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Dinamismo e heterogeneidade das sociedades modernas 25h A14 – Técnico de Ação Educativa Formadora: Marlene Moreira

Dinamismo e Heterogeneidade Das Sociedades Modernas A14

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Dinamismo e heterogeneidade das sociedades modernas25h

A14 Tcnico de Ao Educativa Formadora: Marlene Moreira

Contedos Fenmeno da globalizao Dimenses Econmica Acelerao das trocas (bens, servios e capitais) e dos movimentos da populao

Cultural Papel dos meios de comunicao social Aculturao

Consequncias da globalizao Uniformizao dos padres de consumo Problemas ambientais (delapidao dos recursos

naturais e poluio) Padres de consumo e problemas ambientais Globalizao e problemas ambientais

Desigualdades sociais Diferenciao social Noo

Heterogeneidade da sociedade portuguesa Diversidade tnica da sociedade portuguesa Migraes das sociedades atuais Causas Integrao social e cultural Problemas

Formas de discriminao associadas ao gnero Sexo e gnero Socializao do gnero

Pobreza e excluso social Pobreza Conceitos

Pobreza e excluso social Categorias sociais vulnerveis pobreza

Polticas sociais em Portugal Gnero Segurana social Educao Sade

Objectivos Bem-estar social Progresso social Preveno e resoluo de problemas sociais

Globalizao: conceito Termo utilizado para identificar as profundastransformaes operadas nas sociedades em resultado do aumento das relaes de interdependncia entre as pessoas e os pases escala mundial. Trouxe impactos diretos e sensveis na vida quotidiana dos indivduos. Incide inclusivamente, na escala do local.

Globalizao: conceito A globalizao um processo de interao e integrao entre aspessoas, empresas e governos de diferentes naes. Processo esse impulsionado pelo comrcio e investimento internacionais, com o auxlio da tecnologia de informao. Este processo tem efeitos sobre o ambiente, cultura, sistemas polticos, desenvolvimento econmico e prosperidade.

A. Giddens Globalizao significa a intensificao das

relaes sociais escala mundial que ligam

localidades distantes de tal maneira que,acontecimentos locais so modelados por eventos que ocorrem a muitos milhares de quilmetros de distncia e vice-versa (1990).

Boaventura de Sousa Santos

localismo globalizado

globalismo localizado

Localismo globalizado

Globalizao bem sucedida de um fenmeno local, como, por exemplo: a) a atividade mundial de empresas multinacionais; b) a globalizao da msica popular ou do fast-food americano;

Globalismo localizado Impacto especfico de prticas transnacionais sobre condies locais

que se desestruturam ou se reestruturam para atender aosimperativos transnacionais, por exemplo: a) o livre comrcio, b) a destruio de recursos naturais para pagar a dvida externa; c) o uso para fins tursticos, de zonas histricas e ecolgicas;

d) a converso da agricultura sustentvel para agricultura deexportao. (B. Sousa Santos, 1995)

Globalizao? Em qu? Frutas;

Especiarias; Caf; Vinho; Carne; Lnguas que existem nas embalagens; Meios de transporte e comunicaes; Tecnologias; Empresas;

Exerccio Observe etiquetas de vesturio e rtulos de produtos alimentares. Anote os pases de origem e em que lnguas esto traduzidos. Compare as respostas com os seus colegas.

Globalizao econmica1. Sociedade agrria 2. Sociedade industrialOs fatores produtivos mais

3. Sociedade da informao Atividades imateriais; Software informtico; Suportes multimdia Servios on-line;

importantes so agora a informao e o conhecimento e no o capital e o trabalho.

Globalizao econmica Tal como sucede com os sistemas de informao e comunicao, tambm na atividade econmica a diluio de fronteiras nacionais se tornou uma realidade. H uma forte expanso da quantidade e variedade de bens e servios comercializados entre as diferentes regies do planeta sistema de comrcio mundial (economiamundo).

Em termos econmicos, a globalizao caracteriza-se pela totalliberalizao de circulao de pessoas, bens e servios.

Globalizao econmica As empresas multinacionais (d exemplos) A sede situa-se num dado pas, mas a sua atividade estende-se a mais que um territrio, pas e at mesmo

continente. Papel central no globalizao econmica, difundem as novas tecnologias, tm um grande peso nos mercados financeiros internacionais. Efeito domin na globalidade dos sistemas.

