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2018 DIRETRIZES PRÁTICAS CONTÁBEIS E ESTÁGIO Prof. Osir Afonso Tessari Prof. Carlos Roberto Schroder Prof. Luciano Fernandes Prof. Maike Bauler Theis

Diretrizes Práticas contábeis estágio

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Page 1: Diretrizes Práticas contábeis estágio

2018

Diretrizes Práticas contábeis e estágio

Prof. Osir Afonso TessariProf. Carlos Roberto SchroderProf. Luciano FernandesProf. Maike Bauler Theis

Page 2: Diretrizes Práticas contábeis estágio

Copyright © UNIASSELVI 2018

Elaboração:

Prof. Osir Afonso Tessari

Prof. Carlos Roberto Schroder

Prof. Luciano Fernandes

Prof. Maike Bauler Theis

Revisão, Diagramação e Produção:

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri

UNIASSELVI – Indaial.

Impresso por:

Page 3: Diretrizes Práticas contábeis estágio

III

aPresentação

Caro(a) acadêmico(a)! O Estágio Curricular do Curso de Ciências Contábeis está amparado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, instituído pela Resolução nº 10 do CNE, de 16/12/2004.

De acordo com a Resolução, em seu Art. 7º, o Estágio Curricular Supervisionado é um componente curricular direcionado para a consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus Colegiados Superiores Acadêmicos, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização.

O estágio poderá ser realizado na própria instituição de ensino, ou fora dela, mediante laboratórios que congreguem as diversas ordens práticas correspondentes aos diferentes pensamentos das Ciências Contábeis e desde que sejam estruturados e operacionalizados de acordo com regulamentação própria, aprovada pelo conselho superior acadêmico competente, na instituição.

Todas as diretrizes sobre o Estágio Curricular do Curso de Ciências Contábeis estão descritas neste caderno e divididas em dois tópicos.

Caro(a) acadêmico(a)! Você está chegando à fase final do seu curso: começa com a elaboração do plano de negócios, em seguida, a materialização do planejamento na constituição da empresa e, por fim, a análise das informações geradas do negócio, sob a ótica de controle de uma auditoria independente para gerar o relatório final.

Toda a estrutura do Estágio Curricular do Curso de Ciências Contábeis que desenvolvemos especialmente para você, caro(a) acadêmico(a), busca aplicar os conhecimentos adquiridos, desde aspectos humanos aos aspectos técnicos.

Prof. Osir Afonso TessariProf. Carlos Roberto Schroder

Prof. Luciano Fernandes

Page 4: Diretrizes Práticas contábeis estágio

IV

Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material.

Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura.

O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.

Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão.

Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade.

Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos!

NOTA

Page 5: Diretrizes Práticas contábeis estágio

V

Page 6: Diretrizes Práticas contábeis estágio

VI

Page 7: Diretrizes Práticas contábeis estágio

VII

UNIDADE 1 - DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ............................................................ 1

TÓPICO 1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ................................................................... 31 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 32 ATIVIDADES DE ESTÁGIO A SEREM DESENVOLVIDAS ................................................... 33 OBJETIVOS DE APLICAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO ..................................................... 3

TÓPICO 2 - REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ............ 5

UNIDADE 2 - PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)....................................................................................... 11

TÓPICO 1 - O NEGÓCIO ................................................................................................................... 131 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 132 IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO ................................................................................................. 133 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO ........................................................................................................... 154 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE ..................................................................................................... 155 MOTIVAÇÃO E OPORTUNIDADES ........................................................................................... 16

TÓPICO 2 - PRODUTOS E SERVIÇOS ........................................................................................... 191 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 192 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS .............................................................................. 193 TECNOLOGIA E PROCESSOS ...................................................................................................... 204 BENEFÍCIOS E VANTAGEM COMPETITIVA ........................................................................... 225 DEFINIÇÃO DE PREÇOS ................................................................................................................ 23

TÓPICO 3 - DEFINIÇÃO DE MERCADOS .................................................................................... 251 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 252 O SETOR ............................................................................................................................................. 25

2.1 CLIENTELA ................................................................................................................................... 262.2 FORNECEDORES ......................................................................................................................... 272.3 CONCORRENTES ........................................................................................................................ 28

TÓPICO 4 - PLANO DE MARKETING ........................................................................................... 291 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 292 PROPAGANDA ................................................................................................................................. 293 PONTO (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO)...................................................................................... 30

TÓPICO 5 - PLANO FINANCEIRO .................................................................................................. 331 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 332 INVESTIMENTOS ............................................................................................................................ 33

2.1 CRÉDITOS SOBRE INVESTIMENTOS ..................................................................................... 332.2 DADOS A SEREM TRATADOS .................................................................................................. 33

3 MÃO DE OBRA ................................................................................................................................. 35

sumário

Page 8: Diretrizes Práticas contábeis estágio

VIII

3.1 PESSOAL DE PRODUÇÃO ......................................................................................................... 363.1.1 Definindo dados ................................................................................................................... 36

3.2 PESSOAL DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................ 373.2.1 Definindo dados ................................................................................................................... 37

4 DESPESAS ADMINISTRATIVAS ................................................................................................. 384.1 INFORMAÇÕES SOBRE DESPESAS ......................................................................................... 39

5 PROJEÇÃO DE RESULTADOS E FLUXO DE CAIXA ............................................................... 405.1 PROJEÇÃO DE RESULTADOS ECONÔMICOS ..................................................................... 405.2 PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ........................................................................................... 41

LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 43ANEXOS DA UNIDADE ..................................................................................................................... 45

UNIDADE 3 - CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA ............ 47

TÓPICO 1 - ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 2 ........................................... 491 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 492 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ..................................................................... 51

TÓPICO 2 - CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA .................................................................... 531 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 532 CONSULTA DE VIABILIDADE E NOME EMPRESARIAL ..................................................... 55

2.1 PEDIDO DE VIABILIDADE ........................................................................................................ 562.2 CANCELAMENTO DO PEDIDO DE VIABILIDADE ............................................................ 642.3 DBE (COLETOR NACIONAL – REDESIM) ............................................................................. 652.4 CONSULTA E IMPRESSÃO DBE: .............................................................................................. 742.5 RE – REQUERIMENTO ELETRÔNICO .................................................................................... 792.6 REQUISITOS PARA PROTOCOLO NA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA ...................................................................................... 852.7 CANCELAMENTO COLETA WEB ........................................................................................... 862.8 ENCAMINHAMENTO DO ALVARÁ DE LICENÇA E/OU FUNCIONAMENTO E DO ALVARÁ SANITÁRIO NA PREFEITURA MUNICIPAL ............................................. 902.9 ENCAMINHAMENTO DO ALVARÁ DE POLÍCIA ............................................................... 90

TÓPICO 3 - MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................... 931 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 932 DOCUMENTOS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA ............................................................ 943 NOTAS FISCAIS DE COMPRAS E VENDAS ............................................................................. 94

3.1 DADOS DO EMITENTE .............................................................................................................. 973.2 DADOS DO DESTINATÁRIO/REMETENTE ........................................................................... 983.3 DADOS DO PRODUTO ............................................................................................................... 983.4 CÁLCULO DOS IMPOSTOS ....................................................................................................... 1003.5 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS ............................................................ 1013.6 DADOS ADICIONAIS ................................................................................................................. 101

4 CUPOM FISCAL ................................................................................................................................ 1015 NOTA FISCAL SÉRIE D-1 ............................................................................................................... 1026 NOTA FISCAL DE SERVIÇO ......................................................................................................... 1037 BOLETO BANCÁRIO ....................................................................................................................... 1048 CONTROLE DE ESTOQUE ............................................................................................................. 105

8.1 MÉTODO DE CONTROLE PERMANENTE ............................................................................ 1068.2 MÉTODO DE CONTROLE PERIÓDICO .................................................................................. 108

9 DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................. 10810 FOLHA DE PAGAMENTO ............................................................................................................ 110

Page 9: Diretrizes Práticas contábeis estágio

IX

11 RECIBO DA FOLHA DE PAGAMENTO .................................................................................... 11612 GUIA DE INSS ................................................................................................................................. 11613 GUIA DE FGTS ................................................................................................................................ 11814 GUIA DE IMPOSTO DE RENDA ................................................................................................ 11915 CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................ 12016 DEMAIS DOCUMENTOS ............................................................................................................. 12217 CONTABILIDADE .......................................................................................................................... 12218 FECHAMENTO (PAPER) ............................................................................................................... 123ANEXOS DA UNIDADE ..................................................................................................................... 124

UNIDADE 4 - RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ....................................... 129

TÓPICO 1 - ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 3 ........................................... 1311 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1312 REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO ................................................................... 1313 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ..................................................................... 134

TÓPICO 2 - FASE INICIAL DA AUDITORIA ................................................................................ 1371 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1372 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA ............................................................................................. 138

2.1 MODELO DE PLANEJAMENTO DE HORAS E VALORES DE AUDITORIA ................... 1403 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .......................................................................................... 1434 CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE AUDITORIA ........................................ 152

TÓPICO 3 - FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA................................................................... 1551 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1552 PAPEL DE TRABALHO: CODIFICAÇÃO E INDICAÇÕES DOS EXAMES REALIZADOS ... 156

2.1 A CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO .................................................................. 1572.2 A INDICAÇÃO DOS EXAMES REALIZADOS NOS PAPÉIS DE TRABALHO ................. 162

3 MODELOS PARA ELABORAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO ........................................... 1653.1 PAPEL DE TRABALHO DE LANÇAMENTO DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÃO – “PT 1-BT” .............................................................................................. 1673.2 PAPEL DE TRABALHO DE PONTOS DE RECOMENDAÇÃO – “PT 2-BT” ..................... 1683.3 PAPÉIS DE TRABALHO EM DISPONIBILIDADES – “PT A” ............................................... 1693.4 PAPÉIS DE TRABALHO EM ESTOQUES (PT C) .................................................................... 1723.5 PAPÉIS DE TRABALHO EM IMOBILIZADO (PT F) .............................................................. 1753.6 PAPÉIS DE TRABALHO EM FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS (PT AA) ............ 177

3.6.1 Pedido de confirmação ........................................................................................................ 1793.7 PAPÉIS DE TRABALHO EM CONTAS A PAGAR (PT BB) ................................................... 1843.8 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (PT CC) ............................... 1863.9 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS (PT EE) ................................. 190

3.9.1 Análise das contas tributárias - ICMS (PT EE10-1) ......................................................... 1913.9.2 Análise das contas tributárias - PIS (PT EE20-1) ............................................................. 1933.9.3 Análise das contas tributárias - COFINS (PT EE30-1) .................................................... 1953.9.4 Análise das contas tributárias – IRPJ a Pagar (PT EE40-1)............................................. 1963.9.5 Análise das contas tributárias – CSLL a Pagar (PT EE50-1) .......................................... 198

3.10 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS (PT HH) .................................................................................................. 2003.11 PAPÉIS DE TRABALHO EM PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PT SS) ........................................2083.12 PAPÉIS DE TRABALHO EM CONTAS DO RESULTADO DE EXERCÍCIO (PT BTL) ....210

3.12.1 Análise das Contas do Resultado Operacional (PT DR10) ......................................... 211

Page 10: Diretrizes Práticas contábeis estágio

X

3.12.2 Análise das Contas de Despesas Comerciais e Administrativas (PT DR40-1) .......... 2133.12.3 Análise das Contas de Despesas e Receitas Financeiras (PT DR50-1) ........................ 214

3.13 PROCEDIMENTOS FINAIS DURANTE A EXECUÇÃO ..................................................... 2154 CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO ................................................. 215

TÓPICO 4 - FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA .............................................................. 2191 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 2192 LANÇAMENTOS DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÕES ................................................ 2203 RELATÓRIO DE DIVERGÊNCIAS ENCONTRADAS ............................................................. 2234 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE ......................................................................... 2265 ESTRUTURA E CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO ........................................... 227

TÓPICO 5 - RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA AUDITADA ............................................................... 2291 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 2292 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE ......................... 2293 ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .................................................................. 2304 MODELO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................ 231ANEXOS DA UNIDADE ..................................................................................................................... 236REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 243

Page 11: Diretrizes Práticas contábeis estágio

1

UNIDADE 1

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• contextualizar o ambiente de estágio em que será desenvolvido o estágio quanto às suas atividades e objetivos;

• explicitar claramente o regulamento de Estágio Supervisionado, nortean-do a concepção, duração, obrigatoriedade, organização das etapas e res-ponsabilidades para elaboração do estágio.

Esta unidade está dividida em dois tópicos e apresenta as regras para a elaboração e desenvolvimento do Estágio Curricular Supervisionado.

TÓPICO 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

TÓPICO 2 – REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIO-NADO

Page 12: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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3

TÓPICO 1UNIDADE 1

CONTEXTUALIZAÇÃO

DO ESTÁGIO

1 INTRODUÇÃO

2 ATIVIDADES DE ESTÁGIO A SEREM DESENVOLVIDAS

O estágio é requisito indispensável à formação do acadêmico em contabilidade, por fornecer um instrumental teórico-prático da contabilidade aplicada. Tem por finalidade essencial dar ao acadêmico condições de desenvolver na prática, através de simulações, os fatos teóricos estudados interdisciplinarmente, desempenhando com maior flexibilidade e competência as atribuições específicas do contador. Procura também levar o aluno a ter uma visão mais próxima do cotidiano da função desempenhada pelo profissional da contabilidade.

Neste Regulamento de Estágio, as atividades de estágio desenvolvidas pelo acadêmico serão divididas em três etapas. A primeira etapa terá início no 6º Módulo, com a elaboração do Plano de Negócios. A segunda etapa será realizada no 7º Módulo com a criação da empresa, contabilização dos eventos, elaboração documental e levantamento das demonstrações contábeis. A terceira etapa será desenvolvida no último módulo do curso: em forma de rodízio/sorteio dos trabalhos realizados no 6º e 7º Módulos, será aplicado o ferramental da auditoria, gerando o relatório de auditoria. Todo esse trabalho será desenvolvido de forma cumulativa, ou seja, do 6º para o 7º e do 7º para o 8º, resultando no Relatório Final de Estágio.

3 OBJETIVOS DE APLICAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO

Com a execução das atividades listadas, o Estágio do Curso de Ciências Contábeis atingirá os seguintes objetivos:

• complementar o processo de ensino e aprendizagem;

• incentivar o aprimoramento pessoal e profissional;

• propiciar ao acadêmico oportunidades de desenvolver potencialidades e habilidades;

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UNIDADE 1 | DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

4

• propiciar ao acadêmico a consolidação de conhecimentos e espírito empreendedor e integrador, para atuar como gestor nos mais diversos tipos de entidades, no vasto campo de atuação do profissional da Contabilidade;

• contribuir para que o acadêmico assuma suas funções de corresponsável pelo processo ensino-aprendizagem, à medida que formula seus próprios projetos;

• contribuir na relação entre professor e acadêmico, no sentido que ambos se reconheçam como aprendizes em uma sociedade cada vez mais orientada pela capacidade dos indivíduos de transformarem dados em informações e informações em conhecimento;

• propiciar ao acadêmico o exercício da cidadania, ou seja, a oportunidade de concretizar trabalhos na área contábil relacionada com as causas maiores, ou seja, o bem-estar da coletividade;

• propiciar ao acadêmico a oportunidade de diagnosticar e propor melhorias no ambiente empresarial através de estudos na área contábil.

Page 15: Diretrizes Práticas contábeis estágio

5

TÓPICO 2

REGULAMENTO DO ESTÁGIO

CURRICULAR SUPERVISIONADO

UNIDADE 1

CAPÍTULO ICONCEPÇÃO, DURAÇÃO E OBRIGATORIEDADE DO ESTÁGIO

O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis é concebido como um dos momentos privilegiados de integração teoria-prática, sendo organizado na própria Instituição com o uso de softwares específicos de contabilidade com prática simulada observando a múlti e interdisciplinaridade.

O Estágio Curricular Supervisionado terá a duração estipulada na matriz curricular do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis compreendendo as atividades propostas integradas a partir do sexto Módulo.

Nenhum acadêmico poderá colar grau sem ter cumprido as exigências do estágio curricular.

CAPÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis compreenderá as três etapas a seguir descritas.

1ª ETAPA – Plano de Negócios:

a) A elaboração do Plano de Negócios acontecerá durante o 6º Módulo, inserido na prática deste Módulo, e deverá ser composto dos seguintes conteúdos:

• planejamento estratégico do negócio a ser implementado;

• descrição da empresa a ser implementada;

• descrição do produto e/ou serviço a ser desenvolvido;

• análise do mercado a ser explorado;

Page 16: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 1 | DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

6

• descrição do plano de marketing para a empresa proposta;

• descrição do plano financeiro para a empresa proposta;

• anexos como planilhas de custo e projeções.

b) O cronograma de atividades a serem desenvolvidas constará na Agenda de Atividades do módulo.

2ª ETAPA – Prática Contábil:

a) Esta etapa será desenvolvida no 7º Módulo e abrangerá os aspectos constitutivos da sociedade idealizada no Plano de Negócios da 1ª etapa, no âmbito da Junta Comercial, Receita Federal e Fazenda Estadual, tendo a seguinte linha de desenvolvimento:

• Praticar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso no que se refere à elaboração dos lançamentos contábeis envolvidos nas operações da empresa constituída.

• Ter contato com um plano de contas, permitindo a classificação dos lançamentos nas contas corretas.

• Examinar os fechamentos de débitos e créditos a cada lançamento, viabilizando a elaboração de demonstrativos contábeis.

• Distinguir os diversos fatos que possam ocorrer numa empresa e tomar a decisão adequada para contabilizar os valores nas contas corretas.

• Efetuar o cálculo e contabilização da folha de pagamento, considerando as provisões de férias e 13º salário.

• Montar o controle de estoque baseado nas compras e vendas realizadas, apurando o Custo das Mercadorias Vendidas pelo método custo médio.

• Apurar e contabilizar o valor dos impostos devidos sobre as vendas.

• Calcular e contabilizar o valor da depreciação sobre os bens da empresa.

• Estruturar o LALUR, se for o caso, apurando o lucro real.

• Elaborar o cálculo dos impostos baseados no lucro estimado e efetuar o comparativo com os impostos calculados com base no lucro real, determinando o valor mais vantajoso para a empresa.

• Desenvolver as Demonstrações Contábeis para fins de publicação.

Page 17: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

7

Nesta fase, as orientações serão desenvolvidas na disciplina de Prática Contábil.

3ª ETAPA – Relatório Final:

a) A elaboração do Relatório Final compõe a última etapa do Estágio que ocorre no oitavo Módulo, na disciplina de Estágio, e consiste no desenvolvimento de atividades de Auditoria e Análise das Demonstrações Contábeis, na contabilidade da empresa criada na 1ª e 2ª etapas do estágio. Compreende as seguintes atividades:

• Elaboração do planejamento de auditoria a ser desenvolvida na empresa simulada.

• Definição dos tipos de papéis de trabalhos utilizados pela auditoria, bem como sua simbologia.

• Definição dos procedimentos de auditoria utilizados pelos auditores no seu trabalho.

• Elaborar as equações matemáticas para a seleção de uma amostra do universo apresentado pela empresa a ser auditada.

• Elaborar a carta de responsabilidade da administração na auditoria da empresa em questão.

• Elaborar o Parecer de Auditoria da empresa auditada.

• Elaborar o relatório de Análise de Balanços englobando as questões de: estrutura de capital, liquidez e rentabilidade.

b) Socialização dos resultados.

A socialização dos resultados acontecerá conforme cronograma constante na Agenda de Atividades e organizada pelo Professor-Tutor Externo.

CAPÍTULO IIIDAS RESPONSABILIDADES DO PROFESSOR-TUTOR EXTERNO, DO PROFESSOR-TUTOR INTERNO, DO POLO DE APOIO PRESENCIAL

DO PROFESSOR-TUTOR EXTERNO

Ao Professor-Tutor Externo, que executa os serviços educacionais do projeto de Ensino a Distância da UNIASSELVI, compete:

Page 18: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 1 | DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

8

a) proceder ao estudo do Manual de Estágio com os acadêmicos;

b) preencher ata, diário de classe e demais documentos inerentes ao estágio;

c) organizar e acompanhar o Seminário de Socialização do Estágio;

d) proceder à correção final do Relatório de Estágio e aferir nota;

e) encaminhar à UNIASSELVI um Relatório de Estágio que melhor atende às normas estabelecidas;

f) lançar no sistema todas as notas decorrentes das avaliações.

DO PROFESSOR-TUTOR INTERNO

Ao Professor-Tutor Interno compete:

a) revisar e atualizar quando necessário o Manual de Estágio;

b) orientar o Professor-Tutor Externo, Articulador de EAD e os acadêmicos através do telefone 0800, e-mail e AVA, sobre os procedimentos de Estágio, tais como: aplicação do manual, aproveitamento de horas de Estágio, formatação do relatório, bibliografia e outros;

c) orientar quanto à fundamentação teórica e metodológica, para a realização do Estágio;

d) alimentar e acompanhar o ambiente virtual – AVA;

e) analisar um relatório de cada Estágio por turma, para aperfeiçoamento dos estágios, dos relatórios e publicações de cadernos de Estágio;

f) orientar o planejamento e organização dos seminários de socialização dos Estágios;

g) organizar capacitações para os articuladores de EAD e Professores-Tutores Externos a respeito do Estágio;

h) esclarecer dúvidas dos Polos de Apoio Presencial;

i) orientar o Professor-Tutor Externo sobre a sistemática de avaliação e lançamento das notas;

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TÓPICO 2 | REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

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DO POLO DE APOIO PRESENCIAL

Ao Polo de Apoio Presencial da UNIASSELVI, para a oferta de cursos a distância, compete:

a) supervisionar o Professor-Tutor Externo no cumprimento de suas funções.

CAPÍTULO IVDA AVALIAÇÃO

O acadêmico estagiário será avaliado nos seguintes aspectos:

a) assiduidade e participação nos encontros de orientação;

b) cumprimento do cronograma e das atividades a serem realizadas durante o desenvolvimento do estágio no respectivo Módulo de Estudo;

c) apresentação no seminário de socialização;

d) apresentação do relatório dentro das normas técnicas;

e) pertinência, coerência e consistência dos relatórios produzidos.

CAPÍTULO VAPROVAÇÃO

Será considerado aprovado o acadêmico que, como resultado final da avaliação descrita no item anterior, obtiver média igual ou superior a 7 (sete). Não obtendo a média, o acadêmico será considerado reprovado.

Page 20: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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Page 21: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 2

PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA

ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• compreender o que é um Plano de Negócios e qual a sua aplicação;

• entender a estruturação do Plano de Negócios e seus tópicos;

• compreender a validação de uma ideia, conhecimento e ferramentas para a construção de um Plano de Negócios;

• entender e identificar a base fundamental do processo de desenvolvimen-to de um Plano de Negócios;

• capacitar-se para elaborar o estudo de análise de mercado;

• desenvolver um plano de marketing associado à definição de equipe, produ-tos e objetivos estratégicos, como também a elaboração do plano financeiro.

Esta unidade está dividida em cinco tópicos e o seu estudo permitirá o de-senvolvimento de todas as etapas de elaboração de um Plano de Negócios.

TÓPICO 1 – O NEGÓCIO

TÓPICO 2 – PRODUTOS E SERVIÇOS

TÓPICO 3 – DEFINIÇÃO DE MERCADOS

TÓPICO 4 – PLANO DE MARKETING

TÓPICO 5 – PLANO FINANCEIRO

Page 22: Diretrizes Práticas contábeis estágio

12

Page 23: Diretrizes Práticas contábeis estágio

13

TÓPICO 1

O NEGÓCIO

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

2 IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO

Esse texto é parte integrante do Caderno de Estudos de Empreendedorismo e tem por objetivo orientá-lo na elaboração do Plano de Negócios. O Plano de Negócios constitui-se como atividade prática do Módulo 6, que resultará na constituição e formalização da empresa no Módulo 7.

Neste momento, o empreendedor precisará escolher a identidade do seu negócio, quem o formará, como ele será. Veja o que deve ser informado:

O nome do negócio e sua localização.

O número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), inscrições estaduais e municipais, se existirem.

Seus dados pessoais.

O negócio pode ser classificado como micro, pequena ou média empresa?

Quais os parceiros e sócios do negócio? Procure explicar quanto cada um terá na sociedade, quem serão os diretores e quem assinará documentos e contratos em nome da empresa.

Na elaboração de um Plano de Negócios, você deve iniciar pela definição do negócio da empresa. Neste tópico, você saberá como identificar e definir seu negócio, sobre os objetivos da atividade que pretende abrir, por que pretende abrir, como será sua organização e quais as pessoas que irão trabalhar na equipe com você e sobre quais as motivações e oportunidades que geraram este projeto.

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

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Será um negócio “informal” ou será feita a constituição jurídica do negócio?

Será uma empresa individual, sociedade limitada, sociedade anônima, cooperativa etc.?

Exemplo 1:

A seguir serão apresentados os objetivos da Velas Detudo Ltda., sua equipe e como se deu o início da empresa:

Velas Detudo Ltda.Rua das Flores, 200 – Bom Jardim – Várzea das Flores-MG – CEP: 30000-000Telefax (31) 3333-5487 - CNPJ: 01.234.567/0001-89www.velasdetudo.com.br

A Velas Detudo Ltda. é uma fábrica de velas de parafina e será registrada como sociedade por cota de responsabilidade ilimitada ou empresa individual. Será composta por um proprietário com experiência e habilidade na área.

Obtivemos informações com a prefeitura da cidade onde montaremos a fábrica de velas, quanto às instalações físicas da empresa, para saber se elas estão de acordo com a legislação vigente. Além disso, consultaremos o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor. O Corpo de Bombeiros mais próximo de onde a fábrica será instalada também foi procurado. A única proprietária da Velas Detudo é Maria Emília dos Santos Guerra, 25 anos, solteira. Tem participação em 100% do capital. É responsável pelas atividades técnicas, estratégicas, administrativas e comerciais. Endereço da proprietária:

Rua Alazão de Azeredo, 500/202CEP: 89627-000Belo Horizonte-MGTelefone: (31) 3388-9977

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TÓPICO 1 | O NEGÓCIO

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3 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO

Nesta seção, vamos apresentar os itens que explicam como você deve proceder para descrever a definição do seu negócio. Os itens são:

Descreva o seu negócio, deixando bem claro para que ele é criado.

Diga resumidamente como o negócio será montado: o local escolhido, o setor de produção ou prestação do serviço, os tipos de produtos e serviços que serão oferecidos.

Se o seu negócio já existia, conte um pouco sobre a sua história, os momentos mais difíceis, os desafios, as vitórias e as mudanças importantes. Informe também como é a venda dos produtos que você já tem.

Este item é fundamental para que o leitor entenda o que é o negócio e sinta que ele está bem planejado. Por isso, não aumente nem diminua suas vantagens. A dica é utilizar bom senso e ser realista. Isso mostrará que você está preparado e com os pés no chão para montar o empreendimento.

Exemplo 2:

Velas Detudo Ltda. é uma indústria de velas de parafina, incluindo velas comuns e de 7 dias. O processo de produção de velas é bastante simples. Os níveis dos investimentos não são demasiadamente elevados, a mão de obra não necessita de qualificação especial e é o tipo de empresa que possui um bom índice de rentabilidade. O investimento inicial é de R$ 18.400,00 e foi integralizado pela proprietária. Propõe-se à fabricação de velas comuns e de sete dias. Entretanto, se tiver interesse e um pouco mais de recursos financeiros, a empresa poderá investir também na produção de velas decorativas e para aniversários. Os investimentos para essa diversificação não são pesados. Concluímos que o grau de risco é médio.

4 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE

Apresente rapidamente um parecer sobre os sócios e sobre os principais funcionários. Qual é a formação, quais são os conhecimentos e as experiências de cada um? Quais serão suas tarefas quando o negócio começar a funcionar? Para o leitor do seu plano de negócios, um empreendimento liderado por pessoas sem experiência e sem capacidade

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

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5 MOTIVAÇÃO E OPORTUNIDADES

Motivação e boas oportunidades são decisivas para o sucesso de um negócio. Com certeza, quem estiver avaliando seu Plano de Negócios estará “de olho” nesses itens. Relate neste tópico de onde vem sua motivação, por

não é um bom negócio. Por isso, mostre o contrário: que você e sua equipe são capazes e têm motivação e garra para alcançar o sucesso!

Exemplo 3:

A equipe é composta por 5 funcionários.

ProprietáriaMaria Emília dos Santos Guerra

Trabalhou 5 anos com produção de velas na Indústria Velas Luz e Vida na área de produção e posteriormente administração.

OperadoresMarco Antônio Mendes

Trabalha há 3 anos com produção de velas de 7 dias. Trabalhava como autônomo numa empresa de “fundo de quintal”.

Maria Lúcia Álvares Albuquerque

Há 7 anos trabalhou com produção de velas de 7 dias e decorativas na Indústria Velas Luz e Vida.

Ajudante (embalador)Rogério Eduardo Marques

Não tem nenhuma experiência profissional. Será orientado por Marco Antônio Mendes e Maria Lúcia Álvares Albuquerque no processo de embalagem e armazenamento das velas.

MotoristaMaurício de Souza

As vendas são feitas na fábrica e as entregas de pequenas e grandes encomendas são feitas pelo motorista.

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TÓPICO 1 | O NEGÓCIO

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que você escolheu ser dono do próprio negócio. Essa decisão veio de um sonho, de um desejo pessoal? Você e sua equipe estão motivados o suficiente para enfrentar os desafios e dificuldades que virão? Seja realista. Apresente resumidamente sobre o que faz o seu negócio ser uma boa oportunidade (como vantagens em relação a produtos concorrentes, inovações, boa localização etc.). Mostre que ele tem grandes chances de dar lucro e que você e sua equipe estão determinados a vencer.

Exemplo 2:

Motivação

Sempre tive muita criatividade e jeito em personalizar objetos. Na época da faculdade, vendia velas decoradas de Natal e caixas de presentes para colegas e parentes e isso, com certeza, foi o que me incentivou a sair da Indústria Velas Luz e Vida, onde trabalhava, e abrir meu próprio negócio.

Oportunidades

Fabricar velas é o tipo de negócio que não exige muito conhecimento. Talvez por esta facilidade, este seja um segmento que exige muita criatividade, ou em que se encontre um público consumidor cativo. Uma pequena fábrica de velas pode ser implantada em quase todo território nacional, pois sua montagem não é complexa, uma vez que exige infraestrutura simples, não requer grande soma de recursos em máquinas e equipamentos; as matérias-primas utilizadas são de fácil aquisição; utiliza-se mão de obra não qualificada e o mercado consumidor é amplo (BRIDI, 2007, p. 75-79).

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TÓPICO 2

PRODUTOS E SERVIÇOS

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

2 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS

Neste tópico, você verá a respeito da etapa da elaboração do Plano de Negócios e vai aprender a descrever as principais características do produto ou serviço que você irá oferecer. Aqui se apresentarão rapidamente as qualidades e as vantagens que ele possui em relação aos produtos dos concorrentes, sua imagem no mercado e como ele será visto pelos clientes. Nesta etapa também será abordada a tecnologia e processos empregados na produção ou na realização dos seus produtos e serviços e quais as diferenças e benefícios que eles trazem para o cliente. Finalmente, você deverá estabelecer os preços que serão inerentes a estes produtos e serviços.

Nesta etapa descrevem-se os produtos ou serviços e suas principais características, tais como:

dados do produto/serviço;dimensões (produto);embalagem (produto);métodos de atendimento (serviço);benefícios que oferece;demais características.

Exemplos: Os produtos oferecidos por nossa empresa serão:

Cachorro-quente: salsicha, molho de tomate, batata palha, queijo, milho, vinagrete, passas, maionese e ketchup. Será servido pelo funcionário, de acordo com o gosto do cliente. A maionese e o ketchup estarão disponíveis nas mesas.

Sanduíche natural ou light: de pão integral ou pão de fôrma, com produtos light e pouco gordurosos, nos sabores frango com milho e cenoura, atum com ervas, vegetariano (salpicão), chester com ricota.

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

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Refrigerantes (em lata): Coca-Cola (normal e light), Kuat, Fanta (Laranja e Uva).

Água Mineral (sem gás): garrafa de 500 ml.

Refresco: natural, já adoçado, nos sabores limão, laranja e caju.

Cerveja: Skol em lata.

Bombons caseiros: de coco com leite condensado, brigadeiro e nozes.

3 TECNOLOGIA E PROCESSOS

Nesta etapa será apresentado o processo de fabricação ou elaboração do produto ou serviço e a tecnologia que será utilizada. Antes de tudo, é necessário informar como se dará a fabricação do produto, desde a matéria-prima até o produto final, que será vendido ao consumidor. No caso de uma empresa de Serviços é necessário apresentar cada passo da apresentação do serviço.

Se o negócio for Comércio, apresenta-se o processo de compra e venda de mercadorias. Além disso, é necessário dar informações sobre fornecedores, distribuidores e sobre a mão de obra empregada. Pode-se apresentar o tipo de tecnologia utilizada e de onde ela vem.

Exemplo 3:

Para um processo produtivo simples e rápido, o leiaute da fábrica será da seguinte maneira: uma área de recepção e estoque de matéria-prima; um tacho de derretimento da matéria-prima; máquinas modeladoras; uma área de embalagem e outra de estoque de mercadoria embalada e, por último, a expedição.

O local planejado para as máquinas modeladoras é de fácil instalação de equipamento hidráulico para o resfriamento da parafina. Será planejada, ainda, uma área para o escritório e sanitários.

As dimensões do galpão são reduzidas, correspondentes à área de produção, com a instalação dos equipamentos necessários. A área é de 60 m².

Aqui cabe observar que existem máquinas refrigeradas a ar, mas na empresa utilizaremos um equipamento refrigerado à água.

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TÓPICO 2 | PRODUTOS E SERVIÇOS

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O Corpo de Bombeiros mais próximo foi consultado quanto às normas de segurança e equipamentos necessários, principalmente em relação à quantidade e localização dos extintores de incêndio.

O processo para produção de velas tem o seguinte roteiro:

a) Coloca-se a parafina em um recipiente próprio (tacho), onde é aquecida até a fusão (entre 70 e 75 graus) pelo sistema de caldeira.

b) Depois de fundida, a parafina é transferida para o depósito de alimentação das máquinas modeladoras, onde recobre os pavios. Essas máquinas operam com sistema de refrigeração para acelerar a extração das velas das máquinas e evitar a colagem nas formas.

c) Dependendo do sistema de refrigeração, o endurecimento das velas pode levar até 20 minutos. Após esse período, elas são retiradas das modeladoras.

d) A retirada das peças dos moldes é feita através da manivela lateral da máquina, que, ao ser girada, desloca as velas para uma forma de madeira colocada sobre a máquina modeladora.

e) Em seguida, o processo de produção é repetido e, após o resfriamento da nova remessa de velas, realiza-se o corte do barbante e o envio da primeira produção para o setor de embalagem. Este procedimento, além de facilitar o corte dos barbantes, tem a conveniência de permitir que, durante o processo de retirada das peças, estas puxem e centralizem os pavios nos moldes para a etapa produtiva seguinte.

f) A produção é então remetida para a embalagem do produto, em cartuchos com oito velas cada cartucho, no caso das comuns, e em papel celofane, no caso das velas de sete dias.

Após este procedimento, os produtos são colocados em caixas de papelão com a seguinte capacidade:

- 24 cartuchos de oito velas/caixa (velas comuns);- 24 velas de sete dias/caixas.

g) Após a embalagem, as caixas são estocadas para posterior expedição e comercialização.

h) As sobras de parafina das máquinas e das peças defeituosas retornam ao tacho para reaproveitamento em outras etapas produtivas.

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

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O processo de produção dura aproximadamente 20 minutos e as máquinas modeladoras têm capacidade de produzir 408 velas comuns e 96 velas de sete dias. Estimando 10 minutos para colocação de parafina nas máquinas e mais 10 minutos para a retirada das velas, colocação dos pavios (no caso das velas de sete dias) e embalagem, calculamos que um ciclo produtivo completo deve durar 40 minutos. Assim, o volume de produção mensal é de 107.712 velas comuns (ou 13.464 cartuchos de 8 velas comuns) e 25.344 velas de sete dias.

4 BENEFÍCIOS E VANTAGEM COMPETITIVA

Vantagem competitiva é aquilo que o seu produto/serviço tem que os produtos dos concorrentes não têm. É o que faz sê-lo único no mercado.

Pense: por que o cliente escolherá o seu produto, e não o do concorrente? Nesta etapa, apresentam-se os benefícios que ele trará ao consumidor, suas principais vantagens e características.

Exemplo 4:

A principal vantagem do meu negócio, Rapidog, que é a venda de cachorro quente, será a sua mobilidade. Se um ponto não oferecer boas condições de venda, será fácil escolher outro. Outra vantagem é que os gastos para iniciar a empresa serão relativamente pequenos, já que os talheres, vasilhas, panelas e instalações serão aproveitados da casa do dono.

