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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
RECURSOS HUMANOS: A IMPORTACIA DO RH NAS ORGANIZAÇÕES
Mayara Milão da Silva
ORIENTADOR: Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos Por: Mayara Milão da Silva.
RECURSOS HUMANOS: A IMPORTACIA DO RH NAS ORGANIZAÇÕES
Rio de Janeiro 2016
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus e aos meus amigos da Pós e amigos do trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a minha família e em especial a minha
mãe que sempre me deu força para a realização
de mais um crescimento profissional.
5
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de apresentar uma pesquisa sobre a
importância do Setor de Recursos Humanos dentro de uma Organização.
O texto retrata sobre a Revolução da História do trabalho no Brasil,
pois não tem como falar sobre RH e não tratar sobre a questão do trabalho.
Mostra a origem da Gestão de Rh, conceito de gestão de pessoas, e os
processos utilizados pelo profissional como: Recrutamento e Seleção,
Recrutamento Interno, Treinamento e Desenvolvimento, Clima Organizacional,
Avaliação de Desempenho, Remuneração, Benefícios, E por fim retrata a
importância do setor de RH, mostrando alguns desafios enfrentados por esses
profissionais.
6
METODOLOGIA A metodologia utilizada na construção dessa Monografia foi baseada
em pesquisa bibliográfica, a partir de material já publicado em sites
relacionados à área da internet. Teve como objetivo da pesquisa a Importância
do Setor de Recursos Humanos nas Organizações.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
A Evolução da História do Trabalho no Brasil 09
CAPÍTULO II
Os Processos dos Recursos Humanos 20
CAPÍTULO III
A Importância do Setor de RH 32
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 36
ÍNDICE 38
ÍNDICE DE FIGURAS 39
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de entender a importância de um
profissional de recursos humanos dentro das organizações pois o papel desse
profissional vai muito além de apenas entrevistar, contratar e demitir
empregados.
O RH se encontra envolvido com o funcionamento de todas as áreas
organizacionais direta ou indiretamente, atuando como mediador entre os
interesses da empresa e dos funcionários.
Entretanto, antes de falar as práticas realizadas por esse
profissional, o trabalho relata de como surgiu o RH, falando sobre a evolução
da história do trabalho no Brasil, citando o trabalho desde a época da
escravatura no século XIX, passando pelas grandes conquistas ganhas,
através de lutas dos trabalhadores e retrata importantes conquistas em alguns
anos.
Será observado no trabalho que o setor de recursos contribui e
muito para o sucesso da organização, na medida em que mantém os
funcionários motivados e satisfeitos, mantendo um bom clima organizacional,
com o objetivo de influenciar na obtenção de resultados cada vez melhores.
O setor tem um papel fundamental criando oportunidades, deve ser
visto com um investimento impossível de dispensar para o sucesso de empresa
e dos colaboradores.
9
CAPÍTULO I
A EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA DO TRABALHO NO BRASIL
Não tem como falar sobre os Recursos Humanos e não tratar sobre
a questão do trabalho no Brasil e não podemos deixar de falar sobre a chegada
dos portugueses no Brasil no século XVI. A descoberta do Brasil aconteceu por
causa da expansão Europeia, através do desenvolvimento mercantilista. A
presença da escravidão no Brasil e a produção agrícola para a exportação
estão vinculadas à vinda dos europeus para o Brasil.
No fim do século XIX, a partir da abolição da escravatura com a Lei
Aurea, com o fim da escravidão, encerrou um período de anos de predomínio
do trabalho escravo.
Décadas após o fim da escravidão, com a ajuda do governo das
províncias, donos de terras começaram a trazer imigrantes para trabalhar em
suas terras, esse sistema ficou conhecido como colonato, pois tinha um
acordo, os fazendeiros adiantava um valor para a sobrevivência dos colonos e
sua família. Eles deviam plantar e cuidar de alguns pés de café, no final da
colheita era feita uma divisão com os proprietários, os colombos eram
obrigados a pagar juros e mais juros sobre o adiantamento, ficando com muitas
dívidas sempre, que na época foi chamado de “parceira do endividamento”,
passando a divida de pai para filho porque os colonos não conseguiam pagar.
Os trabalhadores urbanos a partir do século XX passaram a
reivindicar melhores condições de trabalho, por um lado Getúlio era rigoroso e
reprimia manifestação operária e para compensar instaurou um novo modelo
de sistema: o sistema justrabalhista criando o Ministério do trabalho,
Departamento Nacional do trabalho, Indústria e Comércio, as caixas de
aposentadoria e pensões e as Carteiras profissionais. Com o passar dos anos
o modelo justrabalhista foi estruturado e reunido, denominando a consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) no maior estádio da América Latina daquela época,
São Januário, pelo Decreto-Lei nº 5.452, em 1º de maio de 1943, E com a
10
legislação, o principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e
coletivas do trabalho. A CLT foi o resultado de 13 anos de trabalho. Foi criada a
legislação trabalhista que atendeu à necessidade de proteção do trabalhador,
dentro de um contexto de "estado regulamentador”. (Desde sua publicação a
CLT já sofreu várias alterações, Porém continua sendo o principal instrumento
para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores).
Já no período de 1950 a 1960, no governo de Juscelino Kubitschek,
o Brasil deu um enorme salto de desenvolvimento embalado pelo famoso lema
“50 anos em 5” com o objetivo de fazer a nação crescer cinquenta anos em
apenas cinco anos, o presidente criou o parque industrial brasileiro,
implantando inúmeras fábricas, Abrindo a economia para o capital
internacional, entraram grandes montadoras no país de automóveis: por
exemplo, Ford, Willys, Volkswagen e outros. Atraindo trabalhadores de todo
Brasil, pois as oportunidades de empregos aumentaram muito. Entretanto a
grande obra de JK foi à construção de Brasília, a capital do Brasil, finalizando a
construção em 21 de abril de 1960.
