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88ISSN 1679-043XNovembro, 2007
Anais e Ata
10 Reunio Sul-BrasileiraSobre Pragas de SoloPragas-Solo-Sul
Dourados, MS2007
Organizado por:
Crbio Jos vilaRmulo Penna Scorza Junior
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria
Ministrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoEmbrapa Agropecuria Oeste
ISSN 1679-043X
Novembro, 2007
88
Anais e Ata
10 Reunio Sul-BrasileiraSobre Pragas de Solo
Pragas-Solo-Sul
25 a 27 de setembro de 2007
BR 163, km 253,6Caixa Postal 66179804-970 Dourados, MSFone: (67) 3425-5122Fax: (67) 3425-0811www.cpao.embrapa.brE-mail: [email protected]
Presidente: Carlos Hissao KuriharaSecretrio-Executivo: Claudio LazzarottoMembros:
Superviso editorial, Reviso de texto e Editorao eletrnica:
Normalizao bibliogrfica:
(2007): online
Embrapa Agropecuria Oeste
Comit de Publicaes da Unidade
1 edio
Augusto Csar Pereira Goulart, Carlos Lsaro Pereira de Melo,Euclides Maranho, Fbio Martins Mercante, Guilherme Lafourcade Asmus,Hamilton Hisano, Jlio Cesar Salton e Silvia Mara Belloni.
Eliete do Nascimento FerreiraEli de Lourdes VasconcelosSilvia Mara Belloni
Os trabalhos contidos nesta publicao so de inteiraresponsabilidade de seus autores.
Todos os direitos reservados.
A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte,
constitui violao dos direitos autorais (Lei N 9.610).
CIP-Catalogao-na-Publicao.
.Embrapa Agropecuria Oeste
Embrapa 2007
Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo
Pragas-solo-sul: anais e ata da 10. Reunio Sul-Brasileira sobrepragas de solo / organizado por Crbio Jos vila, Rmulo PennaScorza Jnior. - Dourados: Embrapa Agropecuria Oeste, 2007.
305p. il. - (Documentos / Embrapa Agropecuria Oeste, ISSN 1679-0435X ; 88).
1. Praga de solo 2. Entomologia I. Embrapa Agropecuria Oeste. II.vila, Crbio Jos. III. Scorza Jnior, Rmulo Penna. IV. Ttulo. V. Srie.
(10. : 2007 : Dourados,MS).
CDD (21. ed.) 639.313
Crbio Jos vila
Suelma Pires da Silva Bonatto
Christiane Comarella Sayuri
Rmulo Penna Scorza Jnior
Euclides Maranho
- Presidente
- Secretria
- Tesoureira
-Coordenador da Comisso Cientfica
- Captao de Recursos
Rmulo Penna Scorza Jnior
Alan de Souza Silva
-
- UNIDERP
Coordenador - Embrapa Agropecuria Oeste
Crbio Jos vila
Karlla Barbosa Godoy
Srgio Roberto Rodrigues
-
- UNIGRAN
- UEMS
Embrapa Agropecuria Oeste
Comisso Organizadora
Comisso Cientfica
Crbio Jos vila
Rmulo Penna Scorza Jnior
Eng. Agrn., Dr.,Embrapa Agropecuria Oeste,
Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS.Fone: (67) 3425-5122, Fax: (67) 3425-0811
E-mail: [email protected]
Eng. Agrn., Dr.,Embrapa Agropecuria Oeste,
Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS.Fone: (67) 3425-5122, Fax: (67) 3425-0811
E-mail: [email protected]
Organizadores
Os sistemas de produo de gros tm sido bastante modificados nos ltimos anos,especialmente nas Regies Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil. Dentre os fatoresresponsveis por esta modificao, destacam-se: expanso das culturas para regiesantes inexploradas; adoo de novas prticas de cultivo, como o sistema de plantiodireto (SPD); alteraes na densidade de semeadura; incluso de outras espciesvegetais no perodo de outono/inverno e a integrao lavoura-pecuria. Essasalteraes exigem que o manejo de pragas nas culturas seja dinmico, pois acomposio e abundncia da entomofauna variam medida que os sistemas seexpandem, ou se diversificam, notadamente para o caso de organismos que estointimamente associados ao solo, como o caso dos insetos subterrneos ou desuperfcie, coletivamente denominados de insetos de solo.
Os problemas com pragas de solo no Brasil tm se expandido nos ltimos anos emlavouras de soja, milho, trigo, arroz, cana-de-acar, caf e algodo, sendo suadiversidade e grau de ocorrncia variveis em funo de cada regio agrcola do Pas.
A Reunio Sul-Brasileira sobre Pragas-de-Solo (PragasSolo-Sul) constitui-se um frumde debates com o objetivo de promover o conhecimento sobre as pragas-de-solo ebuscar solues para os problemas por elas causados agricultura. Aps a criao daReunio de pesquisa sobre pragas de solo, no ano de 1988 (1 Reunio), j foramrealizadas nove reunies abrangendo os diferentes estados da Regio Centro-Sul doBrasil. Nesse perodo, foram constatados expressivos avanos no estado da arte e nadisponibilizao de prticas para manejo efetivo desse grupo de pragas em cultivos dasdiferentes regies geogrficas do Pas.
Na X PragasSoloSul, que contou com a participao de 253 pessoas, foramapresentados os diagnsticos das situaes de pragas de solo no Rio Grande do Sul,Santa Catarina, Paran, So Paulo e Mato Grosso do Sul, bem como abordadosdiferentes assuntos relacionados ao tema, em sete palestras realizadas. Tambm foramapresentados 46 trabalhos cientficos no evento, sendo 13 na forma oral e 33 comopsteres.
A reuniu nesta publicao os resumos das palestras e dostrabalhos cientficos apresentados na X PragasSoloSul, alm da Ata, regimento internoatualizado, listas de participantes e palavras-chave. Desejamos que as informaescontidas neste documento possam contribuir para o aumento do conhecimento sobrepragas de solo e, conseqentemente, fornecer subsdios para a implementao do seumanejo nos sistemas de produo.
EmbrapaAgropecuria Oeste
Apresentao
Crbio Jos vilaPresidente da Comisso Organizadora
X Reunio Sul-Brasileira sobre Pragas de Solo
Mrio Artemio UrcheiChefe-Geral
Embrapa Agropecuria Oeste
DIAGNSTICO DASITUAO ..............................................17
PALESTRAS...........................................................................51
DIAGNSTICO DA OCORRNCIA DE PRAGAS DE SOLO EM MATOGROSSO DO SULEuclides Maranho e Crbio Jos vila ..........................................................19
DIAGNSTICO DASITUAO DE PRAGAS DE SOLO EM SO PAULOJos Maurcio Simes Bento ........................................................................26
DIAGNSTICO DE PRAGAS DE SOLO NO ESTADO DO PARANRodolfo Bianco ............................................................................................29
DIAGNSTICO DE PRAGAS DE SOLO NO ESTADO DE SANTACATARINALusAntnio Chiaradia .................................................................................36
DIAGNSTICO SOBRE PRAGAS ASSOCIADAS AO SOLO NO RIOGRANDE DO SUL- 2007Jos Roberto Salvadori, Paulo Roberto Pereira, Mauro T. B. da Silva,Jaime Vargas de Oliveira, Marcos Botton, Dori Edson Nava e Ervandil CorraCosta... .......................................................................................................46
EVOLUO EM PESQUISAS BIOLGICAS DE PRAGAS NO BRASIL, COMNFASEAPRAGAS DE SOLOJos Roberto Postali Parra ...........................................................................53
DISTRIBUIO ESPACIALEAMOSTRAGEM DE PRAGAS DE SOLOJosAlexandre Freitas Barrigossi.................................................................56
MANEJO DA LAGARTA-ELASMO EM GRANDES CULTURAS: GARGALOSDAPESQUISAPauloAfonso Viana ......................................................................................67
PERCEVEJOS CASTANHOS (HEMIPTERA:CYDNIDAE): BIOECOLOGIA ECONTROLEPaulo Maral Fernandes ..............................................................................78
OCORRNCIADE CARAMUJOS EM CAMPO MOURO - PRGilberto Guarido...........................................................................................79
..
Sumrio
PRAGAS DE SOLO NA CULTURA DA CANA-DE-ACAR: CUPINS,E NEMATIDES
Wilson Roberto Trevisan Novaretti...............................................................82
PROJETOS INTEGRADOS DE PESQUISA SOBRE PRAGAS DE SOLO:CRIAO DE REDES E POSSVEISAGNCIAS DE FOMENTOLenita Jacob Oliveira...................................................................................87
COR-DAS-HORTALIAS: UMA NOVA PRAGA DE SOLO NO CERRADODO DISTRITO FEDERALE DE GOISCharles Martins de Oliveira..........................................................................95
BLANCHARD (COLEOPTERA: MELOLONTHIDAE:MELOLONTHINAE): UMA NOVA PRAGA DE SOLO NA CULTURA DA SOJANO CERRADO DO BRASILCENTRALCharles Martins de Oliveira..........................................................................99
ASPECTOS BIOLGICOS E COMPORTAMENTAIS DEBLANCHARD 1851 (COLEPTERA: MELOLONTHIDAE) EM MATO GROSSODO SULViviane Santos, Crbio Jos vila, Danieli Josefina Salvador, Juliana FantinatoRibeiro eAna Carolina Viana Portela..........................................................103
OCORRNCIA E ASPECTOS BIOLGICOS DEENDRODI, 1963 (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) NO ESTADO DE MATOGROSSO DO SULViviane Santos, Crbio Jos vila, Ana Carolina Viana Portela e JulianaFantinato Ribeiro.......................................................................................107
ASPECTOS REPRODUTIVOS DE VAURIE(COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) EM CANA-DE-ACARNancy Barreto-Triana, Cristiane Nardi, Maria Izabel Fancelli-Tomazella,Luciana Y. Matsubara, Luiz Carlos de Almeida, Sueli Aparecida Piacentini eJos Maurcio Simes Bento .....................................................................110
CASCARUDOS NEGROS: BIOLOGAY COMPORTAMIENTO EN URUGUAYRosarioAlzugaray .....................................................................................114
ESCOLHA DO HBITAT POR CARABIDAE (COLEOPTERA) EMAGROECOSSISTEMASFrancisco Jorge Cividanes, Srgio Ide, Edileusa de S.Araujo, JosArmando deAlmeida Moschen e Michelle Fernanda Scanavez .....................................118
Migdolus
Phyllophaga capillata
Liogenys suturalis
Cyclocephala forsteri
Sphenophorus levis
TEMAS LIVRES - RESUMOS:APRESENTAO ORAL .......93
ESTUDO DO DESLOCAMENTO VERTICAL DOS NEMATIDESENTOMOPATOGNICOS sp. (JPM4) eEM COLUNA DE SOLO VISANDO AO CONTROLE DA CIGARRA-DO-CAFEEIROMarcoAurlio Tramontin da Silva,Alcides Moino Jr., Cristhiane Rohde, FabianoDuarte Carvalho, Iuri Montandon de Oliveira e Cleidson Soares Ferreira.....122
AVALIAO DO NEMATIDE ENTOMOPATOGNICO sp.(JPM4) EM CONDIES DE SEMI-CAMPO, VISANDO AO CONTROLE DACIGARRA-DO-CAFEEIROMarco Aurlio Tramontin da Silva Alcides Moino Jr., Iuri Montandon de Oliveira,Cleidson Soares Ferreira e ricaAparecida Nogueira Rosa........................127
