Upload
diario-do-comercio
View
304
Download
20
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Ano 91 - Nº 24.191 - São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Citation preview
Página 4
São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2014Conclusão: 23h35 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.191R$ 1,40
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24191
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
Renato Costa/Estadão Conteúdo
Por ordem da Justiça, a maiorhidrelétrica do Estado será
'desligada'. Alckmin diz queregião metropolitana só tem
água para mais 4 meses. Pág. 9
Mais uma vítimada estiagem em SP:
Ilha Solteira.
Vicente sobre seu pai, o ex-médicoRoger Abdelmassih. Pág. 9
Eu fico triste por causa dos meusfilhos, que são netos dele, e ficamsofrendo. Mas isso tudo que está
acontecendo é consequência doque ele escolheu para ele.
Maxim Zmeyev/Reuters
Car
los G
arci
a Ra
wlin
s/Re
uter
s
Venezuela limita comprasSupermercados vazios. E o país controla estoques
dos supermercados com identificação digital. Pág. 8
Hambúrguer de volta à Guerra FriaMoscou fecha lojas do McDonald's alegando falta de higiene, mas
suspeita-se que ação seja retaliação às sanções impostas à Rússia. Pág. 16
Divulgação
Primeiro, Carlos Siqueiradeixou a coordenação-geralda campanha dizendo que acandidata está "longe derepresentar o legado" deEduardo Campos. Depois, foi ocoordenador de mobilização,Milton Coelho, afirmando que,com a morte de Campos, seucompromisso acabou. Pág. 5
Homens deCamposabandonamMarina
MALABARISMOECONÔMICOO emprego em carteira encolhe, as previsões de crescimentocaem a cada dia e o governo faz de tudo para a economia nãoparar de vez. Na 4ª-feira, anunciou mais medidas para injetar
R$ 70 bi no mercado de crédito. Ontem, fez mais um malabarismo:prorrogou até 31 de dezembro de 2018 a isenção de cobrança de
PIS/Cofins nas vendas de computadores, notebooks, smartphonese roteadores. Economistas alertam: a confiança do consumidor está
baixa e a volta do investimento só será possível após as eleições.E recuperação, talvez, só mesmo para 2015. Págs. 13 e 15
Crise passa longe de cafés históricos (como oTortoni) e temáticos de Buenos Aires. Pág. 22
Roteiro de cafés portenhos
Contra-ataca com Fox renovado(foto) e Saveiro Cross. Pág. 21
Volks acelera parareconquistar liderança
Escolhe e abregarrafas. E aplacaa sede por
conhecimento. P á g. 11
Muitos brindesao sommelier
O PSB deRober to
Amaral tentaevitar que acrise criadaao redor de
Marinaavance
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
CORTARAM AS ASAS DO T UCANO
A solução para colocar um fim aos conflitos armados está nas mãos do Irã e da Arábia Saudita.Roberto Fendt
Os EUA têm política externa?
A posição americana emvários conflitos do Oriente
Médio se mostrou dúbia, comono caso dos conflitos sírio
e iraquiano. Some-se a isso apolítica ambígua sobre o Irã.
ROBERTO FENDT
Opresidente ameri-
cano Barack Oba-
ma vai se aproxi-
mando do fim de
seu segundo mandato e ainda
não se consegue perceber
qual a política externa de seu
governo. Julgava-se, inicial-
mente, que o fulcro dessa po-
lítica era a universalização das
instituições que fizeram a
grandeza da nação norte-
americana: o Estado de direito
e uma economia de mercado.
Mas a aplicação do que pa-
recia ser os contornos de uma
política dessa natureza mos-
trou-se desastrosa. De parti-
cular efeito negativo foi a in-
tervenção militar da Organi-
zação do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), iniciada na Líbia
em março de 2011. Tendo por
objetivo preservar direitos hu-
manos e impedir oummassa-
cre dos opositores do governo
de Muamar Gadafi em Benga-
zi, a intervenção terminou por
derrubar o governo de Gadafi –
e contribuir decisivamente
para sua morte nas mãos das
forças rebeldes.
Aposição americana em
outros conflitos Oriente
Médio também se mos-
trou dúbia, especialmente nos
conflitos sírio e iraquiano. So-
me-se a isso a posição de início
beligerante com relação ao
Irã, posteriormente revertida.
Foi essa mudança de orien-
tação que permitiu que se pu-
desse, em conjunto com os
países europeus, prosseguir
com as negociações para che-
gar a uma solução satisfatória
para as partes em torno do
programa nuclear iraniano.
No início desse ano, o presi-
dente Obama indicou que pre-
tendia introduzir uma política
específica para o Oriente Mé-
dio. Essa política, como apon-
tou a presciente análise de Da-
vid Gardner, tinha por objetivo
chegar a uma espécie de equi-
líbrio competitivo no Oriente
Médio entre as duas grandes
potências regionais, a Arábia
Saudita, cuja população tem
predomínio sunita, e o Irã, cuja
população majoritária é xiita.
Oconflito velado entre
os dois países tem se
manifestado através
de conflito aberto na periferia
deles. As lutas sectárias entre
sunitas e xiitas contam com o
apoio da Arábia Saudita e do
Irã e a nova política americana
visava justamente por cobro a
esses conflitos abertos.
A estratégia consistiria em
obter-se do Irã salvaguardas
críveis de que seu programa
nuclear não tinha objetivos
agressivos, não somente con-
tra seus vizinhos, mas em es-
pecial contra Israel.
Obtidas as salvaguardas, o
passo seguinte consistiria em
suspender os embargos con-
tra o Irã e reintegrar o país na
convivência normal com a co-
munidade internacional.
O culminar desse processo
seria a suspensão dos confli-
tos periféricos e a formação de
governos estáveis no Iraque e
Síria, com os quais seria possí-
vel um diálogo, tanto com re-
EYMAR MASCARO
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
E-mail para Cartas: [email protected] E-mail para Pautas: e d i t o r @ d c o m e r c i o. c o m . b rE-mail para Imagens: [email protected] E-mail para Assinantes: c i r c u l a c a o @ a c s p. c o m . b r
Publicidade Legal: 3180-3175. Fax 3180-3123 E-mail: l e g a l d c @ d c o m e r c i o. c o m . b rPublicidade Comercial: 3180-3197, 3180-3983, Fax 3180-3894
Central de Relacionamento e Assinaturas: 3180-3544, 3180-3176
REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911, São PauloPABX (011) 3180-3737 REDAÇÃO (011) 3180-3449 FAX (011) 3180-3046, (011) 3180-3983
HOME PAGE http://www.acsp.com.br E-MAIL [email protected]
CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, Marcel SolimeoDiretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])
Gerente Executiva e de Publicidade Sonia Oliveira ([email protected])Gerente de Operações Valter Pereira de Souza ([email protected])Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estadão Conteúdo, Folhapress, Efe e ReutersImpressão S.A. O Estado de S. Paulo.Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
lação ao Iraque e à Arábia Sau-
dita, mas também com os paí-
ses do Ocidente.
Esse processo, entretan-
to, está sendo atropela-
do pelos eventos que se
desenrolam na Síria e no Ira-
que. O levante islamita já con-
trola atualmente parte signifi-
cativa da Síria, ameaça o Kur-
distão iraquiano e mostra-se
fora de controle das potências
regionais. Esse levante origi-
nou-se de uma jihad sunita e
resultou em uma espécie de
califado, nas palavras de Da-
vid Gardner, desintegrando o
que restava de estrutura for-
mal de governo em boa parte
dos dois países.
Oresultado líquido de
tudo isso é a transfor-
mação da Síria e do Ira-
que em "estados falidos", para
usar a expressão cunhada pe-
los politólogos – si gn if ic an do
países cujos governos não
controlam o território e em cu-
jo espaço desapareceu por
completo o Estado de Direito.
Em decorrência, o que pare-
cia uma boa ideia para estabe-
lecer um equilíbrio que se au-
torregulasse na região, agora
parece mais distante do que
nunca. Embasar a política ex-
terna americana nessa inten-
ção não está produzindo os re-
sultados desejados.
Não deixa de ser trágico
que assim esteja acon-
tecendo. Não havia ra-
zão para supor que um Irã inte-
ressado em contribuir para a
solução dos problemas políti-
cos do Oriente Médio não seria
suficiente para que as mudan-
ças ocorressem.
Sucede que, mesmo que o
tempo estivesse a favor desse
entendimento, tanto o Irã co-
mo a Arábia Saudita parecem
ter perdido o controle das for-
ças que eles puseram em
campo para atingir seus obje-
tivos conflitantes.
Do modo como tudo está
hoje, há pouco espaço
para qualquer política
americana para a região. A so-
lução para o problema imedia-
to de colocar fim aos conflitos
armados está nas mãos do Irã
e da Arábia Saudita.
Com o conflito na Ucrânia
também sem solução e com
problemas domésticos decor-
rentes do uso aparentemente
excessivo pela força policial
no Missouri, só faltava mesmo
a execução do jornalista ame-
ricano James Foley por mili-
tantes jihadistas do grupo Es-
tado Islâmico (EI). São tempos
terríveis para Obama.
RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA
Enquanto Eduardo
Campos foi o
candidato do PSB à
presidência da República,
Aécio Neves olhava pelo
retrovisor e não enxergava
ninguém na sua cola, porque
a diferença nos índices de
intenção de voto entre os
dois era grande: Campos
não conseguia vencer a casa
dos 10%, contra 20% do
candidato tucano. Nos 10
meses de campanha,
Eduardo Campos não fez
nenhuma crítica a Aécio,
mas não passava um dia
sem atacar Dilma.
Acampanha de Eduardo
Campos parecia ser uma
linha auxilar do candidato
Aécio Neves. Agora, Aécio vê
Marina Silva ultrapassá-lo
como um bólido e ir à caça
de outra presidenciável,
Dilma Rousseff.
A presidente Dilma que se
cuide, também. A morte de
Eduardo Campos foi trágica
para o País, que perdeu uma
promissora liderança
política que, cedo ou tarde,
chegaria ao Palácio do
P l a n a l t o.
Do ponto de vista
eleitoral, no entanto, foi
mais dramática ainda para
Aécio Neves, que vai ter de
brigar com Marina Silva para
chegar ao 2º turno, já que a
outra vaga dificilmente vai
deixar de ser de Dilma
Rousseff. A candidatura de
Marina Silva também
não agrada ao PT,
porque ela ameaça
seriamente a
reeleição da
presidente Dilma.
Essa ameaça
forçará os
petistas a
recorrer ao
movimento
"Volta, Lula", se
não quiser correr
o risco de ver o
partido apear do
poder. Pela pesquisa
Datafolha divulgada
segunda-feira, que
deixou a mídia aecista
como barata tonta, os
eleitores podem
comparecer às urnas no 2º
turno para votar em uma das
duas mulheres que
romperam a fita do 1º turno:
Dilma Rousseff e Marina
Silva.
Seria a primeira eleição
nos últimos anos que não
seria decidida entre PT e
PSDB. Dilma Rousseff
aparece no 1º turno com
36% de intenção de voto,
contra 21% de Marina Silva e
20% de Aécio Neves.
Na projeção que o
Datafolha fez do 2º
turno, Marina alcança 47%
dos votos e Dilma, 43%,
havendo, portanto, um
empate técnico, porque a
margem de erro é de dois
pontos, para mais ou para
menos. Numericamente, no
entanto, Marina surge à
frente de Dilma. Se, porém,
passassem para o 2º turno
Dilma e Aécio, a petista seria
reeleita com 47% dos votos
e, Aécio, seria derrotado
com 39%. Por isso, o PT
considera Aécio uma "presa
mais fácil" a ser abatida.
OPSDB acredita que
Marina Silva alcançou
índice de intenção de voto
superior ao de Aécio Neves,
porque a pesquisa Datafolha
foi realizada horas depois da
morte de Eduardo Campos,
quando o clima emocional
dominava o eleitorado. O
que os tucanos não
comentam, contudo, é que
Aécio Neves está com 20%
de preferência dos eleitores
há seis meses, o mesmo
acontecendo com Dilma
Rousseff, que oscila entre
36% e 39%, no mesmo
p e r í o d o.
Para a cúpula do PSDB,
Aécio vai reagir com a
campanha na na televisão
que começou terça-feira,
mas a mesma tese
predomina no PT e no PSB.
Os aecistas confiam na força
eleitoral do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso
pedindo votos na TV para
seu candidato, enquanto os
dilmistas apostam mais um
vez no carisma de Lula e, os
marinistas, querem explorar
a imagem de Renata
Campos, a viúva de Eduardo
Campos, também na
campanha de televisão.
EYMAR MA S C A RO É J O R N A L I S TA E
A N A L I S TA POLÍTICO
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
Lei imperial para apreender obra
SANTA MARINA, SANTINHA DO PAU OCO.Evelson de FreitasEstadão Conteúdo
ARGUMENTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE M I NA S É BASEADA EM LEI DE 1830
NEIL
pecadorFerreira
PEDRO MASTROBUONO
Salta aos olhos a tese
apresentada pelo Mi-
nistério Público de Mi-
nas Gerais para justi-
ficar pedido de apreensão de
obras de arte sacra. Com ful-
cro em lei do Regime Imperial
Brasileiro, de 09 de Dezembro
de 1830, busca-se criar uma
espécie de "pecado original",
um vício de origem que macu-
laria toda a tradição de incon-
táveis peças de arte sacra,
atingindo suas cadeias suces-
sórias até os dias de hoje.
Difícil acreditar, mas está lá,
preto no branco, na petição
inicial da "Ação Civil Pública
em Defesa do Patrimônio Cul-
tural de Minas Gerais" em cur-
so na Vara Cível de Ouro Preto,
cujo objeto central é uma obra
de Aleijadinho (um busto reli-
cário representando São Boa-
ventura) da coleção João Mari-
no, mais precisamente
Atese está situada na pri-
meira metade do sécu-
lo 19, Primeiro Império,
onde o artigo único de uma lei
de Dom Pedro I estabelece que
"são nullos (SIC) e de nenhum
effeito (SIC) em Juízo, ou fora
delle (SIC), todas as aliena-
ções e contractos (SIC) onero-
sos, feitos pelas Ordens Regu-
lares, sobre bens móveis, im-
móveis (SIC) e semoventes,
de seu patrimônio: uma vez
que não haja precedido ex-
pressa licença do Governo,
para celebrarem taes (SIC)
contractos (SIC)."
O contexto histórico era
marcado pela vigência do
chamado regime do "padroa-
do", onde a Santa Sé, valen-
do-se de Bulas Papais, dele-
gava às coroas ibéricas a no-
meação de sacerdotes e indi-
cação de bispos, que depois
eram por ela homologados.
Assim, como uma franquia
dos dias atuais, o Rei de Por-
tugal nomeava sacerdotes e
pagava-lhes os salários, co-
mo se fossem "funcionários
públicos".
Ocorre que a Igreja Católica,
do ponto de vista administrati-
vo, divide-se em clero "secu-
lar" e "ordens regulares". Os
sacerdotes seculares (ou dio-
cesanos) são aqueles subordi-
nados aos bispos, organiza-
dos em Dioceses, Arquidioce-
ses etc. E existem os sacerdo-
tes que levam vida monástica,
que juram obediência a certas
regras próprias, daí o termo
em latim "regula", dando ori-
gem a ordens regulares, como
aqueles que vivem em con-
ventos, mosteiros, etc.
Adiferença é mais visí-
vel , quando se está
diante de um sacerdote
secular, usando batinas ou
clergymam. De outra parte, o
hábito monástico utilizado va-
ria bastante entre as ordens
religiosas regulares, como os
da ordem de São Bento (bene-
ditinos), ordem do Carmo (car-
melitas), ordem de São Fran-
cisco (franciscanos). Quem
não conhece o famoso hábito
com capuz, dos Frades Capu-
chinhos, que, por sua cor de
café com leite, deu nome ao
"cappuccino" italiano?
O fato é que o texto legal ci-
tado visava, à época, estender
o poder imperial para além da
Igreja Secular, que já estava
sob sua administração duran-
te a vigência do "padroado",
tentando assim alcançar tam-
bém os sacerdotes conven-
tuais, as ordens regulares.
Não é dificil circunscrever aqui
o contexto histórico e a exten-
são do poder do monarca.
Asimples leitura da lei de
1830, invocada pelo Mi-
nistério Público minei-
ro, deixa claro que sua abran-
gência estava restrita aos
bens de propriedade das or-
dens regulares. A lei é explíci-
ta, referindo-se aos bens de
ordens regulares.
Para efeito de mero raciocí-
nio, admitindo-se a hipótese
que este dispositivo legal pu-
desse ser invocado em pleno
período republicano, seria
preciso enorme grau de mio-
pia para não enxergar que sua
abrangência estaria limitada
aos bens de propriedade das
ordens regulares. Eis o ponto
central. Desnecessário, pois,
discussões outras, como se
haveria ou não legitimidade
por parte do MP para atuar em
nome de interesses monár-
quicos, por exemplo.
Atenção: a ordem dos Fran-
ciscanos é uma ordem mendi-
cante, desde São Francisco de
Assis. Seus integrantes não
são, nem nunca foram donos
de nada! E no período do pa-
droado, a quem pertenciam os
bens de culto? Às ordens ter-
ceiras, confrarias e irmanda-
des, entidades totalmente lai-
cas e, acima de tudo, priva-
das. Não integravam o clero.
Não eram administradas, seja
pelas cúrias diocesanas, seja
pelas ordens regulares. Fun-
cionavam, à época, tais como
as ONGs atuais.
Aliás, é importante escla-
recer que a Coroa portu-
guesa já havia proibido
a instalação de ordens regula-
res na região da exploração
das lavras e mineração de ou-
ro ou diamantíferas.
Causa estranheza que esta
Repr
oduç
ão/G
oogl
e M
aps
tese, juridicamente questio-
nável em diversos aspectos,
tenha sido apresentada justa-
mente em uma ação que rei-
vindica propriedade de obras
de arte sacra que suposta-
mente integrariam, no passa-
do, a Igreja de São Francisco
de Assis de Ouro Preto. Utilizar
uma lei do período imperial
para afirmar que uma ordem
mendicante vendeu, há mais
de século, bens sem autoriza-
ção do imperador? Isso faz al-
gum sentido?
Esta não é, historicamente,
a única ação civil pública mo-
vida para "repatriar" arte sa-
cra mineira. A fórmula empre-
gada é ingressar com busca e
apreensão, ainda que basea-
da em fatos controvertidos e
prescritos, para conseguir re-
tirar do atual proprietário a
posse da obra. Em seguida,
uma Ação Civil Pública, esva-
ziando a primeira medida de
difícil sustentação.
Vale lembrar a polêmica
sobre uma Imagem de
Nossa Senhora das
Mercês, do Aleijadinho. Adqui-
rida mais de trinta anos antes,
diretamente de sacerdote de
outro município, com recibos
firmados, a imagem era for-
malmente declarada no im-
posto de renda do coleciona-
dor, que regularmente a em-
prestava para exposições cul-
turais. Tudo às claras. A obra
foi apreendida quando o pro-
prietário estava viajando,
através do arrombamento de
sua residência, com forte re-
p e rc u s s ã o.
Discussões à parte, fato é
que a peça não retornou a
qualquer das Igrejas tomba-
das de Nossa Senhora das
Mercês de Ouro Preto, que se-
riam, em tese, as vítimas do
alegado furto. Está no Museu
de Arte Sacra daquele municí-
pio, recebida na cidade por po-
líticos. Queira-se ou não, foi
"musealizada".
Épreciso muito cuidado,
especialmente nos dias
de hoje, em que a "mu-
sealização" de bens está cau-
sando tanta celeuma. Faz-se
necessária uma ampla discus-
são sobre todas essas ques-
tões. E rápido, antes que arbi-
trariedades acabem sendo co-
metidas. É de deixar pasmo
qualquer cidadão republica-
no, em especial quem efetiva-
mente crê viver em um Estado
de Direito.
PE D RO MA S T RO BU O N O É
A DVO G A D O, M E M B RO DA COMISSÃO
DE IN F R A E S T RU T U R A , LOGÍSTICA
E DE S E N VO LV I M E N TO SUSTENTÁVEL
DA OAB/SP E D I R E TO R JURÍDICO
DO IN S T I T U TO ALFREDO VOLPI
DE ART E MODERNA.
Entre outras açõespolêmicas, uma delasreivindica propriedadede obras de arte sacraque teriam integrado aIgreja de São Franciscode Assis de Ouro Preto.
Santa Marina Cheia de Graça é
santinha do pau oco. E os otários estão
entre as duas mulheres,
os votos garantidos pela tragédia, amém. Às
duas, atiro uma das
mais nocivas pragas judaicas: "Que cada
uma engula a outra e que as duas se
engasguem". Tenho um livro, As MelhoresPragas Judaicas, que é uma preciosidade.
Uma das Bruxas de Eastwick,Marina disse
que "o povo saberá dissocia-la do PT" .
É impossível dissociar tal figura do ninho
paterno . O petismo é incurável: uma vez
petista, petista pelo resto da vida.
A santinha do pau oco é petista de
coração há mais de 30 anos e foi ministra do
Lula da Çilva por 5 anos, no auge do
Mensalão. Não viu nada, não escutou nada,
não abriu o santo biquinho pra nada e fez de
conta que não havia o que houve e estava
havendo. Agora, quando seu correligionário
Tião Viana despachou uma turma de
haitianos pra outros estados, como se
fossem lixo humano, ela também não
viu nada, não escutou nada, e não abriu
o santo biquinho. Não era com ela.
Na eleição presidencial de 2010,
teve surpreendentes 20 milhões de
votos e chegou em 3º lugar. No seu estado,
perdeu para Serra e Dilma. Os eleitores
sabiam de quem se tratava e deram-lhe
a merecida surra.
Quando saiu do governo, escreveu uma
carta ao Da Çilva, distribuída à imprensa,
pra que todo mundo soubesse o que estava
acontecendo. A carta está esquecida.
Santa Marina está mandando "recados ao
Mercado", tentando acalmar as forças da
Economia, do mesmo jeito com que Da
Çilva fez na famosa "Carta aos Brasileiros".
Os barões do capital acreditaram, porque
queriam acreditar; adotaram Da Çilva como
seu amuleto, seu operário "in residence".
Fizeram alegres e refinadas sessões de
charutos importados, talvez os famosos
Cohibas cubanos, de 30 dólares cada.
Poucos anos depois, para comprovar que
já era um deles, Da Çilva disse-lhes: "Nunca
os senhores ganharam tanto como no
meu governo". Ganharam mesmo, os
balanços dos bancos explodiam de alegria.
O nosso operário, sabotado pela zelite,
segundo acusava, virou milionário
Até a Lei de Responsabilidade Fiscal (que
o PT foi à Justiça para impedir sua votação
e aprovação) a santinha deu a entender que
respeitaria. Ela quer enganar milhões de
bobos na casca do ovo. Marina aceitou
oficialmente a candidatura à Presidência.
Não sei se notaram que no velório de
Eduardo Campos, o caixão virou palanque.
Marina recebia os pêsames como a viúva
política que era, no lugar da viúva real,
Renata, mãe dos 5 filhos do candidato, que
nos deixou prematuramente e de imediato
foi canonizado. Até seu
petismo histórico e a
nomeação da mãe ao TCU
foram esquecidos. No seu
enterro houve foguetório,
onde já se viu.
Estava escrito na sua
carta de "despedida" do PT e
aqui vale o que estava
escrito: "Saio da nossa casa,
mas continuamos no mesmo
bairro". Pra bom entendedor,
um pingo é letra e ela fez uma
declaração que não deixa dúvida. Agora ela
me vem e fala dessa "dissociação". Nem eu
nem você somos otários, mas como todo
petista, ela quer nos fazer de trouxas.
Você está vendo que o meu voto é aberto:
Aécio, Serra e Alckmin, não tenho nada a
esconder. Apenas quero repartir o que
sei e as razões pelas quais escrevo essas
re c o rd a ç õ e s .
Se a Marina for para o 2º turno, sabemos
que o PSDB tapa o nariz e vai votar nela,
para supostamente derrotar Da Çilva ao
derrotar Dilma. Puro engano.
Se Aécio for para o 2º turno, eu sei – tenho
certeza – que Marina vai descarregar na
Dilma os votos que puder. Isso está
mais do que explicado na frase de sua carta:
"continuamos no mesmo bairro."(sic).
O recente DataFalha, deu Marina com
21%, Aécio com 20% (como no outro
DataFalha) e Dilma, caiu para 35% –mas sua
aprovação subiu 6%, vá a gente entender.
Num 2º turno, Marina venceria Dilma, que
venceria Aécio. Mas estou com Carlinhos
Sensitivo, que previu que Aécio
ganha, apertado mas ganha.
Quem está neste momento escolhendo
a Marina, está pensando que ela é
ambientalista, que foi pé descalço, que
venceu a pobreza, que foi
aliada do Chico Mendes.
Pode ter sido tudo isso e
mais ainda, e a admiro se
realmente foi. Mas quem
foi, foi; como Eduardo
Campos que infelizmente e
tragicamente se foi.
Eu, você, todo mundo e a
torcida do Flamengo
sabemos o que é "santinha
do pau oco". Na minha
cidadezinha, era a menina sapequinha que
aprontava além da conta, mas não perdia
missa e comunhão aos domingos.Fumava
escondida do papai e da mamãe e chupava
bala de hortelã pra disfarçar o bafo do
cigarro e nas brincadeiras dançantes bebia
copinhos de cerveja no toalete com outras
amiguinhas ditas "da pá-virada".
Eram as mais populares, os meninos
viviam atrás delas; não perdiam dança
e iam às matinês do cinema nos domingo
com um bando de meninos sentados
atrás e dos lados delas; não enganavam
ninguém, só o papai e a mamãe.
Marina é um perigo para a democracia.
Eleita, não entraremos numa Era
Evangélica: continuaremos no petismo,
que cada vez mais se aproxima dos
70 anos do PRI mexicano. Ela precisa ser
derrotada, tanto quanto a Dilma, e isso
só depende de nós:
Marina é Lula. No 2º turno, Marina
é Dilma. Marina é o ouro dos tolos.
SEU VOTO, SUA ARMA.ATIRE PARA MATAR.
NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
����� �����
�����
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: lá, o pessoal asso-cia a expressão a cam-panha da ex-senadoraHeloisa Helena (PSOL)à Presidência em 2006.
MISTURA FINA
Fotos: BusinessNews
Gravaçõesprotegidas
Festa deaniversário
��� Em três anos, a marcaDress & Co, que começou comuniformes e hoje vende modafeminina por e-commerce e emlojas multimarcas, é considera-
da vitoriosa e é uma das favoritas de muitas figuras do showbiz.Esta semana, reuniu amigos, clientes e famosas para comemo-rar seu terceiro aniversário num espaço de eventos no Brooklin,em São Paulo. Entre outras, estavam lá Iris Stefanelli, reporterdo TV Fama, (esquerda), Helen Ganzarolli, uma das prediletasde Silvio Santos (centro) e Adriana Colin, ex-Faustão (direita).
Arma de campanha��� Tornar a imagem de Paulo Skaf (PMDB),candidato ao governo paulista, mais simpáti-ca, não é fácil: por isso, Duda Mendonça estárecorrendo a truques que acabam gerandonoticias até divertidas de seu cliente nosjornais. Uma delas é a inclusão da expressãotesão; outra foi convencer Skaf a ironizar o
tamanho de seu nariz, batizado como narigão. Aí, complicou: Skafsempre abominou piadas sobre seu nariz e, há meses, chegou atéa pensar numa plástica, antes do implante de cabelos. Dudaconvenceu-o de que o narigão seria uma “arma de campanha”.
Caraà mil
A escolha do sloganCoração Valente no ma-terial de campanha deDilma já provoca protestos,especialmente no Nordeste.
��� Nas redes sociais,proliferam piadas sobre asaptidões de Dilma Rousseffna cozinha, como foi mostradono horário eleitoral da TV. Nas
gravações, ela própria brincou: “Se alguém disser que eu não sei fazermacarrão, eu digo que é miojo. Miojo qualquer pessoa faz”. Estasemana, a candidata-presidente garantiu que “está amando” a maiorproximidade com os eleitores, como foi mostrado no programa de TV.Não é bem assim: as imagens foram gravadas pelo pessoal de JoãoSantana em ocasiões mais do que especiais, cercadas de maiorsegurança e mesmo em eventos do governo. Se Aécio Neves estáindo para as ruas, Eduardo Campos também ia e Marina promete ir, aChefe do Governo não se arrisca a caminhadas sem grande proteção.
Guerra de queridinhas��������������� Nas páginas do folclore que envolve doze anos de gover-no petista, há registros de uma guerra de queridinhas de Lula.Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, achava que era anúmero um, até o então presidente resolver fazer de DilmaRousseff, na Casa Civil, sua sucessora. Em meio a batalhasem torno de assuntos nacionais, havia um duelo de vaida-de entre elas. Na época, Marina achava que poderia tersido escolhida por Lula: saiu do PT, candidatou-se pelo PVe levou 19 milhões de votos. Agora, messiânica, acha queseu caminho está traçado e que chegará ao Planalto.
“Não sou marciana, sou humana.”