O que fará o negócio Rapidog ganhar a preferência do consumidor será:

produtos saborosos e de sustância, que valem por uma boa refeição;

alimentos saudáveis e com baixo teor de gordura;

baixo custo;

rapidez no atendimento (fast food);

fácil acesso (a Towner ficará em frente à porta da faculdade ou no máximo a meio quarteirão dela);

conforto (serão colocadas duas mesinhas com cadeiras e sombrinha);

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TÓPICO 2 | PRODUTOS E SERVIÇOS

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5 DEFINIÇÃO DE PREÇOS

O preço é uma importante arma do empreendedor para aumentar suas vendas. É necessário fazer uma análise dos gastos com a produção, o quanto as pessoas estão dispostas a pagar pelo seu produto/serviço, qual é o preço da concorrência etc. Após ter estas informações é possível estabelecer um preço ao produto/serviço.

Nesta etapa, apresentam-se as vantagens sobre os preços da concorrência. Alguma promoção? No futuro mudará o preço?

Exemplo 5:

Para encontrar o preço de venda das mercadorias será preciso conhecer os indicadores de venda (índices de comercialização, a margem de lucro e a taxa de marcação) para garantir o pagamento de todas as despesas e o lucro do negócio.

O cálculo do preço de venda unitário será a divisão do preço de venda total de cada produto pelo número de velas produzidas.

Os preços de venda do cartucho de 8 velas e da unidade de vela sete dias são:

cartucho de vela comum: R$ 0,77;unidade de vela sete dias: R$ 0,93.

Fabricar velas dá um bom retorno em pouco mais de 1 ano e 1 mês, com um ponto de equilíbrio razoável (32,17%) e boa lucratividade (8,03%). Porém, temos que estar atentos aos concorrentes, que têm forçado os preços para baixo, o que leva à redução da lucratividade da empresa (BRIDI, 2007, p. 83-88).

limpeza e asseio no local da venda e na aparência dos produtos.

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Page 35: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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TÓPICO 3

DEFINIÇÃO DE MERCADOS

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

2 O SETOR

O objetivo deste tópico é mostrar, com clareza, por que é vantagem abrir um negócio no setor que você está escolhendo para seu empreendimento. Defina bem se o seu setor será comércio, indústria ou serviços.

Para esta etapa é necessário descrever todas as características do ramo em que seu negócio vai atuar. Além disso, é necessário apresentar a sua importância na região, se existem muitos concorrentes, sobre como as pessoas veem o tipo de produto/serviço que você venderá, quando as pessoas procuram por ele etc.

Analise ainda os riscos que o setor pode apresentar. O governo faz algum tipo de controle na produção? Você pagará algum imposto especial pelo produto? Existe matéria-prima na região para a fabricação do produto? O setor está em baixa ou em alta? Existe alguma tecnologia melhor do que a sua? As vendas serão afetadas por fatores geográficos, como temperatura, estações do ano, tempo?

Neste tópico, você verá o que é fundamental para o empreendedor saber sobre o mercado de seu próprio negócio. Estas informações o(a) ajudarão a tomar decisões, a visualizar boas oportunidades e a criar estratégias para vencer desafios e ameaças. Portanto, para conhecer melhor o mercado é necessário conseguir informações sobre os seguintes aspectos:

setor (ramo);clientela;fornecedores;concorrência.

Esta parte do Plano de Negócios é muito visada por investidores e financiadores. Por isso, as informações devem ser claras e coerentes.

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

Exemplo 6:

O mercado é amplo. Há grande consumo de velas para fins religiosos, devido a uma gama variada de religiões que utilizam o produto. Além deste uso, ele também serve como fonte alternativa de luz. Se o empreendedor conseguir uma diversificação de produção, aumentam as oportunidades de alcançar uma fatia maior de mercado.

Levaremos em consideração o mercado local e/ou regional para instalação do negócio.

A mão de obra pode ser contratada nas proximidades das instalações, por se tratar de um processo de produção simples. Esta mão de obra pode ser facilmente treinada e não exige maiores qualificações.

2.1 CLIENTELA

A satisfação do cliente deve ser a razão de ser do seu negócio. E para satisfazer o cliente você precisa primeiro conhecê-lo. A Pesquisa de Mercado ajudará você nisso. Só através dela será possível criar estratégias, melhorar seu produto/serviço para agradar o cliente e calcular o quanto irá vender.

Informe aqui qual será o consumidor do seu produto/serviço. Diga onde ele está, qual é o seu perfil (idade, sexo, condição financeira e social, estilo de vida), quais são suas necessidades e comportamentos. Calcule também a quantidade de possíveis consumidores e seu alcance (regional, nacional...).

Mostre que existe um mercado consumidor para o seu produto ou serviço e o que você fará para atendê-lo!

Exemplo 7:

Por tratar-se de um produto consumido principalmente para fins religiosos, o mercado consumidor é amplo e atinge todas as classes sociais.

As velas decorativas, ornamentais ou de aniversário podem ser alternativas de maior valor agregado para a empresa. Como já dissemos, a princípio este estudo se concentrará em uma fábrica de velas brancas e de sete dias.

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TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DE MERCADOS

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2.2 FORNECEDORES

Neste ponto apresentam-se as empresas escolhidas para fornecer a matéria-prima para a fabricação do seu produto ou para o desenvolvimento do seu serviço. Citam-se também os fornecedores de máquinas, equipamentos e outros materiais. Apresenta-se o local onde estas empresas estão situadas, por que foram escolhidas, quais os pontos fracos e fortes de cada uma delas e qual o nível de qualidade de seus produtos. Muita atenção na escolha do fornecedor, pois ele afeta diretamente a qualidade do seu produto/serviço e o sucesso do seu negócio.

Exemplo 8:

O principal fornecedor de matéria-prima, a parafina, é a Petrobras. Já o barbante é encontrado com facilidade no mercado. Os custos mensais dos materiais diretos utilizados na fabricação são:

velas comuns − cartuchos de 8 velas (quantidade: 13.464);parafina (kg): 3.500,64;barbante (kg): 503,12;sacos plásticos (milheiro): 71,36;caixas de papelão: 224,40;velas sete dias (quantidade: 25.344);parafina (kg): 8.236,80;pavios (milheiro): 640,95;celofane (milheiro): 288,41;caixas de papelão: 422,40.

A aquisição da matéria-prima diretamente do fabricante não é fácil, pois a Petrobras possui o monopólio tanto de sua produção quanto de sua distribuição.

Assim, qualquer problema que possa ocorrer no setor (greve, paralisação, retração do mercado, aumento da demanda etc.) pode ter seus efeitos refletidos na fabricação de velas. Administraremos a escassez do produto através de um bom nível de estoque, capital de giro satisfatório e muita criatividade, condições essenciais para diminuir os riscos que envolvem a atividade.

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

2.3 CONCORRENTES

Não deixe seu negócio à mercê da concorrência. Previna-se! É importante identificar quem são os seus principais concorrentes, onde estão localizados, quais são os pontos fortes e fracos de cada um e qual é o espaço que seus produtos/serviços ocupam no mercado.

Quais as vantagens e desvantagens que eles têm em relação ao produto/serviço oferecido por você? Como eles distribuem e anunciam os produtos? O que pode ser feito para superar as vantagens dos seus concorrentes?

Exemplo 9:

Apesar de o consumo do produto ser grande, existe muita concorrência.

Pela facilidade de produção, é um produto típico da chamada “economia informal”, através dos fabricantes “de fundo de quintal”, que exatamente por esta situação conseguem oferecer preços mais baixos, pois não pagam impostos nem quaisquer outras obrigações legais.

Através da pesquisa que realizamos, constatamos que a concorrência perde vendas devido ao baixo conhecimento do produto pelos revendedores.

A pesquisa é uma ferramenta de muitas aplicações e para diferentes objetivos. Tanto a pesquisa de mercado como a pesquisa acadêmica, entre outras, sempre farão parte do seu dia a dia e farão parte do seu futuro, direta ou indiretamente. Por isso, a importância de bem compreendê-las (BRIDI, 2007, p. 91-94).

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TÓPICO 4

PLANO DE MARKETING

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

2 PROPAGANDA

O Plano de Marketing tem por finalidade ajudar as empresas a atingir seus objetivos.

Depois de analisar quem é o cliente, o concorrente e o fornecedor, chegou o momento de conhecer como a empresa conquistará o consumidor, como conseguirá ser melhor que o concorrente e como seu produto entrará no mercado. O Plano de Marketing será dividido em duas partes:

propaganda;ponto (canal de distribuição).

Como você divulgará seus produtos ou serviços ao público? Ou seja, como o público tomará conhecimento da existência deles? O consumidor, primeiramente, precisa saber que o seu produto existe e que lhe trará benefícios. Só assim ele poderá comprar o seu produto.

Como a propaganda atingirá o público que você deseja conquistar ou vender seu produto? Primeiramente é necessário indicar onde será feita a divulgação, com que frequência (de quanto em quanto tempo) e ainda qual será o seu custo. Para escolher qual é a melhor maneira de divulgação, tome como base toda a Análise de Mercado que você fez.

Lembre-se de que a propaganda é a chave para formar uma imagem boa do seu produto ou do seu negócio e aumentar suas vendas. Por isso, tenha cuidado ao escolher a forma de divulgar seu produto.

Exemplo 10:

Os produtos iniciais que a Velas Detudo irá fabricar são velas comuns e de sete dias.

Page 40: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

Serão comercializadas em unidades e cartuchos.

Haverá distribuição de fôlderes informativos sobre o produto, suas características e vantagens. O processo de fabricação é simples e não prejudica a qualidade do produto. A tecnologia empregada na embalagem aumentará o prazo de validade do produto. A demanda para este tipo de produto encontra-se em plena ascensão, alimentada pelos fins religiosos e como alternativa de luz.

O produto em questão já existe no mercado há muitos anos, porém sem que sejam desenvolvidas técnicas para difundir e aumentar seu consumo.

A Velas Detudo pretende manter um canal sempre aberto para sugestões, críticas, elogios e quaisquer comentários que os consumidores queiram fazer, criando um constante feedback dos clientes.

3 PONTO (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO)

A decisão sobre o local ou ponto onde o negócio funcionará é de extrema importância. Afinal, o produto só será vendido se seus consumidores tiverem facilidade para conhecê-lo e de chegar até ele.

Para encontrar o melhor ponto, pense: quais são os hábitos dos clientes? Onde eles estão? Etc.

Procure informar onde e como o produto ou serviço será oferecido. Tome como base as seguintes perguntas:

Será em um ponto fixo ou móvel?Por que o local foi escolhido?Como é a concorrência no local?É possível superá-la?Como ela afetará seu negócio?

Exemplo 11:

Definido o segmento de mercado no qual a Velas Detudo pretende atuar, praticamente foram definidos também os canais através dos quais os produtos serão vendidos. Estes canais serão: supermercados, lojas religiosas, lojas de departamento etc.

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TÓPICO 4 | PLANO DE MARKETING

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A forma de distribuição pretendida inicialmente pela Velas Detudo seria intensiva para os varejistas e estabelecimentos. Além disto, o setor varejista teria um atendimento especial, por ser um mercado consumidor de velas em potencial. Para este o prazo de entrega será de, no máximo, três dias, sendo o transporte feito por veículo próprio da Velas Detudo.

A Velas Detudo pretende, a longo prazo, ter sua sede própria e conquistar novos mercados, mas não diversificar sua linha de produtos para não perder seu foco; abrir filiais e, quem sabe, até mesmo exportar as velas para os países do Primeiro Mundo.

Caro(a) acadêmico(a)! A fim de complementar seus conhecimentos a respeito de como traçar estratégias para colocar seu produto no mercado, sugerimos como leitura complementar deste tópico o artigo de José Dornelas que tem como título: Plano de Marketing no seu Plano de Negócios (BRIDI, 2007, p. 99-101).

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TÓPICO 5

PLANO FINANCEIRO

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

2 INVESTIMENTOS

2.1 CRÉDITOS SOBRE INVESTIMENTOS

Neste tópico, trataremos das projeções financeiras e também da análise dos investimentos do Plano de Negócios.

Chamamos de investimentos os gastos de capital que o empreendedor precisará fazer para viabilizar materialmente o seu negócio ou projeto. É preciso criar uma infraestrutura, composta de bens e materiais, que possibilite a arrancada e o início das operações. Para constituir a empresa, o empreendedor terá despesas tanto com licenças (alvará, registro de marca) quanto com aquisição de bens.

Em alguns casos, o valor dos impostos que incidem sobre os bens adquiridos pode (e deve) ser recuperado. É quase indispensável uma consulta à assessoria contábil para identificar quais investimentos caem nesses casos, qual o valor do crédito e como ele será feito.

2.2 DADOS A SEREM TRATADOS

A seguir, você verá os dados que devem ser preparados para a elaboração da planilha de investimentos. Note que a definição correta destes dados é fundamental para a análise de retorno do investimento.

A empresa terá um estoque inicial? Quanto ela gastará em sua formação?

Page 44: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

Será adquirido algum imóvel (sala, andar, prédio, galpão) para o funcionamento da empresa?

Quanto será gasto?

Que equipamentos a empresa deverá possuir? Microcomputadores, impressoras, de fax, secretária eletrônica etc.? Quanto será gasto para adquiri-los?

A atividade da empresa exige algum tipo de maquinário? Tratores, prensas, fornos etc.?

Qual o valor gasto nesse tipo de compra?

Quais os gastos com móveis e utensílios? Serão adquiridos armários, arquivos, mesas, cadeiras, filtro de água, cadeados, freezer etc.?

A empresa comprará algum veículo para uso exclusivo? Qual o valor a ser pago por ele?

Quais serão as despesas com registros de marcas e patentes? E com licenças e alvará de funcionamento?

A seguir, veja o Quadro 1 – Relação de Investimentos, que identifica os itens de investimento no seu projeto de negócios.

Page 45: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO

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QUADRO 1 – RELAÇÃO DE INVESTIMENTOS

FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 109)

3 MÃO DE OBRA

Na elaboração do Plano Financeiro é necessário entender como os valores referentes ao pessoal irão influenciar no negócio.

Page 46: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

3.1 PESSOAL DE PRODUÇÃO

3.1.1 Definindo dados

Pessoal de Produção são aqueles funcionários que trabalham no desenvolvimento de um serviço ou na fabricação de um produto da empresa. Por exemplo: uma fábrica têxtil tem como “pessoal de produção” suas costureiras, uma empresa do ramo odontológico (serviços) terá seus dentistas etc.

Sobre o Pessoal de Produção é importante conhecer:

Quais são os encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre o salário de cada funcionário contratado em regime de CLT (INSS, FGTS, 13º salário, férias)?

Quais profissionais serão contratados para trabalhar na área de produção da empresa?

No caso de serviços, quais os funcionários que trabalharão diretamente com sua prestação?

Haverá hierarquização na área, ou seja, haverá gerentes, técnicos, assistentes e auxiliares de produção?

A empresa pagará o salário de mercado? Qual será o valor inicial a ser gasto com salários?

Qual será o percentual de encargos sociais que reincidirá sobre o valor total dos salários?

Faça a projeção dos salários para os demais meses e anos: se serão fixos, se crescerão segundo uma taxa fixa ou se variarão aleatoriamente. Na guia “Valores” você poderá modificar os valores como quiser.

Neste aspecto levantam-se os nomes dos cargos da produção a serem criados na empresa, a quantidade e o valor do salário de cada funcionário/cargo no primeiro mês de funcionamento.

Levanta-se também, no campo reservado para Encargos, o percentual incidente sobre a soma dos salários pagos pela empresa.

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TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO

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3.2 PESSOAL DA ADMINISTRAÇÃO

Pessoal da Administração são aqueles funcionários que não estão diretamente ligados à produção ou à prestação dos serviços.

Estes dados referem-se aos salários e respectivos encargos sociais pagos pela empresa para manter sua área de apoio. Por exemplo: numa fábrica têxtil, o gerente financeiro e o office boy são considerados como pessoal de administração.

Procure saber quais são os encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre o salário de cada funcionário contratado em regime de CLT (INSS, FGTS, 13º salário, férias).

Que funções serão criadas, quais profissionais serão contratados? Quanto será gasto inicialmente com cada função?

Qual será o percentual de encargos sociais que recairá sobre o valor total dos salários?

Faça a projeção dos salários para os demais meses e anos: se serão fixos, se crescerão segundo uma taxa fixa ou se variarão aleatoriamente. Na guia “Valores”, você poderá modificar os valores como quiser.

3.2.1 Definindo dados

Escolhe-se como será a projeção dos valores para os próximos meses e anos: se não sofrerão alterações (fixos), se haverá crescimento de acordo com uma taxa (neste caso, defina a taxa de acordo com o período de crescimento previsto – ao mês ou ao ano) ou se haverá crescimento variável.

Se o crescimento for variável, levante o valor de cada item no mês e ano subsequentes.

Levante os nomes dos cargos da administração a serem criados na empresa, a quantidade e o valor do salário de cada funcionário/cargo no primeiro mês de funcionamento.

Page 48: Diretrizes Práticas contábeis estágio

38

UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

Levante também, no campo reservado para Encargos, o percentual incidente sobre a soma dos salários pagos pela empresa.

Escolha como será a projeção dos valores para os próximos meses e anos: se não sofrerão alterações (fixos), se haverá crescimento de acordo com uma taxa (neste caso, levante a taxa de acordo com o período de crescimento previsto - ao mês ou ao ano) ou se haverá crescimento variável.

Se o crescimento for variável, levante o valor de cada item no mês e ano subsequentes.

A seguir, veja o Quadro 2 – Custos de mão de obra, que identifica os valores a serem gastos com pessoal e terceiros no seu projeto de negócios:

QUADRO 2 – LEVANTAMENTO DE CUSTOS COM MÃO DE OBRA

FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 112)

4 DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Você verá, neste subtópico, as despesas que não estão ligadas à fabricação do produto ou à prestação do serviço. Ou seja, aquelas despesas que não variam de acordo com a produção.

Page 49: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO

39

4.1 INFORMAÇÕES SOBRE DESPESAS

As informações desta parte do Plano de Negócios são as seguintes:

Quanto será pago em contas de energia elétrica, água e telefone?

Haverá gastos com aluguéis, condomínios e IPTU? Informe o valor total desses gastos.

Planeja divulgar o seu produto ou serviço? Será através de anúncios, panfletos ou de outro modo?

Quais os gastos com material de propaganda e profissionais de marketing (se houver)?

Existe algum contrato de manutenção e conservação de imóveis, máquinas e equipamentos? Qual o seu valor mensal?

Quanto seu negócio pagará de seguros (contra incêndio, seguros de vida, acidentes etc.)?

Irá adquirir algum bem financiado? Levante o valor mensal das prestações.

Haverá algum gasto fixo com viagens, treinamento, material de escritório, associações, convênios etc.? Poderá incluir outras despesas.

Não se esqueça de prever sazonalidade de alguns gastos, como, por exemplo: a energia tem a tendência de aumentar o consumo no verão em função do uso do ar condicionado. Erros deste tipo são responsáveis pela completa inviabilidade da análise financeira.

A seguir será apresentado um modelo de Levantamento de Dados sobre as Despesas Administrativas.

Veja o Quadro 3 – Despesas Administrativas, que identifica os itens de despesas no projeto de negócios:

Page 50: Diretrizes Práticas contábeis estágio

40

UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

QUADRO 3 – DESPESAS ADMINISTRATIVAS

FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 114)

5 PROJEÇÃO DE RESULTADOS E FLUXO DE CAIXA

5.1 PROJEÇÃO DE RESULTADOS ECONÔMICOS

A Projeção de Resultados é o documento financeiro utilizado para planejar e acompanhar o resultado da empresa. Trata-se de um modelo utilizado e exigido pelo governo para apurar o Lucro Líquido das empresas e tem como base um dos princípios fundamentais da contabilidade: o da competência. Quer dizer, tanto as receitas quanto as despesas são contabilizadas no momento de sua ocorrência, independentemente da data em que serão recebidas ou pagas (QUEDA, 2005).

A seguir, veja como Queda (2005) apresenta a questão da projeção de resultados econômicos. Leia com atenção.

O alcance de resultados positivos deve ser uma meta com a qual todos os colaboradores devem estar comprometidos. Medir esses resultados é uma das melhores maneiras de avaliar o nível de comprometimento das pessoas com a meta. Os resultados positivos, alcançados individualmente, certamente trarão um resultado positivo coletivo.

Page 51: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO

41

5.2 PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

O Fluxo de Caixa é uma ferramenta administrativa essencial, que faz a previsão da situação financeira do negócio no decorrer do tempo. Ele contempla as receitas e as despesas previstas para a empresa quando elas realmente são recebidas ou pagas, ou seja, quando elas entram ou saem do caixa.

O empreendedor deve conhecer os custos orçados e os resultados planejados para gerir adequadamente os recursos da sua área, visando alcançar ou até mesmo superar as metas.

Um conceito importante em administração financeira é o de Margem de Contribuição, sendo esta o valor que resta à empresa, depois de deduzidos da receita os custos variáveis, as comissões e os impostos gerados pela comercialização de um produto/serviço; esse valor será usado para a cobertura de suas despesas fixas, tais como aluguéis e salários do pessoal da administração.

No projeto, a Projeção de Resultados é mensal nos primeiros doze meses e anual a partir do segundo ano.

A seguir, veja o Quadro 4 – Projeção de Resultados, que identifica os resultados econômicos projetados para o projeto de negócios:

QUADRO 4 – PROJEÇÃO DE RESULTADOS

FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 115)

Page 52: Diretrizes Práticas contábeis estágio

42

UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

A Projeção de Fluxo de Caixa permite que o empreendedor preveja quando a empresa terá recursos disponíveis (se as receitas serão maiores que as despesas), ou então quando será necessário providenciar dinheiro para cobrir um possível saldo devedor (se as despesas serão maiores que as receitas).

Segundo Queda (2005), mesmo que o empreendedor não seja o responsável pela parte financeira da empresa, ele deve conhecer o funcionamento dos controles financeiros básicos. O Fluxo de Caixa é um desses controles, sendo uma ferramenta simples, já que apresenta, em uma linha de tempo, todas as receitas e despesas previstas pela empresa. Sua importância está em demonstrar a liquidez do negócio durante todo o período de projeção; ou melhor, se ele terá, ou não, saldo em caixa para pagar suas contas. O relatório do Fluxo de Caixa pode ser emitido diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, enfim, com a frequência desejada pelo empreendedor.

A seguir, veja o Quadro 5 – Projeção de Fluxo de Caixa, que identifica os saldos acumulados de caixa no seu projeto de negócios:

QUADRO 5 – PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 107-116)

Page 53: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO

43

PLANO DE MARKETING NO SEU PLANO DE NEGÓCIOS

José Dornelas

A estratégia pode ser definida como a ciência de planejar e dirigir operações em grande escala, especificamente no sentido de manobrar as forças para as mais vantajosas posições antes de agir. Em Marketing, a estratégia também é muito importante, pois uma Estratégia de Marketing errada pode destruir uma empresa/produto antes mesmo de ser implementada, independente da qualidade do produto/serviço da empresa ser de alta qualidade ou não. Quando se falar em Estratégia de Marketing, deve-se ter em mente os chamados 4Ps do Marketing: Produto (posicionamento), Preço, Praça (Canais de Distribuição) e Propaganda e Promoção. A estratégia de vendas está relacionada diretamente com a Estratégia de Marketing da empresa e procura estabelecer a maneira como irá vender o produto/serviço com a finalidade de converter em ações as estratégias estabelecidas. Para isto, se levam em conta os 4Ps mencionados:

1 PRODUTO (POSICIONAMENTO)

O posicionamento refere-se à maneira como os consumidores percebem sua empresa e seu produto em relação à concorrência. Os negócios se encontram agrupados demograficamente da mesma maneira que os indivíduos. Os grupos podem incluir localização geográfica, vendas anuais, número de empregados, número de anos no ramo, setor ao qual pertence o negócio etc.

2 PREÇO

O preço é uma ferramenta efetiva de marketing, pois afeta a demanda, influencia a imagem do produto e pode ajudar a atingir o seu mercado-alvo. Ao considerar o preço a ser praticado, é importante saber que o preço não deve ser baseado na produção mais alguma margem, como geralmente se faz. O preço depende do valor do seu produto do ponto de vista do consumidor.

3 PRAÇA (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO)

Os canais de distribuição representam as diferentes maneiras pelas quais o produto é colocado à disposição do consumidor. O propósito do processo de distribuição é levar ao consumidor o que ele precisa. Existem duas maneiras de vender o produto: através de vendas diretas e vendas indiretas: venda direta é a maneira mais usada de distribuição. Uma empresa vende diretamente seus produtos através da sua equipe de vendas e adicionalmente pode ou não controlar o processo de distribuição. Existem empresas integradas verticalmente

LEITURA COMPLEMENTAR

Page 54: Diretrizes Práticas contábeis estágio

44

UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)

e que gerenciam toda a cadeia produtiva, desde produção de matéria-prima, passando pela produção até a distribuição. Outras empresas são integradas até a produção, deixando os canais de distribuição em mãos de terceiros mediante vendas indiretas.

4 PROPAGANDA E PROMOÇÃO

Fazer propaganda significa enviar diferentes mensagens a uma audiência selecionada, com o propósito de informar os consumidores, através da utilização de diferentes veículos de comunicação, como rádio, TV, mala direta, outdoors, internet, displays em pontos de venda etc. A vantagem da propaganda é a possibilidade da mensagem chegar ao mercado-alvo em grande escala. O custo da propaganda é bastante elevado, portanto avalie se existe o propósito de fazer chegar a mensagem a um grande público. A promoção é um estímulo ao marketing, utilizada para gerar demanda do produto ou serviço. O propósito da promoção é poder dizer ao público que você tem aquele produto ou serviço que satisfaz a demanda do consumidor.

FONTE: DORNELAS, José. Plano de Marketing no seu Plano de Negócios. Disponível em: <http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=31>. Acesso em: 30 jun. 2005.

Page 55: Diretrizes Práticas contábeis estágio

45

PLANO DE NEGÓCIOCIÊNCIAS CONTÁBEIS

Primeira Parte – Módulo 6

Nome do(a) Acadêmico(a)Nome do Professor

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVICiências Contábeis – Estágio

12/06/2011

Resumo

1 INTRODUÇÃO

2 IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO

3 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO

4 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE

5 MOTIVAÇÃO E OPORTUNIDADES

6 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS

7 TECNOLOGIA E PROCESSOS

8 BENEFÍCIOS E VANTAGEM COMPETITIVA

9 DEFINIÇÃO DE PREÇOS

10 O SETOR

10.1 CLIENTELA10.2 FORNECEDORES10.3 CONCORRENTES

11 PROPAGANDA12 PONTO (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO)

13 CONCLUSÃO

ANEXOS DA UNIDADE

Page 56: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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14 REFERÊNCIAS

ANEXOS:

A – PLANILHA: 1 – InvestimentosB – PLANILHA: 2 – Mão de obraC – PLANILHA: 3 – Despesas administrativasD – PLANILHA: 4 – Projeção de resultadosE – PLANILHA: 5 – Projeção do fluxo de caixaF – PLANILHA: 6 – AnáliseG – PLANILHA: 7 – Entrada de dados

Page 57: Diretrizes Práticas contábeis estágio

47

UNIDADE 3

CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• elaborar toda a documentação necessária para efetuar o registro de uma empresa na Junta Comercial;

• efetuar o registro de uma empresa na Receita Federal;

• efetuar o registro de uma empresa na Fazenda Estadual;

• conhecer os demais procedimentos para constituição de uma empresa no âmbito municipal e demais órgãos necessários;

• lidar com as diversas documentações de uma empresa, inclusive efetuan-do a contabilização dessa documentação para apuração de resultados.

Esta unidade está dividida em três tópicos. O primeiro trará as orientações para a elaboração desta etapa, bem como a forma de avaliação, o segundo tópico trará orientações para a constituição de uma empresa e o tópico 3, as orientações para gerar a documentação de sua movimentação.

TÓPICO 1 – ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 2

TÓPICO 2 – CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

TÓPICO 3 – MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

Page 58: Diretrizes Práticas contábeis estágio

48

Page 59: Diretrizes Práticas contábeis estágio

49

TÓPICO 1

ORIENTAÇÕES PARA

ELABORAÇÃO DA ETAPA 2

UNIDADE 3

1 INTRODUÇÃO

Neste tópico serão abordados todos os aspectos relacionados às orientações necessárias para a execução das atividades da prática contábil.

Assim, você está avançando em seus estudos referentes ao Estágio Curricular Supervisionado na aplicação prática do conhecimento contábil. Isto significa dizer que você, caro acadêmico, desenvolverá, de forma simulada, a prática da constituição da empresa idealizada na etapa 1 “Plano de Negócios” e, em seguida, executará, de forma também simulada, toda a movimentação contábil desta empresa em, pelo menos, dois períodos contábeis distintos.

Observe e leia atentamente todas as instruções ao longo desta unidade que o(a) ajudarão a completar seu trabalho observando todas as entregas a ser realizadas em cada encontro da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado.

QUADRO 1 – RESUMO DOS ENCONTROS DA DISCIPLINA DE PRÁTICA CONTÁBIL

ENCONTRO ASSUNTO ATIVIDADES REALIZADAS PARA ENTREGA

1◦ Plano de Negócios Entregar o plano de Negócios

2◦Formalização e Constituição da

Empresa

Elaborar documental da empresa idealizada no plano de negócios,

necessário para constituí-la perante a Junta Comercial, Receita Federal e Fazenda

Estadual

3◦Movimentação

Contábil e Mapas Diversos

Simular a movimentação contábil da empresa constituída criando toda a documentação como notas fiscais de

insumos, ativo e uso e consumo, notas fiscais de venda, mapas de controle de

estoque, imobilizado, impostos, folha de pagamento, entre outros.

4◦ Entrega do Paper Entregar o Relatório Final da PráticaContábil.

FONTE: Os autores

Page 60: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

50

No quarto e último encontro da disciplina de Prática Contábil, além da entrega do paper, ocorrerão as orientações para o desenvolvimento e a produção dos materiais da primeira entrega do primeiro encontro da disciplina Estágio (Auditoria Independente e Análise das Demonstrações Contábeis).

UNI

O Uni chama a atenção para algo muito importante, pois afeta diretamente a dinâmica dos encontros. No contexto relatado, isto quer dizer que, no último encontro da disciplina de Prática Contábil, o acadêmico deverá receber as orientações da etapa seguinte e assim haver tempo hábil para realizar as “entregas” definidas na terceira etapa do seu Estágio Curricular Supervisionado.

É, também, neste momento, ou seja, durante a orientação que ocorrer neste último encontro da disciplina de Prática Contábil que o Professor-Tutor Externo deverá fazer um sorteio e/ou rodízio dos trabalhos elaborados pelos acadêmicos desta etapa 2 “Constituição e Movimentação de Empresa”. Assim, o acadêmico iniciará a etapa 3 do seu estágio com a missão de auditar o trabalho da empresa simulada do outro acadêmico.

Depois de sorteados os trabalhos, o Professor-Tutor Externo deverá dar todas as orientações necessárias para as entregas que deverão ocorrer no primeiro encontro da disciplina de Estágio.

Veja no quadro a seguir o funcionamento da dinâmica dos encontros e entregas realizadas.

QUADRO 2 – DINÂMICA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO – ETAPA 2

Horário PRIMEIRO ENCONTRO

SEGUNDO ENCONTRO

TERCEIRO ENCONTRO

QUARTO ENCONTRO

1º Período

ENTREGA 1Entrega do paper. Plano de Negócios

ENTREGA 2Toda a

documentação de constituição

da empresa perante a Junta

Comercial, Receita Federal

e Fazenda Estadual.

ENTREGA 3Toda

documentação criada para a

movimentação contábil da

empresa referente aos dois períodos

simulados.

ENTREGA 4Relatório Final

de Estágio tipo paper com todos os anexos

solicitados.

Page 61: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 1 | ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 2

51

INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO

2º Período

AULA Orientação

para entrega 2

AULA Orientação

para entrega 3

AULA Orientação

para entrega 4

AULA Orientação

para o primeiro

encontro daEtapa 3

(Estágio Final).

Para que você, acadêmico, tenha condições de estudar, analisar, interpretar e preparar todos os materiais a serem entregues durante os encontros conforme demonstrado, a disciplina de Prática Contábil ocorrerá com periodicidade mensal para cada encontro, conforme datas definidas no cronograma do curso.

FONTE: Os autores

ATENCAO

Sugerimos verificar seu cronograma e identificar as datas destes encontros, a fim de manter um adequado planejamento de suas atividades acadêmicas.O uso do laboratório é um requisito importante para o desenvolvimento desta etapa.No Ambiente Virtual de Aprendizagem também serão disponibilizados modelos dos documentos utilizados na criação.

O Relatório de Estágio da Prática Contábil deverá ser produzido no modelo paper conforme metodologias acadêmicas, segundo as diretrizes da UNIASSELVI, e as informações devem ser tratadas no Relatório Final de Estágio das Práticas Contábeis e estão contidas como anexo ao final desta unidade.

2 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

O planejamento e cumprimento pontual das entregas são fatores importantes no processo de estágio, visto que, com base nas entregas realizadas em cada encontro, as notas serão geradas e atribuídas conforme os pesos por avaliação. Os critérios de pontuação para avaliação de cada entrega estão definidos por instrumento de avaliação disponibilizado como anexo ao final desta unidade.

Page 62: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

52

QUADRO 3 – CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO PARA AVALIAÇÃO EM CADA ENTREGA

ENCONTRO ENTREGAS PREVISTAS ANEXOS DESCRIÇÃO PESO AVALIAÇÃO

1º Plano de Negócios Anexo 1 Nota 1 1,0

Toda a documentação de constituição da empresa perante a

Junta Comercial, Receita Federal e Fazenda

Estadual.

Anexo 2 Nota 2 1,0

Toda documentação criada para a

movimentação contábil da empresa referente aos dois

períodos simulados.

Anexo 3 Nota 3 1,0

Relatório Final de Estágio modelo paper com todos os anexos

solicitados.

Anexo 4 Nota 4 7,0

Deve-se notar que cada encontro proporciona uma nota atribuída por um peso: as entregas terão peso 1 do primeiro ao terceiro encontro e no último, em que o acadêmico entrega, além do paper, todos os anexos componentes do trabalho final justificando-se então o equivalente peso 7.

Acadêmico! Agora que você foi esclarecido sobre as orientações que nortearão o desenvolvimento dos seus estudos relacionados ao Estágio Curricular Supervisionado na etapa 2, você está apto a seguir as orientações dos tópicos seguintes e compreender de forma detalhada todas as atividades que você deverá realizar durante esta etapa proposta para finalização do seu estágio.

FONTE: Os autores

Page 63: Diretrizes Práticas contábeis estágio

53

1 INTRODUÇÃO

Nesta etapa inicial, trabalha-se e observa-se as diversas etapas existentes para a constituição de empresas, seja do ramo comercial, industrial ou prestação de serviços. As diferentes maneiras de constituição de pessoa jurídica foram estudadas na disciplina de Contabilidade Comercial, nota-se que o processo de constituição de uma empresa está se realizando de maneira eletrônica, permitindo maior facilidade de acesso e agilidade para constituição.

Você também poderá basear-se, pesquisar e conhecer o DRE – Departamento Nacional de Registro Empresarial Integrado, que substitui o DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio pelo endereço: <http://drei.smpe.gov.br/legislacao/cod-civil-2002/codigo-civil> e neste mesmo site você poderá conhecer o endereço das Juntas Comerciais de todo o Brasil. Acesse: <http://drei.smpe.gov.br/assuntos/juntas-comerciais>.

Para a estruturação deste trabalho, utilizaram-se informações da Junta Comercial de Santa Catarina, no entanto, com as mudanças nos processos de constituição que estão ocorrendo, percebe-se que a abertura de empresas está acontecendo de maneira semelhante em todos os estados brasileiros, tornando o procedimento padronizado. Para a realização da Prática Contábil, você poderá acompanhar as etapas apresentadas na próxima seção no âmbito federal, estadual e municipal.

TÓPICO 2

CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

UNIDADE 3

Acompanhe constantemente as mudanças nos procedimentos de constituição de empresas no site da Junta Comercial do estado em que você está realizando a abertura da empresa.

IMPORTANTE

Quanto aos tipos de sociedade, relembra-se algumas já estudadas na disciplina de Contabilidade Comercial, como Sociedade Limitada, Cooperativa, Sociedade Anônima, entre outras, e, a partir de 2012, surge a sociedade Eireli. Para conhecer um pouco mais de cada uma destas sociedades, acesse: <http://www.jucesc.sc.gov.br/index.php/servicos/abertura-de-empresa>.

Page 64: Diretrizes Práticas contábeis estágio

54

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

No ambiente virtual você encontra os manuais para constituição das sociedades:- Sociedade Empresária (Empresário Individual);- Sociedade Limitada;- Sociedade Cooperativa;- Sociedade Anônima;- Eireli.