Exerccio Procure na internet informao sobre uma empresa multinacional sua escolha e descreva o tipo de atividade que exerce, os pases onde est implementada e o nmero de trabalhadores que emprega.

Globalizao cultural As TIC alteraram as relaes interpessoais, assim comoa velocidade dos fluxos relacionais.

Os meios de comunicao social ajudam a disseminara informao por todo o globo, assim como esto presentes em quase todos os domnios da nossa vida, ou seja, so um bom mecanismo de difuso cultural.

Globalizao cultural Os mass media desempenham um papel central nas sociedades contemporneas, sendo

responsveis por verdadeirasrevolues sociais: massificao da rdio na dcada de 30, da televiso na dcada de 60 e da internet desde os anos 70 do sculo passado.

Consequncias da globalizao: os padres de consumo Com a publicidade e o marketing e com omass media o mesmo produto comercializado ao mesmo tempo, em vrios pases. Isto acentua a uniformizao global dos padres de

consumo tipologias de consumocomuns a determinados grupos sociais.

Padres de consumo frequente encontrarmos pessoas de diferentesnacionalidades, principalmente os mais jovens,

vestidas e penteadas da mesma forma, ouvindoas mesmas msicas, vendo os mesmos filmes,

adoptando os mesmos estilos de vida.

Consequncias da globalizao: problemas ambientais Quase no existem ecossistemas puros, sem a interveno do homem: urbanizao, industrializao, as grandes exploraes agrcolas, construo de barragens, centrais nucleares, Porqu? Desenvolvimento contnuo das atividades

econmicas e aumento do consumo de bens eservios.

Se mantivermos os padres de consumo atuais iremos esgotar os recursos e as matrias-primas dentro de pouco tempo (floresta, petrleo, gua).

A delapidao dos recursos naturais, decorrentes daclivagem entre o ritmo da explorao desses recursos e o ritmo a que a Natureza os repe, bem como a poluio nas suas mais variadas formas, so os dois maiores problemas com que a Humanidade se confronta hoje.

Desigualdades sociais As desigualdades sociais so consideradas um fenmenoindissocivel do funcionamento societal geral. Uma das formas onde se vem as desigualdades atravs das classes sociais: categoria social cujos indivduos possuem recursos ou capitais idnticos (aos nveis econmico, social,

cultural e simblico), desenvolvendo prticas e representaessociais comuns entre eles.

Classes sociais Quando nascemos herdamos um patrimnio

gentico mas tambm um determinado lugar declasse. Aprendemos um conjunto de normas, valores, comportamentos, maneiras de agir, pensar e sentir que constituem constrangimentos e possibilidades sociais

desigualmente repartidos. Este cenrio leva-nos a pensar no conflito de classes.

Classes sociaisPierre Bourdieu

A posio que ocupamos noespao social define-se tendo em conta os seus capitais: Capital econmico; Capital social; Capital cultural; Capital simblico.

Exerccio Comente a seguinte frase: O capital atrai o capital, assim como a escassez de recursos acarreta maior escassez de recursos.

A sociedade portuguesa: diversidade tnica H uma grande entrada e sada de pessoas no nossopas: emigrao e imigrao. Estes fluxos migratrios esto relacionados com o desenvolvimento econmico de cada parte do globo, assim como com a globalizao (transportes, meios de comunicao, a interdependncia econmica escala planetria).

Diversidade tnica A diversidade tnica, ou a etnicidade, que existe nos pases no isenta de conflitos. D-se muitas das vezes a

estigmatizao e o racismo. Em certos casos, torna-se delicado estabelecer um equilbrio entre a diversidade e o respeito pela universalidade dos direitos humanos!

Identidades culturaisAssimilao

Processo que concebe asrelaes entre os emigrantes e a sociedade de acolhimento na base de uma passagem unilateral aos modelos de

Integrao intercultural Processo gradual atravs do qual os novos residentes tomam parte da vida econmica, cvica, cultural

comportamento da sociedadede acolhimento, impem-se personalidade do migrante.

e espiritual do pas deimigrao.

Portugal um Retrato SocialNs e os Outros

Exerccio Relacione a diversidade tnica existente na sociedade portuguesa com o processo de globalizao.

Discriminao associada ao gnero Conceito de sexo Diferenas anatmicas e fisiolgicas que definem o corpo masculino e o corpo feminino

Conceito de gnero Noes socialmenteconstrudas de masculinidade e feminilidade

Exerccio Imagine que vai oferecer uma pea de roupa a uma menina de 2 anos. O que lhe ir oferecer?

