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DERMATOLOGIA GERIÁTRICA
DRA PATRÍCIA FAGUNDES
MÉDICA DERMATOLOGISTA
H9J
DADOS DEMOGRÁFICOS DA POPULAÇÃO COM MAIS DE 60 ANOS
• A população com mais de 80 anos cresceu 70% últimos 10 anos
• Atualmente no Brasil: 21 milhões de pessoas têm maisde 60 anos
• Em 2025, estima-se 32 milhões de idosos no Brasil
Aumento da expectativa de vida / Melhoria nos padrões de habitação, higiene e cuidados de saúde
+Redução do número de filhos/família
Maior demanda por cuidados de saúde na 3ª idade
CAUSAS DAS ALTERAÇÕES DEMOGRÁFICAS
PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO >60 ANOS NA COMPOSIÇÃO DA POP. BRASILEIRA - 2007/2026
Fonte:IBGE Elaboração:SPS/MPS
http://www.anasps.org.br/revista_funprev/revista33.html
PIRÂMIDES ETÁRIAS BRASIL
Fonte:IBGE - Elaboração:SPS/MPS http://www.anasps.org.br/revista_funprev/revista33.html
1980
2050
2005
REPERCUSSÕES NA CLASSE MÉDICA
IBGE publica pesquisa sobre transição demográficaData: 10/10/2009
Em documento recém-publicado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística recomenda investimento na formação de especialistas em Geriatria e Gerontologia:
"Em síntese, as informações sobre a esperança de vida ao nascer apontam, claramente, para um processo de envelhecimento populacional no País, o que vai exigir novas prioridades na área das políticas públicas a serem direcionadas para grupos populacionais específicos. Como exemplo dessas prioridades, destaca-se a formação urgente de recursos humanos para atendimento geriátrico e gerontológico, além de providências a serem tomadas com relação à previdência social, que deverá se adequar a essa nova configuração demográfica." (IBGE. A dinâmica demográfica brasileira e os impactos nas políticas públicas. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil 2009, pg 31.)
Para baixar a publicação completa, com comentários, acesse o site do IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/default.shtm.
REPERCUSSÕES NA CLASSE MÉDICA
• Criação do departamento de Dermatologia Geriátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
• Criação de ambulatórios de dermatologia geriátrica nos serviços credenciados de residência em Dermatologia
HOSPITAL 9 DE JULHO
BIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Envelhecimento:
�Declínio da capacidade de renovação celular
�Aumento na susceptibilidade a doenças
�Probabilidade crescente de morte a medida que a idade avança
SINAIS DE ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
� ATROFIA� FLACIDEZ� PREGUEAMENTO� SECURA� TOM AMARELADO/PALIDEZ� MANCHAS SENIS� ENBRANQUECIMENTO CABELOS E PELOS
ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO ENVELHECIMENTO
�DERME:
- Alterações na sua estrutura aspecto envelhecimento
- Diminuição do número de fibras de colágeno e fibroblastos
�EPIDERME:
- Redução pela metade na taxa de renovação celular
- Aumento da permeabilidade cutânea
�Pigmentação: proliferação de melanócitos na junção dermoepidérmica (lentigo senil)
�Gls écrinas e sebáceas: Diminuição no número e atividade
� Inervação: Diminuição percepção sensório e aumento no limiar dor
ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO ENVELHECIMENTO
ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO ENVELHECIMENTO
�Sistema Imune:- Diminuição número e capacidade de migração das céls de Langerhans- Redução número de linfócitos T e resposta a Ag específicos
Aumento risco de fotocarcinogêneseMaior susceptibilidade a infecções crônicas de pele
CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTODERMATOLÓGICO NA 3a IDADE
- Dissociação entre a queixa principal e o real problema cutâneo