Na Prática Contábil você estará constituindo sociedade com outro sócio(a), portanto, o Empresário Individual não será utilizado neste momento.

NOTA

Ainda possibilitando um exercício mais completo do processo de constituição de empresas a existência de sócios contribui para um registro contábil mais desenvolvido, pois trabalham-se o reconhecimento e a forma de integralização do capital, em que deve-se observar como e quanto cada um dos sócios contribui para compor o quadro societário.

Todos os demais formulários que orientam o preenchimento destes documentos também estão disponíveis nos sites das Juntas Comerciais, pois o processo de constituição está centrado de forma eletrônica, assim, você precisa verificar sempre o site da Junta Comercial do estado em que está constituindo a empresa.

UNI

Reforçando que, ao selecionar o município em que será realizada a abertura da empresa, você, acadêmico, deverá verificar os procedimentos e regimes adotados em cada município e Estados, pois as alterações são constantes, considerando que estamos em fase de transição para tornar os processos totalmente digitais.

Todos os documentos necessários para preenchimento dos formulários de constituição e os próprios formulários e modelos utilizados neste trabalho estão disponíveis no seu Ambiente Virtual de Aprendizagem, caso você não tenha acesso ao site da Junta Comercial.

Page 65: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

55

Considere que, todo o processo de constituição de empresa sofreu alterações e passou a ser totalmente on-line, assim, o fluxo a ser seguido para a elaboração do processo de constituição da empresa tomando por base a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina é:

Visualiza-se que, para as esferas municipal e estadual, tem-se a primeira etapa, que refere-se à Junta Comercial, o pedido de Viabilidade; para a esfera Federal, no site da Receita Federal será realizado o pedido de ColetaWEB Redesim para informar e identificar a nova pessoa jurídica. E, para finalizar, retorna-se ao site da Junta Comercial para realizar, através do Requerimento Eletrônico, o preenchimento e emissão do Contrato Social e das guias de recolhimento pertinentes. Nesse sentido, todo o processo é on-line e reforçamos que o acesso ao site da Junta Comercial do estado em que você está realizando a abertura é fundamental.

Lembre-se que na Prática Contábil objetiva-se utilizar o plano de negócios como direcionador das atividades de constituição e movimentação da empresa idealizada por você, ou seja, tudo que você projetou no Plano de Negócios, você movimentará na Prática Contábil: se, por exemplo, você descreveu no seu Plano de Negócios que sua empresa será constituída com um capital social integralizado de R$ 100.000,00, será exatamente desta maneira e neste valor que você estará elaborando o contrato social e os registros contábeis.

Iniciamos o procedimento de constituição com a consulta de viabilidade apresentada no próximo subtópico, desejamos a você: Sucesso nesta etapa e bom trabalho!

2 CONSULTA DE VIABILIDADE E NOME EMPRESARIAL

Antes de efetuar a abertura de uma empresa, deve-se realizar o pedido de viabilidade junto à Junta Comercial em que você estará constituindo a empresa, a Viabilidade tem como objetivo verificar se existe a possibilidade de constituição, instalação e movimentação da empresa no local em que pretende instalar-se. Este processo realiza-se através do REGIN, que é o sistema de registro integrado, ou seja, integra as esferas municipal, estadual e federal para os processos das pessoas jurídicas. Por meio do Regin, a empresa solicita a viabilidade no site da Junta Comercial do Estado; em Santa Catarina e na maioria dos estados brasileiros, o Regin deverá ser feito no site da JUCESC pelo endereço eletrônico da Junta Comercial do estado, no caso de Santa Catarina: <http://www.jucesc.sc.gov.br>.

Junta ComercialViabilidade

Receita FederalColetor Nacional –

Redesim

Junta ComercialRequerimento

Eletrônico

Page 66: Diretrizes Práticas contábeis estágio

56

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Para os demais estados deve-se acessar o endereço eletrônico da Junta Comercial do respectivo estado, para acompanhamento seguem alguns destes endereços:

- Bahia: <http://www.juceb.ba.gov.br/#>- Rio Grande do Sul: <http://www.jucergs.rs.gov.br/index.asp#>- Pará: <http://www.jucepa.pa.gov.br/>- Paraná: <www.jucepar.pr.gov.br/>

Você precisa sempre pesquisar pela Junta Comercial de cada estado pois diante das constantes alterações para melhoramentos e adaptações ao sistema, os endereços da junta comercial podem sofrer alterações.Na trilha de aprendizagem, você encontra os formulários para os procedimentos de abertura de empresa.

ATENCAO

Neste primeiro momento serão informados todos os dados, tais como: CPF (Cadastro de Pessoa Física), nome completo e endereço dos sócios, endereço do estabelecimento, atividade econômica principal e secundária (se houver) etc. Após o envio para JUCESC, o processo deverá ser acompanhado pelo site da Junta Comercial, no caso detalhado neste caderno, especificamente na junta de Santa Catarina – JUCESC, no campo Acompanhamento de Pedido de Viabilidade, assim que não houver mais nenhuma pendência, o pedido será aprovado para o tramite na JUCESC. Por fim, deve-se encaminhar para JUCESC todos os documentos necessários para o registro legal da empresa, acompanhe na próxima seção passo a passo do pedido de Viabilidade.

2.1 PEDIDO DE VIABILIDADE

Para iniciar o pedido de viabilidade, acesse o site da Junta Comercial do estado em que está sendo constituída a empresa, neste caso a JUCESC, na página principal clique no campo Viabilidade, e em seguida em Pedido de Viabilidade. Como é demonstrado a seguir:

Page 67: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

57

FIGURA 1 – TELA JUCESC (VIABILIDADE)

O REGIN é dividido em:

- Solicitante e Pessoa Jurídica.- Quadro Societário.- Nome Empresarial, Objeto Social e CNAE.- Informações Complementares.

Ao clicar no Pedido de Viabilidade, abre-se uma tela onde deverá ser informada a cidade e o órgão (neste caso deverá ser escolhido a opção JUCESC) para a consulta da viabilidade, em seguida clique na opção “INSCRIÇÃO DE PRIMEIRO ESTABELECIMENTO (MATRIZ) E DOS DEMAIS ESTABELECIMENTOS (FILIAL)” selecionando a opção “INSCRIÇÃO DE PRIMEIRO ESTABELECIMENTO (MATRIZ)”, descer com a barra de rolagem até o final e clicar em “CONTINUAR”.

FONTE: JUCESC

No próximo momento, visualiza-se a tela do pedido de viabilidade:

FIGURA 2 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE

FONTE: JUCESC

Page 68: Diretrizes Práticas contábeis estágio

58

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

FIGURA 4 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS DA EMPRESA)

FONTE: JUCESC

Para o próximo passo devem-se informar os dados da empresa, lembre-se: todas estas informações você estruturou no plano de negócios.

Na tela a seguir deve-se preencher os dados do solicitante (esses dados podem ser do contador ou do sócio responsável) dando continuidade no preenchimento os demais dados devem ser da empresa a ser constituída, conforme figuras 4 e 5.

FIGURA 3 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS INICIAIS)

FONTE: JUCESC

Page 69: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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FIGURA 5 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS DA EMPRESA)

FONTE: JUCESC

Seguindo o processo da Viabilidade, informam-se os sócios, nesta tela deverão ser preenchidos todos os campos conforme instrução, após o preenchimento do primeiro sócio clicar em ADICIONAR SÓCIO, repetir este preenchimento para cada sócio que constar no Contrato Social.

Page 70: Diretrizes Práticas contábeis estágio

60

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

FIGURA 6 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS DOS SÓCIOS)

FONTE: JUCESC

Seguindo, tem-se a escolha de três nomes empresariais, objeto social da empresa e o Cnae correspondente à(s) atividade(s), para saber qual Cnae – Código Nacional de Atividades, o correto a ser usado, poderá ser feita a pesquisa por palavra ou a pesquisa por tela no endereço eletrônico da Receita Federal por tratar-se de uma codificação unida para todo o território nacional e, em seguida, selecionar a atividade: PRINCIPAL (se for única), gravar Cnae e, se houver mais de uma atividade, também selecionar a atividade: SECUNDÁRIA e proceder da mesma maneira com a consulta do(s) Cnae(s), finalizando em: gravar Cnae.

Para a pesquisa do Código Nacional de Atividades Cnae, você pode acessar: <http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNAEFiscal/cnaef.htm> ou <http://www.cnae.ibge.gov.br>.Fique ligadoObserve que você deverá selecionar o tipo de sociedade, lembrando que, para a Prática contábil, você não utiliza o empresário individual e o Micro Empreendedor, pois tem-se por objetivo proporcionar maior abrangência nas diferentes formas de constituição e movimentação de uma empresa.

DICAS

Observe a necessidade de informar três nomes para a pessoa jurídica que você está constituindo, utilize como primeira alternativa o nome de sua preferência, a Junta estará verificando e indicando qual das alternativas você pode utilizar.

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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FIGURA 7 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS DA EMPRESA)

FIGURA 8 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS DA EMPRESA)

FONTE: REGIN

FONTE: JUCESC

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Para finalizar quanto aos dados relativos às informações complementares, você preenche com os dados solicitados em relação ao Cnae e pode enviar, após o envio para a JUCESC, vai gerar o número do protocolo para o acompanhamento da viabilidade conforme as figuras a seguir:

FIGURA 9 – TELA PEDIDO DE VIABILIDADE (DADOS DA EMPRESA)

FONTE: JUCESC

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Segue a mensagem que você receberá, contendo o número do protocolo, você deverá também realizar a impressão deste documento e acrescentar em seu trabalho.

Agora com o número do protocolo gerado pelo REGIN podemos acompanhar o andamento do pedido de viabilidade no site da JUCESC <www.jucesc.sc.gov.br> conforme as figuras a seguir relacionadas:

FIGURA 10 – PROTOCOLO DO REGIN

FONTE: JUCESC

FIGURA 11 – ACOMPANHAMENTO DA VIABILIDADE

FONTE: JUCESC

FIGURA 12 – ACOMPANHAMENTO VIABILIDADE – DADOS

FONTE: JUCESC

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

FIGURA 13 – ACOMPANHAMENTO VIABILIDADE – CONSULTA

FONTE: JUCESC

FONTE: JUCESC

FIGURA 14 – ACOMPANHAMENTO VIABILIDADE – CONSULTA PENDÊNCIAS

Finalizado o processo de consulta para acompanhamento do pedido de viabilidade, tem-se que aguardar para recebimento da resposta da Junta Comercial, considerando-se que para o trabalho da Prática Contábil a constituição acontece de forma fictícia, deve-se proceder o cancelamento do processo antes ou após a resposta da Junta Comercial apresentando-se em seguida este procedimento.

2.2 CANCELAMENTO DO PEDIDO DE VIABILIDADE

Considerando que a movimentação da Prática Contábil no sétimo módulo utiliza-se de uma movimentação fictícia baseada em fatos reais, a movimentação gerada para o pedido de viabilidade no REGIN precisa ser cancelada, assim seguem-se os procedimentos:

FIGURA 15 – CANCELAMENTO PEDIDO DE VIABILIDADE

FONTE: JUCESC

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Preencha com o número do seu pedido de viabilidade e o CPF com que você fez o pedido, sem estas informações você não poderá efetuar o respectivo cancelamento.

Depois de informados estes dados, ao clicar em buscar, vai abrir o quadro para descrever o motivo pelo qual o seu pedido está sendo cancelado e clique no botão “cancelar”. Surgirá então uma nova tela com a seguinte informação: “Registro Guardado com Sucesso”.

2.3 DBE (COLETOR NACIONAL – REDESIM)

Novamente tem-se constantes alterações para os processos de abertura de empresa, nesse sentido, reforçamos a pesquisa no site da Junta Comercial do estado em que se está constituindo a empresa, considerando o estado de Santa Catarina não diferente dos demais, a partir de 19.11.2014, com a obrigação da entrega do R.E. – Requerimento Eletrônico para a JUCESC, passa a ser obrigatório do DBE (Documento Básico de Entrada) através do COLETOR NACIONAL no site do REDESIM pelo endereço eletrônico: <www.redesim.gov.br>, conforme vamos apresentar nas figuras a seguir:

Após acessar o site do REDESIM, você clica no campo Serviços para empresa conforme indicação da figura, e, em seguida selecione a opção Cadastros, lembre-se estamos realizando o cadastro da sua empresa na esfera Federal.

FIGURA 16 – TELA PRINCIPAL REDESIM

FONTE: REDESIM

Page 76: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

FIGURA 17 – TELA SERVIÇOS REDESIM

FONTE: REDESIM

Em seguida você precisa selecionar o campo que determina a geração do CNPJ da sua empresa, a opção “Demais Serviços”, acompanhe:

FIGURA 18 – TELA SERVIÇOS REDESIM

FONTE: REDESIM

Após selecionar-se o campo acesso a todos os serviços, tem a seguinte tela para preenchimento: crie sua pessoa jurídica.

Page 77: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Seguindo, abre-se uma tela que você deverá preencher de acordo com o solicitado, observe ainda que a receita disponibiliza um curso gratuito sobre a utilização do Programa do CNPJ. Você pode acessar pelo endereço eletrônico: <http://www.receita.fazenda.gov.br/EnsinoDistancia/CNPJ/programaUmdisco.htm>.

FIGURA 19 – TELA CADASTROS

FONTE: REDESIM

FIGURA 20 – TELA COLETA DADOS

FONTE: REDESIM

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

No cadastro nacional sincronizado deverá ser selecionado o estado e município em que você está constituindo a empresa, em seguida a natureza jurídica o número do protocolo da viabilidade aprovada e por final clicar em continuar/recuperar.

FIGURA 21 – TELA COLETA DADOS

FONTE: Receita Federal do Brasil

Para seguir, anote o número do recibo ou realize o download conforme orientação do site da Receita Federal do Brasil, neste momento também tem-se orientações quanto aos procedimentos, indicamos com a seta para você localizar e disponibilizamos o endereço eletrônico para acesso: <https://www14.receita.fazenda.gov.br/cadsincnac/tipoDocumentoAction.do?method=serproCaptcha&opcao=matriz>.

Em seguida você seleciona o campo Eventos, logo, o site disponibiliza outra janela em que você seleciona a opção: 101 – Inscrição do primeiro estabelecimento.

FIGURA 22 – INSCRIÇÃO DA EMPRESA – ÂMBITO FEDERAL.

FONTE: Receita Federal do Brasil

Agora, neste mesmo site você deverá realizar o preenchimento de todas as etapas que constam no lado esquerdo da tela sobre a empresa a ser constituída:

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Iniciando pela Identificação, você estará apresentando para a Receita Federal a nova Pessoa Jurídica, ao selecionar a Natureza Jurídica, você precisa acionar a barra de rolagem e encontrar a natureza que corresponde a sua empresa, neste caso optou-se pela sociedade empresaria limitada, como segue na figura.

FIGURA 23 – ETAPAS DE ELABORAÇÃO DA COLETA WEB

FONTE: Receita Federal do Brasil

FIGURA 24 – OPÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA

FONTE: Receita Federal do Brasil

Preenchidas as informações solicitadas segue-se para os demais formulários necessários para a conclusão do processo de abertura.

FIGURA 25 – ETAPAS DA ELABORAÇÃO DA COLETOR NACIONAL

FONTE: Receita Federal do Brasil

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Como todo processo deverá ser encaminhado diretamente para a JUCESC – Junta Comercial, a resposta deverá ser não, para a solicitação apresentada, depois que o DBE for processado pela Receita Federal estará constando a opção de encaminhamento para a Junta Comercial e é neste momento que você estará realizando o registro.

Todas as demais informações você deverá informar, por exemplo, o código da Atividade Econômica da sua empresa, local de instalação, enfim dados que você já pontuou também para o REGIN:

FIGURA 26 – COLETAWEB – ATIVIDADE ECONÔMICA

FONTE: Receita Federal do Brasil

O endereço da sua empresa também deve ser o mais completo possível atentando para identificar todo e qualquer complemento (sala, beco, rua, fundos etc.) para facilitar a localização.

FIGURA 27 – COLETAWEB – ENDEREÇO

FONTE: Receita Federal do Brasil

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Os dados para contato com os responsáveis pela empresa também são de grande importância e devem estar corretamente preenchidos para facilitar a comunicação, caso tenha-se esta necessidade.

FIGURA 28 – COLETAWEB – DADOS PARA CONTATO

FONTE: Receita Federal do Brasil

Quanto ao representante, você perceberá que estará o CPF do sócio já identificado e você deverá preencher o nome completo do Sócio Responsável pela empresa perante a Receita Federal identificando na qualificação como: 5-Administrador ou 40-Sócio Administrador. Você deverá e poderá optar em selecionar um dos sócios que integram o seu quadro societário para nomear como representante diante da Receita Federal.

FIGURA 29 – COLETAWEB – REPRESENTANTE LEGAL

FONTE: Receita Federal do Brasil

Para a identificação do Porte da empresa você deverá selecionar aquele que você definiu no plano de negócios respeitando o faturamento da empresa lembre-se dos limites de faturamento estes determinam o porte da empresa, para tanto é importante verificar estes valores de limites sendo encontrados no endereço eletrônico da Receita Federal do Brasil.

Acompanhe os limites de faturamento no endereço: <http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/pr110a202.htm> destacando que é importante verificar constantemente, considerando que alterações na legislação vigente podem ocorrer.

UNI

Page 82: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

FIGURA 30 – COLETAWEB – PORTE DA EMPRESA

FONTE: Receita Federal do Brasil

Verifique o porte em que se enquadra a sua empresa, clique neste enquadramento para seguir com o procedimento de constituição.

Para a identificação do Contabilista, você precisa atentar-se para as seguintes situações: a sua empresa poderá estar vinculada a uma Organização Contábil ou ao Profissional de Contabilidade, no exemplo exposto utilizou-se o Profissional de Contabilidade, caso tivéssemos selecionado a Organização Contábil, seria necessário preencher identificando o CNPJ da empresa de Contabilidade e do profissional responsável.

FIGURA 31 – COLETAWEB – PROFISSIONAL CONTABILISTA

FONTE: Receita Federal do Brasil

Para finalizar o processo de coleta WEB apresenta-se o quadro societário da empresa em constituição, assim, você estará informando neste campo todos os sócios que compõem o quadro societário da empresa.

Page 83: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Para esta etapa é importante você observar que no campo:

- Natureza do Evento: você identifica como entrada de um sócio.- Data do Evento: você identifica com a data de constituição da empresa.- CPF: inserir o CPF do sócio.- Qualificação do sócio: normalmente as empresas apresentam um sócio

administrador e outro sendo simplesmente sócio.- Participação no quadro societário: deve-se informar o percentual de

participação de cada sócio.

FIGURA 32 – COLETAWEB – QUADRO SOCIETÁRIO

FONTE: Receita Federal do Brasil

FIGURA 33 – COLETAWEB – INFORMAÇÕES QUADRO SOCIETÁRIO

FONTE: Receita Federal do Brasil

Para a impressão das informações inseridas na coletaWEB, observe no campo superior da tela a aba “ Resumo do Documento”. Neste momento você tem a visualização de todas as informações para a impressão do documento:

FIGURA 34 – COLETAWEB – VISUALIZAÇÃO COLETAWEB

FONTE: Receita Federal do Brasil

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Ainda no campo superior desta mesma tela em “Orientações Gerais”, você encontra também todas as orientações para o preenchimento dos campos solicitados na coleta WEB. Para finalizar o ColetaWEB, clicar em Finalizar Preenchimento e Transmitir conforme instrução nas figuras a seguir:

Tem-se assim a finalização do preenchimento dos dados junto à esfera federal para a abertura da empresa, logo você deverá realizar a impressão desta documentação.

2.4 CONSULTA E IMPRESSÃO DBE:

Novamente no endereço eletrônico: <http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/fcpj/consulta.asp> da Receita Federal, você imprime a documentação gerada no processo de abertura da empresa.

FIGURA 36 – FINALIZAÇÃO DBE

FONTE: Receita Federal do Brasil

FIGURA 35 – RECIBO DBE

FONTE: Receita Federal do Brasil

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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FIGURA 37 – IMPRESSÃO – DBE

FIGURA 38 – IMPRESSÃO DBE – ACOMPANHAMENTO 1ª TELA

FONTE: Receita Federal do Brasil

FONTE: Receita Federal do Brasil

FONTE: Receita Federal do Brasil

FIGURA 39 – IMPRESSÃO DBE – ACOMPANHAMENTO

Neste momento você precisará selecionar a opção Documento Básico de Entrada do CNPJ_DBE para visualizar e imprimir o documento.

Page 86: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

O DBE deverá ser assinado pelo sócio representante informado anteriormente e sua assinatura deve ser reconhecida através do cartório de registro de notas e protestos.

UNI

Para a realização do trabalho da prática contábil, não há a necessidade de reconhecimento de assinatura, mas o documento deverá ser assinado pelo sócio. Segue modelo de DBE para seu acompanhamento, lembrando que:

- no campo Nome Empresarial: Será evidenciada Razão Social da empresa;- no campo Nome: Deve-se apresentar o nome do sócio responsável e o

respectivo CPF.

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Além da documentação, deve-se ainda preencher e recolher uma guia de DARF (Documento de Arrecadação Receita Federal) referente à abertura de empresa na esfera federal, segue modelo de DARF, que deve também ser emitida por você para a composição da prática contábil:

FIGURA 40 – MODELO DE DBE

FONTE: A autora

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FIGURA 41 – MODELO DE DARF ABERTURA DE EMPRESA.

FONTE: A autora

Fique atento para a forma de preencher esta DARF, seguem recomendações:

Campo Período de apuração: colocar o mês em que se está constituindo a empresa, exemplo – 31/01/2016, ou seja, sempre no último dia útil do mês da constituição.

Campo Número do CPF ou CNPJ: considerando que você não tem ainda o número do CNPJ, utilize o número do CPF do sócio responsável perante a Receita Federal.

Código da Receita: será o 6621 para constituição de uma empresa de atividade de comércio, portanto, você poderá consultar constantemente a lista de códigos da Receita Federal, pois tem-se alterações neste processo, consulte o endereço eletrônico: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSPO/CodigoReceita/ListaReceitas.asp?OpcaoConsulta=2&TipConsulta=1&TipOrdem=2>.

Data de Vencimento: você poderá preencher a data de vencimento com o último dia útil do mês subsequente, ou seja, por exemplo – se o período de apuração é 31/01/2016, a data de vencimento poderá ser: 28/02/2016. Assim, não se tem uma data específica para pagamento da guia, mas entende-se que deverá ser efetuado o mais breve possível para prosseguir com a constituição.

Valor do principal: você deverá consultar sempre que necessário para confirmar se não houve alteração no valor do principal que para este momento é de R$ 21,00, mas fique atento à publicação de Portaria que altera estes valores, a atual em Vicência é a Portaria MDCI/GM/ Nº 178/2009, você também consegue localizar estes valores no endereço eletrônico da Junta Comercial em que você está constituindo sua empresa.

Os campos de valor de multa e juros não precisam ser informados quando do recolhimento ocorrer dentro do prazo, havendo necessidade de recálculo, você deverá ou poderá utilizar o SICALC através do endereço eletrônico: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/darf-calculo-e-impressao-programa-sicalc-1/darf-calculo-e-impressao-programa-sicalc>.

Finalizando as atividades no ambiente da Receita Federal do Brasil, você retorna para o endereço da Junta Comercial do estado em que você está realizando

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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a abertura para completar o ciclo de abertura da empresa de que você estruturou no plano de negócios, segue-se assim para a próxima seção, que refere-se ao Requerimento Eletrônico – RE.

2.5 RE – Requerimento Eletrônico

Seguindo o processo de constituição da empresa, acesse o site da Junta Comercial do estado em que você está constituindo a empresa, neste caso da JUCESC, acesse o Requerimento Eletrônico como segue na figura, neste momento deve-se possuir a viabilidade e o DBE aprovados.

FONTE: JUCESC

FIGURA 42 – REQUERIMENTO ELETRÔNICO

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

FIGURA 43 – REQUERIMENTO ELETRÔNICO – ACESSO

FONTE: JUCESC

Assim, seguindo, você precisa acessar o Requerimento Eletrônico de Constituição como segue na figura e, ao final, receberá o contrato social as guias para recolhimento.

FIGURA 44 – NOVO REQUERIMENTO ELETRÔNICO DE CONSTITUIÇÃO

Para prosseguir, você precisa deslizar a barra de rolagem no site da JUCESC e localizar o campo: Acesso ao novo requerimento eletrônico da JUCESC, conforme orientação da figura:

FONTE: JUCESC

FIGURA 45 – REQUERIMENTO ELETRÔNICO – CONTRATO SOCIAL

FONTE: JUCESC

Page 91: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Após o preenchimento conforme solicitado do número do pedido de viabilidade que você recebeu na primeira etapa de constituição e do número do DBE que você obteve na segunda etapa, selecione a natureza jurídica. Dentre as opções fornecidas pelo site, tem-se a sociedade empresária e logo você deverá clicar em “Gerar documentos”, o site da JUCESC gera a constituição da empresa em arquivo de extensão pdf ou .doc, a capa do processo, o recibo de entrega e inclusive a taxa DARE – Documento Arrecadação Estadual.

Um ponto de atenção são as taxas de DARE – Documento de Arrecadação Estadual de códigos 2119 e 7650 que devem ser aquelas que o sistema gera, pois nessas DAREs consta o número do processo no campo 02.número do S@T, e para envio a JUCESC não será aceito e considerado o preenchimento manual da guia de recolhimento estadual (DARE).

FIGURA 46 – MODELO DE DARE 2119

FONTE: A autora

FIGURA 47 – MODELO DE DARE 7650 – REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL

FONTE: A autora

Page 92: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Para a emissão do DARE tem-se a necessidade de consultar os sites da Junta Comercial do estado em que você estará constituindo a empresa e localizar os valores estabelecidos para este tipo de serviço, neste caso localizamos no endereço eletrônico da Junta Comercial de Santa Catarina, no campo Informações – Tabelas: <http://www.jucesc.sc.gov.br/index.php/informacoes/tabelas/88-informacoes/96-tabelas>.

NOTA

Destaca-se que o DARE de código 7650 também será emitido pela Junta Comercial quando do envio da RE, assim, os campos devem ser preenchidos da seguinte maneira:

01. CPF do sócio responsável, pois ainda não temos o CNPJ da empresa.02. Número do S@T: o próprio sistema estará informando.03. Código da Receita: 7650 – Registro do Serviço de Comércio.04. Informações Adicionais: Seleciona-se o tipo de sociedade, para a Prática

Contábil a Sociedade Empresária.

Os demais campos serão preenchidos pelo próprio sistema ou não têm a necessidade de receber informações.

Destaca-se que este é apenas um modelo manualmente preenchido, sendo que este é gerado no momento da finalização do preenchimento do contrato social, ou seja, você não precisa preencher manualmente, quando finalizar o preenchimento do Contrato social geram-se as guias de DARE.

Consulte as taxas estaduais no seguinte endereço eletrônico: <https://tributario.sef.sc.gov.br/tax.NET/GetFileContent.fwk?Id=51479f1a-494c-4800-9fb9-edb0fcca5e3a>.Lembre-se de consultar no site da Junta Comercial do estado em que você está constituindo a empresa.

DICAS

No entanto, você precisa conhecer a estrutura básica do Contrato Social para identificar a necessidade de inserção de cláusulas específicas de acordo com a atividade da empresa, assim, disponibilizamos o modelo que também está disponível no site da Junta Comercial de Santa Catarina:

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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FIGURA 48 – MODELO DE CONTRATO

MODELO BÁSICO DE CONTRATO SOCIAL

SOCIEDADE LIMITADA

CONTRATO SOCIAL EMPRESA ALUNO LTDA

Pelo presente instrumento particular, ALUNO DA SILVA nacionalidade BRASILEIRA, nascido em XX/XX/XXXX, CASADO em COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS, EMPRESARIO, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, CARTEIRA DE IDENTIDADE nº XXXXXXX, órgão expedidor SSP - SC, residente e domiciliado(a) no(a) RUA DO NUNCA, 0, CENTRO, INDAIAL, SC, CEP 89081520, BRASIL

ALUNO DA SILVA nacionalidade BRASILEIRA, nascido em XX/XX/XXXX, CASADO em

COMUNHÃO PARCIAL DE BENS, EMPRESARIO, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, CARTEIRA DE IDENTIDADE nº XXXXXX, órgão expedidor SSP - SC, residente e domiciliado(a) no(a) RUA DO NUNCA, 0, CENTRO, INDAIAL, SC, CEP 89081520, BRASIL, ajustam e convencionam entre si a constituição de uma sociedade limitada, nos termos do Código Civil, que se regerá pelas seguintes cláusulas e condições:

Cláusula Primeira: A sociedade usará o nome empresarial EMPRESA ALUNO LTDA Cláusula Segunda: A sociedade terá sua sede social localizada na RUA DO NUNCA, 0,

GALPAO, CENTRO, INDAIAL, SC, CEP 89.081-520. Cláusula Terceira: Observadas as disposições da legislação aplicável, a sociedade poderá

abrir filiais, sucursais, agências e escritórios em qualquer parte do território nacional, a critério dos sócios.

Cláusula Quarta: A sociedade terá como objeto social FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE CIMENTO PARA USO NA CONSTRUÇÃO; COMÉRCIO ATACADISTA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL; COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL.

Cláusula Quinta: A sociedade iniciará suas atividades a partir do registro deste ato perante a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina e seu prazo de duração será indeterminado.

Cláusula Sexta: O capital social é de R$ 00.000,00 (por extenso), dividido em 00.000 (por extenso) quotas no valor de R$ 1,00 (Um Real) cada uma, subscritas pelos sócios, a saber:

N. ORDEM SÓCIOS QUOTAS VALORES 1 ALUNO DA SILVA 00.000 R$ 00.000,00 2 ALUNO DA SILVA 00.000 R$ 00.000,00 TOTAL 00.000 R$ 00.000,00 Parágrafo Único: O capital social está totalmente integralizado nesta data, em moeda

corrente nacional. Cláusula Sétima: Serão regidas pela legislação aplicável à matéria, tanto ao valor das

quotas, integralização do capital social, a retirada de sócio quanto à dissolução e a liquidação da sociedade.

Cláusula Oitava: A Administração da sociedade será exercida ISOLADAMENTE a(o) Sócio(a) ALUNO DA SILVA , ISOLADAMENTE a(o) Sócio(a) ALUNO DA SILVA e a ele caberá a responsabilidade ou representação ativa e passiva da sociedade, judicial e extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre no interesse da sociedade, ficando vedado, entretanto, o uso do nome empresarial em negócios estranhos aos fins sociais.

Parágrafo Único: No exercício da administração, o(a) administrador(a) poderá retirar valor mensal a título de pro labore.

Cláusula Nona: O exercício social terminará em 31 DE DEZEMBRO, quando serão levantados o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico e será efetuada a apuração e a distribuição dos resultados com observância das disposições legais aplicáveis, sendo que os lucros ou prejuízos verificados serão distribuídos ou suportados pelos sócios na proporção de suas cotas de capital.

Parágrafo Primeiro: Por deliberação dos sócios a distribuição de lucros poderá ser em qualquer período do ano a partir de resultado do período apurado.

ParágrafoSegundo: A distribuição dos lucros poderá não obedecer a participação dos sócios desde que aprovada pelos sócios quotistas.

Cláusula Décima: O falecimento, retirada, interdição ou inabilitação de um dos sócios não acarretará a dissolução da sociedade, que continuará com o sócio remanescente ou herdeiros do sócio falecido. Caso o(s) herdeiro(s) do sócio falecido não pretenda(m) integrar-se a Sociedade, então, caberá ao(s) sócio(s) remanescente(s) providenciar(em) a produção de balanço especial e apuração do patrimônio líquido para pagamento dos haveres do sócio falecido, mediante levantamento de balanço geral específico para esse fim, tudo em conformidade com a legislação em vigor.

Cláusula Décima Primeira: O(s) Administrador (es) declaram, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração da sociedade, por lei especial ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou propriedade.

Cláusula Décima Segunda: Os casos omissos neste contrato serão resolvidos com observância dos preceitos do Código Civil (Lei n° 10.406/2002) e de outros dispositivos legais aplicáveis.

Cláusula Décima Terceira: Declara, sob as penas da lei, que se enquadra na condição de MICROEMPRESA - ME nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14/10/2006.

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Cláusula Sétima: Serão regidas pela legislação aplicável à matéria, tanto ao valor das quotas, integralização do capital social, a retirada de sócio quanto à dissolução e a liquidação da sociedade.

Cláusula Oitava: A Administração da sociedade será exercida ISOLADAMENTE a(o) Sócio(a) ALUNO DA SILVA , ISOLADAMENTE a(o) Sócio(a) ALUNO DA SILVA e a ele caberá a responsabilidade ou representação ativa e passiva da sociedade, judicial e extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre no interesse da sociedade, ficando vedado, entretanto, o uso do nome empresarial em negócios estranhos aos fins sociais.

Parágrafo Único: No exercício da administração, o(a) administrador(a) poderá retirar valor mensal a título de pro labore.

Cláusula Nona: O exercício social terminará em 31 DE DEZEMBRO, quando serão levantados o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico e será efetuada a apuração e a distribuição dos resultados com observância das disposições legais aplicáveis, sendo que os lucros ou prejuízos verificados serão distribuídos ou suportados pelos sócios na proporção de suas cotas de capital.

Parágrafo Primeiro: Por deliberação dos sócios a distribuição de lucros poderá ser em qualquer período do ano a partir de resultado do período apurado.

ParágrafoSegundo: A distribuição dos lucros poderá não obedecer a participação dos sócios desde que aprovada pelos sócios quotistas.

Cláusula Décima: O falecimento, retirada, interdição ou inabilitação de um dos sócios não acarretará a dissolução da sociedade, que continuará com o sócio remanescente ou herdeiros do sócio falecido. Caso o(s) herdeiro(s) do sócio falecido não pretenda(m) integrar-se a Sociedade, então, caberá ao(s) sócio(s) remanescente(s) providenciar(em) a produção de balanço especial e apuração do patrimônio líquido para pagamento dos haveres do sócio falecido, mediante levantamento de balanço geral específico para esse fim, tudo em conformidade com a legislação em vigor.

Cláusula Décima Primeira: O(s) Administrador (es) declaram, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração da sociedade, por lei especial ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou propriedade.

Cláusula Décima Segunda: Os casos omissos neste contrato serão resolvidos com observância dos preceitos do Código Civil (Lei n° 10.406/2002) e de outros dispositivos legais aplicáveis.

Cláusula Décima Terceira: Declara, sob as penas da lei, que se enquadra na condição de MICROEMPRESA - ME nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14/10/2006.

Cláusula Décima Quarta: Fica eleito o foro da comarca de INDAIAL/SC, para dirimir as questões oriundas do presente contrato.

INDAIAL/SC, XX de (MÊS) de XXXX. ALUNO DA SILVA CPF: XXX.XXX.XXX-XX ALUNO DA SILVA CPF: XXX.XXX.XXX-XX

FONTE: JUCESC

Este é o modelo do Contrato Social disponível na Junta Comercial que você deve preencher e imprimir juntamente com as taxas de DARE e entregar juntamente com os demais documentos que compõe o processo de abertura da empresa.

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TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Com a obrigação da entrega do Requerimento Eletrônico o Contrato Social será padronizado pela JUCESC.Lembre-se que, para a Prática Contábil, você não precisa quitar as taxas geradas, estas são apenas para cunho pedagógico, mas você pode, de maneira fictícia, realizar o pagamento destas taxas ou os sócios da empresa podem realizar este pagamento, considerando que, em muitas das situações, o capital ainda não está integralizado, lembre-se que, ocorrendo esta situação, tem-se a utilização da conta contábil de Empréstimo dos Sócios no grupo do Passivo Não Circulante.

UNI

Finaliza-se assim o ciclo de constituição da sua empresa nas esferas Federal e Estadual, conforme orientou-se inicialmente, sendo que a empresa ainda deverá atentar-se para o seu registro em âmbito municipal, neste sentido a particularidade é voltada para cada município e com base na atividade de cada empresa, ou seja, dependendo da atividade podem ser exigidos alvarás de diferentes órgãos como Alvará de Licença Municipal, Alvará Sanitário, Alvará de Bombeiros e Alvará de Polícia.

