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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
ANDRÉ VITOR ALMEIDA BARROS
KAIQUE LARCHERT DE MOURA
DESPLACAMENTO EM REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADA NOS BAIRROS DO FAROL E PONTA VERDE, NA
CIDADE DE MACEIÓ
Maceió-AL
2017/1
ANDRÉ VITOR ALMEIDA BARROS
KAIQUE LARCHERT DE MOURA
DESPLACAMENTO EM REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADA NOS BAIRROS DO FAROL E PONTA VERDE, NA
CIDADE DE MACEIÓ
Trabalho de conclusão apresentado como requisito
final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do
Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do
professor Fernando Silva de Carvalho.
MACEIÓ-AL
2017/1
ANDRÉ VITOR ALMEIDA BARROS
KAIQUE LARCHERT DE MOURA
DESPLACAMENTO EM REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADA NOS BAIRROS DO FAROL E PONTA VERDE, NA
CIDADE DE MACEIÓ
Trabalho de conclusão apresentado como requisito
final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do
Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do
professor Fernando Silva de Carvalho.
APROVADO EM:__/__/__
____________________________
MSc. FERNANDO SILVA DE CARVALHO
____________________________
MSc. DANILO JOSÉ BARROS DE MENEZES
____________________________
Esp. ZEFERINO JOSÉ ALENCAR BEZERRA
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter nós dado saúde e força para superar as dificuldades. A está universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito aqui presente. Ao nosso orientador professor Fernando Silva De Carvalho, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional, E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso obrigado.
DESPLACAMENTO EM REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADA NOS BAIRROS DO FAROL E PONTA VERDE NA CIDADE DE MACEIÓ
DISPLACEMENT IN CERAMIC COATING IN FACADE IN THE HEADS OF THE LIGHTHOUSE AND PONTA VERDE IN THE CITY OF MACEIÓ
André Vitor Almeida Barros Kaique Larchert De Moura
Fernando Silva De Carvalho Graduando do curso de engenharia civil
RESUMO As fachadas dos prédios de Maceió revestida em cerâmica apresentam um índice considerável de manifestações patológicas de vários tipos. Neste trabalho buscou-se conhecer as realidades desses prédios e para esta análise foi realizada uma revisão literal abrangendo o revestimento cerâmico e as patologias do sistema de revestimento cerâmico, pesquisa de campo nos edifícios da orla de Maceió, mais especificamente nos bairros ponta verde e no bairro do farol por apresentarem uma grande quantidade de edifico , registrando as manifestações patológicas encontradas por meio de fotografias e comparando índices patológicos das duas regiões. A pesquisa de campo teve como objetivo verificar como essas patologias ligadas a descolamento de revestimento ocorrem e quais suas possíveis causas. Por fim mostrar uma análise quantitativa das incidências de cada patologia nos bairros abordadas.
Palavras-chave: revestimento de fachadas. Revestimento cerâmico. Manifestações patológicas.
ABSTRACT
The facades of the buildings of Maceió clothed in ceramics feature a considerable rate of pathological manifestations of various types. In this study we attempted to get to know the realities of this building and for this analysis was performed a review literally covering the ceramic coating and the pathologies of the system of ceramic coating, field research in buildings from the edge of Maceió, more specifically in the neighborhoods Ponta Verde and in the neighborhood of farol, registering the manifestations of pathological found Through photographs and comparing pathological indices of the two regions. The field research aimed to verify how these pathologies occur and what their possible causes. Finally show a quantitative analysis of the impact of each pathology in the bairros addressed.
Keywords: cladding elements. Ceramic coating. Pathological manifestations.
SUMÁRIO DE FIGURA
FIGURA 1- Descolamentos da Argamassa............................................................14 FIGURA 2- Descolamento do revestimento cerâmico causado pela própria cerâmica. ..................................................................................................................15 FIGURA 3- Eflorescências.......................................................................................17 FIGURA 4- Fissuras, Fissura em revestimento de fachada..................................18 FIGURA 5- Vesículas, Vesículas em cerâmica.......................................................19 FIGURA 6- Manchas. Manchas em cerâmicas.......................................................20 FIGURA 7- Edifício A................................................................................................28 FIGURA 8- Edifício A................................................................................................28 FIGURA 9- Edifício B................................................................................................28 FIGURA 10- Edifício C..............................................................................................29 FIGURA 11- Edifício D..............................................................................................29 FIGURA 12- Edifício D..............................................................................................29 FIGURA 13- Edifício D..............................................................................................30 FIGURA 14- Edifício E..............................................................................................30 FIGURA 15- Edifício E..............................................................................................30 FIGURA 16- Edifício E..............................................................................................31 FIGURA 17- Edifício F..............................................................................................31 FIGURA 18- Edifício F..............................................................................................31 FIGURA 19- Edifício G..............................................................................................32 FIGURA 20- Edifício G..............................................................................................32 FIGURA 21- Edifício H..............................................................................................32 FIGURA 22- Edifício H..............................................................................................33 FIGURA 23- Edifício H..............................................................................................33 FIGURA 24- Edifício I................................................................................................33 FIGURA 25- Edifício J...............................................................................................34
SUMÁRIO TEBALA
Quadro 01- Edifícios abordados.............................................................................26
Quadro 02- Patologias encontradas.......................................................................27
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................8
1.1 Objetivos................................................................................................................8
1.2 Estrutura do texto...................................................................................................8
2 REFERECIAL TEÓRICO........................................................................................10
2.1 USO DE REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS..................................10
2.2 PATOLOGIA NO REVESTIMENTO CERÃMICO................................................10
2.3 Composição do sistema de revestimento........................................................12
2.4 Principais patologias registradas....................................................................13
2.5 Origens das patologias.....................................................................................20
2.6 Métodos de investigação e análise..................................................................21
3 METODOLOGIA.....................................................................................................25
3.1 pesquisa de campo............................................................................................25
3.1.1 Dados da obra...................................................................................................25
3.1.2 Dados Bairros Ponta verde...............................................................................26
3.1.3 Dados Bairros Farol...........................................................................................26
4.RESULTADO..........................................................................................................27
4.1 Discussão do resultado ....................................................................................27
4.2 Relatórios fotográficos .....................................................................................28
4.3 Resultados Prédios bairro ponta verde Maceió-AL........................................35
4.4 Resultados prédios bairro do foral, Maceió-AL...............................................36
4.5 Resultados obtidos............................................................................................36
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................38
REFERÊNCIAS..........................................................................................................39
8
1 INTRODUÇÃO
A utilização do revestimento cerâmico é difundida em residências, comércios
e indústrias como sistema construtivo em todo o Brasil, sendo o 4º maior produtor de
cerâmica no mundo (INMETRO, 2016). Conforme disponibilidade de matéria prima
torna-se um insumo de custo relativamente barato, assim como o processo de
execução. Além disso, proporciona conforto térmico, durabilidade e estética.
