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Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007
Sumário Introdução Grupos de Personagens Sintéticos Problemas e Limitações Caso de Estudo: Perfect Circle Modelo de Dinâmica de Grupo Sintética (DGS) Avaliação Conclusões e Trabalho Futuro
Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007
Introdução É comum encontrar ambientes virtuais com
vários personagens sintéticos (agentes) Jogos de computador Comunidades virtuais Software educacional Filmes
Vários destes ambientes promovem a interacção em grupo e colaboração com o utilizador
Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007
Exemplos Vários trabalhos apresentam:
Dinâmica de grupo emergente Relações sociais explicitas
Utilizador Outros personagens
Colaboração Utilizador Outros personagens
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Boids Objectivo
Movimento de cardumes e bandos
Comportamento Dinâmica
Emergente Sem relações
sociais Sem colaboração
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REA Objectivo
Vender casas Ganhar a
confiança do utilizador
Comportamento Relações
sociais Apenas com o
utilizador
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AlphaWolf Objectivo
Simular uma alcateia
Comportamento Dinâmica
emergente Com relações
sociais Sem colaboração
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Avatar Arena Objectivo
Negociar marcação de reuniões
Comportamento Dinâmica
emergente Com relações
sociais Sem intervenção
do utilizador
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The Sims Objectivo
Vida com sucesso
Gerir amizades Comportamento
Com relações sociais
Sem colaboração
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Sam Objectivo
Contar histórias em conjunto com o utilizador
Comportamento Colaboração Sem relações
sociais Apenas dois
intervenientes
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Steve Objectivo
Ensinar uma tarefa de grupo ao utilizador
Comportamento Colaboração Sem relações
sociais
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RPGs Objectivo
Resolver desafios em grupo
Comportamento Colaboração Sem relações
sociais Papel pouco
importante
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Problema Casos típicos
(1) Dinâmica emergente; sem capacidade para estabelecer relações sociais; nem colaboração
(2) Com capacidade de estabelecer relações, sem colaboração
(3) Colaboração sem capacidade de estabelecer relações sociais
Não há muito trabalho em cenários com colaboração e simultâneamente uma dinâmica de relações sociais
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Objectivo Promover a interacção de um utilizador com um
grupo de personagens sintéticas Realizam uma tarefa de grupo num mundo virtual O utilizador pertence ao grupo
Qualidade da interacção do utilizador depende da credibilidade dos personagens
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Credibilidade Criar a Ilusão de Vida (Disney) Fazer esquecer que não é real Ser coerente com as expectativas do utilizador Vários níveis
Motor (Visual) Comportamento
Deve haver um equilíbrio entre os níveis Ex: o personagem não deve parecer mais “esperto” do
que é na realidade
Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007
Credibilidade The Media Equation (Reeves and Nass, 1996)
Os utilizadores têm expectativas sociais quando interagem com o computador
Aplicam regras sociais semelhantes às usadas em interacções com outros humanos Utilizadores preferem computadores simpáticos e são
simpáticos para com os computadores Atribuem características de personalidade ao computador e
preferem interagir com computadores com personalidade compatível
Aplica-se a todo o tipo de utilizadores
Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007
Hipótese Melhorar a interacção de um utilizador num grupo
de personagens sintéticos implica criar comportamento de grupo credível
Se a dinâmica do grupo for semelhante à verificada em grupos de humanos então a credibilidade do
grupo e consequentemente a interacção do utilizador com o grupo serão melhores
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Caso de Estudo Jogo de computador jogado por 5 personagens
1 controlado pelo utilizador e os restantes autónomos Tarefa colaborativa
Encontrar uma gema especial no mundo de FantasyA Navegar no mundo através de portais activados por
certas combinações de gemas preciosas O grupo tem de conseguir a combinação correcta para
avançar no jogo
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Demo: Perfect Circle
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Modelo DGS Um modelo para suportar uma dinâmica de grupo
credível Inpirado em teorias e estudos humanos (psicologia e
sociologia) McGrath (1984), Bales (1950), Heider (1958),
French and Raven (1968) Elementos são agentes autónomos com capacidade
de modelar criar um modelo dos outros e do grupo Dinâmica de grupo surge / observa-se nas interacções
entre os elementos do grupo
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Modelo DGS O modelo aplica-se a:
Grupos pequenos Sem estrutura organizacional Com membros autónomos Com membros heterogénios Comprometidos na resolução de uma tarefa
colaborativa
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Modelo DGS
Mente do Agente
Percepção
Acção
O Grupo
Crenças
Comportamento
Mod
elo
DG
S
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Modelo DGS
Interacções dos membros
Estado do Grupo
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Modelo DGS
Interacções dos membros
Estado do Grupo1. Nível Individual2. Nível de Grupo3. Nível de Contexto
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Modelo DGS
Interacções dos membros1. Instrumental2. Socio-emocional
Estado do Grupo1. Nível Individual2. Nível de Grupo3. Nível de Contexto
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Arquitectura
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacções
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Nível Individual
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacções
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Nível Individual Define as características individuais de cada
