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Carlos David Ide
Alcílio Vieira
Regina Célia Alves Celestino
Jerônimo Graça
Niterói - RJ dezembro/2019
PESAGRO-RIO
BOLETIM TÉCNICO on line4
Avaliação de frutos de onze
variedades de mangueiras
nas condições de Macaé-RJ
PESAGRO-RIO - Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de JaneiroAlameda São Boaventura, 770 - Fonseca - 24120-191 - Niterói - RJ
www.pesagro.rj.gov.br
Editoração: Coordenadoria de Difusão de Tecnologia - CDT/Pesagro-Rio
Paulo Renato MarquesPresidente
Leda Maria Silva KimuraDiretora Técnica
Marcelo GiglioDiretor de Administração
Wilson José WitzelGovernador do
Estado do Rio de Janeiro
Marcelo QueirozSecretário de Agricultura, Pecuária,
Pesca e Abastecimento
RIO DE JANEIROG O V E R N O D O E S T A D O
Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento
Ide, Carlos David.
Avaliação de frutos de onze variedades de mangueiras nas condições de
Macaé / RJ. Carlos David Ide ... [et al.] _ _ Niterói : Pesagro-Rio, 2019. (Pesagro-
Rio . Boletim Técnico Online, 4).
Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader
Título da página na Web : www.pesagro.rj.gov.br
1. Manga. 2. Fruto. 3. Variedade. 4. Avaliação. I. Vieira, Alcílio. II. Celestino,
Regina Célia Alves. III. Graça, Jeronimo. IV. Série. V. Título
CDD 634.44
Resumo
1 Engº Agrônomo, D.Sc., Pesquisador da PESAGRO-RIO/Centro Estadual de Pesquisa em
Desenvolvimento Rural Sustentável. Estrada Aderson Ferreira Filho, s/nº - Bairro Nova Cidade - 27949-100 - Macaé - RJ.
2 Engº Agrônomo, M.Sc., Pesquisador da PESAGRO-RIO/Centro Estadual de Pesquisa em
Desenvolvimento Rural Sustentável.
1Carlos David Ide1Alcílio Vieira2Regina Célia Alves Celestino2Jeronimo Graça
Avaliação de frutos de onze variedades
de mangueiras nas condições de Macaé-RJ
E
oi
realizado no Centro Estadual de Pesquisa em Desenvolvimento Rural
Sustentável, da Pesagro-Rio, em Macaé-RJ. O pomar, implantado em 1992,
encontrava-se em plena produção. Foram avaliadas características produtivas e
que conferem qualidade aos frutos. O objetivo geral do trabalho foi selecionar
variedades que, adaptadas às condições edafoclimáticas do Estado do Rio de
Janeiro, com grande diversidade na qualidade de frutos, proporcionem opções
para os produtores e consumidores fluminenses.
xperimento de competição de cultivares de mangueiras, em
delineamento de blocos ao acaso, com onze tratamentos e quatro repetições f
A fruticultura, em geral, oferece diversas vantagens econômicas e
sociais, como a elevação do nível de emprego e a fixação do trabalhador no
campo, melhor distribuição de renda regional e geração de produtos de alto
valor comercial, além de excelentes perspectivas para o mercado interno e
externo, aumentando a arrecadação e gerando divisas.
A produção de frutas tropicais no Estado do Rio de Janeiro é pequena
ou insuficiente para o abastecimento do mercado. O estado produziu, em 2017,
2.234 toneladas de frutos de mangueiras, em área plantada de 380 ha (IBGE,
2018), enquanto a produção brasileira foi de 1.087.091 toneladas no mesmo ano.
Introdução
De acordo com Pinto (2004), no processo de melhoramento genético
da mangueira, é necessário considerar os três principais segmentos da cadeia
produtiva: produtores rurais, distribuidores e consumidores. No Brasil, a maioria
das variedades comerciais introduzidas veio de germoplasmas de outros países,
em particular da Flórida/EUA. Em meados do século passado, algumas cultivares
tornaram-se importantes comercialmente, como a Haden, a Tommy Atkins, a Van
Dike e a Palmer (DONADIO; FERREIRA, 2002). Galli et al. (2008) avaliaram a
qualidade dos frutos de 39 variedades de frutos de mangueiras da coleção do
Polo Apta Centro-Norte, localizado em Pindorama, São Paulo, quanto à massa
fresca, massa da casca, massa do caroço, porcentagens de polpa, casca e caroço, e
teor de sólidos solúveis totais (SST).