��� A modelo britânica CaraDelevigne, que acaba de festejarseus 22 anos e bater numfotógrafo em Nova York, estasemana, é a estrela da campanha
de lançamento do novo perfume de Tom Ford, Black Orchid(foto maior). Ao mesmo tempos, aparece nas fotos de lança-mento das novas coleções da brasileira Bo.Bô (destaque1), Top Shop (destaque 2) e Mulberry. Na área sentimental,depois de Rita Ora, da atriz Michele Rodriguez (chegarama morar juntas) e de uma tentativa com Selena Gomez, aqueridinha de Karl Lagerfeld faz o gênero pegadora edeverá votar em novembro para cá na SP Fashion Week.
Hebe também��� Os advogados de RogerAbdelmassih, Márcio ThomasBastos, ex-ministro da Justiça eJosé Luis de Oliveira Lima, oJuca, que defende José Dirceu,haviam arrolado nada menosdo que 170 testemunhas noprocesso de defesa do ex-médico condenado a 278 anosde prisão, em sentença deprimeira instância. Entre tantastestemunhas que poderiam serconvocadas, estão AssyriaNascimento, ex-mulher de Pelé;Maria Verônica, mulher dosenador Renan Calheiros;Caroline, mulher do senadorFernando Collor, a atriz LuizaTomé; Rose Miriam di Matteo,mãe dos filhos de GuguLiberato e até Hebe Camargo.Ela costumava levar Roger aseu programa e foi lá quesurgiu o rótulo Doutor Vida.
PÉ ATRÁS��������������� A deputada federal LuizaErundina (PSB-SP), que tentarásua reeleição para a Câmara egarante que será sua últimacampanha, tem um pé atrás (oudos dois) com a oficializaçãoda candidatura de MarinaSilva à Presidência. Há algunsmeses, ela já havia rejeitadosair candidata ao Senadoem São Paulo, na chapaEduardo-Marina. Erundinaacha que, em pouco tempo,a nova candidata tentaráimpor à campanha seusobjetivos próprios, distan-ciando-se do programaoriginal de Campos. Querque ela assine carta decompromissos com o PSB.
Macarena, de novo��������������� O deputado federalCandido Vaccarezza (PT0SP),citado nos depoimentos dacontadora de Alberto Yousseff,Meire Poza, decidiu usar, denovo, a música Macarena comobase de seu jingle de campa-nha. Desta vez, preferiu optarpor diferentes estilos, paratentar escapar de pagar direitosautorais para a dupla espa-nhola Los del Rio. A músicaé de 1994, virou hit mundiale até hoje é tocada em festase dançada seguindo aqueleritual de braços e mãos.
LONGE DELES��������������� Nesses dias de comoçãonacional com a morte deEduardo Campos, três políticossaíram de cena: os senadoresJosé Sarney, FernandoCollor e Renan Calheiros. Emvida, o pernambuco avisouque governaria sem a menorligação com eles, o que MarinaSilva deverá cumprir. A novacandidata também não farácampanha ao lado deGeraldo Alckmin, Beto Richae Paulo Bauer, todos comAécio. Em Santa Catarina,contudo, Paulo Bornhausen(PSB), aliado de Bauer, farácampanha pró-Marina.
Situação inédita��� Se for provado que GraçaFoster doou a familiares seusimóveis para escapar dobloqueio de bens do TCU, asituação da presidente daPetrobras piora: pode serprocessada criminalmente.Qualquer outro presidente daestatal já teria sido afastado docargo. A situação de Graça,amiga pessoal de Dilma, éinédita: o Planalto determinouque o advogado-geral da União,Luiz Inácio Adams, trate dedefende-la pessoalmente. Nomês passado, o TCU determi-nou que 11 diretores e ex-diretores da Petrobras devolvamUS$ 792,3 milhões aos cofresda empresa pelos prejuízoscausados por Pasadena.
REFORÇO��������������� A Polícia Federal acabade deflagrar uma operaçãoentre Piauí e Maranhão,incluindo busca e apreensãonas empresas do piauiensePaulo Guimarães, que teriarelações com FernandoSarney, irmão da governadoraRoseane. Há quem aposteser uma ação supostamenteencomendada pelo Planaltopara enfraquecer o clã Sarney,que apoia a candidatura deEdison Lobão Filho ao governodo Maranhão. O candidato deDilma é Flávio Dino (PCdoB).
DILMA ROUSSEFF // candidata à reeleiçãona Presidência, sobre a mudança de sua imagem no horário eleitoral da TV.
��� NO PRIMEIRO debate decandidatos ao governo do Rio,Marcelo Crivella (PRB) mani-festando-se contra a liberaçãoda maconha, disse que muitasempresas foram fechadas naHolanda porque seus funcioná-rios usavam a droga. E citou aFokker, cujos aviões começa-ram a ter problemas, “inclusi-ve no Brasil”. A plateia foi àsgargalhadas.
��� A MARINHA acaba deadiar, outra vez, a concorrênciainternacional para a reconstru-ção da Estação AntárticaComandante Ferraz, destruídapor um incêndio em 2012. Emjulho, a licitação foi reformulada,passando o preço de US$ 145,6milhões para US$ 110,5milhões (perto de R$ 250milhões), depois de não teratraído nenhum interessado.
��� A CANDIDATA MarinaSilva e Márcio França, os doisdo PSB e ele candidatam a vicena chapa de Geraldo Alckmin,em São Paulo, nem se cumpri-mentam. Ele nunca admitiu queele formasse ao lado do tucano;ele brigou até o fim paraque Marina não substituísseEduardo Campos.
��� NO PROGRAMA eleitoral dapresidente na TV, transformadaem dona de casa, apareceu até ocachorro Nego, da raça labrador,que José Dirceu deixou deherança para ela, quando saiuda Casa Civil – e Dilma assumiu.
��� MINHA VIDA em Marte éo titulo da continuação de peçaOs Homens São de Marte...E éPra Lá que Eu Vou, em cartazhá nove anos, que MonicaMartelli acaba de finalizar.Suzana Garcia, irmã deMonica, que adaptou o textopara o cinema, dirige o novoespetáculo, que vai mostrar avida de casada da persona-gem Fernanda. A série daGNT, também baseada notexto de Monica, está come-çando a ser gravada.
IN OUT�
�
Esmalte verde.Esmalte vermelho.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
Pivô da primeira crise
na aliança PSB-Rede
S us t en t ab i l i d ad e
após a confirmação
de Marina Silva como candida-
ta a presidente, o secretário-
geral pessebista, Carlos Si-
queira, disparou fortes críti-
cas contra a ex-ministra e dis-
se que ela "está longe de re-
presentar o legado de Eduar-
do Campos".
Coordenador-geral da cam-
panha de Campos, morto em
um acidente aéreo, na sema-
na passada, na cidade de San-
tos, litoral paulista, Siqueira
anunciou, na quarta-feira, que
estava deixando o posto.
"Não continuarei na campa-
nha. Meu compromisso era
com o Eduardo Campos", de-
clarou Siqueira ao deixar a
sede nacional do PSB, em
Brasília. Ele não poupou Ma-
rina. Disse que ela estava
tentando "mandar" no parti-
do, que a recebeu depois que
o Rede Sustentabilidade te-
ve seu pedido de registro ne-
gado pela Justiça. "Quando
se está em uma instituição
como hospedeira ela não po-
de mandar nessa instituição.
Marina que vá mandar na Re-
de dela", emendou.
A FA S TA D O SPerguntado de que forma
Marina estaria atuando para
assumir o comando da le-
genda, Siqueira citou as tro-
cas na cúpula da campanha.
"Ela nomeou o presidente do
comitê financeiro da campa-
nha, uma responsabilidade
do partido", disse, referindo-
se à indicação de Bazileu
Margarido, um dos mais pró-
ximos aliados da ex-minis-
tra, para o posto responsá-
vel pelas contas da candida-
tura. "Ela não perguntou ao
partido e não agiu de acordo
com um partido que está
Homem fortede Campos vira
inimigo de MarinaDuas baixas na campanha: o coordenador-geral e o coordenador de articulação.
oferecendo a ela as condições
que nós oferecemos."
Por último, Siqueira disse que
a viúva de Campos, Renata,
uma das avalizadoras da as-
censão de Marina à candidatu-
ra presidencial, "não deve estar
sabendo o que está se passan-
do no partido". "Se souber, ela é
uma mulher que entenderá que
não poderemos oferecer uma
candidatura a alguém que age
dessa maneira".
Além dele, o coordenador de
mobilização e articulação da
campanha, Milton Coelho, tam-
bém anunciou que deixará a co-
ordenação. Membro da Execu-
tiva Nacional do PSB, Coelho
disse que, sem Eduardo Cam-
pos, seu "compromisso com a
coordenação da campanha
acabou". "Meu compromisso
era com o Eduardo", resumiu.
NANICOSSe os partidos que fazem
parte da coligação do PSB não
aceitarem a candidatura de
Marina em substituição à de
Campos e pedirem para sair
da coligação, a tarefa de achar
uma solução para o caso pode
ficar para o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Para eleger o
substituto de Campos, a coli-
gação encabeçada pelo PSB
precisa do voto da maioria das
executivas dos partidos coli-
gados originalmente. No total,
a coligação que lançou Cam-
pos como candidato –a Unidos
Pelo Brasil – é formada pelo
PSB, PHS, PRP, PPS, PPL e PSL.
O PSL já anunciou que preten-
de deixar o grupo.
Caso os nanicos sigam a po-
sição do PSL, o TSE terá ao me-
nos duas decisões a tomar. A
primeira: se um partido pode
deixar a coligação nesta etapa
da campanha. Já a segunda e
mais complexa é se a saída de
partidos da coligação altera a
maioria necessária para apro-
var o substituto.
Além disso, não basta se
isentar da votação do substi-
tuto para deixar a coligação. É
preciso pedir a saída formal-
Arquivo PSB
mente ao TSE e aguardar a de-
cisão. Portanto, se os partidos
desejarem barrar a candida-
tura de Marina, a medida mais
efetiva seria votar contra a de-
finição de seu nome. Nos bas-
tidores do tribunal, os minis-
tros destacam o ineditismo do
caso. (Agências).
Carlos Siqueira, coordenador-geral da campanha de Campos, dispara críticas contra Marina Silva.
Quando seestá em umainstituição comohospedeira ela[Marina] não podemandar nessainstituição.Marina que vámandar naRede dela.
Não continuarei .O meucompromisso eracom o EduardoCampos.CA R LO S SIQUEIR A,EX-CO O R D E N A D O R GER AL
DA C AMPANHA DO PSB À
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLIC A
PSB tenta contornar a criseMarina teria ficado sem dormir, preocupada com os desdobramentos. Para Líderes do PSB, Siqueira está emocionalmente abalado.
Líderes do PSB correm
para evitar que a crise
detonada pela saída
do secretário-geral da
sigla, Carlos Siqueira, da
coordenação-geral da
campanha presidencial de
Marina Silva ganhe maiores
proporções. Enquanto
Siqueira deixava a sede do
partido ontem acusando
Marina de tentar tomar conta
do partido, o presidente
nacional do PSB, Roberto
Amaral, dizia de forma
enfática que não existia
"ruído" na campanha de
Marina. Amaral tentou
colocar "panos quentes" nos
ânimos acalorados e disse
que a reação de Siqueira era
de cunho "pessoal" e não
tinha "conteúdo político". "O
PSB está unido em torno da
campanha", insistiu.
Uma discussão entre
Siqueira e Marina foi o
estopim da crise. Marina teria
anunciado os nomes que a
Rede indicaria para a nova
composição da coordenação
da campanha. Segundo
interlocutores, a ex-senadora
disse que não se pronunciaria
sobre as indicações do PSB,
mas sugeriu que Siqueira
continuasse na função. O
secretário-geral considerou
que Marina o teria destituído
do cargo e que ela havia
deixado clara a falta de
confiança nele.
De acordo com uma fonte
do PSB, Siqueira já vinha se
queixando dos atritos com a
Rede, antes mesmo do
acidente aéreo que vitimou
Campos na semana passada.
Ele apontava as dificuldades
em tocar adiante uma
campanha com tantas
divergências políticas e
dificuldades nas alianças
estaduais. Com a morte de
Campos, o rearranjo de
nomes na coordenação se
transformou em "gota
d'água" para que Siqueira
deixasse a campanha. "Ele foi
o único que entendeu dessa
maneira", disse Neca
Setúbal, da coordenação do
programa de governo e aliada
de Marina. "Ele (Siqueira) foi
o único que entendeu dessa
maneira", complementou.
SEM DORMIRMarina chegou a ter uma
conversa em separado com
Siqueira e seus aliados
concluíram que a situação
havia sido contornada,
uma vez que Marina
pediu desculpas.
O desentendimento chegou a
ser comunicado à reunião da
Executiva – que acontecia na
sede do partido, em paralelo
ao encontro no Instituto João
Mangabeira – mas os
dirigentes avaliaram que a
reação de Siqueira não
correspondia aos fatos.
Segundo assessores, a
presidenciável passou a noite
em claro preocupada com os
desdobramentos da situação.
Na avaliação dos
marineiros, Siqueira ainda
está abalado com a morte de
Campos. Eles contam que
Marina e Siqueira tinham
uma relação amistosa, e que
ela costuma chamá-lo de
Carlinhos.
Aos jornalistas, Marina
disse que estava "muito
tranquila" com sua
consciência e atribuiu a
situação à "gravidade do
momento e ao
tensionamento" causado
pela morte trágica do
presidenciável. "Há que se ter
compreensão com as
sensibilidades das pessoas. E
essa capacidade eu tenho. Eu
prefiro sofrer uma injustiça do
que praticar uma injustiça",
d e c l a ro u .
"É natural o rearranjo na
composição. A Rede só se
propôs a fazer modificações
nas indicações que já eram da
Rede", comentou Miguel
Manso, representante do PPL
no encontro.
Os interlocutores de Marina
repetiam o discurso de que
Siqueira ainda estava
abalado com a morte do ex-
governador de Pernambuco.
O até então coordenador-
geral da campanha é um dos
representantes mais
orgânicos do partido, ligado
ao clã Arraes e por isso
sempre muito próximo de
Campos. Com o
desaparecimento do o pilar
político do PSB, Siqueira se
convenceu de que o partido
corre o risco de minguar nas
eleições de outubro e de que
os "hospedeiros" da Rede se
apropriaram da sigla.
Para os aliados de Marina, a
reação de Siqueira é
"emocional", um mal-
entendido provocado pelas
circunstâncias. Não à toa, o
vice da chapa de Marina,
deputado Beto Albuquerque
(RS), se ofereceu
imediatamente para ocupar
interinamente a função de
Siqueira e classificou o
episódio de "pequeno
desentendimento". "O PSB
precisa da Marina. E a Marina
precisa do PSB", resumiu um
apoiador de Marina.
(Agências)
Renato Costa/ Frame/ Folhapress
Marina Silva e Roberto Amaral falam em mal-entendido.
Candidatadefende aautonomia do BC
Anova candidata do
PSB à Presidência,
Marina Silva, voltou a
defender ontem a
autonomia do Banco
Central (BC) e disse que
ela é "fundamental"
para a segurança da
política econômica.
"Nós defendemos a
autonomia do Banco
Central como
fundamental para
restabelecer a
segurança da política
m a c ro e c o n ô m i c a " ,
disse, depois da
primeira reunião com
dirigentes dos partidos
coligados após a morte
de Eduardo Campos.
"Esse foi um tema que
foi tratado sem
nenhuma divergência
dentro da nossa equipe
econômica e dentro da
relação com os demais
partidos", afirmou.
O presidente
do PSB, Roberto Amaral,
informou que o PSB
entrará hoje com o
pedido do registro da
nova chapa Marina para
presidente e Beto
Albuquerque para vice
no Tribunal Superior
Eleitoral. (Reuters)
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Dilma vistoria obras e fazcampanha. Com Lula.
Presidente volta ao São Francisco, dessa vez como candidata. Lula vai junto. E Aécio aparece em Natal.
Em visita a obras da
transposição do rio
São Francisco na ci-
dade de Floresta, em
Pernambuco, ontem, a presi-
dente Dilma Rousseff afirmou
que "só não atrasa obra de en-
genharia quem não faz ou
quem não tem a menor noção
do que é uma obra de enge-
nharia da complexidade des-
sa". Ela deu a declaração após
ser questionada sobre os atra-
sos na obra. De acordo com o
Ministério da Integração, pas-
ta responsável pelo projeto, as
obras estão 62,4% executa-
das e devem estar concluídas
em 2015.
Segundo Dilma, a primeira
dificuldade para executar a
transposição do São Francisco
foi o PT ter assumido o governo
federal em 2003, com Luiz Iná-
cio Lula da Silva, sem que o go-
verno anterior tivesse deixa-
do pronto um projeto para a
obra. Outra dificuldade, se-
gundo ela, foi o diálogo com as
pessoas que eram contrárias à
realização da obra.
"Quero que se lembrem que
uma parte do nosso esforço foi
convencer muita gente que
ninguém estava acabando
com o Rio São Francisco", dis-
se a presidente.
Segundo ela, os prazos ori-
ginais não puderam ser cum-
pridos porque o governo se
dispôs a dialogar com os opo-
sitores do projeto. "Vocês se
lembram que houve gente fa-
zendo greve de fome".
De acordo com o Ministério
da Integração, o orçamento
atualizado da obra é de R$ 8,2
bilhões.
Ontem, Dilma esteve em
Floresta para acompanhar o
rompimento de uma ensaca-
deira da obra, o que permite
aumentar o volume de água
que já está em um dos canais
da obra. Antes de ir a Floresta,
ela esteve em Cabrobó, tam-
bém para visitar as obras da
t r a n s p o s i ç ã o.
Nos dois compromissos, Dil-
ma esteve acompanhada do
ex-presidente Lula. Em Flores-
ta, ela almoçou com operários
e gravou um vídeo para o pro-
grama eleitoral. Depois, con-
cedeu uma entrevista coletiva
por quase meia hora.
Ontem, segundo dia de cam-
panha eleitoral presidencial, o
ex-presidente Lula assumiu pa-
pel de enfrentamento com o
que chamou de "certa impren-
sa", que "esconde as realiza-
ções do governo Dilma". De-
pois das imagens que mostra-
ram a presidenta nas obras rea-
lizadas, Lula disse: "Tenho
certeza de que você está sur-
preso com tanta coisa que a Dil-
ma fez e você não sabia".
Aécio Neves (PSDB) repetiu o
programa inicial, acrescentan-
do uma entrevista em que apre-
senta sua visão de gestão públi-
ca. O tucano mineiro manteve a
crítica à gestão Dilma, buscan-
do distanciá-la de Lula. "O Brasil
de hoje é pior que há quatro
anos", disse, evitando criticar o
governo Lula. Para ele, o proble-
ma não é o Brasil, mas "a ma-
neira como o Brasil vem sendo
governado". (Agências)
Cadu Gomes/Divulgação
Dilma cumpre agenda de campanha no interior de Pernambuco ao lado de Lula: vistoria das obras da transposição do Rio São Francisco.
Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo
Aécio visita a fábrica Guararapes, em Extremoz, na Grande Natal.
TIRIRICA FAZ CAMPANHA COM MÚSICA DE ROBERTO CARLOS
.Ó..R B I TA
JN DÁ 40 SEGUNDOS A NANICOSO candidato à Presidência Zé Maria (PSTU) afirmou ementrevista gravada ao JN, da TV Globo, que defende onão pagamento da dívida interna e externa. Segundo
ele, essa medida vai "melhorar a vida do povo".
COLLOR
Osenador Fernando Collor(PTB-AL) afirmou ontem em
seu programa eleitoral natelevisão que foi vítima de um"golpe parlamentar" que lhetirou da Presidência daRepública em 1992. Candidato àreeleição ao Senado, Collordisse que não houve um "golpepopular" para derrubá-lo edestacou que os movimentosdas ruas – numa referênciaindireta às passeatasprotagonizadas pelos caras-pintadas – foram todos"orquestrados". "Fui afastado daPresidência da Repúblicasupondo que as acusações queme faziam à época eramverdadeiras. Sem nenhumaprova disso", declarou.
O programa apresenta odiscurso de Collor no Senadoem abril, quando comemorousua última absolvição pelo STF.E cobrou reparações por causado processo de impeachment aque foi submetido. Ao final, alocutora pediu aos adversáriosde Collor para não usar debaixarias. "Collor é ficha limpa. Oguerreiro resistiu e venceu".
Vestindo um terno branco,com um terço na mão direita
e cantando uma paródia damúsica "O Portão" enquantocome um prato de carne, oprimeiro vídeo da campanha dodeputado federal Tiririca (PR) jácausa polêmicas.
Com duração de 1 minuto e25 segundos, a assessoria dacampanha argumenta que aprodução era para ser uma"brincadeira" com o comercialdo cantor Roberto Carlos para ofrigorífico Friboi, mas foi retiradado Youtube a pedido da editorade músicas EMI Songs porviolação de direitos autorais.
O vídeo original foi "quaseque imediatamente" retiradodo ar, afirmou o advogado JoséDiamantino Alvarez Abelenda,representante da EMI Songs. Asgravações que ainda estão nosite são novoscompartilhamento que, aospoucos, serão retiradosda rede.
Como não houve pedido deautorização para veicular amúsica, tanto Tiririca quanto opartido foram notificados paraprocurarem a EMI Songs ebuscarem um acordoextrajudicial. Caso contrário,ambos serão processados.
Segundo o advogado daempresa, José Diamantino, ofato de Tiririca continuarutilizando a versão da músicaapós a notificação ao Youtubefoi uma "afronta" e, por isso, aSony/ATV vai recorrer à Justiça. Aempresa detém os direitos sobreas músicas de Roberto Carlos.
"A paródia é permitida, mastem que estar em contextoengraçado, humorístico. Alteraruma letra de acordo com aconveniência de um candidato émais grave que o uso da músicaoriginal. Não é uma paródiaporque deveria estar em umcontexto engraçado, em umprograma de comédia, porexemplo, não em um programapolítico", explicou Abelenda,acrescentando que não foiprocurado por ninguémvinculado ao candidato, àcampanha ou ao partido.
Em campanha, o assessor deTiririca, Osvaldenir Stocker, disseque a notificação foi para o setorjurídico do PR e que Tiririca nãoestá envolvido com a questão. Eleexplicou que o deputado "fezuma brincadeira com RobertoCarlos". "Nunca tivemosproblemas. Desta vez tivemospor ser eleição".
Lia de Paula/Agência Senado
Reprodução de vídeo
EM CAMPANHA
Skaf leva tema educaçãoà TV em paródia de música
Acampanha do
candidato do PMDB ao
governo paulista, Paulo
Skaf, levou ao ar na noite
de ontem inserções na tevê
com o tema educação. O
filme é de uma paródia do
hit Lepo Lepo, em que a
campanha critica a
progressão continuada do
ensino público e os baixos
salários dos professores,
mas sem citar
nominalmente o
governador e candidato à
reeleição Geraldo Alckmin
(PSDB). O peemedebista já
colocou no ar uma paródia
da música, com menções à
crise da água no Estado.
Ao longo de sua
campanha nas ruas, Paulo
Skaf tem alternado as
críticas diretas ao
governador com ataques
indiretos. No primeiro
programa eleitoral, exibido
na quarta-feira, disse que
respeita Alckmin, mas
reclamou que falta "tesão"
no jeito do tucano
governar. "Não tenho a
intenção de criticar o
g o v e rn a d o r
deliberadamente. Critico
quando acho que ele
merece a crítica",
completou, durante visita
ao Jardim Vera Cruz, na
zona sul de São Paulo. (EC)
Padilha diz que mulherdele fará parto no SUS
Ex-ministro da Saúde, o
candidato ao governo
de São Paulo, Alexandre
Padilha, aproveitou a
confirmação da gravidez
da mulher Thássia para
exaltar o Sistema Único de
Saúde (SUS).
Em publicação postada
ontem no Facebook,
contou que acompanhou a
primeira consulta da
mulher em uma Unidade
Básica de Saúde (UBS) e se
disse "extremamente
orgulhoso" por ela decidir
fazer o acompanhamento
da gestação e o parto pelo
SUS. "Tenho que dizer que
estou extremamente
orgulhoso da opção dela de
fazer o pré-natal e parto
pelo SUS, mesmo cientes
do tanto que precisamos
avançar para garantir um
Parto Humanizado para
toda a nossa população".
"Eu e Thássia passamos
por uma experiência única.
Dois defensores do SUS,
como somos, cientes do
que se avançou nestes 25
anos, mas mais cientes
ainda de tudo o que
precisamos avançar e
melhorar para garantir uma
saúde de qualidade para
toda a população, fomos a
uma UBS do município de
São Paulo." (EC)
Alckmin não comentacríticas de Skaf
Ogovernador de São
Paulo e candidato à
reeleição, Geraldo Alckmin
(PSDB), evitou comentar,
ontem, as declarações de
seu adversário, Paulo Skaf,
sobre o estilo "meio frio,
meio distante" de
governar. Segundo o
peemedebista, "falta
garra" e "tesão" ao tucano.
Questionado se avaliou
os comentários no
programa eleitoral
de Skaf como agressivos,
Alckmin disse
que usará seu tempo
para falar com a
população. "Vou prestar
contas e falar de futuro".
"Não vou comentar",
encerrou . (EC)
Luiz
Clá
udio
Bar
bosa
/Fut
ura
Pres
s/EC
Hél
vio
Rom
ero/
Esta
dão
Con
teúd
oJo
ão M
oura
/Esta
dão
Con
teúd
o
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
TCU: 'É preciso verificardoação de imóveis'.
Adoação de imóveis
para familiares por
parte da presidente
da Petrobras, Maria
das Graças Foster, e do ex-di-
retor da Área Internacional da
estatal Nestor Cerveró, pode
ter sido uma tentativa de burla
às investigações do Tribunal
de Contas da União (TCU), mas
é preciso verificar se a ação foi
"planificada", disse ontem o
presidente do órgão, João Au-
gusto Nardes.
Segundo o presidente do
TCU, como o processo é "ex-
tremamente importante" e
"tem de ter todas as nuances
dissipadas", foi pedida uma di-
ligência para avaliar a transfe-
rência dos apartamentos, em
regiões valorizadas do Rio de
Janeiro e de Búzios, no litoral
norte fluminense.
"Essa diligência vai averi-
guar se houve realmente essa
doação e se foi de forma plani-
ficada, para ver quais as con-
sequências disso dentro do
processo que está em anda-
mento", afirmou Nardes, após
dar palestra no X Encontro de
Controle Interno, no Rio.
O caso das doações explo-
diu na quarta-feira, quando o
site do jornal O Globo publicou
matéria sobre o caso.
Segundo Nardes, a decisão
voltará à pauta do tribunal so-
mente após a conclusão da di-
ligência. "Se for necessário
mais do que o prazo de uma
semana, daremos mais prazo
para que o relator coloque isso
na pauta. Queremos a segu-
rança das informações", disse
ele, completando que ainda se
reuniria com o relator do caso,
ministro José Jorge, para tratar
do tema.
Segundo Nardes, o momen-
to político é muito sensível.
"Por isso temos de ir muito de-
vagar com o andor e evitar
qualquer conclusão precipita-
da e avaliar da forma mais
equilibrada possível para não
prejudicar A, B ou C".
MOBILIZAÇÃONa noite de ontem, a presi-
dente Dilma Rousseff afirmou
que ela e todos os ministros de
seu governo têm obrigação de
defender a Petrobras e seus di-
retores. Ela deu a declaração
após ser questionada sobre a
atuação dos ministros José
Eduardo Cardozo (Justiça) e
Luís Inácio Adams (Advocacia-
Geral da União) em favor de di-
retores da estatal que são alvo
de apuração do Tribunal de
Contas da União (TCU).
"Gente, que maluquice! Ve-
ja bem, ó: a Graça Foster e a di-
retoria inteira da Petrobras re-
presentam a União. É de todo
interesse da União defender a
Petrobras, a diretoria da Petro-
bras. Nada tem de estranho
esse fato. Pelo contrário, é de-
ver do ministro da Justiça, de
qualquer ministro do governo,
defender a Petrobras".
Dilma falou durante visita
às obras de transposição das
águas do rio São Francisco, em
Pernambuco. "No meu gover-
no, não precisa do ministro da
Justiça só, ou do Adams. A pre-
sidente defenderá (a Petro-
bras)". Para a presidente, as
críticas à gestão da estatal são
uma arma política de seus ad-
versários eleitorais: "Eu acho
extremamente equivocado
colocar a maior empresa de
petróleo da América Latina,
sempre durante a eleição, co-
mo arma política".
Dilma foi questionada sobre
notícias de que Graça passou
seus bens para filhos durante
o processo de investigação
pelo TCU da compra da refina-
ria de Pasadena. Graça deve
ser incluída pelo TCU na lista
de responsáveis pelo prejuízo
bilionário da negociação e po-
de ter seu patrimônio declara-
do indisponível.
"A presidente Graça Foster
respondeu perfeitamente so-
bre a questão de seus bens em
uma nota oficial. Eu repudio
completamente a tentativa de
fazer com que a Graça Foster
se torne uma pessoa que não
possa exercer a Presidência
da Petrobras".