RESULTADOS PRELIMINARES DE VIRULNCIA DE NEMATIDESENTOMOPATOGNICOS EM CORS RIZFAGOS DE CULTURASANUAISNO SULDO BRASILMarcio Voss, Jos Roberto Salvadori, Paulo Roberto Valle da Silva Pereira,Marineide Mendona Aguillera e Luis Garrigs Leite..................................131
EFEITO DE BACTRIAS RIZOSFRICAS INOCULADAS EM RAIZ DESOJASOBRE (COLEOPTERA: MELOLONTHIDAE)Lenita Jacob Oliveira eAlexandre Jos Cattelan ........................................134
CARACTERIZAO MOLECULAR DE ESPECIES DE(HEMIPTERA: CYDNIDAE)Daniel Ricardo Sosa-Gmez, Lenita Jacob Oliveira, Jose Jairo da Silva, SilvanaRegina Rockenbach Marin e Eliseu Binneck ..............................................137
EFEITO DE INSETICIDAS NEONICOTINIDES SOBRE A COCHONILHAALGODONOSA (RISSO, 1813) (HEMIPTERA:PSEUDOCOCCIDAE) NACULTURADAVIDEIRAWilson Jos Morandi Filho, Marcos Botton, Anderson Dionei Grtzmacher eAline Bertin ...............................................................................................141
PULVERIZAO DE EXTRATO PIROLENHOSO SOBRE CUPINS DETERRASOLTA (BURMEISTER, 1839)Alan Souza-Silva, Ronald Zanetti eAlexandre Santos ................................149
ESTUDO DO COMPORTAMENTO REPRODUTIVO DEBLANCHARD, 1856 (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE)
Anderson Puker, Srgio Roberto Rodrigues, Crislany de Lima Barbosa eAlfredo RalAbot ......................................................................................153
Heterorhabditis Steinernema riobrave
Heterorhabditis
Phyllophaga cuyabana
Scaptocoris
Planococcus citri
Syntermes molestus
Anomalatestaceipennis
TEMAS LIVRES - RESUMOS:APRESENTAO PSTER.147
CAPACIDADE DE RETENO DE GUA EM MUDAS DE EUCALIPTOVISANDO A CALIBRAO DO TRATAMENTO COM CUPINICIDAS VIAIMERSO DE MUDASCarlos Frederico Wilcken, Mrio Henrique Ferreira do Amaral Dal Pogetto,Pedro Jos Ferreira Filho,Alexandre Coutinho Vianna Lima e Gabriel de SouzaMateus ....................................................................................................157
ESTUDO DA BIOLOGIA BLANCHARD, 1850(COLEOPTERA: SCARABAEIDAE)Crislany de Lima Barbosa, Srgio Roberto Rodrigues, Anderson Puker eAlfredo RalAbot ......................................................................................161
ESTUDO DA OCORRNCIA E DO PERODO REPRODUTIVO DEBLANCHARD, 1850 (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) EM
AQUIDAUANA, MSCrislany de Lima Barbosa, Srgio Roberto Rodrigues, Anderson Puker eAlfredo RalAbot ......................................................................................164
POLIMORFISMO ALAR NO PERCEVEJO-CASTANHOBecker (HEMIPTERA: CYDNIDAE)Cristiane Nardi, Paulo Maral Fernandes e Jos Maurcio Simes Bento ....167
BIOLOGIA E CAPACIDADE REPRODUTIVA DE(GERMAR, 1824) (COLEOPTERA: CHRYSOMELIDAE) EM DIFERENTESHOSPEDEIROSDarque Ratier Bitencourt e Crbio Jos vila .............................................171
EFICCIA DO CONTROLE DA LARVA-ALFINETE SOBRE O RENDIMENTODO MILHO PIPOCADionsio Link, Juliano Perlin de Ramos e Orcial Ceolin Bortoloto .................174
EFEITO DE INSETICIDAS APLICADOS EM SEMENTES DE MILHO, EMREA COM OCORRNCIA DO COR-DAS-PASTAGENS,
Juliano Perlin de Ramos, Dionsio Link e Orcial Ceolin Bortoloto .................177
OCORRNCIA E ASPECTOS BIOLGICOS DE (FABRICIUS,1775) (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE)Elison Floriano Tiago, Srgio Roberto Rodrigues, Anderson Puker e AlfredoRalAbot ..................................................................................................180
EFEITO DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO SOBRE A ESTRUTURA DECOMUNIDADES DEARTRPODESASSOCIADOSAO SOLOFrancisco Jorge Cividanes, Jos Carlos Barbosa, Ivan Carlos FernandesMartins, Gianni Haddad eAna Paula Kovacs Ferreira.................................184
DE Liogenys fuscus
Liogenysfuscus
Scaptocoris carvalhoi
Diabrotica speciosa
Diloboderusabderus
Enema pan
AVALIAO AGRONMICA DE ALGUNS INSETICIDAS EM TRATAMENTODE SEMENTES, NO CONTROLE DA BROCA-DA-RAIZ,
(COLEOPTERA: CURCULIONIDAE), NA CULTURA DOALGODOGermison Vital Tomquelski e Gustavo Mamor Martins ..............................187
ESTUDO DA BIOLOGIA DE BURMEISTER, 1847(COLEOPTERA:SCARABAEIDAE)Gerson Aler de Lima Nogueira, Srgio Roberto Rodrigues, Rodrigo RodaEcheverria, Vilma dos Santos Oliveira, Jos Ivaldo do Carmo e Alfredo RalAbot .........................................................................................................190
EFEITO DA SUCESSO DE CULTURAS NA DENSIDADE DE LARVAS DESCARABAEIDAE EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO EMAQUIDAUANA/MS. RESULTADOS PRELIMINARESJos Ivaldo do Carmo, Srgio Roberto Rodrigues, Rodrigo Roda Echeverria,Gerson Aler de Lima Nogueira, Crislany de Lima Barbosa, Anderson Puker eAlfredo RalAbot ......................................................................................193
DISTRIBUIO VERTICAL DE LARVAS DE (COLEOPTERA:MELOLONTHIDAE), NO PERFILDO SOLOLenita Jacob Oliveira, Jos Renato Bouas Farias .....................................196
EFICCIA DE INSETICIDAS APLICADOS NO SULCO DE SEMEADURA NOCONTROLE DOS CORS E NACULTURADASOJALcia M. Vivan, Crbio Jos vila, Viviane Santos e Odair MarceloLocatelli ....................................................................................................199
EFICCIA DE INSETICIDAS VIA TRATAMENTO DE SEMENTES NOCONTROLE DOS CORS e sp. NACULTURADASOJALcia M. Vivan, Crbio Jos vila, Viviane Santos e Odair MarceloLocatelli ....................................................................................................203
EFICCIA DE INSETICIDAS APLICADOS NAS SEMENTES DE SOJA PARACONTROLE DE PERCEVEJO CASTANHO DA RAIZ(PERTY) (HETEROPTERA: CIDNYDAE) E PRODUTIVIDADE DA CULTURADASOJALcia Madalena Vivan e Odair Marcelo Locatelli.........................................207
DISTRIBUIO ESPAO-TEMPORAL DE ADULTOS DE(PASCOE, 1881) (COLEOPTERA: ERIRHINIDAE) EM REA DE ARROZIRRIGADO, SANTAMARIA, RSLuciano Pizzuti, Evandil Corra Costa, Sandro Borba Possebon, Orcial CeolinBortoloto e Rafael Bonadiman ...................................................................211
Eutinobothrusbrasiliensis
Cyclocephala verticalis
Plectris pexa
Phyllophaga cuyabana Liogenys fuscus
Phyllophaga cuyabana Liogenys
Scaptocoris castanea
Ochetina uniformis
FLUTUAO POPULACIONAL DE LARVAS DE CURCULIONDEOS-DAS-RAZES ( spp.) NA CULTURA DA SOJA EM DUASPROFUNDIDADES DE SOLOOrcial Ceolin Bortolotto, Jerson Vanderlei Cars Guedes, Luciano Pizzuti,Rafael Bonadiman e Sandro Borba Possebon ...........................................215
DANOS DE (ISOPTERA: TERMITIDAE) EM MUDASDE EUCALIPTO TRATADAS COM CONFIDOR 750 GRDA APLICADO EMGELHIDRORRETENTORMrio Henrique Ferreira do Amaral Dal Pogetto, Pedro Jos Ferreira Filho,Alexandre Coutinho Vianna Lima, Marcelo Cury Abdalla e Carlos FredericoWilcken ....................................................................................................219
INFLUNCIA DO NVEL E TEMPO DE INFESTAO DO PERCEVEJOBARRIGA VERDE, (Heteroptera: Pentatomidae), NAFASE INICIALDE MILHONei Lucio Domiciano .................................................................................223
LEITURA SEMI-QUANTITATIVA E PROCEDIMENTOS PARA FINS DEAMOSTRAGENS NO CONTROLE INTEGRADO DE PRAGA. EXEMPLO DELEITURA DE INJRIA CAUSADA PELO PERCEVEJO BARRIGA VERDE,
(HETEROPTERA, PENTATOMIDADE), EMPLNTULAS DE MILHONei Lucio Domiciano .................................................................................227
PADRO DE EMERGNCIA DE (OLIVIER, 1790)(HEMIPTERA: CICADIDAE)Douglas H. Bottura Maccagnan; Nilza Maria Martinelli e Fbio de MeloSene.........................................................................................................230
OCORRNCIA DE BOHEMAN EM CITROS NA REGIOSULDO BRASILGlauber Renato Sturmer, Jerson Vanderlei Cars Guedes, Orcial CeolinBortolotto, Cristiane dos Santos Stecca e Rodrigo Borkowski Rodrigues.....234
OCORRNCIA DE CURCULIONDEOS-DAS-RAZES EM SOJA EM SANTAMARIA, RSRejane Cristina Roppa Kuss, Jerson Vanderlei Cars Guedes, Orcial CeolinBortolotto, Glauber Renato Sturmer e JonasAndrArnemann....................238
TRATAMENTO DE SEMENTES PARA O CONTROLE DO TAMANDU-DA-SOJA , EM MARACAJU-MSRicardo Barros..........................................................................................241
REGISTROS NOVOS E ANTIGOS DE PROLA-DA-TERRA (HEMIPTERA:MARGARODIDAE E TERMITOCOCCIDAE) DANIFICANDO GRAMNEAS DEPECURIAE ORNAMENTAIS NAREGIO NEOTROPICALE NO BRASILSaulo de Jesus Soria.................................................................................245
Naupactus
Cornitermes cumulans
Dichelops melacanthus
Dichelops melacanthus
Quesada gigas
Naupactus cervinus
Sternechus subsignatus
ESPCIES DE PROLAS-DA-TERRA (HEMIPTERA: MARGARODIDAE)ASSOCIADAS CULTURA DA CANA-DE-ACAR NA REGIONEOTROPICALSaulo de Jesus Soria e Marcos Botton .......................................................247
REGISTROS NOVOS E ANTIGOS DE PROLA-DA-TERRA (HEMIPTERA:MARGARODIDAE E TERMITOCOCCIDAE) DANIFICANDO CANA-DE-AUCAR NAREGIO NEOTROPICALSaulo de Jesus Soria e Marcos Botton .......................................................249
PARASITISMO EM LARVAS DE BLANCHARD 1851(COLEOPTERA: MELOLONTHIDAE) POR sp. (DIPTERA:TACHINIDAE)Viviane Santos, Crbio Jos vila, Juliana Fantinato Ribeiro e Ana CarolinaViana Portela ............................................................................................251
SELEO DE GENTIPOS DE BATATA COM RESISTNCIA A LARVA-ALFINETE ( ): RELAES ENTRE RESISTNCIA NASFOLHAS E INCIDNCIADE DANO NOS TUBRCULOS
.................................................253
: LARVARIZFAGADANIFICANDO SOJAJos Roberto Salvadori e Paulo Roberto Valle da Silva Pereira ...................257
Liogenys suturalisPtilodexia
Diabrotica speciosa
Mysteria darwini
NDICE DE PALAVRAS-CHAVE...........................................259
NDICE DE PARTICIPANTES ...............................................267
ATA DA X REUNIO SUL-BRASILEIRA SOBRE PRAGAS DESOLO ..................................................................................285
HISTRICO DA REUNIO SUL-BRASILEIRA SOBREPRAGAS DE SOLO..............................................................295
REGIMENTO INTERNOATUALIZADO 299.......................................
