4
Detonação A detonação destrói a cabeça do pistão parcialmente ou total. Durante a combustão, quando a mistura dos gases não queimados sofre compressão devido ao avanço da frente de chama, pode ocorrer que, em determinado instante, toda a parcela final da mistura (ar/combustível ), entre em combustão espontânea. Esta combustão envolve apreciável parcela da massa que, ao invés de queimar progressivamente através do avanço da chama, queima cada incremento de massa aproximadamente a pressão constante. Esta constante vai reagir instantaneamente sobre a cabeça do pistão, descendo e destruindo canaletas dos anéis, cubos e/ou até o pistão por completo. A pressão atingida é muito maior do que a pressão final atingida em combustão normal. Devido a grande rapidez com que ocorre o fenômeno, não há tempo para que os gases queimados se expandam, o que justifica a hipótese de que esta combustão anormal se realiza a volume constante. A elevação de pressão correspondente limita-se, portanto, ao volume ocupado pela massa que reagiu espontaneamente e dá origem a uma onda de pressão que se propaga dentro da câmara com a velocidade do som. Esta onda sofre repetidas reflexões pelas paredes da câmara, dando origem a um ruído característico chamado de “batida de pinos”. Esta é uma linguagem comum, mas de procedência errada! O nome correto para este fenômeno descrito é “DETONAÇÃO”. A detonação ocasiona uma erosão na cabeça do pistão, no lado em que os gases sofrem a combustão espontânea (normalmente do lado oposto a vela) e tem origem na ação turbulenta dos gases de temperatura elevadíssima contra a cabeça do pistão. Além disso, pode ocasionar, em seus últimos estágios, excessivo desgaste da primeira canaleta, quebra, sulcos e

Detonação x Pre Ignição

Embed Size (px)

DESCRIPTION

diferença entre detonação e pre ignição

Citation preview

DetonaoA detonao destri a cabea do pisto parcialmente ou total.Durante a combusto, quando a mistura dos gases no queimados sofre compresso devido ao avano da frente de chama, pode ocorrer que, em determinado instante, toda a parcela final da mistura (ar/combustvel), entre em combusto espontnea.Esta combusto envolve aprecivel parcela da massa que, ao invs de queimar progressivamente atravs do avano da chama, queima cada incremento de massa aproximadamente a presso constante. Esta constante vai reagir instantaneamente sobre a cabea do pisto, descendo e destruindo canaletas dos anis, cubos e/ou at o pisto por completo.A presso atingida muito maior do que a presso final atingida em combusto normal. Devido a grande rapidez com que ocorre o fenmeno, no htempopara que os gases queimados se expandam, o que justifica a hiptese de que esta combusto anormal se realiza a volume constante.A elevao de presso correspondente limita-se, portanto, ao volume ocupado pela massa que reagiu espontaneamente e d origem a uma onda de presso que se propaga dentro da cmara com a velocidade do som.Esta onda sofre repetidas reflexes pelas paredes da cmara, dando origem a um rudo caracterstico chamado debatida de pinos.Esta uma linguagem comum, mas de procedncia errada! O nome correto para este fenmeno descrito DETONAO.A detonao ocasiona uma eroso na cabea do pisto, no lado em que os gases sofrem a combusto espontnea (normalmente do lado oposto a vela) e tem origem na ao turbulenta dos gases de temperatura elevadssima contra a cabea do pisto.Alm disso, pode ocasionar, em seus ltimos estgios, excessivo desgaste da primeira canaleta, quebra, sulcos e aprisionamentos dos anis e at a destruio por completo do pisto.Causa deste fenmeno: Utilizao de marchas inadequadas condio de carga e velocidade do veiculo; Cilindro trabalhando excessivamente aquecido; Carburador com regulagem incorreta (mistura do ar/combustvel excessivamente pobre); Problemas nos componentes da injeo eletrnica (bicos, bomba de combustvel, sensor de oxignio, etc); Centelha excessivamente avanada (ponto da ignio fora da especificao); Bobina de ignio fora da especificao normal de trabalho; Combustvel com baixo teor de octanas (gasolina batizada); Distribuidor com calibragem ou regulagem incorreta; Sobrecarga do motor; Acumulo de deposito no topo do pisto ou no cabeote (vazo de leo entre os anis ou guia de vlvulas); Rebaixamento excessivo do cabeote, aumentando assim, a taxa de compresso; Utilizao de velas de ignio inadequadas.Correes Corrigir periodicamente os sistemas de ignio e seus componentes, mantendo-os em condies de funcionamento recomendados pelo fabricante; Evitar sobre cargas operacionais no motor; Usar combustvel de boa qualidade.Pr-ignioA pr-ignio um fenmeno que destri a zona dos anis e a cabea do pisto parcialmente ou total.Na maioria dos casos acontece de furar o topo do pisto. Tambm acontece de trincar ou derreter parte da cabea da vlvula do cabeote em determinados cilindros do motor. Acontece muito este fenmeno nos motores EA 111 e Fiat FireSe estiver acontecendo uma pr-ignio o motor perde potencia progressivamente (aos poucos).A formao de uma frente de chama, no devido fasca da vela, com a queima espontnea do combustvel, recebe o nome dePR-IGNIAO.Temos, pois, uma nova frente de chama, o que no constitui inconveniente, enquanto ocorre depois da frente de chama principal iniciada pela vela. medida que a temperatura das peas se eleva, a pr-ignio ocorre cada vez mais cedo no ciclo, adiantando-se a fasca da vela e diminuindo a potencia do motor.Em se tratando de apenas um cilindro, a potencia iria diminuir progressivamente at que, finalmente e silenciosamente, o motor viesse a parar. Nos motores poli cilndricos porem, os outros cilindros mantem o motor em movimento e o cilindro com pr-ignio submetido s temperaturas de combusto durante tempos cada vez mais longos com um aumento excessivo do fluxo de calor para as paredes da cmara.As excessivas temperaturas e as presses resultantes da pr-ignio pode ocasionar um furo no topo do pisto.As causas de pr-ignio so: Velas inadequadas para o tipo de servio requerido; Pontos quentes ocasionados por sistema de arrefecimento defeituoso (crostas nas paredes do bloco, impedindo a circulao normal do liquido de arrefecimento); Depsitos de carbono em temperatura muito alta (quase incandescentes), ocasionando pontos quentes; Vlvulas do cabeote operando em temperaturas muito alm do que podem suportar; Detonao ou condies que levam a ela.Correes Verificar se as velas so adequadas para o motor; Verificar e limpar o sistema de arrefecimento; Descarbonizar o topo dos pistes e o cabeote sempre que possvel; Corrigir possvel passagem de leo lubrificante pelos anis, retentores de vlvulas ou guia de vlvulas; Aplicar ao cabeote vlvulas de boa qualidade, capaz de resistir altas temperaturas e resfriamento constantes.