2.6 REQUISITOS PARA PROTOCOLO NA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Considerando que toma-se por base a Junta Comercial do estado de Santa Catarina, tem-se a solicitação dos seguintes documentos para encaminhamento do processo de constituição de uma sociedade limitada:

I – Ato ou evento compatível com os atos a serem arquivadosII – Assinatura do responsável legal pela empresa na capa do processoIII – Boleto e comprovante de pagamentoIV – Documento básico de entrada – DBE e relatório de viabilidadeV – Documento de identificação (cópia autenticada)VI – Vias do ato (via única)VII – O ato deve ser elaborado somente no anverso da laudaVIII – Assinatura de todos os sócios envolvidos no processoIX – Procuração autenticada para o representante legal não sócio da empresa em ato separado, quando for o primeiro arquivamentoX – Assinatura de testemunhas, quando qualificadas no processoXI – Visto do Advogado nas constituições, salvo nos casos dispensados (ME e EPP)XII – Carimbo do profissional responsável pelo atoXIII – Certidão simplificada nos casos obrigatóriosXIV – Recibo de entrega do requerimento eletrônicoXV – Ato consolidado nos casos de reativação, inscrição de transferência de sede e transferência de sede para outra UF.

FONTE: <http://www.jucesc.sc.gov.br/index.php/legislacao/resolucoes/1685-8-requisitos-para-protocolo/file>. Acesso em: 27 nov. 2018.

Page 96: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Para a composição desta documentação, tem-se as orientações nas próximas seções, agora chegou o momento de você alinhar na esfera federal o processo de abertura iniciando-se pelo DBE – Documento Básico de Entrada, através do coletor Nacional, lembre-se como devemos no início desta unidade: iniciamos pela viabilidade – esfera estadual, seguimos para a esfera federal e voltamos para o endereço da Junta Comercial para finalização.

2.7 CANCELAMENTO COLETA WEB

Reforçando-se as pontuações da Prática Contábil, tem-se a necessidade de cancelamento dos procedimentos realizados, considerando-se que a Prática Contábil refere-se a uma movimentação fictícia, neste sentido você precisa acompanhar o processo de cancelamento da coleta WEB-DBE:

FIGURA 49 – CANCELAMENTO COLETA WEB

FONTE: Receita Federal do Brasil

Acessando-se no site da Receita Federal do Brasil os serviços para empresas, segue-se de maneira muito semelhante ao processo de constituição, na próxima figura a orientação é acesso ao campo Cadastro:

Page 97: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Acessando-se o Cancelamento de pedido, você deverá em seguida acompanhar a tela de lista de serviços onde solicita o acesso direto ou com senha específica.

FIGURA 50 – CANCELAMENTO COLETA WEB – CADASTROS

FONTE: Receita Federal do Brasil

FIGURA 51 – COLETA WEB – CANCELAMENTO PEDIDO

FONTE: Receita Federal do Brasil

FIGURA 52 – CANCELAMENTO WEB – LISTA DE SERVIÇOS

FONTE: Receita Federal do Brasil

Page 98: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Para a próxima etapa é necessário você ter o número do recibo que deverá ser informado para a solicitação de cancelamento:

FIGURA 53 – CANCELAMENTO COLETA WEB – CANCELAMENTO DE SOLICITAÇÃO

FONTE: Receita Federal do Brasil

Informados os dados, você poderá visualizar a tela que solicita a confirmação de cancelamento:

FIGURA 54 – CANCELAMENTO COLETA WEB-CONFIRMAÇÃO

FONTE: JUCESC

Ainda para evitar-se a manutenção de processo de abertura tem-se o cancelamento do Requerimento Eletrônico R. E.

FIGURA 55 – CANCELAMENTO R.E.

FONTE: JUCESC

Page 99: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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Segue-se com o cancelamento do R. E. no campo: Atualizar Requerimento Eletrônico:

Informar o número do processo e da viabilidade que foi gerado anteriormente selecionar a opção “deseja cancelar definitivamente este requerimento”, avançar e responder sim para todas as opções:

FIGURA 56 – CANCELAMENTO R. E.: ATUALIZAR R. E.

FONTE: JUCESC

FIGURA 57 – CANCELAMENTO R. E. – ATUALIZAÇÃO

FONTE: JUCESC

Realizados os devidos cancelamentos, segue-se com o encaminhamento dos documentos cabíveis ao cadastro na esfera municipal observando-se a atividade em que a empresa estiver atuando.

Page 100: Diretrizes Práticas contábeis estágio

90

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

2.8 ENCAMINHAMENTO DO ALVARÁ DE LICENÇA E/OU FUNCIONAMENTO E DO ALVARÁ SANITÁRIO NA PREFEITURA MUNICIPAL

O cadastro no município em que a empresa está estabelecida é fundamental mesmo que sua empresa não realize contribuição com o imposto municipal do Impostos sobre Serviços – ISS, assim como o Alvará sanitário é necessário apenas para empresas como restaurantes, bares, salões de beleza, cabeleireiros e similares devem providenciar este alvará, pois atuam com serviços que devem conservar o espaço físico em boas condições e utilizar procedimentos de comercialização ou prestação de serviços que preservam a segurança e bem estar da população e dos clientes.

Verifique os procedimentos adotados na sua cidade, pois podem divergir do descrito a seguir.

ATENCAO

Tratando-se especificamente do alvará de localização, este é solicitado na prefeitura municipal e deve seguir os seguintes passos:

1) Efetuar a solicitação do alvará na prefeitura.2) Retirar a guia na prefeitura com o valor do alvará sanitário e quitá-la.3) Retirar o alvará na Vigilância Sanitária apresentando a guia quitada.

Para a composição da esfera municipal, os documentos podem ser providenciados e alinhados de acordo as particularidades de cada município, para a Prática Contábil você realiza o cadastro no município em que sua empresa estará estabelecida e apresenta o documento de entrada deste cadastro e, se possível, o alvará de localização gerado, lembre-se sempre que: o trabalho é realizado de maneira fictícia, assim, havendo qualquer efetivação de cadastro, este deverá ser cancelado diante dos órgãos públicos.

2.9 ENCAMINHAMENTO DO ALVARÁ DE POLÍCIA

Nem todas as empresas necessitam providenciar o alvará de polícia. Algumas empresas, por exemplo, atividades de restaurantes, bares e similares devem providenciar este alvará, que tem por objetivo manter informado o serviço de segurança pública, os horários de atendimentos dos ambientes frequentados

Page 101: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA

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pela população, a fim de controlar e acompanhar a segurança nestes ambientes, onde tem-se a concentração de público e o consumo de bebidas alcoólicas.

Este alvará é solicitado na Polícia Civil e deve seguir os seguintes passos:

1) Efetuar a solicitação do alvará na Polícia Civil.2) Verificar os custos na Polícia em virtude de serem diferenciados para cada

tipo de empresa, deverá ser recolhido o DARE 2135 com o respectivo valor correspondente às atividades.

3) Retirar o alvará na Polícia Civil apresentando a guia quitada.

Verifique os procedimentos adotados na cidade de constituição da sua empresa, pois podem divergir do descrito a seguir, segue-se também a orientação do alvará de localização sendo que todas as informações são fictícias para a elaboração da Prática Contábil, assim, sugere-se que, quando necessária a apresentação deste documento, o acadêmico preencha os formulários solicitados no município em que constituiu a sua empresa e que apresente estes formulários para a documentação da Prática Contábil, considerando-se que não há a possibilidade de emissão desse documento, pois está atrelado à abertura efetiva da empresa.

IMPORTANTE

Finalizando-se esta unidade, entregue os seguintes documentos que constam no gabarito de correção:

Item Atende Atende Parcialmente Não Atende

1. Gabarito de Correção Formalização e Constituição da EmpresaRegin:O acadêmico apresentou o relatório de viabilidade (válido para os estados que têm esse processo)?Contrato SocialO acadêmico apresentou o contrato social de acordo com sistemática adotada pela Junta Comercial do estado em que está constituindo a empresa, inclusive com a opção de ME ou EPP.

Page 102: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

Capa do Processo e ReciboO acadêmico preencheu e incluiu a capa do processo exigido pela Junta Comercial?O acadêmico incluiu as taxas exigidas pela Junta Comercial?Receita FederalO acadêmico anexou o espelho do preenchimento dos dados no programa da Receita Federal –CNPJ?Fazenda EstadualO acadêmico deve observar as exigências da Junta Comercial do Estado em que constitui a empresa, assim, deve-se verificar se existe algum formulário e se este formulário foi preenchido e anexado ao trabalho.Emitiu a guia com as taxas exigidas pela Receita Estadual?Esfera MunicipalO acadêmico apresentou documentos para solicitar o registro no município em que constituiu sua empresa, como solicitação de alvará de licença e/ou localização, bombeiros, vigilância sanitária, entre outros?

Lembre-se: o site da Junta Comercial de cada estado orienta quanto aos processos de constituição, alteração e outras movimentações. Nesse sentido é importante acompanhar as atualizações, considerando-se que os processos estão sendo mais eletrônicos.

Page 103: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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TÓPICO 3

MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

UNIDADE 3

1 INTRODUÇÃO

Neste tópico, passaremos a dar “vida” a sua empresa, tornando este processo totalmente prático. Partindo do seu “Plano de Negócios”, você deverá movimentar a sua empresa pelo menos nos dois primeiros meses, ficando a seu critério a movimentação de mais meses, o que, com certeza, enriquecerá o seu aprendizado.

Para isso, você deverá criar toda a documentação correspondente à movimentação da sua empresa, como, por exemplo:

1) Notas fiscais de compra de: a. imobilizado previsto no seu plano de negócio; b. estoque de mercadorias se for o caso; c. materiais diversos de consumo e manutenção.

2) Notas fiscais, ou cupons fiscais de venda, de: a. mercadorias; b. serviços.

3) Mapas demonstrativos de: a. controle de estoque usando o método do custo médio ou PEPS; b. depreciação do imobilizado; c. apuração de impostos (ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISS, Contribuição Social e

Imposto de Renda.

4) Folha de pagamento: a. mapa demonstrativo do cálculo mensal; b. recibo da folha de pagamento; c. guias de INSS, FGTS, IRRF, Contribuição Social, se for o caso etc.

5) Outros: a. contrato de locação (se for o caso); b. recibo de pagamento do aluguel; c. faturas de energia elétrica, água e telefone; d. cupons fiscais referentes a compras diversas; e. notas fiscais de serviços tomados (contador, advogados, manutenções etc.).

Page 104: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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Nas páginas seguintes você encontrará orientações para a criação dessa documentação. Orientação essa que praticamente englobará uma revisão do aprendizado adquirido nos módulos anteriores.

Esperamos que você consiga desenvolver todo o aprendizado adquirido até o momento nesta atividade prática, o que certamente lhe trará uma experiência muito realista do dia a dia de um empresário.

2 DOCUMENTOS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA

3 NOTAS FISCAIS DE COMPRAS E VENDAS

Os documentos de constituição de uma empresa fazem parte do processo inicial da contabilidade.

Junto à documentação emitida para a criação da empresa, existe o contrato social, no qual consta o capital social da empresa. Este valor deve ser contabilizado, criando dessa forma os primeiros lançamentos contábeis da empresa.

Existem também as guias que foram pagas referentes às taxas da Junta Comercial e a guia para registro da empresa na Fazenda Estadual. Estas guias também devem ser contabilizadas. Como essas guias foram pagas por um dos sócios, visto que a empresa ainda não existia, a contabilização deve observar esse fato. Ou seja, seria correto contabilizar essas guias já como saída de caixa?

Não. A contabilização dessas guias deve ser feita numa conta do passivo como crédito do sócio que efetuou o pagamento dessas guias. No momento em que a empresa efetuar o pagamento de restituição ao sócio, esse valor deve ser contabilizado como saída de caixa ou banco e baixado da conta passiva.

A partir desses documentos contabilizados, parte-se então para os demais documentos de movimentação da empresa.

As notas fiscais de compra de bens ou mercadorias na maioria dos casos já são eletrônicas, mas em alguns casos ainda podem ser o modelo da série única.

Como não temos condições de trabalhar aqui na prática com notas fiscais eletrônicas, ficaremos com a emissão de notas fiscais modelo série única.

Baseado em seu plano de negócios, faça a emissão das notas fiscais de compra de imobilizado, estoque, e tudo mais que você previu no seu plano de negócios. Faça também a emissão das notas fiscais de vendas previstas.

Page 105: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

95

Mais adiante trataremos também da emissão de cupons fiscais. Caso a sua empresa possa ou está obrigada à utilização de emissor de cupom fiscal, utilize este mecanismo para documentar as vendas.

O modelo apresentado a seguir foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem, cujas orientações para preenchimento descreveremos a seguir.

Page 106: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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FIGURA 58 – PLANILHA EXCEL – MODELO DE NOTA FISCAL SÉRIE ÚNICA

FONTE: Os autores

IDENTIFICAÇÂO DO EMITENTE

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

RUA xxxxxxxxxxxxxxx,111

-bairro CEP CIDADE-ESTADO Fone: (XX)XXXXXX

E-mail:

DANFE DOCUMENT O AUXILIAR

DA NOT A FISCAL ELET RONICA

0 - ENT RADA

1 - SAÍDA

Nº XXXX SÉRIE X

FO LHA 1 / 1

CHAVE DE ACESSO

1111111111111111111111111111111111111111 Consulta de autenticidade no portal nacional da NF-e

NATUREZA DA OPERAÇÃO

PROTOCOLO DE AUTORIZAÇÃO DE USO

INSCRIÇÃO ESTADUAL

INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBST. TRIBUT. CNPJ

DESTINATÁRIO / REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL

CNPJ / CPF

DATA DA EMISSÃO

ENDEREÇO

BAIRRO / DISTRITO DO SOL

CEP

DATA DE SAÍDA

MUNICIPIO

UF

FONE / FAX INSCRIÇÃO ESTADUAL

HORA DA SAÍDA

FATURA/DUPLICATA

CÁLCULO DO IMPOSTO

TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA

CÓDIGO ANTT PLACA DE VEIC UF CNPJ/ CPF

ENDEREÇO MUNICIPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE 1

ESPECIE MARCA NUMERAÇÃO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS DOS PRODUTOS / SERVIÇOS CÓDIGO

PRODUTO DESCRIÇÃO DO PRODUTO SERVIÇO NCM/SH CSOSN CFOP UN QUANT VALOR

UNIT VALOR TOTAL

B.CALC ICMS

VALOR ICMS

VALOR IPI

ALÍQ. ICMS

ALÍQ. IPI

DADOS ADICIONAIS

Emitido pelo Sistema Wiser - www.sistemawiser.com.br - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

INFORMAÇÕES COMPLEMENT ARES

RESERVADO AO FISCO

FATURA VENCIMENTO

VALOR

FATURA VENCIMENTO VALOR FATURA VENCIMENTO VALOR FATURA VENCIMENTO VALOR

BASE DE CALCULO ICMS

VALOR DO ICMS

BASE DE CALCULO DO ICMS S.T.

VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO

VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

VALOR DO FRETE

VALOR DO SEGURO

DESCONTO

OUTRAS DESP. ACESSORIAS

VALOR TOTAL DO IPI

VALOR TOTAL DA NOTA

RECEBEMOS DE CONSTANTES DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA INDICADA AO LADO.EMISSÃO VALOR TOTAL : DESTINÁTARIO: NF-e

Nº XX SÉRIE

X DAT A DE RECEBIMENT O IDENT IFICAÇÂO E ASSINAT URA DO RECEBEDOR

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TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

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3.1 DADOS DO EMITENTE

Esta nota tanto atende a situação de compra de mercadorias (fornecedores), como as de venda (notas da sua empresa).

No caso de notas fiscais referentes à compra de mercadorias, temos que preencher os campos referentes aos dados do emitente com as informações do fornecedor.

Em se tratando de nota fiscal de venda, estes campos devem ser preenchidos com os dados da sua empresa.

Neste grupo, devemos informar ainda a natureza da operação, CFOP (Código Fiscal de Operação), o nº de inscrição estadual do substituto tributário, o CNPJ e a inscrição estadual do emitente.

A natureza da operação e o código da CFOP você pode encontrar no endereço da Secretaria da Fazenda Estadual de seu estado. Por exemplo, em Pernambuco o endereço é <https://www.sefaz.pe.gov.br/Legislacao/Tributaria/Documents/Legislacao/Tabelas/CFOP.htm> ou então no Ambiente Virtual de Aprendizagem com o nome “Tópico 3 - Tabela de CFOPs.pdf”.

Como exemplo de natureza de operação e código CFOP, podemos citar:

CFOP NATUREZA DA OPERAÇÃOVendas para dentro do estado5.101 Venda de produção do estabelecimento.5.102 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros.5.401 Venda de produção do estabelecimento quando o produto esteja sujeito

ao regime de substituição tributária.5.402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao regime

de substituição tributária, em operação entre contribuintes substitutos do mesmo produto.

Vendas para outros estados6.101 Venda de produção do estabelecimento. 6.102 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros.6.401 Venda de produção do estabelecimento quando o produto esteja sujeito

ao regime de substituição tributária.6.402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao regime

de substituição tributária, em operação entre contribuintes substitutos do mesmo produto.

Page 108: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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Ainda no canto superior direito do formulário temos a numeração da nota fiscal, que deve ser sequencial no caso das notas fiscais de venda. No caso das notas fiscais de compra, essa numeração também é sequencial se observarmos do ponto de vista do fornecedor. Mas como essas notas não são emitidas sempre para o mesmo comprador, essa numeração passa a ser espaçada.

Note que logo abaixo da numeração da nota fiscal existem dois quadradinhos denominados SAÍDA e ENTRADA. Estes devem ser assinalados de acordo com a movimentação da mercadoria constante na nota fiscal. Para nossas atividades práticas, em ambos os casos (compra ou venda), você deverá assinalar a opção SAÍDA. A opção ENTRADA deve ser assinalada somente quando estiver entrando mercadoria na sua empresa e o destinatário da mercadoria não tiver emitido nota fiscal, como, por exemplo, no caso de devolução de venda cujo cliente devolva a mercadoria com a própria nota fiscal de venda.

3.2 DADOS DO DESTINATÁRIO/REMETENTE

3.3 DADOS DO PRODUTO

Assim como ocorreu com o grupo do EMITENTE, neste quadro, devemos informar os dados do destinatário da mercadoria ou, no caso de uma nota fiscal de entrada, os dados do remetente da mercadoria.

Ao lado deste grupo deve ser preenchida a data de emissão da nota fiscal, a data de saída ou a entrada da mercadoria na empresa e a hora.

Logo abaixo informe os dados de faturamento da nota fiscal, com o número da parcela, vencimento e valor, repetindo esses dados por tantas vezes quantas forem as parcelas.

Neste grupo devem ser informados os dados dos produtos ou mercadorias que estão sendo vendidos.

Código do produto – O código do produto é um código de identificação do produto da própria empresa. Portanto, não existe padronização deste código.Descrição do produto – Informar a descrição dos produtos.Classificação fiscal – Este código é obtido com base na tabela NCM e pode ser acessado no endereço de internet <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/legislacao/documentos-e-arquivos/tipi.pdf>, ou então no Ambiente Virtual de Aprendizagem, no arquivo Tópico 3 - Tabela NCM.PDF.CST – Código de Substituição Tributária – Este código pode ser obtido no site da Fazenda Estadual do seu estado. O código de Santa Catarina está no endereço <http://legislacao.sef.sc.gov.br/cabecalhos/frame_ricms_01_10.htm>. Mas compreende basicamente as seguintes informações:

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TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

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Seção I – Código de Situação Tributária – CST 0 (Ajuste SINIEF 03/94) – RICMS-SC

Tabela A - Origem da Mercadoria ou Serviço (Ajuste SINIEF 06/08)0 - Nacional1 - Estrangeira - Importação direta2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno

Tabela B - Tributação pelo ICMS (Ajuste SINIEF 06/00)00 - Tributada integralmente10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária20 - Com redução de base de cálculo30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição

tributária40 - Isenta41 - Não tributada50 - Suspensão51 - Diferimento60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição

tributária90 – Outras

Unidade – Esta identificação baseia-se no tipo de produto que está sendo vendido. A unidade pode ser, por exemplo: Pç – Peças Un – Unidades L – Litros K – QuilosQuantidade – Aqui deve ser informada a quantidade do produto/mercadoria que está sendo vendida.

O código de Situação Tributária é composto de 3 (três) dígitos na forma ABB, onde o 1º dígito deve indicar a origem da mercadoria ou serviço, com base na Tabela A, e os 2º e 3º dígitos na tributação pelo ICMS, com base na Tabela B (Ajuste SINIEF 06/08).

NOTA

Page 110: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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Valor unitário – Baseado na unidade do produto informada, deve-se informar neste campo o valor unitário do produto que está sendo comercializado.Valor total – Informar neste campo a multiplicação da quantidade informada para este produto pelo valor unitário deste produto.Alíquota de ICMS – Aqui deve ser informada a alíquota de ICMS a ser aplicada ao produto em questão.Alíquota de IPI – Idem a alíquota do ICMS, deve ser informada neste campo a alíquota a ser aplicada para determinação do valor do IPI deste produto. Este percentual pode ser encontrado no endereço de internet <http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/DownloadArqTIPI.htm> ou arquivo “Tópico 3 - Tabela IPI 2007.docx” encontrado no Ambiente Virtual de Aprendizagem.Valor do IPI – A multiplicação do valor da mercadoria pela alíquota de IPI deste produto deve ser informada neste campo.

3.4 CÁLCULO DOS IMPOSTOS

Neste grupo devem ser informados os impostos decorrentes da emissão da nota fiscal.

Base de cálculo do ICMS – Deve ser informada neste campo a soma das bases de cálculo do ICMS de todos os produtos.Valor do ICMS – Neste campo deve ser informada a soma do ICMS de todos os produtos.Base de cálculo do ICMS substituto – Informado o valor da soma das bases de cálculo do ICMS substituto de todos os produtos.Valor do ICMS substituto – Informado o valor da soma do ICMS substituto de todos os produtos.Valor total dos produtos – Informar a soma dos produtos constantes na coluna “Valor Total Anterior”.Valor do frete – Informar o valor do frete que será cobrado do cliente para transporte da mercadoria.Valor do seguro – Informar o valor do seguro cobrado do cliente sobre os produtos constantes na nota fiscal.Outras despesas acessórias – Informar o valor de outras despesas que serão cobradas do cliente.Valor total do IPI – Informar a soma do IPI de todos os produtos (coluna “Valor do IPI” Anterior).Valor total da nota – Informa a soma dos campos: valor do ICMS substituto, valor total dos produtos, valor do frete, valor do seguro, outras despesas acessórias, valor do IPI.

Page 111: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

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3.5 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

3.6 DADOS ADICIONAIS

4 CUPOM FISCAL

Informar neste grupo os dados do transportador da mercadoria, bem como também os dados dos volumes transportados.

Neste quadro, podem ser inseridas as informações que se fizerem necessárias referentes à nota fiscal emitida, como, por exemplo, uma lei de isenção de tributo de algum dos produtos, ou então que a empresa é tributada com base no Simples Nacional e a venda não dá direito a crédito de tributos.

Algumas empresas do comércio varejista são obrigadas a utilizar ECF – Emissor de Cupom Fiscal.

Este substitui a emissão de notas fiscais para consumidores finais.

Contudo, quando a venda for realizada para pessoas jurídicas que adquiram mercadoria para revenda nestas empresas, deve ser emitida uma nota fiscal semelhante a que foi vista no item 3 anterior.

Segue um exemplo de cupom fiscal. Este processo sempre é feito por meio de máquinas emissoras de cupons fiscais. Contudo, para nossas atividades práticas, disponibilizamos um arquivo em Excel no Ambiente Virtual de Aprendizagem que simula a emissão de um cupom fiscal e que poderá ser utilizado para as nossas necessidades neste trabalho prático.

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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FIGURA 59 – PLANILHA EXCEL - MODELO DE CUPOM FISCAL

FONTE: Os autores

5 NOTA FISCAL SÉRIE D-1

As empresas que efetuam vendas a varejo para consumidor final e cujo faturamento anual não exceda o valor de R$ 120.000,00 devem emitir a nota fiscal série D-1. Também é o documento que pode ser utilizado por aquelas empresas obrigadas à emissão do cupom fiscal quando o ECF (Emissor de Cupom Fiscal) apresentar alguma falha. No entanto essas empresas, ao fazerem uso dessas notas fiscais, devem deixar esse fato registrado no livro de ocorrências, detalhando o motivo da emissão dessas notas fiscais.

A emissão da nota fiscal série D-1 é bastante simples, devendo ser informados no seu cabeçalho a data de emissão da nota fiscal e o destinatário. No corpo da nota deve ser discriminada a mercadoria que está sendo comercializada, fazendo-se a totalização da nota no final.

A seguir um exemplo de nota fiscal série D-1, cujo arquivo em Excel foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Page 113: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

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6 NOTA FISCAL DE SERVIÇO

Muitas prefeituras já estão iniciando o processo de emissão de notas fiscais de serviços por meio eletrônico, disponibilizando via internet um aplicativo para essa finalidade. Tal qual ocorre com a nota fiscal eletrônica de mercadoria, não há condições de utilizarmos esse mecanismo nas nossas atividades práticas aqui propostas.

Para atender a essa necessidade, foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem um modelo de nota fiscal de serviço em Excel.

A emissão dessa nota também é bastante simples, sendo necessário preencher o cabeçalho da nota fiscal com os dados do tomador do serviço e no corpo da nota fiscal a descrição detalhada do serviço prestado. Ao final da nota fiscal deve ser aposto o total do serviço prestado.

A seguir apresentamos o modelo da nota fiscal de serviço.

FIGURA 60 – PLANILHA EXCEL - MODELO DE NOTA FISCAL SÉRIE D-1 – VENDA A CONSUMIDOR FINAL

FONTE: Os autores

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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FIGURA 61 – PLANILHA EXCEL – MODELO DE NOTA FISCAL DE SERVIÇO

FONTE: Os autores

7 BOLETO BANCÁRIO

A cobrança da maioria das vendas a prazo é realizada por meio de cobranças bancárias, pela facilidade de gerenciamento dos valores a receber.

É verdade que a maioria dos bancos cobra uma taxa por esse serviço, mas considerando os custos que a empresa teria em manter um cobrador para realizar os serviços de cobrança, a taxa cobrada pelos bancos para essa finalidade pode ser considerada irrelevante.

Descrição dos subitens da lista de serviço em acordo com Lei Complementar 116/03

.

Legenda do local da prestação do serviço

Outras Informações NTIEs - Não Tributada - ISS regime Estimativa.

Documento emitido por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional. Não gera direito a crédito fiscal de IPI (1719) Serviço Tributado no município do prestador. Autorização para emissão de Nota Fiscal de Serviço Eletrônica: .

A data de vencimento do ISS quando o mesmo for devido no município do Prestador:

. A veracidade das informações declaradas na NFs-e podem ser consultadas no site: www.nfs-e.net

Valor aproximado dos tributos: Federais R$ 14,76 (13.45%), Estaduais R$ 0,00 (0.00%), Municipais R$ 2,67 (2.43%), com base na Lei 12.741/2012 e no Decreto 8.264/2014 - Fonte: IBPT.

.

NOME DA EMPRESA EMITENTE DA NOTA CNPJ: RUA,

CEP: - Bairro: Município: Telefone: Email: Insc. Municipal:

Número da NFS-e

XXXX

Situação

Emitido

Nota Fiscal de Serviço Eletrônica - NFS-e

ESTADO DE xxxxxxxxx MUNICIPIO DExxxxxxxL SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

Autenticidade

111111111111111

Data Emissão

Hora Emissão

TOMADOR DO SERVIÇO Nome Fantasia Razão Social

CPF/CNPJ

Endereço

Número

Complemento

Bairro

CEP

Cidade - Estado

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

Serviço Local Prest. Alíquota Sit. Trib. Vlr. Trib. Dedução Vlr. ISSRF

% Descrição do Serviço: XXXXXXXXXXXXXXXX

Base de Cálculo

Valor ISSQN

Valor ISSRF

Desconto

Valor Total

IR

INSS

CSLL

COFINS

PIS

Retenção para a Previdência Social

Page 115: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

105

8 CONTROLE DE ESTOQUE

O controle de estoque deve ser realizado em todas as empresas comerciais ou industriais. Sem o controle de estoque não será possível para as empresas efetuarem a apuração dos Custos das Mercadorias Vendidas – CMV, ou do Custo dos Produtos Vendidos – CPV.

A seguir apresentamos um modelo de cobrança (boleto bancário) cujo arquivo em Excel correspondente foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

A emissão deste boleto normalmente é realizada por meio de programas disponibilizados pelos próprios bancos, mas para as nossas atividades, o preenchimento pode ser perfeitamente realizado por meio do arquivo em Excel.

Basicamente, o que deve ser preenchido no boleto são os seguintes campos:

1) data de vencimento do boleto;2) nome do cedente – nome do emitente do boleto (credor);3) data do documento – data de emissão do boleto de cobrança;4) número do documento – geralmente o mesmo número da nota fiscal seguido

do número da parcela, se for o caso;5) valor do documento;6) dados do sacado – nome, endereço, CNPJ etc.

FIGURA 62 – PLANILHA EXCEL – MODELO DE BOLETO BANCÁRIO

FONTE: Os autores

Page 116: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

106

Existem alguns métodos para efetuar o controle de estoque, entre eles podemos citar a utilização do controle PERMANENTE ou então pelo método de controle PERIÓDICO.

8.1 MÉTODO DE CONTROLE PERMANENTE

FIGURA 63 – PLANILHA EXCEL – MODELO DE FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE

FONTE: Os autores

Para o método de controle permanente, foi disponibilizado um arquivo em Excel no Ambiente Virtual de Aprendizagem, que descreveremos a seguir.

Esta tabela é composta por três grupos, ENTRADAS, SAÍDAS e SALDO. Uma mesma linha não deve ser utilizada para dois processos simultâneos de entrada e saída, devendo ser utilizadas duas linhas distintas para cada caso.

Deve-se obedecer ainda à ordem cronológica dos fatos. Se uma determinada compra ocorreu antes de um processo de venda, deve-se registrar primeiramente a entrada ocorrida, para somente depois registrar a saída e vice-versa.

Procedimento para registros: o primeiro procedimento é obvio que deve ser uma entrada, pois não é possível efetuar a venda de um produto sem que ele exista na empresa. Portanto, o primeiro registro é o mais fácil a ser feito.

Primeira Entrada – Para registrar a primeira entrada, devem-se informar os dados no grupo ENTRADA e totalizar as mesmas informações na coluna SALDO.

Segunda Entrada – Para registrar a segunda entrada, devem-se também informar os dados no grupo de entradas. Contudo para preencher as colunas no grupo SALDO, deve-se proceder da seguinte forma:

Page 117: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

107

a) Somar a quantidade existente na linha anterior do grupo saldo a quantidade ora adquirida.

b) Somar o total existente na linha anterior do grupo saldo ao total ora adquirido.

c) Dividir o total em reais do grupo SALDO pela quantidade do grupo SALDO para preencher o valor em reais unitário, criando assim o custo médio.

Existindo novas compras, deve-se continuar o processo de registro dessas compras seguindo o mesmo procedimento descrito anteriormente.

As vendas devem ser registradas também nessa ficha, mas utilizando para isso o grupo SAÍDAS.

Proceda da mesma forma como procedeu com as entradas, informando a quantidade na coluna correspondente. Para preenchimento do valor unitário, verifique qual é o valor que consta na linha anterior na coluna Valor Unitário do grupo SALDO. Esse é o valor que deve ser preenchido na coluna Valor Unitário do grupo Saídas para valorizar o custo da venda em questão.

A coluna Total, no grupo Saídas, deve ser preenchida pela multiplicação da quantidade vendida pelo valor unitário identificado.

Para preenchimento das colunas do grupo SALDO, proceda da mesma forma como fez com o registro das entradas, no entanto subtraindo a quantidade ora vendida do saldo existente. Faça o mesmo processo com o Valor Total, subtraindo o valor total vendido do Valor Total existente anteriormente no Grupo SALDO. Com relação ao valor unitário no grupo SALDO, pode ser transcrito o mesmo valor da linha anterior, pois a divisão do Valor Total em Reais pela quantidade total ainda existente em estoque resultará no mesmo preço médio existente antes de registrada essa venda.

Não deve ser utilizado o preço de venda para preenchimento desse quadro, pois a soma da coluna Valor Total, do grupo SAÍDAS, resultará no CMV ou CPV das vendas do mês.

NOTA

Page 118: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

108

8.2 MÉTODO DE CONTROLE PERIÓDICO

Utilizando o método de controle periódico, será necessário efetuar um inventário das mercadorias/produtos em estoque.

Este inventário deverá ser valorizado ao preço das últimas compras, utilizando-se assim o método PEPS de valorização dos estoques.

Caso a quantidade em estoque seja superior à última compra realizada desse produto, deve-se valorizar a quantidade adquirida na última compra ao preço da última compra e à quantidade restante, valorizar pelas compras anteriores a esta. Pode ocorrer ser necessário utilizar várias compras para conseguir valorizar a mesma mercadoria ainda em estoque.

Deve-se proceder dessa forma com todas as mercadorias inventariadas, a fim de obter em reais o total das mercadorias/produtos em estoque.

Utilizando-se por fim a fórmula já estudada em semestre anterior, podemos então obter o valor do CMV ou do CPV do período.

CMV ou CPV = Estoque Inicial + Compras – Devoluções – Estoque Final

9 DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

Todas as empresas normalmente têm bens imobilizados, os quais devem ser depreciados mensalmente. Para este processo é necessário controlar a quantidade depreciada de cada bem e evitar que ele continue lançando cotas de depreciação mesmo estando todo depreciado.

Foi disponibilizado um modelo em Excel para servir de apoio para as atividades práticas propostas.

A totalização da coluna TOTAL do grupo SAÍDAS representará o valor do CMV ou do CPV do período e a última linha do grupo SALDO informará a quantidade e o valor total da mercadoria existente em estoque.

NOTA

Page 119: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

109

FIGURA 64 – PLANILHA EXCEL - MODELO DE MAPA DE CONTROLE DE ATIVO IMOBILIZADO

FONTE: Os autores

No primeiro mês e último mês de depreciação, deve-se observar a quantidade de dias em que o bem foi utilizado dentro de cada mês e considerar o valor dos meses proporcionais a estes dias.

Pode-se também verificar a quantidade de dias de uso no mês e comparar esse número com 15 dias. Se a quantidade de dias de uso for inferior a 15 dias, inicia-se a depreciação no mês seguinte, e, se a quantidade de dias de uso for superior a 15 dias, inicia-se a depreciação no próprio mês.

Mensalmente deve ser considerada uma cota de depreciação determinada em função do tempo de vida útil do bem. Uma vez atingido o número máximo de quotas (100%) de depreciação de determinado bem, este para de ser depreciado.

Para preenchimento da ficha, informe:

1) descrição – dados de identificação do bem;

2) quantidade – número de unidades do mesmo bem;

3) data de aquisição – a data em que o bem foi adquirido. Essa data determina a quantidade de dias de uso do bem no mês;

O controle de depreciação deve ser realizado por item/bem adquirido.

IMPORTANTE

Page 120: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

110

4) valor unitário original – o valor unitário de aquisição do bem;

5) valor total original – o valor total do bem. Quantidade multiplicada pelo valor unitário;

6) dias de uso no mês – a quantidade de dias de uso do bem no mês;

7) quota de depreciação – o valor da depreciação correspondente a um mês ou proporcional ao número de dias, se for o caso;

8) depreciação acumulada até o mês anterior – o valor acumulado da depreciação apurado até o mês anterior;

9) depreciação acumulada até o mês atual – o valor da coluna Depreciação Acumulada até o mês anterior acrescido do valor da depreciação do mês;

10) valor líquido – o valor original do bem deduzido da depreciação acumulada atual.

10 FOLHA DE PAGAMENTO

A folha de pagamento precisa ser apurada mensalmente e para isso é necessário efetuar o cálculo não somente dos valores a serem pagos ou descontados dos sócios e empregados, como também o valores que cabem à empresa, como, por exemplo, o FGTS e o INSS Patronal.

Para facilitar o processo para as nossas atividades práticas, foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem um arquivo em Excel que pode servir de base para essa atividade.

O modelo disponibilizado é este que se apresenta adiante.

Page 121: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

111

FIGURA 65 – PLANILHA EXCEL - MODELO DE MAPA DE RESUMO DA FOLHA DE PAGAMENTO

FONTE: Os autores

Para melhor entendimento do preenchimento desse quadro, descrevemos a seguir algumas informações úteis para essa atividade.

Primeiramente, note que separamos o cálculo da folha de pagamento dos sócios da folha de pagamento dos funcionários, pois existem algumas diferenças para cálculo dessas duas folhas.

As principais diferenças estão no INSS: na folha dos sócios, o desconto é realizado sempre com o percentual de 11%, independente do valor que este esteja retirando de pró-labore. Somente o teto de contribuição é observado neste caso. Outra diferença é o cálculo do FGTS que, no caso dos sócios, não é obrigatório.

Vamos então descrever o preenchimento desse mapa.

MAPA DA FOLHA DE PAGAMENTO

1) Valor base – Informe aqui o valor do pró-labore do sócio ou salário base do empregado.