Caroline Marques Castro, Arione da Silva Pereira, Charles Lopes Vieira,Rudinei Ferreira Bertoli e Dori Edson Nava
Diagnstico da Situao
DIAGNSTICO DA OCORRNCIA DE PRAGAS DE SOLOEM MATO GROSSO DO SUL
Euclides Maranho e Crbio Jos vila
Nas ltimas quatro safras (2003/04, 2004/05, 2005/06 e 2006/07) foramregistradas vrias ocorrncias de insetos de hbito subterrneo associados alavouras de soja, algodo, milho, trigo, arroz, feijo, sorgo, cana-de-acar epastagens, nas mais diversas regies produtoras do Estado de Mato Grossodo Sul. Este documento tem por objetivo apresentar um diagnstico daocorrncia e dos danos causados pelas principais pragas de solo em cultivos,bem como relatar as estratgias empregadas para o manejo desse grupo deorganismos nos diferentes sistemas de produo de Mato Grosso do Sul. Aabordagem foi feita por tipo de praga, relacionando-se, sempre que possvel,s culturas atacadas.
O Estado est dividido em 11 microrregies produtoras, as quais estodivididas segundo as condies edafoclimticas e caractersticas peculiaresde cada regio. Apresenta-se na, Figura 1, as diferentes microrregies doEstado.
(1) (2)
INTRODUO
(1)
(2)
Embrapa Agropecuaria Oeste,
Embrapa Agropecuaria Oeste,
Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS. E-mail:[email protected]
Caixa Postal 661, 79.804-970 Dourados, MS. E-mail:[email protected]
19
Figura 1. Microrregies agrcolas do Estado de Mato Grosso do Sul.
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
20
Na Tabela 1 apresenta-se a rea com culturas anuais, por microrregio deproduo, Observa-se que a soja principal cultivo de vero, ocupando cercade 90% da rea cultivada e na safra outono inverno, a principal cultura milhosafrinha.
Microrregio rea (ha) Principais culturas
MRG 010-Dourados 1.082.100 Soja, milho safrinha, feijo, trigo, aveiae girassol
MRG 003-A. Taquari 257.190 Algodo, soja, girassol, milho e feijoMRG 005-Cassilandia 205.200 Soja, milho, e algodoMRG 011-Iguatemi 222.915 Soja, milho safrinha, aveia e eijoMRG 004-C. Grande 162.446 Soja, milho safrinha, algodo e girassolMRG 007-T.Lagoas 43.318 Soja e milhoMRG 009-Bodoquena 31.210 Soja, milho e arroz irrigadoMRG 008-N. Andradina 30.721 Soja, milho safrinha, feijo e mandiocaOUTRA
Fonte: IBGE.
S 3.770 Soja, milho e feijo
Total 2.038.870
Tabela 1. Principais microrregies do Estado de Mato Grosso do Sul e suarea cultivada com culturas anuais na safra 2006/07.
PRINCIPAIS PRAGAS: OCORRNCIA, DANOS E CONTROLE
( e ) (Isoptera:Termitidae)Cupins de montculo Cornitermes cumulans C. bequaerti
Essas pragas constro em ninhos que afloram nas superfcies de pastagens eem reas menos sujeitas ao revolvimento do solo, tais como lavouras decana-de-acar e aquelas instaladas no Sistema Plantio Direto (SPD). Essesninhos epgeos so denominados de cupinzeiros, montculos ou muruduns.Os principias danos causados por essas pragas so: dificuldade demovimentao de mquinas para realizao dos tratos culturais tanto emlavouras como em pastagens; reduo da rea til de pastoreio; abrigo deanimais peonhentos e; depreciao da propriedade, uma vez que existe acrena de que a alta incidncia de montculos e a baixa fertilidade do solo soparmetros positivamente correlacionados. Na ltima safra (2006/07), osataques dessa praga foram mais intensos nas microrregies Dourados, AltoTaquari, Nova Andradina e Cassilndia, onde ocorreram danos em culturasanuais e reas com pastagem. O controle de cupins de montculo tem sidorealizado, atravs do uso de inseticidas qumicos (Valrio et al., 1998). Estesso colocados no interior dos cupinzeiros, atravs da perfurao feita comuma barra de ferro, at atingir a cmara celulsica, por onde os inseticidasso introduzidos. Em algumas das microrregies tem sido adotada odestruio mecnica dos montculos (vila & Goulart, 1992). Nas reas de
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
instalao da cultura da cana-de-acar, o controle mecnico do cupim, temsido tambm eficiente devido ao preparo de solo realizado para a introduoda cultura.
As larvas deste coleptero tm sido encontradas alimentando-seespecialmente em razes de milho e trigo. Conforme relato dos tcnicosconsultados, na safra 2006/07, no ocorreram ataques significativos dessapraga nas principais reas de produo do Estado. No entanto, quandoocorre o ataque desta praga, as larvas podem broquear o caulculo dasplntulas e causar murcha e morte das folhas centrais. Em plantas maisdesenvolvidas, o dano nas razes reduz a capacidade de absoro de gua enutrientes, tornando-as menos produtivas, bem como mais suscetveis adoenas. No milho, as plantas atacadas ficam com um aspecto recurvado,caracterizando o sintoma conhecido como pescoo de ganso outombamento, o que intensifica os prejuzos durante a colheita. O controlequmico da larva-alfinete deve ser preventivo. O tratamento de sementes temse mostrado, de modo geral, ineficiente. Todavia, alguns inseticidas quandoaplicados na forma granulada ou em pulverizao no sulco de semeadura,so eficazes no controle da praga.
Os cors tm sido constatados em MS causando danos especialmente emlavouras de milho, soja e trigo.As espcies que causam danos em culturas devero so, de modo geral, diferentes daquelas que causam danos nas deinverno. Os danos so mais acentuados e visveis, quando o ataque ocorrena fase inicial de desenvolvimento das culturas e em perodos de estiagem.No sul de MS ocorre a espcie que pode causardanos em soja no vero ou at mesmo nos cultivos de safrinha (ex.: milho) ede inverno. Durante a safra 2001/02, foram constatadas altas infestaes decors causando danos em lavouras de soja dos municpios de Sidrolndia,Ponta Por, Aral Moreira. Nas safras 2003/04 e 2004/05, essa mesmaespcie foi verificada causando danos na soja nos municpios de Dourados eMaracaju. No norte de MS, especialmente na regio de So Gabriel do Oeste,uma outra espcie de cor, ainda no identificada, foi relatada causandodanos na cultura da soja. Na safra 2006/2007, somente nas microrregiesCassilndia e Alto Taquari, registrou-se baixa ocorrncia, causando danosprincipalmente na cultura do milho. Os sintomas visuais do ataque dessapraga vo desde o amarelecimento das folhas at a morte das plantas desoja, especialmente quando a presena de larvas mais desenvolvidascoincide com a fase inicial de desenvolvimento da cultura. Na safra de2006/07 foi verificada a espcie atacando soja namicrorregio Dourados.Aaplicao de inseticidas qumicos nas sementes ouno sulco de semeadura da soja, tem se constitudo em alternativas eficientes
Larva-alfinete
Cors ou po-de-galinha
( ) (Coleoptera: Chrysomelidae)
(Coleoptera: Melolonthidae)
Diabrotica speciosa
Phyllophaga cuyabana
Cyclocephala forsteri
2110 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
para o manejo de cors (vila e Gomez, 2003a). Na cultura do milho, aaplicao de inseticidas nas sementes ou em pulverizao no sulco desemeadura constituem alternativas eficazes para o manejo de larvas de
(vila e Gomez, 2003b).O preparo do solo, utilizando-seimplementos de discos, pode proporcionar um controle mdio de 50% daslarvas de L. suturalis. Todavia, esta medida utilizada somente nas reas deplantio convencional.
So insetos fceis de serem identificados nas lavouras, pois quando o solo movimentado ou durante as suas revoadas liberam um odor caracterstico depercevejos fede-fede. As ninfas (colorao clara) e os adultos (coloraocastanha) movimentam-se no perfil do solo em funo da umidade; ficamdispostos na superfcie em condies de alta umidade e aprofundam-se nosperodos de estiagem. Tanto os adultos como as ninfas sugam as razes deculturas, levando as plantas a um amarelecimento e subdesenvolvimento.Em condies de altas infestaes, pode ocorrer a morte da planta,manifestando-se em falhas de estande em grandes reboleiras. A ocorrnciadessa praga est mais concentrada na regio norte do Estado, com destaquepara o municpio de So Gabriel do Oeste. Na safra 2006/07, poucos casosforam relatados, porm em anos anteriores houve maiores ocorrncias.Uma das estratgias adotadas a avaliao antes da semeadura e, seconstatada a presena do inseto, o produtor tem utilizado produtos viasementes ou no sulco de plantio (em pulverizao ou na forma granulada)mesmo no tendo proporcionado controle satisfatrio do percevejocastanho. Na regio Sul do Estado, como aconteceu no municpio deMaracaju durante a safra 2006/07, tem sido observadas algumas revoadasdo inseto, sem no entanto ter sido possvel avaliar danos causados pelamesma. A escassez de dados sobre a bioecologia desses insetos ,provavelmente, uma das razes que contribui para o insucesso das medidasde controle, at ento, avaliadas.
Essa praga, nas ltimas safras, e principalmente na safra 2006/07, temcausado danos econmicos aos produtores, reduzindo estande emgramneas e leguminosas, em praticamente todas as microrregiesprodutoras de MS. Os maiores ataques ocorreram em perodos prolongadosde estiagem durante a fase de estabelecimento das culturas, sendo que suaincidncia tem sido maior em reas de pastagens com solo arenoso que soabertas para o cultivo da soja. Pode-se dizer que uma praga que estcausando danos mesmo em condies desfavorvel ao seudesenvolvimento. Para o controle da lagarta-elasmo so, freqentemente,utilizados inseticidas em tratamento de sementes. Todavia, essa prtica sugerida somente em reas onde a probabilidade de ocorrncia do inseto
L.suturalis
Percevejos castanhos
Lagarta-elasmo
( spp.) (Hemiptera: Cydnidae)
( ) (Lepidoptera: Pyralidae)
Scaptocoris
Elasmopalpus lignosellus
22 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
alta. Em lavouras j instaladas e que tenham a presena da praga, sugeridoefetuar pulverizaes com bicos do tipo leque, em alto volume (mnimo de300 litros/ha), dirigindo-se o jato da calda para a regio do colo das plantas(Gomez & vila, 2001). Chuvas bem distribudas, durante a fase inicial dedesenvolvimento das culturas, previnem infestaes da lagarta-elasmo. Airrigao, quando possvel, tambm tem sido sugerido como medidacomplementar de controle.