- Anamnese dificultada por discurso confuso ou prolixo
- Tendência do paciente em prorrogar consulta: medo, desconhecimento, dificuldade de locomoção
- Eczemas, prurido, hematomas, xerose cutânea, tumores benignos e malignos: problemas frequentes
ANAMNESE DIRIGIDA
BUSCA ATIVA DE DOENÇAS DE PELE
PREVALÊNCIA DE DERMATOSES EM GERIATRIA
Estudo americano com 20.000 pacientes de 65 -74 anos não institucionalizados : 40% tinham algum problema dermatólogico significativo
Significativo = Necessidade de exame dermatológico na avaliaçãodo médico examinador
Marks R, Lever L. Studies on the effects of topic retinoic acid on photoageing. Br J Dermatol 1990;122 (Suppl.35):93-5
DERMATOSES MAIS PREVALENTES
• Estudo prospectivo transversal comparativo
• 200 pacientes > 60 anos
Epidemiologia de la dermatosis en pacientes geriátricos .Vargas-Alvarado A et al. Rev Med Inst Mex Seguro Soc
2009;47(3):285-289
NEVO RUBI
PURPURA SENIL
LEUCODERMIA GUTATA
LENTIGO SOLAR
ALOPECIA ANDROG. DÇA FAVRE-RACOCHOUT
CERATOSE SEBORREICA
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CUTÂNEAS EM IDOSOS: ANÁLISE DE 4099 PACIENTES
GERIÁTRICOS
- Eczemas/ Dermatites: 20,4%
- Infecções fúngicas: 15,8%
- Prurido: 11,5%
- Infecções bacterianas: 7,3%
- Infecções virais: 6,7%
- Lesões pré-malignas ou Neoplasias cutâneas: 5,2%
BaÍak Yalçın, MD, Emine Tamer, MD, GüneÍ Gür Toy, MD, Pınar ÖztaÍ, MD, Mutlu Hayran, MD, and Nuran Allı, MD. Int J Dermatol 2006;45, 672-676
DOENÇAS ECZEMATOSAS NA POPULAÇÃO GERIÁTRICA
- Eczema de Contato, Eczema Atópico, Eczema Asteatósico, Eczema Seborreico
- Quadro clínico comum a todos: eritema, edema, descamação, crostas, liquenificação, disseminação e hiperpigmentação
- Nos EUA, estima-se que o custo de doenças eczematosas/paciente possa chegar a $ 4635/ano
- Fatores predisponentes: redução no número de gls sebáceas e na produção de sebo, diminuição espessura pele
ECZEMA SEBORREICO
- Muito comum no paciente idoso e acamado
- Clínica: eritema e descamação amarelada “graxenta” em áreas de pele ricas em gls sebáceas –couro cab, reg centro facial, tórax superior
- Pode assumir padrão em flexura confundindo com intertrigo ou psoríase invertida
ECZEMA DE ESTASE
• Clínica: dermatite circunferencial bilateral geralmente em tornozelos e panturrilhas
• Tríade: alopecia, aspecto encerado da pele, pigmentação castanho-amarelada no terço distal de MMII
• Muito mais frequente nos pacientes idosos
• Fisiopatolgia: insuficiência venosa
• Pode ser complicado por sensibilização
ECZEMA DE ESTASE
ECZEMA ASTEATÓSICO
- Sinônimos: xerose senil, eczema craquelé, prurido hiemal
- Clínica: pele seca e descamativa placas eritematosas conferindo aspecto quebradiço, “de calçamento” pelo encontro de linhas de fissuras horizontais e verticais
- Características: piora no inverno, maior acometimento de pernas
- Fatores agravantes: banhos frequentes, aquecimento central, uso de diuréticos
- Tratamento: emolientes, preparações para uso no banho (úteis porém perigosas), redução temperatura banho.
ECZEMA ASTEATÓSICO
ECZEMA ATÓPICO
- Manifesta-se no adulto, com frequência, como dermatite nas mãos
- Fatores predisponentes para persistência ou início em pacientes geriátricos: HP de dermatite atópica, histórico de pele seca e prurido frequente
ECZEMA DE CONTATO
1. Eczema de contato por irritante primário – menos comum em pacientes idosos
- Causas: diminuição exposição ocupacional e declínio na reatividade imune
2. Eczema de contato alérgico - problema significativo
- Causas: agentes de ação tópica: antibióticos, lanolina, parabenos, antihistamínicos, anestésicos, pó de luvas, aparelhos de audição, plantas e tinturas de cabelo.