O acentuado desenvolvimento da construção civil nos últimos anos, sem a
devida qualificação da mão de obra, juntamente com falhas no processo de
planejamento e projeto vêm ocasionado anomalias construtivas. Um levantamento
realizado pelo Sinduscon/São Paulo (2016) com as construtoras verificou que as
manifestações patológicas em cerâmica correspondem a 60% dos pós obra. Ainda,
Sahade (2010) afirma que 67% das manifestações patologias em fachada são
provenientes ao desplacamento cerâmico.
Diante deste cenário, sendo a fachada o cartão de visita da edificação é
necessário mitigar as manifestações patológicas em revestimento cerâmico. Além,
do custo envolvido para manutenção corretiva, existe a depreciação do imóvel,
segurança ao usuário e marca associa ao construtor/incorporador.
1.1 OBJETIVOS
Visando melhorias contidas na redução do desplacamento de revestimentos
cerâmico, este trabalho propõe analisar as patologias as principais causas ocorridas
em fachadas revestidas com revestimento cerâmico , nos bairros de Ponta Verde e
Farol, bairros onde encontramos a maior quantidade de edifícios na cidade de
Maceió, afim de distinguir como as patologias ocorrem e qual a metodologia mais
indicada para a execução do serviço, tendo em vista a preocupação com o conforto,
durabilidade e manutenibilidade das edificações propostas.
1.2 ESTRUTURA DO TEXTO
Este presente trabalho trata-se de uma análise dos desplacamentos
encontradas em revestimentos cerâmicos em fachadas, estudo este feito em dois
9
bairros do estado de Alagoas, na cidade de Maceió, identificando cada causa
patológica que ocasionam o desplacamento apresentando uma revisão bibliográfica,
identificando o uso do revestimento cerâmico e suas prováveis patologias na
aplicação em fachadas.
10
2 DESPLACAMENTO DE REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADA
2.1 USO DO REVESTIMENTO EM FACHADAS.
O revestimento cerâmico oferece uma solução atrativa para a fachada,
tanto no aspecto visual, quanto no aspecto da própria estrutura, sendo uma
ajuda a mais na impermeabilização, e trazendo conforto e beleza para a
edificação, sua fácil manutenção e durabilidade contribui ainda mais para que
venha a ser usado.
Devendo sempre atender as especificações do projeto arquitetônico,
buscando acabamentos que atendam sempre o projeto. Buscando sempre
utilizar matérias de melhor qualidade, por se tratar de uma área externa o risco
de possíveis patologias pode vim a oferecer risco a quem trafega pelas vias e
aos próprios moradores.
2.2 CARACTERÍSTICAS DO DESPLACAMENTO DO REVESTIMENTO
CERÂMICO EM FACHADA.
O revestimento cerâmico é bastante utilizado em edificações, as
patologias encontradas causam um impacto negativo tanto para os
proprietários quanto para as construtoras, podendo trazer prejuízos financeiros,
também como causar transtornos quem trafegam nas proximidades, devido as
condições externas desfavoráveis que os revestimentos são expostos,
necessitando assim de maiores cuidados.
Apresentando impacto visual negativo e desvalorização do
empreendimento, as patologias em fachadas são os maiores inimigos das
construtoras, pois mostram da forma mais evidente possível, as falhas ou erros
cometidos pela empresa que executou o empreendimento, além disso,
sobrecarregando as assistências técnicas das construtoras, gerando retrabalho
e altos custos desnecessários, que poderiam ser evitados ou reduzidos, além
de gerar transtornos aos usuários dessas edificações.
11
Segundo CAPOZZI (1996), a fachada é a maior forma de expressão da
obra e pode-se tornar diferencial de mercado na venda do imóvel, uma vez que
o usuário potencial, cercado por tantas opções, acaba decidindo por aquele
que mais se aproxime das suas expectativas e seus sonhos.
