco a solo?
Eu também toco a solo, mas prefi ro fazer
música em conjunto com outros músicos,
sobretudo em grupos pequenos. Acho que
permite ao público fruir uma música muito
mais viva, porque os próprios músicos estão
mais estimulados pela troca que se cria entre
eles.
É compositor de várias peças para
guitarra e de vários arranjos para fados.
Algum projecto lhe deu especial gozo?
Aquele que salvava de um incêndio nos
seus arquivos?
Outro dia, um amigo dizia-me que só é
nosso, aquilo que nós damos, porque se está
dado, já ninguém nos tira. Eu não tenho que
salvar nenhuma, porque elas já estão salvas,
estão gravadas, estão divulgadas, já foram
partilhadas.
Mas ainda assim, há alguma peça que
lhe desperte uma ligação afectiva mais
forte?
Não, mas respondo-lhe ao contrário. Há
uma peça que eu fi z de que não gosto,
porque foi a única que fi z a pensar que tinha
que compor um Fado.
Ficou feito, mas não me tocou. Tudo o
que fi z musicalmente, em linguagem dos
antigos, eu diria que veio de Deus. Não me
refi ro ao Deus que os padres proclamam,
isso é uma distorção, mas antes ao nosso
lado divino, interior, o que encontramos
meditativamente.
Para lá da linguagem e do raciocínio está o
âmago da nossa existência e a nossa maior
inteligência. As peças que fi z brotaram,
eu apenas captei esse momento, são
absolutamente sinceras.
Foi o primeiro professor na História de
Portugal a ensinar Guitarra Portuguesa
nos Conservatórios Ofi ciais, abrindo
os cursos de Guitarra Portuguesa do
Conservatório de Música de Coimbra
(1997) e do Conservatório de Música do
Porto (2002).
Quase parece estranho que o
instrumento tenha demorado tanto
tempo a ser reconhecido…
Desde 1983, há uma portaria que inclui a
Guitarra Portuguesa na lista dos instrumentos
leccionáveis nos conservatórios nacionais.
Mas só em 97, 14 anos depois, ela entra
efectivamente para esse ensino.
A Guitarra Portuguesa pertence a uma
família de instrumentos – as cítaras – que
existiram em quase todos os países da
Europa Ocidental. O instrumento acaba por
perder-se, mas em Portugal permanece e
evolui, sendo a Guitarra Portuguesa o seu
desenvolvimento moderno.
Mas ela não aparece nos livros de história
da música. Possivelmente, terá sido um
instrumento muito ligado a uma cultura
popular e mesmo que tenha feito música
erudita, estou em crer que só no século XX
se terá tornado um instrumento possante,
bem construído. Historicamente, não me
parece que a Guitarra tenha estado a par
dos outros instrumentos e portanto, há esse
problema de tradição.
O que se constata é que, no século XX,
a Guitarra que nos chega ainda é muito
“Tudo o que fi z musicalmente, em linguagem dos antigos, eu diria que
veio de Deus. […]As peças que fi z brotaram, eu
apenas captei esse momento, são absolutamente sinceras. ”
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ENTREVISTA 11
tradicional, ligada aos fados e com alguns
solistas. Mas não havia pautas, cada um
tocava com os seus jeitos, não havia uma
escola instituída, não havia material escrito.
Em 1997, publiquei o Método de Guitarra
e isso terá permitido ao Conservatório de
Coimbra perceber que poderia abrir aulas
de Guitarra Portuguesa.
Mais uma vez essa data é estranha… Só
em 97!
É estranho, mas foi assim. Tenho dito, várias
vezes, que é uma pena que eu tenha sido
o primeiro, porque quando quis começar a
tocar já devia ter tido acesso a um ensino
organizado.
No que diz respeito a vozes, o Fado de
Coimbra não tem tido grande evolução
em termos de intérpretes. Depois de
Luís Goes e Zeca Afonso, não houve
nomes fortes…
Do ponto de vista dos solistas de Guitarra,
há em Coimbra quem esteja ao melhor
nível do país. Nunca o panorama foi tão
bom. O nível médio dos guitarristas, quer
em capacidade de tocar, quer em número,
cresceu.
No entanto, a esmagadora maioria das
pessoas que tocam e cantam Fado de
Coimbra são amadores. Tem que haver
disponibilidade das pessoas para se
dedicarem a esse tipo de carreira. E pouca
gente tem a capacidade de se assumir como
um produto.
Para além disso, hoje, mesmo à borla, uma
ideia tem que ser vendida, já não se pode
lançar uma coisa cá para fora sem ter em
conta uma perspectiva mercantilista.
Mas o que é que falta ao Fado de
Coimbra para ter a projecção do Fado
de Lisboa?
Em Lisboa, o que acontece é que há um
mercado turístico enorme, que alimenta
muitas casas de Fado, muitos espectáculos
que as pessoas vão ver e gostam. E mais a
projecção que uma Amália lhe deu e uma
Mariza mais recentemente.
Portanto, existe um mercado para esse tipo
de música e ele desenvolve-se por causa
disso. Não quer dizer que os intérpretes
sejam muito melhores do que os melhores
intérpretes do Fado de Coimbra. É uma
questão de mercado.
Claro que com mais horas de dedicação seria
possível fazer melhor, mas para fazer esse
mesmo trabalho não se pode fazer outros.
Não é ao fi m de oito ou nove horas de
trabalho que ainda se vai ter disponibilidade
para ir estudar.
A esmagadora maioria do Fado de Coimbra
que tem sido promovido na cidade é mau,
porque se pagou a amadores. São indivíduos
que tocam há relativamente pouco tempo,
gostam de se divertir e a quem depois se
paga para tocar em público. Isso destrói.
Para o Fado de Coimbra ter a projecção do
Fado de Lisboa é preciso apoiar as pessoas
que têm capacidade para se dedicar de
forma profi ssional. Porque quando elas
estão sozinhas e ainda por cima têm uma
concorrência destruidora não é possível
singrar e naturalmente, procuram outras
áreas.
“A esmagadora maioria do Fado de Coimbra que tem sido promovido na cidade é mau, porque se pagou a amadores.”
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0 12 ENTREVISTA
A eterna dúvida: Fado ou Canção de
Coimbra?
O termo Fado é curto mas, ainda assim,
prefi ro chamar-lhe Fado do que Canção, até
porque se dissermos Fado não temos que
explicar nada, todos entendem a que é que
nos referimos.
Fala-se em Canção por oposição ao Fado
de Lisboa mas, mesmo existindo diferenças,
em meu entendimento não são assim tão
vincadas. Música é música e há muitos
pontos em comum entre o Fado de Lisboa e
o Fado de Coimbra.
O Fado de Lisboa é mais estereotipado,
ritmicamente foge menos daquilo que é
uma linha mais tradicional.
Mas hoje em dia, com a facilidade com que
a comunicação disponibiliza informação, os
guitarristas de Lisboa procuram completar
os seus conhecimentos com os guitarristas
de Coimbra e vice-versa. Nós tendemos
para uma universalização da Guitarra, das
técnicas, dos estilos.
Aliás, eu creio que o Fado de Coimbra nasce
do Fado de Lisboa. É uma teoria, não tenho
como prová-lo.
Mas devo dizer que há temas cantados
pela Mariza que se tornaram famosos que,
formalmente, são Fados de Coimbra, não
são Fados de Lisboa.
Trata-se de uma questão de estilo, pego num
Fado de Lisboa e acompanho-o à Coimbra e
pego num Fado de Coimbra e acompanho-o
à Lisboa. É muito fácil mudar de um lado
para outro porque, efectivamente, há uma
proximidade musical muito grande.
Como e que vê a candidatura do Fado
a Património Cultural da Humanidade
e o facto de Coimbra não estar
representada?
O problema da candidatura é que
Coimbra quer candidatar o património
autonomamente. Ora, a única coisa que
me resta dizer é boa sorte. A verdade é
que o poder económico e as sinergias
que existem em torno do Fado de Lisboa
são de longe maiores do que as que
existem em torno do Fado de Coimbra.
Sente que é importante sensibilizar
novos públicos para a Guitarra
Portuguesa, nomeadamente apostando
mais em incursões em outros estilos de
música?
Isso tem sido feito, nesse aspecto Coimbra é
uma cidade privilegiada.
Por exemplo, a cidade onde é possível ouvir
Guitarra Portuguesa com orquestra é em
Coimbra, como aconteceu, recentemente,
no Festival Cantar Coimbra, organizado pela
Orquestra Clássica do Centro.