ECZEMA DE CONTATO
ECZEMA DE CONTATO
DOENÇAS ECZEMATOSAS TRATAMENTO
• Semelhante para todos os tipos de eczemas
• Base do tratamento:
- Corticóides no combate à inflamação
- Antihistamínicos no alívio do prurido
• O estágio do processo determina o tipo de tratamento
• Fases:
- Aguda, intensa: corticoterapia oral ou IM
- Subaguda: considerar lubrificação, corticóides tópicos com ou sem oclusão e antihistamínicos
- Crônica: corticóides oclusivos ou intralesionais, imunomoduladores Pimecrolimus ou Tacrolimus
DOENÇAS ECZEMATOSAS Tto TERCIÁRIO
FOCO NOS FATORES INTRÍNSECOS AO PACIENTE IDOSOPele fina
Poucas gls sebáceas
Red reserva água na pele
Maximizar hidratação e conteúdo lipídico da pele
Estimular ingesta hídrica adequada
Considerar subst de agente diurético
Dieta adequada em óleos, peixe, vit. E ?
� Definição: sensação que faz a pessoa coçar a área afetada
� Prurido clássico: coceira presente na ausência de lesão de pele
� Ciclo prurido-coçadura liquenificação, escoriação, infecção e púrpura traumática
� Localizado ou generalizado
� Papel do dermatologista
- exame dermatológico obrigatório na busca
de doença cutânea primária
- revisão do histórico medicamentoso
- proceder à propedêutica completa se causa
desconhecida
PRURIDO
� Fisiopatologia: atrofia do tegumento + diminuição do aporte vascular alts composição lípides da pele, dim. retenção hídrica, descamação da epiderme e pruridermia
� Causas cutâneas: escabiose, xerose, candidíase (diabetes?), líquen escleroso e atrófico, penfigóide bolhoso
� Causas sistêmicas: dça renal, colestase, dça hepática crônica,tireoidopatia, anemia, neoplasias, medicamentos, acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade
� Neoplasias mais associadas: Linfomas, leucemias e dças mielodisplásicas
PRURIDO NO PACIENTE IDOSO
PROPEDÊUTICA PRURIDO
Exames na avaliação do prurido generalizado de etiologia indefinida:
• AVALIAÇÃO INICIAL:• Hemograma completo• VHS• Uréia e creatinina• Transaminases, Bilirrubinas e fosfatase alcalina• Glicemia de jejum/ Hemoglobina glicosilada• TSH, T4L• Função da Paratireóide, Cálcio e fosfato• Rx Tórax• PPF seriado e pesquisa de sangue oculto• Ferro sérico e ferritina
Adaptado de Weisshaar E, Kucenic MJ, Fleischer JRAB. Pruritus: a review. Acta derm Venereol 213(suppl.):5-32,2003.
PROPEDÊUTICA PRURIDO
AVALIAÇÃO SUBSEQUENTE:
• Eletroforese de proteínas séricas
• Imunoeletroforese sérica
• FAN
• Anti-HIV
• Abordagem diagnóstica alérgica: IgE total, RAST
• Prick test / Patch test
• Sedimento urinário
• Estudos de imagens complementares
Adaptado de Weisshaar E, Kucenic MJ, Fleischer JRAB. Pruritus: a review. Acta derm Venereol 213(suppl.):5-32,2003.
PRURIDO NO PACIENTE IDOSO
� Idosos com prurido generalizado, intenso, persistente e inexplicado(pruritus sine materia)
BIÓPSIA CUTÂNEA(excluir Linfoma cutâneo de células T ou Penfigóide Bolhoso)
� Se nada for encontrado: Prurido senil
� Fatores associados aos quais o paciente deve estar atento: ansiedade, situações de stress no domicílio, animais de estimação, pólen, plantas, lã e tecidos de roupa de cama
� Certos alimentos podem desencadear prurido sem indicar alergia
PRURIDO
TERAPÊUTICA:
� Tratamento da doença de base
� Emolientes são a peça-chave no tratamento
� Agentes adicionais de ação anestésica por depressão dos receptores sensórios cutâneos: mentol, cânfora, fenol
� Calamina, banhos de leite, óleos, camomila, gelo, resfriamento podem ser úteis
PRURIDO INTRATÁVEL
- Diagnóstico de exclusão
- Minoria de pacientes
- Acompanhado de pele sã ou xerótica
- Manejo extremamente difícil – alto grau insatisfação
- Emolientes, fórmulas calmantes com calamina e mentol, corticóides tópicos potentes – pouco efeito
