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PRINCÍPIOS DO EQUILÍBRIO ACIDOBÁSICO
Ácido Carbônico: voláteis
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3-
Ácidos não Carbônicos: não voláteis
Origem:
• Alimentos;
• Metabólitos intermediários: ácido lático,
ácido pirúvico, ácido acetoacético, ácido
fosfórico.
IMPORTANTE RELAÇÃO: HCO3/CO2
• Distúrbios primários são aqueles que levam a alterações nas concentrações
de CO2 e HCO3-, gerando a tendência de variação do pH, anormalidade
inicial, e à sua resposta compensatória esperada;
• Variações na concentração de íons H+ e CO2 são detectadas pelo sistema de
quimiorreceptores periféricos, principalmente os corpúsculos carotídeos e
aórticos, e regulam a ventilação pulmonar, controlando consequentemente, a
taxa de extração de CO2;
• As concentrações do bicarbonato e íons H+ são reguladas por meio de suas
quantidades excretadas na urina;
• Quando ocorrem distúrbios primários, os sistemas tampão atuam para
atenuar variações do pH. Tais adaptações são chamadas de mecanismos
compensatórios.
DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS
Tripé
EAB
SISTEMA TAMPÃO
RINS PULMÕES
TAMPÃO QUÍMICO INTRA E
EXTRACELULAR (BICARBONATO,
PROTEÍNAS, FOSFATO,
HEMOGLOBINA E OS CARBONATOS
ÓSSEOS)
CONTROLE DA PaCO2 NO
SANGUE POR MEIO DE
ALTERAÇÕES NA
FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA
CONTROLE NA
CONCENTRAÇÃO DE
BICARBONATO PLASMÁTICO
POR MEIO DE ALTERAÇÕES
NA EXCREÇÃO RENAL DE
ÍONS H+
SISTEMAS TAMPÕES
1 - E x t r a c e l u l a r e s
H C O 3 / p r o t e í n a s
2 - I n t r a c e l u l a r e s
H b / c é l u l a s e m g e r a l
3 - P u l m õ e s
4 - R i n s
A l t e r a ç ã o a g u d a
Lembrar do osso
como tampão –
40% carga ácida aguda
• Eficácia limitada do sistema tampão extracelular;
• Após 2 a 3 horas as células e os ossos passam a contribuir para o
tamponamento nos distúrbios, podendo liberar ou captar o H+;
• O H+ é trocado por outros íons, como o Na+ e o K+;
• Dentro das células, as proteínas e o fosfato são as principais substâncias com
poder tampão.
SISTEMAS TAMPÕES
EXCESSO DE H+
TAMPÃO EXTRACELULAR
HCO3-
IMEDIATO
AUMENTO DA EXCREÇÃO RENAL DE
H+
HORAS A DIAS
TAMPÃO RESPIRATÓRIO
QUEDA NO CO2
MINUTOS A HORAS
TAMPÃO INTRACELULAR E
ÓSSEO
2 A 4 HORAS
DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS
Identificar a natureza do distúrbio a partir do pH:
Acidose ou Alcalose
pH = Acidemia
pH = Alcalemia
pH 7,8 7,7 7,6 7,5 7,4 7,3 7,2 7,1 6,9 6,8
H+ 16 20 26 32 40 50 63 80 125 160
DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS
DISTÚRBIO HCO3- PCO2
ACIDOSE METABÓLICA
ALCALOSE METABÓLICA
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
Examinar a direção das alterações do HCO3 e pCO2
DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS
Tipos de distúrbios acidobásicos
Simples – acidose metabólica; alcalose metabólica; acidose
respiratória aguda e crônica; alcalose respiratória aguda e
crônica
Duplos – acidoses e alcaloses mistas; acidose metabólica +
alcalose respiratória; alcalose metabólica + acidose respiratória
Triplos – acidose mista + alcalose metabólica; alcalose mista +