É em Coimbra que surge um ensemble de
guitarras em que as guitarras começam a
tocar por naipes, no sentido de virmos a
constituir uma orquestra maior.
Portanto, do ponto de vista da inovação,
para quem gosta de guitarra portuguesa,
Coimbra é das melhores cidades do país.
O que não tem é uma dimensão de mercado
que lhe permita dar um salto maior.
Aquilo que faz uma coisa ser ou não de
Coimbra é essencialmente a abordagem
estilística, portanto, se o músico for hábil,
é fácil transportar essa infl uência estilística
“Fala-se em Canção por oposição ao Fado de Lisboa mas, mesmo
existindo diferenças, em meu entendimento não são assim tão
vincadas. Música é música e há muitos pontos em comum entre o Fado de
Lisboa e o Fado de Coimbra. ”
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12 ENTREVISTA
A eterna dúvida: Fado ou Canção de
Coimbra?
O termo Fado é curto mas, ainda assim,
prefi ro chamar-lhe Fado do que Canção, até
porque se dissermos Fado não temos que
explicar nada, todos entendem a que é que
nos referimos.
Fala-se em Canção por oposição ao Fado
de Lisboa mas, mesmo existindo diferenças,
em meu entendimento não são assim tão
vincadas. Música é música e há muitos
pontos em comum entre o Fado de Lisboa e
o Fado de Coimbra.
O Fado de Lisboa é mais estereotipado,
ritmicamente foge menos daquilo que é
uma linha mais tradicional.
Mas hoje em dia, com a facilidade com que
a comunicação disponibiliza informação, os
guitarristas de Lisboa procuram completar
os seus conhecimentos com os guitarristas
de Coimbra e vice-versa. Nós tendemos
para uma universalização da Guitarra, das
técnicas, dos estilos.
Aliás, eu creio que o Fado de Coimbra nasce
do Fado de Lisboa. É uma teoria, não tenho
como prová-lo.
Mas devo dizer que há temas cantados
pela Mariza que se tornaram famosos que,
formalmente, são Fados de Coimbra, não
são Fados de Lisboa.
Trata-se de uma questão de estilo, pego num
Fado de Lisboa e acompanho-o à Coimbra e
pego num Fado de Coimbra e acompanho-o
à Lisboa. É muito fácil mudar de um lado
para outro porque, efectivamente, há uma
proximidade musical muito grande.
Como e que vê a candidatura do Fado
a Património Cultural da Humanidade
e o facto de Coimbra não estar
representada?
O problema da candidatura é que
Coimbra quer candidatar o património
autonomamente. Ora, a única coisa que
me resta dizer é boa sorte. A verdade é
que o poder económico e as sinergias
que existem em torno do Fado de Lisboa
são de longe maiores do que as que
existem em torno do Fado de Coimbra.
Sente que é importante sensibilizar
novos públicos para a Guitarra
Portuguesa, nomeadamente apostando
mais em incursões em outros estilos de
música?
Isso tem sido feito, nesse aspecto Coimbra é
uma cidade privilegiada.
Por exemplo, a cidade onde é possível ouvir
Guitarra Portuguesa com orquestra é em
Coimbra, como aconteceu, recentemente,
no Festival Cantar Coimbra, organizado pela
Orquestra Clássica do Centro.
É em Coimbra que surge um ensemble de
guitarras em que as guitarras começam a
tocar por naipes, no sentido de virmos a
constituir uma orquestra maior.
Portanto, do ponto de vista da inovação,
para quem gosta de guitarra portuguesa,
Coimbra é das melhores cidades do país.
O que não tem é uma dimensão de mercado
que lhe permita dar um salto maior.
Aquilo que faz uma coisa ser ou não de
Coimbra é essencialmente a abordagem
estilística, portanto, se o músico for hábil,
é fácil transportar essa infl uência estilística
“Fala-se em Canção por oposição ao Fado de Lisboa mas, mesmo
existindo diferenças, em meu entendimento não são assim tão
vincadas. Música é música e há muitos pontos em comum entre o Fado de
Lisboa e o Fado de Coimbra. ”
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ENTREVISTA 13
a outros lados.
Por exemplo, recentemente, no Festival
da Guitarra Portuguesa, toquei uma suite
de Bach para violoncelo na Guitarra. Mas
eu não quero fazê-lo procurando imitar os
outros instrumentos clássicos, eu quero é
pegar no Bach e a partir da sensibilidade de
quem gosta de Fado de Coimbra pensar:
Como é que eu tocaria esta peça?
Portanto, voltando à questão, é
perfeitamente possível fazer essa
aproximação, mas é preciso haver músicos
para o fazer.
A Guitarra Portuguesa é o último reduto
dos homens? Mulher não entra?
Entra, há mulheres a tocar guitarra.
Mas tem alunas de Guitarra Portuguesa?
Eu não, mas ainda há pouco recebi um
e-mail de uma rapariga de Lisboa a dizer que
queria vir a Coimbra para ter aulas comigo.
Já dei aulas a algumas raparigas e lembro-
me de uma ex-aluna do Jorge Gomes que
tocava muito bem.
Enquanto estudante, escrevi no jornal A
Cabra: “O Fado não se canta com a pila”. E
com a Guitarra é o mesmo, não se toca com
o pénis, é com os dedos e por isso não vejo
qual é o problema de ter mulheres a fazê-
lo. Não tem sido comum, possivelmente, as
mulheres também se acanham por acharem
que alguém pode pensar que é estranho,
mas é apenas um preconceito, que não tem
razão de ser.
Já participou em diversos Festivais
internacionais, dos quais se destacam
o Festival de Guitarra Portuguesa da
EXPO 98, o Festival de Guitarra de Santo
Tirso, o Festival de Jazz de Montreux
(Suíça), Festival L’Eté des Orangers
(Marrocos), Saltarua (Itália), Festival
de Guitarra de Sernancelhe. Para além
dos palcos nacionais, actuou em países
como Espanha, França, Itália, Alemanha,
Holanda, Áustria, Finlândia, Marrocos,
Hungria, África do Sul, Suiça, Brasil e
Estados Unidos da América. O que é que
lhe falta fazer?
Não falta nada e falta tudo. Há muito que
se pode fazer e grande parte ainda não
sabemos que há para fazer. À medida que
as necessidades forem surgindo e o nosso
engenho for sendo sufi ciente, as coisas ir-se-
ão fazendo. Mas há muito por fazer, desde
uma reestruturação maior do ensino, uma
pesquisa mais profunda de outro reportório
através da Guitarra de Coimbra, o trabalho
de composição de peças, concertos…
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0 14 ENTREVISTA
De perfi l…
Uma referência?Artur e Carlos Paredes.
A música que não se cansa de ouvir? A boa.
O fi lme que o marcou? Ghandi.
Um livro? Não posso eleger um livro, vários foram importantes, mas antes um autor - Osho.
Um objecto de que não se separa?A guitarra.
Quando tem tempo gosta de…? Viver.
O prato a que não resiste? Costeleta de novilho.
Uma bebida? Água.
Destino de férias?Algarve, nomeadamente para fazer campismo. Para mim é uma opção excelente, porque eu sou auditivamente muito atento e o campismo possibilita-me sentir na totalidade a sonoridade de um espaço, sem estar limitado por paredes.
Uma qualidade de que se orgulhe e um defeito que não possa negar? Admiro muito a sinceridade e por isso é uma qualidade que procuro desenvolver.O defeito que reconheço é a desarrumação espacial, desarrumo um espaço enquanto o diabo esfrega um olho.
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14 ENTREVISTA
De perfi l…
Uma referência?Artur e Carlos Paredes.
A música que não se cansa de ouvir? A boa.
O fi lme que o marcou? Ghandi.
Um livro? Não posso eleger um livro, vários foram importantes, mas antes um autor - Osho.
Um objecto de que não se separa?A guitarra.
Quando tem tempo gosta de…? Viver.
O prato a que não resiste? Costeleta de novilho.
Uma bebida? Água.
Destino de férias?Algarve, nomeadamente para fazer campismo. Para mim é uma opção excelente, porque eu sou auditivamente muito atento e o campismo possibilita-me sentir na totalidade a sonoridade de um espaço, sem estar limitado por paredes.
Uma qualidade de que se orgulhe e um defeito que não possa negar? Admiro muito a sinceridade e por isso é uma qualidade que procuro desenvolver.O defeito que reconheço é a desarrumação espacial, desarrumo um espaço enquanto o diabo esfrega um olho.
