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    Unidade 2 - Conhecendo a Voz (de 0h30 a 1h30 de dedicao)

    Unidade 2 - Conhecendo a Voz

    Site: EAD 2 - UAB - UFSCar Curso: Prtica e ensino em Educao Musical - Parte 2 (Plo Osasco) - G3

    Livro: Unidade 2 - Conhecendo a Voz (de 0h30 a 1h30 de dedicao)Impresso por: Humberto Akio Hama 368865Data: quinta, 9 fevereiro 2012, 00:22

    Sumrio

    * Unidade 2 - Conhecendo a Voz o 2.1. Primeiras palavras o 2.2. Problematizando o tema o 2.3. Textos Bsicos para Estudos o 2.3.1. Sade Vocal: a voz falada e a voz cantada o 2.3.2. A Voz Infantil

    o 2.3.3. Muda Vocal o 2.4. Consideraes finais o 2.5. Atividades de aplicao, prtica e avaliao o 2.6. Estudos complementares o 2.6.1. Saiba mais... o 2.6.2. Outras sugestes de fontes de informao o 2.6.3. Referncias bibliogrficas

    Unidade 2 - Conhecendo a Voz

    Unidade 2 - Conhecendo a Voz

    violo

    2.1. Primeiras palavras

    Abordaremos nesta Unidade aspectos da Sade Vocal do Educador, bem comoquestes relevantes sobre a voz falada e a voz cantada. Destacaremostambm aspectos sobre a voz infantil.

    menininha

    2.2. Problematizando o tema

    Nesta Unidade falaremos sobre a sade vocal do educador. Antes, porm,

    de falarmos sobre sade vocal necessrio que pensemos um pouco sobre avoz. Algumas perguntas nos vem mente:

    * O que voz?* Como produzida?* Para que serve?* Quais os cuidados que devemos ter com a nossa voz?* O que devemos evitar?* Qual a tessitura adequada para a voz infantil?

    Tentaremos responder estas e outras questes durante o desenvolvimentodesta unidade.

    2.3. Textos Bsicos para Estudos

    livros

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    2.3.1. Sade Vocal: a voz falada e a voz cantada

    A voz um instrumento que a natureza nos d graciosamente, uma dasexpresses mais ricas do ser humano.

    Na Wikipdia^1 encontramos que a voz humana produzida pela vibrao do

    ar que expulso dos pulmes pelo diafragma e que passa pelas pregasvocais e modificado pela boca, lbios e lngua. A partir destadefinio podemos concluir que o ar essencial para a produo da voz,por isso saber respirar corretamente fundamental para uma boa emissovocal.

    A respirao composta por dois movimentos. Um de entrada de ar nospulmes, chamado INSPIRAO e outro de sada de ar dos pulmes, chamadoEXPIRAO. Estes dois movimentos contam com a ajuda de um msculochamado DIAFRAGMA, que essencial na respirao. O uso correto dodiafragma na respirao garantir que a voz saia sem grande esforo ecom boa emisso.

    As pregas vocais encontram-se na laringe, que um tubo alongadolocalizado no pescoo. A voz produzida a partir de um som bsico,chamado buzz larngeo, no entanto o som produzido na laringe ainda no a voz propriamente dita. O som gerado na laringe vai sendo modificadoconforme vai percorrendo as cavidades de ressonncia.

    Ao inspirarmos as pregas vocais encontram-se afastadas e ao expirarmosas pregas vocais aproximam-se entre si controlando e bloqueando a sadade ar dos pulmes, sendo o diafragma o msculo responsvel por apoiar epressionar a coluna de ar que ir passar atravs das pregas vocais eassim teremos a produao do som.

    A voz est presente no ser humano desde o nascimento e faz parte doprocesso de socializao humana, pois um meio de comunicao. MaraBehlau, uma reconhecida fonoaudiloga e especialista em voz, afirma quea voz faz parte de toda a nossa existncia e que inaugura nossa vida comum choro e conclui com o ltimo suspiro.