- Drogas sistêmicas sedativas podem ser úteis – risco de desorientação e confusão
INFECÇÕES FÚNGICAS
- Prevalência aumentada na população idosa: Candidíase mucosa e cutânea, Tinea pedis e Onicomicose
- Causas principais:1. Diminuição defesa a agentes
externos2. Alterações anatômicas com a
flacidez e fragilidade da pele e anexos cutâneos. Ex: Perlèche: redundância de pele nos ângulos da boca acúmulo de saliva, erosão e cresc. Candida
- Diagnóstico: confirmado pelo exame micológico direto e cultura para fungos
INFECÇÕES FÚNGICAS TRATAMENTO
1. Candidíase: - Imidazólicos tópicos ou orais s/n
2. Tinea pedis:- Derivados azóis tópicos ou terbinafina 1% creme 2x/dia 4 sem- Se maceração interdigital, antifúngicos tópicos com ação antibacteriana - Tto. oral: prático para idosos com dificuldades de visão (Terbinafina 250mg/d 2 m)
3. Onicomicose:- Dermatófitos: Terbinafina 250mg/dia 6-16sem- Candida: Imidazólicos (*)
(*) Observar: - Riscos de sobrecarga hepática- Interações medicamentosas: astemizol, terfenadina, sinvastatina, lovastatina,
cisaprida, pimozide, midazolan
CANDIDÍASE
ONICOMICOSE
Tinea pedis
INFECÇÕES VIRAIS
HERPES ZOSTER
- Definição: Erupção de vesículas por reativação do vírus Varicela-zoster em pacientes adultos
- Causa: declínio na imunidade mediada por células
- Incidência muito elevada na 3ªidade:
- 4 ptes em 1000/ano aos 55 anos de
vida
- 10 ptes em 1000/ano aos 90 anos de
vida
HERPES ZOSTERTRATAMENTO
OBJETIVOS:
- Diminuição da replicação viral
- Diminuição do dano e inflamaçãoneural
- Redução da duração e gravidade daNeuralgia pós-herpética (NPH)
QUANDO INICIAR?
- Primeiras 72 horas
- Deve ser iniciado após 72h em ptes com alto risco para NPH e/ou que aindam tenham vesículas
HERPES ZOSTERTRATAMENTO
ACICLOVIR:
- “Gold standard” por muitos anos: eficiente, seguro
- MA: ligação à polimerase viral impedindo a replicação do DNA
- Afinidade pelo DNA viral 100x > DNA celular
- Dose: 800 mg 5x/dia 7dias
- Pacientes HIV+: manter até que novas lesões parem de ser formadas
- Falência em manter o tratamento na dose correta: “Zoster verrucoso”
HERPES ZOSTERTRATAMENTO
ACICLOVIR:
- Vírus Herpes zoster é menos sensível ao tto com Aciclovir que o vírus Herpes simples
- Doses maiores de Aciclovir são necessárias para atingir o índice terapêutico plasmático
- Apesar de a dose ser 4x > que a do tto para Herpes simples, os níveis séricos são só 2x superiores
- Importante: manter hidratação adequada pela eliminaçãorenal
HERPES ZOSTERTRATAMENTO
FAMCICLOVIR:
- Forma oral do Penciclovir
- Absorção rápida
- MA: nas células infectadas, sofre conversão em sua forma ativa: trifosfato de penciclovir que inibirá competitivamente a DNA-polimerase viral
- Dose: 500mg 3x/dia 7dias
VALACICLOVIR:
- Ester L-valina do Aciclovir
- Conversão in vivo Aciclovir
- Biodisponibilidade 3-5 x maior que Aciclovir oral (exposição similar a do Aciclovir venoso)
- Estudos clínicos: Valaciclovir fornece um benefício superior ao Aciclovir: redução na gravidade e duração da dor crônica em pacientes >50 anos, com a mesma segurançade tratamento
- Facilidade de posologia: 1g 3x/dia 7dias
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
- Sensação de dor na pele com + 2 meses de duração após um episódio de Herpes zoster
- Início: variável
- Origem da dor: neuropática
- Hiperatividade nervos periféricos pelo dano viral hiperexcitabilidade do núcleo dorsal respostanervosa central exagerada a toda esta demanda
- Tipo: constante ou intermitente, espontânea ou desencadeada por estímulo inócuo (ex: feixe de luz)
FATORES DE RISCO - NPH
1. Idade avançada: Pacientes > 60 anos: 50% evoluem com NPH
Pacientes > 70 anos: 75% evoluem com NPH