acidose metabólica
VALORES NORMAIS
pH 7,35- 7,45
PaO2 96 - 0,4 x idade mmHg
PaCO2 35-45 mmHg
[HCO3] 22-26 mEq/L
BE -2,5 a +2,5 (-3,0 a +3,0)
Sat O2 >= 94%
Cloro 95 a 105
AG 8-12 mEq/L
Osm. estimada 285-295 mOsm/L
GAP osmolar Até 15 mOsm/L
Distúrbios Respiratórios Distúrbios Metabólicos
Acidose Respiratória Acidose Metabólica
PCO2> 45mmHg HCO3 <22 mEq/L
Alcalose Respiratória Alcalose Metabólica
PCO2 < 35 mmHg HCO3 > 26 mEq/L
DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS: SETE PASSOS
• Passo 1: Identificar a natureza do distúrbio a partir do pH: acidose ou alcalose
• Passo 2: Examinar a direção das alterações do HCO3 e pCO2
• Passo 3: Determinar se há hipóxia (SaO2 ≥ 94%)
• Passo 4: Avaliar a compensação para verificar se o distúrbio é simples ou
misto. Lembrar que compensação não significa normalização do pH
• Passo 5: Determinar se o AG e o HCO3 esperado auxiliam no diagnóstico
diferencial da acidose metabólica; cloro urinário na alcalose metabólica
• Passo 6: Fazer o diagnóstico diferencial do DAB. Lembrar que o distúrbio é um
sinal de uma doença de base
• Passo 7: Tratar a doença de base, a menos que o DAB requeira uma
intervenção imediata
• A acidose metabólica “pura” é definida por um HCO3 < 22mEq/L e um pH <
7,35;
• Acidose metabólica grave: HCO3 < 10mEq/L e BE < - 10mEq/L – pode
baixar o pH para níveis inferiores a 7,10, pondo em risco a vida do
paciente;
• Excesso de H+ não derivado do CO2 ou quando há perda de HCO3 para o
meio externo.
ACIDOSE METABÓLICA
ACIDOSE METABÓLICA É DEFINIDA POR UMA DIMINUIÇÃO
DOS NÍVEIS SANGUÍNEOS DE BICARBONATO, INDEPENDENTE
DO pH
CAUSAS DE ACIDOSE METABÓLICA NORMOCLORÊMICAS
GRUPO I – Ânion Gap Alto (Normoclorêmicas)
Acidose Lática • Sepse
• Choque
• Hipoxemia grave
• Insuficiência
hepática
• Isquemia
mesentérica
• HIV
• Cianeto
• Monóxido de
carbono
• Crise convulsiva
• Acidose D-lática
• Neoplasia maligna
• Biguanidas
Cetoacidose diabética
Cetoacidose alcoólica e de jejum prolongado
Insuficiência renal
Intoxicações (salicilatos - AAS, metanol, etilenoglicol)
Rabdomiólise
• Substâncias ácidas na circulação se dissociam em H+ + base aniônica;
• Acúmulo de bases aniônicas = aumento do AG;
• Cloreto está normal = Normoclorêmicas;
ACIDOSES METABÓLICAS NORMOCLORÊMICAS
• Para o equilíbrio eletroquímico do plasma, o total de cátions tem que ser
igual ao total de ânions;
• Principal cátion: Na+;
• Principais ânions: Cl- e HCO3-;
• [Na+] >>> ∑ [Cl-][HCO3-];
• Assim, o equilíbrio é mantido pela existência de outros ânions plasmáticos;
• ∑ [outros ânions plasmáticos] = Ânion GAP
ÂNION GAP
AG = ÂNIONS NÃO MENSURÁVEIS - CÁTIONS NÃO MENSURÁVEIS
• Faixa normal de valores de Ânion GAP: 8-12mEq/L;
• Albumina: principal, em termos de concentração plasmática, ânion “não mensurável”;
• O aumento do ânion gap mantém o equilíbrio eletroquímico do plasma,
compensando a queda do ânion HCO3, não precisando reter cloreto
(normoclorêmica);
• Todas as acidoses decorrentes do acúmulo no plasma de substâncias ácidas (ex.:
ácido lático) aumentam o ânion gap, devido à retenção de bases aniônicas
derivadas da dissociação do ácido.