    Podemos ainda destacar que a voz est intimamente ligada personalidadede cada pessoa e que se modifica de acordo com a idade, com a sadefsica, contexto de comunicao, sofrendo tambm influncias pelascondies ambientais. Alm de ser um meio de comunicao tambm ummeio de expresso, um veculo de nossos sentimentos e emoes.

    Cada um de ns tem um timbre particular e pessoal que faz com quesejamos reconhecidos ao falar ao telefone, por exemplo. Mara Behlau(2001) afirma que possumos um padro bsico que nos identifica, eacrescenta nossa voz s nossa, uma espcie de expresso sonoraabsolutamente individual, fato semelhante ao que ocorre com a impressodigital, ou seja, nossa voz possui caractersticas prprias. Noentanto, temos a possibilidade de modificar nossa voz e torn-la maisaguda, mais grave, mais rouca, mais nasal, mais sensual, mais agressiva,etc.

    Para muitos profissionais, entre eles, advogados, vendedores eprofessores, a voz um instrumento de trabalho indispensvel, por issodeve ser bem cuidada.

    Higiene Vocal

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    O termo Higiene Vocal se refere a um conjunto de medidas que ajudam apreservar a sade da voz, prevenindo as doenas e o aparecimento dealteraes.

    Para manter a sade vocal desenvolva o hbito de:

    * Praticar esportes* Eliminar elementos que possam causar alergia* Alimentar-se de forma equilibrada* Beber muita gua* Usar roupas confortveis* Aquecer a voz antes de us-la de forma intensiva* Fazer um perodo de repouso vocal aps o uso intensivo da voz* Dormir em mdia 8 horas por noite

    Para manter a sade vocal evite:

    * Fumar

    * Ficar pigarreando (raspar a garganta) para tirar a secreo da garganta* Bebidas alcolicas* Usar drogas* Poluio* Refluxo gastresofgico* Ambientes ruidosos em que a voz seja produzida com esforo* Ar condicionado* Automedicao* Consumo de bebidas ou alimentos gelados* Cochichar ou sussurrar

    Ao respeitar as normas de Higiene Vocal voc estar evitando oestabelecimento de problemas de voz.

    Pesquisas comprovam que os professores representam a categoriaprofissional com maiores riscos de desenvolverem problemas vocais,portanto previna-se e cuide de sua sade vocal!

    Distrbios da Voz Reeducao

    emisso de uma voz saudvel damos o nome de eufonia. Os problemas devoz so chamados de disfonias. Alguns distrbios so especficos da vozfalada, outros so comuns voz cantada e voz falada.

    Ao detectar um problema de emisso vocal, um mdicootorrinolaringologista dever ser consultado, pois ele ter condies dedeterminar a ao teraputica a ser adotada, alm de classificar osdistrbios vocais e seu grau de gravidade. O fonoaudilogo oprofissional indicado para orientar a reeducao do paciente comproblema de voz.

    Existem fatores que prejudicam ou beneficiam sua voz. importante quevoc faa uma observao pessoal e que saiba detectar quais os fatoresque esto sempre presentes quando voc tem algum problema de voz. Namaioria das vezes o problema acontece e as pessoas acabam achando que normal e que vai passar logo. Cuidado com isso. Evite o esforodesnecessrio e o abuso vocal ou o mau uso da voz.

    A rouquido deve ser um motivo de alerta. Qualquer rouquido que duremais que 15 dias deve ser avaliada por especialistas, pois um cncer de

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    laringe pode comear com uma rouquido semelhante a de um resfriado.

    Lembre-se que ser nocivo para a voz tanto falar muito alto quanto muitobaixo.

    Aquecimento

    Outro aspecto importante e que deve ser observado a questo doaquecimento vocal. Aquecer a voz fazer uma srie de exerccios quepreparam a voz para o canto ou para a fala, como no caso do ator ou locutor.

    O preparador vocal e o professor de canto so os profissionaiscapacitados para orient-lo em seu desempenho vocal e ajud-lo nacompreenso dos tpicos aqui apresentados, bem como no repertrioadequado para seu tipo de voz. A esse preparo d-se o nome de Tcnica Vocal.