Existem outras pragas tipicamente de solo ou associadas a este, queeventualmente podem causar danos em lavouras e/ou pastagens em MS.Dentre essas, destacam-se: ( ) - causandodanos em soja cultivada sob piv-central, no ano de 2003, em Ponta Por;
( ) - observado com acentuada incidncianos municpios de Maracaju, So Gabriel do Oeste e Chapado do Sul,causando danos especialmente em soja cultivada aps nabo forrageiro ouaveia. Para o controle do caramujo na soja tem sido sugeridas pulverizaesnoturnas empregando-se solues salinas (at 5% de NaCl), em mistura cominseticidas carbamatos ou abamentina;( ) - inseto que eventualmente encontradosugando razes de trigo, o que pode causar enfraquecimento ou at mesmomorte da planta; ( sp.) - freqentementeobservada alimentando-se no colo da planta de soja em rea de plantiodireto, apesar de seus danos no terem sidos quantificados. Na safra2006/07 ocorreram infestaes nos municpios de Maracaju e Antnio Joo;
( sp.) - coleptero que durante o dia ficanormalmente em contato com o solo, mas durante a noite sobe na planta paraalimentar-se da folhagem de culturas como feijoeiro, soja e trigo;
( ) - as larvas desse colepteroalimentam-se no sistema radicular e colo da planta, abrindo galerias queprovocam a murcha ou at a morte da planta. Os problemas maiores ocorremem reas sem rotao de culturas; ( ) - insetocujas larvas atacam sementes de milho e de feijoeiro em processo degerminao no solo, causando falhas no estande; ( sp.)- tem sido esporadicamente observada atacando lavouras de milho e arroz devrzea onde cavam galerias subterrneas para se deslocarem de uma plantapara outra; diplpodes - artrpodes ainda no identificados na regio masque ocorrem, com freqncia, em lavouras de soja cultivada no sistemaplantio direto; so tambm conhecidos como piolho-de-cobra ou mil-ps,os quais apresentam maior atividade durante a noite, ficando escondidosdebaixo da palha nas horas mais quentes do dia. Inseticidas carbamatosaplicados nas sementes ou em pulverizaes noturnas, tem proporcionadocontrole satisfatrio dessas pragas na cultura da soja.
PRAGAS DE SOLO OCASIONAIS
lesmas
caramujos
pulgo-da-raiz-do-trigo
cochonilha-da-raiz
cascudinho-do-feijoeiro
broca-da-raiz-algodoeiro
larva-angor
vaquinhas
Sarasinula liguaeformis
Drymaeus interpunctus
Rhopalosiphum rufiabdominale
Pseudococcus
Aracanthus
Eutinobothrus brasiliensis
Astylus variegatus
Gryllotalpa
2310 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
CONSIDERAES FINAIS
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Efeito de inseticidas aplicados nas sementese no sulco de semeadura, na presena do cor-da-soja,
.
Efeito de inseticidas aplicados nas sementese no sulco de semeadura, na presena do cor-do-milho, sp.
Broca cupinzeira: controle do cupim demontculo.
Anais
Os principais insetos de solo que ocorrem na Regio Central do Brasilpertencem s Ordens Coleoptera, Hemiptera, Lepidoptera e Isoptera. Osdanos nos cultivos so geralmente de ocorrncia regional ou local, e aintensidade de ataque depende das espcies envolvidas, da magnitude deinfestao nas plantas hospedeiras e, especialmente, das condiesedafoclimticas que prevalecem no agroecossistema. Como foi abordado,existe um grande nmero de espcies que atacam lavouras e pastagens, nosomente em Mato Grosso do Sul, mas em toda a Regio Centro-Oeste. Adiversidade e constncia com que essas pragas ocorrem podem estarassociadas aos desequilbrios ambientais provocados pela abertura dereas de reservas para produo de gros e de carne na regio. Asnecessidades de pesquisa com pragas de solo na Regio Centro-Oeste doBrasil so reais e inadiveis, especialmente com relao a percevejoscastanhos, a cors e lagarta-elasmo. importante que se implementeaes de pesquisa relacionadas s tcnicas de monitoramento das pragasde solo visando adotar prticas de controle antes ou por ocasio doestabelecimento das culturas, uma vez que no existem tticas de controlecurativas. H tambm necessidade de identificar fatores biticos, qumicos eambientais que determinam ou interferem no desenvolvimento desse grupode pragas, bem como alternativas de cultivo (espcies de plantas) para reasinfestadas especialmente com percevejos castanhos e cors.
VILA, C.J.; GOMEZ, S.A.
Dourados: Embrapa Agropecuria Oeste, 2003b. 28 p.(EMBRAPA-CPAO. Documentos, 55).
VILA, C. J.; GOMEZ, S. A.
Dourados: EMBRAPA-CPAO, 2003a. 32 p. (EMBRAPA-CPAO. Documentos,56).
VILA, C.J.; GOULART, J.A.Dourados: Unidade de Execuo de Pesquisa de mbito
Estadual de Dourados - UEPAE de Dourados, 1992. 5p. (UEPAE deDourados. Comunicado Tcnico, 49).
GOMEZ, S. A.; VILA, C. J. Controle da lagarta elasmolignosellus (Zeller, 1848) (Lep.: Pyralidae) atravs da aplicao de inseticidasem pulverizao. In: REUNIO SUL-BRASILEIRA SOBRE PRAGAS DESOLO, 8., 2001, Londrina. ... Londrina: Embrapa Soja, 2001. p. 258-261. (Embrapa Soja. Documentos, 172).
Phyllophagacuyabana
Liogenys
Elasmopalpus
24 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
VALRIO, J.R.; SANTOS, A.V.; SOUZA, A.P.; MACIEL, C.A.M.; OLIVEIRA,M.C.M. Controle qumico e mecnico de cupins de montculo (Isoptera:Termitidae) em pastagens. ,v. 27, n.1, p.125-131, 1998.
Anais Sociedade Entomolgica do Brasil
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 25
DIAGNSTICO DA SITUAO DE PRAGAS DE SOLOEM SO PAULO
Jos Maurcio Simes Bento(1)
O diagnstico de ocorrncia de pragas de solo no Estado de So Paulo foiobtido por meio de informaes fornecidas por tcnicos ligados s principaisculturas agrcolas, levando-se em conta sua importncia econmica. Osdados de rea plantada foram obtidos junto ao Centro de InformaesAgropecurias (CIAGRO) da Coordenadoria deAssistncia Tcnica Integral -CATI-SP.
A rea plantada de cana-de-acar na safra 2006/2007 cresceu 12,2% emrelao safra anterior, ocupando cerca de 4,8 milhes de hectares. Asprincipais pragas de solo mencionadas foram: (i) Cupins:
, presentes em pelo menos 60 municpios, com destaque para asregies de Sertozinho e Ja-SP; (ii) Migdolus, , presenteem todo o Estado; (iii) Bicudo-da-cana, , presenteatualmente em 53 municpios, sendo que novas evidncias sugerem umaestreita relao entre a colheita de cana crua e o aumento na incidncia destapraga; (iv) cigarrinha-da-raiz, , presente em todo oEstado; (v) percevejo castanho, em algumas regies;(vi) broca peluda, , presente em algumas regies; (vii)cors, (Scarabaeidae), presente em algumas regies; e a broca gigante,
, que foi recentemente constatada (julho de 2007) emLimeira-SP. Neste ltimo caso em particular, esta praga j reconhecidamenteimportante para a regio Nordeste do Brasil, pode representar uma grandeameaa para a cana-de-acar do Estado de So Paulo, caso se confirme asua adaptao s condies edafoclimticas.
A rea cultivada de laranja no Estado de So Paulo foi de 672 mil hectares nasafra 2006/2007, representando um aumento de cerca de 2% sobre a safraanterior. As principais pragas de solo mencionadas foram: (i) besouros-da-raiz: spp., spp., sp. e sp.,presentes em diversas regies do Estado.
CANA-DE-ACAR
CITROS (LARANJA)
Heterotermestenuis, H. longiceps, Neocapritermis opacus, N. parvus, Proconitermestriacifer
Migdolus fryanusSphenophorus levis
Mahanarva fimbriolataScaptocoris carvalhoi
Hyponeuma taltula
Telchin licus licus
Naupactus Parapantomorus Lytostylus Comptus
(1)Depto de Entomologia, Fitopatologia e ZoologiaAgrcola, Escola Superior deAgricultura Luiz deQueiroz, ESALQ/USP, Laboratrio de Comportamento de Insetos, 13418-900, Piracicaba-SP,Brasil. e-mail: [email protected]
26 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
MILHO
SOJA
CAF
ALGODO
FEIJO
Na safra 2006/2007 a rea plantada de milho foi de 678 mil hectares com umareduo de 11,3% em relao safra passada. As principais pragas de soloapontadas para a cultura foram: (i) larva alfinete, ,presente em todo o Estado; (ii) lagarta elasmo, ,referida principalmente, em Jaboticabal, Sertozinho, e Pitangueiras-SP; (iii)cor, , presente, especialmente, em Lenis Paulista,e Cndido Mota-SP; e (iv) percevejo castanho, ,referido em Cndido Mota, e Jaboticabal-SP.
A rea plantada de soja foi de 478 mil hectares na safra 2006/2007,representando um recuo de 28% em relao safra anterior.Aprincipal pragamencionada foi a lagarta rosca, , constatada em Angatuba,Paranapanema, Ita, Itapeva, Jaboticabal, Monte Alto, Capo Bonito-SP.Houve tambm meno em vrias regies do Estado sobre a incidncia demoluscos, notavelmente as 'lesmas', ocasionando perdas na cultura.
Na safra 2006/2007 a rea cultivada de caf foi de 230 mil hectares, com umareduo de 2% sobre safra anterior. As principais pragas listadas foram: (i)cigarras: spp., spp., spp., spp.,presentes em Araras, Alvilndia, Campinas, Cravinhos, Cristais Paulista,Franca, Itatinga, Laranjal Paulista, Lenois Paulista, Mococa, Orlndia,Patrocnio Paulista-SP; e (ii) cochonilha-da-raiz, ,referida em Monte alto, Taquaritinga, Jeriquaquara, Pedregulho, CristaisPaulista, Ribeiro Corrente-SP.
A rea plantada de algodo foi de 32 mil hectares na safra 2006/2007,representando uma reduo de 41% comparativamente safra anterior. Asprincipais pragas mencionadas foram: (i) broca-da-raiz,
, presente emAngatuba, Paranapanema, Ita, Itapeva, Campinas,Leme, Capo Bonito-SP. Houve tambm meno em vrias regies doEstado sobre a incidncia de 'lesmas' na cultura.
Area plantada de feijo na safra 2006/2007 foi de 115 mil hectares, com umadiminuio de 8,5% em relao safra anterior.As principais pragas foram: (i)lagarta rosca, , presente em Angatuba, Paranapanema, Ita,Itapeva, Jaboticabal, Monte Alto, Capo Bonito-SP e (ii) lagarta elasmo,
Diabrotica speciosaElasmopalpus lignosellus
Phyllophaga cuyabanaScaptocoris castanea
Agrotis ipsilon
Quesada Fidicina Dorisiana Carineta
Dysmicoccus cryptus
Eutinobothrusbrasiliensis
Agrotis ipsilon
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 27
Elasmopalpus lignosellus
Cyrtonemusmirabilis
Elasmopalpus lignosellus
(feijo das secas), registrado em Monte Alto-SP.'Lesmas' tambm foram mencionda em vrias regies do Estado.
Na safra 2006/2007 foram plantados 60 mil hectares de amendoim noEstado, representando uma reduo de 8,5% comparativamente safraanterior. As principais pragas listadas foram: (i) percevejo-preto,
, referidos principalmente em Parapu, Sertozinho, Campinas-SP;e (ii) lagarta elasmo, , em Jaboticabal, Sertozinho,Pitangueiras-SP.
Andr Luiz Loureno, Centro de Fitossanidade, Instituto Agronmico (IAC),Campinas-SP; Adalton Raga, Centro Experimental do Instituto Biolgico,Campinas-SP;Agostinho M. Boggio, Coopercitrus, Bebedouro-SP; Enrico DeBeni Arrigoni, Centro de Tecnologia Canavieira, CTC, Piracicaba-SP; ErichStingel, Centro de Tecnologia Canavieira, CTC, Ja-SP; Jos Roberto P.Parra, Esalq/USP; e Pedro T. Yamamoto, Fundecitrus, Araraquara-SP, pelasinformaes prestadas sobre a ocorrncia de pragas de solo no Estado deSo Paulo.