2) Horas faltas a. Horas – Informe a quantidade de horas faltas que o empregado tem no mês. b. R$ – Informe o valor em reais das horas faltas do empregado. Para isso

divida o salário base do empregado pelo número de horas totais que este trabalha no mês (normalmente são 220 h/m) e multiplique pela quantidade de horas que ele faltou no mês.

3) Perda do DSRa. Horas – Caso o empregado não cumpra a jornada semanal, a empresa

legalmente tem o direito de descontar o descanso semanal do empregado, considerando-se os feriados também como DSR. Para o empregado que trabalha 220 horas por mês, o DSR corresponde a 7 horas e 20 minutos, sendo que, para efeito de cálculo, deve-se utilizar 7,33 horas.

Page 122: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

112

b. R$ – Multiplicar a quantidade de horas informadas no campo anterior pelo valor hora do funcionário.

4) Horas extrasa. Horas – Informe a quantidade de horas extras que o empregado realizou no

mês.b. R$ – Multiplique a quantidade de horas extras do empregado pelo valor hora

do empregado. Não se esqueça de adicionar o percentual de horas extras a que o empregado tem direito. Por lei este percentual é de no mínimo 50%. Devem-se observar as determinações da convenção coletiva da categoria que pode determinar um percentual maior.

c. Reflexo das horas extras no DSR – Este valor é determinado pela divisão do valor apurado de horas extras pelo número de dias úteis existentes no mesmo mês e multiplicado pelo número de DSR existentes no mês. Não esqueça que os feriados são considerados DSRs.

5) INSS empregadoa. Base de cálculo – Informar a soma do valor em reais informado nas colunas

anteriores, descontando o valor em reais das horas faltas.b. % – Informar o percentual de INSS de acordo com a tabela progressiva do

INSS. Esta tabela pode ser obtida no site da Previdência Social no endereço <http://inss.gov.br/conteudoDinamico.php?id=313>.

c. R$ – Informar a multiplicação do valor em reais constante na coluna Base de Cálculo pelo percentual informado na coluna “%”. Observe que a tabela de INSS possui um teto. Se o empregado cuja base de cálculo for superior a este teto, deve se multiplicar o valor do teto constante na tabela de INSS pelo percentual de 11%. No caso de sócios, o percentual a ser utilizado será sempre 11% independente do valor apurado na base de cálculo.

6) INSS empresaa. % - Verificar o percentual a ser aplicado. Deve ser considerado: i. INSS Patronal – 20% ii. Terceiros – normalmente é de 5,8%, mas pode ser diferente. Verifique na

tabela disponibilizada no Ambiente Virtual de Aprendizagem “Tópico 2 - Tabela de Contribuição a Terceiros.pdf”.

iii. SAT ou RAT – Pode ser de 1%, 2% ou 3%, ajustado pelo FAP – Fator de Ajuste Previdenciário. O percentual de 1% a 3% pode ser verificado no arquivo disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem “Tópico

Para transformar minutos em decimais devem-se dividir os minutos por 0,60 e, para transformar decimais em minutos, devem-se multiplicar os decimais por 0,60.

DICAS

Page 123: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

113

2 – Tabela de Grau de Risco.pdf” e está baseado no CNAE–Fiscal da empresa. Com relação ao FAP, iremos desprezá-lo para fins das nossas atividades práticas, pois é calculado pelo INSS com base no número de acidentes registrado para cada empresa em períodos anteriores ao ano em questão.

iv. Portanto, em média o percentual de INSS total da empresa varia de 26,8% até 28,8%.

v. No caso do INSS Patronal a ser aplicado sobre o valor de pró-labore, este sempre será de 20%. Não se calcula percentual de terceiros e nem percentual de SAT ou RAT neste caso.

7) FGTS – O percentual a ser aplicado neste item corresponde a 8% e aplica-se apenas sobre os salários. A lei não proíbe o cálculo sobre pró-labore, mas a maioria das empresas não recolhe FGTS sobre pró-labore.

8) IRRFa. Dependente – Número de dependentes considerados para dedução do

IRRF.b. Base de cálculo – Corresponde à soma dos rendimentos, deduzido do

INSS descontado do empregado e o valor correspondente a dependentes multiplicado pelo número de dependentes.

c. Alíquota – Corresponde ao percentual encontrado na tabela progressiva do IRRF de acordo com a base de cálculo apurada.

d. R$ – Este valor é apurado encontrado pela aplicação da alíquota (%) sobre a base de cálculo. Após esta multiplicação, deve-se deduzir o valor constante na coluna “Parcela a Deduzir” na tabela de IRRF.

9) Vale-Transportea. Entregues em R$ – Este valor corresponde à quantidade em reais de passes

entregues ao funcionário para o corrente mês.b. Limite 6% – Corresponde a 6% do salário do funcionário.c. Despesa da empresa – O menor valor encontrado entre o item “Entregues em

R$” e o item “Limite 6%” corresponde ao valor que pode ser descontado na folha de pagamento do empregado. Caso o valor entregue ao funcionário seja maior do que os 6% apurados, a diferença deve ser informada nesta coluna.

A tabela de IRRF pode ser encontrada no site da Receita Federal do Brasil no endereço: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Aliquotas/ContribFont2012a2015.htm> e a tabela de desconto de dependentes no endereço: <http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/tabdependentes.htm>.

DICAS

Page 124: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

114

10) Salário líquido – Nesta coluna deve ser informado o valor líquido a ser pago ao funcionário. Este valor corresponde ao salário base do empregado, acrescido das horas extras e reflexo das horas extras e deduzido das horas faltas, perda do DSR, INSS descontado, IRRF descontado e a parte do vale-transporte descontado.

FIGURA 66 – PLANILHA EXCEL - MODELO DE MAPA DE CÁLCULO DA PROVISÃO DE FÉRIAS

FONTE: Os autores

MAPA DA PROVISÃO DE FÉRIAS

1) Salário – Informe o valor do salário base do empregado.

2) Média horas extrasa. Horas – Informar a média das horas extras realizadas no período aquisitivo,

já acrescido do percentual de horas extras. Ou seja, se o empregado fez 2 horas extras e o percentual de acréscimo corresponde a 50%, devem-se considerar 3 horas extras. A média é obtida pela soma das horas extras realizadas no período aquisitivo e dividida pelo número de meses do início do período aquisitivo até o mês do cálculo. O mês em que o valor das horas extras for igual a zero deve ser considerado também como sendo um mês para efeito de divisão.

b. R$ – Corresponde à multiplicação da quantidade de horas extras pelo valor da hora do empregado no mês do cálculo.

3) Base de cálculo – representa a soma do salário base acrescido do valor em reais das horas extras.

4) 1/12 avos – Corresponde ao valor mensal da provisão. Deve-se dividir a base de cálculo por 12 para encontrar este valor.

5) 1/3 de férias – Corresponde ao adicional de 1/3 constitucional e é encontrado pela divisão do valor constante na coluna 1/12 avos por 3.

6) Total – Corresponde à soma das colunas 1/12 avos e a coluna 1/3.

Page 125: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

115

7) INSS empresaa. % – Corresponde ao mesmo percentual utilizado para cálculo da folha

mensal.b. R$ – Este valor é obtido pela multiplicação da coluna TOTAL pela alíquota

informada na coluna %.

8) FGTS – Encontrado pela aplicação da alíquota de 8% sobre o valor constante na coluna TOTAL.

FIGURA 67 – PLANILHA EXCEL - MODELO DE MAPA DE CÁLCULO DA PROVISÃO DO 13º SALÁRIO

FONTE: Os autores

MAPA DA PROVISÃO DO 13º SALÁRIO

O preenchimento dessa parte do mapa é feita da mesma forma que o preenchimento do mapa de provisão de férias, com duas diferenças:

1) Média das horas extras – Apurada de forma semelhante à média das horas extras para férias, contudo considera-se o ano. Ou seja, levam-se em consideração as horas extras realizadas nos meses de janeiro a novembro do ano corrente, acrescentando um mês a mais a cada mês calculado.

2) Não existe adicional de 1/3 constitucional que se aplica apenas no cálculo das férias.

Page 126: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

116

11 RECIBO DA FOLHA DE PAGAMENTO

FIGURA 68 – PLANILHA EXCEL – MODELO RECIBO DE FOLHA DE PAGAMENTO

FONTE: Os autores

O preenchimento deste recibo deve ser feito com base nos valores apurados no Mapa da Folha de Pagamento.

A coluna código representa um número utilizado no sistema de Folha de Pagamento. Para nossa atividade prática, esse número pode ser aleatório a critério do aluno.

12 GUIA DE INSS

Esta guia tem o seu preenchimento efetuado da seguinte forma:

1) Código de pagamento – A maioria das empresas não tributadas com base no Simples Nacional utiliza o código 2100, e as empresas enquadradas no Simples Nacional, o código 2003. Contudo, existem outros códigos que podem ser verificados nos arquivos disponibilizados no ambiente de aprendizagem com nome de “Tópico 2 - Tabela de Códigos de Recolhimento INSS-GPS.pdf”.

2) Competência – Preencher com o mês e ano de referência.

Page 127: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

117

3) Identificador – Preencher com o CNPJ da empresa.

4) Valor do INSS – Preencher com o valor do INSS descontado do empregado, somado ao INSS (20%) parte da empresa e o valor correspondente ao SAT/RAT de 1%, 2% ou 3%.

5) Valor de outras entidades – Preencher com o valor correspondente a terceiros, geralmente equivalente a 5,8%.

6) ATM, multa e juros – Deve ser preenchido somente em caso de pagamento em atraso.

7) Total – Preencher com o valor total do INSS.

8) Nome ou razão social – Informar os dados da empresa .

9) Vencimento – Corresponde ao dia 20 do mês seguinte ao da competência. Se este dia for um dia não útil, deve ser antecipado para o primeiro dia útil anterior.

FIGURA 69 – PLANILHA EXCEL – MODELO GUIA DE INSS – GPS

FONTE: Os autores

Page 128: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

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13 GUIA DE FGTS

Esta guia tem o seu preenchimento efetuado da seguinte forma:

1) Campo 03 – FPAS – Verificar o código no arquivo “Tópico 2 – Tabela de Códigos FPAS.pdf” disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Normalmente para empresas do comércio e prestadoras de serviço, o código é 515 e para as empresas industriais, o código 507.

2) Campo 04 – simples – Preencher com o nº 1 para as empresas normais e com o nº 2 para as empresas enquadradas no Simples Nacional.

3) Campo 05 – remuneração – Informar a soma da remuneração de todos os funcionários.

4) Campo 06 – Quantidade de empregados – informar o número de empregados que geraram o valor do FGTS a ser recolhido.

5) Campo 08 – código de recolhimento – Verificar o código de recolhimento no arquivo “Tópico 2 – Tabela de Códigos de Recolhimento GFIP.pdf” disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Normalmente, o código corresponde a 115.

6) Campo 10 – inscrição – Informar o nº do CNPJ da empresa.

7) Campo 11 – competência – Informar o mês e ano de competência do FGTS.

8) Campo 12 – data de validade – Corresponde ao dia 7 do mês seguinte ao da competência. Contudo deve ser antecipado caso este dia não for dia útil.

9) Campo 13 – depósito + contribuição social – Informar o valor do FGTS a ser recolhido.

10) Campo 14 – encargos – Informar neste campo o valor dos acréscimos legais em caso de recolhimento em atraso.

11) Campo 15 – total a recolher – Informar a soma do valor do FGTS acrescido dos encargos se for o caso.

Page 129: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

119

FIGURA 70 – PLANILHA EXCEL – MODELO GUIA DE FGTS – GFIP

FONTE: Os autores

14 GUIA DE IMPOSTO DE RENDA

Para preenchimento desta guia pode utilizar-se o programa SICALC disponibilizado pela Receita Federal ou, se preferir, a partir da planilha em Excel disponibilizada no Ambiente Virtual de Aprendizagem. O preenchimento a partir do programa já foi explicado na primeira parte deste caderno, no item 7. O código de recolhimento para imposto de renda retido na fonte sobre trabalho assalariado a ser utilizado é o nº 0561.

A seguir apresentamos o formulário preenchido para recolhimento de IRRF sobre folha de pagamento.

Page 130: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

120

FIGURA 71 – PLANILHA EXCEL – MODELO DE DARF

FONTE: Os autores

15 CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Para determinação do Imposto de Renda e da Contribuição Social, cabe efetuar um planejamento tributário. Somente dessa forma será possível determinar a opção mais vantajosa entre o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

Simples Nacional

Cabe lembrar que as empresas que podem se beneficiar do Simples Nacional (não estando impedidas) se enquadrarão em um dos anexos dessa forma de tributação, os quais são:

Anexo 1 – para empresas comerciais;Anexo 2 – para empresas industriais;Anexo 3 – para empresas prestadoras de serviços;Anexo 4 – para empresas de serviços de limpeza e construção civil;Anexo 5 – para algumas empresas como, por exemplo, empresas de processamento

de dados.

As empresas enquadradas nos Anexos 1 a 3 não recolhem INSS Patronal, pois o mesmo já está considerado nos percentuais da tabela do simples.

Page 131: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

121

As empresas enquadradas no Anexo 4 recolhem INSS patronal com exceção da parte de terceiros (outras entidades).

As empresas enquadradas no Anexo 5 devem verificar mensalmente a relação da sua folha de pagamento dos últimos 12 meses e o seu faturamento também dos últimos meses. O percentual determinado por essa relação determinará a faixa de percentuais a ser utilizada da tabela.

Lucro Presumido

A apuração com base no lucro presumido leva em consideração apenas as receitas da empresa. Para determinação do lucro presumido, para fins de Imposto de Renda, devem-se aplicar os seguintes percentuais:

a) Venda de Mercadoria = 8%b) Venda de Serviços = 32%

A base de cálculo equivale à soma desses dois valores e, para calcular o imposto de renda, deve-se aplicar a alíquota que corresponde a 15%.

Deve-se ainda apurar o adicional de Imposto de Renda pela alíquota de 10% sobre a base de cálculo que exceder a R$ 60.000,00, considerando que o lucro presumido é sempre determinado por trimestre.

Para cálculo da Contribuição Social com base no Lucro Presumido, devem-se aplicar os seguintes percentuais:

c) Venda de Mercadoria = 12%d) Venda de Serviços = 32%

A base de cálculo equivale à soma desses dois valores e, para calcular a contribuição social, deve-se aplicar a alíquota que corresponde a 9%.

Lucro Real

A apuração com base no lucro real deve ser feita após as devidas adições e exclusões dos valores não aceitos pela legislação do Imposto de Renda, como, por exemplo, Brindes, Multas de Trânsito, Tributos não recolhidos e notificados pelos órgãos competentes, valores referentes a equivalências patrimoniais.

Assim que o valor do Lucro for ajustado por esse valor por meio do LALUR, Livro de Apuração do Lucro Real, aplicam-se as alíquotas de 9% para a Contribuição Social, 15% para o Imposto de Renda e 10% para o adicional do Imposto de Renda.

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UNIDADE 3 | CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA

122

No entanto, deve-se efetuar a apuração de cada mês considerando sempre como base de cálculo os valores acumulados do início do período até o mês de cálculo, deduzindo-se depois os valores já recolhidos até o mês anterior.

Para fins de apuração do adicional do Imposto de Renda, deve-se verificar o valor excedente a R$ 20.000,00 por mês. Ou seja, no primeiro mês utiliza-se o excedente a R$ 20.000,00, no segundo mês o excedente a R$ 40.000,00 e assim em diante.

16 DEMAIS DOCUMENTOS

17 CONTABILIDADE

Todos os modelos disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem são apenas modelos. Cada acadêmico(a) poderá utilizar outros modelos, ou mesmo utilizar modelos encontrados na internet.

Para criar documentos referentes a faturas de água, luz e telefone, sugerimos escanear modelos de faturas reais e efetuar as alterações necessárias utilizando para isso editores gráficos, como, por exemplo, o PAINT do Windows.

Depois de ter criado os documentos referentes à movimentação da sua empresa, passaremos ao processo de contabilização.

Para isso, você poderá utilizar o programa ACCOUNT, disponibilizado pela UNIASSELVI para desenvolvimento das atividades acadêmicas.

Caso você tenha acesso a outros programas de contabilidade em função da sua vida profissional, estes também poderão ser utilizados, desde que atendam às necessidades de emissão de relatórios solicitados nesta atividade prática.

Outra opção é pesquisar na internet por sistemas de contabilidade livres ou que possam ser utilizados por um período limitado de, pelo menos, 30 dias. Tempo esse suficiente para efetuar a contabilização dos documentos criados.

Depois de ter efetuado a contabilização necessária, proceda aos ajustes mensais exigidos pela contabilidade, determinando o resultado do período e o zeramento das contas de resultado.

Assim que esses processos forem feitos, você poderá efetuar a emissão dos seguintes relatórios:

Page 133: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA

123

18 FECHAMENTO (PAPER)

Para finalizar esta atividade prática, elabore um paper com informações comparativas entre o seu plano de negócio e os resultados obtidos com a abertura e a movimentação da sua empresa.

Mencione as dificuldades encontradas na prática que não foram observadas ou previstas quando da elaboração do plano de negócio.

Faça uma breve análise sobre os resultados obtidos pela sua empresa.

Dê sua opinião sobre todo o processo aplicado neste módulo e qual foi o seu aproveitamento nessa atividade prática.

- Diário Geral- Razão ou razonetes- Balancete de verificação- Balanço Patrimonial- Demonstração do Resultado do Exercício- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL- Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC

Lembramos que alguns sistemas de contabilidade não geram de forma automática os dois últimos demonstrativos, sendo necessário para isso utilizar outros mecanismos como, por exemplo, planilhas eletrônicas. No ambiente virtual foi disponibilizado um modelo para preenchimento da DMPL.

Lembre-se de que o material criado nesta unidade servirá de base para a continuação do módulo na Unidade 4 – Relatório Final: Auditoria Independente e Análise das Demonstrações Contábeis.Na Unidade 4, serão efetuadas as análises das demonstrações contábeis criadas nessa unidade e também o processo de auditoria da documentação e contabilização. Por isso, ressaltamos a necessidade de elaborar a documentação solicitada de forma mais real possível com a realidade.

IMPORTANTE

Page 134: Diretrizes Práticas contábeis estágio

124

ANEXOS DA UNIDADE

ANEXO 1 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA PRIMEIRA ENTREGA REFERENTE À ENTREGA DO PAPER “PLANO DE NEGÓCIOS”

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA PRIMEIRA ENTREGA

ITEM ATENDEATENDE

PARCIAL-MENTE

NÃO ATENDE

1. GABARITO DE CORREÇÃO DO PAPER1.1 CABEÇALHO E RESUMO- Apresentou título, autoria, filiação e data, configuradas corretamente?- Configurou resumo em um único parágrafo, em itálico, sem abertura de parágrafo e em modo justificado?

1,00 0,50 0,00

1.2 INTRODUÇÃO- Conseguiu deixar claro do que trata o paper?

2,00 1,00 0,00

1.3 DESENVOLVIMENTO- O/A acadêmico(a) relatou de forma clara o conhecimento adquirido em todos os tópicos referente cada assunto pontuado?- Conseguiu citar, direta e indiretamente, as fontes usadas na construção do trabalho?

4,00 2,00 0,00

1.4 CONCLUSÃO- Conseguiu mostrar os resultados obtidos na pesquisa e os mesmos estão de acordo ou não com os objetivos propostos?

1,00 0,50 0,00

1.5 REFERÊNCIAS- Conseguiu construir, corretamente, as referências das fontes citadas, direta ou indiretamente, no texto? - Existem fontes não referenciadas no paper?

1,00 0,50 0,00

1.6 ANEXOS - Todos os documentos solicitados foram anexados? - Construiu, corretamente, os documentos anexados, evidenciando o suporte necessário para o desenvolvimento e conclusão do trabalho?

1,00 0,50 0,00

Page 135: Diretrizes Práticas contábeis estágio

125

ANEXO 2 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA SEGUNDA ENTREGA REFERENTE À FORMALIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA SEGUNDA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PAR-CIALMENTE

NÃO ATENDE

1. GABARITO DE CORREÇÃO FORMALIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA1.1 REGIN- O/A acadêmico(a) apresentou o relatório de viabilidade? (Válido para os estados que têm esse processo integrado.)

1,0 0,5 0,0

1.2 CONTRATO SOCIAL- O/A acadêmico(a) elaborou o contrato social dentro das normas estabelecidas pela Junta Comercial? - Colocou os vistos em todas as folhas e assinou a última via? - Apôs a assinatura de advogado no contrato social em caso de constituição de empresa normal?

3,0 1,5 0,0

1.3 FCN 1 e 2- Conseguiu preencher corretamente todos os campos necessários da FCN 1 e 2 para constituição da empresa?

2,0 1,0 0,0

1.4 CAPA DE PROCESSO - O acadêmico preencheu e inclui a capa de processo exigido pela Junta Comercial?- Taxas – Incluiu as guias com as taxas exigidas pela Junta Comercial?

1,0 0,5 0,0

1.5 ME ou EPP- O/A acadêmico(a) preencheu uma segunda capa de processo para registro da Declaração de ME ou EPP? - Emitiu a declaração de ME ou EPP com a assinatura dos sócios?

1,0 0,5 0,0

1.6 Receita Federal- O/A acadêmico(a) anexou o espelho do preenchimento dos dados no programa da Receita Federal – CNPJ?

1,0 0,5 0,0

1.7 Fazenda Estadual - Caso a Fazenda Estadual do seu estado exija o preenchimento de algum formulário, esse formulário foi preenchido e anexado ao trabalho? - Emitiu a guia com a taxa exigida pela Fazenda Estadual?

1,0 0,5 0,0

Page 136: Diretrizes Práticas contábeis estágio

126

ANEXO 3 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA TERCEIRA ENTREGA REFERENTE A MOVIMENTAÇÕES CONTÁBEIS E MAPAS DIVERSOS

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA TERCEIRA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PAR-CIALMENTE

NÃO ATENDE

1. GABARITO DE CORREÇÃO MOVIMENTAÇÕES CONTÁBEIS E MAPAS DIVERSOS1.1 DOCUMENTOS - O/A acadêmico(a) apresentou os documentos de movimentação da sua empresa, incluindo notas fiscais de compra e venda, comprovantes de pagamento, faturas de água, luz, telefone, notas de material de consumo e outros?

3,00 1,50 0,0

1.2 GUIAS DE IMPOSTOS SOBRE FATURAMENTO- O/A acadêmico(a) emitiu as guias dos impostos devidos pela empresa (ICMS, IPI, ISS, IRPJ, CSLL, PIS e COFINS?

2,00 1,00 0,0

1.3 GUIAS DE IMPOSTOS SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO- O/A acadêmico(a) emitiu as guias dos impostos sobre a folha de pagamento (INSS, FGTS, IRRF)?- Preencheu os recibos de pagamento da folha de pagamento (pelo menos do primeiro mês para pagamento no segundo)?

2,00 1,00 0,0

1.4 MAPAS - Conseguiu preencher corretamente os mapas de apuração da Folha de Pagamento e provisões?- Apresentou as fichas de controle de estoque ou inventário? - Elaborou o mapa de depreciação e cálculo dos impostos?

3,00 1,50 0,0

Page 137: Diretrizes Práticas contábeis estágio

127

ANEXO 4 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA QUARTA ENTREGA REFERENTE AO PAPER DO RELATÓRIO FINAL DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA QUARTA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PAR-CIALMENTE

NÃO ATENDE

1. GABARITO DE CORREÇÃO DO PAPER1.1 BALANÇO PATRIMONIAL - O/A acadêmico(a) anexou o balanço patrimonial dos 2 meses solicitados referente à movimentação da sua empresa?

2,0 1,0 0,0

1.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO - O/A acadêmico(a) anexou a DRE dos 2 meses solicitados referente à movimentação da sua empresa?

2,0 1,0 0,0

1.3 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PL - O/A acadêmico(a) anexou a DMPL referente aos 2 meses de movimentação da sua empresa?

1,0 0,5 0,0

1.4 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - O/A acadêmico(a) anexou a DFC referente aos 2 meses de movimentação da sua empresa?

1,0 0,5 0,0

1.5 BALANCETE- O/A acadêmico(a) anexou o balancete da movimentação dos 2 meses solicitados?

1,0 0,5 0,0

1.6 DIÁRIO E RAZÃO - O/A acadêmico(a) anexou o diário, razão ou razonetes dos 2 meses movimentados?

1,0 0,5 0,0

1.7 PAPER- O/A acadêmico(a) elaborou o paper sintetizando a sua experiência nessa atividade prática?- Mencionou algumas dificuldades ou deficiência encontradas?- Fez um comparativo entre o plano de negócio elaborado e a movimentação da empresa (prática)?

2,0 1,0 0,0

Page 138: Diretrizes Práticas contábeis estágio

128

ANEXO 5 – MODELO PAPER DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS

RELATÓRIO FINAL DE PRÁTICAS CONTÁBEISCIÊNCIAS CONTÁBEIS

Segunda Parte – Módulo 7

Nome do AlunoNome do Orientador

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVICiências Contábeis (CTB0000) – Estágio

00/00/0000

Resumo:

1 – Introdução2 – Plano de Negócios3 – Atos Constitutivos (Documentos)4 – Documental de movimentação5 – Conclusão (Paper)

ANEXOS:Os anexos a seguir elencados deverão ser entregues referentes a dois meses de movimentação.

I – Livro Razão ou RazonetesII – Livro DiárioIII – Balanço PatrimonialIV – Demonstração de Resultado do ExercícioV – Demonstração das Mutações do Patrimônio LíquidoVI – Fluxo de CaixaVII – Notas FiscaisVIII – RecibosIX – Guias de RecolhimentoX – Faturas de Água, Energia Elétrica e TelefoneXI – Outros DocumentosXII – Fichas de Controle de Estoque ou Inventário de EstoqueXII – Mapa de Cálculo da Folha de Pagamento e ProvisõesXIV – Mapa de Cálculo da DepreciaçãoXV – Mapa de Cálculo dos Impostos

Page 139: Diretrizes Práticas contábeis estágio

129

UNIDADE 4

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

PLANO DE ESTUDOS

A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• elaborar a fase inicial do planejamento de auditoria;

• aplicar as ferramentas de auditoria que foram aprendidas ao longo do curso;

• desenvolver o senso crítico, identificando as divergências em relação aos saldos das contas contábeis;

• emitir seu parecer técnico como auditor independente de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC);

• empregar na prática os conceitos aprendidos de análise das demonstra-ções contábeis.

Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No primeiro serão abordadas as orientações básicas que o(a) ajudarão no desenvolvimento da execução das atividades propostas; no segundo será abordada a fase inicial da auditoria; no terceiro, a fase de execução da auditoria; no quarto, a fase de conclusão da audi-toria, e no quinto tópico será abordada a análise das Demonstrações Contábeis.

TÓPICO 1 – ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 3

TÓPICO 2 – FASE INICIAL DA AUDITORIA

TÓPICO 3 – FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

TÓPICO 4 – FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA

TÓPICO 5 – RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁ- BEIS DA EMPRESA AUDITADA

Page 140: Diretrizes Práticas contábeis estágio

130

Page 141: Diretrizes Práticas contábeis estágio

131

TÓPICO 1

ORIENTAÇÕES PARA

ELABORAÇÃO DA ETAPA 3

UNIDADE 4

1 INTRODUÇÃO

2 REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO

Neste primeiro tópico serão abordados todos os aspectos relacionados e todas as orientações necessárias para a execução das atividades direcionadas ao desenvolvimento do seu relatório final de estágio.

Caro(a) acadêmico(a)! Ao chegar a esta unidade você estará completando os estudos referentes ao seu estágio curricular supervisionado, e isto importa dizer que, ao final, você deverá produzir seu relatório final de estágio consubstanciado de toda a documentação gerada nas etapas I e II: Plano de Negócios e Constituição e Movimentação Contábil, consecutivamente.

Nesta unidade vamos propor um roteiro de auditoria para facilitar o desenvolvimento de seu trabalho. Contudo, é importante ressaltar que se trata apenas de um simples modelo e que outros podem ser seguidos, inclusive maiores orientações podem e devem ser estudadas nos cadernos de estudos das disciplinas recomendadas.

Observe e leia atentamente estas instruções e dicas ao longo desta unidade, que o(a) ajudarão a completar seu trabalho, conforme as diretrizes do seu estágio curricular.

No quadro a seguir demonstramos as atividades que devem ser realizadas e as entregas que devem ser feitas em cada encontro nesta última etapa do estágio curricular supervisionado.

Page 142: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

132

QUADRO 1 – RESUMO DOS ENCONTROS DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO

FONTE: Os autores

O UNI chama a atenção para algo muito importante, pois afeta diretamente a dinâmica dos encontros. No contexto relatado, isto quer dizer que, no primeiro encontro da disciplina de Estágio, o(a) acadêmico(a) deverá realizar as “entregas” definidas e receber as orientações de “entregas” para o encontro seguinte e, assim, sucessivamente.

É também neste momento, ou seja, durante a orientação que antecede a primeira aula da disciplina de Estágio, que o professor-tutor externo deverá fazer um sorteio e/ou rodízio dos trabalhos elaborados pelos acadêmicos na etapa 2,

ENCONTRO ASSUNTO ATIVIDADES REALIZADAS PARA ENTREGA

1º Fase inicial da auditoria

• executar o planejamento de auditoria a ser desenvolvido na empresa simulada;• elaborar um contrato de prestação de ser-viços de auditoria com a empresa simulada;• definir os procedimentos de auditoria a serem utilizados pelos auditores.

2º Fase de execução da auditoria

• definir e elaborar os papéis de trabalho utilizados pela auditoria, bem como sua simbologia;• elaborar Carta de Responsabilidade da Administração;

Fase de conclusão da auditoria e Análise das Demonstrações Contábeis

• elaborar relatório de divergências encon-tradas, propondo adequações e sugestões;• elaborar o Relatório do Auditor Independente para a empresa auditada;• elaborar o relatório de análise das demons-trações contábeis englobando as questões: estrutura de capital, liquidez e rentabilidade;

4ºEntrega do Paper • entregar o Relatório Final de Estágio;Socialização dos Resultados • apresentar os resultados encontrados.

As orientações para o desenvolvimento e produção de materiais da “FASE INICIAL DE AUDITORIA”, que ocorre no primeiro encontro da disciplina Estágio, deverão ocorrer no último encontro da disciplina de Prática Contábil.

ATENCAO

Page 143: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 1 | ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 3

133

“Constituição e Movimentação de Empresa”, produzidos na disciplina de Prática Contábil. Desta forma, um acadêmico auditará o trabalho da empresa simulada do outro acadêmico.

Depois de sorteados os trabalhos, o professor-tutor externo deverá dar todas as orientações necessárias para as entregas que deverão ocorrer no primeiro encontro da disciplina de Estágio.

Veja no quadro a seguir o funcionamento da dinâmica dos encontros e entregas realizados.

QUADRO 2 – DINÂMICA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO – ETAPA 3

HORÁRIO PRIMEIRO ENCONTRO

SEGUNDO ENCONTRO

TERCEIRO ENCONTRO

QUARTO ENCONTRO

1º Período

ENTREGA 1

Planejamento,Carta-proposta

eProcedimentos de auditoria.

Obs.: Orientação recebida na dis-ciplina Prática

Contábil.

ENTREGA 2

Papéis de traba-lho, Carta de Res-ponsabilidade da Administração.

ENTREGA 3

Relatório de divergências encon-tradas,

Relatório do Auditor.

Independente e Análise das

Demonstrações Contábeis.

ENTREGA 4

Relatório Fi-nal de Estágio

tipo paper e Socialização dos Resulta-

dos.

INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO

2º PeríodoAULA

Orientação para entrega 2.

AULAOrientação para

entrega 3.

AULAOrientação

para entrega 4.

AULASocialização

dos resultados.

FONTE: Os autores

Para que você, acadêmico(a), tenha condições de estudar, analisar, interpretar e preparar todos os materiais a serem entregues durante os encontros, conforme demonstrado, a disciplina de Estágio ocorrerá com periodicidade mensal para cada encontro, conforme datas definidas no cronograma do curso.

Sugerimos verificar seu cronograma e identificar as datas destes encontros, a fim de manter um adequado planejamento de suas atividades acadêmicas.

DICAS

Page 144: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

134

O uso do laboratório é um requisito importante para o desenvolvimento desta etapa, visto que você terá que aplicar as técnicas de auditoria nas demonstrações contábeis da empresa simulada, e será necessário gerar novas demonstrações contábeis, ajustadas às recomendações após a auditoria realizada.

O Relatório Final de Estágio deverá ser produzido no modelo paper segundo as diretrizes da UNIASSELVI e conforme metodologias acadêmicas e orientações contidas em anexo ao final desta unidade.

A socialização dos resultados é ponto fundamental do estágio, pois é através dela que são trocadas as experiências vivenciadas e conhecimentos adquiridos com outros acadêmicos, professores e comunidades.

3 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

O planejamento e cumprimento pontual das entregas é fator importante no processo de estágio, visto que, com base nas entregas realizadas em cada encontro, notas serão geradas e atribuídas conforme os pesos por avaliação. Os critérios de pontuação para avaliação de cada entrega estão definidos por instrumento de avaliação disponibilizado como anexo ao final desta unidade.

QUADRO 3 – CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO PARA AVALIAÇÃO EM CADA ENTREGA

ENCONTRO ENTREGAS PREVISTAS ANEXOS DESCRIÇÃO PESO DA AVALIAÇÃO

Planejamento de auditoria

Anexo 1 Nota 1 1,0Procedimentos de auditoriaCarta-proposta de auditoria

Papéis de trabalho

Anexo 2 Nota 2 1,0Carta de Responsabilidade da Administração

No Ambiente Virtual de Aprendizagem também serão disponibilizados modelos de alguns documentos utilizados pela auditoria para ajudar na elaboração dos trabalhos.

IMPORTANTE

Page 145: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 1 | ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 3

135

Relatório de divergências encontradas

Anexo 3 Nota 3 1,0Relatório do Auditor IndependenteRelatório de Análise das Demonstrações Contábeis

4ºRelatório Final de Estágio modelo paper + socialização

Anexo 4 Nota 4 7,0

FONTE: Os autores

Deve-se notar que a cada encontro atribui-se uma nota com determinado peso: as entregas terão peso 1 do primeiro ao terceiro encontro. No último, o acadêmico entrega, além do paper, todos os anexos componentes do trabalho final e prepara-se, também, para a socialização dos resultados de seu trabalho, justificando-se então o equivalente peso 7.

Acadêmico(a)! Agora que você foi esclarecido(a) sobre as orientações que nortearão os seus estudos relacionados ao estágio curricular supervisionado desta etapa, você está apto(a) a seguir as orientações dos tópicos seguintes e compreender de forma detalhada todas as atividades que você deverá realizar durante esta etapa para finalização do seu estágio.

Page 146: Diretrizes Práticas contábeis estágio

136

Page 147: Diretrizes Práticas contábeis estágio

137

TÓPICO 2

FASE INICIAL DA AUDITORIA

UNIDADE 4

1 INTRODUÇÃO

Neste tópico serão abordados todos os aspectos relacionados ao trabalho inicial desenvolvido pela auditoria independente, que busca subsídios necessários para formular um plano de trabalho eficaz, minimizando os riscos de emitir um parecer inadequado à situação patrimonial para a empresa auditada.

Todas as orientações devem ser complementadas pelo material da disciplina de Auditoria Contábil, assim irá ajudá-lo(a) no desenvolvimento desta etapa que resultará na elaboração do Relatório Final de Estágio: Auditoria Independente e Análise das Demonstrações Contábeis. Este produto final entregue é resultante da concepção do negócio e da constituição e movimentação contábil da empresa, criadas na 1ª e 2ª etapas do estágio.

Todos os modelos contidos neste caderno estarão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem, para facilitar a preparação dos materiais de entrega.

Caro(a) acadêmico(a)! Importante relembrar que as orientações para o desenvolvimento e produção de materiais desta “FASE INICIAL DE AUDITORIA” da 3ª etapa de estágio deverão ocorrer no último encontro da disciplina de Prática Contábil, que se refere à 2ª etapa de estágio. No primeiro encontro da disciplina de Estágio, o(a) acadêmico(a) deverá realizar as “entregas” e receber as orientações de “entregas” para o encontro seguinte.

ATENCAO

Page 148: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

138

Vamos agora enumerar todos os procedimentos a serem desenvolvidos na Fase Inicial de Auditoria, que o capacitarão a preparar todos os materiais necessários da primeira entrega.

2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

O planejamento de auditoria é a parte mais importante do processo de auditagem, pois garante a execução de serviços com a qualidade desejada que assegure a emissão de parecer técnico em níveis aceitáveis de segurança.

Segundo Attie (1998, p. 44):

O planejamento é o alicerce sobre o qual todo trabalho deve ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente montado para atingir o alvo. A montagem do planejamento objetiva percorrer uma estrada predeterminada, num rumo identificado, estabelecido e analisado. O planejamento estabelece antecipadamente o que deve ser feito, como, onde, quando e por quem, em um nível de detalhes suficiente, sem se perder em múltiplos detalhes a essência do significado global.