ÂNION GAP
Ânion GAP = Na – (Cl + HCO3)
Acidose Metabólica
AG plasma normal
AG plasma alto
Diabetes
Acidose lática
Insuficiência renal
Delta ânion gap
< 1 – Acidose metabólica ânion gap
normal
> 1,6 –Alcalose
metabólica concomitante
• Voltado para a investigação de pacientes com a presença de distúrbios
acidobásicos que apresentam acidose metabólica com ânion gap elevado;
• Relaciona a elevação do ânion gap com a proporcional diminuição do HCO3;
DELTA ÂNION GAP
∆AGp = (AG - 10) / (24 - HCO3)
Se1 ≤ ∆AGp ≤ 1,6 – Acidose metabólica com AG elevado
∆AGp < 1 – Acidose metabólica com AG normal
∆AGp > 1,6 – Alcalose metabólica concomitante
CAUSAS DE ACIDOSE METABÓLICA HIPERCLORÊMICAS
GRUPO II – Ânion Gap Normal (Hiperclorêmicas)
Diarreia Insuficiência renal crônica
Fístula biliar, entérica ou pancreática Insuficiência suprarrenal
Ureterossigmoidostomia Hipoaldosteronismo hiporreninêmico
Acetazolamida Pseudo-hipoaldosteronismo
Diuréticos poupadores de potássio Acidose Tubular Renal tipo I
Nutrição parenteral total ATR tipo II
• Decorrentes da perda de HCO3 para o meio exterior ou da retenção direta
de H+;
• Os fluidos gastrointestinais produzidos abaixo do piloro são ricos em
bicarbonato, portanto a acidose se instala pela perda fecal de bicarbonato;
• Para que o equilíbrio eletroquímico seja mantido, a redução do HCO3 deve
ser compensada pelo aumento do cloreto plasmático, já que nenhum outro
ânion foi retido.
ACIDOSES METABÓLICAS HIPERCLORÊMICAS
• Utilizado para diferenciar causas de perdas de bicarbonato entre causas
urinárias e perdas intestinais;
Perda GI: AGu negativo = -20 a -50 mEq/L;
Perda renal: AGu positivo;
ÂNION GAP URINÁRIO
AG URINÁRIO = Na+u + K+u – Cl-u
EFEITOS DELETÉRIOS DA ACIDOSE METABÓLICA CRÔNICA
A principal consequência deletéria da acidose metabólica crônica é o déficit do
crescimento da criança, associado à desmineralização óssea (raquitismo), processo
gerado pelo tamponamento do excesso de H+ no osso
• Reposição de Bases: Bicarbonato de Sódio (NaHCO3) ou Citrato de Potássio;
• A indicação de reposição de NaHCO3 depende da causa da acidose
metabólica e da gravidade da mesma;
• Acidoses Hiperclorêmicas: a reposição de bases está indicada em todas as
acidoses hiperclorêmicas;
• Acidose Normoclorêmicas: a reposição de bases não está indicada de rotina,
sendo indicada dependendo da causa e gravidade.
TRATAMENTO DAS ACIDOSES METABÓLICAS
• A alcalose metabólica “pura” é definida por HCO3 > 26mEq/L e um pH >
7,45;
• A alcalose metabólica é sinônimo de retenção de bicarbonato;
• Condições responsáveis pela manutenção da Alcalose Metabólica:
1. Hipovolemia;
2. Depleção de cloreto;
3. Hiperaldosteronismo;
4. Hipopotassemia.
ALCALOSES METABÓLICAS
Alcalose metabólica
Cloro urinário < 15mEq/L
Perdas
Cloro urinário > 20mEq/L
PA normal PA elevada
ALCALOSE METABÓLICA
CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS DE ALCALOSE METABÓLICA
TIPO CAUSAS
Extrarrenal, responsiva a cloreto
• Hipocloremia
• Cloro urinário menor que 20
• Relacionada a eventos gastrointestinais
• Vômitos
• Síndrome de Zollinger-Ellison
• Adenoma viloso de cólon
• “Cloretorreia congênita”
Renal, responsiva a cloreto
• Hipocloremia
• Cloro urinário maior que 20
• Perda renal primária de cloreto
• Diuréticos de alça e tiazídicos
• Síndrome de Bartter e Gitelman
• Acidose pós-hipercapnia
Extrarrenal, não responsivo a cloreto
• Cloro sérico normal
• Cloro urinário menor que 20
• Alta concentração de cátions ou depleção de ânions
• Reposição de NaHCO3, citrato, acetato, lactato
• Hemotransfusões
• Síndrome leite-álcali
• Hipoproteinemia
Renal, não responsiva a cloreto
• Cloro sérico normal ou Hipocloremia discreta
• Cloro urinário maior que 20
• Estados hipermineralocorticoides
• Hiperaldosteronismo primário e secundário
• Síndrome de Liddle
• Síndrome de Cushing
Outras causas
• Excreção excessiva de ânion não absorvível
• Nitratos
• Penicilinas sintéticas
1. História clínica detalhada, especialmente com relação à história
medicamentosa recente, uso de álcalis, presença de vômitos ou diarreia;
2. Dosagem de cloro sérico e avaliação do estado volêmico do paciente;
3. Dosagem do cloro urinário.
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA NAS ALCALOSES METABÓLICAS
• Consequências de estados que induzem perda de cloreto em secreções do
tubo digestivo, normalmente por vômitos ou drenagem nasogástrica;
• Vômitos repetidos ou alta drenagem gástrica por cateter em pacientes
internados leva a uma importante depleção de H+, gerando uma alcalose
metabólica;
• Estenose hipertrófica do piloro: entidade clínica que mais cursa com vômitos
de repetição e que pode levar a um quadro grave de alcalose metabólica.
ALCALOSE METABÓLICA EXTRARRENAL RESPONSIVA A CLORETO
• Vasoconstricção cerebral;
• Excitabilidade neuromuscular;
• Excitabilidade cardíaca;
• Hipoventilação pulmonar (compensatória);
• Aumento da produção de lactato;
• Redução do cálcio ionizado;
• Encefalopatia hepática.
EFEITOS DELETÉRIOS DA ALCALOSE METABÓLICA GRAVE
OBS.: O pH alcalino aumenta a avidez da
albumina pelo cálcio, reduzindo sua fração
ionizada
OBS.: A encefalopatia hepática é
decorrente do acúmulo plasmático de NH3,
que é capaz de passar a barreira
hematoencefálica
• A acidose respiratória “pura” é definida por PCO2 > 45mmHg e um pH <
7,35;
• Em situações crônicas, por ser lento e progressivo, o aumento do PCO2 é
eficazmente compensada pela retenção renal de HCO3, uma espécie de
alcalose metabólica compensatória, que provoca um aumento do excesso de
base (BE) na gasometria;
• Nas acidoses respiratórias agudas graves o paciente costuma evoluir com a
síndrome da carbonarcose, sendo tratamento efetivo a intubação traqueal e
ventilação mecânica;
• A acidose respiratória crônica não precisa ser tratada quando no estado
compensado, a conduta visa apenas o tratamento da doença de base.
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
CAUSAS DE ACIDOSE RESPIRATÓRIA
ACIDOSE AGUDA OU AGUDIZADA
Pneumopatias graves – fadiga respiratória Doenças do SNC (AVE, tumores, TCE, TRM,
hemorragias)
Edema agudo de pulmão – fadiga
respiratória
Síndrome de Guilláin-Barré
Obstrução de vias aéreas superiores Crise miastênica
ACIDOSE CRÔNICA
DPOC Síndrome de Pickwick (obesidade mórbida +
apneia do sono)
Pneumopatias crônicas com hipoventilação Cifoescoliose grave
Esclerose lateral amiotrófica Outras neuropatias ou miopatias crônicas
EM DISTÚRBIOS AGUDOS
Bic esperado= 24 + {(PaCO2 - 40) x 0,1}
EM DISTÚRBIOS CRÔNICOS:
Bic esperado= 24 + {(PaCO2 - 40)} x 0,35}
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
COMPENSAÇÃO NA ACIDOSE RESPIRATÓRIA
AGUDA HCO3- 1mEq/L para cada 10
mmHg PaCO2
CRÔNICA HCO3- 4 mEq/L para cada 10
mmHg PaCO2
• A alcalose respiratória “pura” é definida por uma PCO2 < 35mmHg e um pH
> 7,45;
• O mecanismo: HIPERVENTILAÇÃO PULMONAR;
• Na alcalose respiratória crônica, o rim elimina mais bicarbonato, na tentativa
de compensar o pH, levando a um excesso de base (BE) mais negativo;
• O tratamento é voltado para a causa básica.