A presidente ainda afirmou
que Graça Foster, uma de suas
auxiliares mais próximas, par-
ticipou do processo que fez a
Petrobras ganhar reconheci-
mento da Agência Internacio-
nal de Energia por ter aumen-
tado a produção brasileira de
p e t ró l e o.
"Passamos agora a produzir
2,3 milhões de barris por dia",
afirmou Dilma. Segundo ela,
em 2018, o País terá uma pro-
dução diária de 3,8 milhões de
barris equivalentes de petró-
leo. Em 2020, serão 4,2 mi-
lhões de barris equivalentes.
"A Maria das Graças Foster es-
teve presente em todas essas
esferas", concluiu Dilma.
(Agências)
Antonio Cruz/Agência Brasil - 22/05/2014
Nestor Cerveróteria doado trêsapartamento noRio de Janeiro.
Wilton Júnior/Estadão Conteúdo - 05/02/2013
Graça Foster,presidente daPetrobras não
deixou por menos.
DEM pede saída de GraçaFoster da Petrobras
Olíder do DEM na
Câmara, Mendonça
Filho, defendeu
ontem a saída imediata de
Graça Foster da
presidência da Petrobras.
Para o líder, a permanência
dela no cargo ficou
"insustentável" depois que
O Globo publicou
reportagem em que
mostra que ela doou
imóveis a parentes logo
depois que estourou o
escândalo sobre a compra
da refinaria de Pasadena,
nos EUA.
"Toda essa
movimentação se
configura como uma
obstrução ao trabalho da
Justiça. Eles
empreenderam a ação de
ocultamento e repasse de
patrimônio. É um ato
gravíssimo que só suja
ainda mais sua gestão à
frente da empresa. A
Graça Foster perdeu a
condição de continuar na
Presidência da Petrobras",
afirmou Mendonça Filho.
Na quarta-feira, em
razão da denúncia, o
Tribunal de Contas da
União chegou a suspender
a sessão que analisaria o
bloqueio de bens de ex-
dirigentes da estatal.
A reportagem mostrou
que Graça e Nestor
Cerveró, ex-dirigente da
estatal, transferiram
imóveis para os filhos
entre abril e junho.
O deputado Rodrigo
Maia (RJ), integrante do
DEM na CPI mista da
Petrobras, também
defendeu a saída de Graça
e afirmou que a Justiça
precisa achar uma forma
de reaver os bens
transferidos antes do
escândalo: "Tudo que foi
transferido pela
presidente da Petrobras
posterior à entrevista de
Dilma em março precisa
ser bloqueado. Será que
depois de tudo isso, Graça
ainda tem condições de
continuar presidente da
Petrobras?". (Ag. Globo)
Viola Jr/ Ag. Camara - 10/06/2014
Mendonça Jr: "A permanência dela no cargo ficou insustentável".
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
DIVULGUE OS RESULTADOSDE SUA EMPRESA NO DIÁRIO DO COMÉRCIO E CONHEÇA NOSSOS BENEFÍCIOS
Publicidade Legal
11 3180.3197
TERROR 1Radicais do Estado Islâmico teriamexigido US$ 132,5 milhões paralibertar James Foley, jornalista dos EUAque foi decapitado esta semana.
TERROR 2Ameaça do Estado Islâmico podesuperar a da Al-Qaeda emsofisticação, riqueza e poderiomilitar, alertam os EUA.
UMA DURAD E R R O TA
PA R AO HAMAS
Grupo palestino perdetrês de seus principais
comandantes emataque aéreo de Israel
Amorte de três dos
principais coman-
dantes do braço ar-
mado do Hamas ,
num ataque aéreo cirúrgico is-
raelense, ontem, pode mudar
os rumos do conflito entre Israel
e o grupo islâmico da Faixa de
Gaza, que começou no dia 8 de
julho e continua depois de ne-
gociações de cessar-fogo fra-
cassadas no Egito. A perda, um
baque moral e executivo para o
grupo - assim como a tentativa
de assassinato do líder das Bri-
gadas Izzedine al-Qassam,
Mohammed Deif, 24 horas an-
tes - pode aumentar a pressão
para que o Hamas aceite um
cessar-fogo duradouro menos
vantajoso com Israel.
Ontem, os dois lados conti-
nuaram a se enfrentar. Israel
fez mais de 60 ataques aéreos
em Gaza, que deixaram, se-
gundo fontes palestinas, 25
mortos (o número desde 8 de
julho seria de 2.049, entre eles
469 crianças, segundo a Orga-
nização das Nações Unidas).
O Hamas disparou 109 mís-
seis, foguetes e morteiros con-
tra Israel, que causaram danos
a propriedades e feriram civis.
Num dos ataques, um morteiro
caiu dentro de um jardim de in-
fância num kibutz na fronteira
com Gaza, ferindo gravemente
o pai de uma das crianças.
Mas, apesar da quantidade
de projéteis disparados contra
Israel, o Hamas demonstrou di-
ficuldade em lançar mísseis de
longo alcance. O grupo alegou,
por exemplo, ter disparado um
contra o Aeroporto Internacio-
nal Ben Gurion, em Tel Aviv, co-
mo prometera na véspera. Mas
Israel negou o lançamento, e o
aeroporto funcionou normal-
mente. No fim do dia, restou ao
Hamas comemorar apenas o
adiamento da abertura do cam-
peonato israelense de futebol.
Milhares de palestinos acom-
panharam o funeral dos três co-
mandantes das Brigadas Izze-
dine al-Qassam - Mohammed
Abu Shamaleh, Raed Al-Attar e
Mohammed Barhoum - que es-
tavam numa casa em Rafah, no
sul de Gaza, quando um míssil
destruiu o prédio.
Shamaleh era o comandante
de ranking mais alto, à frente da
Área Sul das Brigadas. Ele ficou
conhecido por ter se envolvido
em ataques contra militares e
civis israelenses, incluindo o
que levou à morte de dois sol-
dados e ao sequestro do cabo
Gilad Shalit, em junho de 2006.
Al-Attar, comandante da área
de Rafah, foi o responsável pelo
sequestro e morte, há um mês,
do tenente Hadar Goldin. Tam-
bém era considerado o mentor
da construção de uma rede de
túneis sob o solo de Gaza. Já
Barhoum seria um assistente
antigo de Shamaleh.
"Trata-se de um crime des-
prezível pelo qual Israel vai pa-
gar caro. O ataque não vai que-
brar a resistência do povo pa-
lestino", reagiu o porta-voz do
Hamas, Sami Abu Zuhri.
Além da morte dos três co-
mandantes, há mais de duas
décadas no Hamas, o líder das
Brigadas, Mohammed Deif, es-
taria desaparecido após ser al-
vo de outro ataque israelense,
na terça-feira à noite. O Hamas
continua alegando que ele não
morreu, mas fontes israelenses
dizem que Deif estava em casa
no momento do bombardeio e
está desaparecido: ou morreu
ou está sob os escombros da ca-
sa. Sua mulher e dois de seus fi-
lhos morreram.
"Estão todos em pânico no
Hamas. Eles não sabem o que
fazer, onde estão seus coman-
dantes, principalmente o chefe
(Deif), que pelo que tudo indica
não está vivo ou está em estado
muito grave. Por isso, eles es-
tão saindo dos esconderijos pa-
ra se reunir com colegas, coor-
denar ações. Aí são rastrea-
dos", disse Yaron Blum, ex-dire-
tor do Serviço de Segurança de
Israel (Shin Bet) e hoje analista
do Instituto Internacional de
Contraterrorismo de Centro de
Estudos de Herzelyia.
O premiê de Israel, Benjamin
Netanyahu, parabenizou os
serviços de Inteligência pelos
assassinatos seletivos. Já o mi-
nistro da Defesa, Moshe Yaa-
lon, disse que Israel vai "perse-
guir e atacar líderes do Hamas
onde quer que estejam".
As três mortes levaram a
uma reunião de urgência do Ha-
mas no Cairo. E fizeram com
que circulassem rumores de
que o líder político do grupo exi-
lado no Catar, Khaled Meshaal,
tivesse aceitado viajar ao Cairo
para retomar as conversas
quanto a uma trégua. (AO G )
Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Milhares de palestinos acompanham funeral de três líderes militares do Hamas em Rafah, no sul de Gaza.
Guarda Nacionaldos EUA começa adeixar Ferguson
Ogovernador do
Missouri, Jay Nixon,
ordenou a retirada ontem
das tropas da Guarda
Nacional da cidade de
Ferguson, onde as tensões
diminuíram depois que
alguns protestos violentos
ocorreram desde que um
adolescente negro
desarmado foi assassinado
por um policial branco, no
último dia 9.
"Nós continuamos a ver
uma melhora", justificou
Nixon em comunicado.
Desde que a Guarda
chegou a Ferguson, na
segunda-feira passada, as
agitações noturnas
começaram a diminuir.
Depois do assassinato de
Michael Brown, de 18 anos,
os moradores do subúrbio
de St. Louis,
p re d o m i n a n t e m e n t e
negros, passaram a
realizar protestos contra a
polícia, formada em sua
maioria por brancos. Os
confrontos resultaram na
prisão de pelo menos 163
pessoas. Na noite de
quarta-feira, apenas seis
pessoas foram presas,
segundo a polícia.
A chegada do
procurador-geral dos
Estados Unidos, Eric
Holder, à cidade também
acalmou os ânimos da
população. Em carta
publicada no jornal St.Louis Post-Dispatch, Holder
prometeu uma
investigação completa
para o caso e pediu
também o fim da violência
em Ferguson. (Agências)
Desmontandoa matrioshka
Guardas de fronteira ucra-
nianos começaram on-
tem a revistar caminhões su-
postamente com ajuda huma-
nitária vindos da Rússia. A Ucrâ-
nia acredita que o comboio de
260 veículos com água, alimen-
tos e remédios pode ser um es-
quema de Moscou para enviar
armas aos separatistas pró-
Rússia que enfrentam forças
ucranianas no leste do país. O
Kremlin diz que essa acusação
é absurda. (Reuters)
Consumo vira luxo na VenezuelaMaduro instala sistema digital para limitar vendas de alimentos no comércio
Adecisão do presidente
da Venezuela, Nicolás
Maduro, de instalar um
sistema de identificação digi-
tal nas lojas para evitar o con-
trabando de alimentos rece-
beu críticas da oposição e con-
sumidores, criando uma nova
polêmica em relação às medi-
das que o governo promove
para resolver os problemas
econômicos do país.
O sistema, anunciado na noi-
te de quarta-feira, busca ame-
nizar a carência crônica de pro-
dutos, que vão do óleo de cozi-
nha ao papel higiênico, ao evi-
tar que compradores adquiram
grandes quantidades dos mes-
mos bens de consumo.
"Criaremos um sistema bio-
métrico... em toda a cadeia de
distribuição e varejo, pública e
privada", disse Maduro em pro-
nunciamento televisionado, no
qual também anunciou várias
comissões anticontrabando.
O controle de preços e os
subsídios pesados permitem
aos venezuelanos comprar
produtos alimentícios, levá-
los de carro até a fronteira com
a Colômbia e revendê-los com
uma boa margem de lucro.
Também surgiram mercados
negros dentro da Venezuela,
nos quais vendedores infor-
mais revendem produtos es-
cassos a preços bem maiores.
Críticos insistem que a es-
cassez de produtos é sinal de
que as políticas socialistas im-
plementadas pelo falecido
presidente Hugo Chávez es-
tão fracassando.
"Querem implementar um
sistema biométrico nos mer-
cados que não é outra coisa a
não ser um cartão de raciona-
mento, outro fracasso", afir-
mou o ex-candidato presiden-
cial opositor Henrique Capri-
les pelo Twitter. "Além disso,
falam de 'consumo justo'.
Consumo justo é que o salário
te permita três refeições diá-
rias e sobre", acrescentou.
A medida amplia um sistema
anterior, criado no início deste
ano, para limitar compras em
supermercados estatais por
meio de leitores de impressão
digital e um cartão “Suprimen -
to de Alimento Garantido”, criti-
cado por lembrar os cartões de
racionamento de Cuba.
Maduro disse que a escassez
de produtos, que cria longas fi-
las e às vezes causa desabaste-
cimento, é resultado do contra-
bando, que desvia pelo menos
40% da comida e dos remédios
para outros países.
"O contrabando é matéria
de prevenção do Estado", dis-
se o presidente da Aliança Na-
cional de Usuários e Consumi-
dores (Anauco), Roberto León
Parilli, à agência EFE. "É o Esta-
do que tem que prevenir o con-
trabando, sancionar e comba-
ter o crime, mas não à custa
dos direitos dos cidadãos",
opinou. (Agências)
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Para governo, escassez de produtos é resultado de contrabando.
Reut
ers
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
Água: Alckmin apela para São Pedro.A Grande São Paulo e parte do interior têm abastecimento garantido por mais quatro meses, caso não chova em quantidade suficiente para encher os reservatórios.
Ogovernador Geral-
do Alckmin pôs nas
mãos de São Pedro
a sorte do abasteci-
mento da Grande São Paulo no
início do próximo ano. Segun-
do ele, mesmo com o uso do
volume morto do Sistema
Cantareira e com o socorro dos
sistemas interligados, a re-
gião metropolitana só tem
água para quatro meses.
"Chegaremos até o final do
ano (com água), isso imaginan-
d o q u e n ã o
chova, mas é
evidente que
tem chuva",
afirmou Alck-
min, durante
vistoria das
obras de cap-
tação do volu-
me morto na
Represa de
At i b a i n h a .
E m a b r i l ,
quando anun-
ciou a utiliza-
ção do volume morto do Canta-
reira, o governador apostava
que teria água suficiente para
chegar até março de 2015. Na
segunda-feira, em entrevista
no Estadão, Alckmin já havia re-
duzido o prazo.
"Estamos preparados para
chegar (com água) até o come-
ço do ano que vem." Ontem, en-
quanto observava as bombas
sugarem 20 metros cúbicos por
segundo da chamada reserva
estratégica do Cantareira na re-
presa de Nazaré Paulista, o go-
vernador reclamava de um
mês de agosto muito seco.
"Foi um mês duro", disse, sob
o sol escaldante e um céu sem
traço de nuvens. Em suas con-
tas, Alckmin se apega ao fato de
ainda ter disponível a segunda
fase do volume morto, com
mais de 200 bilhões de litros.
A aposta do governador,
candidato à reeleição em outu-
bro, é que as chuvas comecem
a voltar a partir de setembro. O
secretário de Recursos Hídri-
cos, Mauro Arce, que acompa-
nhava Alckmin, disse que são
esperadas algumas chuvas
em setembro,
e m b o r a a s
previsões in-
d iquem um
mês mais se-
co do que a
média.
"Mês de se-
tembro que
não chove na-
da é muito ra-
ro", disse. Ar-
c e a d m i t i u
que a tempo-
rada de chu-
vas mais frequentes deve co-
meçar só em novembro, com o
ápice em fevereiro de 2015.
"Esperamos que chova muito
nesse mês", afirmou.
Paraíba do Sul – O governa-
dor voltou a defender o projeto
do seu governo de fazer a in-
terligação do Sistema Canta-
reira à bacia do Rio Paraíba do
Sul, combatido pelo governo
do Rio de Janeiro.
Alckmin disse que a integra-
ção de sistemas é feita no
mundo inteiro. "As cinco re-
presas do Cantareira têm 980
milhões de metros cúbicos de
capacidade de reserva. Só a
do Jaguari, que forma o Rio Pa-
raíba, tem 1,1 bilhão. Se você
interliga, dobra a capacidade
de reserva e todos ganham",
disse o tucano.
Sobre a previsão da Agência
Nacional de Águas (ANA) de
que pode faltar água em São
Paulo, Alckmin disse que o go-
verno investe na captação de
6,2 m3/s no Rio São Lourenço,
no Vale do Ribeira, obra pre-
vista para terminar em 2017.
Falou também sobre a cons-
trução de duas represas – em
Pedreira e Amparo – para au-
mentar a reserva de água nas
Bacias do Piracicaba, Capivari
e Jundiaí (PCJ), obras em licita-
ção. "Nossa proposta é au-
mentar a segurança hídrica na
Região Metropolitana de São
Paulo e na e região de Campi-
nas", finalizou.
Ilha Solteira – O governo de
São Paulo também decidiu pa-
ralisar a geração de energia na
usina hidrelétrica de Ilha Sol-
teira, a maior do Estado e a ter-
ceira do País. Segundo o secre-
tário estadual de Energia,
Marco Antônio Miroz, a Com-
panhia Energética de São Pau-
lo (Cesp) vai acatar a decisão
da Justiça Federal que deter-
minou a suspensão na opera-
ção de geração de energia na
usina –para que não seja redu-
zido ainda mais o armazena-
mento de água. A paralisação
começaria ontem.
Em liminar concedida a as-
sociações de criadores de pei-
xes da região, o juiz federal Ra-
fael Andrade de Margalho, da
1ª Vara Federal de Jales (SP),
determina que a Cesp e o Ope-
rador Nacional do Sistema
(ONS) deixem de gerar ener-
gia abaixo da quota mínima e
não reduzam ainda mais o ní-
vel do reservatório da usina.
Segundo entidades de cria-
dores de peixes, a hidrelétrica
não cumpriu a legislação de
proteção dos recursos natu-
rais e uso das águas e, por isso,
está em uma situação crítica
por causa da estiagem. ( Es t a-dão Conteúdo)
Paulo Fischer/Estadão Conteúdo
Geraldo Alckmin durante vistoria na Represa de Atibainha: "foi um mês duro", sobre a seca de agosto.
Um dia após o confrontocom a Tropa de Choque
da Polícia Militar durante"trancaço" dos três portõesda Cidade Universitária, noButantã, os funcionários daUniversidade de São Paulodecidiram continuar emgreve contra o reajuste zerode salários e o corte depontos. A decisão foi tomadadurante uma assembleia doSindicato dos Trabalhadoresda USP (Sintusp), ontem demanhã, em frente ao prédioda Reitoria. (EC)
GREVE NA USP
Suzane von Richthofen,condenada por matar os
pais em 2002, não vai maisdeixar a cadeia. A Justiçarevogou a decisão queconcedia a ela o benefício doregime semiaberto. Emboratenha conseguidoprogressão de pena háalguns dias, Suzane alegouque "teme pela sua vida" eque o pedido foi feito peloseu advogado contra a suavontade. A partir de agora,ela será atendida por umdefensor público. ( AO G )
CASO SUZANE
.Ó..R B I TA
Acuado, Roger Abdelmassihpensou até em suicídio.
Ex-médico estava disposto a encerrar a própria vida antes de ser presoNelson Antoine/EC
Sem saída: acusado por estupro, Abdelmassih foi para Tremembé.
Oex-médico Roger Ab-
de lmass ih , de 70
anos, cogitou come-
ter suicídio para evitar a vol-
ta à prisão. Em conversa na
última quarta-feira com poli-
ciais civis e a reportagem da
Rádio Estadão, no Aeroporto
de Congonhas, zona sul da
capital paulista, o capturado
disse que comprou uma ar-
ma. Ele pediu ainda para da-
rem um "basta" às vítimas
de seus crimes que protesta-
vam durante sua chegada
no aeroporto. "Eu consegui
comprar uma arma usada,
um 38. Eu comprei e falei: ‘Se
eu for pego, eu dou um tiro na
c ab e ç a’", revelou Abdel-
massih.
Especialista em fertiliza-
ção in vitro, ele foi capturado
no início da semana, após fi-
car três anos foragido em As-
sunção. Abdelmassih con-
tou que "estava preparado",
mas desistiu do plano. "Eu
não vou me matar mais. Eu
vou acreditar agora na advo-
cacia, porque eu fui conde-
nado estupidamente, por si-
tuações como estas. Não
tem uma prova", disse o ex-
m é d i c o.
Ele entrou, porém, em
contradição. "Preferia mor-
rer. Não tem sentido minha
mulher e meus filhos peque-
nos de 3 anos irem me visitar
na cadeia", afirmou.
Ao insistir para ser levado
para Tremembé, o ex-médi-
co falou sobre seu período na
cadeia há cinco anos. "Eu
passei um período difícil na
prisão. Foram quatro meses
que sofri muito." Em 2009,
ele ganhou a liberdade com
uma liminar concedida pelo
ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal. A
presença de cinco mulheres
que o acusam da série de cri-
mes sexuais o incomodou.
"Elas têm um blog (que rece-bia denúncias). Eu acho que
vocês deveriam dar um bas-
ta nelas. Dar um tchau para
elas", disse aos policiais.
Tereza Cordioli, uma das
mulheres que denunciaram
Abdelmassih, disse que não
vai recuar. "Eu tenho medo,
mas ele não vai conseguir
dar um basta em nós."
E m pr e s a – Os irmãos Vi-
cente e Soraya Abdelmassih
trabalhavam com o pai, Ro-
ger, na clínica de reprodução
assist ida em São Paulo.
Quando o pai, condenado a
278 anos de prisão, fugiu, os
irmãos ficaram com a em-
presa arruinada e um sobre-
nome difícil de carregar. Vi-
cente conta que cortou rela-
ções com pai, mas que não
foi fácil vê-lo ser xingado pe-
las vítimas enquanto entra-
va, algemado, no camburão
na quarta-feira. Foram três
anos sem contato com ele,
ressalta Vicente, que teve de
fechar a renomada clínica.
"Eu fico triste por causa dos
meus filhos, que são netos
dele, e ficam sofrendo. Mas
isso tudo que está aconte-
cendo é consequência do
que ele escolheu para ele."
(Agências)
Chegaremos até ofinal do ano (comágua), issoimaginando que nãochova, mas éevidente que temchuva.GER ALDO ALC K M I N
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
na mágica –Como curam os ciganos;Danças e mú-sicas ciganas – ensaios históricos; Guia prático ro-ma ni -p or tu gu ês (romani vem a ser o idioma ci-
gano). Dos três, provavelmente o primeiro de-
les, devido à natural vocação do nosso povo à
hipocondria, vai merecer maior atenção. Con-
vém lembrar que se trata de conhecimentos da
etnia sinti, a qual Nicolas per-
tence, entre os variados grupos
existentes. Cada um tem sua
forma própria de lidar com
doenças. A medicina sinti se
baseia principalmente no uso
de ervas e de pedras. Cólicas de
estômago, por exemplo, po-
dem ser resolvidas com as pe-
dras tipo hematita e topázio,
colocadas na região dolorida
acompanhadas de uma oração
do kaku, o médico, ou, confor-
me preferem os antropólogos,
xamã. Aliás, Nicolas é um deles. "Após a troca
de energia naquela manipulação, eu levo as
pedras ao terceiro olho (situado na centro da
testa) para descobrir o diagnóstico e, a partir
daí, introduzir o tratamento a base dos fitoterá-
picos", explica Nicolas. O combate a um temido
cálculo renal é iniciado com meio limão diluído
em água morna ou quente.
Em SP, corrida para driblar o trânsito.Engarrafamentos e transportes lotados incentivam os paulistanos a usarem o esporte para ir e voltar do trabalho. Velocidade do corredor pode superar a dos carros.
Mariana Missiaggia
Correr para o trabalho
em seu sentido lite-
ral pode ser uma al-
ternativa para fugir
do trânsito de São Paulo, che-
gar no horário na empresa, se
exercitar e ainda economizar.
A iniciativa pode ser adotada
por qualquer um. Para quem
não sabe por onde começar, o
coletivo Corrida Amiga ofere-
ce uma carona –a pé –e ensina
como utilizar a corrida de rua
como meio de se locomover
na cidade. Afinal, um corredor
amador atinge, em média, ve-
locidade de 10km/h e não en-
frenta engarrafamentos.
Um tênis adequado, roupa
confortável, mochila compac-
ta e um chuveiro no trabalho
são o suficiente para investir
em uma vida mais saudável.
A afirmação é da gestora
ambiental Silvia Regina Stuchi
Cruz, 29 anos, idealizadora da
Corrida Amiga. Inspirada em
sua própr ia exper iência,
quando usou a corrida como
meio de deslocamento duran-
te seu doutorado na França,
Silvia retornou à capital pau-
lista em busca de parceiros.
"Como tinha pouco tempo pa-
ra treinar na França, resolvi
trocar o metrô pela corrida e
percebi que deu certo. Tam-
bém observei que na Inglater-
ra, Holanda e Espanha esse
hábito é comum", disse. As-
sim, Silvia deu início a uma re-
de de voluntários que ajuda
outras pessoas a adotarem o
mesmo estilo de vida.
A ideia é conectar pessoas
que usam a corrida no seu dia-
a-dia, indo ou voltando do tra-
balho, e ensinar a novos corre-
dores que correr na rua pode
ser seguro e tranquilo. Através
da proposta, é possível se tor-
nar um "corredor amigo" (pes-
soas mais experientes que já
utilizam a corrida na cidade e
compartilham seus horários e
trajetos, para que outros cor-
redores possam juntar-se a
eles, na ida ou na volta ao tra-
balho). Outra alternativa é so-
licitar os serviços de um deles.
Basta se cadastrar no site e
aguardar o contato. Com 48
voluntários, o coletivo já rece-
beu 55 pedidos de corridas.
Rota–Moradora do Largo da
Batata, na zona oeste, Silvia
Regina troca o transporte pú-
blico pela corrida três vezes
por semana na ida ao traba-
lho, no Butantã, na zona oeste.
No total, são sete quilômetros
feitos em 40 minutos. Quando
Silvia utiliza ônibus e metrô, o
tempo gasto chega a 1h20.
"Acredito que até dez quilô-
metros seja viável para qual-
quer pessoa. A dica é roupa
adequada, evitar calçadas
movimentadas e traçar uma
boa rota. Além da companhia,
o Corrida Amiga ensina como
ajustar a mochila ao corpo, co-
mo dobrar as roupas do traba-
lho sem amassar e ocupar
muito espaço", disse.
Para quem trabalha com
distâncias maiores, Silvia su-
gere que o corredor estacione
o carro ou deixe o transporte
público a 10 ou 5 quilômetros
do ponto de chegada, e com-
plete a distância restante cor-
rendo. "Qualquer um pode fa-
zer, basta se adaptar", disse.
Na última terça-feira, Silvia
acompanhou o funcionário
público Paulo Adriano de Oli-
veira, 39 anos, em sua primei-
ra corrida na ida ao trabalho.
Eles saíram da avenida Ar-
mando de Arruda, no Jabaqua-
ra, na zona sul, às 7h32, per-
correram 7,5 quilômetros e
chegaram à Vila Mariana, na
zona sul, às 8h10, apenas três
minutos depois de um veículo
que fez o mesmo percurso.
Dados oficiais mostram
que, em 1997, a média da ve-
locidade dos automóveis em
São Paulo, segundo a Compa-
nhia de Engenharia de Tráfego
(CET), era de 22km/h. Hoje,
esta média é de 7,9 km/h nos
horários de pico e de 23 km/h
durante a manhã.
Site–"Soube do coletivo por
um amigo e logo em seguida
me cadastrei no site em busca
de companhia. Já fiquei saben-
do que tem outra corredora
Paulo Pampolin/Hype
que realiza o mesmo percurso
que eu. Provavelmente a
acompanharei porque assim
me sinto mais motivado", dis-
se o funcionário público.
Acostumado a correr aos fi-
nais de semana há dois anos,
Oliveira trocou a moto pela
corrida e se surpreendeu com
a rapidez que completou o ca-
minho para o trabalho. "Foi
melhor do que esperava, in-
clusive acho que dá para ir a
um ritmo mais lento e chegar
com tranquilidade. E, acima
de tudo, é ótimo para deses-
tressar", disse.
Econ omia – Além da agilida-
de, a corrida também pode ser
um ótimo aliado do bolso. Se-
gundo Silvia, para quem utiliza
transporte público, a corrida
pode significar uma economia
de no mínimo R$ 150 que seria
gasto com passagens. Agora,
pra quem usa o carro, a econo-
mia pode ultrapassar R$ 500
somando combustível e esta-
cionamento. O projeto Corrida
Amiga está presente em todo o
Brasil. Em cidades como Rio de
Janeiro, Brasília e Curitiba, já
tem voluntários fixos.
Apoio: Paulo de Oliveira e Silvia Regina, idealizadora da Corrida Amiga, saíram do Jabaquara e foram até o metrô da Vila Mariana.
Acredito que umpercurso de até dezquilômetros sejaviável para qualquerpessoa. A dica éroupa adequada etraçar uma boa rota.SI LV I A REGINA, DA CORRIDA AMIGA
w w w. c o r r i d a a m i g a .wix.com/corridaamiga
...EXEMPLARES, EIS UM DELES.DOS TRÊS ÚNICOS...
Crédito
Bandeira cigana e um doslivros que o professorNicolas Ramanush Leiteestá lançando
Aarte do kaku é um dom divino com o
qual a pessoa nasce. A versão femi-
nina leva o nome de drabarne. Nos acam-
pamentos, que é uma forma clássica de
cigano morar, sempre existe um desses
xamãs. A propósito desse assunto, no
nosso País predominam três etnias: sinti,
rom e calom. A primeira
pode ser vista em São Pau-
lo; a segunda, em Campi-
nas; e a terceira, entre Mi-
nas e Bahia. Das três, a
única que pratica o noma-
dismo é a calom – e da lar-
ga expos ição advém a
ideia de que os ciganos
são todos andarilhos.