2. Zoster oftálmico
3. Mulheres
Fatores de risco para NPH prolongada (>1 ano):
1. Pacientes com dor prodrômica
2. Pacientes > 60 anos
3. Pacientes com dor intensa nos primeiros 3 dias de Herpes zoster
NEURALGIA PÓS HERPÉTICATRATAMENTO
CONSIDERAÇÕES
- Origens periférica e central da dor = abordagem terapêutica combinada
- Considerar qualidade de vida na escolha do tratamento
- Trocar rapidamente se ineficiência ou agravo
NEURALGIA PÓS HERPÉTICATRATAMENTO
Abordagem inicial:- Analgésicos: muito usados/ valor limitado- Ibuprofeno: ineficaz- Tópicos: AAS+ éter, indometacina+éter, lidocaína: úteis (estudos não controlados)
- Injeções locais de lidocaína, procaína, mepivacaína: efeito temporário
- Capsaicina tópica: única droga aprovada peloFDA / sensação de ardência pode invalidar seu uso
NEURALGIA PÓS HERPÉTICATRATAMENTO
2º passo:- Uso contínuo de analgésicos não narcóticos- Se falha, considerar analgésicos narcóticos (pesar riscos de
dependência/sedação) – alívio incompleto
3º passo:- Introdução de antidepressivos tricíclicos- MA: inibição da recaptação de noradrenalina e serotonina –
inibição dos neurônios espinhais responsáveis pela percepção da dor
- Amitriptilina em doses baixas 12,5-25mg à noite com ajustes semanais até o alívio da dor
- Estudos: 47-67% pacientes referiram alívio de “moderado” a “excelente” da dor
NEURALGIA PÓS HERPÉTICATRATAMENTO
Antidepressivos tricíclicos:
- Reações adversas: confusão, retenção urinária, hipotensão postural e arritimias
- Demora de algumas semanas para atingir benefício máximo
- Efeitos colaterais podem ser mais precoces que alívio dos sintomas
Componente lancinante da dor neuropática:
- Considerar associação de drogas anticonvulsivantes: fenitoína, valproato de sódio
- Carbamazepina reduz dor lancinante / ineficaz para dor contínua
Outras opcões de tratamento: estimulação elétrica neural transcutânea, etilcloreto spray
NEURALGIA PÓS HERPÉTICAPREVENÇÃO
- A melhor forma de prevenir a NPH é não ter Herpes zoster
- CORTICÓIDES:
- Cinco grandes estudos clínicos controlados: benefícios no uso de corticóides em reduzir a inflamação e dano neural na fase aguda
- Prednisona 45-60mg/dia, Predinisolona 40mg/dia – 3-4 semanas
- Há necessidade de estudos com relação à profilaxia da dor crônica (NPH)
- VACINA VARICELA:
Pode ser útil por “revigorar” a resposta celular e humoral que diminuem com o envelhecimento
HERPES ZOSTER
HERPES ZOSTER
HERPES ZOSTER
INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS
ESCABIOSE
- Infecção pelo Sarcoptes scabiei
- Natureza crônica: “Prurido dos 7 anos”
- Existe há mais de 2500 anos
- 300 milhões de novos casos/ano
- Há um aumento crescente de novos casos nos últimos 20 anos
- Fatores predisponentes relacionados à instituição: >30 anos de construção, >120 leitos, > 10 leitos/cuidador
INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS
ESCABIOSE
- Mito: escabiose e higiene precária
- Não faz distinção de nível sócioeconômico, gênero, raça ou padrão higiene pessoal
- Transmissão requere contato direto pele-pele
- Clínica: pápulas pruriginosas em abdome, virilha, seios, regiões dobras, espaços interdigitais
- Sarna Norueguesa: variante comum em ptes imunodeprimidos, debilitados, idosos
INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS
ESCABIOSE
- Tratamento de escolha: Permetrina 5% em creme, piretróide sintético análogo da substancia piretum obtida da flor Crisântemo
- Aplicação única, à noite. Repetir após 1 semana
- Outras opções: Ivermectina, Enxofre precipitado, Lindano, monossulfiram, Deltametrina
SARNA NORUEGUESA / CROSTOSA
TUMORES DE PELE
- Maioria dos tumores são mais comuns na 3ª idade