A produção de frutas tropicais importantes comercialmente, em
particular a manga, provenientes do Estado do Rio de Janeiro, é irrisória ou
insuficiente para o abastecimento do mercado. A manga, embora sendo fruta de
grande consumo pela população fluminense, tem seu comércio quase que
totalmente dependente do fornecimento de outros estados.
Mangueiras são cultivadas e produzem normalmente em pomares
domésticos em todo o estado, mostrando ser uma fruteira bem adaptada às
condições de clima e solo do Estado do Rio de Janeiro. Além dos aspectos sociais e
econômicos, a produção de manga no estado propiciaria melhor qualidade de frutas
ao produtor a custo mais barato, pois seria possível a colheita em estádio mais
avançado de maturação e os custos de transporte até o consumidor seria reduzido.
A despeito da produção ainda ser muito modesta em relação às suas
possibilidades agronômicas e comerciais, o Estado do Rio de Janeiro tem
pomares comerciais em diversos municípios, como Cambuci, Itaguaí, Itaocara,
Itaperuna, Maricá, Miracema, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São Fidélis,
São Gonçalo e Saquarema.
Existem muitos métodos para avaliar a variabilidade genética de uma
população de plantas, no caso mangueiras, que se diferenciam pela capacidade de
detectar a diferença entre os genótipos, consistência dos dados e repetibilidade
dos resultados (MORALES et al., 2011). Alguns dos métodos utilizados são
caracteres agronômicos, morfológicos e moleculares (AMORIM et al., 2007).
Na avaliação dos frutos da coleção de mangueiras do centro de
pesquisa da Pesagro-Rio, optou-se pelas características morfológicas. Silva et al.
(2009) apontam algumas características que podem servir para a avaliação de
frutos de mangueiras: aparência externa, sabor, odor, teor de fibras, textura, valor
nutritivo, tamanho, massa e forma dos frutos. Essas características poderão variar
muito, conforme a variedade e o local de cultivo.
As variedades de mangueira se dividem em poliembriônicas, cujas
sementes contêm diversos embriões nucelares (oriundos da parece nucelar),
que foram as primeiras variedades a serem desenvolvidas no Brasil, como a
Espada e a Carlotinha, e as variedades monoembriônicas, que não têm embriões
nucelares, geralmente característica de cultivares introduzidas dos Estados
Unidos, como a Tommy Atkins e a Keitt.
É bem conhecido o fato de que o consumo de frutas segue um
modismo, com a preferência do consumidor variando ao longo do tempo e do
local de consumo. No caso da manga, existe grande variabilidade entre as
cultivares com relação às dimensões, formato, coloração e sabor (Quadro 1).
Quadro 1. Características dos frutos de variedades de mangueira.
VARIEDADE TAMANHO E
FORMA
COLORAÇÃO DA CASCA
COLORAÇÃO DA POLPA
TAMANHO DO CAROÇO
FIBRA
Tommy Atkins
Grandes
Vermelho amarelado
Amarelo-escuro
Pequeno Pouca
Surpresa
Médios
Amarelo
-
-
Ausente
Haden
Médios ovalados
Amarelo e vermelho
-
-
Pouca
Van Dyke
Médios
Amarelo/ vermelho
-
Pequeno Ausente
Palmer
Grandes alongados
Vermelho
amarelado
Amarelado
Médio Pouca
KeithGrandes ovalados
Amarelo esverdeado
Amarelo
intensoPequeno Ausente
Bourbon Médios alongados
Verde amarelado
Amarelado Médio Presente
Fonte: Costa; Santos (2004); Pinto et al. (2000).
Futuramente, os materiais genéticos avaliados poderão ser introdu-
zidos com maior segurança em propriedades particulares, propiciando o
aumento da área de cultivo e da produtividade.
Objetivos
O objetivo geral deste trabalho foi selecionar variedades que,
adaptadas às condições edafoclimáticas do Estado do Rio de Janeiro, com
grande diversidade na qualidade de frutos (SST, acidez, forma, sabor, coloração
etc.), proporcionem opções para os produtores e consumidores fluminenses.
Os objetivos específicos foram:
Manter a coleção de mangueiras do Centro Estadual de Pesquisa em
Desenvolvimento Rural Sustentável através dos tratos culturais adequados.
Avaliar germoplasmas de mangueiras quanto a características
produtivas, bem como a qualidade dos frutos, diversificando as oportunidades
para o cultivo e comercialização, para o consumo in natura ou para a indústria.