O planejamento ocorre após o cliente manifestar seu interesse em contratar os serviços de auditoria independente.

O que esse cliente espera como resultado da prestação de serviço? A administração de uma empresa, ao contratar um auditor independente, espera que suas demonstrações contábeis representem adequadamente a sua posição patrimonial e financeira.

Attie (1998, p. 36) explica que tem como objeto da auditoria “[...] o exame das demonstrações financeiras, as quais não existem por si só, mas dependem de uma multiplicidade de fatores internos e externos e de um fluxo de informações que as canalizem por meio de sistemas de controle interno”.

Desta forma, se o cliente espera que o auditor ateste a veracidade da posição patrimonial e financeira de sua empresa, e o objeto da auditoria, conforme Attie

Lembre-se! Nesta etapa do estágio você é o auditor independente e não mais o empresário, como nas etapas anteriores. Para estabelecer a relação comercial entre a empresa de auditoria independente e a empresa auditada, você deve criar uma razão social que identifique a empresa de auditoria.

IMPORTANTE

Page 149: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

139

(1998), é o exame das demonstrações financeiras, por que e o que exatamente o auditor deve planejar em seus trabalhos de auditoria?

O planejamento é decorrente do fato de que o auditor independente deve enviar uma carta-proposta ao cliente evidenciando como será a relação de trabalho e quais devem ser os honorários cobrados para a execução dos serviços.

Para produzir esta carta-resposta, considerando o custo e horas gastas para execução dos trabalhos, o auditor deve realizar um trabalho preliminar de avaliação, levando em consideração a atividade operacional da empresa, sua complexidade, legislação pertinente, relatórios, nível de controles internos e, desta forma, identificar e planejar a natureza, extensão e profundidade da auditoria a ser realizada.

Conforme Souza (2011), o nível de conhecimento acerca da empresa a ser auditada compreende, de forma resumida, informações referentes a:

a) fatores econômicos;b) legislação;c) operações da entidade;d) competência da administração;e) políticas contábeis adotadas;f) sistema contábil e de controle interno;g) áreas importantes da entidade;h) volume de transações;i) complexidade das transações;j) existência de entidades associadas, filiais e outras partes relacionadas à

entidade;k) trabalhos anteriores de auditores independentes;l) natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres e relatórios a serem emitidos;m) exigências e prazos estabelecidos por órgãos reguladores.

A carta-proposta será objeto de discussão e apresentação de seu modelo no tópico seguinte desta unidade.

IMPORTANTE

Page 150: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

140

Seria lógico supor que uma empresa de auditoria, ao finalizar um contrato de prestação de auditoria, devesse saber quais serão seus custos com este cliente. Entretanto, é preciso, com base em dados e informações da empresa, prever antecipadamente qual será o dimensionamento do trabalho a ser realizado em razão do volume de procedimentos, para então calcular os honorários necessários para suportar os custos.

As estimativas de honorários e horas de clientes estão previstas nas Normas Profissionais de Auditoria Independente – NBC P 1 –, que fixa todos os procedimentos que serão realizados e os honorários que serão cobrados, previamente documentados e acordados.

2.1 MODELO DE PLANEJAMENTO DE HORAS E VALORES DE AUDITORIA

Demonstraremos aqui um modelo de planejamento de horas e valores da auditoria para fixação de honorários. Caso prefira, também poderá utilizar o modelo de orçamento de horas e valores da auditoria apresentado no material da disciplina de Auditoria Contábil.

Caro (a) acadêmico (a)! Recomendamos a leitura do material utilizado na disciplina de Auditoria Contábil. Tal material irá ajudar a compreender melhor as necessidades de informações para elaboração do planejamento de auditoria.

NOTA

Fique atento(a)! O planejamento de horas é uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

Page 151: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

141

QUADRO 4 – MODELO DE PLANEJAMENTO DE HORAS DE AUDITORIA

FONTE: Os autores

O primeiro passo, ao abrir o arquivo “Anexo 2 – Planejamento de Horas de Auditoria”, é preencher o cabeçalho básico, informando o nome da empresa que será auditada, neste caso, a empresa que foi indicada para você auditar em seu trabalho de estágio. Também deverá ser informado o tipo de trabalho que representa e a data-base a que se refere o planejamento.

A planilha modelo Anexo 2 – Planejamento Horas de Auditoria estará disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem para download.

NOTA

Page 152: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

142

Neste modelo de Planejamento de Horas de Auditoria as descrições das contas estão na ordem em que deverão ser auditadas. A auditoria a ser realizada será nas contas do Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultado do Exercício, que devem ter as horas registradas conforme utilização por nível de hierarquia dos auditores.

Por exemplo, os serviços de levantamento básico podem ser realizados pelos auditores “assistentes”, enquanto os serviços que requerem uma análise mais detalhada devem ser realizados pelo auditor “Pleno”. O auditor “Sênior” deve ser utilizado para os casos que necessitem de um nível de conhecimento técnico amplo para a solução ou providência de algum assunto pertinente à auditoria realizada.

Neste caso, você deve prever todas as horas utilizadas para cada tipo de auditor, em cada tipo de programa de auditoria. Conforme a execução desses programas, poder-se-ão consumir mais ou menos horas de auditores, mais ou menos experientes, e isto influenciará os valores dos honorários propostos na carta-proposta que deverá ser enviada ao cliente.

Ao preencher a planilha modelo “Anexo 2 – Planejamento de Horas de Auditoria” com as horas necessárias para cada auditor em cada programa, você perceberá que a planilha será automaticamente preenchida no “Total de Horas” em auditoria de contas do Balanço Patrimonial e auditoria de contas da Demonstração de Resultado do Exercício.

Na parte inferior do quadro “Custo da Auditoria”, conforme se demonstra a seguir, apresenta-se a demonstração dos custos totais para cobrança dos honorários.

QUADRO 5 – APURAÇÃO DO CUSTO DE HONORÁRIOS DA AUDITORIA INDEPENDENTE

FONTE: Os autores

O campo “Total de Horas Necessárias de Auditoria” será preenchido automaticamente e refere-se aos totais de horas de cada tipo de auditor que é necessário para a execução dos trabalhos. O campo “Custo Hora (R$)” é o campo que deve ser preenchido com o valor unitário da hora a ser cobrada de honorários por tipo de auditor. Observe que o nível de hierarquia reflete o nível de experiência do auditor e o valor-hora será maior.

Para finalizar, é bom lembrar que o planejamento de horas também é um papel de trabalho do auditor: deve sempre ser identificado com o nome da

Page 153: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

143

3 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

A execução de um trabalho, seja ele qual for, sempre terá um fim, um objetivo a que se destina. Para que se cumpra o objetivo, devemos traçar procedimentos a serem executados para chegar aos objetivos.

Segundo Attie (1998, p. 131), “O desempenho da atividade de auditoria requer, como em qualquer outra função, a utilização de ferramentas de trabalho que possibilitem formar uma opinião”.

As ferramentas utilizadas baseiam-se nos procedimentos de auditoria, cujo conceito pode ser compreendido como artefatos ou técnicas dos quais o auditor se utiliza para coletar as evidências necessárias para fundamentar a sua opinião em relação ao objetivo da auditoria.

Como exemplos de procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor para fundamentar sua opinião, temos:

• Inspeção física - este procedimento tem como objetivo identificar fisicamente a existência de um bem ou, ainda, a existência de dinheiro em caixa ou estoques registrados.

• Confirmação externa - este procedimento objetiva confirmar a existência de bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações, como, por exemplo, valores em conta corrente bancária, estoques em poder de terceiros e contas a pagar diversas.

• Conferência de Cálculos ou Recálculos - trata-se de um procedimento em que se efetuam cálculos de todos os valores que originaram os saldos nas Demonstrações Contábeis. Trata-se de uma técnica relevante, pois um simples equívoco em cálculos, como, por exemplo, em depreciações e despesas antecipadas, pode gerar informações incorretas e necessitar de ajustes nestas Demonstrações Contábeis.

empresa de auditoria, do auditor que o preparou e daquele que revisou o papel de trabalho, bem como a data em que ocorreram.

A evidência de auditoria significa encontrar comprovação factível dos fatos que levam o auditor a sustentar sua conclusão de forma concreta e convincente, do que apenas pela simples observação. Para maiores informações, leia a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria.

NOTA

Page 154: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

144

• Inspeção de Documentos - é um procedimento que objetiva examinar os registros contábeis através da verificação dos documentos internos e externos, para certificar-se da veracidade dos valores das Demonstrações Contábeis. Como exemplo, podemos relatar o registro de empregados, apólice de seguro, notas fiscais, duplicata de fornecedores, entre outras.

Procuramos aqui registras alguns exemplos. Contudo, mas informações podem ser pesquisadas no material que se refere a disciplina de Auditoria Contábil.

A seguir apresentamos um modelo de procedimento de auditoria que atende ao modelo proposto para planejamento do Tópico 2.

QUADRO 6 – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA SINTETIZADOS

ANEXO 1Empresa Modelo S.A.

Procedimentos de Auditoria28 de fevereiro de 20x1.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

1 Trabalhos Preliminares

1.1 Solicite relação de documentos da EMPRESA MODELO.

1.2 Solicite o Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício da empresa referente aos períodos a serem auditados para abertura da folha mestra.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

1.3 Prepare uma folha mestra e faça a indexação para referência dos testes de auditoria e confirme o saldo com o Livro Razão Contábil.

Fique atento(a)! O procedimento de auditoria é uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

Page 155: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

145

2 DisponibilidadesObjetivos: Determinar a existência das disponibilidades, e se estão corretamente descritas e classificadas e as divulgações cabíveis foram feitas no balanço ou notas explicativas.

2.1 Solicite o livro diário e confronte com as movimentações realizadas no caixa.

2.2 Efetue contagem física dos valores e documentos à disposição da empresa e obtenha o recibo-devolução dos itens contados.

2.3 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

3 EstoquesObjetivos: Os valores apresentados no balanço representam as quantidades físicas de produtos estocados em armazéns da empresa, de terceiros ou em trânsito.

3.1 Identifique o método de avaliação utilizado pela empresa.

3.2 Compare o saldo da conta de estoque com os totais da ficha de estoque.

3.3 Cruze as notas fiscais de entrada e saída com a movimentação da ficha de estoque e faça correlação das informações obtidas.

3.4 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

4 ImobilizadoObjetivos: Constatar a existência física e propriedade dos bens. Determinar se os métodos de avaliação são adequados e se os cálculos da depreciação do período estão corretos.

4.1 Solicite as notas fiscais de compras do imobilizado, relacione e cruze com o livro razão contábil.

Page 156: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

146

4.2 Confirme a existência física do imobilizado e comprove a propriedade do bem descrito no balanço patrimonial.

4.3 Verifique a taxa de depreciação, e efetue o cálculo, se os bens estão sendo depreciados corretamente.

4.4 Verifique a existência de imobilizado totalmente depreciado.

4.5 Verifique a existência de imobilizado obsoleto ou inutilizado.

4.6 Verifique a existência de apólice de seguros para os itens do imobilizado e analise se há cobertura para a reposição do bem, em caso de sinistro.

4.7 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

5 Fornecedores de Bens e ServiçosObjetivo: Identificar se todas as exigibilidades estão corretamente descritas e classificadas no balanço patrimonial e se pertencem à empresa.

5.1 Solicite e relacione as notas fiscais de entrada e cruze com o livro razão contábil.

5.2 Confirme se os impostos recolhidos nas notas fiscais de entrada foram feitos de forma correta em concordância com a legislação vigente.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

5.3 Providencie junto aos fornecedores a confirmação dos saldos a pagar, registrado nos relatórios da empresa, da seguinte maneira:

5.3.1 Envie carta de circularização para os fornecedores, solicitando confirmar seu saldo em aberto na data-base do levantamento do balanço.

5.3.2 Analise as confirmações da carta de circularização e confirmar com o saldo do Balanço Patrimonial e razão.

5.4 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

Page 157: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

147

6 Contas a PagarObjetivo: Verificar se as contas a pagar são reais e devidas para a empresa, se estão corretamente classificadas e demonstradas.

6.1 Obtenha um resumo das Contas a Pagar, some e confira com o saldo com a folha mestra.

6.2 Efetue o teste de liquidação subsequente identificando que tenham sido liquidados e que não existam passivos não registrados.

6.3 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

7 Obrigações FinanceirasObjetivo: Determinar se os saldos con-tábeis de empréstimos e financiamen-tos são reais e devidos pela empresa e verificar se há ativos dados em garantia e se estão devidamente demonstrados.

7.1 Analise o razão contábil e determine quais os empréstimos a serem confir-mados na data-base.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

7.2 Obtenha um resumo dos empréstimos, some e confira o saldo com a folha mestra.

7.3 Obtenha a movimentação dos empréstimos ocorridos no exercício, confirme as informações do contrato e determine que os juros pagos no período estejam de acordo com o contratado.

7.4 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

8 Obrigações TributáriasObjetivo: Verificar se as obrigações estão calculadas, classificadas e demonstradas corretamente, se foram liquidadas e que não existam obrigações tributárias que não tenham sido registradas.

Page 158: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

148

8.1 Obtenha a composição das obrigações tributárias, confira com a folha mestra.

8.2 Verifique o regime de tributação utilizado pela empresa.

8.3 Determine se foram utilizadas as bases de cálculos determinados pela legislação.

8.4 Efetue os recálculos e confirme a exatidão dos valores confrontando com o razão.

8.5 Confirme se foram liquidados no período subsequente.

8.6 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

9 Obrigações Trabalhistas e PrevidenciáriasObjetivo: Verificar se as obrigações trabalhistas e previdenciárias foram calculadas e identificadas corretamente e liquidadas posteriormente.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

9.1 Obtenha uma composição dos salários e obrigações a pagar, some e confira com a folha mestra.

9.2 Obtenha a folha resumo de pagamento e efetue os recálculos dos encargos sociais e confira com o razão.

9.3 Verifique se os salários e os encargos sociais foram liquidados no período subsequente.

9.4 Obtenha relação individual de funcionários e efetue testes de recálculo das provisões de férias e 13º salário e confronte os valores provisionados na folha de pagamento.

9.5 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

10 Patrimônio LíquidoObjetivo: Determinar se todas as obrigações sociais e legais existentes no estatuto social foram cumpridas e determinar se o patrimônio líquido está corretamente classificado.

Page 159: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

149

10.1 Solicite o contrato social da empresa e verifique os valores e participação de cada sócio e confirme com o saldo na folha mestra.

10.2 Confirme se o capital social foi integralizado.

10.3 Confronte o valor do lucro líquido do período na conta de resultado com o balanço patrimonial na conta lucros ou prejuízos acumulado e cruze com a folha mestra.

10.4 Verifique se os lucros foram distribuídos em concordância com os estatutos sociais.

10.5 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

11 Receitas, Custos e DespesasObjetivo: Determinar se todas as receitas, custos e despesas atribuídos ao período estão devidamente comprovados e contabilizados; estão corretamente contrapostos às receitas devidas e corretamente classificados nas demonstrações contábeis.

11.1 Resultado Operacional Bruto11.1.1 Obtenha uma composição analítica

dos períodos acumulados das vendas, recalcule os impostos incidentes sobre as vendas e o custo total conforme quantidade vendida e determine a margem bruta operacional.

11.1.2 Some, confirme e confronte os saldos da composição analítica com a folha mestra.

11.1.3 Confronte as quantidades vendidas com as quantidades de mercadorias saídas de estoque para custo das vendas.

11.1.4 Observe se as notas fiscais de vendas deixaram de ser contabilizadas.

Page 160: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

150

11.1.5 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

11.2 Receitas Financeiras11.2.1 Verifique os cálculos dos rendimentos,

as taxas de juros e a documentação suporte, para as aplicações financeiras.

11.2.2 Verifique a data de vencimento com a data do pagamento e seus respectivos cálculos das receitas provenientes de juros e/ou multa de mora pagos pelos clientes.

11.2.3 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

11.3 Despesas Financeiras

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

11.3.1 Obtenha o demonstrativo analítico das despesas financeiras, some e confronte com as referências aplicáveis às contas patrimoniais e confronte com a folha mestra.

11.3.2 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

11.4 Despesas Operacionais11.4.1 Obtenha o razão analítico e analise as

contas não examinadas e determine a necessidade de exame documental da despesa.

11.4.2 Verifique se as despesas foram classificadas adequadamente.

11.4.3 Enumere as divergências encontradas em papel de trabalho específico e faça os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações quando necessários.

12 Geral12.1 Revise seu trabalho, verificando

se este contém todas as evidências necessárias e se todos os objetivos de auditoria foram cumpridos.

Page 161: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

151

12.2 Prepare e envie aos diretores da empresa a carta de responsabilidade da administração para assinatura.

12.3 Revisão do gerente de auditoria.13 Encerramento do Trabalho

13.1 Finalize o relatório de divergências conforme pontos de recomendação e discuta com o cliente quanto ao relatório de divergências apuradas no transcorrer do trabalho.

13.2 Discuta com o cliente quanto aos lançamentos de ajustes e/ou reclassificações apurados no transcorrer do trabalho.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Tempo Estimado

Data da Realização

REF. do PT

13.3 Conferência e recálculo do Imposto de Renda após Lançamento de Ajustes e/ou Reclassificações.

13.4 Emissão do Relatório do Auditor Independente.

Empresa Modelo de Auditoria

Preparado por:Revisado por:

FONTE: Os autores

Caro(a) acadêmico(a)! Você poderá observar que este roteiro de procedimentos de auditoria abrange a maioria das contas do balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício (DRE), com alguns procedimentos básicos para serem executados. Lembre-se de que este roteiro você pode e deve alterar de acordo com a sua necessidade! Você pode alterar/incluir/excluir procedimentos, renomear contas e/ou incluir novos grupos.

No modelo “Anexo 1 – Procedimentos de Auditoria”, que estará disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), estão estruturados em quatro colunas, sendo que a primeira descreve todos os procedimentos de auditoria que devem ser seguidos pelo auditor. A segunda coluna destina-se para o auditor anotar o tempo em horas gasto com aquele procedimento. Na terceira coluna o auditor anota o dia em que executou o procedimento, e na última coluna registram-se as referências, fazendo a amarração, anotando o número do papel de trabalho e a simbologia para indicação dos exames realizados.

ATENCAO

Page 162: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

152

Para melhor entendimento, observe que, inicialmente, na descrição dos procedimentos de auditoria, você realiza um “Trabalho Preliminar”, em que deve organizar e preparar a sua estrutura de trabalho, como solicitar uma relação dos documentos necessários para a execução da auditoria, as demonstrações contábeis no período base e preparação da folha mestra.

Em seguida, o auditor executa os principais procedimentos para as principais contas do Balanço Patrimonial e DRE levantadas e registradas na folha mestra.

Para finalizar os procedimentos, o auditor fará a revisão do seu trabalho e a finalização do relatório de divergência, para que o gerente da auditoria faça a revisão dos trabalhos do auditor.

O encerramento dos trabalhos se dá com a discussão do Relatório de Divergências Encontradas e os Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações em conjunto com o cliente e, após seu entendimento e aceite, é feita a revisão do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O último ato se dá pela emissão do Relatório do Auditor Independente, conforme suas conclusões técnicas a respeito do seu entendimento em relação ao que examinou nas demonstrações contábeis da empresa.

Esse fluxo do processo de auditoria será mais bem detalhado na fase de “EXECUÇÃO DE AUDITORIA” e fase de “CONCLUSÃO DE AUDITORIA”, que serão relatadas nos tópicos seguintes.

Vamos finalizar a fase “INICIAL DA AUDITORIA” com a elaboração do contrato de prestação de serviços de auditoria, conforme veremos a seguir.

4 CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE AUDITORIA

As Normas Profissionais do Auditor Independente (NBC P) tratam de assuntos relativos à pessoa do auditor: competência técnico-profissional,

Releia e analise novamente o Caderno de Auditoria, no que se refere aos programas e procedimentos de auditoria nas principais contas das demonstrações contábeis.

IMPORTANTE

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TÓPICO 2 | FASE INICIAL DA AUDITORIA

153

Veja no caderno de Auditoria Contábil, ou baixe no site www.CFC.org.br, a norma NBC P 1 na íntegra, e leia o item 1.4, referente às normas para o auditor em relação aos honorários. Acesse o site do Conselho Federal de Contabilidade, faça download e leia, para complementar seus estudos, a norma NBC PA 290, que trata da independência dos trabalhos de auditoria, mas leia especificamente sobre o tratamento de cobrança dos honorários.

IMPORTANTE

independência, responsabilidade na execução dos trabalhos, guarda de documentação, sigilo, entre outras.

A NBC P 1 estabelece o comportamento do auditor independente em relação aos fatores que deve considerar na avaliação dos seus serviços e documentação, honorários devidamente registrados e outras informações necessárias na carta-proposta de auditoria.

O modelo que você, caro(a) acadêmico(a), vai utilizar para elaborar a carta-proposta de auditoria é o mesmo que está disponível no caderno de Auditoria 1, Unidade 2, referente ao Tópico 1. Contudo, para facilitar seus trabalhos, estamos disponibilizando no ambiente o modelo aqui apresentado, denominado de Modelo “Anexo 3 – Contrato de Prestação de Serviços.doc”.

Devem ser preenchidas todas as informações com lacunas ou com descrição que sugerem alterações, como, por exemplo, “nome da contratada” ou “nome da contratante”.

Esta etapa visa documentar e oficializar a proposta de auditoria independente. Depois de concluída, você poderá colocar em prática todo o planejamento necessário para atingir seu objeto de auditoria, que é analisar as demonstrações contábeis para emissão do Relatório do Auditor Independente.

Fique atento(a)! O contrato de prestação de serviços de auditoria é uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

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154

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155

TÓPICO 3

FASE DE EXECUÇÃO DA

AUDITORIA

UNIDADE 4

1 INTRODUÇÃO

Neste tópico serão abordados todos os aspectos relacionados ao trabalho executado pela auditoria independente, cujos documentos representam as provas evidenciadas e fundamentam seu parecer sobre as demonstrações contábeis analisadas. Também será neste tópico que discutiremos a elaboração da carta de responsabilidade da administração para efeitos de responsabilidade pelas informações e dados das demonstrações contábeis da empresa.

Todas as orientações devem ser complementadas com o uso do material da disciplina de Auditoria Contábil, pois auxiliará no desenvolvimento desta etapa, que resultará na elaboração do Relatório Final de Estágio: Auditoria Independente e Análise das Demonstrações Contábeis.

Para a elaboração deste trabalho será necessário explicitar e rever alguns conceitos estudados no Caderno de Estudos de Auditoria Contábil, relativos à codificação e às indicações dos exames dos papéis de trabalho e, até mesmo, sugerir um modelo para facilitar o entendimento e desenvolvimento de suas atividades deste livro de estudos.

Como forma de apoiar o desenvolvimento desta etapa, também se recomenda a releitura dos cadernos de estudos de:

• Contabilidade Intermediária, para subsidiar seus estudos em relação aos cálculos da depreciação, operações com fornecedores, operação e contabilização

Caro(a) acadêmico(a)! Nesta etapa do seu estágio você já está em campo, executando os trabalhos que preparou na fase inicial. O zelo pelos papéis de trabalho é requisito fundamental para um bom auditor. Busque as evidências e registre-as nos papéis de trabalho, utilize-se dos tiques de auditoria e demais simbologias indicativas dos exames e as codificações de auditoria.

IMPORTANTE

Page 166: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

156

de obrigações tributárias, trabalhistas e previdenciárias, constituição das provisões, operações com patrimônio líquido e reservas;

• Contabilidade Comercial, para subsidiar seus estudos em relação aos impostos ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS e em relação às operações de juros e descontos, bem como sobre o inventário permanente de estoques;

• Contabilidade Tributária, para subsidiar seus estudos em relação às formas de tributação do lucro para apurar o lRPJ e CSLL.

Vamos agora enumerar todos os procedimentos a serem desenvolvidos na Fase Execução da Auditoria, que o(a) capacitarão a preparar todos os materiais necessários da segunda entrega.

2 PAPEL DE TRABALHO: CODIFICAÇÃO E INDICAÇÕES DOS EXAMES REALIZADOS

Como você aprendeu em Auditoria Contábil, os papéis de trabalho representam a alma do auditor. Attie (1998, p. 156) refere-se aos papéis de trabalho como sendo “[...] um conjunto de formulários e documentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações; constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento da sua opinião”.

Por se tratar de documento pessoal em que o auditor fundamentou suas conclusões, a propriedade é sua, mesmo que se trate de documentos da empresa, contudo possuem caráter confidencial.

Este papel de trabalho, que você deverá produzir referente ao exame das demonstrações contábeis, deve ser um papel que contenha início, meio e fim, ou seja, precisa ser completo, dando sentido ao trabalho realizado. Os documentos devem ser claros, objetivos e com um encadeamento lógico que possibilite o entendimento de qualquer leigo no assunto.

Conforme Attie (1998), vários documentos podem se tornar papéis de trabalho, como, por exemplo:

• lançamentos de ajustes e/ou reclassificações;• pontos para recomendação;• memorandos;• balancetes de trabalhos;• análises;• conciliação; e• programas de auditoria.

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

157

2.1 A CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO

Caro(a) acadêmico(a)! Também é importante notar que a elaboração do papel de trabalho pelo auditor requer certa padronização nos documentos, como, por exemplo:

a) Os papéis de trabalho sempre vêm acompanhados da sigla “PT” (Papel de Trabalho) ou da sigla “WP”, que significa o termo em inglês Work Paper.

b) Informações do nome da empresa, data-base do exame e a área que está sendo examinada devem ser anotadas na parte superior do PT.

c) Não devem ser feitas anotações do verso do PT.

d) A identificação dos números (codificações) do PT deve ser indicada na parte superior.

e) Os tiques ou símbolos são anotados ao lado do número auditado e devem ser explicitados na parte inferior do PT.

Seria lógico concluir que, com todo esse cuidado e zelo pelo papel de trabalho, o auditor deva ter um método prático e eficiente de organizar esta documentação. Neste contexto, a sua organização envolve uma codificação destes papéis, bem como uma clara referência do exame realizado e observações relevantes, o que denominamos de indicação dos exames realizados.

A respeito dos modelos de papéis de trabalho, veremos alguns a seguir. Mas vale lembrar que você teve acesso a muitos modelos de papéis de trabalho à sua disposição, no material que se refere a disciplina de Auditoria Contábil.

Não existe uma regra ou padronização do sistema de referência ou codificação dos papéis de trabalho; cabe, sim, a cada auditor ou à própria empresa de auditoria, definir os parâmetros de codificação.

IMPORTANTE

IMPORTANTE

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

158

Por convenção, os papéis de trabalho normalmente recebem codificações com letras maiúsculas, obedecendo à sequência lógica e racional que devem representar um conjunto de papéis que comprovam o serviço executado.

A seguir sugerimos uma forma de codificação:

QUADRO 7 – CODIFICAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO

BT BALANCETE DE TRABALHO - FOLHA MESTRA BTA BALANCETE DE TRABALHO - ATIVOA DISPONIBILIDADESC ESTOQUESF IMOBILIZADOBTP BALANCETE DE TRABALHO - PASSIVOAA OBRIGAÇÕES FINANCEIRASBB FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOSCC CONTAS A PAGAREE OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIASHH OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIASSS PATRIMÔNIO LÍQUIDOBTL BALANCETE DE TRABALHO – LUCRO LÍQUIDODR10.1 RECEITA BRUTA DE VENDASDR10.2 IMPOSTOS S/ VENDASDR10.3 CUSTOS DAS VENDASDR10 RESULTADO OPERACIONAL BRUTODR40 DESPESAS COM. E ADMINISTRATIVASDR50 DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRASDR80 IMPOSTOS S/ LUCRO

FONTE: Os autores

Como se pode observar, a codificação proporciona uma indexação por tipo de assunto examinado, contudo os exames específicos efetuados em cada área devem ser indexados, conforme se demonstra a seguir:

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

159

QUADRO 8 – INDEXAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO

BT Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT Lançamentos de Ajustes e/ou reclassificação2-BT Pontos de recomendaçãoBTA Balanço de Trabalho - AtivoA DisponibilidadesA10 CaixaA10-1 Contagem do CaixaA20 Bancos Conta MovimentoA20-1 Conciliação BancáriaA20-2 Carta de Confirmação de Saldos Bancários

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

No exemplo exposto, vimos que o PT A – Disponibilidade foi detalhado em um programa de auditoria de caixa denominado de PT A10, e este foi detalhado em um procedimento de contagem física do caixa denominado de PT A10-1.

Note que a subsidiária do papel A – Disponível recebeu o número sequencial 10, ou seja, A10, contudo a sua subsidiária contagem de caixa recebe um hífen precedido no número sequencial 1, isto quer dizer A10-1. Essa estrutura permite criar e manter organizadamente uma enorme quantidade de jogos de papéis referentes àquele trabalho de auditoria.

Perceba também que, toda vez que nossos papéis de trabalho se referirem a “Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações”, ou ainda, de “Pontos de Recomendação”, serão precedidos respectivamente dos números 1 e 2, seguidos da sigla correspondente a “BT”, que significa Balancete de Trabalho da folha mestra.

Isto acontece porque os ajustes e as recomendações serão agrupados em um único papel de trabalho. Contudo, em cada recomendação ou ajuste será anotada a referência do PT que originou o ponto.

Aconselha-se utilizar, para os papéis de trabalho subsidiários, uma numeração entre uma conta e outra de pelo menos 10 posições. Por exemplo, para o disponível seria: A10 – Caixa, A20 – Bancos Conta Movimento e A30 – Aplicações financeiras de curto prazo. Para Contas a Receber poderia ser B10 – Duplicatas a receber, B20 – Duplicatas descontadas e B30 – Provisão para devedores duvidosos, e assim por diante.

DICAS

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

160

O papel de trabalho que resume ou sintetiza todos os trabalhos de auditoria denomina-se “Folha Mestra”, e as demais decompostas em vários níveis denominam-se “Subsidiárias”, pois detalham os procedimentos que subsidiam as conclusões do auditor.

As folhas mestras devem conter:

a) título dos grupos ou subgrupos de contas das demonstrações contábeis;

b) os saldos finais do exercício anterior;

c) os saldos não auditados do período;

d) espaço para os ajustes e/ou reclassificações; e

e) os saldos auditados do período referenciados no resumo das folhas mestras.

Neste caso, a folha mestra que se denomina papel de trabalho BT (Balancete de Trabalho) será o papel inicial que indexará os demais papéis. Ao avançarmos no tópico será demonstrada passo a passo a estrutura dos papéis de trabalho em cada conta analisada, portanto, procure neste momento compreender como você deve fazer as amarrações dos papéis.

Perceba que a mestra pode ser subdividida em Balancete de Trabalho – Ativo (BTA), Balancete de Trabalho – Passivo (BTP) e Balancete de Trabalho – Lucro Líquido (BTL).

A seguir, um exemplo de Balancete de Trabalho utilizado como folha mestra.

Caro(a) acadêmico(a)! Se preferir, poderá usar a codificação e amarração dos papéis de trabalho demonstradas no Caderno de Auditoria Contábil.

IMPORTANTE

Page 171: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

161

QUADRO 9 – MODELO DE FOLHA MESTRA

FONTE: Os autores

As informações que subsidiam a folha mestra são extraídas do balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício, logo a folha mestra trata da abertura do trabalho de auditoria e serve de ponto de partida para as amarrações dos papéis de trabalho subsidiários. A essas amarrações entre os papéis de trabalhos denomina-se referências cruzadas.

Conforme Attie (1998), “[...] as referências cruzadas proporcionam adequada amarração dos papéis de trabalho, evidenciando onde os trabalhos foram realizados ou os valores examinados, sejam em uma mesma área ou que tenham influências em outras áreas de trabalho.”

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

162

2.2 A INDICAÇÃO DOS EXAMES REALIZADOS NOS PAPÉIS DE TRABALHO

Todo trabalho praticado pelo auditor necessita evidenciar a origem que comprove que conferiu determinado valor com um documento.

É importante destacar que a indicação dos exames deve sempre ser feita em outra cor, que proporcione uma diferenciação visual, normalmente utiliza-se o vermelho como padrão.

FIGURA 1 – LAPISEIRA DO AUDITOR

FONTE: Disponível em: <www.ravil.com.br>. Acesso em: 24 jul. 2011.

Desta forma, o auditor registra no papel de trabalho anotações e/ou símbolos, que confirmam o trabalho realizado. Isto se denomina indicação dos exames de auditoria, que pode ser, segundo Attie (1998), através de tiques, letras ou notas explicativas.

Os tiques são símbolos indicativos realizados pelo auditor que transmitem, de forma sintetizada, que um determinado exame foi executado. Normalmente,

Você sabia? O auditor utiliza uma lapiseira especial denominada “lapiseira do auditor”! Observando a figura a seguir, pode-se constatar que esta lapiseira possui duas pontas, sendo uma com grafite preto e a outra com grafite vermelho, para fazer as indicações dos exames.

NOTA

Contudo, para a confirmação de que os exames foram realizados utiliza-se a técnica da indicação dos exames nos papéis de trabalhos.

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

163

são utilizados para indicar conferências de valores, cujas explicações para o símbolo são descritas na parte inferior do papel de trabalho.

Novamente destacamos que não existe um padrão de simbologia para os tiques de auditoria, pois se trata de sinais peculiares do auditor que os executou. Contudo, convencionaram-se alguns tiques mais utilizados, que podem ser vistos no material de Auditoria Contábil.

Exemplos de tiques de auditoria criados a partir do aplicativo Word.

QUADRO 10 – MODELOS DE TIQUES DE AUDITORIA

¥ Conferimos com documento suporte€ Totalizado∞ Conferimos com nossos papéis de trabalho± Soma conferida≠ Conferimos com PT anterior¢ Conferimos com o razãoµ Conferimos com a folha mestra Calculado Confere com o contrato£ Conforme notas fiscais examinadas

FONTE: Os autores

As letras explicativas são simbologias usadas pelo auditor para explicar com mais detalhes determinado fato, do que apenas uma simples conferência. Normalmente são usadas letras do alfabeto, minúsculas, dentro de um círculo, ao lado do item examinado, e repetido na parte inferior do papel de trabalho, com a descrição da sua observação.

Você pode definir seus tiques de auditoria no próprio aplicativo Word. Basta acessar a opção do menu “Inserir – Símbolos” e selecionar os de seu agrado e indicar seus significados.

DICAS

Page 174: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

164

FIGURA 2 – MODELO DE INDICAÇÕES DE EXAME POR LETRAS EXPLICATIVAS

FONTE: Os autores

Como no exemplo da figura, o uso de letras explicativas como indicação de exames de auditoria será necessário no momento em que o auditor necessitar explicar alguma exceção, adicionando informações constatadas durante seu exame.

Outra simbologia utilizada pelo auditor para indicar seus exames são as “notas explicativas”, que representam adição de informações constatadas em seus exames, mas que possuem sentido de ordem geral.

FIGURA 3 – MODELO DE INDICAÇÕES DE EXAME POR NOTAS EXPLICATIVAS

FONTE: Os autores

Page 175: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

165

A indicação dos exames de auditoria nos papéis de trabalho, nas formas relatadas neste caderno, representa um importante mecanismo, que propicia ao auditor executar seu trabalho com qualidade e eficiência.

3 MODELOS PARA ELABORAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO

No tópico anterior vimos que, na fase inicial da Auditoria, o auditor deve preparar, com base nas informações coletadas com o cliente, o planejamento das horas, os procedimentos de auditoria que serão utilizados e a elaboração do contrato de prestação de serviços de auditoria.

Antes de qualquer coisa, é bom explicitar que uma boa organização pode resultar em um trabalho com maior qualidade durante sua execução.

O primeiro passo é solicitar à empresa auditada os documentos necessários para realizar seus trabalhos. O auditor deve solicitar isto por escrito, em uma relação de documentos, com clara identificação do que se pede.

A seguir demonstraremos um modelo de relação de documentos solicitados que pode ser utilizado em seu trabalho. A documentação a ser exigida, contudo, dependerá do que o auditor vai solicitar em virtude da extensão dos seus trabalhos.

Caro(a) acadêmico(a)! Agora que revimos alguns conceitos estudados na disciplina de Auditoria Contábil, você poderá realizar a auditoria da empresa do seu trabalho de estágio.

Fique atento(a)! Os papéis de trabalho são uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

ATENCAO

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QUADRO 11 – MODELO DE RELAÇÃO DE DOCUMENTOS SOLICITADOS

FONTE: Os autores

O formulário de solicitação de documentos também tem a finalidade de controle, pois, a cada documento entregue pela empresa, o auditor deve registrar a data do recebimento e seu status, para posterior cobrança pela falta da entrega.

Uma vez recebidas as demonstrações contábeis e o auditor ter elaborado a folha mestra com estas informações, poderá iniciar os exames conforme os procedimentos de auditoria programados.