AMENDOIM
AGRADECIMENTOS
28 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
DIAGNSTICO DE PRAGAS DE SOLONO ESTADO DO PARAN
Rodolfo Bianco(1)
Este diagnstico o resultado da aplicao de questionrios, enviados paraos tcnicos das principais cooperativas do Paran: COAMO, COROL,INTEGRADA, COPACOL, LAR, AGRRIA, C-VALE e agentes autnomos,pertencentes ao grupo TREINO & VISITA, organizado e coordenado pela
/ IAPAR e EMATER.
O questionrio foi elaborado tendo por base os principais cultivos e pragas desolo citadas por Morales (2001) e Oliveira (2005), de tal sorte que foi montadauma matriz composta por 13 culturas e 15 pragas, onde se assinalava comum X que pragas ocorreram nas principais culturas, s quais o tcnico teveoportunidade de assistir. Havia, tambm, espaos para acrescentar outrasculturas ou pragas.
A partir da, selecionadas as principais culturas, foram solicitadasinformaes sobre o nmero de propriedades assistidas, rea (ha)abrangida, nmero e rea infestada e nmero e rea tratada com o propsitode manejar pragas de solo. Tambm, foram citadas algumas linhas depesquisas, para que pudessem ser priorizadas.
Finalizando, foram solicitadas informaes sobre tratamento para pragas daparte area (n de pulverizaes e rea tratada), com o propsito de realizarcomparaes.
Segundo o Deral-PR, 2007 (Site: http://www.seab.pr.gov.br/) a rea cultivadano Estado do Paran, na safra 2006/2007, alcanou os 9.582.094 hectares,dos quais 4.035.102 (42,1%) foram semeados com soja, 2.797.312 (29,2%)somando-se o milho safra e 2 safra, 995.981 (10,4%) com trigo/aveia e,572.479 (6%) com feijo (3 safras). Dado que esses cultivos representaram87,7% do total semeado, o diagnstico sobre as principais pragas de solo noParan foi elaborado para tais cultivos.
No total foram recebidos 60 questionrios preenchidos corretamente ecompletos, sendo que a grande maioria representa municpios da regionorte (15), centro (17) e oeste (15) do Paran. Completam esse total a regionordeste, com trs questionrios, a regio noroeste, com dois, a regio leste,com quatro, a regio sul, com dois e a regio sudoeste, com dois. Ficou semrepresentao, a regio sudeste. Convm salientar que, justamente nasregies em que foram respondidos mais questionrios, onde esto
Embrapa Soja
(1)IAPAR, Londrina, PR. E-mail: [email protected]
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 29
concentrados as cooperativas e principais reas de cultivo da soja, milho,trigo/aveia e feijo, justificando o maior nmero de questionrios respondidospara essas culturas.
Na soja, a praga de solo mais citada foi o piolho de cobra, atingindo 84% dosquestionrios respondidos (Tabela 1). No milho, o destaque ficou para alagarta elasmo, com 80%. No trigo/aveia a praga mais citada foi o pulgo daraiz, com 65%. Destaque novamente para a lagarta elasmo (56%), no feijo.No geral, pode-se afirmar que a lagarta elasmo continua sendo a praga maispreocupante para a maioria dos extencionistas, corroborando informaesde Oliveira (2005).
CulturaN de
questionriosrespondidos
Principais pragas citadas % de citaes (1)
Piolho-de-cobra: (Diplpoda) 84
Cochonilha da raiz: Pseudococcus sp. 57
Lagarta elasmo: Elasmopalpus lignosellus 50
Cors: (Col.: Melolonthidae) 45
Soja 56
Lesmas/Caramujos 45
Lagarta elasmo: Elasmopalpus lignosellus 80
Larvas de Diabrotica speciosa 52
Piolho-de-cobra: (Diplpoda) 25
Cors: (Col.: Melolonthidae) 16
Milho 52
Lesmas/Caramujos 13
Pulgo da raiz: Rhopalosiphum rufiabdominalis 65
Lagarta elasmo: Elasmopalpus lignosellus 50
Cors: (Col.: Melolonthidae) 24
Piolho-de-cobra: (Diplpoda) 12
Trigo/Aveia 34
Larvas de Diabrotica speciosa 11
Lagarta elasmo: Elasmopalpus lignosellus 56
Larvas de Diabrotica speciosa 50
Cochonilha da raiz: Dysmicoccus sp. 17
Cors: (Col.: Melolonthidae) 17
Feijo 17
Piolho-de-cobra: (Diplpoda) 17
(1)Com base no n de questionrios/cultura.
Tabela 1. Principais pragas de solo citadas pela Assistncia TcnicaCooperativista. Paran/2007.
30 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
Quanto percentagem da rea assistida (Tabela 2), que apresentaproblemas com pelo menos uma praga de solo, chama a ateno o fato de49,9% da rea de feijo estar nessa categoria, apesar de no ser essa culturaa que apresentou maior rea com tratamento especifico. Maior rea tratadafoi com o milho (53,2%), sendo justificada pela necessidade de tratamento desementes, principalmente depois do surgimento do percevejo barriga-verde( ).Dichelops melacanthus
CulturasDiscriminao
Soja Milho Trigo/Aveia Feijo
N de propriedade assistidas 12.095 5.348 2.378 462
rea (ha) total assistida 760.762 156.944 115.746 13.143
% de reas, c/pragas de solo 25,6 22,9 39,5 49,9
% rea tratada/pragas de solo 13,3 53,2 29,3 32,5
% rea tratada/pragas da parte area 99,1 99,0 97,0 99,9
Mdia de pulverizaes areas 3,8 2,4 2,5 3,5
Intervalo (n de pulverizaes) (2 - 8) (1 - 4) (1 - 4) (2 - 7)
Tabela 2. Resultados da aplicao de questionrios sobre pragas de solo,em diversas culturas. IAPAR - Paran 2007.
Constatao relevante e preocupante ficou reservada rea pulverizadapara pragas da parte area, com praticamente 100%. Destaque para onmero mdio de pulverizaes na soja e feijo, em torno de 4, comvariaes de 2 a 8 pulverizaes (Tabela 2). Nas gramneas milho e trigo, onmero menor, oscilando entre 1 e 4 pulverizaes.
Com respeito s linhas de pesquisa mais importantes, na opinio dostcnicos, tm prioridade similar a amostragem, o controle cultural, o nvel dedano e a bioecologia, ficando em segundo plano o controle qumico e ocontrole biolgico (Tabela 3).
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 31
CONSIDERAES SOBREAS PRINCIPAIS PRAGAS
Lagarta-elasmo: ( Lep. Pyralidae)
Vaquinha: (Col.: chrysomelidae)
Elasmopalpus lignosellus
Diabrotica speciosa
Nos ltimos anos tem crescido a preocupao com a lagarta elasmo,principalmente devido a dificuldade de se monitorar previamente ao dano eidentificar a necessidade ou no de controle preventivo. Solos leves, reascom maior risco de ocorrncia de veranculos e com baixa cobertura de palha,assim como, reas onde a prtica de reforma das curvas de nvel realizada,expondo faixas de solo, contribuem para maior ocorrncia e danos da lagartaelasmo. Salienta-se que essa prtica tem sido mais freqente nos ltimosanos. Outro fato relevante o plantio direto sem qualidade, que expemdemasiadamente o solo. Isto acontece freqentemente quando asplantadeiras no conseguem fazer retornar a palha na linha de plantio,expondo assim parte considervel do solo, que resseca mais facilmente,favorecendo dessa maneira a praga. Na Figura 1 - A, procura-se indicar asregies no Paran, onde o risco de ocorrncia da praga maior e por issocarece de maior ateno.
A ocorrncia dessa praga no Paran generalizada. No entanto, danosradiculares no milho, soja, trigo e feijo so observados em anos com altaprecipitao pluviomtrica e em reas onde o solo mais escuro epermanece mais tempo umedecido. Essas ultimas caractersticas soapontados por Milanez e Parra (2000), como sendo preferenciais dos adultospara realizar a oviposio e onde a sobrevivncia das larvas maior.
Linhas de pesquisa Nota mdia(1)
1 Amostragem / monitoramento 2,7
2 Controle cultural 2,8
3 Nvel de dano 3,0
4 Bioecologia (biologia, hospedeiros, interaespraga-solo-clima)
3,1
5 Controle qumico 3,9
6 Controle biolgico 4,6(1)Escala de notas de 1 a 6 (1 = mais prioritria).
Tabela 3. Linhas de pesquisa para pragas de solo, em ordem de prioridade.Respostas de 60 extencionistas cooperativistas. IAPAR - Paran 2007.
32 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
Fig
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1.N
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R2007.
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 33
Apesar de no ter havido questionrios respondidos para a cultura da batata,convm assinalar que a larva alfinete ( ) consideradapraga extremamente sria nessa cultura, a ponto de no haver cultivosconvencionais dessa solancea, que no se utilize altas doses deagroqumicos granulados ou pulverizados no sulco de plantio. Ultimamentetem crescido o uso de Clorpirifs em pulverizao, dado ser de menos custo(informao pessoal do Dr. Rui Furiatti - UFPG / Ponta Grossa-PR). importante mencionar que a rea de maior risco de ocorrncia dessa praga(Figura 1 - B), onde justamente concentram-se os cultivos de batata.
Sua ocorrncia crescente em todas as regies, onde grande a rea sobplantio direto, pois a presena da palha favorece a sobrevivncia ecrescimento populacional desses organismos. Apesar de sua presena, noter relao especfica com alguma cultura, danos so particularmenteobservados na soja, em processo de germinao. Nos ltimos dois anos, vemcrescendo a utilizao da soja fermentada (Bianco, 2005), com o propsito demonitorar a praga na palhada em pr-semeadura. Contagens de mais de 100indivduos, numa nica amostra, foram relatados por tcnicos da COAGRU(Ubirat-PR). Baseado em informaes, colhidas nos trs ltimos anos,sugere-se maior ateno e/ou monitoramento nas reas de maior risco deocorrncia (Figura 1 - C).
Conforme citado por Oliveira (2005), existem vrias espcies de cors noEstado do Paran, mas danos so causados, principalmente por
e . De modo geral, maiorespreocupaes tem sido relatadas na cultura da soja e do milho. Variasregies apresentaram alto ndice de risco de ocorrncia e altas populaes(Figura 1 - D), com destaque para a regio oste. Particularmente, a regio deabrangncia da cooperativa COAGRU (Ubirat e municpios vizinhos)., queem anos anteriores apresentava problemas srios com essa praga, vemapresentando nas duas ltimas safras acentuada diminuio nos danosverificados, que, segundo informao pessoal do tcnico J. C. Braciforte(COAGRU), deve-se a antecipao da semeadura e indicao de cultivaresprecoces de soja e ao tratamento das sementes do milho e trigo.
Aos amigos da pesquisa: Nei Leocadio Cesconetto (COAMO), JoaquimMariano da Costa (COAMO), Humberto Nogueira Duarte (COROL), IrineuBaptista (INTEGRADA), Vitor Hugo Zanella (Cooperativa LAR) e Jos Carlos
Diabrotica speciosa
Phyllophaga cuyabana Plectris pexa
Piolho de cobra (Diplpodes)
Cors (Col.: Melolonthidae)
AGRADECIMENTOS
34 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
Braciforte (COAGRU), que no pouparam esforos em solicitar aos tcnicosde diversas localidades a ateno especial no preenchimento e devoluodos questionrios. A todos os tcnicos das cooperativas que colaboraram,agradecimentos especiais. Da mesma forma, aos autnomos EmersonGaleski e TaurinoAlexandrino de Loiola.