Chegou o Natal e tem de oferecer uma prenda a unssobrinhos gmeos (uma menina e um menino), que tm

apenas 4 anos. O que vai oferecer a cada um deles?

Socializao de gnero A socializao transmite e inculca papis sociais diferenciados consoante o gnero, impondo-os desde o bero. Aps o nascimento, as meninas so envolvidas em roupas e acessrios cor-de-rosa ao passo que os meninos so direcionados para o azul. Estudos demonstram que a interao dos adultos diferente conforme estejam a lidar com um menino ou uma menina: tendemos a ser mais

suaves, cuidadosos, silenciosos e doces com as meninas e maisbarulhentos e rspidos com os rapazes. Este tipo de comportamento vaise refletir nos brinquedos que oferecemos,

Identidade de gnero Corajoso/osa Forte Independente Objetivo Racional

Bonito/a Afetuoso/osa Meigo/a Trabalhador/a Rgido/a

Violncia domstica

Escolaridade

Cargos de direo Numa anlise por separado para cada sexo,

observa-se um incremento gradual naspercentagens correspondentes ao sexo

masculino quando se avana no cargo dedireo. Pelo contrrio, no caso do sexo feminino

evidencia-se um decrscimo na medida em quese vai ascendendo no cargo de direo.

Conceito de pobreza O que ser pobre? Implica uma carncia. Leva-nos a considerar que

existem diferentes tipos de pobreza.

O conceito tradicional ligava-se vida difcil do

meio rural, no entanto, hoje em dia, tambmexistem pobres nos meios urbanos.

Conceito de pobreza Pobreza absoluta Ausncia de capacidade para satisfazer as necessidades bsicas da vida e a prpria

Pobreza relativa Prende-se com a privao dos padres de vida e de atividade prprios de uma dada sociedade; trata-se de pessoas excludas dos nveis de vida mnimos aceitveis na sociedade em que vivem.

subsistncia fsica;insuficincia em assegurar a existncia ao nvel mnimo de alimentos e habitao. Tem-se aqui em conta os limiares de pobreza.

A nova pobreza Deixa de estar confinada ao meio rural, passa a existir tambm naszonas urbanas; Alguns indivduos transitam entre situaes de pobreza e no pobreza ao longo da sua vida; Devida a situaes: desemprego, baixa escolaridade, velhice, doena, salrios baixos, aumento dos juros para o crdito habitao, Crise financeira nacional e mundial; Classe mdia.

Os modos de vida da pobreza A pobreza pressupe um estatuto social fortementeenraizado que se traduz em modos de vida, modos de pensar, de agir, de sentir, em sistemas de relacionamento e

em dimenses culturais extremamente difceis deabandonar. No podemos identificar a pobreza como sendo homognea, tal como nos mostra Joo Ferreira de Almeida.(cpia pg. 44 e 45)

Conceito de excluso social Assistimos na cidade, a um apartheid urbano,uma vez que os pobres so retirados das suas casas e colocados em habitaes sociais, normalmente colocadas na periferia das cidades. No entanto, atualmente assistimos a uma

mudana de ideologia, at porque se temapostado na qualidade da vida urbana.

Excluso social Quando conjugamos as dimenses econmica, social e poltica da pobreza entramos no chamado ciclo vicioso da pobreza: Marginalizao; Automarginalizao; Reproduo da situao; Perda de vontade e recursos para combater este ciclo; Socializao da famlia, no sentido da situao de classe.

Como combater esta situao?Ensinar a pescar e dar a cana, no

oferecer o peixe!(provrbio chins)

Ajuda alimentar;

Aposta na escolarizao; Aposta na formao profissional;

Legalizao dos emigrantes;

Como combater esta situao?As polticas de combate pobreza podem ter duas orientaes: Assistencialista: prestam servios para apoiar os mais desfavorecidos, no

imediato. Estrutural: poltica de mdio, longo alcance, pretende mudar os prprios mecanismos sociais que esto na origem da produo e reproduo das desigualdades.

Devem envolver e comprometer os prprios pobres e excludos.

Conceito de excluso social Resulta das mltiplas privaes que impossibilitam os indivduosde participarem na vida econmica, social, cultural e poltica da sua sociedade, isto , de exercerem de forma plena a sua cidadania. Empowerment: facultar s pessoas os meios, a informao e a

liberdade que lhes possibilitem tomar decises prprias eparticipar ativamente em projetos de desenvolvimento pessoal.

