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Antonio Prado
Secretário Executivo Adjunto
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
UNICAMP - 28 de junho de 2012
DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL DE AMERICA LATINA E O CARIBE
A crise desatada em 2008, que ainda não superamos, não teve apenas um significativo impacto econômico e
social, mas também político
• A crise representa um ponto de inflexão, pois quebrou a continuidade de um modelo
• Um modelo que se associa a duas décadas de concentração de riqueza
• A crise gerou espaços de profundo debate sobre:
• O devenir da lógica de acumulação econômica
• As regras do sistema econômico mundial
• O papel do Estado e das políticas públicas
• A insuficiência da institucionalidade global para enfrentar e responder ante os problemas sistêmicos globais
• A inflexão modifica a agenda de desenvolvimento, que deveria ter sua base conceitual na sustentabilidade e colocar a igualdade no centro de seu objetivo.
Aonde estão hoje a América Latina e o Caribe?
• Aprendendo do passado
– Mais resilientes em termos macroeconômicos
– Progredindo em termos sociais
– Ainda necessitando construir resiliência social
• Com economias crescendo em 2010 mas desacelerando em 2011 e 2012
• Uma nova agenda requer enfrentar dívidas históricas e recentes e fechar brechas produtivas e sociais : • Mádistribuição da renda
• Crescente heterogeneidade produtiva
• Baixo investimento e pouca poupança
• Segmentação laboral e da proteção social
• Discriminação racial, étnica e de gênero
• Vulnerabilidades assimétricas à mudança climática
Uma licão importante: na crise da dívida, a recuperação dos niveis básicos de bem estar tomou o dobro de anos
que a recuperação do PIB AMÉRICA LATINA E CARIBE: COMPARAÇÃO ENTRE PIB PER CAPITA E INCIDÊNCiA DA
POBREZA (1980-2008)
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PIB per cápita
Pobreza
Recuperación en el nivel de pobreza: 25 años
Recuperación del P IB: 14 años
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulacoes das pesquisas de
domicilios dos respectivos países.
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PIB per capita Taxa de pobreza
Recuperação do PIB per capita: 14
Recuperação do nivel de pobreza: 25 anos
Uma licão importante: na crise da dívida, a recuperação dos niveis básicos de bem estar tomou o dobro de anos
que a recuperação do PIB AMÉRICA LATINA E CARIBE: COMPARAÇÃO ENTRE PIB PER CAPITA E INCIDÊNCiA
DA POBREZA (1980-2008)
3620
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PIB per cápita
Pobreza
Recuperación en el nivel de pobreza: 25 años
Recuperación del P IB: 14 años
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulacoes das pesquisas de
domicilios dos respectivos países.
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Recuperación del PIB per cápita:
14 años
Recuperación en el nivel de
pobreza:
25 años
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OCDE (30 países) Unión Europea�
(15 países)
Estados Unidos Sudeste Asiático
(6 países)
África (12 países) América Latina
(19 países)
Carga tributaria directa Carga tributaria indirecta Carga seguridad social
Investimento Em % do PIB
Fiscalidade Em % do PIB
Produtividade Em % do PIB e US$
Principais brechas por fechar
Houve avanços significativos, ainda que díspares, em várias tendências em matéria do desenvolvimento, como a redução da porcentagem da população em situação de
pobreza.
AMÉRICA LATINA: EVOLUÇÃO DA POBREZA E DA INDIGÊNCIA, 1980 – 2011 a
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulações especiais das pesquisas de domicílios dos
respectivos países. a Estimativa correspondente a 18 países da região mais Haiti. As cifras colocadas sobre as seções superiores das barras representam o total em
porcentagem e em número de pessoas pobres (indigentes mais pobres não indigentes).
Em porcentagens da população Em milhões de pessoas
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Pobres no indigentes Indigentes
Pela primeira vez na história recente houve avanços em relação à desigualdade
Uma década sem avanços Uma década com avanços
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulações especiais das pesquisas de domicílios dos
respectivos países.
