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Deficiência Intelectual

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EDUCAÇÃO INCLUSIVADEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Fga: Jackeline Miranda de Barros

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TEMPESTADE DE IDÉIAS...

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ANÁLISES E REFLEXÕES A CERCA

DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL À LUZ DO PARADIGMA DA

INCLUSÃO

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CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO

Trata-se de uma definição proposta pela AAMR

(Associação Americana de Retardo Mental), que esclarece:

“A deficiência mental refere-se a um estado de funcionamento atípico no seio da comunidade, manifestando-se logo na

infância, em que as limitações do funcionamento intelectual (inteligência)

coexistem com as limitações no comportamento adaptativo” (Carvalho,

1997, p.27).

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Acrescenta-se, pois, que segundo a AAMR (1992), ter ou não

deficiência intelectual depende que se tenha limitações em duas ou

mais das dez áreas de habilidades adaptativas, as quais se referem

aos aspectos: comunicação, auto-cuidado, vida familiar, vida social,

autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, lazer e

trabalho (Carvalho, 1997, p.28-30).

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Essa definição leva, por sua vez, à nova classificação, cujo critério determinante refere-se exatamente ao fator

interação, que se interpõe entre as limitações funcionais desses indivíduos e as possibilidades adaptativas disponíveis

no seu ambiente social.

Considerando-se a relação entre esses dois elementos, é que se concluí se a pessoa necessita de um apoio intermitente (realizado, quando necessário, em determinado momento da vida); de um apoio limitado (que ocorre mais vezes durante a vida, mas apenas para realizar uma tarefa específica); de um apoio moderado ou extensivo (regular, sem prazo determinado para o seu término) ou de um apoio difusivo ou generalizado (constante, de alta intensidade e que exige mais pessoal que os apoios extensivos e os de tempo limitado, devendo ser oferecido em diferentes áreas do desenvolvimento) (APAE et al, 1999, p. 2).

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Esse sistema de classificação justifica-se pelo fato de que muitas pessoas com deficiência intelectual não apresentam limitações em todas as áreas adaptativas do desenvolvimento e que, portanto, não precisam de apoio nas áreas não afetadas (id., p.2).

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Assim, utilizando-se esta terminologia, um diagnóstico poderia ser expresso

da seguinte forma: “uma pessoa com deficiência intelectual que

necessita de apoios limitados em habilidades de comunicação e habilidades sociais” (id., p.1).

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O termo deficiência mental se liga a causas biomédicas, tais como, as

síndromes genéticas, as anomalias cromossômicas, as

síndromes neurológicas, as doenças infecciosas, os

traumatismos crânio-encefálicos, etc. Mas a estes somam-se os

fatores de ordem sócio-cultural e os fatores psico-emocionais.

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A base médica tem como fruto uma noção limitada,

e por que não dizer distorcida acerca da

deficiência mental que se expressa em termos como,

mal- funcionamento, anormalidade,

incapacidade, comumente compartilhados no meio

educacional.

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A influência das noções médicas ainda se reflete em atitudes desencorajadoras e

pessimistas, notáveis no setor educacional. Este é,

portanto, um dos fatores que justifica a idéia de incapacidade que

possivelmente ainda permeia as práticas pedagógicas

atuais.

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Embora esta noção esteja perdendo sua força mediante um cenário

inclusivo que se configura, é ainda responsável por mal entendidos,

dentre os quais a indistinção entre as dificuldades de aprendizagem e

a deficiência intelectual propriamente dita,

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Mas, como afirma Fonseca (1995, p.29) :

“nem todos os casos de dificuldade de aprendizagem são associados à

deficiência mental, mas, sem dúvida alguma, todas as pessoas

com deficiência mental, têm dificuldade de aprendizagem”.

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Na deficiência intelectual, no entanto, aquela de origem orgânica, a dificuldade de aprendizagem não é o único fator que sinaliza a presença do déficit. A esta, acrescentam-se outros fatores, que são, de um modo geral, comuns nos casos de deficiência intelectual; relacionados, esses, com o comportamento, o desenvolvimento e a atividade intelectual do sujeito.

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Geralmente as

pessoas com déficit intelectual apresentam em maior ou menor medida, alterações principalmente nas áreas motora, cognitiva, de comunicação e na área sócio-educacional

(Teles e Portilho,2000, pp.16-17).

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O desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual, é de modo geral mais lento. No que se refere ao aspecto motor não é diferente; demoram mais a desenvolver a marcha, podem ter alterações quanto à coordenação motora fina, ao equilíbrio, à locomoção.