Causas da pobreza e da excluso social em Portugal Sinais de uma pobreza tradicional, muito associada ao mundo rural,onde a privao de indicadores mnimos de conforto clara. Agregados que desfrutam de rendimentos insuficientes em virtude dos seus membros possurem baixos nveis de qualificao. Movimentos migratrios e novos grupos de risco. Insuficincias marcantes do modelo de proteo social.

Categorias sociais mais vulnerveis Idosos pensionistas Agricultores com baixos rendimentos

(cpia pg. 51 e 52)

Assalariados com baixos nveis de remunerao Trabalhadores precrios e da economia informal Minorias tnicas

Desempregados Jovens com baixas qualificaes e procura do primeiro emprego

PobrezaPerspetiva econmica Pobreza absoluta Perspetiva social Perspetiva poltica

Pobreza relativa

Ausncia de direitos de cidadania

Excluso social Privao dos estilos de vida dominantes Crculo vicioso da pobreza Polticas de combate pobreza

Assistencialistas (curto prazo) Estruturais (mdio e longo prazos)

Polticas Sociais Sistema de Segurana Social pblico Servio Nacional de Sade Sistema de educao pblico

Interveno do Estado: o Estado Social Porque intervm o Estado?

Para garantir que os direitos dos cidados sejamconcretizados e tentar promover a igualdade

econmica, social e cultural. O estado criou servios pblicos universais e gratuitos. Recorre s polticas fiscais e a transferncias sociais.

A segurana social1. Todos tm direito segurana social.

2. Incumbe ao Estado organizar, coordenar e subsidiar um sistema de seguranasocial unificado e descentralizado, com a participao das associaes sindicais, de outras organizaes representativas dos trabalhadores e de

associaes representativas dos demais beneficirios.3. O sistema de segurana social protege os cidados na doena, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras

situaes de falta ou diminuio de meios de subsistncia ou de capacidadepara o trabalho.(artigo 63 da Constituio da Repblica Portuguesa)

Medidas da Segurana Social

Rendimento Social de Insero Subsdio de Desemprego

Subsdio Social de Desemprego Complemento Solidrio para Idosos Abono de Famlia Complemento por Dependncia

Servio Nacional de Sade

1. Todos tm direito proteo da sade e o dever de a defender e promover. 2. O direito proteo da sade realizado:1. Atravs de um servio nacional de sade universal e geral e, tendo em conta as

condies econmicas e sociais dos cidados, tendencialmente gratuito;2. Pela criao de condies econmicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a proteo da infncia, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemtica das condies de vida e de trabalho, bem como pela promoo da cultura fsica e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educao sanitria do povo e de prticas de vida saudvel.(artigo 64 da Constituio da Repblica Portuguesa)

Educao1. Todos tm direito educao e cultura. 2. O Estado promove a democratizao da educao e as demais condies para que a educao, realizada atravs da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades,

a superao das desigualdades econmicas, sociais e culturais, odesenvolvimento da personalidade e do esprito de tolerncia, de compreenso mtua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participao democrtica na vida colectiva.(artigo 73 da Constituio da Repblica Portuguesa)

Educao1. Todos tm direito ao ensino com garantia do direito igualdade de oportunidades de acesso e xito escolar. 2. Na realizao da poltica de ensino incumbe ao Estado:a. b. c. d. Assegurar o ensino bsico universal, obrigatrio e gratuito; Criar um sistema pblico e desenvolver o sistema geral de educao pr-escolar; Garantir a educao permanente e eliminar o analfabetismo; Garantir a todos os cidados, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigao cientfica e da criao artstica; e. f. Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino; Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligao do ensino e das actividades econmicas, sociais e culturais; g. h. Promover e apoiar o acesso dos cidados portadores de deficincia ao ensino e apoiar o ensino especial, quando necessrio; Proteger e valorizar a lngua gestual portuguesa, enquanto expresso cultural e instrumento de acesso educao e da igualdade de oportunidades; i. j. Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da lngua portuguesa e o acesso cultura portuguesa; Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivao do direito ao ensino.

(artigo 74 da Constituio da Repblica Portuguesa)

Objetivos das polticas sociais Bem-estar social

Progresso social Preveno e resoluo de problemas sociais