Entre 1960 e 1980 o capitalismo se redefine no país produzindo
mudanças substantivas na produção e no mundo do trabalho, trazendo
alterações na composição das classes trabalhadoras. O Regime militar
procurou redefinir e limitar as ações mais progressistas no sindicato. A Luta
dos trabalhadores, com grandes dificuldades, não parou um momento, não
dando tréguas para os militares e aos patrões. Foram muitas disputas e
diferenças entre os militares, pela luta da direção do movimento dos
trabalhadores.
A década de 90 o país viveu uma forte recessão, com redução do
nível de atividade e aumento da taxa de desemprego. Esse processo foi
revertido, com crescimento da economia até 1997. Com o advento da crise
financeira internacional em meados de 1998, ocorreu uma interrupção do
crescimento econômico.
11
1.1 Origem da Gestão dos Recursos Humanos
A definição de Gestão de Recursos Humanos é recente, surgiu no
início do século XX. Falava-se em Administração de Pessoal que ocupava
apenas de questão administrativas, como recrutamento e os salários dos
trabalhadores. Após a II Guerra Mundial, o trabalho do RH aumentou seu
campo de intervenção, com outras atividades, com participação e
aconselhamento da administração da empresa na negociação e contratação
coletivas.
As décadas de 1940 e 1950 são épocas marcadas por forte
intervenção do Estado nas relações trabalhistas, com isso foi exigido novo
posicionamento da Área de Recursos Humanos. Com o fortalecimento dos
sindicatos e a crescente organização dos trabalhadores, um fator decisivo para
a área é que incorpore o papel de representante da empresa em negociação, e
que seja mediadora entre capital e trabalho nos conflitos. As empresas passam
a se preocupar mais com as condições de trabalho e os benefícios aos seus
empregados, criando-se as políticas de remuneração e benefícios, sem grande
desenvolvimento ao treinamento pessoas.
A partir das décadas de 60 e 70 o departamento de gestão de
pessoas, começa a se preocupar não só com as atividades administrativas e
sindicais, mas também com o desenvolvimento e administração de políticas e
práticas que respeitam à gestão dos empregados. A organização reconhece a
necessidade de investimento no desenvolvimento de habilidade de suas
lideranças como: supervisores e gerentes, na questão relacionada a
Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, e também no Desenvolvimento
Organizacional. Os gerentes de RH passam a atuar de decisões estratégicas
da empresa. Os processos de avaliação de desempenho do sistema de Gestão
de RH começam a ser criado, com a finalidade de administrar as relações com
as pessoas, com isso, o objetivo de atingir os objetivos das organizações.
12
No período de 80 com os resultados de alguns fatores que
marcaram os anos 70, como a globalização. Exige-se por parte da empresa um
planejamento Estratégico, um processo de antecipação das mudanças futuras
e do alinhamento das várias componentes da organização, para promover,
eficiência e eficácia. No período de 1960 a 1980, França aponta como marco:
“ o surgimento dos primeiros cargos de gerência de recursos humanos (com responsabilidade sobre a coordenação dos sistemas de RH. Esse período, segundo ela, apresenta ênfase nas técnicas de treinamento e desenvolvimento, inserção de benefícios voltados para a alimentação do trabalhador e é influenciado) pelas políticas governamentais de modernização tecnológica e de incentivos fiscais, como a Lei nº 6.29771976, de Incentivo Fiscal aos Programas de Treinamento, e o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), homologado no mesmo período, e as normas de Segurança e Saúde do Trabalho, como as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA’s) e os Serviços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT´s), bem como a difusão do conceito de riscos ocupacionais e necessidades ergonômicas (no ambiente organizacional). A gestão pública estava vigorosa e algumas empresas estatais tiveram papel importante na qualificação e produtividade nacional. (Expandiram-se nessa época, os cursos privados de administração de empresas). Nas indústrias surgiram as primeiras práticas brasileiras de gestão participativa e qualidade, por meio dos círculos de controle de qualidade – CCQ, assim como os primeiros instrumentos diagnósticos, os quais começam a ser utilizados sistematicamente.” (FRANÇA, 2007, p. 10).
Após os anos 90, com a designação de Gestão de Pessoas,
começou a preocupar-se com os trabalhadores, dar importância e reconhecer o
mérito do talento humano de cada organização, capacitando e desenvolvendo
os trabalhadores com a preocupação no profissional e na pessoa. Se a pessoa
estiver bem, o profissional será mais produtivo e contribuirá para o crescimento
organizacional e consequentemente seu desenvolvimento profissional. O RH
assume denominação como Gestão de Talentos, Gestão de Capital Humano,
Gestão de parceiros e Administração de Capital Intelectual.
França denomina o período de 1980 a 1990, que foi marcado pela:
13
“ integração dos enfoques administrativo, estruturalista e comportamental, que significa alinhamento entre as rotinas de pessoal, estrutura organizacional e comportamento individual. (Houve) redução do ritmo de modernização da administração como um todo e também da Administração de Recursos Humanos. (Mas, ressalta nessa época,) a tendência ao corporativismo, ao detalhamento e à impaciência com as demandas competitivas de pessoal. A função de diretor de Relações Industriais tinha como maior demanda as pressões sindicais e a possibilidade de "eliminar” conflitos, especialmente grupais. Nesse período, tornam-se realidade as células de produção, uma revolução silenciosa na forma de produzir nas plantas de fábrica. São realizados treinamentos para formação de liderança, aprendizado de atividades em equipes, e discussões sobre neuroses e patologia do trabalho. Ocorrem mudanças nos padrões empresariais no que se refere a níveis hierárquicos - com a utilização da metodologia de downsizing e rightsizing, entrada de novas tecnologias tanto na produção como nos sistemas gerenciais administrativos (e consequentemente demissões em massa).” (FRANÇA, 2007, p. 10-11).