    Prepare seu corpo com exerccios de alongamento, e em seguida faa osexerccios de respirao. Depois inicie os vocalizes de aquecimento.

    Vocalizes so exerccios que ajudam a praticar os intervalos juntamentecom o uso correto da musculatura. Alm deles existem exerccios derespirao, relaxamento, ressonncia, percepo, emisso, dinmica,entre outros. importante para aquecer a musculatura larngea.

    Estes exerccios podem ser realizados diariamente, durante 20 minutosaproximadamente e deve-se comear pelos tons mdios, partindo em direoaos extremos da tessitura, tanto para o agudo quanto para o grave.Lembre-se que estes exerccios no devero trazer cansao ou dor durantesua realizao e ajudaro a ampliar a percepo dos sons.

    Desaquecimento

    Aps o trmino da apresentao ou ensaio desaquea a sua voz. Cincominutos em silencio so suficientes para retornar ao ritmo natural paraa fala.

    Para desaquecer a voz sugerimos tambm bocejos e vocalizaes em escaladescendente.

    Voz falada

    Podemos afirmar que a produo da voz e da fala so atos coordenadospelo crebro. Para que tenhamos uma emisso de voz com qualidade sonecessrias condies anatmicas e fisiolgicas, alm de um equilbriopsicolgico e um estado de sade geral satisfatrio.

    Claire Dinville (2001) esclarece: Vista que a voz falada antes detudo ar sonorizado, a respirao que deve fornecer a pressoexpiratria necessria para dar origem ao som da laringe, ser capaz demant-lo e permitir sua propagao nas cavidades de ressonncia.

    Behlau (2001) acrescenta: Para emitirmos a voz e a fala, nosso crebrodispara o comando central, que chega em nossa laringe nos articuladoresdos sons da fala atravs de nervos especficos. Inicialmente precisamosinspirar ar, ou seja, colocar o ar para dentro dos pulmes; para tanto,

    as pregas vocais devem estar afastadas. Ao emitirmos a voz, as pregasvocais aproximam-se entre si, com tenso adequada, controlando ebloqueando a sada de ar dos pulmes.

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    Conclumos que o papel da respirao muito importante, pois fornece apresso necessria para manter a vibrao das pregas vocais.

    Atravs da fala podemos nos comunicar com os outros e transmitir umamensagem.

    Voz Cantada

    Apesar de ser produzida com as mesmas estruturas da voz falada, h anecessidade de novos ajustes motores na laringe.

    A respirao fica mais profunda, as pregas vocais produzem ciclosvibratrios mais controlados e com maior energia acstica, as caixas deressonncia esto mais expandidas e a amplificao do som maior.

    Cantar um grande privilgio. Dinville (2001) afirma que a voz cantada o instrumento mais belo e emocionante que existe, mas tambm o mais

    frgil, por isso a necessidade de cuidados dirios e da utilizao deuma boa tcnica vocal.

    Segundo Mrio de Andrade (1989) cantar formular melodias, frasesmusicais, com ou sem letra. Organizar notas segundo regras estabelecidasou improvisando, seguindo a inspirao do momento. Todo ser humano deveter o direito de cantar e pode desenvolver esta habilidade, ou seja,pode se tornar um cantor.

    O cantor, seja ele solista ou de grupos corais, deve realizar exercciosde respirao diariamente. Como foi dito anteriormente, a finalidadedestes exerccios desenvolver e dar flexibilidade musculaturautilizada durante o canto. Deve ajudar tambm a dosar a quantidade de ar

    de acordo com a msica.

    Alm da respirao correta, no canto o som precisa encontrar uma caixade ressonncia para poder ampliar-se. O aparelho ressonador vai ser oresponsvel por uma boa qualidade do som. Outro aspecto a serconsiderado a articulao das vogais e consoantes durante a vocalizao.

    A voz precisa ser trabalhada para que o canto seja realizado semesforo. A prtica constante dos vocalizes vai propiciar uma extensomaior, as notas sero alcanadas com mais facilidade e a sonoridaderesultar mais bonita e segura.