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No que respeita ao aspecto da comunicação, grosso modo,

apresentam dificuldades, tanto na recepção, quanto na emissão de

estímulos lingüísticos. Daí, inclusive, a dificuldade quanto aos conceitos abstratos, o vocabulário

mais restrito, o uso de gestos demonstrativos como

complementação, a tendência à ecolalia, etc.

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As pessoas com deficiência intelectual têm pouca habilidade no que se refere à generalização ou transferência do aprendizado, apresentam funcionamento deficitário relativo a memória, tempo de atenção reduzido, dificuldades na resolução de problemas, dificuldades quanto à volição, à intencionalidade e a auto-regulação sobre o próprio comportamento.

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Lembramos , obviamente, que “não

se pode traçar um perfil típico de

desenvolvimento dessas pessoas, nem

características padronizadas de sua personalidade ou de

seu comportamento. A forma como a criança

cresce e se desenvolve depende de vários

fatores individuais, sociais e ambientais

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Cabe lembrar que, da mesma forma que as pessoas sem déficit intlectual, os indivíduos com deficiência nessa área, são antes de tudo pessoas e como tais são únicas !!!

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APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA PRESENÇA DO DÉFICIT INTELECTUAL – REFLEXÕES À LUZ DO PARADIGMA DA INCLUSÃO

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O transtorno em nível cognitivo, abrange, senão todos, a maioria dos aspectos relatados; refere-se aqui à alteração no desenvolvimento dos P.P.S (processos psíquicos superiores), aqueles que se relacionam com os simbolismos de segunda ordem , ou seja, com o raciocínio, com o planejamento, a memória e a linguagem, oral ou escrita

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Se tanto a teoria quanto a prática mostram que a pessoa com deficiência intelectual apresenta limitações cognitivas importantes, como esperar que ao interagir com o meio, em especial com o meio escolar, possa se apropriar de saberes científicos?

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Algumas idéias presentes em um estudo de Vygotsky, denominado princípio defeito-compensação, representam respostas ao último questionamento

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A implementação da proposta inclusiva é,

todavia, acompanhada por uma esperança, que não é cega ou ingênua, vale dizer. Firmada em

constructos teóricos interacionistas, têm uma

base materializada nas teorias histórico-culturais

e em perspectivas humanísticas.

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Os indivíduos com déficit intelectual têm dificuldade para interagir com o meio, mas é contraditoriamente através das interações que têm possibilidades de se desenvolver. Não se reporta aqui às interações diretas, entre o “eu” e o objeto, mas às interações mediatizadas, possibilitadas pela linguagem.

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Para Vygotsky, muitas das leis que dirigem o

desenvolvimento da criança com deficiência

são as mesmas que governam o

desenvolvimento das crianças consideradas

normais

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Segundo os estudos desse e outros

autores, se há algum problema ou

impedimento na vida mental de um

indivíduo, algo que obstaculiza seu curso

natural, na região onde houve a

interrupção ocorre um aumento de energia

psicológica

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Nesse ponto a energia aumenta, inunda e extravasa, superando a interrupção e dando origem a outros caminhos psíquicos, os quais possibilitarão ao indivíduo atingir os mesmos objetivos, mas agora de outra forma;

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Uma situação ideal para a ocorrência do processo ensino aprendizagem, de modo geral, requer uma integridade das funções psicodinâmicas e das funções sócio- dinâmicas do desenvolvimento.

No entanto, o princípio defeito-compensação elaborado por Vygotsky, argumenta a respeito da idéia de um limite biológico se impondo sobre o desenvolvimento da pessoa com déficit intelectual.

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A idéia predominante é de que a pessoa com deficiência apresenta um desenvolvimento único, especial, e não uma variante quantitativa do tipo normal

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Assim, pode-se concluir, que os novos caminhos psíquicos podem surgir tanto do ponto de vista neurológico como do funcional, devido às possibilidades de reorganização cerebral e às possibilidades de combinação dos vários tipos de inteligências que os indivíduos possuem, referindo-se, aqui, à Teoria das Inteligências Múltiplas

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Mas daí é

uma outra história...

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Parte II

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IMPLICAÇÕES

PARA O FAZER

PEDAGÓGICO NO

CASO DA

DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL

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AS 10 AS 10 (NEM TÃO)(NEM TÃO) NOVAS NOVAS COMPETÊNCOMPETÊNCIAS PARA CIAS PARA SE ENSINAR SE ENSINAR A PESSOA A PESSOA COM COM DEFICIÊNCIDEFICIÊNCIA A INTELECTUAINTELECTUALL

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11 CONHECER CONHECER

PARA ATUARPARA ATUAR

Page 39: Deficiência Intelectual

22PLANEJAR PLANEJAR PARA AGIRPARA AGIR

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Alice:Alice: _Poderia me dizer _Poderia me dizer o caminho que devo o caminho que devo pegar para ir embora pegar para ir embora daqui?daqui?