Os livros de Nicolas já
nascem com a triste certe-
za de que serão pouco li-
dos, pelo menos entre seu
povo. É que, a exceção do Brasil, onde são
beneficiados pela tolerância racial, os ci-
ganos se caracterizam pelo analfabetis-
mo. E isso se deve à milenar segregação a
que são submetidos por fortes preconcei-
tos, que barram o acesso das crianças às
escolas. Dessa forma, mais do que os indí-
genas, eles se especializaram no ensino
oral. "Mas mesmo aqui, os calom conti-
nuam analfabetos. É uma tradição que
tem origem na sua vinda de Portugal como
degredados a partir de 1574. A exclusão
está enraizada neles", explica Nicolas.
Nós temos entre nós algo em torno de
800 mil ciganos. Eles são prudentes e cri-
teriosos em aplicar sua medicina, de acor-
do com os princípios seguidos. Entendem
a doença – preferem dizer perda da saúde
– como uma manifestação espiritual e
emocional transmutada em efeitos psi-
cossomáticos, cuja prevenção é o limite
da ação do kaku ou drabarne. Isso explica
porque, ao perceberem-na instalada, car-
regada de ameaças, não titubeiam em re-
correr a alopatia.
Muito raramente vocês verão Nicolas
sem chapéu. O adereço tem a função de
proteger o chakra coronário instalado na
sua cabeça, o principal centro energéti-
co do corpo humano, de acordo com os
ensinamentos dos Vedas, os quatro li-
vros que reúnem as escrituras sagradas
do hinduísmo, compostos muito antes
de Cristo vir ao mundo. Isso faz lembrar
que os ciganos têm seu berço no norte da
Índia e dali iniciaram sua diáspora, por
volta de 500 a.C.
S alvo engano, estes senhores – Ian
Hancock, Ronald Lee e Nicolas Rama-
nush Leite – constituem uma das
maiores raridades que pode ser encontrada so-
bre a face da Terra: são os três únicos professo-
res universitários de origem cigana entre os
atuais 7,046 bilhões de habitantes do planeta.
Eles lecionam matérias relacionadas com a sua
cultura nas áreas de idiomas e antropologia na
Universidade do Texas (Austin), de Toronto e na
PUC-SP, respectivamente. Como é previsível
intuir, Nicolas, 54 anos, nasceu em São Paulo,
no hospital do mesmo nome na Vila Mariana.
Embora a informação sobre o trio, transmitida
pelo próprio Nicolas, cause compreensível es-
panto na sua exatidão por nos trazer à mente a
imagem de agulha em palheiro, circula fami-
liarmente pela comunidade cigana. É que sua
diminuta população – cerca de 12 milhões es-
palhados pelo mundo – facilita os contatos e
confirma a inexorável máxima criada pelo co-
lunista Ibrahim Sued de que em sociedade tudo
se sabe (de leve, como ele diria e costumava
encerrar suas notas).
No momento, e fiel à sua missão de preser-
var e divulgar a cultura cigana, está lançando
três livros a respeito em edição independente,
que podem ser adquiridos através do site
www.embaixada cigana.org.br. São eles: Medici -
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
O "sommelier"Ganimedes, na
escultura deBer tel
Thorvaldsen (aolado), e a capa de
MordidasSonoras.“Serei o seu
sommelieresta noite”
Roupa bem branca é sempre um prato cheio
para molhos de tomate, shoyu e vinhos.
Quem não sabe? No último caso, muitas ve-
zes a defesa dos tecidos imaculados fica por conta de
preparados sommeliers (e suas horas de voo a bordo
com saca-rolhas) destinados a servi-los. Será?
Pois ali naquele salão de banquetes de Glasgow
estava o inglês Andy Goram, célebre goleiro do Ran-
gers nos anos 1990, com sua impecável "camisa de
gala, com seu colarinho alto de pontas viradas". Ca-
misa que, em segundos, foi transformada em "ma-
ta-borrão de Châteauneuf-du-Pape", aquele vinho
que sai da histórica região no sul do Rhône.
Quem conta a história é o roqueiro britânico Alex
Kapranos, líder da banda Franz Ferdinand, no diver-
tido livroMordidas Sonoras (Conrad/2007), uma ver-
dadeira "turnê gastronômica". Kapranos, que antes
do sucesso musical trabalhou em todo tipo de restau-
rante e cozinha na Grã-Bretanha, sem contar que foi
entregador de fast food indiano e também "garçom
de vinhos". Ele tinha sido escolhido para servir a me-
sa de Andy Goram naquele fatídico jantar por conta
de sua neutralidade futebolística e origem – um des-
cendente de gregos ortodoxos e que torcia
para o Suderland. Os organizadores
do serviço evitaram a todo custo co-
locar na mesa de Andy um torcedor do rival Celtic. Ka-
pranos conta que alcançou a taça de Andy sem per-
ceber o silencioso torcedor do Celtic atrás dele. "Isso
até que ele agarra meu cotovelo com firmeza e o em-
purra". O estrago estava feito.
O roqueiro, que já teve coluna no G uar di an pa ra
suas peripécias antropológicas (afinal, ele experi-
mentou várias cozinhas nas turnês do Franz Ferdi-
nand), confessa que seu cargo era maior do que
suas capacidades. E, se havia dez garrafas de vinho
no menu, o que ele sabia dizer aos clientes era quais
eram os tintos e os brancos.
Hoje, praticamente todos os restaurantes que
têm o vinho entre suas preocupações não dispen-
sam um bom sommelier (ou sommelière), que é es-
colhido a dedo entre centenas de profissionais em
formação em todo mundo. Os melhores são estudio-
sos da enologia, visitam vinhedos e vinícolas, con-
trolam as adegas, fazem as compras, servem as me-
sas sem muito salamaleque. A escritora canadense
Natalie MacLean faz um pungente depoimento so-
bre a ascensão da profissão em "Undercover Som-
melier" , um dos capítulos do seu livro Red, White, andDrunk all Over (Bloomsbury/2006). Ela foi sommelier
por um dia no Le Baccara, premiado restaurante de
cozinha francesa em Québec, e percebeu entre os
colegas pares de cena o grande desenvolvimento da
profissão. "Ao contrário do distanciamento, os som-
meliers devem aplacar a sede dos amantes do vinho
com o Conhecimento", escreve. Para Natalie, ideal-
mente um sommelier seria também uma fonte de in-
formação sobre vinhos de todo o mundo, capaz de
discorrer sobre as áreas vitícolas, os châteaux, pro-
dutores e safras. É claro que eles devem estar pre-
parados para indicar a melhor garrafa para determi-
nado prato, e devem ser éticos o suficiente para in-
dicar que a melhor garrafa não é necessariamente a
mais cara. MacLean destaca também o trabalho dos
sommeliers ao lado dos chefs na criação de "expe-
riências completas" de harmonização.
A palavra sommelier nasceu na Idade Média france-
sa para nomear aqueles que testavam os vinhos para
as ordens religiosas e casas reais. Mas a profissão tem
um "patrono" bem mais ancestral, colecionado na rica
mitologia grega. Contam que Zeus se apaixonou pelo
príncipe troiano Ganimedes e o raptou para o Olimpo
nas suas próprias asas, já que para a missão tinha se
transformado numa águia. Ganimedes acabou des-
bancando Hebe na função de servir o néctar da imor-
talidade aos deuses, não sem antes derrubar um pou-
co sobre a Terra, para os mortais.
José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira de Gastronomia e
autor de Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas(Editora Terceiro Nome)
G A S T RO N O M I A
Cozinhando com PalavrasLúcia Helena de Camargo
Agastronomia conquista es-
paço. Hoje fala-se mais so-
bre comida e restaurantes,
preparos de pratos, origem dos in-
gredientes, diferentes formas de
tratar os alimentos. A 23ª Bienal
Internacional do Livro de São Pau-
lo, que começa nesta sexta (22),
aproveita o interesse e aumenta a
área dedicada ao assunto, C o z i-nhando com Palavras. A edição de
2012 contou com pouco mais de
20 eventos. Nesta, serão 39 apre-
sentações – incluindo workshops,
palestras e aulas de culinária –,
com 45 convidados, além dos lan-
çamentos de livros e sessões de
autógrafos, que somam mais de
uma centena.
A Editora Senac, gigante na
área de gastronomia, leva para a
feira 16 títulos. Entre os recém-
saídos do forno está Marmita Chic eSaudável, de André Boccato, tam-
bém curador do Cozinhando comPa l a v r a s . O livro traz uma seleção
das refeições, a maneira de prepa-
rá-las, acondicioná-las e servi-las.
Há receitas de saladas, risotos,
carnes, aves, peixes e massas e
sobremesas. Com 144 páginas,
custa R$149,90. Outra novidade é
Os Banquetes do Imperador, com-
pêndio de 130 menus coleciona-
dos por Dom Pedro II no século XIX
(quase todos escritos em fran-
cês). A obra vem em edição de lu-
xo, com 448 páginas, e será vendi-
da a R$199,90.
Na outra ponta do espectro, a
pequena editora Tapioca, com dez
obras no catálogo, lança dois títu-
los. Um deles, Reinvente sua Refei-ção - Desacelere, Saboreie o Mo-mento e Reconecte-se ao Ritual deCo mer , escrito pelo psicólogo
americano Pavel Somov, propõe
uma inovação da maneira de co-
mer. Nada de jantar assistindo à
TV ou de maneira apressada, para
evitar males como má digestão,
gastrite e mal funcionamento do
intestino. 272 páginas. R$38. A Ta-
pioca traz também A Cozinha Italia-na do Cake Boss - Segredos de Famí-lia (384 páginas, R$89,90), de
Buddy Valastro, que estrela o pro-
grama de TV Cake Boss.
Entre os eventos, destaque pa-
ra A Mesa no Oriente Médio, pales-
tra que será ministrada pela pes-
quisadora Márcia Camargos, no
sábado (23), às 11h. Na quinta
(28), às 11h, é a vez de Raul Lody
discorrer sobre Raízes da CulturaGastronômica Brasileira.
Cozinhando com Palavras. Bie-
nal do Livro. Pavilhão de Exposi-
ções do Anhembi. Av. Olavo Fon-
toura, 1209. Santana. Até dia 31.
w w w. b i e n a l d o l i v ro s p . c o m . b r
Cris
tiano
Lope
s
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
Alex Kapranos, nacapa de CD dabanda FranxzFerdinand e o
"waiter's friend".
Adré Boccato,autor da obra
ao lado etambém
curador doCozinhando
com Palavras.Abaixo, títulos
na Bienal.
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
.P..R I VA C I D A D E
25 mil pessoascontra o Facebook
A corte de Viena deu
um mês de prazo para
que o Facebook
apresente sua defesa na
ação coletiva registrada
por mais de 25 mil
usuários. Na ação, eles
alegam que a rede social
violou a privacidade dos
usuários revelando
dados à Agência
Nacional de Segurança
(NSA). Cada usuário
pede uma indenização
de 500 euros.
.E..BOLA
Médico tem altaapós tratamento
Um médico Kent
Brantly, dos EUA, que
contraiu ebola, recebeu
alta do hospital da
Universidade Emory, em
Atlanta, após ser tratado
com o medicamento
experimental ZMapp,
usado em alguns
pacientes no surto de
ebola na África
Ocidental. Brantly e a
missionária Nancy
Writebol foram
infectados ao cuidar de
pacientes na Libéria.
Ambos receberam o
ZMapp e foram levados
de volta aos EUA.
Writebol também está
melhorando e está
sendo tratada no
mesmo hospital.
.M..ODA
E st i l ot e c no l ó g i c o
Noa Raviv
i n t e g ro u
elementos
produzidos em
impressoras 3D
a suas criações
de moda. As
ro u p a s
adornadas com
grandes golas e
detalhes high
tech ganham
destaque
combinados
com modelos
minimalistas
em tons sóbrios
como o branco
e o preto, e
alguns toques
de cores
vibrantes. Veja
outros modelos
no link.
http://goo.gl/Sh7xal
.U..RBANISMO
Para aumentar o número de
abelhas, o coletivo NDC propõe que
as cidades invistam em pequenos
apiários como o da foto.
http://goo.gl/b5OLaS
.C..INEMA
Urso de Ouropara Wim Wenders
O cineasta alemão Wim
Wenders receberá um Urso
de Ouro honorário no
Festival de Berlim, que
acontecerá em fevereiro. O
festival trará uma
retrospectiva de sua obra,
incluindo os já clássicos
Paris, Texas e Asas doDesejo. Wenders recebeu o
prêmio especial do júri no
Festival de Cannes com um
documentário sobre o
fotógrafo brasileiro
Sebastião Salgado.
.M..ÚSICA
Londres terá estátuade Amy Winehouse
A cantora britânica Amy
Winehouse será
homenageada com uma
estátua de corpo inteiro
que será erguida no bairro
londrino de Camden Town,
em Londres, onde ela vivia.
A estátua de bronze é obra
do artista Scott Eaton e
será inaugurada em 14 de
setembro, data em que
Amy Winehouse
completaria 31 anos. A
cantora morreu em 23 de
julho de 2011, aos 27 anos.
.L..OTERIAS
Concurso 3567 da QUINA
11 24 28 31 37
.C..LIMA
Um futuro nada promissorD
iscutindo as mudanças
climáticas durante um
evento da Organiza-
ção Meteorológica Mundial
(OMM), das Nações Unidas,
encerrado ontem, mais de mil
especialistas do tema concluí-
ram que o futuro do planeta
não é nada promissor.
Segundo os cientistas, nas
próximas décadas, fenôme-
nos como turbulências aéreas
e ondas marítimas gigantes
devem se tornar cada vez
mais frequentes devido às al-
terações no clima e o desafio,
agora, é aprimorar os modelos
de previsão desses fenôme-
nos. De acordo com cálculos
apresentados no evento,
atualmente os passageiros de
aviões comerciais passam
cerca de 1% do tempo de voo
em turbulências. Essa média
deve dobrar até 2025.
Os dados apresentados na
conferência mostram tam-
bém que, entre 2001 e 2010, a
temperatura média da super-
fície do planeta aumentou
0,47 grau Celsius e, até 2050,
deve aumentar dois graus Cel-
sius. Parece pouco, mas quan-
do as temperaturas médias
sofreu aumento de um grau, o
volume de vapor d'água au-
menta 7%, alterando a circu-
lação de massas de ar na at-
mosfera. Com maior evapora-
ção, as nuvens se formam
mais rapidamente, os ventos
se tornam mais fortes e as
inundações se tornam mais
frequentes e repentinas.
Além disso, episódios de frio
intenso ou calor excessivo e
períodos de seca serão mais
serão mais marcados.
Foto
s: R
eute
rs
ANFÍPOLIS - Imagens divulgadas ontem mostram esfinges de mármore sem cabeça na entrada
de uma tumba de 325 a 300 a. C. Com 497m de comprimento e 4,5m de largura, a tumba, ainda não
identificada, foi descoberta em sítio arqueológico de Anfípolis, região grega da Macedônia.
s
.D..ESIGN
Inspirado na mobíliaO estilista francês
Ora-Ïto criou um modelo
conceitual de tênis com detalhes
em madeira. A inspiração?
Cadeiras modernistas.
http://goo.gl/Iigh55
Contos de fadasInspirado em contos de
fadas, o escultor Robin
Wight cria esculturas
dessas figuras oníricas
usando cabos de aço. Cada
fada é criado de acordo
com poses que os clientes
de Wight imaginam. Suas
instalações podem ser
vistas em jardins públicos
e particulares em toda a
I n g l a t e rr a .
w w w. f a n t a s y w i r e . c o . u k
Objetos de Dwight D. Eisenhower vão a leilão nos EUAUm relógio de ouro dado ao então presidente dos EUA,
Dwight D. Eisenhower, pela fabricante Rolex como uma
demonstração de gratidão por seu papel na libertação
da Europa dos nazistas após o fim da Segunda Guerra
Mundial, e os binóculos que ele usava estão entre as
mais de uma centena de peças de seu espólio que serão
leiloadas pela casa RR Auctions no mês que vem, em
Boston. O relógio traz as iniciais de Eisenhower gravadas
na parte posterior é avaliado
como o mais valioso Rolex do
mundo. A expectativa é de que
a peça seja comprada por mais
de US$ 1 milhão no leilão.
Foto
s: R
eute
rs
Salvem as abelhas
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
"Baixo crescimentonão surgiu do nada"
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC e sócio-diretor da Tendências Consultoria.
Diário do Comércio –Por que a projeção éde crescimento de0,6% para o PIB
neste ano?Gustavo Loyola – Por causa
da piora das expectativas dos
empresários e consumidores,
que tem a ver com o problema
setorial da energia elétrica e o
excesso de intervenção do go-
verno em diversos setores. A
aceleração da inflação deixou
consumidores mais temerosos
sobre seus salários reais, e com
uma piora do mercado de tra-
balho. A percepção de que falta
dinamismo gera um círculo vi-
cioso, o que é ruim. Também ti-
vemos fatores conjunturais,
como a Copa do Mundo que
atrapalhou a produção com
muitos feriados, além da pró-
pria situação externa. É preciso
lembrar que o baixo cresci-
mento de 2014 não surgiu do
nada e vem manifestando ten-
dência de desaceleração des-
de 2011. Os fatores que leva-
vam a economia para frente
estão mais ou menos esgota-
dos. O Brasil precisa reinventar
o crescimento e isso passa por
medidas que aumentem a pro-
dutividade e o investimento.
Para isso é preciso um quadro
macroeconômico estável, con-
fiável e com reformas.
DC – E isso só aconteceráapós as eleições, em 2015?
GL – Sim. O processo eleito-
ral tirou do foco a política eco-
nômica e nenhuma medida
estrutural será adotada por-
que depende do Congresso.
Vai ficar para o ano que vem. O
primeiro ano do próximo go-
verno terá de ser aproveitado,
porque normalmente é o pe-
ríodo em que há uma base de
apoio mais sólida. A oportuni-
dade de 2015 não pode deixar
de ser aproveitada.
DC – O que falta aoscandidatos, nesse sentido?
G L – O debate econômico
está claro nessa eleição e to-
dos os candidatos procuram
falar de economia. Os de opo-
sição evidentemente criticam
a presidente, que se defende.
A oposição diz que tem uma
postura diferente da atual
gestão. O importante é a sina-
lização de todos eles, e da pró-
pria presidente, sobre o que
pretendem fazer em 2015 pa-
ra tirar o Brasil dessa situação.
Não adianta achar que está tu-
do bem e que não estamos
crescendo só por causa da cri-
se externa. No caso da presi-
dente, será necessário que
mostre comprometimento
com o avanço de reformas. De
certa forma, fazendo um para-
lelo não perfeito, espera-se
dela uma "carta aos brasilei-
ros", como teve o papel da car-
ta aos brasileiros do ex-presi-
dente Lula, em 2002, mos-
trando os compromissos.
DC – A economia estáanêmica, mas qual agravidade? E o que o senhoracha dos que dizem queestamos entrando em umaestagflação?
GL–O Brasil não está em cri-
se, mas com uma economia
estagnada, com baixo cresci-
mento, e uma inflação alta.
Então, desse ponto de vista,
podemos dizer que pode ser o
início de um processo de es-
tagflação, que em sua defini-
ção clássica combina esses
dois indicadores ao alto de-
semprego. Felizmente o mer-
cado de trabalho não foi atin-
gido, mas não há garantias de
que as empresas podem ter
queda no lucro e, para se de-
fender, precisem cortar cus-
tos e reduzir o quadro de fun-
cionários.
Clayton de Souza/Estadão Conteúdo
"Belle Époque docrédito não volta"Octavio de Barros, diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco.
Diário do Comércio –As medidas para esti-mular o crédito toma-das pelo Banco Cen-
tral terão efeito?Octavio de Barros – Sim. No
médio prazo são positivas.
Mas dependem da recupera-
ção da confiança e do apetite
do consumidor. Não temos
problema de oferta de crédito
pois os bancos estão fazendo
o dever de casa e vão cooperar
para aumentá-la. Mas há um
problema de demanda.
DC – Por que há talproblema?
O B – Não há relação com a
inadimplência, que está em
um patamar muito baixo. É um
problema localizado: o orça-
mento apertado das famílias.
Os serviços passaram de 40%
para 60% no consumo total
das famílias em um período de
sete anos. Então, aquela "ir-
responsabilidade" dos consu-
midores com o crédito ocorreu
até meados de 2011. De lá pa-
ra cá, observamos uma mu-
dança comportamental das
famílias, que estão mais cau-
telosas e disciplinadas. Passa-
mos por um período de apren-
dizado e a alta da inadimplên-
cia foi o custo social de uma in-
clusão bancária espetacular.
DC – O senhor disse que operíodo de 2004 a 2011 foi uma
Belle Époque, que não voltamais. Explique.
OB–Foi a Belle Époque de in-
clusão social e bancarização
acelerada. Foi datado histori-
camente e não podemos olhar
para frente e reproduzir o que
a c o n t e c e u . N o p e r í o d o
2004/2011 o PIB cresceu à ta-
xa média de 4,1% ao ano. De
1994 a 2013 o crescimento
médio anual foi de 3,1%. Con-
sumo e crédito cresciam aci-
ma do PIB. As empresas acha-
ram que isso se repetiria inin-
terruptamente e agora refa-
zem as contas. Agora o crédito
e o consumo vão crescer mais
em linha com o PIB.
DC – Quais são os riscos deuma estagflação no Brasil?
OB – Muitos falam nisso por
causa do PIB baixo e da infla-
ção alta. Mas precisam olhar
nos livros, porque há o compo-
nente do alto desemprego.
Mesmo com a mão de obra
caindo no Brasil, o desempre-
go é baixo. Esse índice vai pio-
rar um pouco, em 0,5 ponto
percentual no nosso cenário.
Isso porque a população ocu-
pada está desacelerando. A
oferta de mão de obra caiu
porque a população cresce
pouco, os jovens permane-
cem na escola e os aposenta-
dos não voltam ao mercado,
graças ao aumento de renda e
de demais benefícios.
DC – Qual a sua projeçãopara inflação?
OB–A inflação está dentro da
média histórica e vai fechar o
ano em 6,3%. Passamos por
uma transição natural, na qual
a inflação vai convergir para o
centro da meta. Acredito que is-
so possa ocorrer entre 2017 e
2018, dada a rigidez da inflação
de serviços no Brasil. O cresci-
mento vai voltar gradualmente
e chegar ao patamar de 3% da-
qui a um par de anos. Mas isso
depende da volta da confiança,
da agenda de reformas e da pla-
taforma que será construída
para o futuro. Qualquer que se-
ja o novo governo, terá de fazer
correções, ajustes adaptativos
e preparar a economia para a
retirada de estímulos nos Esta-
dos Unidos. Muitos falam que o
juro norte-americano subirá
antes, mas eu acho que será em
junho de 2015.
Patrícia Cruz/LUZ
Retomada só em 2015Rejane Tamoto Crédito, Financiamento e Investimento
(Acrefi), Loyola – eleito Economista do
ano de 2014 pela Ordem dos Economistas
do Brasil (OEB) – disse que a economia
está anêmica e sem dinamismo, em parte
por causa do cenário externo de
crescimento baixo, mas principalmente
por causa do ambiente doméstico.
"A média de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2011 a
2014 foi de 1,7% ao ano. O percentual foi
47% menor do que o crescimento médio
de países da América Latina. O dever de
casa na política macroeconômica não foi
bem feito", afirmou.
Para este ano, a projeção é de alta de
0,6% do PIB, percentual que sobe para
1,5% em 2015.
Barros, frente a uma platéia de
empresários, reunidos no XII Encontro
Nacional SCA Systema Consultores
Associados, disse que o Brasil não vai tão
mal, mas precisa correr para se adaptar à
realidade do financiamento global após a
retirada de estímulos monetários pelos
Estados Unidos, prevista para o segundo
semestre deste ano. "No próximo governo
teremos um semestre de ajustes nos
preços administrados e fiscal, além de
reformas necessárias. O segundo
semestre de 2015 será de recuperação da
confiança", afirmou.
Nomeando-se “um realista esperançoso”,
qualificação que tomou emprestada de
Ariano Suassuna (1927-2014), reforçou
que não gosta do rótulo de otimista. "O
problema é que há uma politização
excessiva do debate macroeconômico",
disse. A projeção de Barros para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
deste ano é de crescimento de 1%, com
viés de baixa. Para 2015, a projeção é de
elevação de 1,5%.
Ambos os economistas falaram, depois
de suas palestras, ao Diário do Comércio.
Veja abaixo trechos das entrevistas.
O Brasil precisareinventar o
crescimento e issopassa por aumentode produtividade e
investimento
Agora ocrédito e oconsumo
vão crescer maisem linha
com o PIB
Com indicadores cada vez mais
desfavoráveis, como a lentidão na
criação de empregos com carteira
assinada, embora ainda não apareçam
sinais de desemprego (leia na página 15 dapresente edição), a economia brasileira
avança pelo segundo semestre com
apenas uma certeza: a confiança está
baixa para o consumo e o investimento e
sua volta só é possível após as eleições.
Portanto, recuperação – se e quando vier,
é só para 2015.
Esse cenário foi passado em revista,
ontem, por dois renomados economistas,
em São Paulo: Gustavo Loyola, ex-
presidente do Banco Central (BC) e sócio-
diretor da Tendências Consultoria e
Octavio de Barros, diretor de Pesquisas e
Estudos Econômicos do Bradesco.
Para um público de associados da
Associação Nacional das Instituições de
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
CICLO DE DEBATES COM OS CANDIDATOS A GOVERNADOR DE
SÃO PAULO
ABERTURADia: 26 de agosto de 2014, terça-feira
PAULO SKAFCandidato do PMDB
Local: Associação Comercial de São Paulo - ACSPRua Boa Vista, 51 - 9º andar - Centro - SP
Horário: 17 horas
PARTICIPEM!
Este evento será transmitido pela webtv.Acesse www.acsp.com.br (clique no banner webTV ACSP)
Bondade agora é para eletrônicosGoverno anuncia prorrogação da isenção de impostos, um dia depois de ter lançado estímulos à ampliação da concessão de crédito.
Ogoverno federal
prorrogou até 31 de
dezembro de 2018
a isenção de co-
brança de PIS/Cofins nas ven-
das de computadores, note-
books, smartphones e rotea-
dores pelo Programa de Inclu-
são Digital que terminaria no
último dia do presente ano. A
isenção implicará renúncia
fiscal de R$ 5 bilhões em 2014,
informa o secretário-executi-
vo-adjunto do ministério da
Fazenda, Dyogo Oliveira.
Da criação do benefício, em
2005, para cá, a produção
anual dos equipamentos sal-
tou de 4 milhões para 22 mi-
lhões de unidades, disse o mi-
nistério. A arrecadação de tri-
butos federais do setor subiu
de R$ 1,9 bilhão em 2010 para
R$ 2,8 bilhões 2013, conta o
s e c re t á r i o.
Ao tomar a medida anuncia-
da ontem o governo não exigiu
nenhuma contrapartida dos fa-
bricantes, de acordo com a As-
sociação Brasileira da Indústria
Elétrica e Eletrônica (Abinee).
"O ministro Mantega disse
que esperava que essa medi-
da pudesse dar continuidade
ao sucesso no programa de in-
clusão digital e, com isso, ti-
véssemos manutenção nos ní-
veis de emprego", diz Hum-
berto Barbato, presidente da
entidade.
Em toda a indústria de ele-
troeletrônicos, houve corte de
1,1 mil empregos de junho para
julho e de 2,7 mil empregos de
abril até julho. Mas o segmento
que passa por dificuldades é o
de equipamentos de distribui-
ção de energia, garante Barba-
to. "Não é setor de informática e
telecomunicações que vai de-
sempregar", afirma.
Na avaliação do empresá-
rio, há um problema de pers-
pectiva em relação ao segun-
do semestre, o que justifica a
redução do nível de empregos
"Eu diria que o problema é um
primeiro semestre bastante
fraco e a perspectiva de um se-
gundo semestre que não é dos
mais promissores. As enco-
mendas estão abaixo do espe-
rado", disse.
Pela projeção da Abinee, o
faturamento da indústria ele-
troeletrônica deve cair de 4%
em 2014. No início do ano a
previsão era de expansão de
5% a 6%. "O crescimento do
nosso setor está muito aco-
p lado ao cresc imento do
PIB", explica Barbato. Segun-
do ele, em janeiro a Abinee
previa alta de 3% para o PIB;
agora prevê crescimento ze-
ro. O faturamento das empre-
sas teve uma queda real de
4% no primeiro semestre
deste ano ante o mesmo pe-
ríodo do ano passado. "Esta-
mos esperando um segundo
semestre muito parecido
com o primeiro", finaliza Bar-
bato. (Estadão Conteúdo)
Paulo Pampolin/Hype
Produção anual dos equipamentos beneficiados saltou de 4 milhões para 22 milhões de unidades de 2005 para cá
Encolhe o emprego com carteiraOferta de vagas formais em julho, de 11.796, é o pior resultado para esse mês dos últimos 15 anos.