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
CAUSAS DE ALCALOSE RESPIRATÓRIA
ALCALOSE AGUDA
Hiperventilação psicogênica (ansiedade,
angústia)
Pneumopatias agudas: crise asmática,
pneumonia, TEP
Intoxicação por salicilatos Sepse por gram-negativos
Insuficiência hepática aguda Doença aguda do SNC
ALCALOSE CRÔNICA
Pneumopatias crônicas com hiperventilação Sepse por gram-negativos
Insuficiência hepática Hipertireoidismo Doença do SNC
DISTÚRBIOS AGUDOS:
Bic esperado= 24 - {(40 - PaCO2) x 0,2}
DISTÚRBIOS CRÔNICOS:
Bic esperado= 24 - {(40 – PaCO2) x 0,4}
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
COMPENSAÇÃO NA ALCALOSE RESPIRATÓRIA
AGUDA HCO3- 2 mEq/L para cada
10mmHg PaCO2
CRÔNICA HCO3- 5mEq/L para cada 10
mmHg PaCO2
ANÁLISE DA GASOMETRIA ARTERIAL: CINCO PASSOS
• Passo 1: Há distúrbio acidobásico?
• Passo 2: O paciente está acidêmico ou alcalêmico?
• Passo 3: Qual o distúrbio acidobásico primário?
• Passo 4: Resposta compensatória esperada
• Passo 5: Como reconhecer um distúrbio acidobásico misto?
pH = 7,35-7,45
PO2 = 80-100mmHg
PCO2 = 35 - 45mmHg
BE= -2 a +2
HCO3= 22-28 mEq/L
SatO2 >95%
pH = 0,05 menor
PO2 = 50%
PCO2 = 6mmHg maior
SatO2 75%
GASOMETRIA ARTERIAL X GASOMETRIA VENOSA
Sangue pHPO2
(mmHg)
PCO2
(mmHg)
HCO3
(mEq/L)
Arterial 7,37-7,43 70-100 35-45 22-26
Venoso 7,32-7,38 42-486 mmHg
maior23-27
• Principais Indicações:
1. Doenças infecciosas pulmonares: pneumonia;
2. Doenças vasculares pulmonares: tromboembolismo pulmonar;
3. Obstrução de vias aéreas: asma e DPOC;
4. Doenças pulmonares intersticiais;
5. Patologias pleurais: derrame pleural;
6. Patologia neoplásica pulmonar;
7. Patologias da caixa torácica e doenças neuromusculares;
8. Síndrome da apneia obstrutiva do sono;
9. Doenças cardíacas: insuficiência cardíaca e edema agudo de pulmão;
10. Dispneia a esclarecer;
11. Mensuração do equilíbrio acidobásico.
GASOMETRIA ARTERIAL
• ACIDOSE METABÓLICA:
• ALCALOSE METABÓLICA:
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
PaCO2 esperada = 1,5 x Bic + 8 (+/-2)
PaCO2 esperada = Bic + 15 (+-2)
Caso 1 – PMSR, sexo masculino, 16 anos, admitido com suspeita de Leptospirose evoluiu para
insuficiência renal. A gasometria evidenciou:
pH= 7,16
pCO2 = 31
pO2 = 86
HCO3 = 14 mEq/L
Acidose metabólica devido à insuficiência renal
na reabsorção de HCO3. Tentativa de
compensação por hiperventilação ou alcalose
respiratória, ↓pCO2
Caso 2 – FST, sexo feminino, 26 anos, admitida na emergência após tentativa de suicídio por
intoxicação com Venlafaxina (anti-depressivo tricíclico)
pH = 7,1
pO2 = 89
pCO2 = 61
HCO3 = 24
Acidose respiratória devido ao aumento do
pCO2, pois tricíclico é depressor respiratório
Caso 3 – Paciente do sexo masculino, 60 anos, deu entrada à sala de emergência
com quadro de rebaixamento do nível de consciência. Possuía histórico de alcoolismo
importante, com relato, segundo os acompanhantes, de ter apresentado convulsão
tonico-clônica generalizada há 30 minutos. Ao exame físico, constatou-se:
PA = 130x80 mmHg / FC = 120bpm / E. Glasgow = 10
Hb = 10 / Ht = 30% / Ur = 100 mg/dL / Cr = 4,5mg/dL
Na+ = 137meq/L / K+ = 7,0meq/L / Cl- = 100meq/L / Glicemia= 80 mg/dL
Gasometria arterial: pH = 7,12 / PaCO2 = 40 mmHg / PaO2 = 75mmHg
BIC = 12 mEq/L / BE = -6 / SaO2: 97%
ECG: Presença de ondas T apiculadas
Qual o distúrbio acidobásico apresentado?