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COM ASSINATURA MATOBRA 17
No imaginário da maioria de nós, SPA é sinónimo de uma paleta
cromática que difi cilmente se afasta do branco, cinza ou verde
bambu. Tratam-se de cores neutras, que habitualmente se associam
ao estado de relaxamento procurado neste tipo de ambientes.
Mas porque o objectivo fi nal desses momentos zen é o revigorar do
corpo, recuperando energia, cores mais anímicas e vibrantes fazem
também todo o sentido.
Esse foi o desafi o da equipa de decoração da Matobra – criar uma
proposta assente em tons improváveis como laranja, amarelo e
vermelho.
E porque o tempo de Verão assim convida, porque não tornar este
espaço numa zona para fruição no exterior, com materiais que
garantam durabilidade e manutenção sem esforço?
O revestimento cerâmico é a opção que mais garantias proporciona,
aqui representado na série Siroco, da Cliper.
O mesmo conceito é estendido para este alpendre, uma zona fresca,
ideal para beber um refresco de fi m de tarde ou fazer uma refeição
ligeira.
Quem disse que um SPA não pode ter cor?
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0 18 COM ASSINATURA MATOBRA
A Cliper está presente no revestimento e pavimento, da série Siroco, e no mobiliário forrado a pastilha e azulejo de vidro
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A Cliper está presente no revestimento e pavimento, da série Siroco, e no mobiliário forrado a pastilha e azulejo de vidro
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0 22 COM ASSINATURA MATOBRA
Uma peça de mobiliário pode ser o ponto de partida para todo o conceito de decoração de um espaço. O projecto aqui apresentado é bem um destes casos, com uma cómoda a tornar-se o elemento central deste ambiente.Os tons branco, vermelho e preto, sintetizados neste móvel, ditam a paleta cromática.Sendo uma peça com uma presença forte, faz sentido que os restantes elementos transmitam sobriedade para garantir a harmonia da composição fi nal.Assim acontece com o sofá, com capacidade para sentar seis pessoas e a mesa de centro, ambos com linhas depuradas, mas não austeras, garantindo ao utilizador todo o conforto.A excepção foi permitida para o candeeiro, uma peça que reinterpreta de forma contemporânea um modelo tradicional, que se popularizou nos anos 60, e que acrescenta carisma ao espaço.O tapete em pele de vaca torna o espaço mais acolhedor, ao mesmo tempo que se integra perfeitamente no conceito
“clássico de hoje”.
Clássico de hoje
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22 COM ASSINATURA MATOBRA
Uma peça de mobiliário pode ser o ponto de partida para todo o conceito de decoração de um espaço. O projecto aqui apresentado é bem um destes casos, com uma cómoda a tornar-se o elemento central deste ambiente.Os tons branco, vermelho e preto, sintetizados neste móvel, ditam a paleta cromática.Sendo uma peça com uma presença forte, faz sentido que os restantes elementos transmitam sobriedade para garantir a harmonia da composição fi nal.Assim acontece com o sofá, com capacidade para sentar seis pessoas e a mesa de centro, ambos com linhas depuradas, mas não austeras, garantindo ao utilizador todo o conforto.A excepção foi permitida para o candeeiro, uma peça que reinterpreta de forma contemporânea um modelo tradicional, que se popularizou nos anos 60, e que acrescenta carisma ao espaço.O tapete em pele de vaca torna o espaço mais acolhedor, ao mesmo tempo que se integra perfeitamente no conceito
“clássico de hoje”.
Clássico de hoje
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0 24 IDEIAS E SOLUÇÕES
Uma fonte de água mineral em sua casa
Quantas vezes se lamentou do peso dos garrafões de água mineral que
traz do supermercado para casa? Ou mesmo da falta de espaço para os
armazenar? E do custo a que cada litro é vendido?
Provavelmente, tantas como aquelas que olhou desconfi ado para a água
que corre da torneira da sua cozinha…
Com GROHE Blue encontrará uma solução que resolve em defi nitivo
estes inconvenientes. Não é apenas uma nova torneira, é um sistema
revolucionário que converte a torneira da cozinha numa fonte de água
fresca.
Baseando-se no princípio que se encontra na Natureza, em que a água
é fi ltrada ao correr através de diferentes camadas de solo e rocha, o
cartucho de fi ltro GROHE Blue assenta em quatro fases sucessivas que
tornam a sua água progressivamente mais limpa e com melhor sabor.
1. O pré-fi ltro não têxtil remove as partículas maiores;
2. O permutador de íons reduz a dureza da água e fi ltra os metais pesados
como o chumbo e o cobre, que são muitas vezes libertados pelos canos
mais antigos;
3. O fi ltro de carvão activo elimina o sabor desagradável, tal como o cloro
e os compostos orgânicos;
4. O fi ltro de micro-partículas captura partículas pequenas até 10 µm.
Para além do seu conforto e satisfação, GROHE Blue é uma escolha
ecológica, que lhe permite contribuir para a preservação do meio
ambiente.
Para obter 1 litro de água mineral são utilizados 7 litros de água, a que
terá de ser acrescentado o impacto do seu transporte e produção. Com
esta opção estará pois a reduzir um custo ambiental muito signifi cativo.
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24 IDEIAS E SOLUÇÕES
Uma fonte de água mineral em sua casa
Quantas vezes se lamentou do peso dos garrafões de água mineral que
traz do supermercado para casa? Ou mesmo da falta de espaço para os
armazenar? E do custo a que cada litro é vendido?
Provavelmente, tantas como aquelas que olhou desconfi ado para a água
que corre da torneira da sua cozinha…
Com GROHE Blue encontrará uma solução que resolve em defi nitivo
estes inconvenientes. Não é apenas uma nova torneira, é um sistema
revolucionário que converte a torneira da cozinha numa fonte de água
fresca.
Baseando-se no princípio que se encontra na Natureza, em que a água
é fi ltrada ao correr através de diferentes camadas de solo e rocha, o
cartucho de fi ltro GROHE Blue assenta em quatro fases sucessivas que
tornam a sua água progressivamente mais limpa e com melhor sabor.
1. O pré-fi ltro não têxtil remove as partículas maiores;
2. O permutador de íons reduz a dureza da água e fi ltra os metais pesados
como o chumbo e o cobre, que são muitas vezes libertados pelos canos
mais antigos;
3. O fi ltro de carvão activo elimina o sabor desagradável, tal como o cloro
e os compostos orgânicos;
4. O fi ltro de micro-partículas captura partículas pequenas até 10 µm.
Para além do seu conforto e satisfação, GROHE Blue é uma escolha
ecológica, que lhe permite contribuir para a preservação do meio
ambiente.
Para obter 1 litro de água mineral são utilizados 7 litros de água, a que
terá de ser acrescentado o impacto do seu transporte e produção. Com
esta opção estará pois a reduzir um custo ambiental muito signifi cativo.
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IDEIAS E SOLUÇÕES 25
O fi ltro tem uma duração de
6 meses e permite fi ltrar até
600 litros de água. Quando a
capacidade restante atinge os
10%, o LED da torneira assinala
a necessidade de troca.
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0 26 IDEIAS E SOLUÇÕES
O efeito Modular
Ninguém melhor do que o artista para descrever o novo conceito da Roca
para preencher a casa de banho, como se de um puzzle se tratasse.
Carlos Ferrater desenhou a Série de Banho Barcelona que se adapta a
qualquer estilo de vida. Segundo o arquitecto “o desenho das peças é
modular e aditivo, o que permite múltiplas opções ao utilizador, graças
também, às variantes das diversas peças. Em espaços de banho pequenos,
o design dos módulos permite o aproveitamento máximo do espaço,
ao colocar as peças em cantos. Para casas de banho grandes criou-se
um móvel baixo, para colocar no perímetro do espaço de banho, o que
deixa um grande espaço central livre”. Na prática, formas assimétricas,
medidas variá[email protected]
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26 IDEIAS E SOLUÇÕES
O efeito Modular
Ninguém melhor do que o artista para descrever o novo conceito da Roca
para preencher a casa de banho, como se de um puzzle se tratasse.
Carlos Ferrater desenhou a Série de Banho Barcelona que se adapta a
qualquer estilo de vida. Segundo o arquitecto “o desenho das peças é
modular e aditivo, o que permite múltiplas opções ao utilizador, graças
também, às variantes das diversas peças. Em espaços de banho pequenos,
o design dos módulos permite o aproveitamento máximo do espaço,
ao colocar as peças em cantos. Para casas de banho grandes criou-se
um móvel baixo, para colocar no perímetro do espaço de banho, o que
deixa um grande espaço central livre”. Na prática, formas assimétricas,
medidas variá[email protected]
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IDEIAS E SOLUÇÕES 27
O efeito Modular
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0 28 IDEIAS E SOLUÇÕES
É verdade, a época de saldos também já chegou ao Mercado Popular, já por si com produtos a preços outlet. Para além de pavimentos, revestimentos, mobiliário e acessórios de banho, tintas e ferramentas, electrodomésticos e sanitários, existem possibilidades que não pode perder, porque a oportunidade faz a necessidade.