Bianco, R. Monitoramento do piolho-de-cobra em restos vegetais na pr-semeadura em plantio direto. 2005. In: Reunio Sul - Brasileira sobre Pragasde Solo, 9, 2005, Balnerio Cambori-SC. Anais e Ata. Itaja-SC: Epagri/EEI,2005. p. 132-134.
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Milanez, J. M.; Parra, J. R. P. Preferncia de paraoviposio em diferentes tipos e umidade de solo. Anais da SociedadeEntomologia do Brasil, v. 29, n. 1, p. 155-158, 2000.
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LITERATURACITADA
Diabrotica speciosa
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DIAGNSTICO DE PRAGAS DE SOLONO ESTADO DE SANTA CATARINA
Lus Antnio Chiaradia(1)
O Estado de Santa Catarina possui 95.318 km , equivalendo a 1,13% doterritrio nacional, onde existem aproximadamente 187 mil propriedadesrurais. Predominam estabelecimentos com reas inferiores a 100 ha(95,82%), que so conduzidos, sobretudo, por mo-de-obra familiar. No meiorural residem cerca de 1,2 milhes de pessoas, representando 21% dapopulao estadual, sendo principalmente das etnias portuguesa, italiana ealem (Icepa, 2007).
A produo agropecuria do Estado bastante diversificada. As principaisatividades conduzidas nas suas oito regies (Figura 1) so apresentadas naTabela 1. O Estado de Santa Catarina classifica-se como sexto produtorbrasileiro de alimentos, sendo o maior produtor de cebola, ma e sunos,segundo produtor de frangos, alho, fumo e mel e terceiro produtor de arroz ebanana, que com as suas agroindstrias associadas constituem-se emimportantes atividades econmicas. Destaca-se tambm pelasprodutividades obtidas nas lavouras de alho, arroz, fumo e ma e nascriaes de sunos e aves. Santa Catarina tambm possui aptido florestal,pois o terceiro estado na produo de papel e celulose, alm de produzirmadeira e mveis (Icepa, 2007).
As principais pragas desolo que causam danosnas lavouras e nosre f l o res tamen tos noEstado de Santa Catarinaso apresentadas porcultura, comentando aevoluo do problema,suas possveis causas,p r t i c a s a t u a l m e n t eadotadas para o manejodas pragas e as demandasde pesquisa, com basenos problemas existentes.
2
(1)Engenheiro Agrnomo, M.Sc. em Fitotecnia, Epagri/Centro de Pesquisa para AgriculturaFamiliar, Caixa Postal 791, CEP 89801-970 Chapec, SC. Fone: (49) 3361-0638, E-mail:[email protected]
Figura 1. Regies do Estado de Santa Catarina.
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ARROZ IRRIGADO
A bicheira-da-raiz (Costa Lima) (Col.: Curculionidae) uma praga chave da cultura do arroz irrigado no Estado de Santa Catarina.As larvas deste besouro alimentam-se das razes das plantas, destruindo osistema radicular. Os adultos consomem o parnquima das folhas,provocando o surgimento de estrias necrosadas. Os danos causados poreste inseto nas lavouras catarinenses esto estveis, pois os rizicultores, demaneira geral, controlam esta praga, principalmente tratando as sementescom fipronil, que protege as plantas por 45 dias. Mesmo assim, estima-se queeste curculiondeo causa perdas mdias de 18% na produtividade daslavouras (Prando, 1999).Atualmente, as pesquisas esto voltadas para obtervariedades resistentes ao ataque deste inseto.
Outra praga de solo que ocorre nas lavouras de arroz irrigado no Estado deSanta Catarina a minhoquinha-vermelha sp. (Dip.:Chironomidae), cujas larvas atacam as sementes do arroz pr-germinado. Oproblema tem sido contornado pelo tratamento de sementes, necessitandodeterminar a espcie do inseto e avaliar a extenso dos seus danos naslavouras.
Oryzophagus oryzae
Chironomus
Produto rea (ha) Principais regies produtoras
Alho 1.500 Meio OesteArroz irrigado 154.600 Vale do Itaja, Nordeste, Litoral e SulBanana 31.000 Vale do Itaja, Nordeste, Litoral e SulBatata-inglesa 8.200 Meio Oeste, Planalto Norte, Planalto Serrano, Litoral e SulCebola 19.800 Vale do ItajaCitros 4.500 OesteErva-mate* 9.100 Oeste, Meio Oeste e Planalto NorteFeijo 120.000 Oeste, Meio Oeste, Planalto Serrano e SulFumo 145.800 Oeste, Meio Oeste, Planalto Norte, Vale do Itaja e SulHortalias 6.700 Vale do Itaja , Planalto Serrano e LitoralMa 18.400 Meio Oeste e Planalto SerranoMandioca 32.400 Vale do Itaja e SulMilho 784.800 Oeste, Meio Oeste, Planalto Norte e Planalto SerranoPssego 2.100 Meio OesteReflorestamentos** 427.000 Oeste, Meio Oeste, Vale do Itaja , Planalto Serrano e LitoralSoja 339.500 Oeste, Meio Oeste e Planalto NorteTomate 2.300 Meio OesteTrigo 59.900 Oeste e Meio OesteUva 3.000 Oeste, Meio Oeste e Sul
Tabela 1. rea cultivada com produtos agrcolas e florestais no Estado deSanta Catarina e suas principais regies produtoras no perodo 2002/2003.
*Plantios de erva-mate em monocultivo; **Eucalipto (Oeste e Meio Oeste), pnus (Vale do Itaja ePlanalto Serrano) e palmeira-real-da-austrlia (Litoral e Vale do Itaja).Fonte: Icepa, 2007.
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BANANA
BATATA-INGLESA
CITROS
O moleque-da-bananeira (Germar) (Col.: Curculionidae) uma praga chave nos bananais catarinenses. As larvas deste insetodesenvolvem-se abrindo galerias nos rizomas das bananeiras, debilitando asplantas, predispondo infeco por patgenos, favorecendo o tombamento ereduzindo a produtividade do bananal e a qualidade das frutas. O seu ataquepode causar perda total da produo (Gallo et al., 2002).A incidncia e os danosdeste curculiondeo esto estveis, mas podem aumentar em bananais novos.Para controlar esta praga, grande parte dos produtores aplica, no solo,inseticidas granulados, embora seja possvel monitorar e controlar a populaodeste inseto utilizando iscas impregnadas com o fungo(Bals.-Criv.), sendo uma prtica atualmente adotada por apenas 1 % dosbananicultores. Existe a necessidade de estudar a bioecologia deste besouro,principalmente relacionada influncia que os fatores climticos exercem sobrea sua populao e em alternativas para o manejo cultural dos bananais, poiseste curculiondeo se abriga nos restos da cultura.
A broca-da-cana-de-acar sp. (Col.: Dryophthoridae) outroinseto que est causando danos nas bananeiras, embora ainda sejaminexpressivos. Esta praga poder tornar-se de maior importncia embananais prximos de canaviais e de reflorestamentos com palmeira-real-da-austrlia, pois ataca tambm estas culturas. A ecologia deste besouro desconhecida na cultura da banana, necessitando de estudos para embasarprticas de manejo. A aplicao do fungo entomopatognicoapresenta controle satisfatrio para esta praga.
Larvas de vaquinhas, com destaque para a larva-alfinete(Germar) (Col.: Chrysomelidae), curculiondeos-de-raz (Col.: Curculionidae),larvas-arame (Col.: Elateridae) e cors (Col.: Scarabaeidae) atacam ostubrculos da batata-inglesa. Normalmente, o problema mais grave empropriedades que esto iniciando o cultivo de batata, pois os produtores nemsempre adotam as prticas recomendadas para o controle destas pragas,notando os seus danos na colheita. Existe a necessidade de determinar asespcies dos insetos que incidem nas plantaes de batata-inglesa.
As pragas de solo que atualmente incidem nos pomares de citros so oscurculiondeos-de-raz. Dentre as espcies esto(Boheman), Boheman e mais trs besouros destemesmo gnero (todos Col.: Curculionidae) (Chiaradia & Milanez, 2005). Assuas larvas desenvolvem-se no solo alimentando-se de radicelas e da cascadas razes mais grossas, facilitando a infeco por microrganismos,
Cosmopolites sordidus
Beauveria bassiana
Metamasius
B. bassiana
Diabrotica speciosa
Naupactus auricinctusNaupactus navicularis
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principalmente pelo agente da gomose. Estes besouros, apesar de seremfreqentes, normalmente incidem em baixas populaes, sendoconsiderados pragas secundrias. De maneira geral, os citricultores nocontrolam estes insetos.
Existem poucas informaes sobre as pragas de solo que ocorrem nasplantaes de erva-mate, embora ocorra o ataque dos besouros
e (Oliver) e de mais duas espcies destemesmo gnero (todos Col., Curculionidae) (Chiaradia & Milanez, 2005). Assuas larvas desenvolvem-se no solo alimentando-se de radicelas e da cascadas razes mais grossas, enquanto que os adultos consomem folhas novas.Ainfestao destes insetos nos ervais freqente, embora no sejamabundantes. Esporadicamente, quando incidem elevadas populaes debesouros nos ervais, alguns produtores aplicam inseticidas fosforados.
A lagarta-rosca spp. (Lep.: Noctuidae) uma praga que incide comfreqncia nas lavouras de feijo. Esta praga corta as plantas novas,reduzindo o stand das lavouras. A broca-do-colo ou lagarta-elasmo
(Zeller) (Lep.: Pyralidae) outro inseto que causadanos nos plantios de feijo, principalmente na safrinha, nos perodos maissecos. Esta lagarta broqueia a base do caule, causando a morte das plantas(Gallo et al., 2002). O dano destas pragas esta estvel, pois muitosprodutores tratam as sementes como forma preventiva de controle.
A lesma (Semper) (Stylommatophora:Veronicellidae) ataca as plantas de feijo em algumas lavouras de municpiosdo Oeste catarinense. Alimenta-se de plntulas e de folhas do feijoeiro,causando danos expressivos, principalmente em perodos quentes e midos.Sua disperso preocupa, pois, anualmente, surgem novas reas infestadas.Esta lesma tem preferncia por leguminosas, embora seja polfaga, quejuntamente com a sua capacidade de hibernar e de estivar torna difcil o seucontrole (Chiaradia et al., 2004). Por isso, muitos agricultores optam pelocultivo de gramneas nas reas infetadas, que so menos atacadas por estalesma. Outras prticas recomendadas para o manejo de moluscos estosendo pouco utilizadas.
A lagarta-rosca spp. e a sp. (Lep.: Noctuidae) so insetosque cortam as plantas de fumo na fase inicial de desenvolvimento. Pororientao das empresas fumageiras, os fumicultores aplicam inseticidas nas
ERVA-MATE
FEIJO
FUMO
N.auricinctus Naupactus rivulosus
Agrotis
Elasmopalpus lignosellus
Sarasinula linguaeformis
Agrotis Peridroma
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sementeiras e nas mudas logo depois do transplante, protegendo as plantasna fase crtica do ataque destas pragas.
As larvas da broca-do-fumo (Boh.) (Col.: Curculionidae)desenvolvem-se broqueando o caule das plantas, impedindo a circulao daseiva. Em alguns casos, as mudas atacadas emitem novas brotaes, masestas plantas produzem folhas imprprias para a comercializao (SouzaCruz, 1998). Nos ltimos anos, este curculiondeo tem causado danosinexpressivos na maioria das lavouras catarinenses porque os produtoresutilizam o sistema na produo de mudas, onde as suas larvas no sedesenvolvem, e aps o transplante esguicham as mudas com inseticidas deao sistmica, que possuem prolongado efeito txico residual.