Avaliar o comportamento agronômico das mangueiras introduzidas
em relação ao cultivo em condições de sequeiro.
Contribuir para diminuir a dependência de importação de manga de
outros estados e, consequentemente, gerar novos empregos e renda, além de
fixar o homem no campo.
•
•
•
•
Material e Métodos
O experimento foi realizado na coleção de mangueiras do Centro
Estadual de Pesquisa em Desenvolvimento Rural Sustentável, da Pesagro-Rio,
implantado em 1992, composto por onze genótipos, com quatro repetições e três
plantas por parcela. Foram avaliados os resultados referentes à safra de 2002.
O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 11 tratamentos,
com quatro blocos e três plantas por parcela.
Durante o período de safra, foram efetuadas mensurações dos frutos de
todas as plantas, considerando-se dois grupos de características: características
produtivas e características que conferem qualidade aos frutos.
Características produtivas
Número de frutos por planta - foram contados todos os frutos de cada planta
durante a colheita, bem como os frutos podres encontrados sob as plantas.
Embora avaliados, os dados não constam do presente trabalho.
Precocidade - a data de cada colheita foi anotada, de modo que é possível
avaliar o período de produção de cada genótipo. Embora avaliados, os dados
não constam do presente trabalho.
Peso médio dos frutos - foram pesados, no mínimo, 60 frutos de cada uma das
três plantas e, depois de somados os dados, foi calculada a média aritmética.
Comprimento dos frutos - foram medidos, no mínimo, 20 frutos de cada uma
das três plantas em seu comprimento e, depois de somados os dados, foi
calculada a média aritmética.
Largura média dos frutos - foram medidos, no mínimo, 20 frutos de cada uma
das três plantas em sua largura maior e largura menor, tirando-se a média para
se obter a largura média. Depois de somados os valores, foi calculada a média
aritmética.
Peso médio da casca - foram pesadas as cascas de, no mínimo, 10 frutos de cada
uma das três plantas e, depois de somados os dados, foi calculada a média
aritmética.
Peso médio das sementes - foram pesadas, no mínimo, sementes de 10 frutos
de cada uma das três plantas e, depois de somados os dados, foi calculada a
média aritmética.
Peso médio da polpa - considerando o peso médio dos frutos, foi subtraído o
peso médio da casca e o peso médio da semente.
Percentual de polpa - obtido pela divisão do peso médio da polpa pelo peso
médio dos frutos e multiplicado por 100.
Características que conferem qualidade ao fruto
Medição do teor de sólidos solúveis totais (SST) - foi executada com auxílio de
um refratômetro de campo, medindo-se dez frutos por parcela em °brix.
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•
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•
•
• Acidez titulável - foi feita através da titulação de 10 ml de polpa de manga com
hidróxido de sódio, utilizando-se como indicador fenolfitaleína diluída em
solução alcoólica. O valor da acidez titulável foi obtido através da fórmula:
A = V x f x M x100/ P
sendo que
A - Acidez titulável
V - Quantidade de NaOH a 0,1 N necessário para titular a polpa de manga
f - Fator de correção do NaOH (=1)
P - Volume de polpa de manga pipetado (=10 ml)
M - Molaridade da solução de hidróxido de sódio (= 0,1 N = 0,1 mol)
Foi utilizado o programa de computador “Genes” para calcular as
análises de variância, comparação de média (Tukey a 5%). Foram determinadas
as correlações simples entre as características avaliadas. O mesmo programa 2forneceu o Coeficiente de Determinação Genotípica (H ), que expressa em
percentagem a porção herdável de cada uma das características.
Variedades de manga
Foram avaliadas as seguintes variedades:
Haden - folhagem abundante, com folhas lanceoladas e ápice agudo, frutos
grandes (400 a 700g), ovais, casca amarela com tonalidades rosa a vermelha nas
partes expostas ao sol e 70 a 85% de polpa.
Tommy Atkins - monoembriônica com resistência à antracnose, frutos entre
380-720 g, coloração amarela e avermelhada atrativa, pouca fibra, porém
superior a Haden.
Palmer - frutos grandes, oblongos, com peso de 370 a 430 g, coloração rosada-
vermelho, com fundo amarelo. Pouca fibra, doce e de textura suave.