O objetivo deste tópico é propor um conjunto de papéis de trabalho que o acadêmico possa utilizar como referência básica para realização do seu exame nas demonstrações contábeis da empresa a ser auditada.

IMPORTANTE

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

167

3.1 PAPEL DE TRABALHO DE LANÇAMENTO DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÃO – “PT 1-BT”

Este papel de trabalho tem por objetivo registrar todas as correções de lançamentos contábeis incorretos (reclassificação) ou erros de cálculos que afetem as demonstrações contábeis e necessitem de ajustes. Utiliza-se então um papel de trabalho para registrar de forma resumida os lançamentos contábeis, conforme se demonstra a seguir.

QUADRO 12 – MODELO DE PT 1-BT LANÇAMENTOS DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÃO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) Após efetuar a indicação de exame com o uso de letras no papel de trabalho subsidiário, faça a amarração registrando o lançamento de ajuste no PT 1-BT.

b) Para cada lançamento deve-se informar a conta débito e conta crédito, com lançamento dos valores de ajuste correspondente e histórico do registro.

c) Registrar numeração sequencial para cada ajuste e/ou reclassificação.

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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No final dos trabalhos, todas as anotações feitas neste papel de trabalho deverão ser discutidas com o cliente, uma vez que implicarão ajustes nas demonstrações contábeis.

3.2 PAPEL DE TRABALHO DE PONTOS DE RECOMENDAÇÃO – “PT 2-BT”

Este papel de trabalho tem por objetivo documentar as divergências encontradas sob exame das demonstrações contábeis em seus procedimentos internos que impactem em fragilidade.

Os pontos de recomendação são importantes para compor o relatório das divergências encontradas, sendo esta uma das atividades da fase de finalização da auditoria.

QUADRO 13 – MODELO DE PT 2-BT PONTOS DE RECOMENDAÇÃO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) ao identificar uma divergência durante o exame, relate o número sequencial de controle;

b) na coluna referência faça a amarração ao papel de trabalho subsidiário;

c) na coluna ponto observado, indique a constatação de divergência observada em seu exame;

d) na coluna possível consequência, identifique a possível causa da divergência; e

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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e) na coluna recomendação, faça sugestão de melhoria em face dessa divergência.

Da mesma forma que o papel de Lançamento de ajustes e/ou reclassificações, este papel de trabalho deve ser discutido com o cliente; contudo, antes se deve preparar um relatório de divergências suscitando todos os aspectos de problemas encontrados durante os exames de auditoria.

3.3 PAPÉIS DE TRABALHO EM DISPONIBILIDADES – “PT A”

Conforme descrito nos procedimentos, o objetivo da auditoria em disponibilidade será de determinar a existência das disponibilidades, se estão corretamente descritas e classificadas e se as divulgações cabíveis foram feitas no balanço ou notas explicativas.

Logo, será necessário efetuar uma análise das movimentações do caixa e a contagem física e análise documental em trânsito.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 14 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DO DISPONÍVEL

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou reclassificação2-BT - Pontos de recomendaçãoBTA - Balancete de Trabalho - AtivoA - DisponibilidadesA10 - CaixaA10-1 - Análise do caixaA10-2 - Conferência do caixa

FONTE: Os autores

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FIGURA 4 – MODELO PT A10-1 ANÁLISE DA CONTA CAIXA

FONTE: Os autores

Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) Faça a composição dos documentos de caixa que originaram as entradas e saídas, relacionando-as nas colunas correspondentes, bem como a data e histórico do documento.

b) Totalize e faça indicação do exame referente ao total das entradas e saídas.

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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c) Faça a amarração com os papéis subsidiários indicando de onde o saldo foi conferido.

d) Faça a indicação de exame para conferência do saldo inicial e final com o livro diário.

FIGURA 5 – MODELO PT A10-2 CONFERÊNCIA DO CAIXA

FONTE: Os autores

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) simule uma auditoria no caixa da empresa, identificando documentos e valores em espécie encontrados;

b) preencha o recibo-devolução e peça ao responsável pelo caixa que assine o documento;

c) faça a indicação dos exames de inspeção física, totalização e conferência com boletim de caixa.

3.4 PAPÉIS DE TRABALHO EM ESTOQUES (PT C)

O objetivo de uma auditoria em estoques, em nosso modelo, visa identificar se os valores apresentados no balanço representam as quantidades físicas de produtos estocadas em armazéns da empresa, de terceiros ou em trânsito.

Uma auditoria no estoque poderia implicar uma série de procedimentos, como, por exemplo, citado por Attie (1998):

a) segregação de funções entre a guarda física e a contabilização;

b) compras com autorização por alçada;

c) pesquisa e orçamentação de compras documentada;

d) utilização de requisição para materiais de produção;

e) apontamento de horas de produção;

f) controle permanente dos estoques;

g) contagem e conciliação permanente dos estoques; entre outros.

Como nosso modelo tem finalidade didático-pedagógica, o que se propõe é uma análise documental da movimentação do estoque, conforme método utilizado pela empresa auditada e confirmação de saldos.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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QUADRO 15 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DO ESTOQUE

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou reclassificação2-BT - Pontos de recomendaçãoBTA - Balancete de Trabalho - AtivoC - EstoquesC10 - Estoques de produtos acabadosC10-1 - Análise de estoqueC10-2 - Análise do custo unitário do estoque

FONTE: Os autores

FIGURA 6 – MODELO PT C10-1 ANÁLISE DA CONTA ESTOQUE

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FONTE: Os autores

Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) Faça o registro no papel de trabalho de todas as notas fiscais de entrada e saída de mercadorias do estoque, a valores de custo, indicando data, número do documento fiscal, valor unitário, quantidade e valor total.

b) Totalize e verifique a movimentação e indique em seus exames se o saldo confere com o saldo da folha mestra.

FIGURA 7 – MODELO PT C10-2 ANÁLISE DO CUSTO UNITÁRIO DE ESTOQUE

FONTE: Os autores

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) Com base nas notas fiscais de entradas contabilizadas, registre e calcule o custo unitário por produto, evidenciando o produto, número do documento fiscal, quantidade de valor total do produto.

b) Após conferir os cálculos e confirmar o valor unitário do produto, faça a indicação de conferência do exame.

3.5 PAPÉIS DE TRABALHO EM IMOBILIZADO (PT F)

A auditoria em imobilizado objetiva constatar a existência física e propriedade dos bens. Também busca analisar se os métodos de avaliação são adequados e se os cálculos da depreciação do período estão corretos.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

Caro(a) acadêmico(a)! O papel de trabalho C10-2 foi feito considerando que a atividade está no regime de tributação pelo lucro real e enquadrada pela legislação do Imposto de Renda. Está sujeita ao recolhimento do PIS e COFINS não cumulativo e as compras de mercadorias podem ser abatidas. A este respeito, você deve observar a forma de enquadramento da empresa auditada e, neste caso, este papel de trabalho deverá ser adaptado. Conforme consta no site da Receita Federal do Brasil (RFB), são as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias. Ressalvadas, quanto ao PIS/PASEP, as pessoas jurídicas relacionadas no Art. 13 da MP nº 2.158-35, de 2001, que estão sujeitas ao PIS/PASEP - Folha de Salários, sendo isenta a COFINS, nesses casos, quanto às receitas relativas às atividades próprias daquelas entidades (Lei Complementar nº 70, de 1991, Art. 1º; Lei nº 9.715, de 1998, Art. 2º, I; Lei nº 9.718, de 1998, Art. 2º; Lei nº 10.637, de 2002, Art. 4º c/c Art. 1º; Lei nº 10.833, de 2003, Art. 5º c/c Art. 1º; MP nº 2.158-35, de 2001, Art. 14, §§ 1º e 2º).

IMPORTANTE

QUADRO 16 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DO IMOBILIZADO

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou reclassificação2-BT - Pontos de recomendaçãoBTA - Balancete de Trabalho - AtivoF - ImobilizadoF10 - Bens em operaçãoF10-1 - Análise do imobilizadoF10-2 - Cálculo global da depreciação

FONTE: Os autores

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FIGURA 8 – MODELO PT F10-1 ANÁLISE DO IMOBILIZADO

FONTE: Os autores

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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Neste papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) faça uma relação das adições patrimoniais no período com base na análise documental (notas fiscais, controles internos etc.);

b) confirme que todos os bens adquiridos são de propriedade da empresa e faça indicação dos exames no papel de trabalho;

c) confira os saldos com a folha mestra;

d) relacione os bens e anote as taxas de depreciação definidas no RIR/99 - Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99);

e) efetue os cálculos, confira os saldos e faça a indicação dos exames;

f) preencha a composição dos saldos do imobilizado e faça a indicação dos exames.

3.6 PAPÉIS DE TRABALHO EM FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS (PT AA)

A auditoria em Fornecedores de Bens e Serviços tem como objetivo verificar se as exigibilidades estão classificadas contabilmente de forma correta e se de fato pertencem à empresa.

Neste modelo didático-pedagógico, o conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 17 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DE FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificação2-BT - Pontos de recomendaçãoBTP - Balancete de Trabalho - PassivoAA - Fornecedores de Bens e ServiçosAA10 - Análise dos Fornecedores de Bens e ServiçosAA10-1 - Metal G. IluminaçãoAA10-1.1 - Carta de confirmação de saldoAA10-2 - Alumetal Ltda.AA10-2.1 - Carta de confirmação de saldo

FONTE: Os autores

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FIGURA 9 – MODELO PT AA10 ANÁLISE DO FORNECEDOR DE BENS E SERVIÇOS

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) faça uma relação com as notas fiscais de entrada, registrando em colunas a data de emissão, número da nota fiscal, número da duplicata do fornecedor,

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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um campo para a indexação do papel de trabalho, valor, vencimento e data de pagamento;

b) totalize e faça a composição dos saldos;

c) confira o saldo com a folha mestra e faça a indicação do exame;

d) confirme a liquidação subsequente das duplicatas e faça a indicação do exame;

e) faça a indexação com os papéis de confirmação dos saldos em aberto.

3.6.1 Pedido de confirmação

A confirmação é um dos procedimentos de auditoria e resulta na declaração formal, imparcial, garantindo a independência das informações obtidas de fontes externas.

Conforme Attie (1998), existem dois tipos de confirmação: positivo e negativo. O pedido de confirmação positivo é utilizado na intenção de se obter uma confirmação formal trazendo mais subsídios, visto que se obtém a evidência com base na resposta formal. Este pedido ainda pode ser utilizado de duas formas: branco e preto.

Em pedido de confirmação positivo branco não se colocam valores para confirmação na data-base, enquanto no pedido de confirmação positivo preto são declarados os valores a serem confirmados na data-base.

Pedido de confirmação negativo é utilizado somente quando houver a necessidade de resposta em discordância com as informações existentes em determinada data-base.

Demonstram-se a seguir os modelos para esclarecimentos.

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FIGURA 10 – MODELO DE PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO POSITIVO - BRANCO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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FIGURA 11 – MODELO DE PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO POSITIVO - PRETO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

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FIGURA 12 – MODELO DE PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO NEGATIVO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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Depois de selecionados os fornecedores que terão seus saldos confirmados por pessoas externas à entidade auditada, deve-se ater-se ao controle efetivo do envio dos pedidos de confirmação e o recebimento da resposta.

FIGURA 13 – MODELO DE RESPOSTA DE PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Caro(a) acadêmico(a)! O auditor deve determinar o tipo de confirmação necessária, contudo, pode-se valer de ambos os tipos de confirmação.

IMPORTANTE

Page 194: Diretrizes Práticas contábeis estágio

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Com relação às respostas recebidas, elas devem ser analisadas criteriosamente. Eis que as informações provenientes de fontes externas podem revelar problemas de várias formas, como desvios, apropriações indébitas, valores fictícios, entre outros.

3.7 PAPÉIS DE TRABALHO EM CONTAS A PAGAR (PT BB)

A auditoria em Contas a Pagar tem por objetivo verificar se as contas a pagar são reais e devidas para a empresa, se estão corretamente classificadas e demonstradas.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 18 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DE CONTAS A PAGAR

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificação2-BT - Pontos de RecomendaçãoBTP - Balancete de Trabalho - PassivoBB - Contas a PagarBB10 - Análise de Contas a Pagar

FONTE: Os autores

Caro(a) acadêmico(a)! Você deverá preparar a carta de pedido de confirmação conforme modelo que julgar necessário, e a resposta do pedido de confirmação dos fornecedores relacionados no papel de trabalho PT AA10, para anexar ao seu trabalho.

IMPORTANTE

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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FIGURA 14 – MODELO PT BB10-1 ANÁLISE DE CONTAS A PAGAR

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) Inicialmente faça um resumo de Contas a Pagar, registrando em colunas a data, nome do fornecedor, duplicata, valor, vencimento, data de pagamento, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame, e saldo.

b) Confirme os valores com as notas fiscais, totalize e faça a indicação do exame.

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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c) Verifique se os títulos em aberto foram liquidados após a data-base e faça a indicação do exame. Neste caso, você apenas simula que efetuou a checagem, pois didaticamente foram realizados apenas dois períodos (meses) e, portanto, não houve continuidade dos registros da empresa.

d) Confirme a liquidação das duplicatas e faça a indicação do exame.

e) Confira os saldos apurados com o saldo da folha mestra e faça a indicação do exame.

f) Faça a amarração do saldo final com sua folha mestra.

3.8 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (PT CC)

A auditoria em Obrigações Financeiras tem como objetivo averiguar se os saldos contábeis de empréstimos e financiamentos são reais e devidos pela empresa. Verifica ainda se há ativos dados em garantia e se estão devidamente demonstrados.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 19 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DE OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra

1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificação

2-BT - Pontos de recomendação

BTP - Balancete de Trabalho - Passivo

CC - Empréstimos e Financiamentos

CC10 - Banco de Crédito Financiatudo S.A.

FONTE: Os autores

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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FIGURA 15 – MODELO PT CC10 BANCO DE CRÉDITO FINANCIATUDO S.A.

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) faça uma análise do razão contábil e verifique a existência de obrigações financeiras;

b) elabore um resumo da movimentação no período base com as informações referentes à data da concessão do empréstimo, identificação, vigência, número de parcelas, qual sistema de amortização utilizado, taxa de juros, valor principal contratado, pagamentos, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame e saldo a pagar;

c) confirme as informações com o contrato e faça a indicação dos exames;

d) faça a amarração do PT com a sua subsidiária referente ao envio da carta de confirmação de empréstimos;

e) calcule a dívida com base nas informações confirmadas, totalize e faça a indicação dos exames;

f) confirme os valores de juros e saldo devedor com os avisos bancários e faça a indicação do exame.

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Este papel de trabalho só terá finalidade se houver financiamentos na empresa auditada. A validade das informações financeiras de obrigações deve ser confirmada através de carta de circularização, conforme sugestão de modelo demonstrado a seguir.

FIGURA 16 – MODELO DE CONFIRMAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

FONTE: Os autores

Para relembrar o cálculo do sistema de amortização você pode rever os conceitos no Caderno de Estudos da disciplina de Matemática Financeira.

DICAS

Page 199: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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FIGURA 17 – MODELO DE RESPOSTA DE CONFIRMAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Nestes dois modelos de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) elabore a carta para cada banco que estiver sendo analisado;

b) faça a carta-resposta à empresa de auditoria modelo com as informações para sua conferência e faça nela as indicações dos exames.

3.9 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS (PT EE)

A auditoria em obrigações tributárias tem como objetivo verificar se as obrigações estão calculadas, classificadas e demonstradas corretamente, se foram liquidadas e se não existem obrigações tributárias que não tenham sido registradas.

Nesta análise tributária é fundamental compreender a forma de tributação escolhida pela empresa e confirmar os cálculos efetuados. Para identificar possíveis falhas, verificar a liquidação subsequente.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 20 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DE OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou reclassificação2-BT - Pontos de recomendaçãoBTP - Balancete de Trabalho - PassivoEE - Obrigações tributáriasEE10 - ICMS a RecolherEE10-1 - Análise das contas tributárias - ICMSEE20 - PIS a RecolherEE20-1 - Análise das contas tributárias - PISEE30 - COFINS a RecolherEE30-1 - Análise das contas tributárias - COFINSEE40 - IRPJ a PagarEE40-1 - Análise das contas tributárias - IRPJ a PagarEE50 - CSLL a PagarEE50-1 - Análise das contas tributárias - CSLL a Pagar

FONTE: Os autores

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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3.9.1 Análise das contas tributárias - ICMS (PT EE10-1)

O ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é um imposto cuja competência pertence aos estados e ao Distrito Federal. Sua regulamentação constitucional está prevista por Lei Complementar nº 87/1996, alterada posteriormente pelas Leis Complementares nº 92/97, nº 99/99 e nº 102/2000.

FIGURA 18 – MODELO PT EE10-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRIBUTÁRIAS - ICMS

Para a auditoria no ICMS você deve verificar a regulamentação do seu estado conforme o tipo de negócio do contribuinte que você está auditando.

IMPORTANTE

Page 202: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) obtenha as notas fiscais de entrada e as notas de saídas, registre no papel de trabalho as informações: data, nota fiscal, base de cálculo, alíquota do ICMS, débito e crédito do imposto, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame, saldo;

b) depois de registradas as informações, confirme as informações do papel de trabalho com a indicação dos exames;

c) verifique as alíquotas do imposto do Estado e faça a indicação dos exames;

d) verifique as bases de cálculo e valor total da nota fiscal;

e) verifique na nota fiscal o cálculo do ICMS, quando houver IPI, se o mesmo integra ou não a base de cálculo, e faça indicação dos exames;

f) calcule os valores a débito e a crédito do imposto, confirme com a nota fiscal e faça a indicação do exame;

g) totalize e faça a indicação dos exames;

h) confirme os saldos com a folha mestra;

i) faça a amarração do PT com sua subsidiária.

Page 203: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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3.9.2 Análise das contas tributárias - PIS (PT EE20-1)

Como já foi dito, o papel de trabalho modelo foi embasado considerando que a empresa está enquadrada pelo regime de não cumulatividade para o PIS e COFINS. Portanto, caso a empresa auditada seja enquadrada pelo regime da cumulatividade, você deverá observar as alterações no papel de trabalho, inclusive a respeito das alíquotas.

Para o regime não cumulativo da COFINS são deduzidos, dos débitos apurados de cada contribuição, os créditos permitidos conforme legislação sobre o assunto. Desta forma, você deve verificar quais situações podem ser deduzidas.

FIGURA 19 – MODELO PT EE20-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRIBUTÁRIAS - PIS

Caro(a) acadêmico(a)! A seguir você verá modelos de papéis de trabalho voltados para verificação do PIS e COFINS pelo regime da não cumulatividade. Você deve, portanto, ficar atento(a) ao tipo de regime tributário enquadrado pela empresa auditada.

ATENCAO

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) obtenha as notas fiscais de entrada e as notas de saídas, registre no papel de trabalho as informações: data, nota fiscal, base de cálculo, alíquota do PIS, débito e crédito do imposto, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame, saldo;

b) depois de registradas as informações, confirme as informações do papel de trabalho com a indicação dos exames;

c) verifique a alíquota do imposto e faça a indicação dos exames;

d) verifique as bases de cálculo e valor total da nota fiscal;

e) calcule os valores a débito e a crédito do imposto, confirme com a nota fiscal e faça a indicação do exame;

f) totalize e faça a indicação dos exames;

g) confirme os saldos com a folha mestra;

h) faça a amarração do PT com sua subsidiária.

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TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

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3.9.3 Análise das contas tributárias – COFINS (PT EE30-1)

Para o regime não cumulativo da COFINS são deduzidos, dos débitos apurados de cada contribuição, os créditos permitidos conforme legislação sobre o assunto. Desta forma, você deve verificar quais situações podem ser deduzidas.

FIGURA 20 – MODELO PT EE30-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRIBUTÁRIAS - COFINS

FONTE: Os autores

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

196

3.9.4 Análise das contas tributárias – IRPJ a Pagar (PT EE40-1)

Os contribuintes para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) são as empresas jurídicas e individuais. A tributação oferecida pela legislação, seja por opção ou obrigação legal, é pelas formas do Simples, Lucro Presumido, Real e Arbitrado.

O modelo utilizado de tributação foi o lucro real cuja legislação é tratada pelos artigos 246 a 515 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99).

Caso a empresa auditada tenha como tributação qualquer uma das outras formas oferecidas, o papel de trabalho deverá ser adaptado para a forma de tributação utilizada.

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) obtenha as notas fiscais de entrada e as notas de saídas, registre no papel de trabalho as informações: data, nota fiscal, base de cálculo, alíquota da COFINS, débito e crédito do imposto, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame, saldo;

b) depois de registradas as informações, confirme as informações do papel de trabalho com a indicação dos exames;

c) verifique a alíquota do imposto e faça a indicação dos exames;

d) verifique as bases de cálculo e valor total da nota fiscal;

e) calcule os valores a débito e a crédito do imposto, confirme com a nota fiscal e faça a indicação do exame;

f) totalize e faça a indicação dos exames;

g) confirme os saldos com a folha mestra;

h) faça a amarração do PT com sua subsidiária.

Page 207: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

197

FIGURA 21 – MODELO PT EE40-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRIBUTÁRIAS – IRPJ A PAGAR

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) obtenha a base de cálculo mensal para o IRPJ e registre as informações do valor acumulado, alíquota de IRPJ, valor do IRPJ, alíquota adicional, valor adicional, valor pago, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame e imposto devido;

b) depois de registradas as informações, confirme as informações do papel de trabalho com a indicação dos exames;

c) verifique a alíquota do imposto, bases de cálculo e faça a indicação dos exames;

d) calcule os valores de imposto com o adicional, se devido, e faça a indicação do exame;

e) totalize e faça a indicação dos exames;

f) confirme os saldos com a folha mestra;

g) faça a amarração do PT com sua subsidiária.

Page 208: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

198

3.9.5 Análise das contas tributárias – CSLL a Pagar (PT EE50-1)

Instituída pela Lei nº 7.689/88, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é aplicada nos moldes de apuração e pagamento do IRPJ, como diferença apenas a base de cálculo e as alíquotas que estão previstas na legislação em vigor (Lei nº 8.981, de 1995, Art. 57).

Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá recolher a CSLL, na mesma opção escolhida para o IRPJ.

FIGURA 22 – MODELO PT EE50-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRIBUTÁRIAS – CSLL A PAGAR

Acadêmico(a)! Lembre-se de que a apuração com base no lucro real deve ser feita após as devidas adições e exclusões dos valores não aceitos pela legislação do Imposto de Renda, como, por exemplo, brindes, multas de trânsito, tributos não recolhidos e notificados pelos órgãos competentes, valores referentes a equivalências patrimoniais. Quando o valor do Lucro for ajustado por esses valores por meio do LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real), aplicam-se as alíquotas de 9% para a Contribuição Social, 15% para o Imposto de Renda e 10% para o adicional do Imposto de Renda. Deve-se atentar também que, para efetuar a apuração de cada mês, consideram-se sempre como base de cálculo os valores acumulados do início do período até o mês de cálculo, deduzindo-se depois os valores já recolhidos até o mês anterior.

IMPORTANTE

Page 209: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

199

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) obtenha a base de cálculo mensal para a CSLL e registre as informações do valor acumulado, alíquota de CSLL, valor da CSLL, valor pago, campo para amarração do papel e/ou indicação de exame e imposto devido;

b) depois de registradas as informações, confirme as informações do papel de trabalho com a indicação dos exames;

c) verifique a alíquota do imposto, bases de cálculo e faça a indicação dos exames;

d) totalize e faça a indicação dos exames;

e) confirme os saldos com a folha mestra;

f) faça a amarração do PT com sua subsidiária.

Para complementar seus estudos sobre créditos de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, você deve rever seu Caderno de Contabilidade Tributária.

NOTA

Page 210: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

200

3.10 Papéis de trabalho em obrigações trabalhistas e previdenciárias (PT HH)

Uma auditoria em contas trabalhistas e previdenciárias, em nosso modelo didático-pedagógico, tem como objetivo aproximar o(a) acadêmico(a) das atividades que envolvem as obrigações trabalhistas e previdenciárias, identificando se elas foram calculadas corretamente e liquidadas posteriormente.

Logicamente que uma auditoria trabalhista e previdenciária envolve muito mais atividades e processos de controles. Normalmente requer exames mais aprofundados sobre a integridade e confiabilidade dos controles internos da empresa, cujo objetivo é certificar-se de que as rotinas estão ou não em aderência com a legislação vigente, para evitar possíveis demandas judiciais e infrações trabalhistas.

Uma auditoria mais profunda envolveria a análise de contratos de trabalho e termos aditivos, jornada de trabalho, banco de horas, benefícios concedidos, recolhimento dos tributos com reflexo na folha de pagamento, medicina e segurança do trabalho, contratos de terceirização, políticas de remuneração, entre outros.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 21 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS DE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificação2-BT - Pontos de recomendaçãoBTP - Balancete de Trabalho - PassivoHH - Obrigações trabalhistas e previdenciáriasHH10 - Salários a pagarHH10-1 - Análise das contas trabalhistas e previdenciárias - Salários a pagarHH20 - Pró-labore a pagarHH20-1 - Análise das contas trabalhistas e previdenciárias - Pró-labore a pagarHH30 - Provisão para fériasHH30-1 - Análise das contas trabalhistas e previdenciárias - Prov. para fériasHH40 - Provisão para 13º SalárioHH40-1 - Análise das contas trabalhistas e previdenciárias - Prov. para 13º SalárioHH50 - INSS a pagarHH50-1 - Análise das contas trabalhistas e previdenciárias - INSS a pagarHH60 - FGTS a pagarHH60-1 - Análise das contas trabalhistas e previdenciárias - FGTS a pagar

FONTE: Os autores

Page 211: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

201

Seguem alguns modelos de papéis de trabalho para melhor compreensão do trabalho a ser realizado.

FIGURA 23 – MODELO PT HH10-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS – SALÁRIOS A PAGAR

FONTE: Os autores

Page 212: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

202

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) efetue os exames para os dois períodos em análise;

b) com base nos registros, relacione os colaboradores funcionários e anote o valor do salário-base;

c) confirme os valores das alíquotas dos impostos e faça a indicação dos exames;

d) efetue os cálculos do INSS parte empregado, parte empresa, FGTS, confira os valores com a folha de pagamento e faça a indicação dos exames;

e) faça a amarração do PT com suas subsidiárias;

f) totalize e faça a indicação dos exames;

g) faça uma análise da movimentação no período em exame;

h) confirme os saldos com a folha mestra;

i) efetue o teste de liquidação subsequente dos valores em aberto e faça a indicação dos exames.

FIGURA 24 – MODELO PT HH20-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS – PRÓ-LABORE A PAGAR

Page 213: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

203

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) efetue os exames para os dois períodos em análise;

b) com base nos registros, relacione os diretores e anote o valor do pró-labore;

c) confirme os valores das alíquotas dos impostos e faça a indicação dos exames;

d) efetue os cálculos do INSS parte empregado, parte empresa, confira os valores com a folha de pagamento e faça a indicação dos exames;

e) faça a amarração do PT com suas subsidiárias;

f) totalize e faça a indicação dos exames;

g) faça uma análise da movimentação no período em exame;

h) confirme os saldos com a folha mestra;

i) efetue o teste de liquidação subsequente dos valores em aberto e faça a indicação dos exames.

Page 214: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

204

FIGURA 25 – MODELO PT HH30-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS – PROVISÃO PARA FÉRIAS

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) efetue os exames para os dois períodos em análise;

b) com base nos registros, relacione os colaboradores funcionários e anote o valor do salário-base;

c) confirme os valores das alíquotas dos impostos e faça a indicação dos exames;

Page 215: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

205

d) efetue os cálculos referentes à proporcionalidade e adicional, e os encargos sociais, confira os valores com a folha de pagamento e faça a indicação dos exames;

e) faça a amarração do PT com suas subsidiárias;

f) totalize e faça a indicação dos exames;

g) faça uma análise da movimentação no período em exame;

h) confirme os saldos com a folha mestra.

FIGURA 26 – MODELO PT HH40-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS – PROVISÃO PARA 13º SALÁRIO

Page 216: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

206

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) efetue os exames para os dois períodos em análise;

b) com base nos registros, relacione os colaboradores funcionários e anote o valor do salário-base;

c) confirme os valores das alíquotas dos impostos e faça a indicação dos exames;

d) efetue os cálculos referentes à proporcionalidade e os encargos sociais, confira os valores com a folha de pagamento e faça a indicação dos exames;

e) faça a amarração do PT com suas subsidiárias;

f) totalize e faça a indicação dos exames;

g) faça uma análise da movimentação no período em exame;

h) confirme os saldos com a folha mestra.

FIGURA 27 – MODELO PT HH50-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS – INSS A PAGAR

Page 217: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

207

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) efetue os exames para os dois períodos em análise;

b) consolide os valores de INSS dos empregados e diretores referentes à parte empresa e parte empregados, totalize e faça a indicação dos exames;

c) faça a amarração dos papéis de trabalho com o PT de origem;

d) faça uma análise da movimentação no período em exame e confirme os saldos com a folha mestra;

e) efetue o teste de liquidação subsequente.

Page 218: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

208

FIGURA 28 – MODELO PT HH60-1 ANÁLISE DAS CONTAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS – FGTS A PAGAR

FONTE: Os autores

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) efetue os exames para os dois períodos em análise;

b) faça uma análise da movimentação no período em exame e confirme os saldos com a folha mestra;

c) faça a amarração dos papéis de trabalho com o PT de origem;

d) totalize e efetue o teste de liquidação subsequente.

3.11 PAPÉIS DE TRABALHO EM PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PT SS)

A auditoria nas contas do Patrimônio Líquido objetiva verificar se a empresa auditada observou todas as obrigações sociais e legais existentes previstas no estatuto social e determinar se o patrimônio líquido está corretamente classificado.

Page 219: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

209

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

QUADRO 22 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS EM PATRIMÔNIO LÍQUIDO

BT - Balancete de Trabalho - Folha Mestra

1-BT - Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificação

2-BT - Pontos de Recomendação

BTP - Balancete de Trabalho - Passivo

SS - Patrimônio Líquido

SS10 - Análise de composição do Patrimônio Líquido

FONTE: Os autores

FIGURA 29 – MODELO PT SS10 ANÁLISE DAS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Page 220: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

210

3.12 Papéis de trabalho em Contas do Resultado de Exercício (PT BTL)

O objetivo da auditoria nas contas de resultado será verificar se todas as receitas, custos e despesas atribuídos ao período estão devidamente comprovados e contabilizados; estão corretamente contrapostos às receitas devidas e corretamente classificados nas demonstrações contábeis.

Conforme Attie (1998), os procedimentos a serem aplicados em auditoria do resultado são basicamente três: (i) exames das contas correlatas do balanço patrimonial, (ii) estudo e avaliação do controle interno e testes de procedimentos e (iii) estudo, análise e exame das contas de resultado.

Em nosso modelo, aplicam-se papéis de trabalho relativos à comparação das contas correlatas do balanço patrimonial e o exame das contas de resultado.

O conjunto de papéis de trabalho necessários para os apontamentos do auditor será:

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) elabore uma tabela contendo a movimentação da conta patrimônio líquido, evidenciando o saldo anterior, movimentação e saldo final após a movimentação;

b) se houver aumento de capital e distribuição de dividendos, verifique se está de acordo com os estatutos sociais ou atas de reunião de diretoria, e faça a indicação do exame;

c) confirme os saldos iniciais com o razão e faça a indicação dos exames;

d) totalize os saldos finais e confirme os saldos com a folha mestra;

e) faça as anotações que julgar relevantes encontrados nesta movimentação;

f) faça a amarração dos papéis de trabalho com o PT de origem.

Page 221: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

211

QUADRO 23 – ESTRUTURA DOS PAPÉIS EM CONTAS DE RESULTADO

BTL - Balancete de Trabalho – Lucro Líquido1-DR - Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificação2-DR - Pontos de recomendaçãoDR10.1 - Receita Bruta de VendasDR10.2 - Impostos s/ VendasDR10.2 - Custos das VendasDR10 - Resultado Operacional BrutoDR10-1 - Análise do Resultado OperacionalDR40 - Despesas Comerciais e AdministrativasDR40-1 - Análise das Despesas Comerciais e Adm.DR50 - Despesas e Receitas FinanceirasDR50-1 - Análise de Despesas e Receitas Financeiras

FONTE: Os autores

3.12.1 Análise das Contas do Resultado Operacional (PT DR10)

FIGURA 30 – MODELO PT DR10 ANÁLISE DAS CONTAS DO RESULTADO OPERACIONAL

FONTE: Os autores

Page 222: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

212

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) elabore uma tabela contendo a data da venda, nota fiscal de venda, quantidade vendida e total da nota fiscal de venda;

b) proceda ao cálculo do preço médio por documento fiscal;

c) proceda ao cálculo dos impostos incidentes sobre a venda e registre ao lado;

d) evidencie a receita líquida de vendas;

e) registre ao lado ainda a quantidade e custo médio dos estoques e calcule o custo total das vendas;

f) apure o lucro operacional bruto;

g) totalize as colunas e faça a indicação do exame;

h) confira as vendas com o mapa de contabilização das vendas e faça a indicação dos exames;

i) confirme com a folha mestra os totais de vendas brutas, impostos e custos das vendas e faça a indicação dos exames;

j) faça a amarração das vendas, dos impostos e dos custos das vendas com a folha mestra;

k) confirme o custo unitário com o PT de estoques e faça a indicação dos exames;

l) verifique a existência de notas fiscais de saídas sem o registro contábil e faça a indicação do exame.

Page 223: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

213

3.12.2 Análise das Contas de Despesas Comerciais e Administrativas (PT DR40-1)

FIGURA 31 – MODELO PT DR40-1 ANÁLISE DAS CONTAS DE DESPESAS COMERCIAIS E ADMINISTRATIVAS

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) elabore uma tabela contendo a descrição das contas de despesas e saldos correspondentes anteriores ao exame e data-base, bem como ajuste e saldo ajustado;

Page 224: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

214

b) faça as amarrações das contas correlatas do balanço patrimonial e confirme os saldos com a folha mestra;

c) para as demais contas, faça uma análise percorrendo o razão contábil visualmente e busque alguma anormalidade que necessite da verificação documental;

d) faça as anotações como indicação de exame realizado.

3.12.3 Análise das Contas de Despesas e Receitas Financeiras (PT DR50-1)

FIGURA 32 – MODELO PT DR50-1 ANÁLISE DAS CONTAS DE DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Neste modelo de papel de trabalho proceda da seguinte forma:

a) elabore uma tabela contendo a descrição das contas de despesas e saldos correspondentes anteriores ao exame e data-base, bem como ajuste e saldo ajustado;

b) faça as amarrações das contas correlatas do balanço patrimonial e confirme os saldos com a folha mestra e razão contábil;

Page 225: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

215

c) para as demais contas, faça uma análise percorrendo o razão contábil visualmente e busque alguma anormalidade que necessite da verificação documental;

d) faça as anotações como indicação de exame realizado.

3.13 PROCEDIMENTOS FINAIS DURANTE A EXECUÇÃO

4 CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

Todos os exames realizados, conforme planejamento, foram materializados através dos procedimentos de auditoria executados.

Agora que você concluiu a execução dos procedimentos e tem em mãos todos os papéis de trabalho, devidamente evidenciados com observações e provas para a elaboração do seu relatório de auditoria independente, se faz necessária uma criteriosa revisão dos papéis antes da revisão do gerente de auditoria.

Um importante papel de trabalho do auditor diz respeito à Carta de Responsabilidade da Administração, cujo documento assinado pelos administradores da empresa fornece informações sobre a fidedignidade das informações contidas nas demonstrações contábeis, bem como de sua gestão.

A norma NBC TA 580 – Representações Formais – estabelece as diretrizes do que é requerido de informações a serem descritas na Carta de Responsabilidade da Administração, com a qual o auditor obtém evidências de auditoria.

Conforme a NBC TA 580, a Carta de Responsabilidade de Administração é o “[...] documento emitido pelos administradores da entidade auditada e endereçada ao auditor independente, confirmando as informações e dados fornecidos ao auditor, as bases de preparação, apresentação e divulgação das demonstrações contábeis submetidas à auditoria”.

Todo exame feito pelo auditor sempre busca coletar através dos documentos a evidência, a prova que lhe dê subsídios para emitir seu parecer. Contudo, algumas evidências podem ser obtidas através de declarações verbais da administração, gerência ou contadores e, portanto, o auditor necessita de um documento assinado por escrito que confirme essas declarações.

Page 226: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

216

A seguir demonstra-se um exemplo de Carta de Responsabilidade da Administração que deve ser preenchida e assinada sempre pelos administradores da empresa auditada e pelo contabilista responsável pelas informações contábeis.

ANEXO 35Indaial, 25 de abril de 20x1.