Caso 4 – Um paciente com estenose pilórica, em fase de preparo pré-
operatório, está com a sonda nasogástrica aberta. Apresenta distensão
abdominal, hipertimpanismo à percussão e redução acentuada dos ruídos
hidroaéreos.
Gasometria arterial:
pH: 7,45;
HCO3-: 30 mEq/L;
PaCO2: 42 mmHg;
BE: 2,5
Qual o distúrbio acidobásico apresentado?
Caso 5 – Uma mulher, 68anos, com doença renal crônica, chega à emergência com
queixas de fraqueza, perda de peso, anorexia, náuseas e vômitos. Ao exame físico
é revelado: estertores bibasais crepitantes, ritmo cardíaco regular, ausência de
visceromegalias abdominais, edema periférico +/4+.
Exames laboratoriais:
Cr = 12 / Ur = 250 mg/dL / K+ = 5,8 mEq/L / Na+ = 135 mEq/L
Cl- = 85mEq/L / BIC = 18mEq/L;
Gasometria arterial:
pH: 7,20 / PaCO2: 25mmHg / BIC = 18 mEq/L;
Qual o distúrbio acidobásico apresentado?
pH = 7,40 0,05
PaO2 = 96mmHg – (0,4 x idade) ou 80-100
PaCO2 = 40 5 mmHg
HCO3 = 24 2 mmHg
Excesso de base (BE) = 0 2,5
Saturação de O2 = > 95%
Cloro = 95 – 105 mEq/L
Ânion gap = 10 2 mEq/L
Osmolaridade estimada = 290 5 mOsml/L
Gap Osmolal = até 15mOsmol/L
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MARTINS, H. S. et AL. Emergências Clínicas: abordagem prática – USP. 8ª ed.
Revisada e atualizada. Barueri, SP: Manole.
• HIGA, E.M.S et AL. Medicina de Urgência: guias de Medicina ambulatorial e
hospitalar da EPM – UNIFESP. 3ª ed. Barueri, SP: Manole, p. 589-594.
• KAPLAN, F.J Frangos S. Cical review: acid-based abnormalities in the intensive
care unit. Crit Care 2005; 09:198-203.
• http://www.amib.com.br/rbti/download/artigo_2010623145045.pdf
• http://www.portalneonatal.com.br/uti-neonatal/arquivos/GASOMETRIA.pdf
ECGHistória Clínica:
FMS, 52 anos, hipertensa, evolui há 5 anos com clínica de dispneia progressiva
até aos pequenos esforços, com episódios de despertar noturno por dispneia
nós últimos 3m. Há 1 semana da internação procurou emergência com quadro
de dor precordial súbita, acompanhada de sudorese, palpitações taquicárdicas
e náuseas, sendo medicada com alívio sintomático e recebendo alta. Voltou a
apresentar episódio de dor torácica, dispneia e palpitações, procurando
novamente o pronto socorro, permanecendo internada para compensação
clínica e tratamento.
EF.: Ausculta cardíaca com bulhas arrítmicas em 2T, com sopro sistólico mitral
(2+/6+). Ictus desviado a esquerda.
Realizados Rx tórax e ECG abaixo. Posteriormente ECO que demonstrou valva
mitral espessada com folheto posterior com reduzida mobilidade e insuficiência
mitral importante + aumento de AE e de câmaras direitas + hipertensão
pulmonar.