Keitt - monoembriônico, frutos grandes (470-700g), de forma ovalada. Casca
amarela, com reflexos rosados. Polpa sucosa amarelo intenso e doce; possui
algumas fibras próximas à semente, que é pequena.
Extrema - fruto grande ovalado, de 250 a 450 g, pouco resistente à pressão, cor
amarelo claro, com manchas verdes, polpa com sabor agradável, ligeiramente
terebentinosa, doce, com pouca fibra.
Oliveira Neto - cultivar brasileira de meia estação. Possui frutos com polpa
macia, terebentinosa e poucas fibras. Seu peso regula entre 200 e 300 g.
Bourbon - cultivar antiga, de sementes poliembriônicas e polpa fibrosa. Foi
disseminada por todo o país através de sementes. É usada como porta-enxerto.
Rubi - de origem americana. De meia estação à tardia, produz frutos pequenos,
com fibras finas, polpa firme e aromática. Suscetível à mosca das frutas.
Surpresa - cultivar selecionada pela EMBRAPA, monoembriônica, com frutos de
tamanho médio, polpa firme e bom sabor. Resistente à antracnose.
Van Dyke - cultivar americana, polpa firme e sabor doce. Peso em torno de 300g.
É resistente à antracnose.
Winter - cultivar americana, de meia estação, frutos doces e sabor suave. Possui
poucas fibras. Frutos pequenos a médios (250 a 400g).
Resultados e discussão
Para todas as características, foram observadas diferenças altamente
significativas (a 1% de probabilidade) pelo teste F (Quadro 2). Pode-se inferir que,
para cada característica avaliada, existe pelo menos um genótipo que se
diferencia dos demais.
Quadro 2. Média das características, teste F e coeficiente de variância.
CARACTERÍSTICA MÉDIA F CV % H2
Comprimento (cm) 10,0
148**
3,9
99,32
Diâmetro médio (cm)
7,8
80**
4,4
98,75
Peso total (g) 390,0
107**
12,4
99,07
Peso da casca (g) 42,6
21,6**
16,2
95,37
Peso da semente (g) 37,7
40,3**
8,9
97,52
Peso da polpa (g) 341,9
147**
11,2
99,32
% de polpa 78,5
17,1**
2,7
94,17
Acidez titulável 0,52 7,01** 23,6 85,73
Sólidos solúveis total (°Brix) 11,9 10.4** 10,5 90,39
CV - Coeficiente de variação do experimento para as características.2 H - Coeficiente de determinação genotípica.
** Os valores não se diferenciam significativamente ao nível de 1% de probabilidade.
As médias das características, assim como os resultados da análise de
variância e o coeficiente de determinação genotípica, podem ser observados no
Quadro 2. Comparando-se as médias (teste de Tukey a 5%), verificou-se que a
variedade Keitt se destacou por suas dimensões, superando as demais em peso
total, comprimento, largura, peso da casca e peso da polpa, sendo superada
apenas pela Palmer no peso das sementes, porém sem apresentar diferença
significativa no teste utilizado ( . A cultivar Keit também se destacou
em percentual de polpa e acidez titulável (Quadro 4). As suas dimensões
Quadro 3)
exageradas e a baixa relação SST/acidez pode descredenciar a cultivar Keit como
fruto de mesa, porém o alto percentual de polpa em relação ao peso do fruto
coloca-o como um bom fruto para a indústria. Outra variedade que pode ser
recomendada para a indústria de polpas e sucos é a Extrema, pelo seu sabor
marcante e ausência de fibras.
Os menores frutos foram da Rubi e da Oliveira Neto(Quadro 3), sendo
que esta última obteve o maior valor de graus Brix na medição dos sólidos
solúveis totais (Quadro 4). Equilibrada por sua acidez mediana e aliada à coloração
rósea da casca, a variedade Oliveira Neto pode tornar-se excelente fruto para mesa.
Quadro 3. Medidas médias dos frutos: comprimento, diâmetro, pesos total, da
casca, e do caroço.