ÀEmpresa de Auditoria ModeloNesta

Prezados Senhores:

Carta de Responsabilidade da Administração de Empresa Modelo Ltda., referente às demonstrações contábeis em 28/02/20x1.

A presente refere–se aos exames procedidos por V.S.as. nas demonstrações contábeis de nossa entidade, correspondentes ao exercício findo em 28 de fevereiro de 20x1, e está sendo emitida em atendimento às exigências das Normas de Auditoria Independentes, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Nesse sentido, estamos confirmando a V.S.as. as seguintes informações:

01) O sistema contábil e de controles internos adotados pela entidade no período são de nossa responsabilidade, sendo adequados ao tipo de atividade e volume de transações que tem nossa entidade.

02) Confirmamos que todas as transações efetuadas no período pela nossa entidade foram devidamente registradas na contabilidade de acordo com a legislação vigente.

03) A entidade tem cumprido todas as disposições de seus contratos que poderiam, em caso de descumprimento, ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis.

Fique atento(a)! A carta de responsabilidade da administração é uma de suas entregas nesta etapa

ATENCAO

Page 227: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 3 | FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA

217

04) Nossa administração cumpriu todas as normas e regulamentos a que a entidade está sujeita e não houve qualquer comunicação referente à inobservância de exigências de autoridades regulamentadoras com respeito a aspectos financeiros.

05) Foram adequadamente contabilizadas e divulgadas nas demonstrações contábeis as transações e saldos com “Partes Relacionadas”.

06) Que todos os livros, registros contábeis, documentação comprobatória e todas as atas das reuniões dos Acionistas (ou Sócios, Associados e Diretoria) foram colocados à sua disposição.

07) Não existem, envolvendo a administração ou empregados, irregularidades pendentes que possam ter efeito significativo sobre as demonstrações contábeis.

08) A entidade não tem ônus ou gravames sobre os seus ativos.

09) As estimativas foram contabilizadas com base em dados consistentes confirmados por nossos assessores jurídicos.

10) Não há quaisquer contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias, comerciais e legais não contabilizadas que possam afetar a situação financeira e patrimonial da entidade e influir significativamente na sua avaliação como empreendimento em continuidade.

11) Não é do nosso conhecimento, até a presente data, qualquer evento subsequente, ao encerramento do exercício, que possa afetar de forma relevante a posição patrimonial e financeira, bem como o resultado do período.

12) Não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normal das atividades da entidade.

13) Julgamos que os seguros contratados foram efetuados em valores suficientes para cobrir eventuais sinistros que possam ocorrer, impedindo a continuidade normal dos negócios sociais.

14) A empresa não efetuou nenhum acordo estranho ao curso normal de seus negócios, nem até o momento tivemos conhecimento de quaisquer assuntos ou eventos que possam afetar substancialmente as demonstrações contábeis referidas ou a posição da empresa até a presente data.

15) Não há qualquer acordo ou termo com outras entidades que possam significar compromissos que signifiquem contingências presentes ou futuras.

Page 228: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

218

R$ Mil

Resultado do Exercício 50.000,00Resultados Acumulados 150.000,00Patrimônio Líquido 600.000,00Ativo Circulante 450.000,00Passivo Circulante 150.000,00Realizável a Longo Prazo 50.000,00Exigível a Longo Prazo 250.000,00Ativo Permanente 500.000,00

17) Outros esclarecimentos (se houver)

Atenciosamente,

___________________Luis Carlos FabianoDiretor Financeiro

________________Jeferson da Silva

Diretor de Produção

_________________Geraldo MachadoDiretor de Vendas

_________________________Jackson Nunes da Silva

Contador – CRC-SC 028331/O

Observe que o documento deve conter uma série de afirmações a respeito da gestão desenvolvida na empresa, no que tange ao zelo pelas informações e controles adequados (internos e contábeis) que possam impactar nas demonstrações contábeis.

16) As demonstrações contábeis e as notas explicativas entregues a V.S.as., referentes ao exercício findo em 28/02/20x1, são as oficializadas pela empresa e transcritas nos seus livros societários e fiscais. Para identificação, as principais rubricas e cifras dessas demonstrações contábeis são:

Page 229: Diretrizes Práticas contábeis estágio

219

TÓPICO 4

FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA

UNIDADE 4

1 INTRODUÇÃO

Neste tópico serão abordados todos os aspectos relacionados à finalização dos trabalhos de auditoria independente, em que serão discutidos e vistos os modelos sugeridos para este estudo prático e didático-pedagógico da elaboração do seu relatório final de estágio.

Dentre estes, serão vistos o modelo de relatório de divergências encontradas baseado no papel de trabalho de Pontos de Recomendação e o papel de trabalho de Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações que são as evidências do auditor para justificar as inserções e alterações das demonstrações contábeis.

Por fim, após a discussão das divergências encontradas e lançamentos ajustados, inclusive com a efetivação dos ajustes aos impostos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o auditor poderá, com base nas suas conclusões, emitir o Relatório do Auditor Independente.

Todas as orientações devem ser complementadas pelo caderno de Auditoria Contábil, no sentido de ajudar no desenvolvimento desta etapa.

Caro(a) acadêmico(a)! Nesta etapa do seu estágio você está finalizando os trabalhos que elaborou na fase de execução. Neste momento você deverá apresentar e discutir os resultados encontrados com a administração da empresa e, portanto, todos os seus papéis devem estar finalizados e concluídos.

IMPORTANTE

Para elaboração deste trabalho será necessário explicitar e rever alguns conceitos estudados no caderno de Auditoria Contábil, relativos ao teor contido nos pareceres do auditor independente.

Vamos agora enumerar todos os procedimentos a serem desenvolvidos na Fase de Conclusão da Auditoria, que se resume em três tópicos:

Page 230: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

220

2 LANÇAMENTOS DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÕES

Como já foi explicitado sobre os papéis de trabalho, em nosso modelo definiram-se na estrutura de codificação dois papéis de uso geral, que denominamos 1-BT “Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações” e o outro 2-BT, denominado “Pontos de Recomendação”.

No Tópico 3, em “Modelos para elaboração de papéis de trabalho”, deixou-se como modelo um exemplo do papel de trabalho a ser usado. Este modelo está disponível no ambiente, denominado de “Anexo 37 - PT 1-BT Lançamentos de Ajustes e ou reclassificação.xls”.

O objetivo deste papel é registrar, durante os trabalhos de auditoria, pontos que identifiquem falhas ou mesmo irregularidades nos registros contábeis e que exijam uma retificação da informação. Estas anotações neste papel de trabalho evidenciam os pontos observados pelo auditor e que, ao encerrar as atividades, estes lançamentos devem, segundo Attie (1998), ser examinados para:

• avaliação global dos pontos observados;

• possível discussão com a companhia auditada;

• determinação dos lançamentos contábeis a serem procedidos pela companhia auditada;

• efeitos ocasionados pelos ajustes para a constituição da provisão de Imposto de Renda e demais reservas;

• ajustamento das folhas mestras de trabalho;

• conclusão sobre as áreas em exame.

Depois de realizada a avaliação global, discutidos os lançamentos de ajustes a serem realizados com a empresa auditada, é importante, além de efetuar os ajustes contábeis propostos, verificar os efeitos causados nos impostos sobre o lucro.

a) Lançamentos de Ajustes e/ou Reclassificações;

b) Relatório de Divergências Encontradas;

c) Parecer do Auditor Independente.

Seguindo o roteiro proposto, você estará apto e capaz para preparar todos os materiais necessários da terceira entrega.

Page 231: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 4 | FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA

221

A seguir, veja os modelos de papéis de trabalho ajustados conforme revisão dos pontos observados.

Em caso de sociedades anônimas ou aquelas que estão determinadas pelo estatuto social, deve ser analisado também o impacto na constituição das reservas, em virtude dos ajustes sobre lucro. Lembre-se de que este assunto pode ser revisto no Caderno de Contabilidade Tributária.

NOTA

FIGURA 33 – MODELO PT 1-BT LANÇAMENTOS DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÕES

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Observe que os ajustes geraram um crédito em resultados de R$ 3.500,00 cujo ajuste na demonstração de resultado de exercício impactará em um aumento do IRPJ em R$ 1.050,00. Desta forma, além do ajuste contábil dos lançamentos incorretos, também deverá ser ajustado o lançamento referente à tributação do IRPJ

Page 232: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

222

complementar. Importante registrar no papel de trabalho se os lançamentos foram aceitos na integralidade, indicando através de notas. Caso haja algum lançamento em discordância pela empresa, deve-se evidenciar neste papel e também nas subsidiárias, de forma que fique clara a discordância em relação ao lançamento.

FIGURA 34 – MODELO PT BTL FOLHA MESTRA – LUCRO LÍQUIDO

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Na folha mestra referente às contas de resultados também devem ser evidenciados os ajustes nas colunas correspondentes aos saldos de ajustes, conforme figura. Importante relatar a conclusão do auditor em relação ao saldo da conta.

Page 233: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 4 | FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA

223

FIGURA 35 – MODELO PT DR80-1 ANÁLISE REVISIONAL DO IRPJ E CSLL

FONTE: Adaptado de Attie (1998)

Neste papel de trabalho relativo ao IRPJ deve-se evidenciar a composição que originou o novo saldo a pagar dos impostos, conforme demonstrado nesta figura. Importante relatar a conclusão do auditor em relação ao saldo da conta.

Em relação à conclusão, vale lembrar que, após todos os ajustes e reclassificações, o auditor deve fazer a sua conclusão em todas as contas examinadas, levando-se em consideração os ajustes terem sido aceitos ou não.

Em caso de aceitos, os objetivos da auditoria foram atingidos, e naturalmente sua conclusão será baseada nestes objetivos sem ressalva, caso contrário, deverá ser feita ressalva nas contas examinadas.

A seguir, o auditor, com base nos pontos de recomendação do seu papel de trabalho 2-BT, denominado “Pontos de Recomendação”, poderá elaborar o relatório de divergências.

3 RELATÓRIO DE DIVERGÊNCIAS ENCONTRADAS

O relatório de divergência é um relatório formal que é destinado à administração da empresa auditada, para que se possa decidir quanto à aplicabilidade dos pontos observados pelo auditor durante os trabalhos de auditoria em campo, cujas recomendações podem ajudar no fortalecimento dos controles internos da empresa.

Page 234: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

224

A seguir, demonstra-se um modelo sugerido de relatório que poderá ser utilizado com a finalidade de demonstrar as divergências relatadas nos papéis de trabalho.

Indaial, 28 de abril de 20x1.

A Empresa Modelo Ltda.

Prezados Senhores Diretores

Com base na auditoria efetuada em vossa empresa, referente às demonstrações financeiras findas em 28 de fevereiro de 20x1, foram aplicados o planejamento e verificações de auditoria, contemplando todas as evidências com base em testes e amostragens de documentos, registros e lançamentos contábeis, bem como a verificação da estrutura das demonstrações financeiras conforme Lei nº 11.638/07 e demais normas contábeis inerentes à atividade exercida. Com base nestes testes e verificações, ficam apuradas as seguintes informações.

1) Conforme a apuração dos lançamentos do grupo disponibilidades, verificamos a existência de vale nominal a colaborador como adiantamento de viagem, cuja prestação de contas não ocorreu após seu retorno, constando em aberto há mais de 180 dias.Recomendamos a descontinuação desta prática de desconto de vales e a utilização de contagens periódicas por pessoa independente.

2) Referente ao estoque da empresa, as apurações realizadas demonstram que foram efetuados lançamentos corretos, e seus saldos conferem com o balanço patrimonial.

3) Em relação ao imobilizado, as análises elaboradas comprovam que os bens são de propriedade da empresa e estão de acordo com os lançamentos efetuados.

O relatório de divergências deve ser embasado no papel de trabalho 2-BT - Pontos de Recomendação -, que foi discutido e apresentado no Tópico 3, em subtópico “Modelos para Elaboração de Papéis de Trabalho”. Este modelo está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem, referente ao arquivo denominado “Anexo 36 - PT 2-BT Pontos de Recomendação.xls”.

Fique atento(a)! O relatório de divergências encontradas é uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

Page 235: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 4 | FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA

225

4) Analisamos a depreciação referente aos meses de janeiro a fevereiro e constatamos que os cálculos elaborados não estavam devidamente corretos com os percentuais de depreciação definidos por legislação vigente.Recomendamos todos os ajustes nos registros, patrimonial e contábil, nos percentuais conforme legislação pertinente.

5) Referente à análise dos fornecedores da empresa, confirmam-se os saldos lançados nas demonstrações da mesma, representando o passivo real decorrente da conta fornecedores de bens e serviços.

6) Durante a execução de nossos trabalhos constatamos a ausência de procedimentos formais que possibilitem à empresa a identificação e contabilização de contas a pagar em obediência ao regime de competência. Eis que identificamos vários passivos não contabilizados que mereceram ajustes contábeis.Recomendamos a formalização de procedimentos que identifiquem e registrem os passivos e despesas em regime de competência.

7) Conforme a análise efetuada em obrigações tributárias, verificou-se a exatidão dos lançamentos efetuados, que estão corretos, representando o passivo real da conta obrigações tributárias.

8) Referente às obrigações trabalhistas e previdenciárias, analisamos os lançamentos contábeis e estão de acordo com as demonstrações divulgadas pela empresa.

9) Ao verificar o capital da entidade e os lucros acumulados, verificamos que estão de acordo com as demonstrações, representando o patrimônio líquido de propriedade da empresa.

Nosso relatório destina-se ao uso exclusivamente interno da empresa e sua divulgação externa pode suscitar dúvidas e originar interpretações errôneas em pessoas que desconheçam os objetivos e limitações dos controles internos.

Outrossim, informamos que as sugestões contidas neste relatório deverão ser objeto de estudo por parte de V.Sas., avaliando os riscos de controles internos pela falta de observância.

Colocamo-nos à inteira disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos pertinentes às circunstâncias emanadas deste relatório.

Atenciosamente,

________________________________________ Empresa de Auditoria

Modelo

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

226

Como se pode verificar na leitura do modelo sugerido, o relatório de divergência deve repassar todas as contas analisadas. Nas contas em que não houve divergência deve-se relatar a inexistência de fatos que atestem incorreções em saldos, procedimentos, lançamentos, cálculos, entre outras. Nas contas em que houve divergências deve-se apontar os problemas detectados e recomendar melhorias para solução.

Caro(a) acadêmico(a)! Vamos agora para a última atividade do auditor em relação ao trabalho de conclusão da auditoria, que é a emissão do Relatório dos Auditores Independentes.

4 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

A NBC TA 700 mudou o nome de Parecer de Auditoria Independente para Relatório do Auditor Independente, além da estrutura da composição das normas relacionadas. Esta norma deve ser analisada em conjunto especialmente com a NBC T 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente) e ainda analisar as NBC TA 705 (Modificações na Opinião do Auditor), NBC TA 706 (Parágrafos de Ênfase), NBC TA 800 (Auditoria de Demonstrações Contábeis com Propósitos Especiais), embora também faça referência a outras.

A referida NBC TA 700, além da estrutura que deve conter o Relatório do Auditor Independente, também cita as diretrizes para formar a sua opinião. Os tipos de opinião podem ser:

a) opinião não modificada ou sem modificações (NBC TA 700); ou

Fique atento(a)! O Relatório do Auditor Independente é uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

O modelo de relatório de divergência está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

IMPORTANTE

Page 237: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 4 | FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA

227

Em relação aos modelos, você poderá utilizar o Caderno de Auditoria Contábil, ou ainda coletar no site do Conselho Federal de Contabilidade e fazer o download das NBC TAs 700 e 705.

IMPORTANTE

b) opinião modificada, podendo ser opinião com ressalva, opinião adversa ou com abstenção de opinião (NBC TA 705).

A opinião não modificada ou sem modificações é utilizada pelo auditor independente quando conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas em todos os aspectos relevantes e apresentam-se adequadas. O modelo para ser usado está na NBC TA 700.

Quando se tratar de opinião modificada, conforme a NBC TA 705, deve:

(a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou (b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.

O modelo relativo ao Relatório do Auditor Independente será utilizado pelo acadêmico conforme sua opinião em relação às demonstrações contábeis auditadas em relatório de estágio.

5 ESTRUTURA E CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO

Caro(a) acadêmico(a)! Depois de concluir todas as etapas da auditoria e finalizado o Relatório do Auditor Independente, como forma de organização documental sugerimos utilizar o modelo demonstrado a seguir. Nele é possível dimensionar todos os trabalhos realizados e documentos anexados de forma estrutural, facilitando a identificação e localização do papel de trabalho, bem como sua referência de auditoria.

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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QUADRO 24 – MODELO DE ESTRUTURA E CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO

FONTE: Os autores

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229

TÓPICO 5

RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS DA EMPRESA AUDITADA

UNIDADE 4

1 INTRODUÇÃO

2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE

Neste tópico será abordada a análise econômico-financeira da empresa no período base auditado, considerando para análise a avaliação de desempenho dos indicadores de liquidez, estrutura de capitais, rentabilidade, lucratividade.

Desta forma, o(a) acadêmico(a) deverá, com base nas demonstrações contábeis ajustadas, aplicar os conceitos de análise das demonstrações contábeis.

A análise dos índices econômico-financeiros de uma demonstração contábil, independente da empresa ou atividade, não deve ser realizada pela simples análise de seus saldos. Na realidade, para que as informações analisadas não sejam distorcidas por estes saldos, visto que algumas são agrupadas de acordo com a necessidade de representar o valor econômico de uma conta ou grupo de contas, sob a ótica de uma análise de balanço, elas requerem uma reorientação, que denominamos de reclassificação.

Um exemplo clássico seria a conta “duplicatas descontadas”, que são representadas no ativo como redutoras da conta duplicatas a receber, cuja necessidade é evidenciar o valor real da conta clientes, visto que, ao efetuar operação de desconto bancário, a propriedade do título é transferida. Contudo, trata-se de uma operação de crédito e, como tal, deve ser reclassificada como uma conta obrigação financeira, portanto, transferida para o passivo.

Lembre-se, acadêmico(a), de utilizar o caderno de Análise de Demonstrações Contábeis para rever os conteúdos necessários para a elaboração desta etapa do seu estágio!

IMPORTANTE

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UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

230

Para que você consiga realizar as reclassificações no balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício, deve seguir as orientações do Caderno de Estudos de Análise das Demonstrações Contábeis, Unidade 1, Tópico 2.

3 ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

As análises para avaliação de desempenho através dos indicadores econômico-financeiros têm grande importância para muitos usuários da informação contábil, visto que podem ser utilizadas como mecanismo preventivo de falência e análise de liberação de crédito por parte de fornecedores de serviços, instituições financeiras, entre outras.

Os indicadores econômico-financeiros que devem ser analisados estão totalmente explicitados no caderno de Análise das Demonstrações Contábeis, Unidade 2, Tópico 1 a Tópico 4, cujo embasamento conceitual deve servir de orientação técnica para elaboração deste material.

Neste contexto, a empresa auditada deve ser avaliada sob a ótica de quatro grandes grupos de indicadores, assim constituídos: (i) indicadores de liquidez, (ii) indicadores de estrutura de capitais, (iii) indicadores de rentabilidade e (iv) indicadores de lucratividade.

Aos indicadores de liquidez cabe avaliar a situação financeira da empresa, dando-nos a percepção através destes indicadores da capacidade de saldar seus compromissos financeiros. Devem ser demonstrados os indicadores de liquidez corrente, seca, geral e imediata.

Para os indicadores da estrutura de capitais cabe avaliar o grau de endividamento da empresa, visto que evidenciam as decisões financeiras da empresa baseadas na captação e aplicação dos recursos. Devem ser demonstrados os indicadores de participação de capitais de terceiros, composição do endividamento, imobilização do patrimônio e imobilização de recursos não correntes.

Indicadores de rentabilidade avaliam em que nível o retorno dos capitais investidos na empresa ocorre. Devem ser demonstrados os indicadores de retorno sobre investimentos e retorno sobre patrimônio líquido.

O grupo indicadores de lucratividade avalia a capacidade de eficiência do uso dos recursos da empresa no processo organizacional, quer sejam como margem das suas operações ou mesmo como margem líquida. Devem ser demonstrados pelo menos os indicadores de lucratividade bruta, operacional e líquida do exercício.

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TÓPICO 5 | RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA AUDITADA

231

4 MODELO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Apresenta-se a seguir um modelo de análise sugerida como proposta para utilização no desenvolvimento do seu trabalho. Contudo, é importante ressaltar que cada trabalho deve manter a sua individualidade e exclusividade, pois a natureza dos eventos contábeis resultantes e a particularidade de cada negócio proporcionarão demonstrações contábeis com evolução econômica e patrimonial distintas.

Caro(a) acadêmico(a)! Após a revisão da base conceitual-teórica contida no Caderno de Estudos de Análise das Demonstrações Contábeis, você poderá elaborar as análises econômico-financeiras com base nos indicadores propostos.

Para facilitar o desenvolvimento da entrega desta etapa, vamos demonstrar um exemplo prático de relatório de análise, para sua prévia observação. O modelo está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Utilizou-se como modelo de balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício o modelo proposto no Livro de Estudos de Análise das Demonstrações Contábeis, Unidade 1, Tópico 2, página 19, que se demonstra nos quadros a seguir.

Fique atento(a)! O balanço patrimonial e a DRE da empresa após a auditoria e reclassificada juntamente com o cálculo dos indicadores econômico-financeiros e o parecer são uma de suas entregas nesta etapa!

ATENCAO

Page 242: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

232

QUADRO 9 – BALANÇO PATRIMONIAL RECLASSIFICADO

FONTE: Caderno de Análise das Demonstrações Contábeis (FLORIANI, 2010, p. 19)

QUADRO 10 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECLASSIFICADO

FONTE: Caderno de Análise das Demonstrações Contábeis (FLORIANI, 2010, p. 19)

Page 243: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 5 | RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA AUDITADA

233

As demonstrações servirão de base para a elaboração do modelo de cálculo dos indicadores econômico-financeiros propostos, conforme se demonstra no quadro a seguir. Importante lembrar que este modelo encontra-se disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

QUADRO 25 – MODELO DE CÁLCULO DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

CONCLUSÕES BÁSICAS(Em R$ 1 Mil)

DESCRIÇÃO DA COMPOSIÇÃO Ano X8 Ano X9LIQUIDEZLiquidez CorrenteAtivo Circulante 405.000 445.000 Passivo Circulante 259.000 252.000 Quociente 1,56 1,77 Liquidez SecaAtivo Circulante - Estoque 215.000 225.000 Passivo Circulante 259.000 252.000 Quociente 0,83 0,89 Liquidez GeralAtivo Circulante a Curto e Longo Prazo 405.900 445.600 Passivo Circulante a Curto e Longo Prazo 318.900 341.100 Quociente 1,27 1,31 Liquidez ImediataDisponibilidades 30.000 20.000 Passivo Circulante 259.000 252.000 Quociente 0,12 0,08 ESTRUTURA DE CAPITALEndividamentoExigível Total 346.900 383.100 Patrimônio Líquido 240.500 294.000 Total Aplicado 587.400 677.100 Percentagem 59,06% 56,58%Composição do EndividamentoPassivo Circulante 259.000 252.000 Exigível Total 346.900 383.100 Percentagem 74,66% 65,78%Imobilização do Patrimônio LíquidoImobilizado 155.000 195.000 Patrimônio Líquido 240.500 294.000 Percentagem 64,45% 66,33%Imobilização de Recursos Não CorrentesImobilizado 155.000 195.000 Patrimônio Líquido e Exigível de Longo Prazo 300.400 383.100 Percentagem 51,60% 50,90%RENTABILIDADE

Page 244: Diretrizes Práticas contábeis estágio

UNIDADE 4 | RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

234

Retorno sobre InvestimentosLucro Líquido 1.200.000 Ativo Total Médio 632.250 Quociente 1,90 Retorno sobre Patrimônio LíquidoLucro Líquido 1.200.000 Patrimônio Líquido Médio 267.250 Quociente 4,49 LUCRATIVIDADELucratividade BrutaLucro Operacional bruto 3.300.000 Receita Operacional Líquida 8.200.000 Percentagem 40,24%Lucratividade OperacionalLucro Operacional Líquido 1.300.000 Receita Operacional Líquida 8.200.000 Percentagem 15,85%Lucratividade Líquida do ExercícioLucro Líquido do Exercício 1.200.000 Receita Operacional Líquida 8.200.000 Percentagem 14,63%

FONTE: Adaptado de Savytzky (2010)

Depois de efetuados todos os cálculos e analisadas as informações, será necessário elaborar uma análise com base nas informações geradas na planilha de cálculo de conclusões básicas.

QUADRO 26 – MODELO DE PARECER – ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – PARECERLIQUIDEZ- A situação financeira é boa, com os índices de liquidez favoráveis. Apenas a liquidez imediata demonstra variação desfavorável.

ESTRUTURA DE CAPITAIS- Os capitais de terceiros situam em torno de 56,6% do total as aplicações da empresa. Índice aceitável, tendo em vista a boa capacidade de pagamento (bons índices de liquidez e geração de lucros). RENTABILIDADE- Vem obtendo significativos resultados operacionais. O retorno do ativo é de 1,9 vezes, enquanto o do patrimônio líquido é de 4,49 vezes, o que reflete a boa situação dos índices de liquidez.

Page 245: Diretrizes Práticas contábeis estágio

TÓPICO 5 | RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA AUDITADA

235

LUCRATIVIDADE- A empresa tem se mostrado com boas práticas operacionais que têm gerado boas margens. A lucratividade bruta foi no último ano de 40,24%, sua atividade operacional gerou um lucro operacional de 15,85% e lucro líquido de 14,63%.

CONCLUSÃO - Conclui-se que a empresa se encontra em boa situação econômico-financeira.

FONTE: Adaptado de Savytzky (2010)

Como se pode observar neste modelo, utilizou-se uma classificação baseada nos quatro grupos principais de análises em que o acadêmico deve relatar as principais observações analisadas e, por fim, fazer um desfecho referente à sua conclusão em relação à análise da demonstração contábil da empresa auditada.

Caro(a) acadêmico(a)! Agora que você chegou ao final da última etapa do seu estágio e concluiu a terceira entrega, você deve preparar o paper nos moldes relacionados com o anexo neste caderno. Prepare-se para a socialização e entrega do paper!

NOTA

Page 246: Diretrizes Práticas contábeis estágio

236

ANEXOS DA UNIDADE

ANEXO 1 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA PRIMEIRA ENTREGA REFERENTE AO PLANEJAMENTO, CARTA-PROPOSTA E

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA PRIMEIRA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

1. PONTUALIDADE NA ENTREGA- Realizou a entrega dentro do prazo previsto? 1,00 0,50 0,00

2. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA2.1 ESTRUTURA- As áreas de exames descritas no planejamento contemplam todas as contas do Balanço Patrimonial e DRE?

0,50 0,25 0,00

2.2 PREPARAÇÃO- Elaborou cabeçalhos e foram adequadamente preenchidos?- Identificou o nome da empresa de auditoria e dos auditores envolvidos?- Preencheu e totalizou horas e valores apresentando coerência nas informações?

1,00 0,50 0,00

3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA3.1 ESTRUTURA- O conteúdo está organizado e encadeado numa sequência lógica de trabalho: preliminar, execução e encerramento?

0,50 0,25 0,00

3.2 PREPARAÇÃO- Elaborou cabeçalhos e foram adequadamente preenchidos?- Identificou o nome da empresa de auditoria e dos auditores envolvidos?- Definiu objetivos para cada área em exame?- Os procedimentos descritos são claros e coerentes com o tipo de exame a ser realizado em cada área?

3,00 1,50 0,00

3.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- Todas as áreas para exame definidas no planejamento estão contempladas no procedimento de auditoria?

1,50 0,75 0,00

4. CARTA-PROPOSTA DE AUDITORIA4.1 ESTRUTURA- O conteúdo contempla as informações mínimas previstas na norma NBC P1?

0,50 0,25 0,00

Page 247: Diretrizes Práticas contábeis estágio

237

4.2 PREPARAÇÃO- Preencheu adequadamente as informações de identificação da relação contratual?

0,50 0,25 0,00

4.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- As horas estimadas e valores da carta- proposta convergem com o planejamento?

1,50 0,75 0,00

Page 248: Diretrizes Práticas contábeis estágio

238

ANEXO 2 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA SEGUNDA ENTREGA REFERENTE AOS PAPÉIS DE TRABALHO E CARTA DE RESPONSABILIDADE

DA ADMINISTRAÇÃO

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA SEGUNDA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

1. PONTUALIDADE NA ENTREGA- Realizou a entrega dentro do prazo previsto?

1,00 0,50 0,00

2. PAPÉIS DE TRABALHO2.1 ESTRUTURA- Todas as áreas descritas no procedimento de auditoria possuem papéis de trabalho evidenciando a realização dos exames?- Definiu e estruturou uma codificação para os papéis de trabalho?

1,00 0,50 0,00

2.2 PREPARAÇÃO- Elaborou cabeçalhos e foram adequadamente preenchidos?- Identificou o nome da empresa de auditoria e dos auditores envolvidos?- Utilizou adequadamente as simbologias de auditoria, como tiques, letras e notas explicativas nas elaborações dos papéis de trabalho?- Conseguiu apresentar organização e clareza em seus papéis de trabalho?

3,00 1,50 0,00

2.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- Conseguiu realizar as amarrações dos papéis de trabalho que foram referenciados adequadamente, conforme sua codificação estruturada?

2,00 1,00 0,00

3. CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO3.1 ESTRUTURA- O conteúdo contempla as informações mínimas previstas na norma NBC TA 580?

0,50 0,50 0,00

3.2 PREPARAÇÃO- Preencheu adequadamente as informações solicitadas pelo documento?

0,50 0,50 0,00

3.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- Existe coerência das informações contábeis no documento com as demonstrações contábeis?

2,00 1,00 0,00

Page 249: Diretrizes Práticas contábeis estágio

239

ANEXO 3 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA TERCEIRA ENTREGA REFERENTE AO

RELATÓRIO DE DIVERGÊNCIAS ENCONTRADAS, RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA TERCEIRA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

1. PONTUALIDADE NA ENTREGA- Realizou a entrega dentro do prazo previsto? 1,00 0,50 0,00

2. RELATÓRIO DE DIVERGÊNCIAS ENCONTRADAS2.1 COERÊNCIA- O relatório foi descrito de forma clara e objetiva? 0,50 0,25 0,00

2.2 PREPARAÇÃO- Fez referência a todas as áreas examinadas e nas áreas com divergências relatou o problema apontando soluções?

1,50 0,75 0,00

2.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- Utilizou o papel de trabalho “Pontos de Recomendação” para embasar suas afirmações em relação às divergências encontradas?

1,00 0,50 0,00

3. RELATÓRIO DO(S) AUDITOR(ES) INDEPENDENTE(S)3.1 ESTRUTURA- O Relatório do Auditor Independente foi ela-borado com as informações mínimas de acor-do com as Normas Brasileiras de Contabilida-de, aplicadas à Auditoria Independente?

0,50 0,25 0,00

3.2 PREPARAÇÃO- O tipo de opinião emitida pelo auditor está coerente com os exames realizados na empresa auditada?

1,50 0,75 0,00

3.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- Preencheu adequadamente todas as informações da empresa auditada e os dados de suas demonstrações contábeis no Relatório do Auditor Independente?

1,00 0,50 0,00

4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS4.1 ESTRUTURA- O conteúdo apresenta todos os requisitos e documentos solicitados?

0,50 0,25 0,00

4.2 PREPARAÇÃO- Efetuou as reclassificações das demonstrações contábeis de forma adequada?- Realizou os cálculos dos indicadores econômico-financeiros dentro dos conceitos teóricos?

1,00 0,50 0,00

4.3 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES- Conseguiu desenvolver raciocínio analítico na análise das demonstrações contábeis com base nos indicadores econômico-financeiros?

1,50 0,75 0,00

Page 250: Diretrizes Práticas contábeis estágio

240

ANEXO 4 – GABARITO PARA CORREÇÃO DA QUARTA ENTREGA REFERENTE AO PAPER E AVALIAÇÃO DA SOCIALIZAÇÃO DO RELATÓRIO

FINAL DE ESTÁGIO

DESCRIÇÃO PARA O GABARITO DE CORREÇÃO DA QUARTA ENTREGA

ITEM ATENDE ATENDE PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

1. GABARITO DE CORREÇÃO DO PAPER1.1 CABEÇALHO E RESUMO- Apresentou título, autoria, filiação e data, configurados corretamente?- Configurou resumo em um único parágrafo, em itálico, sem abertura de parágrafo e em modo justificado?

0,50 0,25 0,00

1.2 INTRODUÇÃO- Conseguiu deixar claro do que trata o paper? 1,00 0,50 0,00

1.3 DESENVOLVIMENTO- O/A acadêmico(a) relatou de forma clara o conhecimento adquirido em todos os tópicos referentes a cada assunto pontuado?- Conseguiu citar, direta e indiretamente, as fontes usadas na construção do trabalho?

2,00 1,00 0,00

1.4 CONCLUSÃO- Conseguiu mostrar os resultados obtidos na pesquisa e os mesmos estão de acordo ou não com os objetivos propostos?

1,00 0,50 0,00

1.5 REFERÊNCIAS- Conseguiu construir, corretamente, as referências das fontes citadas, direta ou indiretamente, no texto? - Existem fontes não referenciadas no paper?

0,50 0,25 0,00

1.6 ANEXOS - Todos os documentos solicitados foram anexados? - Construiu, corretamente, os documentos anexados, evidenciando o suporte necessário para o desenvolvimento e conclusão do trabalho?

1,00 0,50 0,00

2. GABARITO DE AVALIAÇÃO DA SOCIALIZAÇÃO2.1 RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA - Demonstrou domínio de conhecimento teórico-prático?

1,00 0,50 0,00

2.2 TEMPO PREDEFINIDO- Respeitou o tempo predefinido adequadamente?

0,50 0,25 0,00

Page 251: Diretrizes Práticas contábeis estágio

241

2.3 CLAREZA E OBJETIVIDADE- Demonstrou clareza e objetividade na comunicação?- Apresentou postura, movimento e habilidade no uso de recursos de forma adequada?

0,50 0,25 0,00

2.4 APRESENTAÇÃO DO TEMA- O conteúdo foi apresentado de forma organizada e estruturada?

1,00 0,50 0,00

2.5 RELEVÂNCIA DAS CONCLUSÕES- Os resultados apresentaram coerência com os objetivos?

1,00 0,50 0,00

Page 252: Diretrizes Práticas contábeis estágio

242

ANEXO 5 – MODELO PAPER DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIOCIÊNCIAS CONTÁBEISTerceira Parte – Módulo 8

Nome do AlunoNome do Orientador

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVICiências Contábeis (CTB0000) – Estágio

00/00/0000

Resumo

1 – Introdução

2 – Relatório de Análise das Demonstrações Contábeis

3 – Relatório das Divergências Encontradas na Contabilidade

4 – Relatório do(s) Auditor(es) Independente(s)

5 – Conclusão

REFERÊNCIAS

ANEXOS:I – Estrutura e Codificação dos Papéis de Trabalho com todos os seus anexos

II – Demonstrações Contábeis (Apresentar as novas demonstrações elaboradas após a auditoria)

III – Planilhas de Análises das Demonstrações Contábeis (Anexar o balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício reclassificados e os índices econômico-financeiros)

Page 253: Diretrizes Práticas contábeis estágio

243

REFERÊNCIAS

ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

BRIDI, João Vitor. Empreendedorismo: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2007.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução 1231 - NBC TA 700. Brasília: CFC, 2009.

______. Resolução 1209 - NBC TA 200. Brasília: CFC, 2009.

______. Resolução 1219 - NBC TA 505. Brasília: CFC, 2009.

______. Resolução 1311 - NBC PA 290. Brasília: CFC, 2010.

______. Resolução 1201 - NBC P 01. Brasília: CFC, 2009.

______. Resolução 1227 - NBC TA 580. Brasília: CFC, 2009.

______. Resolução 820 - NBC T 11. Brasília: CFC, 1997.

______. Princípios fundamentais de contabilidade. Brasília: CFC, 2003.

DOLZAN JÚNIOR, Natal. Matemática financeira: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2011.

FLORIANI, Arlete Regina. Análise das demonstrações contábeis: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2011.

KNUTH, Valdecir. Auditoria II: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2011.

KOWALSKI, Fábio Darci. Contabilidade comercial: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2011.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2004/PergResp2004/pr363a430.htm>. Acesso em: 13 jul. 2011.

SAVYTZKY, Taras. Análise de balanços: método prático. 6. ed. Curitiba: Juruá, 2010.

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SILVA, Marcelo; BRAATZ, Altair. Contabilidade intermediária: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2009.

SOUZA, Juliane Vieira de. Auditoria I: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2011.

TAMANINI, Délci; SOUZA, Tarcita Cabral Ghizoni de. Contabilidade tributária: caderno de estudos. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010.