A lagarta-rosca spp., os grilos spp. (Ort.: Gryllidae) e apaquinha (Perty) (Ort.: Grillotalpidae) so pragas desolo que causam danos em muitas hortas comerciais e caseiras. Estesinsetos, que tm hbito polfago, atacam as sementeiras e cortam as mudasaps o transplante. Normalmente, os horticultores pulverizam inseticidas eusam iscas txicas para controlar estas pragas. Outros insetos que causamdanos s hortalias so a larvas-arame, curculiondeos-de-raz, cors elarvas de vaquinhas, casos da larva-alfinete e da Kirk(Col.: Chrysomelidae). Os danos destas pragas aumentaram nos ltimosanos, principalmente em reas precedidas de plantios de adubos verdes.
Ocorre nas hortas tambm o ataque de diplpodes e de lesmas, casos despp. (Stylommatophora: Agrolimacidae), spp.
(Stylommatophora: Limacidae) e (Semper)(Stylommatophora: Veronicellidae), entre outras, principalmente em hortascaseiras, porm, normalmente, causam danos inexpressivos.
A batata-doce, normalmente cultivada em pequenas reas, bastanteatacada pela broca Fairmaire (Col.: Curculionidae).Nesta mesma cultura, no Vale do Itaja, em uma propriedade foramconstatados danos expressivos causados pela broca-do-colo da batata-doce
sp. (Lep.: Pyralidae). Em uma lavoura comercial de batata-salsa oumandioquinha situada no Oeste catarinense ocorreram danos nas razescausados por um curculiondeo-de-raz, embora, at o momento, no foipossvel determinar a espcie do inseto.
Como demanda de pesquisa, existe a necessidade de determinar asespcies que atacam as hortalias. fundamental tambm estudar mtodosalternativos para o controle das pragas das hortalias devido elevadatoxicidade da maioria dos inseticidas recomendados para seus controles.
Faustinus cubae
float
Agrotis GryllusNeocurtilla hexadactyla
Diabrotica bivitulla
Deroceras LimaxPhyllocaulis variegatus
Euscepes postfasciatus
Megastes
HORTALIAS
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MA
MANDIOCA
MILHO
O pulgo-lanigero (Hausmann) (Hem.: Aphididae) aprincipal praga de solo das macieiras. Na primavera e no vero, este insetoincide na parte area das plantas induzindo formao de nodosidades eprejudicando a qualidade das frutas, pois a sua lanugem descolore e causamanchas escuras na casca das mas. No inverno aloja-se nas razesprovocando formao de galhas, comprometendo o sistema radicular dasmacieiras. Os seus danos so variveis dependendo do porta-enxertoutilizado, pois os da srie EM so suscetveis e os MM e Marakaibo soresistentes praga. Assim, este inseto causa danos mais expressivos noMeio Oeste, onde foi utilizado o porta-enxerto EM-9 nos plantios de macieirasem alta densidade. O controle qumico deste pulgo preconiza o uso deinseticidas sistmicos, aplicados principalmente no vero (Epagri, 2002).Este afdeo hospedeiro da vespa (Haldeman) (Hym.:Aphelinidae), embora a ao deste parasitide seja prejudicada pelosagrotxicos que so aplicados nos pomares. Por isso, este microhimenpteroest sendo criado em laboratrio para ser liberado nos pomares de macieiras.
Outras pragas de solo que incidem nos pomares de macieiras so osburrinhos ou curculiondeos-de-raz, casos de(Boheman) e spp. (todos Col.: Curculionidae). As larvas destesbesouros desenvolvem-se no solo consumindo radicelas e a casca dasrazes mais grossas, predispondo infeco por patgenos (Epagri, 2002).Atualmente, os danos destas pragas so espordicos, embora, em algunspomares, aumentou a sua infestao nos ltimos anos. Assim, existe anecessidade de difundir as prticas recomendadas para o controle destaspragas, embora, muitos pomicultores aplicam inseticidas fosforados parareduzir as suas populaes.
A cochonilha-da-raiz Will iams (Hem.:Pseudococcidae) uma praga que infesta as razes das plantas demandioca. A sua incidncia est estvel, acompanhando a evoluo dasreas cultivadas com mandioca. Existe necessidade de pesquisaralternativas de manejo para este inseto, pois o uso de agrotxicos considerado economicamente invivel.
A lagarta-rosca uma praga que corta as plantas de milho na fase inicial dedesenvolvimento, reduzindo o stand das lavouras. Outra lagarta que ataca asplantas novas de milho a broca-do-colo, embora a sua incidncia seja maisexpressiva nas lavouras da safrinha, principalmente em perodos secos. Estapraga broqueia o caule das plantas, provocando o sintoma conhecido por
Eriosoma lanigerum
Aphelinus mali
Asynonychus cervinusNaupactus
Pseudococcus mandio
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 41
corao-morto (Cruz et al., 1997). Os danos causados por estas lagartasesta estvel, pois muitos produtores adotam o tratamento de sementes comoforma preventiva de controle.
A larva da vaquinha uma praga importante na cultura do milhonas lavouras catarinenses, principalmente nas reas de milho da safrinha.Esta larva alimenta-se dos pontos de crescimento das razes das plantas demilho, comprometendo o sistema radicular. Ataca tambm as razesadventcias, induzindo o aparecimento do sintoma conhecido por pescoo-de-ganso, que reduz a produtividade das lavouras e facilita o acamamentodas plantas (Chiaradia & Milanez, 1998). Muitos produtores desconhecem osdanos causados pela larva-alfinete, dificultando a estimativa do percentual deperdas e a evoluo do problema nas lavouras.
A larva-angora Germar (Col.: Melyridae) outra praga queocorre nas lavouras de milho. Esta larva ataca as sementes, antes e depoisda germinao, causando reduo do stand, embora seja difcil estimar onvel dos seus danos nas lavouras.
O ataque da lagarta-rosca em viveiro de mudas para reflorestamento freqente, apesar de que os viveiristas previnem os seus danos aplicandoinseticidas. Em um viveiro de mudas, houve o relato de danos causados porlarvas de Fabricius (Col.: Lagriidae) ao sistema radicular demudas de pnus. Nos reflorestamentos com eucalipto e pnus ocorremataques de cupins no sistema radicular das plantas, causando danos,principalmente, em mudas recm transplantadas, sendo que as espcies decupins ainda no foram determinadas. Para prevenir o ataque de cupins,antes do plantio das mudas, alguns produtores imergem as razes em caldaspreparadas com fipronil e, quando o ataque ocorre depois do transplante,regam as mudas com inseticidas.
Nos plantios de palmeira-real-da-austrlia incide uma cochonilha da famliaPseudococcidae, cuja espcie ainda no foi determinada. Outras pragas quecausam danos nesta palmcea so: a broca-da-cana-de-acarsp. e, principalmente, a broca-da-raiz sp. (Col.: Scarabaeidae),cuja populao tm aumentado. No se conhece a bioecologia e as prticasde manejo para estes insetos, justificando a necessidade de pesquisas.
A cochonilha-da-raz sp. (Hem.: Pseudococcidae) aumentounos ltimos anos nas lavouras de soja no Oeste catarinense, embora aindaseja considerada uma praga secundria. Este inseto infesta reboleiras,localizando-se nas razes mais prximas do caule das plantas. Suas colniasprejudicam o desenvolvimento das plantas e causam amadurecimento
D. speciosa
Astylus variegatus
Lagria villosa
MetamasiusStrategus
Pseudococcus
REFLORESTAMENTOS
SOJA
42 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
precoce, reduzindo a produtividade das lavouras. Existem poucasinformaes sobre esta cochonilha, fundamentando a necessidade deestudos de bioecologia e controle deste inseto.
Outra praga, que ocorre em lavouras de soja de alguns municpios do Oestecatarinense a lesma . As lesmas jovens e adultasalimentam-se de plntulas e das folhas da soja, causando danosprincipalmente nas fases de germinao e de desenvolvimento inicial dasplantas (Chiaradia et al., 2004). Alguns agricultores optam pelo plantio degramneas nas reas infestadas, sendo pouco adotadas outras prticasrecomendadas para o controle de moluscos.
Os besouros (Rosado Neto) (Col.: Curculionidae) eBaly (Col.: Chrysomelidae) e grilos so pragas que
tambm incidem nas lavouras de soja, porm, o nvel dos seus danos permiteenquadr-las como sendo pragas secundrias.
Ocorrem cors em lavouras de trigo no Oeste e no Meio Oeste catarinense,embora sejam ataques espordicos, infestando reboleiras e causando danospouco expressivos. As espcies que incidem no foram determinadas at omomento. O problema considerado estvel.
A principal praga de solo dos parreirais catarinenses a prola-da-terra(Hempel) (Hem.: Margarodidae). A presena
deste inseto potencializa o declnio da videira, pois enfraquece as plantas,principalmente, nos anos de primavera chuvosa (Hickel, 1996). Existe porta-enxertos que toleram a prola-da-terra, casos de 043-43 e 039-16, que estosendo utilizados pelos agricultores. Assim, o problema est estvel etendendo reduo. Paralelamente, no manejo desta praga esto sendoaplicados inseticidas e adotadas novas tcnicas de preparo do solo nosparreirais, caso do uso de camalhes e de drenos, principalmente nas reascom solos argilosos, pois a umidade favorece o desenvolvimento desteinseto. Nos trs primeiros anos de conduo do parreiral, existe arecomendao de regar as mudas no ms de novembro usando inseticidasneonicotinides e, em janeiro, aplicando metidatiom. A partir do terceiro ano,deve ser aplicado apenas o inseticida neonicotinide em plantas infestadas.Apesar de eficiente, esta prtica rejeitada por muitos produtores por serconsiderada trabalhosa e de elevado custo. As principais demandas depesquisa com a prola-da-terra devem ser direcionadas obteno de novosporta-enxertos tolerantes ou resistentes e na realizao de testes cominseticidas e patgenos.
S. linguaeformis
Aracanthus moureiMyochrous armatus
Eurhizococcus brasiliensis
TRIGO
UVA
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 43
Outra praga de solo que infesta os parreirais catarinenses a filoxera(Fitch) (Hem.: Phylloxeridae) (Hickel, 1996). Esta
praga alimenta-se de seiva nas razes das videiras, provocando a formaode nodosidades que comprometem o sistema radicular das plantas, sendoum problema principalmente em uva Nigara de p-franco. O controle destapraga esta sendo obtido satisfatoriamente pelo uso de porta-enxertosresistentes.
Normalmente, no ocorrem pragas de solo em nveis capazes de causardanos econmicos nas culturas de alho, cebola, pssego e tomate.
Este diagnstico tornou-se possvel pelo resgate de registros existentes noLaboratrio de Fitossanidade da Epagri-Cepaf de Chapec e devido sinformaes prestadas pelos engenheiros agrnomos Eduardo Hickel(Epagri de Videira) Janaina Pereira dos Santos (Epagri de Caador), JosMaria Milanez (Epagri de Itaja), Luiz Augusto Martins Peruch (Epagri deUrussanga), Luiz Gonzaga Ribeiro (Epagri de So Joaquim), Mari InsCarissimi Boff (Udesc de Lages) e PauloAntnio de Souza Gonalves (Epagride Ituporanga).