Escute bem!
O que dizer de uma Cabine Kalambo A900, da Duscholux a um preço de 1.757,00? E se disséssemos que o preço de tabela é de 2.989,95?Ver para crer…
Mercado Popular lança novas promoções
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28 IDEIAS E SOLUÇÕES
É verdade, a época de saldos também já chegou ao Mercado Popular, já por si com produtos a preços outlet. Para além de pavimentos, revestimentos, mobiliário e acessórios de banho, tintas e ferramentas, electrodomésticos e sanitários, existem possibilidades que não pode perder, porque a oportunidade faz a necessidade.
Escute bem!
O que dizer de uma Cabine Kalambo A900, da Duscholux a um preço de 1.757,00? E se disséssemos que o preço de tabela é de 2.989,95?Ver para crer…
Mercado Popular lança novas promoções
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IDEIAS E SOLUÇÕES 29
E um Conjunto da Franke, com Forno FM52MXS Inox, Placa HIL60 Inox e Chaminé incluída a… Ouça bem porque não há engano! 458,85!…Está dito, dito está…
Ainda há tempo para mais uma loucura, e a que se segue é mesmo de doidos…O quê, uma Banheira 190x110 de Hidromassagem Veranda, da Roca a 1.117,21? Então mas essa Cabine não custava 3.122,04?
É claro que aos preços acima indicados acresce a taxa de IVA em vigor, também já agora! …
Bem, o melhor é fi car por aqui antes que me internem, mas se há lugar em que as loucuras nos poupam a carteira, é no Mercado Popular!
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ENTREVISTA 31
Cristóvão Belfo é o proprietário e
gerente do Hotel Dona Inês, em
Coimbra e trouxe do Alentejo
a sabedoria de saber receber.
Acreditou na cidade e deu-lhe
o nome de uma mulher que
a imortalizou para sempre,
por não desistir de um grande
amor e por não ter medo de o
reconhecer. Passou uma grande
parte da sua vida no sector
bancário, mas foi no mundo da
hotelaria e restauração que a voz
do coração o chamou. Assim se
constrói o amor que se renova e
que os clientes agradecem.
Hotel Dona Inês ao nosso dispor
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0 32 ENTREVISTA
Antes do Dona Inês já tinha tido alguma experiência profi ssional na hotelaria?Trabalhei muitos anos no sector bancário. Fui funcionário do Banco Nacional Ultramarino e depois de ter passado por Viseu estive vinte e seis anos a trabalhar nessa área em Coimbra.Ao fi m desse tempo e com cerca de cinquenta anos de idade, apostei nesta aventura hoteleira, como proprietário gerente, juntamente com uns sócios indianos, vindo mais tarde a comprar a parte deles. Este bichinho pela hotelaria veio dos meus sogros, que tinham uma pensão na Cúria onde eu ajudava na gestão.
Em que circunstancias surgiu a aposta para a construção do hotel?A dado momento eu estive indeciso entre voltar ao Alentejo, onde nasci, ou estabelecer-me em Coimbra mas como a minha mulher é natural de Anadia, mais propriamente da Cúria, e como foi aqui que os meus fi lhos nasceram a decisão fi cou mais facilitada.
O Hotel Dona Inês existe desde quando?A data da abertura foi em 21 de Novembro de 1992, sei que demorou cerca de dois anos a construir mas esteve cerca de quatro anos, na Câmara, para que o projecto fosse aprovado.
Como proprietário fundador e ao olhar para trás, tomaria alguma decisão de maneira diferente?Eu inseri-me neste mercado com meia dúzia de tostões, tinha conseguido algumas reservas que trouxe de Africa e da actividade militar e umas pequenas ajudas familiares, mas os recursos eram muito limitados. Hoje, não arriscaria de igual modo, até porque difi cilmente teria o apoio da banca, onde tive pessoas que acreditaram em mim.
Quem escolheu o nome do Hotel?Foi escolhido em família, entre mim, a minha mulher e os meus fi lhos e, claro, pela relação de Dona Inês com a cidade de Coimbra.
A relação histórica entre Dona Inês e a cidade de Coimbra é motivo de curiosidade para os clientes?Sim, diariamente, vejo os clientes a tirarem fotografi as junto à estátua de Dona Inês que temos na recepção e depois perguntam quem foi a personagem e querem saber os pormenores do episódio, questionam o porquê de não ter um braço e então apercebem-se da ligação ao hotel. Alguns conhecem a historia, outros fi cam a conhecer porque estiveram no hotel.
Existem mais Hotéis Dona Inês noutros locais?Há cerca de meia dúzia de anos, pensei numa pequena cadeia de hotéis, motivo pelo que cheguei a constituir uma sociedade que ainda existe hoje e que se chama Hotéis Dona Inês, Lda. Acontece que, nessa altura, começamos a construir um hotel, em Lisboa, que devido à sua dimensão e ao momento conjuntural, foi aberto por uma grande cadeia espanhola, com cerca de duzentos hotéis. Ao entregar o de Lisboa pensei abrir outro aqui na zona centro porque a aposta nos grandes centros torna-se muito difícil porque já lá estão os grandes investidores e também porque é mais fácil gerir uma cadeia de hotéis do que um hotel familiar porque, no nosso caso, temos as despesas comerciais, a gerência, a direcção, e as grandes cadeias têm um mercado muito
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32 ENTREVISTA
Antes do Dona Inês já tinha tido alguma experiência profi ssional na hotelaria?Trabalhei muitos anos no sector bancário. Fui funcionário do Banco Nacional Ultramarino e depois de ter passado por Viseu estive vinte e seis anos a trabalhar nessa área em Coimbra.Ao fi m desse tempo e com cerca de cinquenta anos de idade, apostei nesta aventura hoteleira, como proprietário gerente, juntamente com uns sócios indianos, vindo mais tarde a comprar a parte deles. Este bichinho pela hotelaria veio dos meus sogros, que tinham uma pensão na Cúria onde eu ajudava na gestão.
Em que circunstancias surgiu a aposta para a construção do hotel?A dado momento eu estive indeciso entre voltar ao Alentejo, onde nasci, ou estabelecer-me em Coimbra mas como a minha mulher é natural de Anadia, mais propriamente da Cúria, e como foi aqui que os meus fi lhos nasceram a decisão fi cou mais facilitada.
O Hotel Dona Inês existe desde quando?A data da abertura foi em 21 de Novembro de 1992, sei que demorou cerca de dois anos a construir mas esteve cerca de quatro anos, na Câmara, para que o projecto fosse aprovado.
Como proprietário fundador e ao olhar para trás, tomaria alguma decisão de maneira diferente?Eu inseri-me neste mercado com meia dúzia de tostões, tinha conseguido algumas reservas que trouxe de Africa e da actividade militar e umas pequenas ajudas familiares, mas os recursos eram muito limitados. Hoje, não arriscaria de igual modo, até porque difi cilmente teria o apoio da banca, onde tive pessoas que acreditaram em mim.
Quem escolheu o nome do Hotel?Foi escolhido em família, entre mim, a minha mulher e os meus fi lhos e, claro, pela relação de Dona Inês com a cidade de Coimbra.
A relação histórica entre Dona Inês e a cidade de Coimbra é motivo de curiosidade para os clientes?Sim, diariamente, vejo os clientes a tirarem fotografi as junto à estátua de Dona Inês que temos na recepção e depois perguntam quem foi a personagem e querem saber os pormenores do episódio, questionam o porquê de não ter um braço e então apercebem-se da ligação ao hotel. Alguns conhecem a historia, outros fi cam a conhecer porque estiveram no hotel.
Existem mais Hotéis Dona Inês noutros locais?Há cerca de meia dúzia de anos, pensei numa pequena cadeia de hotéis, motivo pelo que cheguei a constituir uma sociedade que ainda existe hoje e que se chama Hotéis Dona Inês, Lda. Acontece que, nessa altura, começamos a construir um hotel, em Lisboa, que devido à sua dimensão e ao momento conjuntural, foi aberto por uma grande cadeia espanhola, com cerca de duzentos hotéis. Ao entregar o de Lisboa pensei abrir outro aqui na zona centro porque a aposta nos grandes centros torna-se muito difícil porque já lá estão os grandes investidores e também porque é mais fácil gerir uma cadeia de hotéis do que um hotel familiar porque, no nosso caso, temos as despesas comerciais, a gerência, a direcção, e as grandes cadeias têm um mercado muito
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ENTREVISTA 33
alargado, que lhes permite, com um hotel de quatro estrelas, fazer preços mais convidativos do que outro de três estrelas.