    A Tcnica Vocal trabalha os seguintes aspectos da voz cantada: Postura,Respirao, Fonao, Ressonncia, Dico e Expressividade.

    Ainda nesta unidade vamos propor exerccios que ajudem a compreendermelhor o que estamos dizendo.------------------------------------------------------------------------Voz humana. Wikipdia. Disponvel em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz_humana. Acesso em 08/09/08.

    2.3.2. A Voz Infantil

    A voz infantil nem sempre tem recebido por parte dos adultos a ateno

    que merece e o que temos visto que um grande nmero de crianasapresenta um desenvolvimento vocal defeituoso.

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    O mesmo processo que a criana usa para aprender a falar permite que elaaprenda a expressar-se e comunicar-se com a msica, vivenciando oselementos sonoros com o prprio corpo. A msica uma linguagem comdiversas formas de se expressar, e como tal pode e deve ser utilizada.

    Devemos ajudar as crianas a reconhecerem em suas vozes um importanteinstrumento musical. Por meio da msica oferecemos a oportunidade de um

    desenvolvimento vocal natural, e tambm na coordenao motora, dosimpulsos, das emoes e das idias. No devemos propor um ensinomecnico, mas sim permitir que experimentem o instrumento musical quetrazem consigo: a voz.

    A professora Tea Alencar de Brito (2003) nos orienta: Alm de cantar,devemos brincar com a voz, explorando possibilidades sonoras diversas:imitar vozes de animais, rudos, o som das vogais e das consoantes (coma preocupao de enfatizar a formao labial), entoar movimentos sonoros(do grave para o agudo e vice-versa), pequenos desenhos meldicos, etc.

    De grande importncia so as atividades ldicas, que visam a

    sociabilidade das crianas, sua integrao, descontrao e ateno.Atravs das brincadeiras e das msicas podemos ensinar grandes verdades.Para isso necessitamos de um repertrio musical variado e adequado vozinfantil.

    Outra questo importante de ser observada que cada criana possui umtempo de aprendizagem que deve ser respeitado. No devemos fazer seleode habilidades, mas trabalhar com todos indistintamente. Mesmo aos quese mostram incapazes de cantar ou de repetir um som dado, nosso deveroferecer uma oportunidade de sensibilizao musical.

    Todos os professores que vo trabalhar com crianas deveriam conhecer epraticar as boas regras do canto. Alguns cuidados deveriam ser tomados

    para garantir a sade vocal de todos, pois a criana imitainconscientemente a voz que ouve.

    As experincias vocais de uma criana vo ajudar na construo de suaidentidade, influenciando seu comportamento futuro. Observe que, destasexperincias dependero o sucesso tanto na rea social como naprofissional, no que diz respeito comunicao. Podero marcar aconstruo da identidade vocal de uma criana, facilitando oudificultando sua comunicao. Provavelmente voc j deve ter visto, emapresentaes, as crianas serem motivadas a cantar bem alto. E qual oresultado? Muitos gritos, vozes foradas e estridentes, veiassalientando-se no pescoo. Lembre-se que isto extremamente prejudiciale que deve ser evitado.

    Pais e professores devem estar sempre alertas e interessados em cultivaruma boa voz nas crianas, pois sabemos que a voz influi diretamente nocarter e o carter se reflete diretamente atravs da voz. Quantas vezesos adultos se vem em situaes embaraosas por possurem vozesirritantes e estridentes. Alberto Ream (1973) afirma que, nodesenvolvimento psicolgico da criana, tudo o que promove agressividadecontribui para que a sua voz seja mais e mais prejudicada atravs dosanos. Desenvolver a voz trabalhar com a pessoa como um todo e ajudarna descoberta da prpria personalidade.