OBrasil abriu 11.796 va-
gas formais de traba-
lho em julho, segundo
o Cadastro Geral de Emprega-
dos e Desempregados (Ca-
ged) divulgado ontem pelo Mi-
nistério do Trabalho. É o pior
resultado para esse mês des-
de 1999, quando a abertura lí-
quida de novos postos havia
sido de 8.057. O resultado fra-
co foi influenciado por eleva-
das demissões na indústria,
em mais um sinal de perda de
fôlego da economia. Em junho
último, haviam sido criados
25.363 postos com carteira
assinada, sem ajustes.
No acumulado do ano até ju-
lho, houve contratação líquida
de 504,9 mil trabalhadores
com carteira assinada no dado
sem ajuste, menor que os 699
mil contratados em igual pe-
ríodo do ano passado.
O resultado de agora foi so-
bretudo influenciado pela de-
missão líquida no setor da in-
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
dústria de transformação, que
em julho ficou em 15,4 mil tra-
balhadores, quarto mês con-
secutivo de fechamento de
vagas, segundo o Caged.
"Tivemos a partir de abril
desaceleração do setor in-
dustrial, que levou à redução
das contratações e aumento
das demissões nesse setor",
disse o ministro do Trabalho,
Manoel Dias.
No setor de serviços, em ju-
lho, foram abertos 11,9 mil
postos com carteira assinada,
62% a menos do que no mês
anterior, quando o saldo foi
positivo em 31,1 mil vagas,
sem ajustes.
Com a baixa oferta de pos-
tos este ano, o Ministério do
Trabalho já reduziu para 1 mi-
lhão a previsão de geração lí-
quidas de vagas formais nes-
te ano, bem abaixo da estima-
tiva anterior, de 1,4 milhão a
1,5 milhão de empregos.
(Reuters)
Apoio doBNDES aempresas doramo de TI
OBanco
Nacional de
Desenvolvimento
Econômico e Social
(BNDES) aprovou
R$ 41,3 milhões em
financiamentos
para seis empresas
de tecnologia da
i n f o rm a ç ã o
localizadas nos
estados do Ceará,
Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte,
Rio Grande do Sul e
São Paulo.
O maior desses
financiamentos, de
R$ 15,3 milhões, vai
para a instalação de
dois call centers da
AeC Centro de
Contatos em Mossoró
(RN) e Juazeiro do
Norte (CE). Esses
recursos se somam a
outros R$ 4,8 milhões
outorgados pelo
BNDES Finame, para
aquisição de
equipamentos via
operações indiretas,
totalizando R$ 20,1
milhões. (Reuters)
Estabilidade na desocupação
Mesmo com o fim da
greve de servidores, o
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)
não conseguiu pelo terceiro
mês seguido divulgar a taxa
de desemprego na média das
seis regiões do país – Recif e,
Rio, Belo Horizonte, São Paulo,
Salvador e Porto Alegre. As
duas últimas não tiveram as
taxas divulgadas.
O desemprego subiu em Re-
cife de 6,2% em junho para
6,6% em julho; no Rio a taxa
também aumentou de 3,2%
para 3,6% e em Belo Horizon-
te, passou de 3,9% para 4,1%.
Somente em São Paulo, a taxa
recuou de 5,1% para 4,9%.
São as mais baixas taxas para
meses de julho desde 2002 no
caso do Rio de Janeiro, São
Paulo e Belo Horizonte. A exce-
No ano, bons acordos salariais.
ção fica por conta de Recife,
onde a desocupação chegou a
6,3% em julho de 2011.
O instituto considera todos
os movimentos, no entanto,
como estabilidade estatística.
A ocupação também recuou
nas quatro regiões.
O rendimento cresceu no
Rio 0,7% em relação ao mês
anterior para R$ 2.285,60 e re-
gistrou o maior salário médio
entre as quatro regiões. Na
comparação com o mesmo
mês do ano passado, a renda
sobe 8,9%. Em São Paulo, o
rendimento caiu 0,5% ante o
mês anterior e 1,6% em rela-
ção a julho de 2013.
Na primeira interrupção da
pesquisa, o IBGE admitiu não
ser possível garantir que as
estatísticas de Salvador e Por-
to Alegre sejam recuperadas,
o que poderia ocasionar a in-
terrupção das estatísticas de
emprego no país.
A greve terminou na sema-
na passada, após 70 dias, e os
servidores do IBGE aceitaram
a proposta da direção do insti-
tuto de suspender a paralisa-
ção. A proposta aceita pelos
trabalhadores prevê a criação
de grupos de trabalho para
tratar de plano de carreira e do
trabalho temporário.
A greve no IBGE prejudicou
a divulgação dos dados da
Pesquisa Mensal de Emprego
(PME). Como os dados de ren-
dimento dos empregados do-
mésticos, da PME, são usados
para o cálculo da inflação, a
greve também afetou a divul-
gação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) de
julho. (Agência O Globo)
Em quase 93% das 340 ne-
gociações salariais feitas
no primeiro semestre de 2014,
os trabalhadores conquista-
ram aumento real médio de
1,54% acima da inflação me-
dida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC),
calculado pelo IBGE, segundo
o Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos So-
cioeconômicos (SAS-Dieese).
Em todas as áreas econômi-
cas, o aumento real nos pisos
salariais foi superior a 90%. A
maior incidência foi no Comér-
cio (95,7%), seguido pela In-
dústria (92,9%) e Serviços
(92,8%). Já os reajustes abai-
xo da inflação, observados em
2,6% das categorias, foram
mais frequentes na Indústria
(4,5%), seguido por Comércio
(2,2%) e Serviços (0,7%). Em
4,1% dos setores analisados,
o reajuste foi igual ao INPC.
O Dieese destaca que os re-
sultados do primeiro semestre
de 2014 são melhores do que
os do ano anterior, tanto no
crescimento do número de
reajustes acima do INPC quan-
to na elevação dos valores ne-
gociados. Só ficam atrás do
verificado em 2012 "e, em cer-
tos aspectos, em 2010".
Os fatores que justificam o
bom resultado das negocia-
ções, são três, segundo o ór-
gão: redução das taxas de in-
flação, resultando em índices
de reposição menores que os
do ano anterior; manutenção
das taxas de desemprego em
patamares baixos e o efeito
catalisador de algumas parali-
sações "bem sucedidas" reali-
zadas no primeiro semestre.
O Dieese ressalta que os
mesmos fatores devem ser
considerados em qualquer
prognóstico para as campa-
nhas salariais do segundo se-
mestre. (Estadão Conteúdo)
Desaceleraçãodo setorindustriallevou àredução dascontratações eaumento dasdemissões.DIAS
16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Envie informaçõespara esta coluna.
E-mail: carlosfranco@revistap u b l i c i t t a . co m . b r
CARINHO
Com o mote
#amocomovocêama,
a Isobar Brasil reforça a
ideia de que não existe
jeito certo ou errado de
ser mãe, basta ter amor
para vender o
amaciante Comfort.
Mostra a relação
carinhosa e de
admiração mútua entre
mãe e filha, mostrando
que toda mãe tem
“uma dose extra de
amor".
O Z EM LIVRO
Depois do livro "O inferno de
Zaragoza", que contou com texto
desse colunista, José Zaragoza, o Z da
agência DPZ, lança novo livro, dessa vez
com texto de outro colunista deste jornal,
Neil Ferreira, além dos de Roberto
Duailibi, Flávio Conti e João Augusto
Palhares Neto. "Zaragoza e Amigos Ideias
Premiadas" reúne, é claro, o melhor da
propaganda. Para quem pensa em
mercado publicitário, é obra
indispensável, e para os estudantes, um
atalho e tanto numa lúdica viagem pela criação brasileira e as peças que
fizeram história, transformaram-se em importantes marcos do mercado.
Arte e inteligência: eis o segredo de Zaragoza.
GOL DAC OP A
SEGURO PREMIADO
OGrupo Bradesco Seguros está em festa. A ProTeste
(Associação Brasileira de Defesa do Consumidor)
apontou o seguro residencial do grupo como a ‘Escolha
Certa’ na comparação com 12 empresas do mercado. E como
a ProTeste sempre critica os produtos e serviços, dando voz
aos consumidores, a premiação é uma espécie de
recompensa que se completa com a evolução de 15,5% nas
vendas de seguros residências em São Paulo neste primeiro
semestre em comparação com igual período de 2013.
CASEIRO
Gotcha assina campanha em que a mortadela Marba lança
o conceito "Vai bem com tudo, vai bem com você". A
intenção é reforçar a versatilidade do produto e o fato de a
mortadela líder do mercado ser preparada com carinho, no
ambiente de casa. Tanto que o consumidor que aparece como
garoto-propaganda, dança e canta e, depois, é claro, saboreia
o produto para enfatizar a assinatura "Marba. Essa é de casa".
OIbope Media divulgou
nesta semana que a
Copa 2014 deu um im-
pulso de 14,6% no mercado
publicitário no primeiro se-
mestre do ano em relação a
igual período de 2013. A com-
pra de espaço publicitário nos
principais veículos de comu-
nicação somou polpudos R$
59,7 bilhões, dos quais a tele-
visão aberta abocanhou fatia
de R$ 34,2 bilhões, amplian-
do sua participação no bolo
de 53% para 57%, com os te-
lespectadores acompanhan-
do os principais jogos da Co-
pa. O meio jornal manteve a
segunda posição, com R$
8,24 bilhões, mas sua partici-
pação caiu de 17% no bolo pa-
ra 14% na comparação se-
mestral, ainda que o valor te-
nha ficado próximo dos R$
8,73 bilhões do primeiro se-
mestre de 2013. A internet
também registrou retração,
com fatia de 5%, que tinha si-
do de 7% em relação ao mes-
mo semestre do ano passado.
Foi a TV por assinatura que
mais ganhou com a Copa,
com crescimento de 40%,
chegando a R$ 4,94 bilhões. É
o torneio cada vez mais tele-
visivo e em tempo real.
A Unilever que desde o se-
mestre anterior ultrapassou a
Casas Bahia, assumindo a lide-
rança de maior anunciante do
país manteve a posição, mas
sua agência, a Y&R, de Roberto
Justus, continua a liderar o ran-
king de maior compradora de
mídia, com volume de R$ 3,97
bilhões no primeiro semestre,
seguida da Ogilvy (R$ 2,12 bi-
lhões), Borghi/Lowe (R$ 1,907
bilhão), WMcCann (R$ 1,904
bilhão), AlmapBBDO (R$
1,65 bilhão), Africa (R$
1,52 bilhão), NBS (R$
1,433 bilhão), JWT (R$
1,43 bilhão), Havas Worldwide
(R$ 1,37 bilhão) e Leo Burnett
Tailor Made (R$ 1,224 bilhão).
Entre os dez maiores anun-
ciantes do Brasil liderados pela
Unilever, seguem-se a Via Va-
rejo (Casas Bahia e Pontofrio),
Genomma, Caixa Econômica
Federal, AmBev, Petrobras,
Hypermarcas, Claro, Cerveja-
ria Petrópolis e Volkswagen. O
Ibope decidiu usar o nome Via
Varejo de forma a fundir as
duas marcas líderes do merca-
do de produtos para o lar. Já a
Genomma vem crescendo de
forma surpreendente popula-
rizando produtos como Cicatri-
cure e Asepxia e outros que
oferecem soluções rápidas e
eficazes, segundo o laborató-
rio, aos seus clientes.
O Ibope Media não chega a
considerar o grande movimen-
to do mercado publicitário de
marcas focadas ao público C, D
e E e as regionais, que também
começam a investir em publi-
cidade e a conquistarem papel
importante nos locais onde
atuam. O empreendedorismo
que lança novas franquias é
um bom exemplo. Entre os lí-
deres desse mercado figura "O
Boticário" que tem reforçado a
presença no mercado de clas-
se C com "Eudora" e tem na
"Quem disse, Berenice?", um
ponto de conexão com o públi-
co jovem.
Outras franquias de briga-
deiros a cuidados com as rou-
pas e até pequenos concertos
começam a ganhar terreno. É
um movimento natural de in-
serção, especialmente nas
proximidades dos novos bair-
ros, que nasceram de progra-
mas como o Minha Casa, Mi-
nha Vida. Vida que segue e se-
gue com novos anunciantes e
novas agências.
MORTADELA com sabor de casa
RECOMPENSAdada pelaP ro Te s t e
AMOR para venderamacianteIDEIAS premiadas para
publicitários
Fotos: divulgação
McDonald’s e GM emalerta na Rússia
Lojas da rede sãofechadas por
violações de regrassanitárias e a
montadora cortarádrasticamente aprodução no paísem conflito com a
Ucrânia
ARússia aumentou o
cerco a restaurantes
McDonald’s ontem,
após o órgão
regulador de segurança
alimentar do país ter
começado a realizar visitas
de fiscalizações não
agendadas em diversas
regiões do país, um dia após
quatro unidades da rede
terem sido fechadas pela
agência em Moscou.
O órgão regulador citou
violações de regras sanitárias
por restaurantes da cadeia
McDonald's, mas a ação
acontece após Moscou e o
Ocidente terem trocado
sanções por conta do conflito
na Ucrânia. A agência negou
que suas ações tenham
motivação política. “Há
reclamações sobre a
qualidade e a segurança dos
produtos na rede de
restaurantes de fast food
McDonald’s”, disse a agência
reguladora, a
Ro s p o t re b n a d z o r.
Natalya Lukyantseva, uma
representante do órgão
regulador na região de
Sverdlovsk, disse que as
visitas foram iniciadas por
causa das reclamações de
clientes. “Estamos cientes do
que está acontecendo.
Sempre estivemos e agora
estamos abertos a quaisquer
checagens”, disse um porta-
voz do McDonald’s na Rússia.
Na quarta-feira, a agência
ordenou a suspensão das
operações de quatro
restaurantes McDonald’s em
Moscou, citando “diversas"
violações de leis sanitárias.
Os fechamentos incluem a
unidade da Praça Pushkin, em
Moscou, a qual, segundo a
companhia, é uma de suas
mais movimentados no
m u n d o.
O McDonald’s opera 438
restaurantes na Rússia e
considera o país um dos sete
maiores mercados fora dos
Estados Unidos e do Canadá,
de acordo com seu relatório
anual de 2013.
GM – A General Motors
(GM) informou que reduzirá a
produção em sua fábrica
perto de São Petersburgo,
citando uma desaceleração
contínua do mercado
automotivo da Rússia.
A fábrica, que produz
modelos Cruze e Trailblazer
da Chevrolet, e Astra da Opel,
funcionará apenas durante
quatro dias em agosto e
outros quatro em setembro,
ampliando para oito em
outubro, disse um porta-voz
da companhia.
As vendas de automóveis
têm enfraquecido na Rússia
neste ano à medida que o
crescimento econômico tem
desacelerado, levando
pessoas a adiar grandes
compras. A confiança do
consumidor tem sofrido ainda
mais pressão devido às
sanções ocidentais ligadas à
crise na Ucrânia.
A desaceleração no
mercado automotivo da
Rússia ganhou ritmo em
julho, com as vendas
despencando 23% na base
anual após uma queda de
17% no mês anterior,
segundo a Associação
Empresarial Europeia.
Dados da entidade
mostram que as vendas de
carros Chevrolet caíram 45%
em julho, na base anual,
enquanto que as vendas da
marca Opel recuaram 25%.
(Reuters)
Tatyana Makeyeva/Reuters
Dos 438 restaurantes do McDonald’s na Rússia, 4 foram fechados pela agência de segurança alimentar.
Blackberry foca emsegurança de redes
cor porativas
As denúncias de es-
pionagem feitas pe-
lo ex-anal ista da
Agência Nacional de Segu-
rança (NSA) dos Estados
Unidos Edward Snowden fi-
zeram crescer a demanda
de empresas brasileiras
por sistemas de segurança
para redes móveis, disse o
diretor-geral da BlackBerry
no Brasil, João Stricker.
Nos últimos meses, a
BlackBerry fechou contra-
to com I taú Unibanco,
Santander, JAC Motors e
Odebrecht para fornecer
sistemas de gestão e se-
g u r a n ç a d e r e d e s d e
smartphones e tablets
contra vírus, espionagem
e invasão de hackers.
Após perder espaço no
mercado de smartphones
para Apple e Samsung nos
últimos anos, a canadense
quer se firmar como impor-
tante player no mercado
corporativo, no qual tem se
focado após uma reestru-
turação global de mais de
três anos concluída em
agosto, que envolveu a re-
dução de 60% de sua força
de trabalho.
Para Stricker, ao menos
75% das empresas do país
ainda não têm sistemas
de segurança para smart-
phones – tanto os adquiri-
dos pelas companhias co-
mo os dos próprios funcio-
nários, cada vez mais uti-
l i z a d o s p a r a a c e s s a r
dados corporativos.
"Há necessidade de criar
ambiente de mobilidade
nas empresas de maneira
segura", disse o executivo.
"Temos a impressão de que
as empresas brasileiras es-
tão tão ansiosas para usar
aplicações móveis que
acabaram fazendo isso de
forma muito acelerada e
sem tanta preocupação
com segurança".
Segundo ele, as denún-
cias de Snowden de que
empresas como Petrobras
foram alvo de espionagem
da agência norte-america-
na mostraram a fragilidade
das redes de proteção das
companhias, especial-
mente dos smartphones
corporativos.
Os serviços de proteção
de redes móveis da Black-
Berry não se limitam aos
aparelhos da fabricante,
mas incluem também iPho-
nes e os com sistema ope-
racional Android, do Goo-
gle. O serviço prevê a insta-
lação de um "contêiner"
nos aparelhos das outras
marcas para separar a in-
formação corporativa da
pessoal.
Além das soluções an-
tiespionagem com cripto-
grafia de dados, a empresa
também pretende lançar
soluções de criptografia de
voz, após a aquisição re-
cente da companhia alemã
Secusmart.
Apesar de a estratégia
atual ser voltada para ges-
tão e segurança de redes
móveis, a BlackBerry des-
carta acabar com o negó-
cio de smartphones, disse
Stricker. Segundo ele, a so-
lução de segurança fica
mais "completa" quando o
cliente usa aparelhos da
marca. O segmento de
smartphones representa
atualmente 40% das recei-
tas da empresa no mundo,
proporção que já foi inver-
sa anos atrás. (Reuters)
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17
UNICRED BANDEIRANTECOOPERATIVA DE CRÉDITO DOS MÉDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, PEQUENOS EMPRESÁRIOS, MICROEMPRESÁRIOS E MICROEMPREENDEDORES DAS MICRORREGIÕES DE AMERICANA, PIRACICABA E BOTUCATU - UNICRED BANDEI-RANTE, inscrita no CNPJ sob nº 03.055.269/0001-63 - NIRE sob nº 35400055383 e registro na OCESP nº 1933.
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Presidente do Conselho de Administração da COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS MÉDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, PEQUENOS EMPRESÁRIOS, MICROEMPRESÁ-RIOS E MICROEMPREENDEDORES DAS MICRORREGIÕES DE AMERICANA, PIRACI-CABA E BOTUCATU - UNICRED BANDEIRANTE, no uso das atribuições que lhe confere o Estatuto Social no artigo 28º do Estatuto Social, convoca os Delegados, que nesta data são em número de 99 (noventa e nove), em condições de votar, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se em 08 de setembro de 2014, no auditório da AMA Associação Médica de Americana, sito a Avenida Brasil, 1390, Bairro Frezzarin, Americana/SP, para melhor acomodação física, às 18h00, com a presença de 2/3 (dois terços) dos delegados, em primeira convocação; às 19h00, com a presença de metade mais um dos delegados, em segunda con-vocação; ou às 20h00, com a presença de no mínimo 10 (dez) delegados, em terceira e última convocação deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA: I – Discussão e deliberação sobre início de processo de junção de cooperativas, através de fusão ou incorporação; II – No caso de aprovação do item anterior, nomeação dos membros da Comissão Mista para apresentação de estudos e relatórios sobre o assunto. Por fi m, baseando-se no Estatuto Social vigente e § único do artigo 46 da Lei Federal nº 5.764/71, informamos que as deliberações somente terão validade mediante aprovação de 2/3 (dois terços) dos delegados presentes. Os cooperados têm o prazo de 5 (cinco) dias para impugnarem o presente edital.
Americana, 21 de agosto de 2014.
Dr. ARMANDO LAZZARIS FORNARIPresidente do Conselho de Administração
Associação dos Lojistas do Shopping Cidade Jardim - ALSCJ - CNPJ/MF nº09.649.383/0001-06 - Convocação - Assembleia Geral Ordinária - Conformeprevisto no item 3.2, do capítulo 3, do Estatuto da ALSCJ, ficam os associadosconvocados a comparecerem à Assembleia Geral Ordinária da ALSCJ (verlocal e horário no quadro de avisos localizado no 2º piso do Shopping CidadeJardim). Ordem do Dia: Aprovação das contas da Diretoria relativas aoexercício de 2013; Eleição do Conselho Deliberativo e Eleição de membrospara compor a Diretoria. Atenciosamente, A Diretoria.
RB Capital Portfolio Empreendimentos Imobiliários S.A.CNPJ/MF: 12.557.861/0001-54 - NIRE: 35.300.392.329
Extrato da Ata da Assembleia Geral Extraordinária de 05/08/2014Data, hora e local: 05/08/2014, às 10:00 horas, na sede, Rua Amauri, nº 255, 5º andar, parte, São Paulo/SP.Convocação: Dispensada. Presença: Totalidade do capital. Mesa: Régis Dall’Agnese - Presidente e ThiagoLuiz Pereira Rosa Ribeiro - Secretário. Deliberação Aprovada por Unanimidade: Distribuição de dividen-dos, no valor de R$ 8.098.362,59, referentes a lucros societários acumulados, auferidos até 31/12/2013, confor-me balanço patrimonial especialmente levantado em 31/06/2014, a serem pagos aos acionistas em moedacorrente nacional. Farão jus à Distribuição os acionistas que possuam ações nesta data. Encerramento: Nadamais, lavrou-se a ata. Mesa: Régis Dall’Agnese - Presidente; Thiago Luiz Pereira Rosa Ribeiro - Secretário. JU-CESP nº 322.914/14-0 em 15.08.2014. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.
BETACRED COMPANHIA SECURITIZADORA DE CRÉDITOS FINANCEIROSCNPJ/MF 06.050.986/0001-90 - NIRE 35.300.344.316
Ata da Assembleia Geral Extraordinária - Lavrada na forma de sumário, § 1º do Artigo 130 da Lei das Sociedades por Ações1. Data, Hora e Local: 28.07.2014, às 10 horas, na sede social da Betacred Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros (a�Companhia�), situada em São Paulo/SP, Rua Achilles Orlando Curtolo, 429, sala 01. 2. Convocação e Presença: Dispensada a convocação,face à presença de acionistas representando a totalidade do Capital Social, nos termos do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei nº 6.404/76, econforme assinaturas constantes do respectivo Livro de Registro de Presença de Acionistas. 3. Mesa: Foram indicados para conduzir aassembléia Ulisses de Souza Rodrigues, como Presidente da mesa, e Nurik Araujo Costa, para secretariá-lo. 4. Ordem do Dia: deliberarsobre a 1ª emissão privada de debêntures simples, da espécie quirografária, não conversíveis em ações, em série única, da Companhia. 5.Deliberações: as acionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, decidiram, sem qualquer ressalva, aprovar: (1) Arealização da 1ª emissão privada de debêntures simples da Companhia (�Emissão� e �Debêntures�, respectivamente), a qual terá asseguintes características: (i) Séries: série única, de 40 Debêntures; (ii) Valor Total da Emissão: R$ 40.000.000,00, na Data de Emissão,conforme definida abaixo; (iii) Quantidade: 40 Debêntures; (iv) Destinação dos Recursos: os recursos obtidos por meio da Emissão serãodestinados: (i) à composição de seu capital de giro; e (ii) reestruturação e alongamento do perfil de endividamento da Emissora; (v) ValorNominal Unitário: R$ 1.000.000,00 (�Valor Nominal Unitário�); (vi) Data de Emissão: para todos os efeitos legais, a data de emissão dasDebêntures será 31.07.2014 (�Data de Emissão�); (vii) Espécie: as Debêntures serão da espécie quirografária, sem garantia; (viii) Forma:nominativa e escritural, sem emissão de certificados ou cautelas; (ix) Conversibilidade: não conversíveis em ações da Companhia; (x)Colocação: as Debêntures serão objeto de colocação privada, sem qualquer esforço de venda perante o público em geral, e serão adquiridaspor Atlântico Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados, fundo de investimento em direitos creditóriosvalidamente existente e regularmente constituído de acordo com as Leis da República Federativa do Brasil, CNPJ/MF sob o nº09.194.841/0001-51, que será o único debenturista da Emissão (�Debenturista�); (xi) Subscrição e Integralização: a subscrição eintegralização das Debêntures estão condicionadas ao cumprimento das condições suspensivas, conforme estabelecido na Cláusula Sétimada Escritura de Emissão (�Condições Suspensivas�). A integralização das Debêntures será realizada pelo Debenturista à vista, em moedacorrente nacional, pelo seu Valor Nominal Unitário, em até 60 dias contados da verificação, pelo Debenturista, do cumprimento dasCondições Suspensivas (�Data de Integralização�); (xii) Remuneração: sobre o saldo devedor do Valor Nominal Unitário incidirão jurosremuneratórios prefixados em 7% ao ano, na base de 360 dias, calculados de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis decorridosdesde a Data de Emissão até a data do efetivo pagamento da Remuneração (�Remuneração�), pagos em parcelas semestrais e sucessivas,conforme item 4.11.1 da Escritura de Emissão; (xiii) Amortização: Sem prejuízo dos pagamentos em decorrência de resgate antecipado dasDebêntures e/ou de ocorrência do vencimento antecipado das obrigações decorrentes das Debêntures, nos termos da Cláusula 4.14 daEscritura de Emissão, o Valor Nominal Unitário será pago em parcela única, na Data de Vencimento (�Data de Pagamento da Amortização�);(xiv) Prazo e Vencimento: As Debêntures terão vencimento final em 31.07.2024, ressalvadas as hipóteses de resgate antecipado dasDebêntures e/ou de vencimento antecipado das obrigações decorrentes das Debêntures, nos termos da Escritura de Emissão; (xv)Repactuação Programada: As Debêntures não serão objeto de repactuação programada; (xvi) Resgate Antecipado Facultativo: ACompanhia poderá, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, a partir da Data de Integralização, e com aviso prévio aos Debenturistas, de5 Dias Úteis da data de sua efetivação, promover o resgate antecipado total ou parcial das Debêntures, de acordo com as regras contidasno item 4.13 da Escritura de Emissão; (xvii) Amortização Antecipada Facultativa: a Companhia poderá, a seu exclusivo critério, realizar,a qualquer tempo, e com aviso prévio aos Debenturistas, de 5 Dias Úteis da data de sua efetivação, amortizações antecipadas sobre o saldodevedor do Valor Nominal Unitário da totalidade ou de parte das Debêntures em circulação a ser amortizada, acrescido da Remuneração,calculada pro rata temporis desde a Data de Emissão ou a data de pagamento de Remuneração imediatamente anterior, conforme o caso,até a data do efetivo pagamento, nos termos definidos na Escritura de Emissão; (xviii) Vencimento Antecipado: O Debenturista poderá, aseu exclusivo critério, declarar antecipadamente vencidas todas as obrigações constantes da Escritura de Emissão e exigir o imediatopagamento, pela Companhia, das Debêntures, acrescidas da Remuneração e, ainda, dasmultas e juros moratórios, de acordo com o previstono item 4.15 da Escritura de Emissão, na ocorrência das seguintes hipóteses (cada um, �Evento de Vencimento Antecipado�): (i) pedido derecuperação judicial ou submissão a qualquer credor ou classe de credores de pedido de negociação de plano de recuperação extrajudicial,formulado pela Emissora; (ii) (a) decretação de falência da Emissora, (b) pedido de autofalência pela Emissora, (c) pedido de falência daEmissora formulado por terceiros não elidido no prazo legal, (d) adoção de medidas para liquidação, dissolução ou extinção da Emissora, ou(e) o encerramento das atividades da Emissora; (iii) não pagamento, pela Emissora, em até 5 Dias Úteis da data em que tal pagamentotornar-se exigível, de qualquer obrigação pecuniária prevista nesta Escritura de Emissão; (iv) não cumprimento pela Emissora de qualquerobrigação não-pecuniária prevista nesta Escritura de Emissão, não sanada em um prazo de 30 dias corridos contados da data derecebimento, pela Emissora, de notificação do Debenturista informando sobre o referido descumprimento, exceto nos casos com prazoespecífico para cumprimento; (v) transformação do tipo societário da Emissora de sociedade por ações para qualquer outro tipo desociedade, nos termos dos artigos 220 e 221, sem prejuízo do disposto no artigo 222, todos da Lei das Sociedades por Ações; (vi) utilizaçãodos recursos captados com a Emissão para propósito distinto daqueles estabelecidos no item 3.4. da Escritura de Emissão; (vii) caso osdocumentos da Emissão, incluindo mas não se limitando, a própria Escritura de Emissão, sejam revogados, rescindidos, tornem-se nulos,inexequíveis ou inválidos ou deixem de estar em pleno vigor, salvo se por força do término normal do prazo de vigência de cada instrumento;(viii) provarem-se falsas ou revelarem-se incorretas ou enganosas em qualquer aspecto relevante quaisquer das declarações prestadaspela Emissora e no âmbito da Emissão; (ix) transferência ou qualquer forma de cessão ou promessa de cessão a terceiros, pela Emissora,das obrigações assumidas na Escritura de Emissão, sem prévia autorização do Debenturista; e (x) alteração do objeto social disposto noEstatuto Social da Emissora, que modifique ou restrinja substancialmente as atividades atualmente por elas praticadas ou afeteadversamente a obrigação assumida pela Emissora nesta Escritura de Emissão; (xix) Multa e Juros Moratórios: Sem prejuízo daRemuneração das Debêntures e do previsto no item 4.14.3. da Escritura de Emissão, a impontualidade no pagamento pela Emissora dequalquer quantia devida ao Debenturista acarretará a incidência sobre os valores devidos independentemente de aviso, notificação ouinterpelação judicial ou extrajudicial, desde a data da inadimplência (excluindo) até a data do efetivo pagamento (incluindo), de (i) multaconvencional, irredutível e não compensatória, de 2% e (ii) juros moratórios à razão de 1% ao mês ou fração (além dos JurosRemuneratórios), ambos incidentes sobre as quantias em atraso. (2) Fica a Diretoria da Companhia, assim como seus representantes,autorizados a celebrar a Escritura de Emissão das Debêntures, os Contratos de Garantia e os demais instrumentos necessários à realizaçãoda Emissão. 6. Encerramento: nada mais a tratar, o Presidente suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata.Reaberta a sessão, a ata foi lida e aprovada pelos presentes. Confere com o original lavrado em livro próprio. Mesa: Ulisses de SouzaRodrigues - Presidente, Nurik Araújo Costa - Secretário. Acionistas: Credigy Internacional Ltd., e Credigy Global Ltd., ambas por Ulisses deSouza Rodrigues. JUCESP nº 306.609/14-9 em 08.08.14. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.