A Historia de um país e a sua cultura são mais valias para um Hotel? Através de que acções valoriza isso?Nós estamos em Coimbra, logo temos de divulgar a nossa cidade, colocamos ao dispor dos clientes fotografi as de monumentos e de outros trabalhos de grandes poetas que estão expostos nos diversos pisos e um hotel é um meio fundamental para essa divulgação cultural e histórica. E depois ainda tem uma dupla vantagem, porque o nome Dona Inês resulta muito bem no ramo hoteleiro porque o nome e o sobrenome se confundem e, de referir, que com a renovação do hotel, que está em curso, ainda estamos a valorizar mais esses factores.
Termos como “Hotel Dona Inês”, o Restaurante “Colo da Garça” e o Bar “Príncipe Real” têm um peso histórico. Esses baptismos nascem de uma aposta comercial ou de uma paixão pela história?Temos ao longo do hotel e nos diversos pisos alguns versos e passagens do Luís de Camões e em diversas salas demos o nome de alguns episódios dos Lusíadas, assim como os nomes que referiu porque, na verdade, existe essa preocupação em divulgar para que o passado fi que gravado no futuro.
Coimbra é um bom mercado para a restauração e hotelaria do país? Em termos de restauração, em Coimbra há muita gente que almoça em cantinas e que quando têm algum tempo prefere ir à Mealhada comer um leitão. Nós temos uma política de abertura para cativar novos clientes da cidade, independentemente de estarem hospedados. Criámos um serviço de buffet a um excelente preço, temos dois chefes de cozinha reconhecidos e a verdade é que não é fácil gerir um restaurante inserido num hotel.No que diz respeito ao mercado hoteleiro, apostámos na renovação do hotel com duas fi nalidades: uma é de acompanharmos a restauração ligada ao hotel, trabalhando muito com grandes grupos, já que hoje temos salas para servir seiscentas pessoas e depois estamos a pensar subir para quatro estrelas durante este ano e criar um clube para trazer as pessoas para o ténis e para outros desportos, já que vamos ter piscina e um Health Club. Também aumentámos signifi cativamente o número de estacionamentos na garagem e os quartos, na prática vamos ter cerca de 122 quartos, o que se traduz em mais de 50% ao que existia.
A crise que atravessamos nas mais diversas áreas do país também se faz sentir na hotelaria?Claro que nos assusta, a realidade diz-nos que é muito difícil concorrer a fundos e subsídios porque não são aprovados. Além da incerteza que há face a uma realidade de desemprego e de enorme desconfi ança e onde grande parte dos sectores está a fracassar.
Ainda assim têm aparecido grandes obras, existe mercado na cidade de Coimbra para essa concorrência?A verdade é que há hotéis que nascem, hoje, que não estavam previstos. Eram prédios que estavam destinados ao mercado da habitação mas com o clima de medo e de insegurança desse sector, foi necessário criar novas soluções, transformando esse espaço num hotel.
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Isso está a acontecer nas nossas grandes cidades, não é só aqui, também por isso assistimos ao aumento de hotéis e de camas. Coimbra é uma cidade que não tem industria, existe pouco comércio e o que há é o das grandes centros comerciais que aniquilam o comércio tradicional, é praticamente uma cidade de serviços. Acaba por ser um local de passagem para quem vai a Fátima com grandes grupos e que fi cam uma noite na cidade.
E com tanta concorrência, como podemos escolher o melhor hotel para as nossas necessidades?Hoje há muita divulgação dos hotéis, principalmente pela Internet, é o instrumento número um na procura e na venda e aí existe a possibilidade de escolha do hotel com todas as informações disponíveis, desde a localização, a distancia, a qualidade e as mais diversas condições. Hoje, a atribuição das estrelas não contam muito, mas sim as condições e os serviços que estão ao dispor do cliente.
A decoração de interiores e a moda são aspectos que o hotel tem em conta para a satisfação dos clientes?A transformação e renovação de um hotel deve fazer-se aos oito ou dez anos de vida do edifício, como demorámos mais um pouco a nossa remodelação é total, fi cam as paredes do hotel e pouco mais. Estamos a dar grande importância ao isolamento entre quartos e à não existência de luz quando se fecha uma janela ou um reposteiro, porque são dois factores essenciais para que as pessoas se sintam confortáveis. Depois temos apostado na decoração, com grande preocupação na escolha dos materiais, na sinalética e na iluminação.
Já ouvi alguém dizer que a localização estratégia da cidade de Coimbra, que fi ca entre Lisboa e Porto, é uma mais valia para este mercado, concorda?Isso poderia ter sido uma vantagem antes da existência das auto-estradas e de melhores vias de acesso, porque permitia que a cidade também servisse de dormitório, o que para este mercado era rentável. Hoje as distâncias encurtaram-se, as auto-estradas passam ao lado e quando nos metemos nelas é para fi nalizar o percurso, embora em termos turísticos penso que Coimbra benefi cia com essa localização. Falta o mar e um aeroporto…
A Universidade de Coimbra tem sido uma vantagem para o mercado hoteleiro?Sim, bem como os hospitais, existem cada vez mais reuniões e congressos e são iniciativas importantes para a hotelaria. Cada vez mais os clientes preocupam-se com a área abrangente onde o hotel está inserido e isso marca a diferença.
A seu ver um hotel é um local de passagem ou uma oportunidade para fi car gravado na vida dos clientes?Temos dois tipos de clientes: o turista e o cliente que fi ca pela necessidade de se deslocar e que procura o hotel, e esses ainda estão em maioria. Coimbra não gera grande atracção pelo turismo, a maior parte das pessoas fi ca na cidade por uma noite, ao contrário do que acontece em Lisboa e no Porto.
Quem fi ca satisfeito volta sempre?
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Isso está a acontecer nas nossas grandes cidades, não é só aqui, também por isso assistimos ao aumento de hotéis e de camas. Coimbra é uma cidade que não tem industria, existe pouco comércio e o que há é o das grandes centros comerciais que aniquilam o comércio tradicional, é praticamente uma cidade de serviços. Acaba por ser um local de passagem para quem vai a Fátima com grandes grupos e que fi cam uma noite na cidade.
E com tanta concorrência, como podemos escolher o melhor hotel para as nossas necessidades?Hoje há muita divulgação dos hotéis, principalmente pela Internet, é o instrumento número um na procura e na venda e aí existe a possibilidade de escolha do hotel com todas as informações disponíveis, desde a localização, a distancia, a qualidade e as mais diversas condições. Hoje, a atribuição das estrelas não contam muito, mas sim as condições e os serviços que estão ao dispor do cliente.
A decoração de interiores e a moda são aspectos que o hotel tem em conta para a satisfação dos clientes?A transformação e renovação de um hotel deve fazer-se aos oito ou dez anos de vida do edifício, como demorámos mais um pouco a nossa remodelação é total, fi cam as paredes do hotel e pouco mais. Estamos a dar grande importância ao isolamento entre quartos e à não existência de luz quando se fecha uma janela ou um reposteiro, porque são dois factores essenciais para que as pessoas se sintam confortáveis. Depois temos apostado na decoração, com grande preocupação na escolha dos materiais, na sinalética e na iluminação.
Já ouvi alguém dizer que a localização estratégia da cidade de Coimbra, que fi ca entre Lisboa e Porto, é uma mais valia para este mercado, concorda?Isso poderia ter sido uma vantagem antes da existência das auto-estradas e de melhores vias de acesso, porque permitia que a cidade também servisse de dormitório, o que para este mercado era rentável. Hoje as distâncias encurtaram-se, as auto-estradas passam ao lado e quando nos metemos nelas é para fi nalizar o percurso, embora em termos turísticos penso que Coimbra benefi cia com essa localização. Falta o mar e um aeroporto…
A Universidade de Coimbra tem sido uma vantagem para o mercado hoteleiro?Sim, bem como os hospitais, existem cada vez mais reuniões e congressos e são iniciativas importantes para a hotelaria. Cada vez mais os clientes preocupam-se com a área abrangente onde o hotel está inserido e isso marca a diferença.