    A voz correta da criana aquela que sai natural e leve, sem nenhum

    esforo. Apresenta timbre claro, sem vibrato e praticamente sem graves.Muitas pessoas desconhecem que a voz infantil tem mais brilho e volumena regio aguda. Observe uma criana brincando sozinha e distrada,

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    muitas vezes ela cantarola com uma voz leve e aguda enquanto brinca,pois est livre de constrangimento.

    importante reforar que a voz da criana naturalmente aguda e compouco volume. Meninos e meninas at mais ou menos os onze anos de idadeapresentam pouca diferena na voz e merecem o mesmo cuidado. A extensoe flexibilidade no canto so iguais entre os sexos neste perodo. Muitas

    vezes observamos por parte dos adultos uma presso para que os meninosfalem mais grosso, criando um senso de vergonha para o menino quefala fino, ou ainda a expresso: cantar coisa de mulher. Destaforma, muitos meninos esto perdendo a oportunidade de se expressarem demaneira natural e alegre atravs do canto e de desenvolverem umequilbrio emocional e mental.

    Tessitura um termo utilizado para designar a extenso que uma pessoa capaz de cantar sem preocupao, ou seja, com maior conforto. Comoextenso vocal, entendemos a totalidade dos sons emitidos por umapessoa. Esta extenso vocal varia de pessoa para pessoa de acordo com aidade.

    As crianas mais novas alcanam naturalmente as notas: si bemol 2 aomi4. Uma criana com algum treinamento vocal normalmente alcana do l2ao l 4, ou seja, uma extenso de duas oitavas, sem esforo. No entanto,no Brasil temos tido dificuldade em conseguir estes resultadosexatamente porque no temos bons modelos vocais. Os pais no cantammais, os professores esto com suas vozes cansadas e as crianasreproduzem da maneira como lhes apresentado. Lembre-se que a voz dacriana como o camaleo, pega a cor do exemplo exposto.

    A auto-estima precisa ser constantemente desenvolvida nas crianas, porisso incentive-as sempre e aponte as suas melhoras ao longo do tempo de

    atividades com as vozes.

    Concordamos com a afirmao da professora Ilza Zenker Leme Joly (1997)a infncia e adolescncia o tempo em que devemos estimular na crianaem formao, o desenvolvimento da autoconfiana, da curiosidade, docontrole, da imaginao e o prazer de aprender. Essas capacidades,depois de desenvolvidas, vo ser teis ao indivduo para o resto de suavida. E por que no fazer tudo isso atravs do canto coral?

    Falaremos sobre o canto coral em outra oportunidade.

    2.3.3. Muda Vocal

    A mudana da voz ou muda vocal acontece entre os 12 e 15 anos e continuaat cerca de 20 anos. Esta mudana traz alteraes para os meninos emeninas e se d no momento em que as pregas vocais crescemindependentemente de outras partes do corpo.

    Geralmente esta mudana mais perceptvel nos meninos, mas ela acontecetambm nas meninas, que apresentam mais ar na voz e o timbre passa a sermais encorpado.

    Nos meninos, como j disse, a mudana mais drstica. Alm da mudanade timbre h tambm uma ampliao para alcance dos sons graves, ficandoa tessitura restrita por um perodo de tempo. Muitos ficam embaraados e

    se sentem meio sem jeito nesta poca, pois apresentam quebrasinvoluntrias na voz, o que pode gerar risos por parte dos amigos efamiliares.

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    Durante muito tempo existiu uma idia que na poca da mudana da voz erapreciso descansar, ou seja, parar de cantar. Mas hoje essa idia mudou,ns sabemos que ningum precisa parar de cantar porque chegou adolescncia e isto se deve em grande parte por causa do trabalho deEducao Musical que vem sendo realizado.

    O educador musical precisa saber que nesta fase as mudanas so lentas

    e, portanto, so necessrios alguns cuidados:

    * Explicao sobre o que est acontecendo no s para os meninos, maspara todo o grupo* Um repertrio adequado nova tessitura* Novos arranjos* Talvez mudanas de tonalidades* A mudana da voz falada no implicar que a voz cantada mudar namesma poca* Orientar o menino a utilizar a mudana de registro entre o grave,mdio e agudo, sem utilizar o falsete(*).

    O educador musical dever tambm manter constante observao durante asatividades cantadas para ajudar seus educandos a enfrentarem esta novasituao com tranqilidade.