A aplicação do revestimento cerâmico nas fachadas dos edifícios requer
cuidados especiais, quando definido a cerâmica ideal que a fachada irá utilizar,
é necessário a contratação de mão de obra qualificada para a execução do
serviço, pois a segurança dos moradores e dos que circulam próximo ao prédio
é fundamental. A utilização do termo patologia na construção civil é utilizada no
sentido de anomalias e fatores que degradam a edificação das mais diversas
maneiras tanto como estrutural como na parte de acabamentos.
Segundo Liechtenstein (1986), patologia das edificações pode ser
entendida como o estudo das origens, causas, mecanismos de ocorrência,
manifestação e consequências das situações em que os edifícios ou suas
partes construtivas apresentem um desempenho insatisfatório.
A ocorrência de manifestações patológicas geralmente está associada a
mais de um fator, sucedida por uma sobreposição de efeitos que ao se
acumularem manifestam um dano maior. Dentre as principais patologias em
fachadas cita-se descolamento de placas cerâmicas, eflorescência, fissuras e
deterioração das juntas de movimento.
O descolamento de placas ocorre devido a deficiência na aderência das
ligações das camadas que constituem o revestimento, esta patologia ocorre ao
longo do tempo.
De acordo com Franco (2001) o descolamento de revestimento cerâmico
de fachada também tem origem nos aspectos relacionados com o projeto,
desde a concepção da edificação, a falta de coordenação entre projetos, a
escolha de materiais inadequados até a negligência quanto a aspectos básicos
como o posicionamento das juntas de dilatação e telas metálicas.
Outra manifestação patológica geralmente encontrada em fachadas
revestidas em cerâmicas é a eflorescência, que acontece devido à passagem
da água por fissuras na interface entre rejunte e bordas da placa provocando a
12
deterioração do sistema. A eflorescência pode ocorrer em pontos concentrados
ou generalizada por toda a fachada do edifício.
Conforme Verduch; Solana (1999) é causada pelo movimento de água
através de porosidades existentes nas camadas do sistema de revestimento
cerâmico, a qual transporta em solução sais de metais alcalinos (sódio e
potássio) e alcalino terrosos (cálcio e magnésio), solúveis ou parcialmente
solúveis em água, até aflorarem na superfície, onde ficam retidos após a
evaporação da água.
As fissuras são rompimento nas placas cerâmicas, Segundo Medeiros
(1999), a deformabilidade da estrutura de concreto armado pode ser apontada
hoje como a principal causa direta de fissuras na base dos sistemas de
revestimento cerâmico de fachadas e, por conseguinte, de parte importante das
manifestações patológicas destes revestimentos no Brasil.
A ocorrência de danos nas juntas de movimento geralmente ocorre
devido à obstrução da junta com a utilização de materiais rígidos,
impossibilitando que haja um trabalho da peça. Esta patologia poderá acorrer
também devido à má execução da junta, onde o especificado em projeto não é
respeitado, como a largura e
2.3 COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE REVESTIMENTO COMPOSIÇÃO DO
SISTEMA DE REVESTIMENTO
a. Substrato ou Base
É o componente de sustentação dos revestimentos, via de regra
formado por elementos de alvenaria/estrutura.
b. Chapisco
Argamassa de preparo de base. Camada destinada a garantir maior
ancoragem do emboço (ou massa única) à alvenaria/estrutura.
c. Argamassa de Regularização
É a camada de transição, aplicada diretamente sobre a base, com a
função de definir o plano vertical e dar sustentação à camada seguinte, o
13
revestimento propriamente dito. No acabamento final pintura esta argamassa
pode ser considerada como “massa única”, cumprindo concomitantemente a
função de emboço e reboco. No acabamento final em revestimentos cerâmicos
ou rochas ornamentais esta camada é definida como emboço.
d. Argamassa de Assentamento do Revestimento
Trata-se da argamassa de assentamento das peças. Normalmente,
quando se aplicam peças de revestimento em fachadas, esta camada é
formada por argamassas colantes.
e. Placa de Revestimento
É o revestimento em si, podendo ser do tipo cerâmico ou em rochas
ornamentais.
f. Juntas de Movimentação
São juntas com posicionamento escalonado ao longo do revestimento
cerâmico, que são aprofundadas desde a superfície até a base, preenchidas
com materiais resilientes, e com a função de dividir o pano cerâmico extenso
em panos menores e absorver as tensões geradas por movimentações da
estrutura e dos panos cerâmicos que estas juntas delimitam.
g. Junta de Assentamento
É a separação existente entre as peças, cuja função é a de absorver as
tensões geradas pelas dilatações termo higroscópicas sofridas pela peça
cerâmica.
2.4 PRINCIPAIS PATOLOGIAS REGISTRADAS
As patologias registradas em revestimentos apresentam-se de diversas
formas, todas elas resultando na impossibilidade de cumprimento das
finalidades para os quais foram concebidos, notadamente no que se refere aos
aspectos estéticos, de proteção e de isolamento.
Nos itens seguintes procuramos relacionar as ocorrências mais comuns
registradas, em função dos levantamentos efetuados, especialmente no que se
refere aos principais grupos patológicos selecionados, que correspondem à
realidade presente em nosso país.
14
a. Descolamentos;
b. Revestimentos de Argamassa.
Nas argamassas de cal a causa deste fenômeno está na presença de
produtos não hidratados, na hidratação incompleta da cal, na má qualidade do
produto ou no seu preparo inadequado.
Nas argamassas ricas em cimento ocorre a possibilidade de retração e
descolamentos, sendo que, problemas desta natureza podem surgir também
nas argamassas mistas, com excesso de aglomerante cimento.