Países onde a
desigualdade aumentou
Países onde a
desigualdade diminuiu
Países onde a
desigualdade aumentou
Países onde a
desigualdade diminuiu
A REGIÃO E A ECONOMIA MUNDIAL: TENDENCIAS E DESAFIOS NA PRÓXIMA
DÉCADA
Maiores fragilidades e incertezas no
cenário econômico internacional …
Pioraram as condições das economias industrializadas com um horizonte de lento crescimento nos próximos anos
Os desafios fiscais e a dívida pública ameaçam com uma década perdida em algumas economías industrializadas
O comercio internacional se debilita
Persistem importantes desequilíbrios globais Crise em varios países europeos e riscos de contágio
Crescimento baixo e incerteza fiscal e da dívida nos Estados Unidos
Desaceleração na China e India
Divergência em térmos de crescimento e ciclos monetários entre industrializados e emergentes
Maior risco de fortes entradas de capitais e valorização cambial em países emergentes
Voltam a crescer os desequilibrios globais em conta corrente
Os principais mecanismos da governança da economia global ainda requerem ajustes: Depois de 4 anos do inicio da crise “subprime”, não se consegue
restabelecer a normalidade financeira e se dilui o ímpeto reformista do G20
A situação internacional está caracterizada por incerteza,
baixo crescimento nas economias desenvolvidas e
desaceleração nas emergentes PROJEÇÕES DO CRESCIMENTO DO PIB
(Em porcentagens)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação do Fundo Monetário Internacional
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2006-2009 2010 2011 2012e
Mundo Países desarrollados Economías en transición Países en desarrollo
O poder econômico está movendo-se do Atlantico ao Pacifico e do Norte ao Sul
• China poderá crescer num intervalo de 8 a 9% em 2011 e 2012
• Os precos das matérias primas podem baixar mas seguirão em níveis históricamente altos
• Na última década, fortaleceram-se os vínculos econômicos com China, Asia e o Pacífico en geral e cresceram os vínculos Sul-Sul
– O crescimento dos países em desenvolvimento depende cada vez mais de China, socio comercial fundamental para a maioria deles
• En caso de uma nova recessão nos países desenvolvidos ou de uma nova crise financeira global, a margem de manobra dos países emergentes dependerá de:
– O equilibrio externo e as reservas internacionais
– O margem de política nos ambitos monetario e fiscal
– A estructura do comercio exterior, em termos de produtos e mercados
Tendências comerciais 1985-2010:
CRESCIMENTO DO COMERCIO MUNDIAL E APORTE DOS PAÍSES EM
DESENVOLVIMENTO, 2003-2010 (Em porcentagem)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL),
com base em informação do CPB Netherlands Bureau for Economic Policy
Analysis.
MUNDO: DISTRIBUiÇÃO DAS EXPORTACÕES,1985 Y 2010 (En porcentagem do comercio mundial)
1985 2010 a
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(CEPAL), com base em informação de Nacioes Umidas
(COMTRADE). a Estimación sobre la base del 90% de las exportaciones mundiales.
Depois da crise, cresce a importância do comercio Sul-Sul no comercio mundial. Em 2018
superará o comercio Norte-Norte
Fuente: CEPAL, División de Comercio Internacional e Integración, sobre la base de cifras oficiales
Cifras para el período 2011-2020 son proyecciones sobre la base de la tendencia lineal de largo plazo de las exportaciones por región.
EVOLUCIÓN DE LAS EXPORTACIONES POR REGIONES, 1985-2020 (En porcentajes del total)
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Norte-Norte
Norte-Sur
Sur-Sur
Sur-Norte
Em 2030, dois terços da classe média mundial estarão na área
Ásia-Pacífico. Esta região representará mais da metade do
gasto de consumo mundial
POPULAÇÃO E GASTOS DE CONSUMO DA CLASSE MÉDIA, POR REGIÕES, 2009, 2020 E 2030a
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em Homi Kharas, “The Emerging Middle Class in
Developing Countries”, janeiro de 2010. a As cifras de 2020 e 2030 são projeções. b Os gastos de consumo foram calculados com base na paridade de poder aquisitivo (PPA).
População
(Em porcentagens do total mundial)
Gastos de consumo b
(Em porcentagens do total mundial)
América do Norte
Europa
África subsaariana
Oriente Médio e
África do Norte
América Latina
e Caribe
Ásia e Oceania
Na década de 2000, aumentou o peso
de China no comercio da regiao
Fonte: CEPAL sobre la base de COMTRADE, CEPALSTAT y DOTS.
AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE: PARTICIPACIÓN DE SOCIOS SELECCIONADOS EN SU COMERCIO EXTERIOR, 1990-2010
(Em porcentagem)
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América Latina y el Caribe China
Resto de Asia Estados Unidos
Unión Europea
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América Latina y el Caribe China
Resto de Asia Estados Unidos
Unión Europea
Fuente: CEPAL sobre la base de cifras del World Investment Report 2011 (UNCTAD).
EVOLUÇÃO DOS FLUXOS DE IED POR REGIOES RECEPTORAS NO MUNDO, 1990-2010
(Em miles de milhões de dólares y porcentagens do total)
En 2010, os países em desenvolvimento receberam 50% dos fluxos mundiais de IED
Riscos do contexto externo: reprimarização
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DAS EXPORTAÇÕES AO MUNDO
DESDE INÍCIOS DOS ANOS OITENTA
(Em porcentagens do total regional)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base de dados COMTRADE das Nações Unidas.
Manufaturas de alta tecnologia
Manufaturas de baixa tecnologia
Matérias-Primas
Manufaturas de tecnologia média
Manufaturas de recursos naturais
A crise na zona do Euro aumenta a incerteza
Três acontecimentos chaves, com efeitos diferentes dependendo dos países ou subregiões, foram importantes em 2012:
•A incerteza existente na zona do Euro desde 2010-11:
– Baixa (1º trimestre 2012) devido à ação do BCE (fim de 2011) e acordo inicial com a Grécia
– Mas aumentou depois (2º trimestre 2012) devido a:
• Dúvidas sobre a sustentabilidade do programa de estabilização adotado na Grécia
• Problemas com os bancos na Espanha e perigo de contágio na Italia
•O crescimento precário da economia dos Estados Unidos
•A desaceleração do crescimento na Índia e China, no entanto:
– É provável que a taxa de crescimento anterior da China não fosse sustentável e sua trajetória atual, con uma proporção maior de consumo e menor de investimento, e com uma menor taxa de crescimento (entre 7 e 8.2%), sim
– Redução da taxa de inflação na China abre espaço para políticas contracíclicas no caso de uma forte desaceleração
Contexto internacional: Dois cenários
possíveis Cenário I
O cenário mais provável: gestão ordenada do problema na Grécia e contenção do contágio a outros membros da UE:
- Recessão moderada na maior parte dos países europeus, com flexibilização dos ajustes fiscais no curto prazo por problemas de sustentabilidade política e econômica
- Contração das importações procedentes da América Latina e Caribe, que afetam os países con maior proporção de exportações a Europa
- Há “fuga para a segurança” dos fluxos financeiros (investimento em ativos em dólares dos EUA), maior volatilidade financeira y cambial, mas sem escassez de recursos na ALC
- Menores fluxos de remessas e de turismo da Europa a ALC
- Incerteza mundial reduz mas não paraliza o fluxo de investimento extrangeiro
- EUA tem crescimento precário
- China com crescimento superior a 7.5%, com políticas contracíclicas se necesario
Cenário II
Menos provável mas não descartável: saída da Grécia da Zona do Euro, contágio e grande crise nos países da UE, com consequências negativas nos EUA, China e resto da economía mundial (análogo à crise 2008-9)
A região ALC enfrenta esta conjuntura com importantes ativos, mas também com significativas
debilidades Ativos • Crescimento econômico, estabilidade macroeconômica, queda do
desemprego e da pobreza • Classe média em expansão • Abundante dotação de recursos naturais:
– um terço da superfície cultivável e das reservas de água doce – 31% da produção mundial de biocombustíveis e 13% da de petróleo – 47% da produção mundial de cobre, 28% da de molibdênio e 23% da de
zinco – 48% da produção mundial de soja, 31% da de carne, 23% da de leite e
16% da de milho – 20% da superfície de bosques naturais e abundante biodiversidade
Debilidades • Estrutura produtiva e exportadora baseada em vantagens
comparativas estáticas mais que em vantagens competitivas dinâmicas
• Atrasos em inovação, ciência e tecnologia, educação e infraestrutura • Atrasos em produtividade e grandes brechas entre setores
Observou-se uma desaceleração importante nas economias de maior tamanho em 2011
AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE: CRECIMIENTO DEL PIB, 2010-2011 a
(En porcentajes)
Fuente: Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), sobre la base de información oficial. a Para 2011, los valores corresponden a estimaciones.