A organização é formada por pessoas, objetivos e recursos. A
empresa o procura contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de
seus colaboradores, pois a valorização do capital humano passou a ser uma
prioridade dentro das organizações, Agregando valor às pessoas, ela se
sentirão motivadas, valorizadas e consequentemente contribuirão de forma
produtiva, para o alcance dos objetivos estratégicos da organização.
“ a Administração de Recursos Humanos, que no século XX foi norteada por valores mecanicistas e legalistas, vive novos cenários, e tem o desafio de conhecer e integrar elementos do ambiente externo. Os vetores são alta velocidade, qualidade e produtividade, qualificação contínua, emprego com vínculo de fidelidade transitória, entre tantos outros.” (FRANÇA, 2007, p. 11).
A Gestão de Recursos Humanos é vista pela primeira vez como um
agente de ajuda às empresas para grandes realizações dos principais
objetivos.
1.2 Conceito de Gestão de Pessoas
A gestão de pessoas é o conjunto integrado de atividades de
especialistas e de gestores, de como irá agregar, aplicar, recompensar,
14
desenvolver, manter e monitorar pessoas, no sentido de proporcionar
competências e competitividade à organização. (CHIAVENATO, 2008, p.9). O conceito de Gestão de pessoas ocorre através da participação,
envolvimento e desenvolvimentos dos colaboradores de uma empresa.
Algumas vezes a gestão de pessoas é confundida com o setor de Recursos
humanos, porém a gestão de pessoas tem como objetivo a valorização dos
profissionais e o RH são a técnica e os mecanismos que o profissional utiliza. A
gestão de pessoas dentro de uma organização deve ser feita pelos diretores e
gestores, pois é uma área que requer capacidade de liderança.
A gestão de pessoas é o gerenciamento administrativo, onde existem
pessoas, a ser administrado, com o objetivo de crescimento, estabelecido pela
empresa através do esforço humano organizado, pelo um grupo específico. A
organização pode ser privada, federal, estatal ou sem fins lucrativos, a função
de um bom gestor é fixar as metas a alcançar através do planejamento,
analisar e conhecer os problemas e enfrentar, ser um líder, ao motivar os
funcionários.
Para Chiavenato (2008), Gestão de Pessoas tem o objetivo de
permitir a colaboração eficaz dos funcionários para alcançar os objetivos
organizacionais e individuais. Os nomes como Departamento Pessoal,
Recursos Humanos, Administração de Recursos Humanos, alguns dos nomes
dados ao departamentos relacionada com a Gestão de Pessoas.
Cada vez mais é valorizado pelas organizações o capital humano, os
gestores entendem que é necessário oferecer o suporte necessário para as
pessoas se desenvolverem e aperfeiçoar características que já possuem. As
pessoas dentro da organização se tiverem oportunidade de crescimento, vão
dar o melhor de si, trazendo resultados positivos para a empresa.
São vários os objetivos da Gestão de Pessoas, para Chiavenato
(1999), a administração de recursos humanos, contribui para empresa através
de alguns meios, como:
1. Ajudar a organizar a alcançar metas.
2. Treinar e motivar as pessoas para a empresa.
3. Proporcionar competitividade à empresa.
4. Desenvolver e manter a qualidade de vida do trabalho.
15
5. Proporcionar a satisfação dos funcionários da empresa.
6. Manter políticas éticas e comportamento responsável.
Com esses meios à empresa busca agregar valor a empresa,
gerando retorno para todos os envolvidos.
Para Chiavenato (1999) a Gestão de pessoas não fica restringida
apenas em processo de recrutamento e treinamento de funcionários, para ele
as definições de Gestão de pessoas são:
Conjunto de políticas e práticas necessárias para os aspectos da
posição gerencial com as pessoas ou recursos humanos, incluindo
recrutamento, seleção, avaliação de desempenho, treinamento,
recompensas.
A gestão de pessoas é a função na organização que está relacionada
com motivação e manutenção dos empregados, treinamento e
desenvolvimento.
Existem seis processos básicos de Gestão de Pessoas de acordo com Chiavenato (2008):
Processos de Agregar Pessoas: São os processos de incluir novas
pessoas na organização através do recrutamento e seleção.
Processo de Aplicar pessoas: Planejar o que cada pessoa irá fazer na
empresa, orientar e acompanhar o desempenho, incluindo o desenho
organizacional com análise e descrição de cargos, e avaliação do
desempenho.
Processos de Recompensar Pessoas: Processo para incentivar motivar
as pessoas, satisfazer suas necessidades individuais, podemos
encontrar nesse processo as atividades de benefícios e remuneração.
16
Processos de Desenvolver Pessoas: Geralmente utilizados para
capacitar, treinar e desenvolver pessoas.
Processos de Manter Pessoas: criação de condições ambientais e
psicológicas satisfatórias para o trabalho dos funcionários.
Processos de Monitorar Pessoas: Utilizados para controlar e
acompanhar o trabalho dos funcionários, analisando os resultados,
banco de dados e sistemas de informações.
“O equilíbrio na condução de todos esses processos é fundamental. Dai a necessidade de um balanced scorecard1para integrar todos eles. Quando um processo é falho, ele compromete todos os demais. Além disso, todos esses processos são desenhados de acordo com as exigências das influencias ambientais externas e das influencias organizacionais internas para obter a melhor compatibilização entre si. Ele deve funcionar como um sistema aberto e interativo.”(CHIAVENATO, 2005, p. 15).
1 O BSC é um método que auxilia os gestores a desenvolver bem uma estratégia do princípio ao fim e depois fazer com que cada um na organização esteja envolvido a implementá-la (Kaplan e Norton, 2001)
Figura 1: Os seis processos da gestão de pessoas Fonte Chiavenato, 2005 p. 14
17
1.3 Gestão de Pessoas e os Desafios
Com a evolução tecnológica e a globalização no século XX, foi
modificado o comportamento das organizações, com uma grande intensidade.