A ocorrência desta patologia registra-se de três formas distintas:
empolamento (destacamento do reboco com formação de bolhas), placas
(ruptura do reboco e do emboço da alvenaria) e pulverulência (desagregação e
esfarelamento da argamassa, que se torna friável).
Figura 1- Descolamento do revestimento causado pela argamassa.
Fonte: Dados da pesquisa.
c. Revestimentos Cerâmicos
É a ocorrência mais frequente de reclamações que demandam perícias
neste tipo de patologia, sendo as causas mais comuns a excessiva dilatação
higroscópica do revestimento cerâmico, a inexistência de juntas de
movimentação, falhas no assentamento das peças e deficiência ou, até
mesmo, falta de rejuntamento.
15
A questão relativa à execução de juntas de movimentação horizontais ou
verticais deve ser estudada na fase de projeto, objetivando o alívio das tensões
geradas pelas movimentações da parede e do revestimento, devido à variação
de temperatura ou deformação da estrutura (admitindo-se que a junta de
assentamento absorve as tensões oriundas da dilatação higroscópica que a
peça pode apresentar).
Trabalhos técnicos realizados no Brasil e em outros países recomendam
regras para dimensionamento destas juntas, que são resumidas no quadro a
seguir:
Figura 2- Descolamento do revestimento cerâmico causado pela própria cerâmica.
Fonte: Dados da pesquisa.
Para as juntas de assentamento, aquelas situadas entre as peças cerâmica
recomendam-se uma largura adequada, sendo esta dimensionada em função
da resiliência da argamassa utilizada para o preenchimento da junta.
Cabe ainda analisar as patologias resultantes de deficiências de
assentamento, especialmente no que se refere à configuração do tardoz (face
posterior da peça), que pode apresentar uma superfície lisa, com reentrâncias
ou em garras. Observa-se que garras poli-orientadas no tardoz se apresentam
como elemento bastante favorável em cerâmicas para fachadas, uma vez que
esta característica aumenta a resistência às tensões de cisalhamento a que as
peças estarão submetidas.
16
Com relação à argamassa de assentamento, o mais comum é a utilização
de argamassa colante, sendo que, especificamente no caso de fachadas
recomenda-se a tipo AC-II (também conhecidas como argamassa colante
flexíveis ou com adição polimérica). Estas argamassas requerem um tempo de
espera mínimo a partir da mistura do produto com água (geralmente, da ordem
de 15 minutos), sendo fundamental a observação do tempo em aberto, que
corresponde ao intervalo de tempo em que a argamassa colante pode ficar
estendida sobre o emboço sem que haja perda de seu poder adesivo. Para as
argamassas tipo AC-II o tempo em aberto deve ser de no mínimo 20 minutos,
sendo que este pode ser verificado “in loco” durante o assentamento do
revestimento cerâmico. A verificação das seguintes situações indica tempo em
aberto excedido:
i) Observação de película esbranquiçada brilhante na superfície da
argamassa;
ii) Toque da argamassa colante com as pontas dos dedos e não
ocorrência de sujeira nos mesmos;
iii) Arrancamento de uma cerâmica recém assentada e a não
verificação de grande impregnação da área do tardoz por
argamassa colante.
É importante também que após sua mistura a argamassa seja totalmente
utilizada num período inferior a 2 horas e 30 minutos. No assentamento de
peças cerâmicas com dimensões superiores a 20 x 20 cm recomenda-se a
aplicação da argamassa também em seu tardoz (além da já aplicada no
emboço com a utilização da desempenadeira denteada metálica). O arraste da
cerâmica proporcionando o rompimento dos cordões da argamassa colante e a
posterior percussão eficiente da peça garante maior estabilidade do
assentamento, uma vez que aumenta a área colada.
O não respeito a estas recomendações pode estar diretamente relacionado
com patologias que têm sua origem na execução do revestimento.
17
d. Eflorescências
É um fenômeno muito comum em fachadas com revestimento de peças
cerâmicas ou rochas ornamentais, alterando a aparência da superfície devido a
se manifestar, geralmente, através de líquido esbranquiçado que escorre pelo
revestimento podendo causar desagregação do revestimento e/ou falta de
aderência entre camadas do revestimento.
A ocorrência desta patologia está ligada ao teor de sais solúveis existentes
nos materiais componentes do revestimento, à presença de água e da pressão
necessária para que o composto atinja a superfície.
Figura 3- Eflorescências cerâmica.
Fonte: Dados da pesquisa.
e. Fissuras
As fissuras nos revestimentos podem estar associadas a sua incapacidade
de absorver as movimentações da estrutura que reveste (oriundas de
carregamentos diversos ou ação de vento), bem como a técnica executiva
utilizada, características e dosagem dos materiais constituintes.
No caso das argamassas, o uso de elevado teor de finos, traços muito
fortes (com alto teor de aglomerantes em relação aos agregados), elevada
quantidade de água de amassamento e operações excessivas de alisamento
18
do revestimento assentado podem favorecer o aparecimento de fissuras
oriundas da retração hidráulica deste material cimentício.