RB Capital Agrosec S.A. - CNPJ/MF nº 03.788.738/0001-53 - NIRE 35.300.189.914Extrato da Ata da Assembleia Geral Extraordinária de 11/07/2014
Data,hora e local: 11/07/2014,às 11:00 horas,sede social,RuaAmauri,nº 255,5º andar,parte,São Paulo/SP.Convocação:Dispensada.Presença:Totalidade do capital.Mesa: Marcelo Meth - Presidente eThiago Luiz Pereira Rosa Ribeiro - Secretário.Deliberações Aprovadas: Aumentar o capital social, no valor de R$ 25.000,00, passando de R$ 173.000,00 paraR$ 198.000,00, com a emissão de 25.000 novas ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, pelo preço de emissãoR$1,00poração,apuradoembalançopatrimonialespecialmente levantadoem30/06/2014,totalmentesubscritoe integralizadopela acionista Agro Assets Fundo de Investimento em Participações, com créditos relativos a Adiantamentos para FuturoAumento de Capital (AFAC) no valor de R$ 25.000,00. Alterar o caput do Artigo 5º do Estatuto Social: �Artigo 5º: O capitalsocial, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 198.000,00, representado por 78.744 ações ordinárias, nominativas, semvalor nominal, e 500 ações preferenciais, nominativas, sem valor nominal�.Encerramento: Nada mais.Thiago Luiz PereiraRosa Ribeiro - Secretário. JUCESP nº 322.553/14-3 em 14.08.14. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.
Posto de Serviços Nova Cotia Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Renovação daLicença de Operação n° 72001200 vál. até 30/07/2019, para Combustíveis e Lubrificantespara Veículos, comércio varejista sito a Av. Prof. José Barreto, 1001 - Portão - Cotia/SP
Posto Panamby Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Renovação da Licença deOperação n° 33005860 vál. até 21/08/2019, para Combustíveis e Lubrificantes para Veículos,comércio varejista sito a Av. Guido Caloi, 661 - 05.802-140 - Santo Amaro - SP.
COMUNICADOA empresa “Raia Drogasil S/A”, CNPJ 61.585.865/0001-51, inscrição Estadual nº 100.931.575.117, com sede à AvenidaCorifeu de Azevedo Marques, n.º 3.097, Rio Pequeno, São Paulo, SP, incorporadora da empresa “Raia S/A”, CNPJ60.605.664/0001-06, inscrição Estadual nº 100.059.502.116 (“Incorporada”). Comunica o extravio de documentosfiscais dos estabelecimentos da “Incorporada”, conforme segue:IE TIPO DOCUMENTO MODELO SÉRIE/SUB-SÉRIE NUMERAÇÃO AIDF528.147.710.110 NOTA FISCAL Mod. 2 D/1 1 a 250 245668123308528.147.710.110 NOTA FISCAL Mod. 2 D/1 251 a 350 272029917808528.147.710.110 NOTA FISCAL Mod. 2 D/1 351 a 450 317443721409528.147.710.110 NOTA FISCAL Mod. 2 D/1 451 a 650 371997971210528.147.710.110 NOTA FISCAL Mod. 2 D/1 651 a 800 418573045111
Praça Oiapoque Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda.CNPJ/MF 07.583.344/0001-10 - NIRE 35.220.086.752
Extrato da Ata de Reunião de Sócios em 23.07.2014Data, Hora e Local. 23.07.2014, 10horas, sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo 555, 1º andar, sala1001 - parte, São Paulo/SP. Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa. Presidente:Claudio Carvalho de Lima, Eric Alexandre Alencar: Secretário. Deliberações Aprovadas. 1. Redução do capitalsocial em R$ 3.500.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 3.500.000quotas, com valor nominal de R$ 1,00 cada uma, sendo 2.450.000 quotas da sócia Cyrela Brazil Realty S/AEmpreendimentos e Participações, e 1.050.000 quotas da sócia São José DesenvolvimentoImobiliário 1 Ltda., as quais receberão o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituiçãodo valor das quotas canceladas. Passando o capital social de R$ 7.573.313,00 para R$ 4.073.313,00. 2.Autorizar os administradores a assinar todos os documentos necessários para a restituição dos valores devidosem razão da redução, após o quê, os sócios arquivarão a alteração do contrato social consignando o novo valordo capital social. Encerramento. Nada mais. São Paulo, 23.07.2014. Sócios: Cyrela Brazil Realty S/AEmpreendimentos e Participações - Claudio Carvalho de Lima, Eric Alexandre Alencar. Horizon 1Empreendimentos Imobiliários Ltda. - Alberto Jorge Filho/Mauro Cunha Silvestri.
F&F Participações S.A. – CNPJ/MF nº 07.258.527/0001-60 – NIRE 35.219.099.781Edital de Convocação para Assembleia Geral Ordinária e Aviso aos Acionistas
Ficam os senhores acionistas desta Companhia convocados, na forma da lei e do seu Estatuto Social, para se reunirem emAssembleia Geral Ordinária a realizar-se no dia 29 de agosto de 2014, em primeira convocação às 10 horas, na sede daCompanhia, localizada à Praça Vilaboim nº 68, unidade 22, Higienópolis, CEP 01241-010, na Cidade de São Paulo, Estadode São Paulo, para tratarem sobre as seguintes matérias: (i) aprovação das contas dos administradores e demonstraçõesfinanceiras; e (ii) deliberar acerca da composição da Diretoria da Companhia. No caso de insuficiência de quorum parainstalação da Assembleia Geral Ordinária em primeira chamada, fica desde já convocada segunda chamada a ocorrer nomesmo dia 29 de agosto de 2014, às 11 horas, no mesmo local. Ficam os senhores acionistas desta Companhia comunicadosque a partir desta data se encontram à disposição dos mesmos, na sede social da Companhia, os documentos a que se refereo artigo 133 da Lei nº 6.404/76, relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013. São Paulo, 22 de agosto de 2014.Pedro Furlan Uchoa Cavalcanti - Diretor Presidente.
Auto Posto Albano Ltda, torna público que requereu da Cetesb a Renovação da Licença deOperação, para Combustíveis e Lubrificantes para Veículos, comércio varejista sito a Rua doOratório, 2413 - Mooca - São Paulo/SP
CORPO DE BOMBEIROSEDITAL DE LICITAÇÃO
Encontra-se aberta na UGE 180199 - Administração do Corpo de Bombeiros a seguinte licitação: PREGÃO ELETRÔNICO Nº. CCB - 027/421/14PROCESSO Nº. CCB - 075/421/14 OFERTA DE COMPRA Nº. 180199000012014OC00132 LOCAL DO PROCESSO PARA VISTAS AOS AUTOS:UGE 180199 Administração do Corpo de Bombeiros sito à Praça Clóvis Bevilácqua, 421 - 3º andar - Centro – São Paulo – SP – Setor de Despesas.OBJETO: compra de 02 (duas) lanchas para salvamento, busca e resgate destinada ao Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), pertencente aoCorpo de Bombeiros. ABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA: às 09:30 horas do dia 04/09/14, sendo realizada por meio eletrônico através do site www.bec.sp.gov.br.EDITAL:As empresas interessadas em participar do certame, poderão retirar o edital pelo site www.bec.sp.gov.br, www.e-negociospublicos.com.br e www.corpodebombeiros.sp.gov.br. Demais esclarecimentos no endereço acima, de segunda à sexta-feira, das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às18:00 horas, pelos tels: (11) 3396-2213, 3396- 2307 e 3396-2224. Autoridade Subscritora do Edital : Ten Cel PM Eduardo Rodrigues Rocha. Pregoeiro:Cap PM Paula Távora Ferreira.
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇOA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de Elaboração de Projeto Executivo e Apresentação de Pasta Técnica Contemplando a Documentação Relativa ao Projeto Técnico de Segurança:TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA).
ç j p ç p ç46/00323/14/02 - EE Prof. José do Amaral
Mello - Rua Alpheu Luiz Gasparini, 84 - Cep: 02281-110 - Vila Nova Galvão - São Paulo/SP; EE Prof.Adelino José da Silva D Azevedo - Rua Alberto de Macedo, 127 - Cep: 03973-000 - Jd. Sta. Adelia - São Paulo/SP; EE Plínio Barreto - Rua Siqueira Bueno, 2.123 – Cep: 3173-010 - Belenzinho - São Paulo/SP; EE Alfredo Bresser - Rua Sumidouro, 66 - Cep: 05428-010 - Pinheiros - São Paulo/SP; EE Prof. Lourival Gomes Machado - Est. Santo Amaro, 55 - Cep: 05544-000 - Jd. Educandário - São Paulo/SP - 90/180 - 09:30 - 22/09/2014. 46/00325/14/02 - EE Prof. João Ramacciotti - Rua Dr. João Dorival Cardoso, 189 – Cep: 3694-060 - Pq. Paineiras - São Paulo/SP; EE Jorge Duprat Figueiredo - Rua Antonio Lombardo, 140 - Cep:03572-230 - Jd. Sta. Terezinha - São Paulo/SP; EE Profª Martha Figueira Netto da Silva - Rua Abeylard Queiroz, 195 - Cep: 4155-010 - Vila Água Funda - São Paulo/SP; EE Leonel Brizola - Rua Maria Pape, 30 - Cep: 04852-218 - Jd. Lucélia - São Paulo/SP; EE Prof. Giulio David Leone - Rua Ribeira do Vouga, 91 - Cep: 04830-180 - Jd. Presidente - São Paulo/SP - 90/180 - 10:00 - 22/09/2014. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 22/08/2014, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação, deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. BARJAS NEGRI - Presidente
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: Pregão Eletrônico de Registro de Preços nº 36/00921/14/05OBJETO: AQUISIÇÃO DE DESTILADOR DE ÁGUA – MODELO DE BANCADA – LQ 11.
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para:Aquisição de Destilador de Água – Modelo de Bancada – LQ 11. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital a partir de 22/08/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 05/09/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados.A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 22/08/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: COMUNICADORef.: Pregão Eletrônico nº 36/00687/14/05. OBJETO: REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO LQ-12 - DISPOSITIVO ELETROLÍTICO COM TRIPÉ (VOLTÂMETRO DE HOFFMAN). Considerando a impossibilidade de resposta à impugnação apresentada pela empresa EDULAB COMERCIO DE PRODUTOS E EQUIPAMENTOS LTDA., a FDE comunica que está adiada sine die a abertura do pregão eletrônico nº 36/00687/14/05 - REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO LQ-12 -DISPOSITIVO ELETROLÍTICO COM TRIPÉ (VOLTÂMETRO DE HOFFMAN), que ocorreria na Data de 21/08/2014, às 09h30min.
AVISOPREGÃO ELETRÔNICO Nº 064/2014
A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S/A-IMESP avisa aos interessados que fará realizar oPregão Eletrônico nº 064/2014, para a prestação de serviços de armazenamento em um únicoendereço, para guarda e conservação de apostilas acondicionadas em pallets, compreendendoa execução de atividades logísticas de recebimento, descarga, estocagem, carga e expedição,de no mínimo 15.000 m³, com estrutura de no mínimo 8.000 (oito mil) posições porta pallets,para atender às necessidades da Imprensa Oficial do Estado, conforme Memorial Descritivoe Anexos, partes integrantes deste edital – CÓDIGO BEC 133493 - – OFERTA DE COMPRANº 283101280902014OC00075.O edital deverá ser retirado no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,www.bec.fazenda.sp.gov.br ou www.e-negociospublicos.com.br.DATA DO INÍCIO DO PRAZOPARA ENVIO DA PROPOSTA ELETRÔNICA: 25/08/2014. DATA E HORA DA ABERTURADA SESSÃO PÚBLICA: 04/09/2014, ÀS 09:30 HORAS.
Maria Felisa Moreno GallegoDiretora Presidente em Exercício
GOVERNO DO ESTADO
DE SÃO PAULO
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S.A.
CASA CIVIL
AVISOPREGÃO ELETRÔNICO No 067/2014
A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S/A-IMESP avisa aos interessados que fará realizar o Pregão Eletrônico no 067/2014, para fornecimento 5.130.000 kg (cinco milhões, cento e trinta mil quilos) de papel offset, LD, branco, 75 g/m², bobina de 84,0 cm de largura, diâmetro inter-no de 7,5 cm e externo de 1,00 a 1,20 cm, para impressão de quadricromias em ambas as faces, 2.600.000 kg (dois milhões e seiscentos mil quilos) de cartão triplex C1S, LD, branco, 250 g/m², no formatos 64 x 88 cm, com fibra paralela ao lado 88 cm, massa celulósica branca (camada interna), para uso em editoração, com impressão de quadricromias e cores espe-ciais no lado com aplicação de camada coated e 680.000 kg (seiscentos e oitenta mil quilos) de papel offset LD, branco, 75 g/m², no formato 64 X 88 cm, com fibra paralela ao lado 88 cm, para Impressão de quadricromias em ambas as faces, de acordo com os padrões técnicos da Imprensa Oficial, conforme Memorial Descritivo, Anexo III - OFERTA DE COMPRA No
283101280902014OC00076. O edital deverá ser retirado no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, www.bec.fazenda.sp.gov.br ou www.e-negociospublicos.com.br. DATA DO INÍCIO DO PRAZO PARA ENVIO DA PROPOSTA ELETRÔNICA: 25/08/2014. DATA E HORA DAABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA:04/09/2014, ÀS 09:30 HORAS.
Maria Felisa Moreno GallegoDiretora Presidente em Exercício
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S.A.
CASA CIVIL
Requerente: Agrous All Business Commodities Ltda. Requerido: Rigor Alimentos
Ltda. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.912 - 7° Andar – Conjunto 7 G – Jardim
Paulistano - 1ª Vara de Falências.
Requerente: Manetoni Distribuidora de Produtos Siderúrgicos, Importação e
Exportação Ltda. Requerido: Reconcret Comercial e Construtora Ltda. Avenida
Arnolfo Azevedo, 167 – Pacaembu - 2ª Vara de Falências.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,
foram ajuizados no dia 21 de agosto de 2014, na Comarca da Capital, os se-
guintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Em setembro, o leilão do 4GGoverno espera arrecadar R$ 8 bilhões das participantes para ajudar no superávit primário
Após muitas idas e vin-
das, a Agência Nacio-
nal de Telecomunica-
ções (Anatel) publi-
cou ontem o edital do leilão da
faixa de 700 MHz para serviço
móvel de quarta geração (4G),
garantindo a licitação para 30
de setembro e atendendo o
anseios da área econômica do
governo, que conta com o di-
nheiro das outorgas para o su-
perávit primário. O valor total
mínimo das licenças para o lei-
lão é de R$ 7,71 bilhões, se-
gundo o edital. As operadoras
vencedoras também arcarão
com R$ 3,6 bilhões em custos
da "limpeza" da faixa, atual-
mente ocupada pela radiodi-
fusão analógica.
Segundo o presidente da
Anatel, João Rezende, o cálcu-
lo dos valores mínimos das li-
cenças não teve motivações
arrecadatórias. "Fizemos um
trabalho técnico para chegar
aos valores, não fizemos con-
ta de chegada", disse. Mas o
Ministério da Fazenda tem dito
que conta com a entrada em
seu caixa de estimados R$ 8
bilhões para ajudar a compor o
superávit primário deste ano,
economia do governo para pa-
gar juros da dívida pública.
A Anatel definiu que cada
um dos três lotes nacionais de
licença para 4G terá preço mí-
nimo de R$ 1,927 bilhão. O
quarto lote, com exceção das
áreas de cobertura das opera-
doras CTBC e Sercomtel, tem
preço mínimo de R$ 1,893 bi-
lhão. Já os dois lotes regionais
terão preço mínimo de R$
29,56 milhões e de R$ 5,282
milhões. O edital também pre-
vê desembolso adicional por
outorgas de até cerca de R$
560 milhões se as vencedoras
do certame forem as empre-
sas que já têm licença na fre-
quência de 2,5 GHz, faixa na
qual o serviço 4G é atualmen-
te prestado no país. Esse adi-
cional atende exigência do Tri-
bunal de Contas da União
(TCU) e será pago se operado-
ras que já atuam no 4G usarem
a faixa de 700 MHz para cum-
prir metas dos 2,5 GHz. Em-
presas novas no mercado bra-
sileiro que eventualmente ar-
rematarem um dos lotes não
precisam pagar o adicional.
As empresas vencedoras do
leilão poderão pagar a prazo
até 90% do valor da outorga à
União, mas o custo do parcela-
mento será elevado. O prazo
do pagamento pode chegar a
seis anos, com carência de até
três anos, e correção pelo IGP-
DI mais 1% ao mês, incidentes
sobre o valor corrigido.
Na prática, o juro estipulado
desestimula as companhias a
optar pelo parcelamento. O
BNDES deve oferecer finan-
ciamento, conforme disse o
ministro das Comunicações à
Reuters. Ou seja, poderão to-
mar dinheiro muito mais bara-
to do BNDES, que cobra Taxa
de Juros de Longo Prazo (TJLP),
atualmente em 5% ao ano,
mais um spread.
A meta atual de superávit
primário é de R$ 99 bilhões, ou
1,9% do Produto Interno Bruto
(PIB). Mas uma fonte próxima
ao núcleo do Executivo disse à
Reuters em 12 de agosto que o
governo já sabe que não a
cumprirá, devido ao menor
crescimento da arrecadação,
refletindo a fraca atividade
econômica. Isso mesmo com
receitas extraordinárias do re-
financiamento de dívidas tri-
butárias de R$ 18 bilhões e os
R$ 8 bilhões de reais com o lei-
lão de 4G.(Reuters)
Ganhamos dos EUA acorrida da soja na China
AChina importou 20,9
milhões de tonela-
das de soja do Brasil
de janeiro a julho, cresci-
mento de 11,5% na com-
paração com o mesmo pe-
ríodo do ano passado, com
a oleaginosa brasi leira
respondendo no acumula-
do de 2014 por mais da me-
tade dos desembarques
do produto no país asiáti-
co, apontaram nesta quin-
ta-feira dados da alfânde-
ga chinesa. Os chineses,
os maiores compradores
de soja do mundo, impor-
taram de todos os fornece-
dores no mesmo período
41,7 milhões de tonela-
das, aumento de 20% na
comparação anual.
Em julho, as importações
chinesas somaram 7,5 mi-
lhões de toneladas, sendo
mais de 5 milhões de tone-
ladas do produto do Brasil,
que colheu uma safra recor-
de da oleaginosa no primei-
ro semestre e tem contado
com a forte demanda da
China para atingir uma
marca histórica. Grandes
volumes de soja brasileira
deverão chegar à China ain-
da em agosto, consideran-
do registros da alfândega.
O Brasil aparece à frente
dos Estados Unidos como
principal fornecedor de soja
para a China, mas os norte-
americanos ainda teriam a
chance de virar o jogo no fi-
nal do ano, pois a safra nova
dos EUA chega ao mercado
em novembro. Até julho, as
importações de soja dos
EUA pela China atingiram
17,3 milhões de toneladas.
(Reuters)
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19
Jardim Indústria e Comércio S/ACNPJ - MF Nº 60.676.996/0001-81
Assembleia Geral Ordinária - ConvocaçãoConvocamos os acionistas para se reunirem em AGO aser realizada em 01.09.2014, às 10 horas, sede social, naRua Arary Leite, 826, São Paulo, SP, a fim de discutirem edeliberarem a seguinte ordem do dia: a) prestação decontas dos administradores, exame, discussão e votaçãodas demonstrações financeiras relativas ao exercíciofindo em 31.12.2013; b) Destinação do resultado doexercício findo; c) Outros assuntos de interesse. São Paulo,14.08.2014.Aroldo de Lara Cardoso - Diretor Presidente.
ABANDONO DE EMPREGO - SOLICITAMOS O COMPARECIMENTO DE JUVENAL SOARES COELHO, CTPS 30.066 SÉRIE 00033-SP,NO PRAZO DE 3 DIAS SOB A PENA DE CARACTERIZAR O ABANDONO DE EMPREGO CONF. ART. 482, LETRA I DA CLT, MARCOS STOCKLER VESTIBULARES LTDA.
Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412
Assembleia Geral Extraordinária - Edital de ConvocaçãoSão convidados os acionistas da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Companhia”), na forma do Art. 124 da lei6.404/76, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 29 de agosto de 2014, às 10:00 ho-ras, na sede da Companhia, na Cidade e Estado de São Paulo, na Av. Dr. Chucri Zaidan, 80, 8º andar, conj. 8, CEP 04583-110,Vila Cordeiro, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) aprovação e ratificação do cancelamento de determinadasclasses de ações preferenciais; (ii) aprovação e ratificação da criação de novas classes de ações preferenciais, de acordo com oplano de expansão da Companhia; (iii) aprovação e ratificação do aumento do capital social, mediante a emissão de novas açõespreferenciais; (iv) ratificação da retenção de parte do lucro líquido apurado no exercício social encerrado em 31/12/2013; (v)alteração de determinadas disposições do Estatuto Social relativas à forma de convocação da assembleia geral de acionistas erepresentação dos conselheiros nas reuniões do Conselho de Administração; e (vi) consolidação do Estatuto Social para refletiras deliberações aprovadas pelos acionistas. Instruções Gerais: 1.Os documentos pertinentes às matérias a serem debatidas naAssembleia encontram-se à disposição dos acionistas, a partir desta data, na sede da Companhia. 2. O acionista que desejar serrepresentado por procurador, constituído na forma do Artigo 126,§1º, da Lei nº 6.404/76, deverá depositar o respectivomandatona sede da Companhia, até 24 (vinte e quatro) horas antes da realização da Assembleia Geral. São Paulo, 15 de agosto de 2014.Silvio Jose Bandini - Diretor. (20-21-22)
Avnet Technology Solutions Brasil S.A., com endereço na Rua Dr. Rafael de Barros, 209, 12º andar, Paraíso, CEP: 04003-041, cidade de São Paulo/SP, CNPJ: 06.135.938/0001-03, Inscrição Estadual: 113.664.162.115, com filial inscrita noCNPJ: 06.135.938/0003 67 e Inscrição Estadual 206.193.771.111, com endereço na Avenida Ceci, 1.850, Sala 03,Tamboré,Barueri/SP, CEP: 06460-120, comunica que foram extraviadas as notas fiscais-fatura modelo 1, números 01 a 269, bem como as notas fiscais sem utilização de nºs 270 a 1000, autorizadas pela AIDF nº 108614256705 da filial mencionada.
Pregão Eletrônico nº 845/2014 – São PauloPROCESSO Nº 845/2014. OBJETO: Manutenção de licenças Proofpoint. DATADE ABERTURA: 05/09/2014, às 09h. LOCAL: www.comprasnet.gov.br. O Editalpoderá ser obtido nos sítios www.serpro.gov.br e www.comprasnet.gov.br.
AVISO DE LICITAÇÃO
Ministério daFazenda
SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO)REGIONAL SÃO PAULO
Pregão Eletrônico SRP nº. 24/2014A Coordenação Geral de Material e Patrimônio do Ministério da Saúde
torna público aos interessados a abertura da licitação na modalidade de PregãoEletrônico nº. 24/2014, cujo objeto e a Contratação de empresa para prestaçãode serviços de Assistência Materno Infantil, contemplando às atividadesassistências e educativas desempenhadas pelo serviço com os dependentes deservidores do Ministério da Saúde, na faixa etária dos 6 a 36 meses, conformeexigências estabelecidas em Edital e seus anexos. ABERTURA DA SESSÃO:03/08/2014, às 10h00min, no endereço eletrônico www.comprasnet.gov.br.
AVISO DE LICITAÇÃO
Ministério daSaúde
SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOSCOORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
PregãoEletrônico - SRPnº. 23/2014ACoordenação-Geral de Material e Patrimônio do Ministério da Saúde torna público aosinteressados,aaberturada licitaçãonamodalidadedePregãoEletrônicoSRPnº23/2014,cujo objeto éRegistro dePreços para aaquisiçãode20unidadesdeVeículoTipo pick-up,conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas noEdital e seus anexos.ABERTURADASESSÃO: 04/09/2014, às 09h: 00min (horário de Brasília) no endereçoeletrônicowww.comprasnet.gov.br, onde tambémpoderá ser retirado o edital.
GILNARAPINTOPEREIRACoordenadora-Geral deMaterial e Patrimônio - Substituta
CGMAP/SAA/SE/MS
AVISO DE LICITAÇÃO
Ministério daSaúde
SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOSCOORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Intec TI Logística S.A.CNPJ/MF nº 10.769.570/0001-02 - NIRE 35300396146
Ata da Assembleia Geral OrdináriaI. Dia, Hora e Local: 01/8/2014, às 14 horas, Alameda Europa, 527, Pólo Empresarial Tamboré, Santana de Parnaíba/SP.II. Convocação e Presença: Totalidade dos acionistas da Companhia, tendo sido dispensada a publicação dos avisos deconvocação. III.Mesa:Presidente:Carlos AlbertoVarão Perna e Secretário:Alessandro Brandão de Farias. IV.OrdemdoDia:4.1Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; e 4.2Deliberar sobre a des-tinação do lucro líquido do exercício fiscal e a distribuição dos dividendos.V.Deliberações Adotadas porVotação Unânime:5.1.Foi examinado, discutido e aprovado o Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração deMutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa e as Notas Explicativas relativos ao exercício encerradoem 31.12.2013. 5.2. Aprovada a destinação do lucro líquido do exercício findo em 31.12.2013, no valor de R$ 9.020.595,54na forma do Artigo 23 do Estatuto Social: (i) 5% para a constituição da reserva legal; (ii) 25% para o pagamento do dividendoanual obrigatório aos acionistas; e (iii) o lucro remanescente será distribuído aos acionistas como dividendo adicional. 5.3Também foi analisada e discutida a proposta da Diretoria acerca da distribuição de juros sobre o capital próprio, na qual osconselheiros aprovaram por unanimidade e sem quaisquer ressalvas o pagamento, em 31/12/2013, dos juros sobre o capitalpróprio, referentes ao período de 1º/1/2013 a 31/12/2013, a serem imputados ao valor do dividendomínimo obrigatório relativoao exercício social a ser encerrado em 31/12/2013, no valor total de R$ 249.473,82, correspondendo a R$ 4,16, por ação,com retenção de 15% de Imposto de Renda na Fonte, resultando em juros sobre o capital próprio líquido de R$ 3,54 poração.VI. Encerramento:Nada mais. São Paulo, 01/8/2014. Mesa: Carlos Alberto Varão Perna-Presidente da Assembleia eAlessandro Brandão de Farias-Secretário da Assembleia. Acionistas: Carlos Alberto Varão Perna e Alessandro Brandão deFarias. Jucesp nº 317.956/14-0 em 13/8/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.