Ocorreram mudanças de ordem política, social e econômica. Após essa grande
modificação foi necessário buscar novos modelos de gestão, para dar conta
das demandas humana e social no atual contexto. A dinâmica da economia
mundial tem apresentado uma necessidade das organizações de realizarem
mudanças de ordem estratégica e operacional para tornar a política de
negócios competitiva e garantir a permanência no mercado. Nesse cenário
emerge a forma de gerenciar pessoas, para que possa dar suporte às
transformações nas organizações. Dessa forma, passam a elaborar
estratégias, políticas e práticas, criando uma estrutura de recursos humanos
para esse novo modelo de gestão.
As mudanças ocorridas com o avanço tecnológico trouxeram
transformação e impactos na maneira de gerenciar pessoas, no
desenvolvimento de competências técnicas e humanas para atender as novas
demandas, ao analisar os desafios da gestão de pessoas, foi verificado que o
desenvolvimento político e práticas dessa gestão estão em constante evolução
e em busca de alinhamento com as estratégicas organizacionais. Dessa forma
a tecnologia utilizada na empresa, tem buscado ampliar a visão estratégica
com foco nas pessoas, o capital humano passa a ser mais valorizado, exigindo
da gestão organizacional suas competências como forma de potencializar
resultados.
1.4 Gestão de Pessoas X Recursos Humanos
Ao logo dos últimos anos tem ocorrido muita confusão sobre os
significados de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos.
18
RH é a unidade operacional que funciona como órgão de staff, isto é como elemento prestador de serviços nas áreas de recrutamento; seleção, treinamento. Remuneração, comunicação. Higiene e segurança do trabalho, benefícios, etc. CHIAVENATO (2008, p.2).
O termo gestão de pessoas é um recurso teórico e metodológico
com o objetivo de discutir as diversas maneiras como o gestor de pessoas
deve agir nos novos contextos no trabalho, é importante para análise dos
diversos modos como sociais e organizacionais.
“Um modelo de gestão de pessoas transcenderia a operação dos tradicionais subsistemas de RH (treinamento, remuneração, movimentação de pessoas etc.), abrangendo os princípios, aos conceitos, as práticas e as prioridades em uma organização, que fundamentariam a definição e a utilização de ferramentas de gestão para direcionar o comportamento humano no trabalho, incluindo aí estratégias de ação de gestores e de funcionários, e de líderes e de liderados.” (MASCARENHAS, 2008, p. 15 e 16).
Para Mascarenhas (2008) a gestão de pessoas é um conjunto de
referencias teórico, como por exemplo: comportamento organizacional,
teoria das organizações, liderança, desenvolvimento de equipe, estratégias
organizacionais entre outros que é necessário para um melhor estudo da
gestão de pessoas. A gestão de pessoas tem a missão de transformar o
fator humano em fonte de vantagem competitiva.
“Na prática, cada organização caracteriza-se por uma configuração única da função de gestão de pessoa, alicerçada em uma cultura e em competências que seriam o resultado de processo históricos de aprendizagem. Assim, um modelo de gestão de pessoas seria uma representação de uma realidade socialmente construída, apresentando-se aos indivíduos como uma entidade dinâmica, fragmentada e complexa.” (MASCARENHAS, 2008, p. 16.)
A Gestão de Recursos Humanos é uma área onde os profissionais
de RH trabalham em tempo integral em papéis diretamente relacionados com
esta área. São administradores, engenheiro, psicólogos, assistente sociais,
economistas, advogados entre outros.
19
A Gestão de pessoas tem o objetivo de aprimorar as competências
dos funcionários dentro das organizacionais incluindo do profissional de RH. A
questão administrativa da área do RH é de competência da própria área.
Entretanto a função de gerir pessoas é de responsabilidade dos gestores e
líderes e de todas as equipes.
No fim das contas à gestão de pessoas prioriza o comportamento
humano, como objetivo central, e o articula em torno da motivação,
comprometimento, liderança e ética. A gestão de recursos humanos busca um
encaixe com as políticas empresariais, através de estratégias funcionais de
RH.
20
CAPÍTULO II
OS PROCESSOS DOS RECURSOS HUMANOS
Os Recursos Humanos (RH) teve uma evolução ao longo dos anos,
preocupado com burocracia, folha de pagamento e contratação, passando para
um modelo de gestão estratégica de pessoas, visando às pessoas como
fundamentais para o sucesso da empresa. Antes papel com processos
administrativos e hoje com um papel estratégico nas Organizações. Passando
a ter função estratégica para motivar, atrair e controlar as pessoas.
O RH estratégico visa buscar das pessoas o envolvimento para
alcançar os objetivos da empresa e de si próprios. Contribuindo para o
desenvolvimento da empresa e do profissional. Os funcionários são
considerados figuras essenciais na empresa são valorizadas e comprometidas.
Criando um vinculo no qual o funcionário é tratado não como um “custo” para
aquela empresa e sim como um ativo a ser desenvolvido.
“A Gestão Estratégica de Pessoas está fortemente relacionada à estratégia da organização. Essas se influenciam mutuamente, em várias dimensões. A Estratégia da or-ganização é determinada pela forma como a organização deseja atuar no ambiente e pelo seu patrimônio de co-nhecimento. Como parceira na formação de Estratégias Organizacionais, a Gestão Estratégica de Pessoas constitui-se em função que busca agregar valor ao Capital Humano, gerindo competências, conhecimento e efetuando os seus processos de modo a valorizar as pessoas e promover o desenvolvimento individual e organizacional. Os focos são as pessoas como ativos centrais da eficácia organizacional.” (GIRARDI, 2008, p. 82).
O RH estratégico participa da elaboração do planejamento
estratégico da organização, desenvolvendo com ou para as pessoas,
motivando e trazendo resultados para a organização. Fornecer o
comprometimento das pessoas com a missão, a visão, os valores e a
estratégia da organização.