Vale a pena citar fissuras originadas por deficiências ocorridas em etapas
anteriores a da aplicação do revestimento, tais como:
i) Fissuras relacionadas ao cobrimento insuficiente do concreto (uma
menor camada de cobrimento pode permitir a penetração de gases
que podem reduzir o PH do concreto comprometendo a proteção
química que este fornece ao aço e, como a oxidação deste último
ocorre com significativo aumento de volume, estas tensões são
transmitidas ao revestimento final);
ii) Fissuras relativas à execução da alvenaria (fissuras que ocorrem na
região de transição viga/alvenaria, também fissuras devido a
reações expansivas da argamassa de assentamento dos elementos
de alvenaria ocasionadas pela utilização de argilo-minerais
expansivos, cal com elevado teor de óxidos não hidratados ou
reações expansivas cimentos/sulfatos e ainda fissuras relacionadas
à ausência ou mal dimensionamento de vergas e contra-vergas
gerando concentrações de tensões nos cantos das janelas).
Figura 4- Fissura em revestimento de fachada.
Fonte: Dados da pesquisa.
19
f. Vesículas
As vesículas (pontos estourados no revestimento) se manifestam através
do empolamento da pintura podendo ser brancas (devido a hidratação
retardada de óxidos de cálcio presentes nas argamassas com cal), pretas ou
vermelho acastanhadas (associadas a má qualidade da areia, basicamente
quando esta apresenta pirita, matéria orgânica ou concreções ferruginosas
que, ao oxidarem, promovem reações expansivas).
Figura 5- Vesículas em cerâmica.
Fonte: Dados da pesquisa.
g. Manchas
Normalmente provocadas pelas infiltrações de água, devido a sistemas de
impermeabilização deficientes, as manchas podem se manifestar sob forma de
eflorescências (discutidas anteriormente), bolor (manchas esverdeadas ou
escuras, comuns em áreas não expostas à insolação) ou mudanças de
tonalidade dos revestimentos. Frequentemente estão associadas aos
descolamentos, à desagregação dos revestimentos e à má aderência entre
camadas distintas de revestimentos.
20
.
Figura 6- Manchas em cerâmicas.
Fonte: Dados da pesquisa.
2.5 ORIGENS DAS PATOLOGIAS
a. Congênitas
São aquelas originárias da fase de projeto, em função da não observância
das Normas Técnicas, ou de erros e omissões dos profissionais, que resultam
em falhas no detalhamento e concepção inadequada dos revestimentos.
Causam em torno de 40 % das avarias registradas em edificações.
b. Construtivas
Sua origem está relacionada à fase de execução da obra, resultante do
emprego de mão-de-obra despreparada, produtos não certificados e ausência
de metodologia para assentamento das peças, o que, segundo pesquisas
mundiais, são responsáveis por 25 % das anomalias em edificações.
c. Adquiridas
Ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado da
exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da
agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana, em função de
manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos
revestimentos, danificando as camadas e desencadeando um processo
patológico.
21
d. Acidentais
Caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de
uma solicitação incomum, como a ação da chuva com ventos de intensidade
superior ao normal, recalques e, até mesmo incêndios.
Sua ação provoca esforços de natureza imprevisível, especialmente na
camada de base e sobre os rejuntes, quando não atinge até mesmo as peças,
provocando movimentações que irão desencadear processos patológicos em
cadeia.
2.6 Métodos de investigação e análise
a. A durabilidade dos Revestimentos
A durabilidade dos revestimentos, ou seja, a capacidade de manter o
desempenho de suas funções ao longo do tempo é uma propriedade que
depende, basicamente, de um projeto adequado, de uma execução criteriosa e
de uma manutenção periódica realizada pelos usuários.
Na etapa de projeto são definidas a natureza, as características, as
propriedades e o desempenho desejado dos materiais, através da identificação
das solicitações a que os mesmos estarão submetidos. Também nesta etapa
são definidas as técnicas executivas a serem utilizadas.
Na etapa de execução, deve-se seguir a risca o projeto executivo, devendo
este apresentar um nível de detalhes suficiente para que se reduza ao máximo
as improvisações no canteiro.
Na etapa de manutenção, ou seja, durante a vida útil do revestimento,
deve-se observar sempre o seu desgaste natural, a interferência deste no seu
desempenho e se avaliar a necessidade e a periodicidade de intervenções para
garantia da manutenção de sua qualidade.
Infelizmente, muitas vezes estas etapas não são executadas a contento e o
resultado desta ineficiência normalmente são as patologias. A seguir são
apresentados alguns ensaios que podem ser realizados para investigação e
22
análise da qualidade dos revestimentos, fator diretamente relacionado com a
durabilidade dos mesmos.
b. Principais Ensaios Realizados em Revestimentos
b.1 Resistência de aderência à tração
Através deste ensaio (realizado em revestimentos argamassados,
cerâmicos e em rochas ornamentais, entre outros) avalia-se a tensão máxima
suportada por este quando submetido a um esforço normal de tração.
Sobre o revestimento é colado (utilizando-se uma cola a base epóxi) uma
placa metálica (normalmente quadrada de dimensão 100 x 100 mm, ou
redonda de diâmetro 50 mm, também conhecida como pastilha).
O revestimento deve apresentar a dimensão exata da pastilha (caso que
acontece no ensaio de cerâmicas quadradas de 10 cm de lado), caso contrário
o mesmo deve ser cortado perpendicularmente ao seu plano para ser então
definida a área de aplicação da carga.
Após a cura da cola à base epóxi é acoplado à pastilha o equipamento que
tracionará o conjunto até o rompimento. Anota-se então a carga obtida (que
divida pela área da pastilha significará a tensão) e avalia-se também a
superfície de ruptura.