- CLASSIFICAÇÃO:
1. Benignos: Ceratoses seborreicas, lentigo senil, melanoses
2. Displásicos: Ceratoses actínica
3. Neoplásicos: Carcinoma basocelular e espinocelular
- Lentigo maligno melanoma: frequente em > 65 anos
CERATOSES SEBORREICAS
CERATOSES ACTÍNICAS
CARCINOMA BASOCELULAR
CARCINOMA ESPINOCELULAR
MELANOMA
PÚRPURA SENIL
• Equimoses ou hematomas emMMSS
• Causa: diminuição no suporte conjuntivo perivasal pela atrofia da pele, pp// pele fotolesada
• Surgem após traumas mínimos/ imperceptíveis
• Pode estar relacionada ao uso de AAS
• Tto: profilático com hidratantes e fotoprotetores, vitamina C 1-2g/dia
DERMATOSES PARANEOPLÁSICAS
Dermatoses que antecedem e/ou
acompanham uma neoplasia interna:
�Erythema gyratum repens: Ca pulmão, mama, estômago, próstata
�Acantose nigricante maligna: Adenocarcinoma gástrico, linfomas
�Acroqueratose (Sd Basex): CEC
�Ictiose adquirida: Linfoma de Hodgkin. Ca mama
CUIDADOS COM A PELE NO PACIENTE IDOSO
• Evitar o uso indiscriminado de medicamentos
• Evitar o uso de tópicos que contenham perfumes ou corantes
• Orientar hidratação cutânea frequente (2-3x/dia)
• Dar preferência para banhos com temperatura branda e uso de sabonetes líquidos
• Evitar contato da pele com tecidos sintéticos, evitar uso de buchas
• Verificar prazo de validade dos medicamentos !
CUIDADOS COM A PELE NO PACIENTE IDOSO
• No hospital:
- Eritema, descamação e prurido ?
- Localizado x Disseminado
- Revisar a prescrição e solicitar avaliação Dermatologia
- Evitar uso de hidratantes que contenham substs. potencialmente irritantes
- Cautela na prescrição de substs tópicas: antifúngicos, corticóides ou óleos
- Se persistência dos sinais/sintomas por mais de 3 dias, solicitar reavaliação
- Cuidados no manuseio: muitos idosos em uso de anticoagulantes !
- Áreas de hipossensibilidade: risco aumentado de úlceras de decúbito
- Cremes protetores/barreira: úteis na prevenção. Uma vez instalada doença de pele, podem inclusive agravar o processo !
- Idosos: manifestações atípicas de dermatoses – não esperar pelos sinais clássicos para iniciar tratamento
OBRIGADA
SINAIS DE ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
DESORDENS HEREDITÁRIAS MIMETIZADORAS
Cutis laxa: textura anormal da derme faz uma criança parecer um idoso
Progeria: derme densa porem a epiderme tem manchas de aspecto senil
�Diferenças culturais:
- Cultura oriental: Rugas, cabelos brancos: sinais de distinção e respeito
- Maioria do mundo : fenômeno da Ocidentalização – sinais de envelhecimento são depreciativos
- Indústria farmacêutica e cosmética vendem a idéia (e seusprodutos) : juventude é beleza
- Aceitação do processo de envelhecimento
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E CULTURAIS
PSORÍASE
- Pico incidência de psoríase em idade avançada
- Sem associação clara com HF+ em comparação com Psoríase de início mais recente
- Traz inúmeros problemas
- Mesmo psoríase localizada pode ser debilitante em idades avançadas
- Efeitos sistêmicos da psoríase generalizada ou pustulosa bem menos tolerados
- Pode se apresentar em todas as formas, pp// Psoríase invertida
PSORÍASE
FATORES RELACIONADOS AO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
�Alterações na estrutura e função da pele envelhecida
�Efeitos cumulativos da exposição a fatores ambientais (pp// RUV)
�Consequências na pele do envelhecimento de outros órgãos
�Diminuição exposição ocupacional
�Aumento da exposição a agentes irritantes e sensibilizantes
�Circunstâncias sociais: má nutrição, home care, limitação na mobilidade e expressão, perpetuação e falência no tto dças de pele
�Fragilidade física crescente
�Doenças concomitantes: demência, alzheimer, parkinson