A seu ver um hotel é um local de passagem ou uma oportunidade para fi car gravado na vida dos clientes?Temos dois tipos de clientes: o turista e o cliente que fi ca pela necessidade de se deslocar e que procura o hotel, e esses ainda estão em maioria. Coimbra não gera grande atracção pelo turismo, a maior parte das pessoas fi ca na cidade por uma noite, ao contrário do que acontece em Lisboa e no Porto.
Quem fi ca satisfeito volta sempre?
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Sim, temos clientes desde a abertura do hotel, há cerca de dezoito anos, é fundamental tratá-los bem porque eles acabam por ser gratos e voltar sempre, embora experimentando outros locais e outros hotéis.
É defensor das estrelas que são atribuídas aos hotéis?A atribuição das estrelas é mais para demarcar as áreas dos quartos. Este hotel, em 1992, foi aprovado como quatro estrelas pela dimensão dos quartos, eu é que pedi para que nos dessem apenas três estrelas, hoje estamos a caminhar para as quatro estrelas porque estamos a criar as devidas condições. Quanto aos serviços, não raramente, existem de melhor qualidade nos hotéis de três estrelas do que nos de quatro estrelas, não existe uma relação linear, a simpatia, a hospitalidade não fazem parte das estrelas.
E os clientes são todos cinco estrelas?Há clientes que vêm aqui variadíssimas vezes, há outros que aparecem uma única vez, como os grupos de jovens ligados ao desporto e são esses que nós temos de vigiar de mais perto, que têm um comportamento diferente, também pelas idades, são mais irreverentes e costumamos até atribuir-lhes um piso só para eles, desde que o número se justifi que, para que os outros clientes não se sintam perturbados.
É possível viver num Hotel e sentir-se em casa?Sim, até temos um caso desses aqui no hotel, lembro-me da primeira vez que veio cá fazer a reserva e nós perguntámos por quanto tempo ia fi car, ao que ele respondeu que provavelmente até ir para a Conchada… É uma pessoa já familiar, muito estimada. Mas são casos particulares e não queremos criar no hotel um lar de terceira idade, mas é possível existir esse ambiente familiar.
O que gostaria que os seus cliente levassem como experiência?Por vezes encontro pessoas no Porto ou em Lisboa e quando me identifi co, as pessoas dizem que gostaram da comida do restaurante ou dos serviços dos quartos e isso é motivo de orgulho, como também temos de saber ouvir alguma coisa menos boa, de forma a podermos melhorar.
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BREVES
Uma personagem da História?D. Afonso Henriques.
Quem foi D. Inês?Esposa de D. Pedro.
Quem gostaria de alojar no seu Hotel?Tenho aptidão pelos artistas.
Uma ementa favorita?O Bacalhau à Colo da Garça.
Um vinho que aconselha?Um bom vinho Messias, do Douro
A música que não se cansa de ouvir?Gosto de Rock.
Um livro?Gosto mais de ler noticias, em jornais ou revistas.
Uma viagem que fi cou marcada?Ásia.
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BREVES
Uma personagem da História?D. Afonso Henriques.
Quem foi D. Inês?Esposa de D. Pedro.
Quem gostaria de alojar no seu Hotel?Tenho aptidão pelos artistas.
Uma ementa favorita?O Bacalhau à Colo da Garça.
Um vinho que aconselha?Um bom vinho Messias, do Douro
A música que não se cansa de ouvir?Gosto de Rock.
Um livro?Gosto mais de ler noticias, em jornais ou revistas.
Uma viagem que fi cou marcada?Ásia.
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e agora?
DESENHO + SUSTENTABILIDADE = W+W
W+W é o resultado da ambição da Roca na hora de incorporar soluções novas, únicas e inovadoras nos espaços de banho. Uma solução que combina o desenho e a sustentabilidade ao juntar a sanita e o lavatório numa só peça. O seu surpreendente desenho torna-o ideal para espaços reduzidos, mas a sua contribuição é a tecnologia que permite reutilizar a água usada no lavatório para encher o tanque da sanita. Um produto único que a Roca tornou realidade.
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TRANSTUBE
Deixe-se envolver…
Transtube é uma solução completa de
duche que propõe uma nova integração
do espaço dedicado a esta função na
casa de banho.
Os hábitos diários transformam a
base de duche numa peça essencial.
Nesta proposta da Roca, essa primazia
é assumida, pelo que a função não é
relegada para um canto, mas é antes o
elemento central do espaço.
A mesma centralidade é atribuída ao
utilizador, envolvido de uma forma mais
natural e orgânica, numa experiência a
360º.
Com um design vanguardista, Transtube
amplia as dimensões do espaço de
banho, conferindo-lhe impacto e
sofi sticação.
A funcionalidade acompanha o design,
numa proposta que incorpora materiais
de última geração e funções exclusivas,
como a abertura automática da porta,
a base de Styltech e a coluna de aço
inoxidável.
A divisória com tratamento Maxiclean,
exclusivo da Roca, facilita a secagem do
vidro e ajuda a mantê-lo limpo por mais
tempo, vantagem com uma importância
acrescida tratando-se de uma peça para
uso diá[email protected]
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TRANSTUBE
Deixe-se envolver…
Transtube é uma solução completa de
duche que propõe uma nova integração
do espaço dedicado a esta função na
casa de banho.
Os hábitos diários transformam a
base de duche numa peça essencial.
Nesta proposta da Roca, essa primazia
é assumida, pelo que a função não é
relegada para um canto, mas é antes o
elemento central do espaço.
A mesma centralidade é atribuída ao
utilizador, envolvido de uma forma mais
natural e orgânica, numa experiência a
360º.
Com um design vanguardista, Transtube
amplia as dimensões do espaço de
banho, conferindo-lhe impacto e
sofi sticação.
A funcionalidade acompanha o design,
numa proposta que incorpora materiais
de última geração e funções exclusivas,
como a abertura automática da porta,
a base de Styltech e a coluna de aço
inoxidável.
A divisória com tratamento Maxiclean,
exclusivo da Roca, facilita a secagem do
vidro e ajuda a mantê-lo limpo por mais
tempo, vantagem com uma importância
acrescida tratando-se de uma peça para
uso diá[email protected]
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���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
�������������������������������������
��������������
SHAMAL
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Um pavimento seguro, higiénico, resistente e com um estilo alegre e descontraído, que se adapta ao gosto e rotinas dos mais novos.
Este é o conceito de Playstyle, uma proposta da Tarkett, nas opções Laser e Grafi tti, para um pavimento laminado capaz de resistir ao dia-
a-dia dos utilizadores mais “extremos” – crianças e adolescentes.
Brinquedos, canetas, skates e patins exigem um pavimento com uma durabilidade extra. Playstyle incorpora um painel base que lhe confere
esta característica.
Prático e fácil de manter, permitindo uma limpeza efi caz com um esforço mínimo, evita a propagação de germes e bactérias, tornando-se
uma boa ajuda na redução de reacções alérgicas.
A pensar também nos pais, Playstyle garante maior conforto acústico face aos laminados tradicionais. O segredo está na sua composição,
que integra uma subcamada acústica de 2,2mm, que ajuda a absorver o impacto dos saltos e correrias da criançada.
PlaystyleO pavimento para quem não usa pantufas em casa
Playstyle Grafi tti
Playstyle Laser
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Uma questão de pele
De uma forma distinta, Torlys Leather
reinventa uma atitude contemporânea que
um simples chão pode apresentar. Ousado,
original e aventureiro, complementado
com os grãos em pele natural totalmente
reciclada e nada habitual no mundo da
decoração de interiores nos pavimentos.
Para além do mundo das sensações, convém
lembrar os benefícios para o meio ambiente
deste novo conceito, que ultrapassa o teste
do tempo porque a paz de espírito pode
estar garantida por 25 anos de durabilidade.
Os acabamentos podem ser em Mate ou
Semi-Polidos e destacam-se pela beleza dos
grãos em pele natural, apresentando uma
protecção de cortiça que ajuda a isolar e a
reduzir os ruídos do exterior.
Agora que fi cou com água na boca, saiba
que a Listor coloca ao dispor os tons Génova
Chocolate, Génova Cognac, Génova Black,
Génova Fawn, Modena Brown, Modena
Wine, Novara Black, Novara Pecan, Catania,
Trieste, Milano Brown e Milano Pecan.
Cores naturais e tão contemporâneas, o
limite é deixar-se levar pela surpresa.
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Uma questão de pele
De uma forma distinta, Torlys Leather
reinventa uma atitude contemporânea que
um simples chão pode apresentar. Ousado,
original e aventureiro, complementado
com os grãos em pele natural totalmente
reciclada e nada habitual no mundo da
decoração de interiores nos pavimentos.