Os testes são geralmente realizados utilizando-se série de 06 corpos de
prova. Nas fachadas, tanto para as argamassas (recomendações da Norma
ABNT 13.749/1996) quanto para os revestimentos cerâmicos (recomendações
da Norma ABNT 13.755 /1996) para que haja aceitação, pelo menos 04 valores
dos 06 CP’s ensaiados devem apresentar resultados iguais ou superiores a
0,30 Mpa.
b.2. Absorção D´Água do Revestimento Cerâmico
A maior absorção d´água de uma cerâmica corresponde a maior
porosidade da mesma. Materiais compactos e sintetizados apresentam
estrutura com baixa absorção d´água.
Este ensaio é realizado, de acordo com recomendações do anexo B da
norma ABNT NBR 13.818/1997, tomando-se de 05 a 10 peças (escolha feita
em função da dimensão das peças) e fazendo-se a correlação entre a massa
23
seca (pesagem feita após secagem da peça em estufa) e a massa saturada
(pesagem feita após imersão da peça por 2 horas em água em ebulição).
A absorção d´água é obtida através da diferença entre a massa saturada e
a massa seca, dividindo este resultado pela massa seca e multiplicando-se por
100 para ser expresso em porcentagem.
A ANFACER (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica)
recomenda que peças cerâmicas a serem utilizadas em fachadas apresentem
absorção d´água menor ou igual a 6,0 %.
b3. Dilatação higroscópica do revestimento cerâmico
A dilatação higroscópica resume-se no aumento dimensional das peças
cerâmicas causadas por reações expansivas oriundas da reidratação dos
minerais argilosos destas em função da adsorção da água de chuvas e da
umidade relativa do ar. Estas movimentações solicitam a interface argamassa
colante/base submetendo-a a tensões tangenciais que podem resultar no
descolamento do revestimento cerâmico.
O ensaio de determinação da dilatação higroscópica (também conhecido
como expansão por umidade), de acordo com as recomendações do anexo J
da norma ABNT NBR 13.818/ 1997, é realizado tomando-se um mínimo de 05
corpos de prova extraídos das peças cerâmicas (podendo ser peças inteiras),
procedendo-se a secagem em estufa, requeima a 550º C por 2 horas e leitura
do comprimento inicial da peça (em mm).
Posteriormente, o CP é mantido 24 horas em água fervente e após sua
retirada desta condição e espera de 3 horas após ser atingido o equilíbrio
térmico, é feita a leitura do comprimento final (em mm).
A dilatação higroscópica é obtida através da diferença entre o comprimento
final e comprimento inicial, dividindo este resultado pelo comprimento inicial e
multiplicando-se por 1.000 para ser expresso em mm/m.
Para revestimentos cerâmicos prensados, com absorção d´água
compreendida entre 3 e 6 %, a ANFACER (Associação Nacional dos
Fabricantes de Cerâmica) e a norma ABNT NBR 13.818- 1997 recomenda que
24
as placas a serem utilizadas apresentem dilatação higroscópica menor ou igual
a 0,6 mm/m.
25
3. METODOLOGIA
3.1 – Pesquisas de Campo
É do conhecimento de todas as inúmeras patologias que ocorrem em
fachadas revestidas com revestimento cerâmicas. Com o intuito de
compreender melhor e minimizar esse tipo de problema, foram feitas pesquisas
de campo nos bairros do farol e ponta verde, bairros que apresenta maior
quantidade de prédios na cidade de Maceió com objetivo de analisar 20 prédios
em cada região com idade média entre 10 a 17 anos a fim de levantar dados
referente as patologias encontradas nas fachadas revestidas em cerâmica.
Posteriormente foi realizada uma análise comparativa nos bairros da Orla de
Maceió, mas especificadamente Ponta Verde, e no bairro do Farol, mostrando
a incidências de manifestações patológicas em cada bairro, na busca de sanar
dúvidas quanto a influência da localização.
A pesquisa de campo teve como propósito percorrer os prédios de Maceió
nos bairros Ponta Verde no bairro Farol, para conhecer como esta patologia
ocorre na realidade e qual a metodologia mais adequada para execução do
serviço de fachadas revestidas em cerâmica nos bairros abordados.
O critério de escolha foi feito nos prédios com idade entre 10 e 17 anos,
que apresentam manifestações patológicas do tipo descolamento de placas
cerâmicas, eflorescência e fissuras, sendo estas patologias objeto de estudo
deste artigo.
3.1.1 Dados das Obras
Em um total de 20 edifícios abordados, nos bairros Ponta verde e no bairro
Farol, sendo que só 13 apresentaram patologia e os demais não foi objeto do
estudo. A localização e a idade de cada edifício segue descrita na tabela
abaixo e no relatório fotográfico com as patologias dos mesmos.
26
Quadro 01- Edifícios Abordados.
Residencial Bairro ENDEREÇO Idade
A Ponta Verde Av. Durval Guimarães 12 anos
B Ponta Verde Av. Durval Guimarães 17 anos
C Ponta Verde Av. Álvaro Otacílio 17 anos
D Ponta Verde Rua Prof. Vital Barbosa 14 anos
E Ponta Verde Rua José Freire Moura 16 ano
F Ponta Verde Rua Deputado Elizeu
Teixeira
12 anos
G Ponta Verde Rua Gaspar Ferrari 17 anos
H Farol Rua Desemb. Barreto
Cardoso
12 anos
I Farol Rua Clementino
Dumont
13 anos
J Farol Av. Aristeu de Andrade 15 anos
Fonte: Dados da pesquisa.
3.1.2 Dados Bairros Ponta verde.
No Bairro da ponta verde foram analisados 20 edifícios com idades acima
de 10 anos, onde 13 desses apresentaram patológico ligadas ao descolamento
cerâmica e 7 não foi objeto do estudo.