VARIEDADE COMPRIMENTO DIÂMETRO PESO TOTAL PESO DA
CASCA
PESO DO CAROÇO
Tommy Atkins 10,93
b
8,54
c
472
c
47
b
40
bc
Surpresa 10,66
b
7,46
d
326
d
39
bcd
41
b
Haden 8,54
de
7,26
de
300
def
37
bcd
34
bcd
Van Dyke 9,51
c
7,4
de
299
def
38
bcd
33
cd
Winter 8,22
ef
6,43
f
207
ef
30
cd
26
de
Rubi 9,45
cd
6,34
f
228
def
28
cd
24
e
Palmer 13,85
a
9,72
b
652
b
71
a
57
a
Keith 14,51
a
11,34
a
1.035
a
74
a
56
a
Bourbon 9,61
c
6,6
ef
249
def
43
bc
33
bcd
Oliveira Neto 7,36
fg
6,66
def
198
f
26
d
35
bc
Extrema 7,06
g
8,5
c
319
de
34
bcd
34
bcd
DMS Tukey 5% 0,936
0,828
114,5
16,4
7,9
F 148** 80** 107** 21,6** 40,3**
CV 3,9 4,4 12,4 16,2 8,9
H² (%) 99,32 98,75 99,07 95,37 97,52
A cultivar Tommy Atkins, uma das variedades mais consumidas no país,
apresentou o mais baixo teor de acidez e de sólidos solúveis totais, o que
significa que, nas condições de Macaé, em 2002, produziu frutos de baixa
qualidade, “aguados” (Quadro 4).
Quadro 4. Medidas médias dos frutos: peso médio da polpa, % de polpa, acidez e
sólidos solúveis totais (SST),
VARIEDADEPESO DA POLPA
POLPA (%)
ACIDEZ SST
Tommy Atkins 426
c
83,2
ab
0,37
b
8.,85
d
Surpresa 282
d
77,02
cd
0,43
b
10,09
cd
Haden 268
de
78,47
bc
0,35
b
9,88
cd
Van Dyke 236
def
76,35
cd
0,37
b
12,56
bc
Winter 180
ef
75,62
cd
0,55
b
12,12
bc
Rubi 195
def
78,59
bc
0,57
b
12,56
bc
Palmer 610
b
82,4
ab
0,5
b
12,43
bc
Keith 918
a
87,3
a
0,94
b
10,57
cd
Bourbon 209
def
72,91
d
0,61
b
13,62
ab
Oliveira Neto 165
f
72,19
d
0,54
b
16,15
a
Extrema 262
de
78,87
bc
0,51
b
11,79
bcd
DMS Tukey 5% 90,4
5,119
2,94
2,956
F 147** 17,1** 7,01** 10,4**
CV 11,2 2,7 23,6 10,5
H² (%) 99,32 94,17 85,73 90,39
2Como pode ser observado no Quadro , os valores percentuais de H
foram todos acima de 85%, chegando, em alguns casos, próximo a 100%,
permitindo inferir que todas as características avaliadas foram muito
significativamente influenciadas por fatores genéticos, o que determina a
distinção nítida entre as variedades, independente de fatores ambientais. Outra
forma de avaliação que aponta para a pouca influência do ambiente sobre as
características dos frutos são os baixos e médios valores do coeficiente de
variação (CV).
Em observações registradas no Hortifruti, assim como em diversos
“sacolões” em Macaé, os frutos expostos à venda sempre apresentam a
denominação “manga” seguido do nome da variedade. Exemplo: manga Keit;
manga Haden, manga Palmer etc.
2
Conclusões
•
•
As diferenças morfológicas dos frutos entre as variedades são suficientemente
grandes para que o consumidor atento possa distinguir no momento da
aquisição.
Além das características morfológicas, as características que conferem sabor
ao fruto, como sólidos solúveis totais e acidez titulável, são muito variáveis,
possibilitando ao consumidor um número maior de opções de escolha.
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Centro Estadual de Pesquisa
em Desenvolvimento
Rural Sustentável
PESAGRO-RIOEMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O Centro Estadual de Pesquisa em Desenvolvimento Rural
Sustentável está localizado a cinco minutos do centro da cidade de
Macaé e dispõe de área de 140 hectares, dos quais 90 hectares
constituem área preservada de Mata Atlântica. Um espaço ideal
para o desenvolvimento de propostas ligadas à sustentabilidade.
Foi com essa intenção que foi transformada a antiga
Estação Experimental de Macaé, que integra a estrutura da
Pesagro-Rio desde a sua criação e cuja tradição nas pesquisas na
área de fruticultura é reconhecida em todo o país.
Nos últimos anos, o centro de pesquisa destacou-se pela
execução do Projeto Nossas Frutas, utilizando como metodologia a
instalação de Unidades Demonstrativas em diferentes municípios
e proporcionando treinamento a produtores e técnicos,
transferindo tecnologia para a expansão da fruticultura no Estado
do Rio de Janeiro.