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Há séculos vem havendo uma confusão entre língua e gramática normativa: LÍNGUA - é um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo que permite a comunicação e a interação entre os participantes de forma ativa Gramática Normativa - é uma variação lingüística de prestigio que vai valorizar a norma culta. Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão.
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II SEMINÁRIOPESQUISA APLICADA AO
ENSINO DE LETRAS
CURSO:
LETRAS VERNÁCULAS
DISCIPLINA: PESQUISA APLICADA
AO ENSINO DE LETRAS
UESC EAD
POLO DE IPIAÚ - BA
TEMA
DIVERSIDADE LINGUÍSTICA
NA SALA
DE AULA
OBJETIVO GERAL
• Identificar as visões que orientam o ensino de língua materna. Suas causas, conseqüências,e possibilidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Rever a postura do formador frente as variações lingüísticas.
• Combater o preconceito lingüístico.
• Valorizar a língua materna.
PROBLEMA
• O preconceito lingüístico frente às variações, tendo em vista a posição
prescritiva, normativa em relação à língua materna na sala de aula.
HIPOTESE
• A supervalorização da norma culta e a emissão de juízo de valor em detrimento da língua materna, na sala de aula, vão influenciar na aprendizagem dos alunos.
METODOLOGIA• A pesquisa realizada visa à produção de conhecimentos
teóricos metodológicos, referindo-se a atuação dos profissionais envolvidos na sala de aula e sua postura frente às diversidades lingüísticas nos primeiros anos do ensino fundamental. A partir de fontes bibliográficas que tratam da matéria em questão, os problemas e hipóteses serão argumentados. Nossa investigação bibliográfica está inserida nas áreas da lingüística, da sociolingüística e da pedagogia. Alguns autores anteriormente consultados serão nossa base de sustentação para as reflexões aqui apresentadas: Bagno, Luft, Paulo Freire entre outros que argumentam com precisão e colaboram de forma legitima com os assuntos tratados nesta pesquisa. Esta pesquisa será divulgada através do projeto escrito e na apresentação de um seminário na Universidade Estadual de Santa Cruz (Pólo de Ipiaú-Ba) no dia 25.06.2010.
• Há séculos vem havendo uma confusão entre língua e gramática normativa.
• LÍNGUA - é um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo que permite a comunicação e a interação entre os participantes de forma ativa
• Gramática Normativa - é uma variação lingüística de prestigio que vai valorizar a norma culta.
• Carlos Bagno (1999,p.09) em seu livro Preconceito linguístico, o que é ,e como
se faz, vai dizer:
“Uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo... Também a gramática não é a língua.”
• Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão.
• Existe uma tradição a qual afirma que no Brasil há uma unidade lingüística, que
todo o povo brasileiro fala de forma homogênea.
• Ao não assumir a diversidade linguística existente estamos permitindo que a língua
materna seja desprestigiada.
Com isso tem surgido um tipo de preconceito muito comum na sociedade
brasileira,
o preconceito linguístico
ALGUNS MITOS QUE ALIMENTAM O PRECONCEITO
LINGUISTICO
• “Brasileiro não sabe português” / “Só em Portugal se fala bem português”
• “Português é muito difícil”
• “As pessoas sem instrução falam tudo errado”
• “O certo é falar assim porque se escreve assim”
Os lingüísticos de forma quase unânime nos apresentam duas questões que vão influenciar na diversidade lingüística
existente em nosso país:
• Os aspectos geográficos.
• Os aspectos sociais.
• Esses mitos são muito prejudicais à educação porque, ao não reconhecer a
verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor sua norma lingüística como se ela fosse, de
fato, a língua comum a todos os 160 milhões de brasileiros,
independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação
socioeconômica, de seu grau de escolarização
• É preciso, portanto, que a escola e todas as demais instituições voltadas para a educação e a cultura abandonem esse
mito da “unidade” do português no Brasil e passem a reconhecer a verdadeira
diversidade lingüística de nosso país para melhor planejarem suas políticas de ação
junto à população amplamente marginalizada dos falantes das variedades
não-padrão.
RESULTADOS ESPERADOS• Através da exposição do projeto científico
de pesquisa que tem como tema: “Diversidade Lingüística na Sala de Aula”, esperamos ter transmitido aos colegas e professores as variedades lingüísticas existente em nosso país e sua importância, e que como profissionais na área de educação possamos combater o preconceito lingüístico dentro da sala de aula.
Referências Bibliográficas • BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz.
49ª. ed.São Paulo:Edições Loyola,1999.• A Diversidade Lingüística na Sala de Aula (Por Tathiany Pereira
de Andrade) publicado 1/11/2008 por Tathiany Pereira de Andrade em http://www.webartigos.com
• FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Pontes, 1992.
• CAMACHO, Roberto Gomes. A variação lingüística. Subsídios à proposta
• Curricular de Língua Portuguesa para o 1º e 2º grau. São Paulo,• SE/CENP/UNICAMP, pág 29-41, 1988.• LUFT, Celso Pedro (1994): Língua e liberdade. 3a ed., São • Paulo, Ática. 1994
TRABALHO APRESENTADOAOS PROFESSORES
FORMADORES:• RODRIGO ARAGÃO• ZELIANA BEATO
TUTORAS:• LUIZA NAVARRO• ELSON LEITE• MARIANA
FERNANDES
PELOS ALUNOS (AS):
• Roberto Carlos Sena
• Soraia de Jesus Santos