21
ULRICH (2000), diz que os profissionais de Recursos Humanos devem
estimular a construção de relacionamentos confiáveis; conhecer os negócios o
bastante para se engajar nas discussões; certificar que os sistemas
operacionais de sua área estão desenhados corretamente para participar dos
processos tanto de elaboração como de execução das estratégias, conhecer a
teoria e as ferramentas para identificar e administrar um talento, possibilitar nas
empresas, que tudo possa acontecer de maneira certa, no momento correto.
2.1. Recrutamento e Seleção
Através da grande competitividade no mercado de recursos
humanos, selecionar pessoas e fazer todo o processo de recrutamento e
seleção torna - se fundamental e de grande responsabilidade do profissional de
RH responsável por esse processo que é a escolha do profissional certo para
ocupar o cargo mais adequado na organização.
Nas organizações as vagas surgem por diversos motivos:
demissões, promoções, aposentadorias, quando essas vagas surgem, elas
podem ser supridas internamente.
A atividade de Seleção de Pessoal tem sentido dentro da empresa
que pensa nos seus colaboradores, uma política de valorização, e um plano de
carreira para os colaboradores.
Marras (2007) define que o recrutamento é uma atividade de
responsabilidade da administração de recursos humanos que tem por
finalidade a captação de pessoas interna ou externamente à organização com
objetivo de suprir as necessidades de pessoas na empresa. O recrutamento
ocorre dentro do contexto do mercado de trabalho, que é o espaço onde ocorre
o intercâmbio entre as empresas e as pessoas, e o mercado de recursos
humanos que é o conjunto de candidatos que buscam um emprego, este
mercado envolve pessoas que estão dispostas a trabalhar e também as que já
estão trabalhando.
22
2.1.1 Recrutamento Interno
O recrutamento Interno é quando tem uma vaga na empresa e pode
ser suprida por um empregado da própria organização, podendo ser chamado
de promoção. Mas para isso acontecer é de extrema importância que o
profissional de RH mantenha um cadastro atualizado de seus colaboradores, e
é necessário analisar o desempenho do empregado desde o ingresso na
empresa.
Instrumentos utilizados ao recrutamento
Avaliação de desempenho
Avaliação de potencial
Plano de carreiras
Treinamento
2.1.2 Recrutamento externo
O recrutamento é considerado externo quando a empresa vão
buscar no mercado os candidatos. A vantagem desse tipo de recrutamento é a
possibilidade de renovação de colaboradores para a empresa, e outra grande
vantagem que quando é feita a procura no mercado podem selecionar um
candidato com uma sólida experiência, reduzindo a necessidade de
treinamento, e sem desfalcar a lotação de outro setor na empresa, por outra
lado é um processo mais demorado.
Instrumentos utilizados ao recrutamento
Currículo
Indicação
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Anúncios em jornais e internet
2.2. Treinamento e Desenvolvimento
Treinamento e Desenvolvimento são responsabilidades de grande
importância dos Recursos Humanos, é um instrumento que agrega ao
funcionário todo conhecimento necessário para que ele possa crescer
profissionalmente e ao mesmo tempo, trazendo ótimos resultados para
empresa. O treinamento é um processo de capacitação e aprendizagem para
os novos funcionários, capacitando para exercer suas funções, para um melhor
desempenho nas suas tarefas, adaptando a pessoa para um cargo ou função.
O desenvolvimento é diferente do treinamento, pois é mais focalizado para o
crescimento do funcionário. À medida que você se prepara para assumir
cargos de maior importância, maior será o desenvolvimento necessário.
De acordo com (Gil, 1994), o treinamento quando identificada sua necessidade funciona da seguinte maneira:
Primeiramente identificar a forma de como será abordado o treinamento, o instrutor que o fará, recursos disponíveis e necessários, analisar os pós e contras que esse treinamento pode trazer para a organização.
A realização do treinamento e a didática apresentada no treinamento, para haver entendimento do assunto.
Feedback dos treinados ocorre através de formulários de avaliação do treinamento, estes podem ser quantitativo ou qualitativo, e em outros casos são aplicados testes que demonstrem o aprendizado obtido.
“O treinamento é um processo sistemático para promover a aquisição de habilidades, regras e conceitos e atitudes que busquem a melhoria da adequação entre as características dos empregados e exigências dos papéis funcionais, e o desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-las futuros membros da organização.” (BOAS; BERNARDES, 2009, p.171).
24
O Treinamento e Desenvolvimento devem ser entendidos como um
investimento da empresa e até como um benefício, pois é um ganho para o
empregado e para a empresa.
O desempenho no trabalho de uma pessoa está relacionado com
suas habilidades, requer uma motivação, pois a empresa tem um custo com
esse colaborador, então o comprometimento é essencial.
As organizações estão percebendo a necessidade de estimular o e
apoiar o contínuo desenvolvimento de pessoas como forma de manter suas
vantagens competitivas em contrapartidas as pessoas buscam o contínuo
desenvolvimento para obter maiores seguranças quanto à inserção no mercado
de trabalho tão seletivo.
2.3. Clima Organizacional
O clima organizacional pode ser definido como um conjunto de
valores, comportamentos formais e informais que existem em uma
organização, clima organizacional é a percepção coletiva que as pessoas têm
da empresa. A percepção pode ser boa ou ruim de acordo com a interpretação
do colaborador. O clima organizacional influi diretamente na motivação da
equipe, no seu grau de satisfação e consequentemente, na qualidade de seu
trabalho. Após uma pesquisa de clima organizacional busca-se obter respostas
que ajudam as empresas a identificar possíveis falhas ou oportunidades de
melhoria.