Intec Tecnologia da Informação S.A. - CNPJ/MF nº 04.160.971/0001-50 - NIRE 35300411650Ata da Assembleia Geral Ordinária
I.Dia,HoraeLocal:01/8/2014,às14horas,AlamedaEuropa,527,PóloEmpresarialTamboré,SantanadeParnaíba/SP.II.ConvocaçãoePresença:Totalidade dos acionistas da Companhia, tendo sido dispensada a publicação dos avisos de convocação. III. Mesa: Presidente: Carlos AlbertoVarãoPernaeSecretário:AlessandroBrandãodeFarias.IV.OrdemdoDia:4.1Tomarascontasdosadministradores, examinar, discutir e votarasdemonstrações financeiras;e 4.2Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício fiscal e a distribuição dos dividendos.V.DeliberaçõesAdotadasporVotaçãoUnânime:5.1.Foiexaminado,discutidoeaprovadooBalançoPatrimonialeasdemaisdemonstraçõesfinanceirasrelativosaoexercícioencerradoem31.12.2013.5.2.Aprovadaadestinaçãodo lucro líquidodoexercício findoem31.12.2013, novalor deR$5.776.037,24,na forma do Artigo 23 do Estatuto Social: (i) 5% para a constituição da reserva legal; (ii) 25% para o pagamento do dividendo anual obrigatórioaos acionistas; e (iii) o lucro remanescente será distribuído aos acionistas como dividendo adicional.VI. Encerramento:Nada mais. São Paulo,01/8/2014.Mesa:CarlosAlbertoVarãoPerna-PresidentedaAssembleiaeAlessandroBrandãodeFarias-SecretáriodaAssembleia.Acionistas:CarlosAlbertoVarão Perna eAlessandro Brandão de Farias.Jucesp nº 317.957/14-4 em13/8/2014.Flávia Regina Britto-SecretáriaGeral emExercício.
CambuciTrust S/AC.N.P.J. nº 02.955.811/0001-71 - NIRE nº 35300159586
Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 26/06/2014Às10:00(dezhoras)dodia26de junhode2014,naAv.GetulioVargas,n°930,Marmeleiro,SãoRoque/SP, reuniram-seemReuniãoos membros do Conselho de Administração da Cambuci Trust S/A. Assumiu a Presidência o Sr. Eduardo Estefano Filho, queconvocou a mim, Daniela Coutinho de Castro, para secretariá-lo nos trabalhos. Ao ensejo, verificou-se o livro de presença doconselho de administração, sendo constatado o comparecimento da totalidade dos conselheiros.A seguir, o Sr.Eduardo EstefanoFilho deu início aos trabalhos, esclarecendo que esta reunião foi convocada para deliberar sobre os seguintes assuntos em pauta:a) eleição de diretoria com mandato de 03 (três) anos: a diretoria, por unanimidade de votos, ficará composta da seguinte forma:para Diretor Presidente o Sr. Eduardo Estefano Filho, brasileiro, casado, industrial, domiciliado na Av. Getulio Vargas, n° 930,Marmeleiro, São Roque/SP, RG n° 3.012.239 SSP/SP e CPF nº 067.527.138-04 e para Diretor Executivo Sr.Roberto Estefano,brasileiro, casado, industrial, domiciliado na Av. Getulio Vargas, n° 930, Marmeleiro, São Roque/SP, RG n° 1.447.416-SSP/SP eCPF n° 067.524.468-49. O Sr. Presidente passou a palavra a quem quisesse dela fazer uso, como não houve mais manifestação,declarou encerrada a presente reunião, cuja ata foi por mim lavrada neste ato que lida e achada conforme, foi assinada portodos os presentes. A presente é cópia fiel extraída do livro de Atas do conselho de administração da Cambuci Trust S/A. -(a.a.) Eduardo Estefano Filho - Presidente da Mesa e Daniela Coutinho de Castro - Secretária e advogada.São Paulo, 26 de junhode 2014. Eduardo Estefano Filho - Presidente; Daniela Coutinho de Castro - Secretária - OAB/SP 151.840. JUCESPnº 318.812/14-9 em 14/08/2014.Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.
Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412
Ata de Assembleia Geral Extraordinária de Transformação
Em 29.11.2013, os sócios da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Companhia”), sociedade anônima inscritano CNPJ/MF sob nº 17.261.661/0001-73 e NIRE 35.300.463.412, anteriormente uma sociedade empresária limitadadenominada Outback Steakhouse Restaurantes Brasil Ltda., com sede na Cidade de São Paulo - SP, na Av. Dr. ChucriZaidan, 80, 8º andar, cj. 4, CEP 04583-110, decidiram aprovar (i) a transformação da Companhia de uma sociedade em-presária limitada para uma sociedade anônima de capital fechado, com a consequente alteração de sua denominaçãosocial e a emissão de novas ações nominativas ordinárias, sem valor nominal, em substituição às quotas anteriormen-te detidas por seus sócios; (ii) a eleição dos novos membros da Diretoria da Companhia; e (iii) a aprovação do EstatutoSocial da Companhia. O documento encontra-se registrado na JUCESP sob nº 99.722/14-8, em sessão de 14.03.2014.
Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412Ata Assembleia Geral Extraordinária de Incorporação
Em 04.12.2013, a sócia da PGS Consultoria e Serviços Ltda. (“Incorporada”), com CNPJ/MF nº 01.929.422/0001-09 e NIRE 35.226.293.237, e os acionistas da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Incorporadora”),com CNPJ/MF sob nº 17.261.661/0001-73 e NIRE 35.300.463.412, aprovaram a incorporação da Incorporada pelaIncorporadora nos seguintes termos: (i) o patrimônio líquido contábil da Incorporada em 30.09.2013, base paraincorporação, era de R$165.821.502,17; (ii) o capital social da Incorporadora não sofreu alteração; (iii) a sede da In-corporada foi absorvida pela Incorporadora; e (iv) o objeto social da Incorporadora manteve-se inalterado. Comoresultado da incorporação, a Incorporada foi extinta e a Incorporadora a sucedeu em todos os seus direitos eobrigações. Os documentos societários referentes à incorporação da Incorporada pela Incorporadora foram regis-trados na JUCESP em 14.03.2014 sob nºs 99.726/14-2 e 99.725/14-9.
Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412
Ata Assembleia Geral Extraordinária de IncorporaçãoEm 01/12/2013, os sócios da PGS Participações Ltda. (“Incorporada”), com CNPJ/MF nº 03.528.728/0001-89e NIRE 35.226.332.135, e a acionista da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Incorporadora”), comCNPJ/MFsobnº17.261.661/0001-73eNIRE35.300.463.412,aprovaramaincorporaçãodaIncorporadapela Incorpo-radora nos seguintes termos: (i)o patrimônio líquido contábil da Incorporada em30.09.2013, base para incorpora-ção,eradeR$82.705.872,42;(ii)ocapitalsocialdaIncorporadorafoiaumentadoparaR$293.409.359,00;(iii)asededaIncorporada foi absorvidapela Incorporadora; e (iv)oobjeto social da Incorporadoramanteve-se inalterado. Comoresultadoda incorporação, a Incorporada foi extintaea Incorporadoraa sucedeuemtodosos seusdireitoseobriga-ções.Osdocumentossocietários referentesà incorporaçãoda Incorporadapela Incorporadora foramregistradosnaJUCESP em 14.03.2014 sob nºs 99.724/14-5 e 99.723/14-1.
Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412
Ata Assembleia Geral Extraordinária de IncorporaçãoEm 31.12.2013, os sócios da CLS São Paulo Ltda. (“Incorporada”), com CNPJ/MF nº 02.704.394/0001-94 e NIRE35.215.239.899 e os acionistas da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Incorporadora”), com CNPJ/MF sob nº 17.261.661/0001-73 e NIRE 35.300.463.412, aprovaram a incorporação da Incorporada, entre outrassociedades, pela Incorporadora nos seguintes termos: (i) o patrimônio líquido contábil da Incorporada em30.09.2013, base para incorporação, era de R$45.914.484,00; (ii) o capital social da Incorporadora foi aumentadopara R$296.080.457,00 em consequência da incorporação da Incorporada, dentre outras sociedades; (iii) a sede eas filiais da Incorporada foram absorvidas pela Incorporadora; e (iv) o objeto social da Incorporadora manteve-seinalterado. Como resultado da incorporação, a Incorporada foi extinta e a Incorporadora a sucedeu em todos osseus direitos e obrigações. Os documentos societários referentes à incorporação da Incorporada pela Incorpora-dora foram registrados na JUCESP em 14.03.2014 sob nºs 99.731/14-9 e 99.732/14-2.
DECLARAÇÃO - J. J. SUPERMERCADO LTDA. ME, CNPJ 08.008.453/0001-76, I.E. 442.208.466.110, estabelecida na Rua Dr. João Carlos de Azevedo, 1.272, Máua, SP, extraviou, por motivo de enchente,1 talão de Notas Fiscais de 1 a 50, Mod.1, e 10 talões de 1 a 500, mod.d1, livros fi scais estaduais: modelos 1 de entrada de mercadorias, 2 de saída de mercadorias, 9 de apuração do ICMS, 7 de Inventários e 6 de anotações. Diários, Razões e todos demais documentos fi scais.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
COMUNICADO ADIAMENTOPREGÃO Nº 211/2014
A Prefeitura comunica que o PP nº 211/14, que cuida da “Contratação de empresa especializada em serviços de retífica de motores de veículos da frota, atendendo a solicitação da Secretaria de Obras e Serviços desta municipalidade” fica adiado SINE-DIE.Pindamonhangaba, 20 de agosto de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
COMUNICADO - TOMADA DE PREÇOS Nº. 21/2014A Prefeitura comunica que a Tomada de Preços nº 21/2014 que cuida da “Contrata-ção de empresa especializada, com fornecimento de material e mão de obra,para execução da cobertura da quadra poliesportiva no Loteamento de In-teresse Social Castolira”, fica ADIADA para o dia 10/09/2014, às 9h, e abertura às 9h30, devido à alteração na planilha orçamentária efetuada pela Secretaria de Obras e Serviços. O novo edital e seus anexos atualizados estão disponíveis no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereçoAv. Nossa Senhora do Bom Sucesso, nº 1.400 - Alto do Cardoso, das 08h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 20 de agosto de 2014.
SERVENG-CIVILSAN S/A EMPRESAS ASSOCIADAS DE ENGENHARIACNPJ/MF Nº 48.540.421/0001-31 - NIRE 35.300.027.388
Ata de AGE realizada em 31 de Julho de 2014I. Data, Hora e Local: 31/7/2014, às 10 horas, na sede social. II. Convocação: Dispensada. III. Mesa: Presidente - Thadeu LucianoMarcondesPenido;Secretário -JulioCezarAlves.IV.Presença:Totalidade.V.OrdemdoDia:Deliberarsobre:1)Aalteraçãodoendereçoda filial localizada no Estado do Ceará; 2) O pedido de renúncia apresentado pelo diretor vice-presidente executivo Senhor Júlio CésarBorges;e3)AutorizaçãoparaaDiretoriapraticarosatosnecessáriosàformalizaçãodasdeliberaçõestomadas.VI.Deliberações: InstaladaaAssembleia e feita a leitura daOrdemdoDia, os acionistas, por unanimidadede votos e semquaisquer restrições, deliberaram:1)Pelaaprovaçãodaalteração deendereço daFilial noMunicípio deFortaleza,CE, naRuaAntônioAlexandrino dosReis, 347, BairroPassaré,CEP 60743-732, CNPJ nº 48.540.421/0020-02 e NIRE 23900500742, para o Município de Brejo Santo, CE, localizada na Estrada doReservatório do Atalho, km 12, Zona Rural, Município de Brejo Santo/CE, CEP 63260-000. 2) O pedido de renúncia apresentado pelodiretor Júlio César Borges, o qual havia sido reeleito ao respectivo cargo na AGO da Companhia realizada em 30/4/13. O Diretor e aCompanhia outorgam mutuamente quitação irrevogável e irretratável com relação a toda e qualquer obrigação e/ou valor devido emrazão do exercício do cargo demembro daDiretoria, com relação ao período durante o qual exercerama referida função.ACompanhiase compromete, desde já, a atualizar seus dados cadastrais em todos os órgãos governamentais de forma a consignar o desligamentodeste diretor acima indicado bem como tomar as providências necessárias ao cumprimento e formalização das deliberações aquiaprovadas, inclusive providenciar a devida escrituração nos livros societários daCompanhia.VII.Encerramento:Nadamais.PresidentedaMesa - SenhorThadeu LucianoMarcondes Penido;Secretário daMesa - Julio Cezar Alves.SP, 31/7/14.Jucesp nº 318.488/14-0 em13/08/2014.Flávia Regina Britto-SecretáriaGeral emExercício.
Monte Cristalina Ltda.CNPJ/MF nº 00.631.348/0001-87 - NIRE 35.226.989.398 - Extrato da 6ª Alteração e Consolidação do Contrato Social
João Alves de Queiroz Filho e Luciana Cavalheiro Fleischner, sócios representantes da totalidade do capital social de MonteCristalina Ltda. (�Sociedade�), aprovam por unanimidade e sem quaisquer reservas ou restrições a redução desproporcional docapital social da Sociedade no valor de R$10.662.867,82 (dez milhões, seiscentos e sessenta e dois mil, oitocentos e sessentae sete Reais e oitenta e dois centavos), por considerá-lo excessivo em relação ao objeto social da Sociedade, nos termos doArtigo 1.082, inciso II, do Código Civil, mediante o cancelamento, desconsiderando-se os centavos, de 10.662.867 (dez milhões,seiscentas e sessenta e duas mil, oitocentas e sessenta e sete) quotas representativas do capital social da Sociedade detitularidade do sócio João Alves de Queiroz Filho, passando o capital social de R$384.747.303,00 (trezentos e oitenta e quatromilhões, setecentos e quarenta e sete mil, trezentos e três Reais) para R$374.084.436,00 (trezentos e setenta e quatro milhões,oitenta e quatro mil, quatrocentos e trinta e seis Reais), desconsiderando-se os centavos. São Paulo, 30 de julho de 2014.
PASSIVO 30/06/14 30/06/13Circulante.................................................................. 22.908 17.405Outras Obrigações ................................................... 22.908 17.405
Fiscais e previdenciárias .................................................. 165 34Negociação e intermediação de valores ......................... 11.819 6.941Diversas ........................................................................... 10.924 10.430
Patrimônio Líquido .................................................. 9.580 8.866Capital: ............................................................................ 5.050 5.050
De domiciliados no país ................................................ 5.050 5.050Reservas de lucros........................................................... 3.453 4.639Ajustes de avaliação patrimonial .................................... (5) 11Lucros ou (prejuízos) acumulados................................... 1.082 (834)
Total do Passivo e Patrimônio Líquido.................. 32.488 26.271
ATIVO 30/06/14 30/06/13Circulante.................................................................. 30.932 23.034Disponibilidades....................................................... 80 60Aplicações Interfin. de Liquidez ............................. 9.860 9.002Aplicações no mercado aberto ........................................ 9.860 9.002
TVM e Instrum. Financ. Derivativos ....................... 13.915 8.350Carteira própria ............................................................... 4.202 1.203Vinculados a prestação de garantia ................................ 9.713 7.147
Outros Créditos ........................................................ 7.071 5.622Rendas a receber............................................................. 9 -Negociação e intermediação de valores ......................... 7.057 5.609Diversos........................................................................... 5 13
Outros Valores e Bens.............................................. 6 -Despesas antecipadas ..................................................... 6 -
Não Circulante.......................................................... 1.556 3.237TVM e Instrum. Financ. Derivativos ....................... 1.552 3.226
Carteira própria ............................................................... 840 265Vinculados a prestação de garantia ................................ 712 2.961
Investimentos........................................................... - 1Outros investimentos ...................................................... - 1
Imobilizado de Uso .................................................. 4 10Outras imobilizações de uso ........................................... 92 91(Depreciações acumuladas)............................................. (88) (81)
Total do Ativo ........................................................... 32.488 26.271
BALANÇOS PATRIMONIAIS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013 (Em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
NOVA FUTURA DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA.CNPJ nº 04.257.795/0001-79
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS - SEMESTRES FINDOSEM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013 (Em milhares de reais)
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PELO MÉTODO INDIRETOSEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013
(Em milhares de reais)
1º Sem/14 1º Sem/13Receitas de Intermediação Financeira................ 2.587 837
Resultado de operaçõescom títulos e valores mobiliários ................................ 2.587 837
Resultado Bruto da Intermediação Financeira.. 2.587 837Outras Receitas/Despesas Operacionais............. (1.088) (1.671)
Receitas de prestação de serviços ................................ 3.911 3.661Outras despesas administrativas .................................. (4.547) (5.001)Despesas tributárias...................................................... (524) (361)Outras receitas operacionais......................................... 99 63Outras despesas operacionais ...................................... (27) (33)
Resultado Operacional.......................................... 1.499 (834)Resultado não Operacional.................................. (1) -Resultado antes da Tributaçãosobre o Lucro e Participações ............................ 1.498 (834)
Imposto de Renda e Contribuição Social ........... (416) -Provisão para imposto de renda................................... (256) -Provisão para contribuição social ................................. (160) -
Lucro Líquido (Prejuízo) do Período.................... 1.082 (834)Nº de Cotas: ........................................................... 5.050.000 5.050.000Lucro/(Prejuízo) por Cota R$................................. 0,21 (0,17)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
1º Sem/14 1º Sem/13Fluxos de Caixa das Atividades OperacionaisLucro líquido (prejuízo) do semestre/exercício................ 1.082 (834)Depreciações e amortizações.......................................... 3 3Provisão de impostos no resultado................................. 416 -
1.501 (831)Variação de Ativos e Obrigações......................... 1.347 (56)(Aumento) redução em TVM
instrumentos derivativos (acima).................................. 2.977 (346)(Aumento) redução de outros créditos ........................... (4.329) 7.401(Aumento) redução de outros valores e bens................. (6) -Aumento (redução) em outras obrigações ..................... 2.705 (7.111)Caixa Líquido Provenientedas Atividades Operacionais.............................. 2.848 (887)
Fluxos de Caixa das Atividades de InvestimentoInversões em:
Imobilizado de uso........................................................ - (2)Caixa Líquido Usadonas Atividades de Investimento ........................ - (2)
Fluxos de Caixa das Atividades de FinanciamentoDividendos/Lucros pagos/propostos ............................... (401) -Caixa Líquido Usado nasAtividades de Financiamento............................. (401) -
Aumento Líquido de Caixae Equivalentes de Caixa...................................... 2.447 (889)
Caixa e equivalentes de caixa no início do período........ 9.660 11.419Caixa e equivalentes de caixa no fim do período........... 12.107 10.530
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Período de 01/01/14 a 30/06/14Reservas Ajustes de Lucros ou
Capital Reserva Especiais de Avaliação PrejuízosEventos Realizado Legal Lucros Patrimonial Acumulados TotalSaldos no Início do Período em 01/01/14 ................ 5.050 263 3.591 12 - 8.916
Reversão de reservas......................................................... - - (401) - 401 -Dividendos intermediários................................................. - - - - (401) (401)Ajustes ao valor de mercado - TVM e derivativos ............. - - - (17) - (17)Lucro líquido (prejuízo) do período ................................... - - - - 1.082 1.082
Saldos no Fim do Período em 30/06/14 ................... 5.050 263 3.190 (5) 1.082 9.580Mutações do Período:................................................ - - (401) (17) 1.082 664
Período de 01/01/13 a 30/06/13Reservas Ajustes de Lucros ou
Capital Reserva Especiais de Avaliação PrejuízosEventos Realizado Legal Lucros Patrimonial Acumulados TotalSaldos no Início do Período em 01/01/13 ................ 5.050 261 4.378 14 - 9.703Ajustes ao valor de mercado - TVM e derivativos ............. - - - (3) - (3)sLucro líquido (prejuízo) do período.................................. - - - - (834) (834)
Saldos no Fim do Período em 30/06/13 ................... 5.050 261 4.378 11 (834) 8.866Mutações do Período:................................................ - - - (3) (834) (837)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOSEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013 (Em milhares de reais)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013 (Em milhares de reais)
Ilmos. Senhores – Administradores da Nova Futura Distribuidora de Títulose Valores Mobiliários Ltda. - São Paulo SPExaminamos as demonstrações contábeis da Nova Futura Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Ltda., (“Nova Futura”) que compreendem obalanço patrimonial em 30 de junho de 2014 e as respectivas demonstraçõesdos resultados, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa parao semestre findo naquela data, assim como o resumo das principais práticascontábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administraçãosobre as demonstrações contábeis: A administração da “Nova Futura” éresponsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstraçõescontábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis àsinstituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos contro-les internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dedemonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente secausada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independen-
tes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demons-trações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com asnormas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cum-primento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada eexecutada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstraçõescontábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execuçãode procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valo-res e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentosselecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dosriscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentementese causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera oscontroles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação dasdemonstrações contábeis da “Nova Futura” para planejar os procedimentos deauditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar umaopinião sobre a eficácia dos controles internos da “Nova Futura”. Uma auditoria
inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e arazoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como aavaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada parafundamentar nossa opinião. Opinião: Em nossa opinião, as demonstrações con-tábeis referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos rele-vantes, a posição patrimonial e financeira da Nova Futura Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Ltda., em 30 de junho de 2014, o desempenhode suas operações e os seus fluxos de caixa correspondente ao semestre findonaquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveisàs instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
São Paulo, 08 de agosto de 2014.
Veneziani Auditores Independentes Alcindo Takachi ItikawaCRC 2SP13744/O-1 Contador CRC 1SP088652/O-9
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISA DIRETORIA REINALDO DANTAS - Contador CRC-1SP 110330/O-6
1. Contexto Operacional: A Distribuidora iniciou suas atividades em 22 denovembro de 2000, e tem como objetivo social subscrever, isoladamente ou emconsórcio com outras sociedades, emissão de títulos ou valores mobiliários pararevenda, contratar com a emissora, em conjunto ou separadamente, a susten-tação de preços dos títulos no mercado no período de lançamento e colocaçãode emissão, intermediar a colocação de emissões no mercado, encarregar-se davenda à vista, a prazo ou a prestação, de títulos e valores mobiliários por contade terceiros e comprar e vender por conta própria, à vista, a prazo ou a pres-tação, títulos e valores mobiliários. 2. Apresentação das DemonstraçõesContábeis: As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com aspráticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a legislação societária,os Pronunciamentos, as Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê dePronunciamentos Contábeis – CPC, e apresentadas com as diretrizes estabele-cidas, pelo Banco Central do Brasil, através do Plano Contábil das Instituiçõesdo Sistema Financeiro Nacional – COSIF. Estas demonstrações contábeis foramaprovadas pela Diretoria da Distribuidora em 18 de julho de 2014. 3. Resumodas Principais Práticas Contábeis: a) Apuração de resultado: O regimede apuração do resultado é o de competência. b) Estimativas contábeis: Napreparação das demonstrações foram utilizadas estimativas contábeis que se ba-searam em fatores objetivos e subjetivos e levaram em consideração o julgamen-to da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nasdemonstrações financeiras. A liquidação das transações envolvendo essas esti-mativas poderá resultar em valores divergentes devido à subjetividade inerentesao processo de sua determinação.A Distribuidora revisa as estimativas e premis-sas pelo menos mensalmente. c) Aplicações inter�nanceiras de liquidez: Sãoregistrados pelo valor de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos até adata do balanço. d) Títulos e valores mobiliários e derivativos: Os títulos evalores mobiliários são classificados de acordo com a intenção de negociação,pela Administração, independente dos prazos de vencimentos dos papéis, em trêscategorias específicas, atendendo aos seguintes critérios de contabilização: Títu-los para negociação - Adquiridos com o propósito de serem ativa e frequen-temente negociados, sendo que os rendimentos auferidos e o ajuste ao valor demercado são reconhecidos em contrapartida ao resultado do semestre. Os títulosclassificados nesta categoria são apresentados no ativo circulante do balanço pa-trimonial, independentemente do prazo de vencimento; Títulos mantidos atéo vencimento - Adquiridos com a intenção e capacidade financeira para suamanutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aqui-sição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado doexercício; e Títulos disponíveis para venda - Que não se enquadrem comopara negociação nem como mantidos até o vencimento, e são registrados pelocusto de aquisição com rendimentos apropriados a resultado e ajustados pelovalor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, de-duzidos dos efeitos tributários. O valor de mercado dos títulos públicos é apuradosegundo Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Ca-pitais - ANBIMA, que determina o valor líquido provável de realização através deparâmetros que compreendem, entre outros, o preço médio de negociação paratítulos e valores mobiliários semelhantes em relação aos prazos de pagamentoe vencimento. e) Imobilizado de uso: O imobilizado de uso está contabilizadoao custo de aquisição e a depreciação foi calculada pelo método linear, com baseem taxas que levam em consideração a vida útil e econômica dos bens, sendode 20% a.a. para “Sistema de Processamento de Dados”, e de 10% a.a. para asdemais contas. f) Demais ativos circulantes e realizáveis a longo prazo. Sãoapresentados pelo valor de realização, incluindo quando aplicável, as variaçõesmonetárias, bem como os rendimentos auferidos até a data do balanço. g) Pas-sivos circulantes e exigíveis a longo prazo: Demais passivos circulantese exigíveis a longo prazo - São demonstrados pelos valores conhecidos oucalculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variaçõesmonetárias e/ou cambiais incorridas até a data dos balanços. Provisões - Umaprovisão é reconhecida no balanço quando a Distribuidora possui uma obrigaçãolegal ou constituída como resultado de um evento passado onde é provável queum recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação e os montantesenvolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. As provisões são regis-
tradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. h) Provisãopara Imposto de Renda e Contribuição Social: A provisão para o impostode renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida de adi-cional de 10% sobre os lucros que excederem R$ 240 no ano. A provisão paracontribuição social é calculada à alíquota de 15%, após efetuados os ajustesdeterminados pela legislação fiscal. i) Contingências: Os passivos contingentessão reconhecidos quando, baseado na opinião de assessores jurídicos, for consi-derado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, gerandouma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando osmontantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os ativoscontingentes são reconhecidos quando a administração possui total controle dasituação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobreas quais não cabem mais recursos. j) Caixa e equivalente de caixa: Caixa eequivalente de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional,aplicações interfinanceiras de liquidez e aplicações em títulos e valores mobiliá-rios, cujo vencimento das operações na data de efetiva aplicação seja igual ouinferior a 90 dias e apresentam risco insignificante de mudança de valor justo,que são utilizados pela Distribuidora para gerenciamento de seus compromissosde curto prazo.
30/06/2014 30/06/2013Disponibilidades ............................................... 80 60
Depósitos Bancários............................................ 80 60Aplicações Interfinanceiras de Liquidez..... 9.860 9.002Aplicações em operações compromissadas ........ 9.860 9.002
Títulos e Valores Mobiliários ......................... 2.167 1.468Letras Financeiras do Tesouro.............................. 2.167 677Debêntures .......................................................... - 791
Total Caixa e equivalente de caixa............. 12.107 10.5304. TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos: a) Os valores de custoatualizado da carteira de títulos e valores mobiliários, comparados com os res-pectivos valores de mercado, estão assim demonstrados:
Valor Valor de Valor Valor dedo Custo Mercado do Custo Mercado
30/06/2014 30/06/2014 30/06/2013 30/06/2013Livres ..................... 4.203 4.202 1.203 1.203Letras Financeiras
do Tesouro ............... 3.858 3.857 412 412Debêntures ................ 345 345 791 791Vinc. Prestaçãode Garantias ....... 9.717 9.713 7.141 7.147
Letras Financeirasdo Tesouro ............... 9.717 9.713 7.141 7.147
Total - Curto prazo 13.920 13.915 8.344 8.350Livres ..................... 840 840 265 265Letras Financeiras
do Tesouro ............... 817 817 265 265Debêntures ................ 23 23 - -Vinc. Prestaçãode Garantias ....... 712 712 2.956 2.961
Letras Financeirasdo Tesouro ............... 712 712 2.956 2.961
Total - Longo prazo 1.552 1.552 3.221 3.226b) Classificação:
Títulos TítulosTítulos para Disponíveis Títulos para DisponíveisNegociação para Venda Negociação para Venda30/06/2014 30/06/2014 30/06/2013 30/06/2013
Letras Financeirasdo Tesouro ............. - 15.100 - 10.785
Debêntures .............. - 367 791 -Total..................... - 15.467 791 10.785
5. Composição de Saldos Relevantes30/06/2014 30/06/2013
Ativo CirculanteOutros CréditosNegociação e Intermediação de Valores.... 7.057 5.609
Devedores – Conta Liquidações pendentes ........ 7.057 4.356Operações c/ Merc. Ativos Financeiros ................ - 1.253
Passivo CirculanteOutras ObrigaçõesFiscais e Previdenciárias............................... 165 34
Provisão para imposto e contrib. s/ lucro ............ 83 -Impostos e contribuições a recolher.................... 82 34
Negociação e Intermediação de Valores.... 11.819 6.941Credores – Conta Liquidações pendentes........... 6.180 6.941Caixas de registro e liquidação ........................... 5.638 -Comissões a pagar .............................................. 1 -
Diversas.......................................................... 10.924 10.430Provisão para pagamentos a efetuar .................. 289 -Valores a pagar a sociedades ligadas.................. 10.634 10.430Credores diversos ................................................ 1 -
6. Patrimônio Líquido: a) Capital Social: O capital social de R$ 5.050 estárepresentado por 5.050.000 cotas no valor de R$ 1,00 cada uma, totalmente in-tegralizadas na data do balanço, por cotistas domiciliados no país. b) Reservasde Lucros: No semestre encerrado em 30 de junho de 2014, houve a reversãode reservas especiais de lucros no montante de R$ 401. c) Dividendos: Nosemestre encerrado em 30 de junho de 2014, houve a distribuição de lucros nomontante de R$ 401. 7. Juros de Capital Próprio: No semestre encerradoem 30 de junho de 2014 e 2013 não foram pagos Juros sobre Capital Próprio,conforme faculta o artigo 9º da Lei nº 9.249/95. 8. Contingências: As declara-ções de renda dos últimos cinco exercícios estão sujeitas à revisão e aprovaçãopelas autoridades fiscais. Outros impostos e contribuições permanecem sujeitosà revisão e aprovação pelos órgãos competentes por períodos variáveis de tempo.9. Gerenciamento da Estrutura de Capital: Visando o atendimento à Reso-lução 3.988 de 30/06/2011 do Banco Central do Brasil, a instituição adotou umapolítica de gerenciamento de capital que constitui um conjunto de princípios,procedimentos e instrumentos que asseguram a adequação de capital da institui-ção de forma tempestiva, abrangente e compatível com os riscos incorridos pelainstituição de acordo com a natureza e complexidade dos produtos e serviçosoferecidos a seus clientes. 10. Risco Operacional: Definido como possibili-dade de perdas resultante de erros humanos ou deficiências em controles e demonitoramento de processos. A Gestão de Risco Operacional da Distribuidoraencontra-se atualmente sob a responsabilidade do diretor de controles internose risco que tem com objetivo principal coordenar a identificação, avaliação emonitoramento dos riscos operacionais, para atendimento ao disposto na Re-solução nº 3.380 do Banco Central do Brasil e Basiléia 2. Outrossim, o gestor decada processo é responsável pelo controle e mitigação daqueles riscos supervi-sionados pelo diretor responsável. 11. Risco de Mercado: O gerenciamentode risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área administrativa,que mantém independência com relação à mesa de operações. A Instituição seencontra apta a atender as exigências da Resolução CMN 3.464/07 que tratada estrutura de gerenciamento do risco de mercado, nos prazos estabelecidos.12. Ouvidoria: Em atendimento a Resolução CMN 3.849, de 25/03/2010, doConselho Monetário Nacional, a Distribuidora estruturou, instituiu e divulgoutanto junto ao público externo como interno, o componente organizacionalOuvidoria, passando a disponibilizar este canal de comunicação para clientes eusuários de seus serviços através do fone 0800 724 30 80.