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Entomologiaagrcola
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Cultura do fumo: manejo integrado de pragas
in memoriam
Oryzophagusoryzae
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DIAGNSTICO SOBRE PRAGAS ASSOCIADAS AO SOLONO RIO GRANDE DO SUL - 2007
Jos Roberto Salvadori(1) (1) (2)(3) (4 (5)
(6)
, Paulo Roberto Pereira , Mauro T. B. da Silva ,Jaime Vargas de Oliveira , Marcos Botton , Dori Edson Nava e
Ervandil Corra Costa
Este trabalho foi elaborado atravs da aplicao de um questionrio junto aagentes de assistncia tcnica e outros colaboradores, em agosto de 2007.Objetivou-se fazer um levantamento dos principais problemas de pragasassociadas ao solo (tanto as pragas tipicamente rizfagas e subterrneas,como as que atuam na superfcie do solo atacando partes vegetaisadjacentes), para subsidiar a priorizao de demandas para pesquisa etransferncia de tecnologia.
O questionrio foi elaborado na Embrapa Trigo abrangendo diferentessegmentos da agricultura sul-riograndense, compreendendo as ltimas duassafras ou colheitas. Os segmentos cobertos e as instituies responsveispela distribuio dos questionrios e coleta dos dados foram: Gros( , Fundacep Fecotrigo e Instituto Rio Grandense do Arroz),Frutferas ( ), Pequenas Culturas e Hortalias (
) e Florestais e Arbreas (Universidade Federal de SantaMaria). Cada segmento compreendeu diversas culturas e estas, por sua vez,vrias pragas.
O tipo de informao solicitada visou listar e caracterizar a importncia daspragas em termos de ocorrncia e de perdas causadas. A estrutura doquestionrio variou de acordo com a profundidade do conhecimento jexistente em cada caso. Nas culturas que as principais pragas que ocorrem jesto bem definidas, as questes foram formuladas no sentido de quantificara rea em que a praga ocorre e de estimar a perda que esta pode causarquando no controlada. Em outras situaes, objetivou apenas gerar umarelao das pragas de maior importncia.
Embrapa TrigoEmbrapa Uva e Vinho Embrapa
Clima Temperado
( 1 )
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
Embrapa Trigo
Embrapa Uva e VinhoEmbrapa Clima Temperado
, Caixa Postal 451, 99001-970, Passo Fundo, RS. E-mail:[email protected]; [email protected]
Fundacep Fecotrigo. E-mail: [email protected]. E-mail: [email protected]
. E-mail: [email protected]. E-mail: [email protected]
UFSM. E-mail: [email protected]
46 10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata
1. SEGMENTO GROS
Para a cultura de arroz irrigado foram recebidos 31 questionrios, perfazendouma rea de aproximadamente 806 mil hectares. As espcies de pragasapontadas como as mais importantes e as respectivas reas de ocorrncia eperdas mdiaa que causam quando no controladas foram: a) Bicheira-da-raiz - (62 % da rea e perda potencial de 11%); b) Cor-do-arroz - (16 % da rea e perda potencial de 12%); c)Broca-do-colmo - (12% da rea e perda potencial de 9%)e d) Pulgo-da-raz - (8% da rea e perdapotencial de 8%).
Na cultura do milho, considerando os cerca de 225 mil hectares cobertospelos 32 questionrios que retornaram, cinco pragas foram citadas como asmais importantes: a) Cor-das-pastagens - e/ou Cor-do-trigo - (43% da rea e perda potencial de 27%);b) Larva-alfinete - (31% da rea e perda potencial de15%); c) Lagarta-rosca - spp. (27% da rea e perda potencial de 20%);d) Percevejos barriga-verde, em plntulas - spp. (25% da rea eperda potencial de 16%) e f) Grilo-marrom - e/ou Grilo-preto - (16% da rea e perda potencial de 17%).Alm destas,foram mencionadas a Broca-da-coroa-do-azevm ( ),Broca-do-colo ( ), Gorgulhos-de-solo (spp.), Larva-angor ( ) e Lesmas.
Em aproximadamente 1,16 milhes de hectares de soja, abrangidos nos 31questionrios preenchidos, foram registradas como pragas mais importantesas seguintes espcies: a) Grilo-marrom - e Grilo-preto -
(18% da rea e perda potencial de 18%); b) Piolho-de-cobra- Diplopoda (11% da rea e perda potencial de 19%); c) Cochonilha-branca-da-raiz - sp. e/ou sp. (9% da rea e perdapotencial de 9%); d) Cor-das-pastagens - , Cor-do-trigo - e/ou Cor-sulino-da-soja -
4% da rea e perda potencial de 14%) e e) Lesmas - Gastropoda(4% da rea e perda potencial de 41%). Foram citados ainda Percevejosbarriga-verde ( spp.), Broca-do-colo ( ) eGorgulhos-de-solo ( spp.).
Em trigo, os questionrios recebidos foram 30, cobrindo em torno de 248 milhectares. As pragas apontadas como as mais relevantes foram: a) Cor-das-pastagens - (54% da rea e perda potencial de 39%); b)Cor-do-trigo - (29% da rea e perda potencial de31%); c) Pulgo-da-raiz - (12% da rea eperda potencial de 24%) e d) Percevejos barriga-verde - spp. (9%da rea e perda potencial de 11%). Alm destas, foram relacionadas Larva-alfinete ( ), Broca-da-coroa-do-azevm (
), Broca-do-colo ( ) e Grilos -e .
Oryzophagus oryzaeEuetheola humilis
Oechetina uniformisRhopalosiphum rufiabdominalis
Diloboderus abderusPhyllophaga triticophaga
Diabrotica speciosaAgrotis
DichelopsAnurogryllus muticus
Gryllus assimilisLitronotus bonariensis
Elasmopalpus lignosellus PantomorusAstylus variegatus
Anurogryllus muticusGryllus assimilis
Pseudococcus DysmicoccusDiloboderus abderus
Phyllophaga triticophaga Demodemabrevitarsis (
Dichelops Elasmopalpus lignosellusPantomorus
Diloboderus abderusPhyllophaga triticophaga
Rhopalosiphum rufiabdominalisDichelops
Diabrotica speciosa Litronotusbonariensis Elasmopalpus lignosellusAnurogryllus muticus Gryllus assimilis
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 47
Em aveia, cevada e canola apenas cors foram listados como pragasimportantes. Em aveia , com ocorrncia em 82% da reae dano potencial de 52%, superou (ocorrncia em55% da rea e perda potencial de 18%). Especificamente em aveia-preta,quatro questionrios apontaram o Cor-das-pastagens como a principalpraga, com ocorrncia em 75% da rea e potencial de perdas de 67%.
Na cultura de feijo, apenas quatro questionrios foram respondidos,abrangendo 1985 hectares. Grilos - e/ou
(24% da rea e perda potencial de 37%) e Broca-do-colo -(2% da rea e perda potencial de 25%) apareceram
com as pragas de maior importncia.
Em girassol, Lagarta-rosca - spp. (25% da rea e perda potencial de10%), Cor-das-pastagens - (100% da rea e perdapotencial de 75%) e Lesmas (25% da rea e perda potencial de 50%) foramas pragas citadas.
Em macieiras, para um total de aproximadamente 20 mil hectares cobertospor seis questionrios, as pragas mais relevantes foram: Gorgulhos-de-solo -
spp. e spp.(ocorrncia em 32% da rea e potencialde causar perdas de 12%) e Pulgo-langero -(ocorrncia em 20% da rea e potencial de causar perdas de 11%).
Em cerca de 1,22 mil hectares de pessegueiros, cobertos pelos trsquestionrios recebidos, os Gorgulhos-de-solo - spp. e
spp. (ocorrncia em 55% da rea e potencial de perdas de 18%)foram apontados como a praga mais relevante.
Na cultura da videira, oito questionrios recebidos indicaram que as pragasde maior destaque so Prola-da-terra -(ocorrncia em 18% da rea e potencial de perdas de 24%) e Filoxera -
(ocorrncia em 16% da rea e potencial de perdasde 8%).
Neste segmento o pequeno nmero de questionrios recebido no permitiuque fossem gerados dados confiveis sobre ocorrncia e estimativas depotencial de perdas causados pelas pragas.
As pragas citadas que, possivelmente, so as de maior relevncia, foramLarva-arame, Larva alfinete, Lagarta-rosca em batatinha, Grilos e Lagarta-rosca em fumo, Bicheira-da-plntula em cebola e Grilos, Paquinha, Lagarta-rosca e Lesmas, em hortalias em geral.
Diloboderus abderusPhyllophaga triticophaga
Anurogryllus muticus GryllusassimilisElasmopalpus lignosellus
AgrotisDiloboderus abderus
Pantomorus NaupactusEriosoma lanigerum
PantomorusNaupactus
Eurhizococcus brasiliensis
Daktulosphaira vitifoliae
2. SEGMENTO
3. SEGMENTO
FRUTFERAS
PEQUENAS CULTURAS E HORTALIAS.
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4. SEGMENTO FLORESTAIS EARBREAS
Da mesma forma que no anterior, tambm neste segmento o nmero dequestionrios recebidos foi muito pequeno para gerar dados e estimativasconsistentes. Entretanto, possivel registrar que, em eucalipto, Lagarta-rosca, Cors ( e outra espcie no identificada) e larvas deMigdolus foram referidos como pragas.
Euetheola humilis
10 Reunio Sul-Brasileira Sobre Pragas de Solo. Pragas-Solo-Sul: Anais e Ata 49
Palestras
EVOLUO EM PESQUISAS BIOLGICAS DE PRAGASNO BRASIL, COM NFASE A PRAGAS DE SOLO
Jos Roberto Postali Parra(1)
O inseto que vive no solo, seja durante todo o ciclo de vida ou em uma dasfases de desenvolvimento, mais difcil, em geral, de ser criado, secomparado com insetos da parte area. A criao em laboratrio, demanda areproduo das caractersticas do solo em que o inseto vive, sob o ponto devista qumico, fsico e biolgico, nem sempre fceis de serem reproduzidas.
Em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) ou de ProduoIntegrada de Frutferas (PIF), so exigidos estudos bsicos para suaimplantao, sendo que exceto a taxonomia, todos os outros componentesda base de um manejo, ou seja, mortalidade natural no agroecossistema(inimigos naturais), nveis de controle, amostragem e influncia de fatoresclimticos, demandam estudos bioecolgicos.
Embora ainda se utilizem poucas medidas alternativas para controle depragas de solo, os estudos sobre o assunto tm avanado nos ltimos anosno Brasil, com pesquisas de alto nvel e cujo relato, de algumas delas, ser oobjetivo da presente palestra.
Estes avanos esto relacionados a alguns marcos, que poderiam serchamados de , ou seja, a) incio dos Cursos de PG no Brasil; b) 1Reunio Sul Brasileira sobre Pragas de Solo, realizada na Embrapa emPasso Fundo, RS, em 1988 e c) publicaes geradas. Existem, hoje, cerca de2000 profissionais entre mestres (70%) e doutores (30%) formados ementomologia no pas; esta a X Reunio Sul Brasileira de Pragas de Solo,com um nmero crescente de participantes desde aquela de 1988;publicaes, como o livro "Pragas de Solo no Brasil", editado por Salvadori,vila & Silva em 2004, com 18 captulos e 35 autores de diferentes pontos dopas, atestam este avano.
A partir da dcada de 80, deu-se maior nfase s pragas de solo, pois osforam retirados do mercado, houve
(especialmente soja, cana-de-acar, algodo, caf,entre outras) e foram (pivcentral, plantio direto, safrinha, etc).
J so 22 milhes de ha com plantio direto; so novas variedades de algodono Brasil Central; discute-se a necessidade de se deixar de queimar a cana(uma realidade em grande parte do Brasil); as culturas ficam durante o anotodo na mesma rea; reas so irrigadas; a nutrio das plantas varivel de
histricos
clorados expanso das fronteirasagrcolas no Brasil
implementadas novas tcnicas de cultivo
(1)Prof.