Gato:Gato: _ Depende para _ Depende para onde você quer ir.onde você quer ir.

Alice:Alice: _ Não me importa _ Não me importa muito para onde.muito para onde.

Gato:Gato: _ Então não _ Então não importa que caminho importa que caminho tome.tome.

Conversa de Alice com o gato in Alice no Conversa de Alice com o gato in Alice no país das maravilhas – Lewis Carrollpaís das maravilhas – Lewis Carroll

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• ““ESTABELECER METAS A ESTABELECER METAS A PARTIR DA AVALIAÇÃO PARTIR DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E DO DIAGNÓSTICA E DO CONHECIMENTO DAS CONHECIMENTO DAS POSSIBILIDADES ELIMINA POSSIBILIDADES ELIMINA O RISCO DO O RISCO DO ATIVISMOATIVISMO””

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Avaliação Avaliação Pedagógica do Pedagógica do

Nível de Nível de DesenvolvimentDesenvolvimento o XX PIE (plano PIE (plano individualizado individualizado educacional) educacional)

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Aspectos a serem Aspectos a serem avaliados e registradosavaliados e registrados

*cognitivo (PPS) *cognitivo (PPS)

*sócio-afetivo*sócio-afetivo

*psicomotor*psicomotor

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33USAR A USAR A

CRIATIVIDADECRIATIVIDADE

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*UTILIZAR METODOLOGIAS *UTILIZAR METODOLOGIAS DIVERSIFICADASDIVERSIFICADAS

FAVORECE A APRENDIZAGEM FAVORECE A APRENDIZAGEM CONSIDERANDO-SE OS CONSIDERANDO-SE OS DIFERENTES ESTILOS DE DIFERENTES ESTILOS DE

APRENDIZAGEMAPRENDIZAGEM

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44LANÇAR MÃO DE LANÇAR MÃO DE

RECURSOS RECURSOS VARIADOS VARIADOS

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• EESTIMULAR A CONSCIÊNCIA STIMULAR A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICAFONOLÓGICA

• UTILIZAR JOGOS PEDAGÓGICOSUTILIZAR JOGOS PEDAGÓGICOS• UTILIZAR RECURSOS DE UTILIZAR RECURSOS DE

LEITURA E ESCRITA LEITURA E ESCRITA • UTILIZAR ATIVIDADES DE UTILIZAR ATIVIDADES DE

PSICOMOTRICIDADEPSICOMOTRICIDADE• CONTEXTUALIZAR TODOS AS CONTEXTUALIZAR TODOS AS

ATIVIDADESATIVIDADES

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55MANTER-SE MANTER-SE

MOTIVADO MESMO MOTIVADO MESMO FRENTE À FRENTE À

“PEQUENOS “PEQUENOS GANHOS” GANHOS”

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66Construir Construir

propostas e propostas e ações ações

coletivamentecoletivamente

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77Envolver todos os Envolver todos os

elementos elementos educativos no educativos no

processo processo

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88ENVOLVER A ENVOLVER A

COMUNIDADE EM COMUNIDADE EM GERAL GERAL

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99ENVOLVER A ENVOLVER A

FAMÍLIA EM TODAS FAMÍLIA EM TODAS AS ETAPAS DO AS ETAPAS DO

PROCESSO PROCESSO

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1010AVALIAR O AVALIAR O PROCESSO PROCESSO

CONTINUAMENTECONTINUAMENTE

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Mas e na prática , o que fazer?

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ESTUDO DE CASO

Com base nas informações obtidas na avaliação do nível de desenvolvimento inicial e correlacionando com os aspectos teóricos apresentemos algumas atividades que você professor@, poderá desenvolver ...

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Caso 01 : Pedrinho da Silva , 09 anos , 2° ano ens. fundamental

não possui linguagem oral reconhece figuras solicitadasconceitos básicos de linguagem não desenvolvidos memória visual limitadamemória auditiva limitadaacentuada “falta de limites”déficit de atenção e concentração não respeita normas e regraslinguagem receptiva preservada 

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AGORA É SUA VEZ...

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Utopia? Utopia? "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois

passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais

que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não

deixe de caminhar ” (Eduardo Galeano).

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