Para além do mundo das sensações, convém
lembrar os benefícios para o meio ambiente
deste novo conceito, que ultrapassa o teste
do tempo porque a paz de espírito pode
estar garantida por 25 anos de durabilidade.
Os acabamentos podem ser em Mate ou
Semi-Polidos e destacam-se pela beleza dos
grãos em pele natural, apresentando uma
protecção de cortiça que ajuda a isolar e a
reduzir os ruídos do exterior.
Agora que fi cou com água na boca, saiba
que a Listor coloca ao dispor os tons Génova
Chocolate, Génova Cognac, Génova Black,
Génova Fawn, Modena Brown, Modena
Wine, Novara Black, Novara Pecan, Catania,
Trieste, Milano Brown e Milano Pecan.
Cores naturais e tão contemporâneas, o
limite é deixar-se levar pela surpresa.
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0 46 ENTREVISTA
Transformar o tecido em arte A Pedroso & Osório (P&O) actua no mercado
dos têxteis e é hoje umas das grandes casas
nacionais nesta área, assim comprovam os
Show-Rooms no Porto, Lisboa, Funchal,
Algarve e Madrid. Laura Osório é a
responsável pela empresa que representa
marcas como a Designers Guild, entre
muitas outras, mas percebeu a importância
de criar o seu próprio catálogo, que
trouxe excelentes resultados à empresa.
Gosta de vestir casas, para isso lembra
alguns truques para podermos rentabilizar
o nosso espaço interior, porque existe um
decorador em cada um de nós.
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Transformar o tecido em arte A Pedroso & Osório (P&O) actua no mercado
dos têxteis e é hoje umas das grandes casas
nacionais nesta área, assim comprovam os
Show-Rooms no Porto, Lisboa, Funchal,
Algarve e Madrid. Laura Osório é a
responsável pela empresa que representa
marcas como a Designers Guild, entre
muitas outras, mas percebeu a importância
de criar o seu próprio catálogo, que
trouxe excelentes resultados à empresa.
Gosta de vestir casas, para isso lembra
alguns truques para podermos rentabilizar
o nosso espaço interior, porque existe um
decorador em cada um de nós.
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ENTREVISTA 47
A empresa surgiu pelas suas mãos?
Surgiu em conjunto com o meu ex-marido,
Artur Osório, em 1978. Mas a actividade de
decoração só começou a desenvolver-se em
1981. A empresa foi constituída como um
departamento comercial de uma fábrica que
pertencia à família e que depois, por razões
familiares, foi fechada. Foi quando nos vimos
obrigados a apostar nas representações e
a semear novos contactos e nos lançámos
verdadeiramente no mercado. Hoje posso
afi rmar que o caminho foi bem percorrido
porque lembro-me de que, em 1981,
facturamos mil contos e, em 2009, foram
cerca de 10 milhões de euros, sempre graças
a uma boa equipa, a um excelente trabalho
e a uma relação optimizada com os nossos
clientes. Depois, com a entrada da minha
fi lha Bárbara, que até vinha de uma área
de formação diferente, resolvemos apostar
na nossa própria colecção e isso foi uma
mais valia porque, como trabalhávamos só
como representantes, as vendas corriam o
risco de diminuir porque estamos a falar de
preços consideráveis para o mercado. Hoje,
a nossa colecção representa cerca de 35%
da facturação, até com alguma relevância
na exportação.
A P&O só trabalha com tecidos?
Também comercializamos revestimentos
de parede e de chão, com destaque para o
papel de parede que, cada vez mais, marca
o seu território na decoração de interiores.
Mas em termos globais são os tecidos que
os nossos clientes procuram.
Porquê a aposta no mundo dos tecidos,
numa altura em que a decoração de
interiores não era relevante?
O meu sogro já tinha um negócio nesta
área e convidou o fi lho para que fosse para
lá, logo após o serviço militar. Era uma
fábrica vertical, com sectores de tecelagem,
de estamparia e de acabamentos e que
trabalhava unicamente para a área da
decoração e para os grandes decoradores
porque oferecia a possibilidade de
personalizarem os seus desenhos e estilos
nos tecidos.
Isso representava um conceito de
exclusividade que se traduziu num enorme
sucesso.
O certo é que a fabrica fechou e eu fi quei
com um presépio na mão, porque tinha
um espaço e condições para comercializar
mas não tinha nada para comercializar,
até porque eu também não me sentia
confortável e não tinha conhecimentos
naquela área.
Então, com humildade, comecei a aprender
tanto em termos de maquinaria como de
burocracia e desenvolvi alguns contactos.
É neste contexto que nasce a Pedroso &
Osório.
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Que fases mais relevantes destaca na
vida da empresa?
Houve um período, entre 1978 e 1981, que
pouco ou nada se fez, ou seja, semeou-se.
Depois, vi que o futuro seria a venda por
catálogo, método que passámos a utilizar,
em 1984. Foi um trampolim, já que fomos
pioneiros e porque os clientes não eram
obrigados a comprar os rolos de 40m, o
que assegurava uma maior economia de
custos, bem como uma larga variedade de
produtos ao serviço dos clientes. Foi a partir
daí que abrimos o Show-Room em Lisboa e
no Algarve.
Que utilidades podemos dar a um tecido
dentro da nossa casa?
Desde forrar paredes, sommiers, cabeceiras
de cama, colchas, estofos, toalhas de
mesa decorativas, almofadas e claro, não
esquecendo os cortinados.
E para além das utilidades, o que podem
transmitir os têxteis dentro duma
divisão?
Essencialmente conforto, porque vestir
uma casa é sentirmo-nos mais confortáveis
dentro dela, se nós olharmos para uma casa
sem cortinas, por exemplo, traduz-se num
enorme desconforto, é como se estivesse
vazia.
Para quem não está por dentro do
universo dos têxteis, mas gosta de os
utilizar na decoração, o que aconselha
para que o resultado fi nal seja positivo?
Aconselho sempre a começar pelos
cortinados, porque a partir daí cria-se
um estilo e conseguimos desenvolver um
trabalho coerente, assim podem surgir
excelentes ideias para as colchas, para os
estofos e almofadas.
A P&O inovou na criação do seu próprio
catálogo. Qual foi o resultado dessa
experiência?
Um catálogo implicava a não obrigação de
termos stock, assim como a possibilidade
de oferecer um leque muito mais alargado
de amostras aos nosso representantes e
isso traduz-se numa enorme vantagem
para o cliente fi nal. Também implica menos
investimento, mais oferta e muito mais
actualização e informação sobre novas
tendências.
É possível decorar sem prejudicar o
orçamento familiar?
Depende de muitas coisas, como o
tamanho da casa, do gosto das pessoas e
do conhecimento que têm dos materiais. É
evidente que se alguém decorar a sua casa
com um tecido em poliéster, que é bastante
durável mas com um aspecto artifi cial, não
vai gastar muito dinheiro, assim como optar
por ter um cortinado de duas alturas em
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Que fases mais relevantes destaca na
vida da empresa?
Houve um período, entre 1978 e 1981, que
pouco ou nada se fez, ou seja, semeou-se.
Depois, vi que o futuro seria a venda por
catálogo, método que passámos a utilizar,
em 1984. Foi um trampolim, já que fomos
pioneiros e porque os clientes não eram
obrigados a comprar os rolos de 40m, o
que assegurava uma maior economia de
custos, bem como uma larga variedade de
produtos ao serviço dos clientes. Foi a partir
daí que abrimos o Show-Room em Lisboa e
no Algarve.
Que utilidades podemos dar a um tecido
dentro da nossa casa?
Desde forrar paredes, sommiers, cabeceiras
de cama, colchas, estofos, toalhas de
mesa decorativas, almofadas e claro, não
esquecendo os cortinados.
E para além das utilidades, o que podem
transmitir os têxteis dentro duma
divisão?
Essencialmente conforto, porque vestir
uma casa é sentirmo-nos mais confortáveis
dentro dela, se nós olharmos para uma casa
sem cortinas, por exemplo, traduz-se num
enorme desconforto, é como se estivesse
vazia.
Para quem não está por dentro do
universo dos têxteis, mas gosta de os
utilizar na decoração, o que aconselha
para que o resultado fi nal seja positivo?
Aconselho sempre a começar pelos
cortinados, porque a partir daí cria-se
um estilo e conseguimos desenvolver um
trabalho coerente, assim podem surgir
excelentes ideias para as colchas, para os
estofos e almofadas.
A P&O inovou na criação do seu próprio
catálogo. Qual foi o resultado dessa
experiência?