3.1.3 Dados Bairros Farol.
No bairro do Farol do mesmo modo foi analisado 20 edifícios também
com idade acima de 10 anos e só 3 apresentaram patologia semelhantes aos
da Ponta verde.
27
4 Resultado
4.1 Discussão de Resultados
Em um total de 40 edifícios abordados, sendo 20 nos bairros Ponta
verde e 20 no bairro Farol, onde 13 apresentaram patologias e os outros 27
não apresentaram patologias, 4 deles no Bairro Ponta Verde apresentam
descolamento de placas, enquanto que no bairro do Farol 2 apresentaram a
mesma patologia. Já a patologia eflorescência, pode ser encontrada em 5
prédios nos Bairro Ponta Verde em 1 prédios no bairro Farol. Foi detectado
falhas nas juntas de dilatação em 2 prédios na Ponta Verde e, enquanto que no
farol apenas 1 prédio apresentou essa anomalia. A patologia fissura nas placas
cerâmicas foram detectadas em 4 prédios da Porta Verde e nos prédios do
Farol apenas 1. Já a patologia fissura no rejunte foram encontradas apenas
nos prédios da Ponta Verde e, apresentando problemas em 4 prédios. Para
melhor evidenciar, segue gráfico com percentual de patologias encontradas
nos bairros abordados.
Quadro 02- Patologias encontradas.
Edifícios Patologia
A Vesículas.
B Descolamento pela argamassa
C Descolamento pela cerâmica
D Vesículas, descolamento pela argamassa,
fissura
E Eflorescência, fissura
F Eflorescência.
G Descolamento pela argamassa, fissura
H Eflorescência
I Descolamento pela cerâmica
J Fissura.
Fonte: Dados da pesquisa.
28
4.2 Relatórios fotográfico
Figura 7 - EDIFICÍO A: End.: Av. Durval Guimarães, Bairro: Ponta Verde, Idade: 12 anos, Vesículas.
Fonte: Dados da pesquisa.
.
Figura 8 - EDIFICÍO B DADOS: End.: Av. Durval Guimarães, Bairro: Ponta Verde, Idade: 12 anos Patologia: Vesículas. Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 9- EDIFICÍO C: End.: Av. Durval Guimarães, Bairro: Ponta Verde, idade: 17 anos, Patologia: Deslocamento pela argamassa
Fonte: Dados da pesquisa.
29
Figura 10- EDIFICÍO D: End.: Av. Álvaro Otacílio, Bairro: Ponta Verde, Idade: 17 anos,
Patologia: Deslocamento pela Cerâmica Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 11- EDIFICÍO E: End.: Prof. Vital Barbosa, Bairro: Ponta Verde, Idade: 14 anos,
Patologia: Vesículas. Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 12- EDIFICÍO E: End.: Prof. Vital Barbosa, Bairro: Ponta Verde, Idade: 14 anos,
Patologia:. Descolamento pela argamassa Fonte: Dados da pesquisa.
30
FIGURA 13- EDIFICÍO E: End.: Prof. Vital Barbosa, Bairro: Ponta Verde, Idade: 14 anos, Patologia:. Fissura.
Fonte: Dados da pesquisa.
Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 15- EDIFICÍO F, End.: Rua José Freire Moura, Bairro: Ponta Verde, idade :16 anos,
patologia: Eflorescências Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 14 - EDIFICÍO F, End.: Rua José Freire Moura, Bairro: Ponta Verde, idade :16 anos, patologia: Eflorescências
31
FIGURA 16- EDIFICÍO F, End.: Rua José Freire Moura, Bairro: Ponta Verde, idade: 16 anos,
patologia: fissura Fonte: Dados da pesquisa.
Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 17- EDIFICÍO G, End.: Rua Deputado Elizeu Teixeira, Bairro: Ponta Verde, Idade: 12 anos, Patologia: Eflorescências.
Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 18 - EDIFICÍO G, End.: Rua Deputado Elizeu Teixeira, Bairro: Ponta Verde, Idade: 12
anos, Patologia: Eflorescências.
32
Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 21 - EDIFICÍO I, End.: Rua Desemb. Barreto Cardoso, Bairro: Farol, Idade: 12 anos,
Patologia: Eflorescências. Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 19 - EDIFICÍO H, End.: Rua Gaspar Ferrari, Bairro: Ponta Verde, Idade: 17 anos, Patologia: Descolamento pela argamassa.
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 20 - EDIFICÍO H, End.: Rua Gaspar Ferrari, Bairro: Ponta Verde, Idade: 17 anos, Patologia: fissura.
33
FIGURA 22 - EDIFICÍO I, End.: Rua Desemb. Barreto Cardoso, Bairro: Farol, Idade: 12 anos,
Patologia: Eflorescências. Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 23 - EDIFICÍO I, End.: Rua Desemb. Barreto Cardoso, Bairro: Farol, Idade: 12 anos,
Patologia: Eflorescências. Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 24 - EDIFICÍO J, End.: Rua Clementino Dumont, Bairro: Farol, Idade: 13. Patologias:
Descolamento cerâmico. Fonte: Dados da pesquisa.
34
Figura 25- EDIFICÍO L, End.: Av. Aristeu de Andrade, Bairro: Farol, Idade: 15. Patologia: Descolamento Cerâmico.
Fonte: Dados da pesquisa.