Um ponto favorável para a realização da pesquisa de clima
organizacional é a questão da imagem da empresa. Os funcionários de fato
são os primeiros clientes da empresa, precisa conquistar para que, depois
possa conquistar o mercado. Não adianta, uma empresa fazer uma campanha
publicitária milionária a respeito da sua responsabilidade social ou ambiental
para os clientes externos, se seus clientes internos não estão satisfeitos com
as condições de trabalho ou não sabem de nada que a empresa realiza a
respeito destas questões.
25
“O Clima organizacional reflete o modo como às pessoas interagem uma com as outras, com os clientes e fornecedores internos e externos, bem como o grau de satisfação com o contexto que as cerca. O clima organizacional pode ser agradável, receptivo, caloroso e envolvente, em um externo, ou desagradável, agressivo, frio e alienante em outro extremo.” (CHIAVENATO, 1999 p. 440)
“A valorização humana deve ser vista como o objetivo principal das empresas. A satisfação dos clientes só se torna possível com empregados satisfeitos. As empresas nascem para realizar os projetos que visam suprir necessidades humanas e isso exige o sentido de equipe, solidariedade e sinergia. A produtividade e o lucro são consequências naturais da redescoberta do prazer do trabalho, do resgate da essência humana das organizações.” (MATOS, 1995 apud TACHIZAWA et al., 2006, p. 246).
Pesquisa de clima organizacional é uma peça essencial para coletar
dados para o planejamento estratégico de melhorias para empresa relacionada
a aspectos financeiros e humanos. A pesquisa poderá diagnosticar o grau de
motivação das pessoas na organização e melhorias relacionadas ao clima
organizacional. As pessoas são essenciais para a existência da empresa, e
para que possam contribuir com um bom trabalho, efetivamente com os
objetivos organizacionais devem se sentir bem no ambiente de trabalho
inserido.
2.4. Aplicação
Esse processo envolve a orientação, a avaliação de desempenho e
modelagem de cargos. Tem o objetivo é fundamental estratégico para a
organização, pois se refere aos ajustes que são necessários de se fazer para
um bom desempenho dos funcionários e da organização.
O gestor de RH verifica se o trabalho está evoluindo e se estão distribuídas as
pessoas em seus respectivos cargos, e se há necessidade de intervenção, de
ajustes, de movimentação de pessoal, funções, troca de cargos, ou de
remodelar determinado cargo, rever as atribuições, ou ainda de orientar melhor
26
as pessoas para um desempenho mais eficiente. É importante que o gestor de
RH esteja atento as necessidades das pessoas, não somente da organização.
Se alguma pessoa não está rendendo o que deveria é porque algo está errado.
Cabe ao gestor conversar para entender o que esta acontecendo. O diálogo
neste processo é importante. Os colabores precisam confiar no gestor precisa
enxerga-los como um parceiro, como alguém que ajudará a resolver os
problemas. Percebe-se ainda, certo medo, dos colaboradores, em muitas
organizações em relação ao gestor de RH. O gestor de RH deve ser a voz
dos funcionários na diretoria.
2.5. Avaliação de Desempenho
“Avaliação é a verificação formal e permanente dos resultados alcançados comparados com os padrões de desempenho estabelecidos e o termo desempenho é definido como: Compreende a atuação do empregado em seu posto de trabalho, traduzindo em projetos, atividades ou tarefas que lhe foram atribuídos, assim como os resultados que dele se espera, definidos por padrões de desempenho.” (LUCENA, 1992, p.77)
A avaliação de desempenho tem como objetivo analisar o
desempenho individual e grupal dos funcionários, buscando o crescimento
profissional e pessoal, e garantindo um melhor desempenho. Entretanto,
fornece à Administração de recursos humanos informações para tomadas de
decisões, sobre salários, bonificações, promoções, demissões, treinamento e
planejamento de carreira, articulando o crescimento e o desenvolvimento da
pessoa avaliada. Através da avaliação de desempenho é mais fácil fornecer
opinião sobre as pessoas, com informações rígidas e concretas. Outra
vantagem é a possibilidade de descoberta de talentos resultante da
identificação das qualidades de cada pessoa da organização.
“Avaliação de desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado e seu gerente de representar uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa. É um meio que permite localizar problemas de supervisão e gerência, de integração da pessoa à organização, de adequação ao
27
cargo ocupado, de localizar possíveis dissonâncias, carências de treinamentos e, consequentemente estabelecer meios e programas para eliminar ou neutralizar tais problemas.” (CHIAVENATO, 2009, p. 113).
É Importante pensar na avaliação do desempenho como ferramenta,
que tem o principal objetivo facilitar os gestores para planejar, liderar e
acompanhar os resultados de todos da equipe. Lembrando que a avaliação de
desempenho visa o comportamento profissional dos funcionários.
Cada vez mais as empresas utilizam as ferramentas de avaliação,
com o intuito de acompanhar o desempenho de resultados para a empresa e
para o próprio individuo, com o fim de agregar, aplicar, desenvolver,
recompensar, monitorar os indivíduos dentro das organizações.
Avaliação pela chefia
Considera que a avaliação de desempenho é da responsabilidade
da Primeiramente do gestor, podendo ser complementada através da
intervenção do órgão de recursos humanos. A chefia é o indivíduo que possui
as melhores condições para acompanhar e verificar o desempenho de cada
colaborador. Contudo, a chefia terá dificuldade em projetar, desenvolver e
manter um plano sistemático de avaliação de desempenho, porém é
necessário ser assessorado pelo órgão de recursos humanos.
Método de avaliação por objetivos
É negociado os objetivos a alcançar, durante um período de tempo. Os
objetivos devem ser alinhados com os objetivos da organização. O gestor e o
colaborador periodicamente devem reunir-se e discutir o nível de desempenho.
Método de avaliação por competências
O colaborador sabe identificar as suas próprias competências,
necessidades, pontos fracos, pontos fortes e metas. O colaborador é a pessoa
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mais capaz de determinar o que é melhor para si. O papel das chefias e dos
gestores de Recursos Humanos passa a ser o de apoiar o colaborador a
relacionar o seu desempenho com as necessidades e a realidade da
organização.