    Obs. Segundo Phillips (1992) a voz de falsete uma voz falsa, poisela produzida a partir de um levantamento da laringe, eliminando oressonador larngeo. O resultado um som fraco e sem apoio.

    2.4. Consideraes finais

    Ao terminar esta Unidade, espero que voc tenha ampliado seusconhecimentos sobre sua voz e a maneira correta de utiliz-la. Almdisso, muito importante que tenha refletido tambm sobre sua atuao

    como educador na orientao que oferecer s pessoas, tanto crianas,como adolescentes, jovens ou adultos, sobre a maneira correta de falar ecantar.

    Vale a pena lembrar que daqui para frente este aprendizado deve passar afazer parte do seu dia a dia. Faa sempre os exerccios de respirao,pratique uma atividade fsica e beba muita gua. Meu desejo que vocalcance sucessos em sua caminhada e que saiba utilizar bem sua voz.

    2.5. Atividades de aplicao, prtica e avaliao

    Confiram as orientaes detalhadas para as atividades na sala do seu Plo.

    grupo

    2.6. Estudos complementares

    A seguir voc encontrar mais informaes sobre o assunto que estamosestudando nesta Unidade.

    cantora 3

    2.6.1. Saiba mais...

    Seria muito interessante que voc pudesse ter um contato com um

    preparador vocal ou um professor de canto para desenvolver ashabilidades vocais, no entanto, caso isto no seja possvel existemlivros que trazem CDs com exerccios de respirao e de tcnica vocal.

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    Dois dos livros que esto na Bibliografia trazem os CDs, um o Canto:uma expresso, da Mnica Marsola e Tutti Ba e o outro Canto: equilbrioentre corpo e som da Cludia Pacheco e Tutti Ba.

    Gostaria de indicar tambm os livros Mais que nunca preciso cantar, da

    Cris Delanno e Por todo canto: mtodo de tcnica vocal da Diana Goularte Malu Cooper, que tambm apresentam CDs com os vocalises.

    2.6.2. Outras sugestes de fontes de informao

    Acesse os sites abaixo relacionados e veja outras informaes sobre a voz.

    www.studiomel.com www.abcdasaude.com.br www.fonoaudiologia.com

    ------------------------------------------------------------------------

    Sugesto de vdeo no YouTube:http://www.youtube.com/watch?v=Oe98Xmsf57o - Produo de Voz AspectosFisiolgicos

    ------------------------------------------------------------------------Nesta unidade deixo outra indicao de Filme para sua reflexo.

    Trata-se do filme francs A voz do corao (Les Choristes)

    Sinopse: Um professor de msica vai trabalhar numa rgida instituiode reeducao de jovens meninos. Com pacincia, ele tenta melhorar suas

    vidas atravs da msica. No entanto, ele ter que lutar para manter ocoral dos meninos na ativa.

    Pegue a pipoca e bom divertimento!!!

    2.6.3. Referncias bibliogrficas

    ANDRADE. Mrio. Dicionrio Musical Brasileiro. Belo Horizonte: Itatiaia,1989.BEHLAU, Mara; PONTES, Paulo. Higiene Vocal: cuidando da voz. 3

    . ed.ampliada e atualizada. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.BRITO, Tea Alencar de. Msica na Educao Infantil: propostas para aformao integral da criana. 2

    .ed. So Paulo: Peirpolis, 2003.DINVILLE, Claire. Os distrbios da Voz e sua reeducao. 2

    . ed. Rio deJaneiro: Enelivros, 2001.MARSOLA, Mnica; BA, Tutti. Canto: uma expresso. Irmos Vitale, 2001.PACHECO, Cludia; BA, Tutti. Canto: equilbrio entre corpo e som. SoPaulo: Irmos Vitale, 2006.REAM, Alberto. Um estudo sobre a Voz Infantil. So Paulo: ImprensaMetodista, 1973.SANDRONI, Clara. 260 Dicas para o cantor popular profissional e amador.Rio de Janeiro: Lumiar, 1998.