Um catálogo implicava a não obrigação de
termos stock, assim como a possibilidade
de oferecer um leque muito mais alargado
de amostras aos nosso representantes e
isso traduz-se numa enorme vantagem
para o cliente fi nal. Também implica menos
investimento, mais oferta e muito mais
actualização e informação sobre novas
tendências.
É possível decorar sem prejudicar o
orçamento familiar?
Depende de muitas coisas, como o
tamanho da casa, do gosto das pessoas e
do conhecimento que têm dos materiais. É
evidente que se alguém decorar a sua casa
com um tecido em poliéster, que é bastante
durável mas com um aspecto artifi cial, não
vai gastar muito dinheiro, assim como optar
por ter um cortinado de duas alturas em
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ENTREVISTA 49
vez de quatro. É sempre possível decorar
sem gastos elevados, mas se tivermos um
conhecimento mais profundo do mundo
dos têxteis isso vai facilitar muito a tarefa.
Existem produtos para todos os preços
e para todos os gostos, o que é preciso é
saber o que se quer para poder executar
consoante a carteira. Também é uma área
em que se pode ir comprando, não tem
de se fazer tudo de início, a decoração de
interiores é um processo inacabado. Há uma
ideia de que a P&O vende tecidos muito
caros para um determinado tipo de clientes
mas, hoje em dia, temos tecidos desde
dezassete euros o metro até aos cento e
cinquenta euros.
Que truques podemos usar para
aumentar o espaço interior?
Colocar tons claros, utilizar espelhos, não
encher as divisões com muitas peças, deixar
a casa respirar, o tempo de forrar uma
divisão com mobília já acabou. Ter as peças
que gostamos mas limitar o seu número.
Porque é que a moda nos condiciona o
gosto?
Porque a sociedade é muito infl uenciada
pelo marketing, mas não me parece que
na área da decoração seja a moda a marcar
os nossos gostos, isso passa-se mais no
mundo Fashion, da roupa. Na decoração
existe a linha clássica, intemporal e a
linha contemporânea e dentro delas nós
defi nimos os nossos estilos. É claro que nos
tecidos, os catálogos são infl uenciados pelo
marketing, pela publicidade pelas revistas
de decoração.
Quais as tendências da moda para os
têxteis?
Segue muito a moda da roupa, se usam
veludos os têxteis vão buscar os veludos,
se usam fl ores, elas também vão ser usadas
nos tecidos. Em termos de cores já não é a
mesma coisa, geralmente nos tecidos para
interiores as pessoas optam sempre por
cores sóbrias para que se não cansem com
o tempo, como o cinza, o bege, o branco,
o castanho claro, geralmente em tecidos
lisos, o todo é mais importante do que os
pormenores.
Gosta de surpreender o mercado com ideias
inovadoras ou segue sempre um estilo
personalizado?
Tentamos sempre fazer uma decoração
dentro de um conceito, com uma tradição
para que as colecções seguintes sigam
um rumo de uma mesma história e isso
representa vantagens para os nossos
clientes porque é sempre possível utilizar
tecidos de um catálogo anterior juntamente
com o mais actualizado. Por exemplo, a
minha fi lha tem um conceito geralmente
muito à frente, porque está muito bem
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Deco
raçã
o | J
ULHO
201
0 50 ENTREVISTA
informada e actualizada sobre os materiais e
as novidades que estão previstas para 2015,
e as pessoas não estavam preparadas para
tal, por exemplo ela introduziu o violeta há
alguns anos e só agora é que ele começa
a ser introduzido no mercado, portanto
tentamos andar à frente mas com um
conceito actual.
Trabalha com grandes marcas mundiais
neste mercado, elas são garantias de
sucesso?
Sem duvida, especialmente a Designers
Guild pelo produto que tem, pelo marketing
que faz e porque as colecções são realmente
diferentes e marcam pela originalidade em
relação ao restante. Há pessoas que entram
aqui para comprar só aquela marca porque
os seus clientes o exigem.
Cinco Show-Rooms (Porto, Lisboa,
Algarve, Funchal e Madrid). Têm sido
todos mais valias?
A intenção foi a de personalizar os espaços
e de optar por alguma originalidade, daí
a aposta neste pequeno palácio, aqui em
Belém, porque estivemos primeiro nas
Amoreiras e depois na Avenida 24 de Julho,
mas em conceitos de Open-Space que, às
vezes, mais parecia um supermercado. O do
Porto foi o primeiro porque nascemos lá, o
do Funchal e do Algarve foram necessidades
mas também mais valias por uma clientela
emergente e importante e, em Espanha
também se justifi cava porque já tínhamos
um grande mercado lá e não havia muito
a cultura de Show-Room, em Madrid, e
hoje já estão habituados a ir ao espaço, até
porque é mais rentável para os profi ssionais.
E gostava de abrir mais algum na
Europa?
Temos agentes em diversos países, mas
devo confessar que o meu sonho era abrir
um Show-Room em Londres, porque é
um mercado de pessoas verdadeiramente
profi ssionais e que trabalham muito por
projecto.
O que faz de um tecido uma peça de
arte?
Tem de ser tratado como uma peça de
arte desde a sua composição ao desenho.
O processo começa no fi o, depois passa
ao tecido, na tecelagem, e fi nalmente à
forma como o desenho é trabalhado. Tem
de ser um bom fi o, uma boa tecelagem,
um bom desenho e um bom colorido. E
também referir que saber dobrar um tecido
e mostrá-lo ao cliente exige uma formação
como se estivéssemos a mostrar um quadro
do Rembrandt.
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50 ENTREVISTA
informada e actualizada sobre os materiais e
as novidades que estão previstas para 2015,
e as pessoas não estavam preparadas para
tal, por exemplo ela introduziu o violeta há
alguns anos e só agora é que ele começa
a ser introduzido no mercado, portanto
tentamos andar à frente mas com um
conceito actual.
Trabalha com grandes marcas mundiais
neste mercado, elas são garantias de
sucesso?
Sem duvida, especialmente a Designers
Guild pelo produto que tem, pelo marketing
que faz e porque as colecções são realmente
diferentes e marcam pela originalidade em
relação ao restante. Há pessoas que entram
aqui para comprar só aquela marca porque
os seus clientes o exigem.
Cinco Show-Rooms (Porto, Lisboa,
Algarve, Funchal e Madrid). Têm sido
todos mais valias?
A intenção foi a de personalizar os espaços
e de optar por alguma originalidade, daí
a aposta neste pequeno palácio, aqui em
Belém, porque estivemos primeiro nas
Amoreiras e depois na Avenida 24 de Julho,
mas em conceitos de Open-Space que, às
vezes, mais parecia um supermercado. O do
Porto foi o primeiro porque nascemos lá, o
do Funchal e do Algarve foram necessidades
mas também mais valias por uma clientela
emergente e importante e, em Espanha
também se justifi cava porque já tínhamos
um grande mercado lá e não havia muito
a cultura de Show-Room, em Madrid, e
hoje já estão habituados a ir ao espaço, até
porque é mais rentável para os profi ssionais.
E gostava de abrir mais algum na
Europa?
Temos agentes em diversos países, mas
devo confessar que o meu sonho era abrir
um Show-Room em Londres, porque é
um mercado de pessoas verdadeiramente
profi ssionais e que trabalham muito por
projecto.
O que faz de um tecido uma peça de
arte?
Tem de ser tratado como uma peça de
arte desde a sua composição ao desenho.
O processo começa no fi o, depois passa
ao tecido, na tecelagem, e fi nalmente à
forma como o desenho é trabalhado. Tem
de ser um bom fi o, uma boa tecelagem,
um bom desenho e um bom colorido. E
também referir que saber dobrar um tecido
e mostrá-lo ao cliente exige uma formação
como se estivéssemos a mostrar um quadro
do Rembrandt.
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ENTREVISTA 51
Breves
A capital do tecido?Veneza.
Onde viu o melhor tecido?Em Veneza.
Uma voz de seda?Gosto do Paulo Gonzo.
Um fi lme sem nódoa?A vida é Bela, do Benigni.
Um provérbio?Mais vale prevenir do que remediar.
Um perfume?Prada.
Um local para um dia perfeito?Índia.
Uma noticia que gostaria de ouvir amanhã?Uma boa noticia sobre a Economia.
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0 52 GALERIA MATOBRA
Sasha, o banho de um novo espírito
O S
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Moderna, original e acessível são as palavras que defi nem a nova série Kapa. Agora, vai ver que quebrara rotina do seu espaço de banho não custa nada.
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