2.6. Remuneração
A remuneração é um dos assuntos mais complexos da empresa, a
construção do plano de remuneração requer muitos cuidados, envolve muitos
aspectos, como os sociais, organizacionais, econômicos, institucionais. Precisa
ser bem administrada, para gerar um bom relacionamento entre empresa e
empregado. Nas organizações a remuneração é dividida em básica, incentivos
salariais e benefícios.
A remuneração total para Chiavenato (2009) é constituída de três
componentes: a remuneração básica, incentivos salariais e benefícios.
A remuneração é a principal motivação para atrair, manter, motivar
os empregados, o sistema de remuneração visa tornar as empresas mais
Figura 2: Os três componentes da remuneração total Fonte: Chiavenato 2005, p. 257
29
competitivas e contínuo processo de atrair pessoas capacitadas para compor a
organização.
2.7. Benefícios
Os benefícios variam de acordo com a cultura e valores da empresa,
visam satisfazer os objetivos individuais, sociais e econômicos do individuo. As
pessoas na maioria das vezes são atraídas pela empresa não somente pela
função do cargo, mas também em função de benefícios que poderão desfrutar.
Denomina-se benefício o conjunto de programas ou planos oferecidos pela
organização como complemento ao sistema de salário. O salário contitui uma
parcela do pacote de compensação que a empresa oferece aos seus
funcionários. Para Chiavenato (1998) além do pagamento de salário a
remuneração geralmente é feita de muitas outras formas, constituída de
benefícios sociais e de serviços sociais, considerável parte da remuneração.
“Os benefícios sociais são aquelas facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as organizações oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação. CHIAVENATO.” (2002, p.271)
Os benefícios disponibilizados pelas empresas podem ser
subdivididos em: benefícios espontâneos e benefícios compulsórios. Os
benefícios compulsórios, a empresa concede em atendimento às exigências da
lei, ou acordo Sindical como, por exemplo: 13º salário, auxílio doença, salário
família, salário maternidade e férias. Alguns desses benefícios são pagos pela
empresa ou outros pelo órgão previdenciário.
Os Benefícios espontâneos são oferecidos pela empresa por
vontade própria, com objetivo de atender às necessidades dos empregados ou
de tornar o perfil da remuneração atraente e competitiva no mercado de
trabalho. Segue abaixo o quadro que demonstra segundo Marras (2003) os
benefícios espontâneos mais encontrados no mercado:
30
Figura 3: Benefícios Espontâneos
Fonte: Marras, 2003.
Empresas no nível operacional oferecem um plano básico de
benefícios que, composto por ticket-refeição, Ticket-alimentação, plano de
assistência médica, seguro de vida, transporte, entre outros. O benefício é um
jeito de manter os colaboradores nas organizações, pois o salário deixa de ser
o único fator que motiva esse trabalhador.
2.8. Manutenção
Esse processo refere-se às relações trabalhistas, Segurança e
qualidade de vida no trabalho e questões de higiene, aspectos de grande
importância que é necessário atenção especial do RH, que visa buscar o apoio
de profissionais especializados nestas questões. As atividades envolvidas
neste processo são preventivas, por isso, há uma tendência em não priorizar
estas questões. Além disso, os custos são grandes, dificultando ainda mais
31
conscientizar a direção da organização da importância de se realizar estes
investimentos. Cabe ao gestor de RH negociar estas questões.
Algumas resistências resultam na combinação de diversos fatores. Merecem
destaque: ausência de uma visão social e despreparo gerencial, pois faltam
teoria, método e ética nas práticas de gestão; pensamento no lucro,
produtividade, resultados; empobrecida do sentido do trabalho humano
pensam no trabalhador como peça de engrenagem; medo de perder o poder de
decisão, entre outros. É responsabilidade da organização, cuidar da saúde e
bem estar de seus colaboradores.
32
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE RH
O setor de Recursos Humanos de uma empresa possui um papel de
muita importância, pois é a relação entre a diretoria e os seus funcionários. O
RH tem o papel de mostrar o quanto à empresa é boa e o quanto os
funcionários são valorizados, mostrar para a empresa quando o funcionários se
destaca ou quando precisa ser capacitado como vimos no capítulo anterior
alguns processos do profissional de Recursos Humanos.
“Para Chiavenato as práticas gerenciais estão mudando, pois as empresas estão investindo mais em pessoas, preparando-as para poder prestar um serviço de melhor qualidade e como consequência a satisfação do cliente e a diferença no mercado concorrente. Para tanto, surge a Gestão de Pessoas que é caracterizada pela participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento do bem mais precioso de uma organização que é o Capital Humano.” Chiavenato (2005, p.4)
A área dos Recursos humanos tem a capacidade de envolver
inúmeros conceitos de várias áreas, por tratar diretamente com pessoas,
indivíduos com personalidades completamente diferentes, é preciso um volume
de conhecimento muito grande em diferentes áreas.
Investir na área de RH tem sido uma prática comum no mercado de
trabalho, desde médias e pequenas empresas, pois principalmente são essas
empresas que irão crescer. Algumas empresas de pequeno ou médio porte tem
certo receio de investir em seus funcionários, por medo desse funcionário
possa trabalhar na concorrência. Uma tendência do mundo Corporativo é a
valorização das pessoas, e isso tem tudo a ver com o setor de RH, pois é o
setor que zela pela imagem da empresa perante os funcionários e vice e versa.
Uma postura de liderança não autoritária é bem vida nas empresas,
os funcionários visualizam o líder como um gestor, pois sabem o que estão
fazendo e não quer tudo pronto do jeito que ele ache correto, passando para os
funcionários a visão de respeitar um líder por mérito e não por imposição.