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América Latina y el Caribe
Brasil México Resto de América del Sur
Centroamérica El Caribe
2010
2011
Fluxos de IED na América Latina e Caribe, 2011 e 2010
AMÉRICA LATINA E CARIBE: MAIORES RECEPTORES DE INVESTIMENTO EXTRANGEIRO
DIRETO, POR PAÍSES, 2010-2011
(Em milhões de dólares)
Origem do IED: importância da Europa
AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE: ORIGEM DA IED
2000-2010 (En milhões de dólares)
2011 (Em porcentagens)
España (14)
Resto de Unión
Europea (25)
Otros (24)
Estados Unidos
(18)
Asia (9)
América Latina y el
Caribe (9)
As reservas internacionais têm aumentado e superam os níveis pré-crise, e a dívida
pública não voltou a aumentar
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DAS RESERVAS INTERNACIONAIS
(em porcentagem do PIB)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação oficial.
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Países Integrados en los Mercados Financieros
Países Agricolas
Países de Recursos Naturales
El Caribe
América Central
Países Dolarizados
América Latina y el Caribe
A dívida pública tem deixado de cair, ainda que se mantenha em níveis relativamente baixos, com
exceção do Caribe
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA, 2000-2010
(Em porcentagens do PIB)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação oficial.
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales. Notas: a/ No se incluyen las contribuciones a la seguridad social y en México se consideran solo los ingresos tributarios no petroleros.
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Durante o primeiro trimestre de 2012, o crescimento da receita tributária desacelerou em vários países
AMÉRICA LATINA (12 PAÍSES a): ARRECADAÇÃO TOTAL DE IMPOSTOS (Taxas de variação real com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, média simples)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação oficial.
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2007 2008 2009 2010 2011 2012
Alimentos Subyacente Otros
A taxa de inflação permanece com tendência de baixa
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO (Taxa de variacão em 12 meses, média simples)
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
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Tasa de ocupación (eje izquierdo) Tasa de desempleo (eje derecho)
A tendência à redução do desemprego permanece na maioria dos países
AMÉRICA LATINA (10 PAÍSES): TAXA DE OCUPAÇÃO E TAXA DE DESEMPREGO Primeiro trimestre de 2008 a primeiro trimestre de 2012, média móvel de quatro trimestres
…mas o crescimento do emprego mostra tendências diferentes entre países
México e Centroamérica América del Sur
AMÉRICA LATINA (SIETE PAÍSES): CRECIMIENTO INTERANUAL DEL EMPLEO CUBIERTO POR LA SEGURIDAD SOCIAL
(Tasa de crecimiento, cuarto trimestre de 2008 - primer trimestre de 2012)
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
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8.0
10.0
IV I II III IV I II III IV I II III IV I
2008 2009 2010 2011 2012
México Costa Rica Nicaragua
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8.0
10.0
IV I II III IV I II III IV I II III IV I
2008 2009 2010 2011 2012
Brasil Chile Perú Uruguay
Predominam aumentos moderados dos salários reais
CRESCIMENTO DOS SALARIOS REAIS MEDIOS DO SECTOR FORMAL (Tasas de crecimiento interanual, en porcentaje)
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
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-3.0
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1.0
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3.0
4.0
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7.0
2010-T1 2010-T2 2010-T3 2010-T4 2011-T1 2011-T2 2011-T3 2011-T4 2012-T1
Brasil Chile México Nicaragua Uruguay
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Jan-09 Apr-09 Jul-09 Oct-09 Jan-10 Apr-10 Jul-10 Oct-10 Jan-11 Apr-11 Jul-11 Oct-11 Jan-12 Apr-12
Alimentos Bebidas tropicales
Aceites y semillas oleaginosas Materias primas silvoagropecuarias
Minerales y metales Energía
Manufacturas
AMÉRICA LATINA: ÍNDICES DE PRECIOS DE PRODUCTOS BÁSICOS DE EXPORTACIÓN Y MANUFACTURAS, 2009-2012
(2005=100, promedio móvil de tres meses)
Moderou-se a deterioração dos preços dos produtos básicos
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
Durante o primeiro trimestre de 2012, manteve-se acesso aos mercados internacionais de capitais
AMÉRICA LATINA: EMISIONES DE BONOS EXTERNOS Y RIESGO PAÍS (En millones de dólares y puntos base)
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200
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5,000
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15,000
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25,000
30,000 Ja
n-0
9
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-09
Jul-
09
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No
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No
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1
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-12
Mar
-12
Privados Bancos
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
Em síntese …
• A região mantém, mas desacelera o seu crescimento a 4,4% em 2011 e a 3,7% em 2012
• Três realidades persistem na região: América do Sul, América Central e Caribe
• A apreciação cambial conspira contra o desenvolvimento dos setores não tradicionais (indústrias, serviços, etc.), que são os principais motores do emprego
• Sem hipotecar o aprendido, devemos transitar de uma macro para a estabilidade a outra macro para o desenvolvimento e aproveitar a conjuntura ainda favorável
Macroeconomia para a mudança estrutural
• A igualdade e a transformação estrutural como eixos do desenvolvimento.