20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Ferramentas de espionagempara gerir fortunas
Gestores de elevados patrimônios usamredes de comunicações com amplos
dados para administrá-los com eficiência
Quentin HardyThe New York Times
Alguns dos engenhei-
ros que costumavam
ajudar a CIA a resolver
problemas assumi-
ram um novo desafio: determi-
nar o valor de todo o tipo possí-
vel de investimento no mundo.
Cinco anos atrás, eles deram
início a uma empresa chamada
Addepar, com o objetivo de for-
necer informações claras e con-
fiáveis a respeito de ativos cada
vez mais complexos dentro de
fundos de pensão, de investi-
mento e fortunas familiares. Da
mesma forma como os espiões
criam uma rede de comunica-
ções, a Addepar filtra e avalia o
relacionamento de bilhões de
dólares em propriedades para
revelar se determinado portfó-
lio não vai bem das pernas.
Gestores profissionais de for-
tunas passarão a ver um volu-
me muito maior de grandes da-
dos. No começo deste ano, a
Addepar levantou uma soma
substancial para
seguir esse cami-
nho, e embora es-
sa não seja a única
empresa a trazer
os grandes dados
para a declaração
de carteira de in-
vestimentos, são
os membros da
empresa que fa-
zem a diferença.
"Uma das ques-
tões mais funda-
mentais em finan-
ças é saber o que eu tenho e o
que tudo isso vale?", afirma Eric
Poirier, executivo-chefe da Ad-
depar. "Porém, 'Qual é o meu
risco?' é uma das perguntas
mais difíceis de responder".
Embora a lista de gestores de
fortunas que utilizam os servi-
ços da Addepar seja confiden-
cial, Poirier diz que a empresa já
tem Joe Lonsdale, o fundador
bilionário, e a Iconiq Capital,
que faz a gestão de parte dos
ativos do fundador do Facebo-
ok, Mark Zuckerberg, incluindo
escritórios familiares, bancos e
gestores de investimentos em
fundos de pensão.
"Neste estado, algumas pes-
soas ficam cada vez mais ri-
cas", afirma Joseph J. Piazza, di-
retor e executivo-chefe da Ro-
bertson Stephens LLC, empre-
sa de investimento de San
Francisco que faz a gestão de
quase US$ 500 milhões utili-
zando o software da Addepar.
Há dez anos, diz, "poderia ser
um jovem empreendedor com
US$ 50 milhões. Agora são dez
vezes mais, e eles estão pen-
sando melhor, correndo riscos
m a i o re s " .
O investimento costumava
ser um mundo relativamente
simples com ações, títulos, di-
nheiro e talvez alguns imóveis.
Porém, a falta de regulamenta-
ção, a globalização e os compu-
tadores começaram a trazer
mais possibilidades. Para os
muito ricos, há derivativos, pri-
vate equity, capital de risco,
mercados estrangeiros e uma
série de outros ativos, incluindo
itens colecionáveis e bitcoins.
E apesar de todos os compu-
tadores no pregão de Wall Stre-
et, uma parte considerável da
gestão do dinheiro é feita à mo-
da antiga. Os capitalistas de ris-
co podem investir em tecnolo-
gias de ponta, mas às vezes ain-
da enviam os relatórios trimes-
trais pelo correio. Guardiões
financeiros, que cuidam dos tí-
tulos para as pessoas, muitas
vezes possuem programas de
computador personalizados.
Isso faz com que seja difícil
comparar um negócio realiza-
do em um desses programas,
com um negócio em outro.
"O mercado é muito mais
complicado do que costumava
ser", diz David G. Tittsworth,
presidente e executivo-chefe
do Investment Adviser Associa-
tion, um grupo comercial com
550 empresas registradas. "Os
ricos têm um apetite enorme
por mercados futuros, commo-
dities, investimentos alternati-
vos. Há muita demanda para
ajudá-los a não perder o contro-
le de suas propriedades".
Poirier, de 32 anos, inaugu-
rou a primeira empresa de pro-
gramação aos 14 anos antes de
entrar na Universidade de Co-
lumbia. Trabalhou com a análi-
se de produtos de renda fixa do
Lehman Brothers de 2003 a
2006, antes que a firma de Wall
Street falisse por conta da má
gestão de seus próprios ativos.
"Quando tentava ganhar a
vida, trabalhei com uma dúzia
de sistemas diferentes, com di-
ferentes interações com pes-
soas que não os compreendem
muito bem", afirma.
Em seguida, conseguiu um
emprego na Palantir Technolo-
gies, empresa fundada para
ajudar o exército e as agências
de inteligência a entenderem
dados incompletos e disparata-
dos. Ele foi responsável por
constituir o setor comercial da
Palantir, fazendo a gestão de
risco de coisas como o portfólio
de hipotecas subprime do JP-
Morgan Chase.
Havia inúmeros paralelos
entre esses dois mundos, mas
em vez de agências, espiões e
satélites bisbilhoteiros, as fi-
nanças possuem mercados,
conselheiros de investimento e
portfólios. Ambos os mundos
são repletos de softwares feitos
sob medida, o que torna dife-
rente cada análise de um con-
junto de dados. É difícil conse-
guir uma imagem que se apro-
xime da verdade.
Até mesmo uma questão
simples como "Quantas ações
da Apple eu tenho?" pode ser
complicada, pois algumas
ações são compradas direta-
mente, ao passo que outras fa-
zem parte de um fundo de in-
vestimento de risco em que
uma pessoa investiu e parte
das ações estão investidas em
uma empresa adquirida pela
Apple.
As finanças "estavam na
mesma situação da comunida-
de das agências de inteligên-
cia", diz Poirier. "Como você
consegue compreender dife-
rentes informações de fontes
diversas, quando a resposta
depende de quem está fazendo
a pergunta?".
O paralelo era muito eviden-
te para Lonsdale, um dos fun-
dadores da Palantir. Desde o
princípio no PayPal, ele contava
com bilhões de dólares em di-
nheiro e títulos da Palantir. Ele
também conhecia muitos jo-
vens no mundo tecnológico
que não faziam ideia do que es-
tava acontecendo com seu di-
nheiro. "A gestão de fortunas foi
feita para os anos 1950, não pa-
ra este século", diz. Lonsdale
deixou a Palantir em 2009,
abrindo a Addepar com Jason
Mirra, outro funcionário da Pa-
lantir, também em 2009.
"Para a Palantir, não fazia
sentido contratar 20 ou 30 pes-
soas para trabalhar em uma
área como essa", diz Lonsdale.
Mirra é o CTO da Addepar. Poi-
rier se juntou ao grupo em
2013, tornando-se executivo-
chefe naquele ano.
Além de Lonsdale, outros in-
vestidores da Addepar incluem
Peter Thiel, fundador do PayPal
e da Palantir. Mais dinheiro vem
das conexões da Palantir com
investidores de fundos hedge.
Os US$ 50 milhões levantados
pela Addepar em maio deste
ano foram conseguidos por Da-
vid O. Sacks –outro veterano da
PayPal, que vendeu uma em-
presa chamada Yammer para a
Microsoft por US$ 1,2 bilhão em
2012 –e a Valor Equity Partners,
empresa de Chicago que tam-
bém investiu na PayPal, na Spa-
ceX e na Tesla Motors, entre ou-
tras empresas.
Apesar de seu passado,
Lonsdale afirma que a Addepar,
que conta com 109 funcioná-
rios, não pretende ser apenas
uma ferramenta para os execu-
tivos tecnológicos cheios de di-
nheiro. Eles são "simplesmente
os primeiros a adotar o siste-
ma".
Karen White, presidente e
COO da Addepar, afirma que o
cliente básico conta com entre
cinco e 15 bancos, corretores
ou outros guardiões de investi-
m e n t o.
A Addepar cobra com base
no volume de dados que revisa.
Karen diz que os serviços da Ad-
depar custam a partir de US$ 50
mil, mas passam fácil de US$ 1
milhão, dependendo do dinhei-
ro e das variáveis de investi-
mento envolvidos.
E da mesma forma que a Pa-
lantir tenta encontrar temas co-
muns com a espionagem, co-
mo conexões sociais, técnicas
de fabricação de bombas, entre
outras fontes de dados, Lons-
dale tentou reduzir as informa-
ções financeiras a uma dúzia de
partes distintas, como mudan-
ças de preços e o percentual de
cada ativo.
À medida que o sistema
aprende o comportamento de
determinado ativo, ele começa
a construir uma base de dados
com relacionamentos prová-
veis, como o que a crise dos
mercados de títulos pode signi-
ficar para as finanças na Euro-
pa.
"Há muitos avanços de TI e
de inteligência artificial que po-
dem ser aplicados nessa área",
afirma Lonsdale. "E a Palantir
ensinou muitas lições sobre co-
mo fazer isso".
Diversas outras empresas
também estão tentando ma-
pear o valor de cada coisa em
um portfólio diversificado. Uma
das maiores, a Advent Softwa-
re, pagou US$ 73 milhões em
2011 pela Black Diamond, em-
presa que, como a Addepar, uti-
liza tecnologias
na nuvem para
aumentar sua
capacidade de
computar dados
e acessar mais
bases de dados
de uma vez com
facilidade.
"Estamos ten-
tando resolver
esse problema
há 30 anos", afir-
ma Peter Hess,
p re s i d e n t e e
executivo -chefe
da Advent. "Ho-
je, a complexidade é muito
maior, e a modernização das
expectativas em torno de como
as coisas devem ser é influen-
ciada pelo novo dinheiro dos
mercados de tecnologia. Mas
por conta da Apple e do Google,
até mesmo meus pais têm ex-
pectativas a respeito do futuro
do mercado de tecnologia".
Peter da Silva/The New York Times
Karen White(esq.), daAdeppar, dizque os serviçosda empresapodem custaraté US$ 1milhão. ParaEric Poirie,finanças eespionagemcaminhamjuntas.
Uma questãocentral emfinanças é saberquanto eu tenhoe o que tudo issovale?ERIC POIRIER, AD D E PA R
Os ricos têm umapetite enormepor mercadosfuturos,commodities,investimentosalternativos.DAV I D G. TIT TSWORTH, IN-VESTMENT ADV I S E R
AS S O C I AT I O N
sexta-feira, 22 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 21
Nº 527 SALÃO DO AUTOMÓVEL - Já estão à venda os ingressos do 3º loteespecial para a mostra que será realizada no Anhembi, de 30 de outubro
a 9 de novembro. Os mais baratos são para o 1º dia, R$ 32. Nosdemais, R$ 48 durante a semana e R$ 64 nos dois finais de semana. Para
adquirir, acesse w w w . s a l a o d o a u t o m o v e l . c o m . b r. Quem comprarconcorrerá ao sorteio para um test drive de uma Ferrari F 355 Berlinetta.
NOVIDADES
Fox S a v e i ro
Um Fox renovado no design e com
equipamentos eletrônicos não en-
contrados em outros modelos do
segmento de compactos; e uma Sa-
veiro com cabine dupla também com novida-
des no segmento são as armas que a Volkswa-
gen está colocando no mercado para retomar
a liderança no mercado global, perdida para a
Fiat nos últimos tempos, especialmente no
segmento de picapes derivadas de automó-
veis, onde a italiana também manda com a
Strada, dona de 50% das vendas.
Para demonstrar a vontade de agradar o
consumidor, a alemã traz para o mercado o
Fox que ganhou direção elétrica, controle
eletrônico de estabilidade (ESC), de tração,
bloqueio eletrônico do diferencial (EDS),
controle de saída em rampa HBA, cujo siste-
ma identifica a necessidade de maior pres-
são do freio, ajudando o motorista nas frea-
das de emergência, de série nas versões top,
com motor 1.6; e quatro motores e três trans-
missões em suas quatro versões, Trendline
1.0, (R$ 35.900); Trendline 1.6 (R$ 39.800);
BlueMotion 1.0 (R$ 37.690); Comfortline 1.0
(R$ 38.190); Comfortline (R$ 41.490) e Com-
fortline I-Motion (câmbio semiautomático),
(R$ 44.590); e Higline, manual (R$ 4.490) e I-
Motion (R$ 51.790).
Os motores que equipam o Fox vão do 1.0
com três cilindros, o mesmo
do Up!, com 82 cv de potên-
cia; passam pelo 4 cilindros,
com 76 cv; e chegam ao 1.6
MSI, que atinge 120 cv quan-
do abastecido com etanol –a
versão tem câmbio de seis
velocidades.
Segundo carro da Volks mais vendido no
Brasil (1,8 milhão desde 2003), o Fox ganhou
nova frente, mais agressiva, com faróis retan-
gulares (no anterior eram redondos), com no-
vo sistema elétrico; na traseira as lanternas
envolvem o carro, semelhante ao desenho do
Golf. A lateral também sofreu transformação,
mostrando linhas mais "agressivas", como ex-
plicam os designers da marca.
Os bancos traseiros do carro são corrediços,
o que permite uma capacidade ampliada do
porta-malas de 560 litros para mais de 1.600.
CINCO NA CABINE DUPLA - Se não forem
pessoas altas e fora do peso ou três crianças,
a nova versão da picape da Volks realmente
transporta cinco pessoas como anuncia a
marca. Para cinco adultos de grande porte, o
espaço fica devendo, mas é um progresso
diante dos "adversários".
Para concorrer com a picape da Fiat, a Volks
investiu R$ 300 milhões na fábrica da unida-
de de São Bernardo do Campo. E a lição de ca-
sa foi bem feita. O veículo recebeu controle
eletrônico de estabilidade, o ABS com função
off-road, EDL, TCS, BAS e EBD, que ajudam a
manter o carro sem problemas nos diferentes
pisos de rolagem. Estes equipamentos são
de série na versão top, que custa R$ 59.990.
As duas outras versões custam R$ 47.490 e
R$ 52.790. Em todas, banco traseiro para três
pessoas, com apoio de cabe-
ça para todos, equipamento
de segurança que falta em
muitos modelos produzidos
no Brasil. A direção também
é de série e o estepe fica sob
a caçamba, não "roubando"
espaço da carga.
Fotos: divulgação
CAMINHÃO PEQUENO
Série F voltou. Qual você precisa?Ford relança a Série F, linha de caminhões leves e semi-leves. São três modelos, F-350, F-4000 e F-4000, que custam a partir de R$ 101.290.
Fotos: divulgação
Este F-4000 4x4, que virou uma cabine dupla,impressiona pela "musculatura".
Depois de quase três anos fora do mer-
cado, a Série F está de volta, com to-
do o entusiasmo do setor de Cami-
nhões da Ford. Não é para menos, uma pré-
venda, iniciada em maio pela Internet, mos-
trou que foi acertado trazer os pequenos ca-
minhões de volta. Já foram vendidas mais
de 800 unidades, com mais de 80% desses
compradores pagando 10% de sinal para
garantir o negócio. Todos ganharão as duas
primeiras revisões. A Ford não revela núme-
ros, mas acredita que seus 15% de hoje no
mercado de caminhões, sem os pequenos,
crescerão significativamente. Especialis-
tas do segmento acreditam que esse volu-
me chegará a 3 pontos.
A Série F vem totalmente modificada. To-
dos receberam novo motor Cumnins 2.8, de
150 cv e transmissão de 5 velocidades Eaton.
Apenas nestes dois componentes os cami-
nhões tiveram redução de 130 kg do seu peso
total. E ganharam ar-condicionado de série. O
ABS, obrigatório por lei, vem com EDB, a dis-
tribuição eletrônica de frenagem.
O F-350, com rodagem simples, transpor-
ta até 2.128 kg de carga, sendo apontado
como ideal para o transporte de hortifrutis,
com entregas fracionadas e distribuição co-
mercial. Custa R$ 101.290. O F-4000 tem ro-
dagem dupla e pode fazer o transporte de
carga viva (animais de médio porte), entre
outras. Único no segmento, o F-4000 4x4,
transporta até 3.810 kg, sendo usado pelas
empresas de serviços especiais, responsá-
veis pela manutenção de redes elétricas, te-
lefonia e construção civi l . Seu preço,
R$ 133.290. A garantia para toda a linha é de
1 ano para o veículo e 2 para motor, câmbio e
diferencial, sem limite de quilometragem.
A modificação mais marcante na nova Sé-
rie F, além do design, que o deixou mais "for-
te", é o seu conforto interno. O ruído em nada
lembra as versões anteriores, vendidas des-
de 1957. Melhoramentos no motor, câmbio e
isolamentos acústicos, garantem nível baixo.
Passando por "costelas de vaca" ou pedras, o
movimento da cabine não incomoda seus
ocupantes. E a força do motor se mostra sufi-
ciente para vencer terrenos mais difíceis. Já
existem alguns implementos para a Série F,
ainda sem data para entrar no mercado e sem
preços estabelecidos.
c h i co l e l i s
A Volkswagen contra-atacaAlemã lança Fox renovado, o mais completo do segmento, e a Saveiro Cross cabine dupla, para 5 ocupantes.
A meta é retomar a liderença de setor. Os preços começam em R$ 35.900 (carro) e vão até R$ 59.990 (picape).
CHICOLELIS
22 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 22 de agosto de 2014
PELOS CAFÉS DE BUENOS AIRESHistóricos ou
temáticos, inspiradosno automobilismo ouem mil aromas, esses
estabelecimentosfazem parte do lifestyledo portenho, mesmoem tempo de crise.
Renato Ibelli
Os cafés de Buenos
Aires são testemu-
nhos de debates re-
volucionários, cria-
ções literárias, paixões que
começam e terminam em
suas mesas e lamentos solitá-
rios de quem de suas janelas
vê a vida passar. Habitat natu-
ral dos portenhos, não há nada
que os faça renunciar a essa
tradição (e necessidade!),
nem as crises econômicas que
causam reflexos dolorosos no
bolso dos argentinos. Hoje se
paga, em média, 20 pesos (R$
5) por um cafezinho. Seis anos
atrás não se desembolsavam
7 pesos. Nada que mude a ro-
tina. A diferença agora, dizem
os portenhos, é que em vez de
passarem três ou quatro horas
tomando café, ficam esse
mesmo tempo saboreando
uma única xícara.
Entrar nesses “s a n t uá r i o s ”
do cotidiano na capital argenti-
na é uma verdadeira imersão
na cultura dos nossos vizinhos.
A l g u n s s ã o
centenários e
c o n s e r v a m
em sua arqui-
tetura e deco-
ração a forte
influência eu-
ropeia. O tan-
go, uma das
principais ex-
pressões ar-
t í s t i c a s d o
país , se faz
presente a to-
do momento,
seja em per-
formances ao
vivo ou na for-
ma de relíquia
deixada por
algum com-
positor. Em outros cafés fun-
cionam livrarias, onde clássi-
cos podem ser lidos entre uma
medialuna (croissant) e outra.
A importância dos cafés le-
vou a prefeitura de Buenos Ai-
res a destacar uma comissão
específica para protegê-los.
Esse grupo selecionou, dentre
centenas de estabelecimen-
tos, aqueles envolvidos de al-
guma maneira em feitos cul-
turais e os colocou em posição
de destaque numa lista deno-
minada “Cafés Notáveis".
PIT STOP - Um deles é o La
Biela. Este café tem forte iden-
tidade com o automobilismo
argentino, como o próprio no-
me sugere – biela é uma peça
essencial aos motores. Fre-
quentado por admiradores da
velocidade desde a década de
1950, tem seus interiores ins-
pirados na temática. Radiado-
res, lanternas e outras peças
de carros enfeitam as pare-
des, dividindo espaço com
placas e fotos que homena-
geiam ases argentinos, como
Juan Manuel Fangio, cinco ve-
zes campeão mundial de F-1, e
Oscar Gálvez, um dos precur-
sores do esporte no país.
O La Biela no elegante bair-
ro da Recoleta, na praça da
Igreja de Nossa Senhora do Pi-
lar, e é “pit stop” obrigatório
àqueles que passeiam pela re-
gião. O cardápio local é bem
completo, para qualquer hora
do dia, mas as mesinhas da
ampla área externa são um
convite para um drinque espe-
cialmente no fim da tarde.
Bom horário também para en-
contrar celebridades, como
jogadores de futebol, que cos-
tumam frequentar a casa.
AROMAS - No El Gato Negro,
a celebridade é a carta de ca-
fés. Localizado na Avenida
Corrientes, uma das princi-
pais de Buenos Aires, este café
notável pega qualquer um pe-
lo nariz. E não é apenas pelo
aroma do café moído na hora,
mas também pelas especia-
rias do mundo inteiro vendi-
das lá. Tem café com canela,
Divulgação
Acima e à esq, o Tortoni,clássico portenho
há mais de 150 anos;à dir., La Biela e o
Clásica e Moderna;e abaixo, balcãode especiarias do
El Gato Negro.
QUEIJOSE VINHOSEM UM PALÁCIODica de hospedagemtop no coração daregião da Recoleta, oPark Hyatt PalacioDuhau (buenosaires.park.hyatt.com) ocupauma construção dabelle époque, comelegante jardim centrale decoração comlustres de cristal,tapetes persa ecortinas de seda.Um dos destaques é avinoteca (foto), quepossui ótima seleçãode vinhos argentinos,degustados com umavariedade de queijos.
Div
ulga
ção A nova econômica que é confortável
Div
ulga
ção
La Biela: Avenida Quintana, 600,Recoleta, www.labiela.comEl Gato Negro: Ave n i d aCorrientes, 1669, San Nicolás,w w w. e l g ato n e g ro n e t . co m . a r /Clásica y Moderna: Ave n i d aCallao, 892, Recoleta,www.clasicaymoder na.com/Café Tortoni: Avenida de Mayo,825, Monserrat,www.cafetor toni.com.ar/br/
OUI, PATISSERIE.
Fotos: José Guilherme Ferreira e Paula Carbonari
Smeterling Patisserie: Ca l l eUruguai, 1.308,www.smeter ling.com.Bonjour Paris, Maison deTh é : Calle Uruguai, 1.145.
Divulgação
Fotos: Renato Ibelli
com cardamomo, cravo-da-
índia, gengibre, entre outros.
Atrás do balcão há uma prate-
leira imensa tomada por potes
com cerca de 400 tipos de
temperos que, sozinha, já é
uma atração.
Explica-se: até 1927 o local
era um armazém de especia-
rias, quando então virou um
café, sem abrir mão de sua ca-
racterística original. El Gato
Negro é um ótimo lugar para ir
enquanto se espera o início da
sessão em algum dos teatros
da Avenida Corrientes.
CULTURA VIVA - Outro café
na lista dos notáveis que tem
origem distinta é o Clásica y
Moderna. Ele nasceu como
uma livraria há 75 anos e, aos
poucos, foi ganhando uma di-
mensão mais ampla, até se
transformar em uma espécie
de centro cultural. A livraria
ainda compõe o ambiente,
mas hoje divide espaço com
um bar e um restaurante, on-
de ocorrem performances ar-
tísticas - algumas espontâ-
neas, quando frequentadores
resolvem sentar ao piano.
As apresentações não se li-
mitam às músicas ou palestra
sobre literatura. Artistas famo-
sos são chamados para cozi-
nhar para os clientes. É um lu-
gar onde a cultura argentina se
mostra efervescente, mas de
forma intimista. O Clásica y Mo-
derna está sempre à meia-luz e
a música ao fundo nunca para,
ambiente que pede uma boa
garrafa de vinho argentino.
Não há crise política ou eco-
nômica, ou invasão de Starbu-
cks, que desestabilize a ligação
entre os cafés e o portenho. Os
cafés não saem de moda. O Tor-
toni, sem dúvida o mais conhe-
cido de todos, se mantém firme
por mais de 150 anos, e dificil-
mente se consegue entrar nele
para assistir aos shows de tan-
go sem reserva.
Jorge Luis Borges buscou
inspiração sentado nas mesi-
nhas dos cafés; Carlos Gardel
rabiscou letras em seus guar-
danapos. Entre famosos, sem-
pre esteve uma multidão de
anônimos cuja visita fez parte
da rotina. Uma tradição eter-
na em Buenos Aires.
Viagem a convite daTurkish Airlines
ACalle Uruguay muitas ve-
zes passa despercebida
no bairro da Recoleta, mas é lá
que estão algumas pequenas
joias de Buenos Aires. A estre-
la é a Smeterling Patisserie,
que ganhou este ano o certifi-
cado de excelência TripAdvi-
sor. É uma casa pequena, mo-
derna, onde não cabem mais
de oito pessoas, mas os doces
impecáveis, ao estilo francês,
e o atendimento cortês fazem
a diferença. Só com muita
sorte, haverá uma mesinha li-
vre para dois. No balcão, são
quatro lugares. Improvisa-se
mais dois. Não há quem
resista ao Caprice
de Bananas, de-
vidamente as-
sentadas so-
bre uma mas-
sa de avelãs
tostadas, ou a
in tern acio nal
Sacher Torte e
suas camadas mi-
limetricamente cons-
truídas. Ou ainda as tortas de
limão, de tangerina, o bolo de
morango recheado de dulce
de leche (onde a Argentina
mostra sua cara), os macar-
rons levados à perfei-
ção e os exuberan-
tes cupcakes. No
ar, o aconche-
gante cheiro
de bolo saindo
do forno. Não
muito longe
da Smeterling,
há duas casas
de chá Bonjour Pa-
ris, uma bem perto da
outra, silenciosas, reserva-
das, decoradas em estilo ro-
cocó, um charme só. Na Bon-
jour Paris há no menu um
combinado de tortas doces
(para compartir) e também
tortas salgadas, saladas e
sanduíches. O forte, contudo,
é o café da manhã, completo
de delícias, iluminado por
fresquíssimas medias lunas
argentinas. Oui, estamos em
Buenos Aires.
José Guilherme Ferreira
ATurkish Airl ines é
uma das opções pa-
ra voar entre Brasil e Ar-
gentina. A companhia
faz a rota entre São Paulo
e Istambul, via Buenos
Aires, com o Boeing 777,
que tem capacidade pa-
ra 337 passageiros. No-
vidade a bordo é a classe
Comfort, uma econômi-
ca mais confortável na
qual reserva 63 assen-
tos. As poltronas são mais amplas e
o espaço entre elas é de 116 centí-
metros –na econômica a distância é
de 81 cm. Para completar, a Comfort
disponibiliza telas individuais e fil-
mes e jogos para os passageiros. O
serviço é diferenciado, com opções
de refeição e open bar. Para Buenos
Aires, a passagem nessa classe cus-
ta cerca de U$ 330, mais taxas. Mais
informações pelo www.f lytur-
kish.com.br/.
Estilo rococó e café da manhã delicioso no Bonjour Paris (à esq.); Smeterling Patisserie (à dir.) é pequena e serve doces irresistíveis.