35
4.3 Resultados Prédios bairro ponta verde Maceió-AL
A figura mostra um gráfico contendo as incidências patológicas encontradas
nos bairros da Ponta Verde.
Nos prédios localizados no bairro da Ponta verde, constatamos uma
grande quantidade de patologia ligada principalmente ao descolamento
cerâmico, que nos leva a concluir que a aproximação dos prédios localizados
no bairro de Ponta verde, que são expostos diretamente à salinidade marinha.
Sendo névoa salina um fator altamente corrosivo e esses prédios receberem
diretamente essa salinidade, mostra que esse fator é de grande
responsabilidade pelo descolamento nessa área.
6%
40%
20%
20%
14%
PONTA VERDE
Falhas nas Juntas de Dilitação Descolamento de Placas Cerâmicas
Fissuras nas Placas Ceramicas Eflorescêcia
Fissuras nos Rejuntes
36
4.4 Resultados prédios bairro do Foral, Maceió-AL.
A figura mostra um gráfico contendo as incidências patológicas encontradas
nos bairros da Ponta Ver.
Como o bairro do farol fica localizado a uma distância bem maior, e uma
elevada altitude em relação ao bairro de porta verde, acaba fazendo com que
esses prédios sofram menos efeito da névoa salina, assim diminuindo o
número de patologias encontradas.
4.5 Resultados obtidos
Através dos resultados obtidos podemos ver claramente a diferente no
surgimento de patologia em revestimento cerâmica, principalmente em relação
ao descolamento cerâmico, onde o bairro de Ponte verde teve 60% mais casos
de patologia, e o bairro do farol não teve tantos casos.
Mostrando assim que o fator salinidade é uma das causas de
descolamento em fachada na cidade de Maceió, outros fatores como material e
33,33; 34%
33,33; 33%
33,33; 33%
Descolamento de Placas Ceramicâs Eflorescência Fissuras nos Rejuntes
37
mão de obra podem influenciar, mas não tanto como a salinidade produzida
pela névoa salina que é a solução salina produzido pela água do mar.
38
5 CONCLUSÂO
Nesse trabalho, foram analisadas diversas patologias em fachadas de
revestimento cerâmico, muitas delas causando por matérias com qualidade que
deixa a desejar e outra pela má aplicação ou até mesmo por fatores externos.
Dessas patologias o descolamento do revestimento cerâmico aparece com
maior frequência em relação a outras, as outras patologias como fissura, falha
das juntas de dilatação ou inexistência de projetos específicos,
desconhecimento da grande importância deste sistema pelos envolvidos no
processo executivo ou falta de controle de ensaios de insumos ou na falha de
execução e desrespeito aos procedimentos corretos.
A falta de manutenção principalmente em prédios com idades mais
elevadas, contribuindo ainda mais para as anomalias patológicas detectadas.
Torna-se evidente a grande importância de um bom projeto com
detalhamento específico para fachada e fundamentalmente o detalhamento das
juntas de movimentação, independente do porte da edificação ou região onde
seja aplicado o sistema de revestimento em placas cerâmicas nas fachadas. É
um sistema que traz sofisticação, entretanto, requer cuidados especiais antes,
durante e depois da execução, principalmente em áreas que sofram com a
proximidade da névoa salina gerada pela ação do mar.
39
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Assentamento de Azulejos – Procedimentos – NBR 8214/1983. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação – NBR 13749/1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento – NBR 13755/1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaios – NBR 13818/1997. BAUER, ROBERTO JOSÉ FALCÃO. Descolamentos em revestimentos cerâmicos. Apostila. São Paulo- SP BAUER, ROBERTO JOSÉ FALCÃO. Falhas em revestimentos - Recomendações nas fases de projeto, execução e manutenção. Apostila. São Paulo – SP. CARVALHO JR., ANTÔNIO NEVES. Descolamentos de Revestimentos Cerâmicos em fachadas. Informativo do Instituto Mineiro de Avaliações e Perícias em Engenharia. ANO XI nº 29 julho/agosto 97. Belo Horizonte – MG. CAPOZZI, S. Fachada, atração fatal. Construção norte e nordeste n.274, São Paulo -1996 CINCOTTO, MARIA ALBA. Patologias das argamassas de revestimento: análise e recomendações. Artigo do livro Tecnologia das Edificações. Pini. São Paulo – SP. CINCOTTO MARIA ALBA. Argamassas de revestimento: características, propriedades e métodos de ensaio. IPT. São Paulo – SP – 1995. CONVÊNIO EPUSP – ENCOL – PROJETO EP/EN-1. Recomendações para Execução de Revestimentos de Argamassas para Paredes de Vedação e Tetos. Desenvolvimento Tecnológico de Métodos Construtivos para Alvenarias e Revestimentos. São Paulo – SP – 1988. FRANCO, LUIZ SÉRGIO. Descolamentos dos revestimentos cerâmicos de fachada na cidade de Recife - São Paulo – 2001. LICHTENSTEIN, N. B. Patologia das Construções: procedimentos para diagnóstico e recuperação. São Paulo – SP – 1986.
40
MEDEIROS, J.S. Prevenção de trincas em alvenarias através do emprego de telas soldadas como armadura e ancoragem - São Paulo- 1999. UEMOTO, KAI LOH. Patologia: danos causados por eflorescência. Artigo do livro Tecnologia das Edificações. Pini. São Paulo – SP. VERDUCH, A. G.; SOLANA, V. S. Velos, florescencias y manchas em obras de ladrilho. Castellón Spain, Faenza Editrice Iberica S.L., 1999.