membro, incluindo o próprio agente Habilidades relacionadas com a tarefa Personalidade - Five Factor Model (McRae and
Costa, 1996) Extroversão: iniciativa dominante e frequência de
interação Simpatia: orientação socio-emocional
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Nível de Grupo
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacções
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Nível de Grupo Composição do grupo
Conjunto de membros Estrutura do grupo
Relações inter-pessoais Atracção social: gostar e desgostar Influência social: poder potêncial
Relação dos membros com o grupo Motivação Posição no grupo
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Nível de Grupo A posição de um membro no grupo reflete a força
(importância) das suas acções no grupo
Posição do grupo depende de: A estrutura do grupo
Atracção que os outros membros nutrem pelo agente Influência que o agente tem nos outros
Capacidade (para resolver a tarefa) relativa no grupo
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Interacções
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacções
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Interacções Categorias (baseadas em Bales, 1950)
Socio-emocionais Positivas: Encorajar, Concordar
E.g. Encorajar um elemento quando este falha a execução de uma acção
Negativas: Desencorajar, Discordar
Instrumentais Positivas: Facilitar Problema, Ganhar Competência
E.g. solve part of the group problem Negativas: Dificultar Problema, Perder Competência
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Efeitos de Interacção
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacção
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Efeitos de Interacção Interacções Instrumentais alteram as relações de
influência (French and Raven, 1968) Um elemento do grupo que demonstre competência na tarefa
ganha influência sobre os outros Um elemento que demonstre incompetência perde influência
Interacções socio-emocionais alteram as relações de atracção (Heider, 1958) Um agente sente-se atraído por membros que executem
interacções socio-emocionais positivas para um agente que ele goste ou para ele próprio
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Condições de Interacção
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacção
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Condições de Interacção Em geral a frequência de interacção depende de:
Motivação, Posição no Grupo e Extroversão
Nas interacções socio-emocionais: Simpatia Posição no grupo do agente alvo Atracção social pelo agente alvo
Nas interacções instrumentais Habilidades do agente
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Nível de Contexto
Geração de Comportamento
Sensores
Actuadores Acção
Percepção
Ambiente Mente do PersonagemCrenças
Individual
Grupo
Contexto
Interacção
ActionInfluence
IdentityCategory
Efeitos deInteracção
Revisão deCrenças
ActionPlanning
IdentificaCategoria
Influênciana Acção
Planeamentode Acções
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Nível de Contexto Suporta o mecanismo de identifiação das
interacções Modelo da Tarefa
Usado para identificar as interacções instrumentais Normas Sociais
Usadas para identificar as interacções socio-emocionais
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Avaliação
“Se as interacções num grupo de personagens sintéticos seguirem uma dinâmica semelhante às
interacções em grupos humanos:1) o grupo sintético torna-se mais credível2) o que torna melhor a experiência de interacção de um utilizador que participe
activamente no grupo”
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Avaliação Como avaliar a experiência de interacção do
utilizador? Experiência em Grupo (Allen et al., 2004)
Confiança Identificação social
Ambientes Virtuais (DeGreef et al., 2001) (Schubert et al., 2001) Presença Física e Social
Jogos Satisfação
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Avaliação Amostra
24 estudantes de Informática (IST-Taguspark) Com idades dos 18 aos 32 20 homens, 4 mulheres
Método Os participantes lêem as instruções do jogo na
primeira meia hora Depois jogam durante uma hora
Todos jogam com o mesmo grupo em termos de personalidade, aparência e habilidades individuais
Todos jogam a mesma sequência de desafios
No fim preenchem um questionário
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Avaliação 3 Condições (8 pessoas em cada)
(C1) Sem o modelo DGS Frequência de interacção constante A decisão de proceder com uma acção, depois de discutida
no grupo, não depende da posição dos elementos no grupo Não há interacções socio-emotionais
(C2) Com o modelo DGS e um grupo neutro(C3) Com o modelo DGS e um grupo pouco coeso
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Resultados
Asymp. Sig. de Trust foi 0,039 e de Identification foi 0,051
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Resultados
Asymp. Sig. de Presence foi 0,469 e de Satisfaction foi 0,105
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Conclusões Argumentou-se que credibilidade na dinâmica de grupo é
uma questão importante para melhorar a experiência de interacção de um utilizador que colabora com personagens sintéticos
Provou-se que essa credibilidade pode ser conseguida se as interacções no grupo sintético seguirem uma dinâmica semelhante aos grupos humanos
Este trabalho estende os sistemas existentes à data Os personagens sintéticos relacionam-se durante a
colaboração na resolução de uma tarefa Atracção social Influência social
O utilizador é um dos membros do grupo
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Trabalho Futuro Extensões ao modelo DGS
Incluir estrutura de organização Dinâmica da composição do grupo
Aceitação e exclusão de membros
Estender a personalidade Noção de individualismo
Relacionamentos inter-grupais
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Trabalho Futuro Mais avaliação
Efeitos da coesão do grupo Diferenças nos utilizadores
Cultura Personalidade
Teste de “Turing” Aplicar o modelo DGS noutros cenários
Treino de liderança Ferramenta para estudos socias sobre dinâmica de
grupo Mediação de interacções de grupo entre humanos
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Obrigado!
Contactos: [email protected]/~rui.prada/perfect-circle