• Os desafios das políticas macroeconômicas vão além da necessidade de estabilizar a conjuntura: devem preocupar-se também da dinâmica de longo prazo.
• O entorno macroeconômico não afeta apenas a dinâmica do ciclo, mas também a trajetória e a qualidade do crescimento, por seu efeito na taxa de investimento, na produtividade, na dinâmica das exportações, na inovação e na dinâmica do mercado de trabalho.
– A forma como se maneja o ciclo não é neutra em relação à estrutura produtiva e à qualidade e composição do crescimento no médio e longo prazo.
• As políticas macro devem contribuir à igualdade social e a um dinamismo econômico que transforme a estrutura produtiva; objetivos não excludentes.
• Os desafios de uma macroeconomia para o desenvolvimento – uma nova caixa de ferramentas:
– Mix de políticas que conciliem a estabilidade com um maior dinamismo no crescimento de longo prazo que conduza à inclusão social e igualdade.
Macroeconomia para a mudança estrutural: objetivos e propostas
• Estabilidade integral de preços, macropreços e demanda agregada consistente com o PIB potencial.
• Propiciar uma baixa volatilidade real: suavizar os ciclos.
• Promover sistemas financeiros que elevem a capacidade de poupança nacional e o apoio ao investimento.
• Fortalecer o papel contracíclico da política fiscal com critérios de sustentabilidade fiscal.
– As políticas contracíclicas devem contemplar o fato de que o ciclo não é simétrico.
• Assumir a taxa de câmbio como um possível instrumento de política, não apenas monetária, mas em sintonia com a política industrial.
• Lograr a eficaz regulação contracíclica da conta financeira da balança de pagamentos, em entradas e saídas de fundos:
– É crucial a composição e a estabilidade dos fluxos, diferenciando os especulativos dos produtivos.
• Formular e construir um sistema financeiro inclusivo e dedicado ao financiamento produtivo.
A CEPAL propõe uma agenda de desenvolvimento baseada em sete pilares
• Política macroeconômica para um desenvolvimento inclusivo visando a mitigar a volatilidade, estimular a produtividade e favorecer a inclusão
• O cambio estructural para superar a heterogeneidade estrutural e as brechas de produtividade por meio de mais inovação, maior criação e difusão do conhecimento e apoio às pequenas e médias empresas (PME)
• Melhorar a integração internacional, diversificando as exportações e aumentando a competitividade
• Superar as brechas territoriais que afetam as capacidades produtivas, institucionais e de desenvolvimento social e inibem encadeamentos produtivos nacionais
• Criação de mais e melhor emprego para favorecer a igualdade de oportunidades e a inclusão social
• Fechar as brechas sociais por meio do aumento sustentado do gasto social e de uma institucionalidade social mais sólida
• Construir pactos sociais e fiscais e o novo papel do Estado
Agenda global • Necessita-se liderança política para prevenir uma
profunda segunda recessão mundial
• Provisão de bens públicos globais de caráter macroeconômico e ambientais – Estabelecer um pacto macroeconômico e financeiro global (regulação
prudencial e governabilidade equitativa)
• Correção de assimetrias financeiras e macroeconômicas em nível global
• Fortalecer o papel do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) para que funcione em nível equivalente ao do Conselho de Segurança
• Superação das assimetrias produtivas e tecnológicas
• Plena inclusão da migração na agenda internacional