33
Silva (2002, p. 224) afirma que: “o principal interesse gerencial é
motivar os funcionários a alcançar os objetivos organizacionais de um modo
eficiente e eficaz”. O papel do gestor é fundamental, é importante superar os
limites junto com a equipe, e fazer com que os funcionários tenham motivação.
3.1. O Desafio do profissional de RH
Já passou o tempo em que o papel dos profissionais de Recursos
Humanos tinha apenas a atividades de contratar, demitir, dar advertências,
aumentar salários. Sem opção de opinarem sobre os Recursos Humanos.
O Profissional possui novas competências que centraliza para o
desenvolvimento e recuperação dos seres humanos nas organizações,
construindo a capacitação profissional em um mundo mais competitivo e mais
qualificado, orientando os gestores como administrar os funcionários para que
venham agregar com o aumento da competividade e produtividade.
O Profissional de Recursos Humanos passou a ter uma posição
estratégica e de destaque dentro das Organizações, incrementando
competências, participando e opinando ativamente sobre os negócios da
empresa, obtendo um papel Primordial para os gestores.
Entretanto o que acontece hoje ainda é diferente do lindo discurso
sobre a postura do Profissional de Recursos Humanos, muito profissional ainda
estão enraizados nas atividades de departamento de pessoal, preocupados
apenas com a questão burocráticas.
3.2. Análise Crítica sobre a visão do profissional de RH
Em análise de experiência dentro de uma empresa Multinacional,
muitas coisas são diferentes do que foram mostrados nos capítulos acima,
muitas vezes os gestores não estão preparados para assumir um cargo de
gerente ou diretor, e vem á duvida a diferença entre o chefe e o líder.
34
O chefe é o profissional ocupante do cargo que foi designado a ele,
muitas vezes já entra na empresa através de Recrutamento externo ou por
indicação de alguém, tem uma tendência de ser autoritário, visando somente
os lucros e os resultados, sem pensar no bem-estar nos funcionários, o chefe
aponta a responsabilidade aos outros quando algo não dá certo, mas quando a
demanda é alcançada, age como apenas ele tivesse executado.
O líder é o profissional que é conhecido como o principal motivador
da equipe, trabalha junto, inspira as pessoas, valoriza a habilidade do individuo,
respeitando suas limitações. Não visa apenas os resultados, preocupa-se com
o caminho até ser alcançado.
Algumas vezes o trabalho do Profissional de RH, não pode ser bem
executado, pois ele recebe ordens, e o gestor quer que faça sempre do jeito
dele, como por exemplo: Muitas empresas não têm o processo de
recrutamento e seleção e sim apenas indicação. Outro ponto negativo são os
executivos não saberem quem são os reais responsáveis pela gestão do seu
capital humano. Os responsáveis pela Gestão de Pessoa dentro de uma
organização é o gestor e não o RH. Porém a área de RH enfrenta despreparo
dos executivos para gerir seu pessoal, algumas vezes servindo de mau
exemplo aos seus funcionários.
A falta de valorização das áreas de recursos humanos e o
posicionamento não estratégico é um dos desafios que o profissional da área
enfrenta, não sou todos os líderes que “abraça” o setor de RH, alguns
trabalham apenas como o Protocolo manda, como por exemplo: A avaliação de
desempenho, não é feito um preparo antes dessa avaliação e muitas vezes os
colaboradores não te o feedback sobre a avaliação.
Gestores e RH são vasos comunicantes, nos aspectos que evolvem
a gestão de pessoas, trabalhando em conjunto, cada um com o papel
adequado para um melhor desempenho para a empresa e para os
funcionários.
35
CONCLUSÃO
As pessoas são essenciais para existir o sucesso da empresa. São
elas que garantem a excelência e qualidade dos serviços prestados por uma
empresa.
Na ideia de Chiavenato (2005) as organizações são constituídas de
pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões.
Entretanto, as pessoas enxerga na organização o meio pelo qual podem
alcançar vários objetivos pessoais.
O objetivo deste trabalho foi o de pesquisar a Importância dos
Recursos Humanos nas Organizações, qual é o trabalho do profissional da
área e do gestor e o enfoque dos papéis desempenhados organizacionais.
As pessoas dependem das organizações onde trabalham para
atingir seus objetivos pessoais e individuais, isso só se torna possível através
do desenvolvimento dos papéis entre o gestor e o RH.
Foi observado todo o processo histórico do trabalho até os dias
atuais e a mudança do trabalho do profissional da área, e a conceituação de
Gestão de Pessoas, foi visto os principais processos dos Recursos Humanos e
a Importância do Rh para as empresas, com alguns desafios enfrentados, pelo
profissional da área e pelo gestor.
Ao falar em organização, falam em pessoas que as representam. As
maneiras pelos comportamentos através do desenvolvimento de seus papéis,
decidem, trabalham , agem , melhoram as atividades, tocam os negócios das
organizações e cuidam dos clientes.
36
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I A evolução da história do trabalho no Brasil 09 1.1. Origem da Gestão dos Recursos Humanos 11 1.2. Conceito de Gestão de Pessoas 13 1.3. Gestão de Pessoas e os Desafios 17 1.4. Recursos Humanos X Gestão de Pessoas 17 CAPÍTULO II Os processos dos Recursos Humanos 20 2.1. Recrutamento e Seleção 21 2.2. Treinamento e Desenvolvimento 23 2.3. Clima Organizacional 24 2.4. Aplicação 25 2.5. Avaliação de Desempenho 26 2.6. Remuneração 28 2.7. Benefícios 29 2.8. Manutenção 30 CAPÍTULO III A Importância do setor de RH 32 3.1. O desafio do profissional de RH 33 3.2. Análise crítica sobre a visão do profissional de RH 33 CONCLUSÃO 35 BIBLIOGRAFIA 36 ÍNDICE 38 ÍNDICE DE FIGURAS 39
39
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Os seis processo da gestão de pessoas 16
Figura 2 – Os três componentes da remuneração total 28
Figura 3 – Benefícios espontâneos 30