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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES MBA AUDITORIA E CONTROLADORIA AVM FACULDADE INTEGRADA CONTROLE DOS GASTOS NAS EMPRESAS ATRAVÉS DE ESTUDOS DA CONTROLADORIA Por: José Maurício Vieira dos Santos Orientador Professora Luciana Madeira Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · é demonstrado neste capítulo citado. Já os capítulos “Quando um gasto vira beneficio”, ”Decisões ao balanço da Empresa”

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MBA AUDITORIA E CONTROLADORIA

AVM FACULDADE INTEGRADA

CONTROLE DOS GASTOS NAS EMPRESAS ATRAVÉS DE

ESTUDOS DA CONTROLADORIA

Por: José Maurício Vieira dos Santos

Orientador

Professora Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MBA AUDITORIA E CONTROLADORIA

AVM FACULDADE INTEGRADA

CONTROLE DOS GASTOS NAS EMPRESAS ATRAVÉS DE

ESTUDOS DA CONTROLADORIA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em MBA AUDITORIA E

CONTROLADORIA.

Por: José Maurício Vieira dos Santos

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que

permitiu que chegasse até aqui, peço a

ele a cada dia que me sustente para

prosseguir ainda mais longe. A minha

esposa e minha filha que entenderam a

minha ausência e me incentivam a

superar os desafios em busca das

vitórias.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mestra e

orientadora que me forneceu

conhecimento, explicações e com sua

sabedoria me apoiou nos momentos que

precisei. A minha esposa Francine

Rodrigues dos Santos e minha filha

Mirella Rodrigues dos Santos que estão

comigo desde o inicio, sempre me

apoiando.

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RESUMO

A apresentação deste trabalho tem como objetivo apresentar

referências bibliográficas e estudo de caso que visam buscar métodos e

processos que possam auxiliar no desenvolvimento financeiro das Empresas,

utilizando as teorias e formatos utilizados na Controladoria.

Geralmente as empresas possuem gastos que podem ser controlados e

efetivamente evitados ou utilizados de forma eficaz, mesmo que seja

necessário a sua utilização é importante avaliar a melhor maneira e quanto de

retorno financeiro aquele custo trará para a Companhia, os exemplos e

técnicas apresentadas trarão formas que possam auxiliar na busca por

eficiência com redução de custo e continuidade de qualidade.

Como exemplo, será apresentado um case de uma determinada área

em que existe atualmente um processo que se for melhorado, haverá

possibilidade de retorno financeiro a Companhia.

Importante destacar que ao realizar tal controle não significa que a

atuação será simplesmente com base em cortes, mas sim que se tenha

conscientização na utilização de tal recurso. Em alguns casos uma simples

alteração em determinado processo, pode atrair recursos que antes não era

considerado.

Os autores utilizados como referências agregam com seus artigos e

livros publicados a importância do controle e planejamento de gastos para a

continuidade de uma Empresa estável e saudável relativamente em suas

obrigações, atuação e sustentação financeira.

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Neste trabalho foi possível analisar e citar textos de autores

conceituados e com vasta experiência no assunto, a fim de colaborar com os

conceitos apresentados e trazer maiores exemplos sobre o tema.

Em momento de crise é importante que as Companhias tenham

colaboradores que pensem como donos da Empresa, qualquer economia pode

ser reflexo de investimento e muita delas já utilizam o famoso “fazer mais com

menos” ou é possível até mesmo ouvir especializas dizendo que o lema agora

das empresas é fazer muito mais com muito menos.

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METODOLOGIA

O trabalho foi realizado a fim de analisar métodos que possam auxiliar

as Empresas a controlarem seus gastos, através de pesquisas bibliográficas

como a realizada no livro “Crescer para lucrar Sempre” dos autores (GERTZ e

BAPTISTA, 1994) que foram utilizadas como referencias para os temas “A

importância da tomada de decisão” e “Custos para decisões”, também foi

realizado uma pesquisa na empresa Contax composta por aproximadamente

100.000 funcionários em uma área especifica de “Viagens” que foi utilizada

para apoio na elaboração do capítulo “Quando um gasto vira beneficio” em que

enfatiza a importância de uma visão de crescimento, oportunidade de redução

de custo, desde que seja realizado de maneira planejada sem impactar a

qualidade do serviço prestado.

Outros autores que tiveram sua importância através do livro “Planos de

Negócios – Planejando o Sucesso de seu Empreendimento” foram (Pavani,

Deutscher e López, 1995) onde enfatizam o crescimento como forma de lucro

nas Companhias, suas citações foram incorporadas ao capitulo “Decisões ao

balanço da Empresa”, onde também relatam que quando necessário, é

importante se unir a outras corporações ou setores em prol de um resultado

lucrativo para toda a Empresa, deixar de lado a particularidade de uma

determinada área em beneficio do todo é uma visão estratégica do negócio

que pode trazer resultados efetivos e lucros surpreendentes (Pavani, 1995).

De uma forma mais técnica o autor (Manzatti, 2015) referencia a

importância da controladoria em qualquer tipo de Empresa através de seu livro

“Controladoria Contábil, financeira e tributária na pequena Empresa”, que foi

utilizado nos temas “Custos para Decisões” que demonstram o custo do

produto ou serviço, isso é, o quanto foi gasto para produzi-lo ou presta-lo onde

é demonstrado neste capítulo citado.

Já os capítulos “Quando um gasto vira beneficio”, ”Decisões ao balanço

da Empresa” e a ”conclusão” foram confeccionados com a ajuda e estudo nos

livros “Contabilidade Introdutória” e “Curso de Contabilidade” dos respectivos

autores (MARTINS, KANITZ, IUDÍCIBUS e MARION, 1998, 2009) que

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colaboraram com as teorias técnicas, praticas, modelos e exemplos citados em

suas obras.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 13

CAPÍTULO I - A Importância da tomada de decisão 15

CAPÍTULO II - Decisões ao balanço da Empresa 23

CAPÍTULO III - Quando um gasto vira beneficio 32

CAPÍTULO IV - Custos para decisões 38

CONCLUSÃO 47 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 49 ANEXOS 50 ÍNDICE 58 FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

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INTRODUÇÃO

Ao abordar a importância da Controladoria para a Organização não se

pode deixar de citar que parte deste tema esta diretamente ligada a uma

correta tomada de decisão, que algumas Empresas não realizam de maneira

planejada e cuidadosa e acabam arcando em muitos casos com riscos e

consequência que em algumas situações são irreversíveis. Por isso é

importante que em qualquer estratégia a ser direcionada a área de finanças e

contabilidade esteja literalmente como parte integrante do processo.

Segundo Iudícibus (2009), os responsáveis pela administração e área

financeira estão tomando decisões, vitais para o sucesso do negócio, uma

decisão mal tomada, pode prejudicar toda uma Organização x Vida, por isso a

decisão deve ser medida, planejada e orientada pela área considerada

“coração” da empresa, a contabilidade é essencial para qualquer tomada de

decisão ela é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar

decisões de maneira assertiva.

Através da pesquisa realizada o objetivo é compreender o quanto a área

contábil é importante senão essencial para qualquer empreendimento e se

interliga praticamente com todos os setores da Companhia, não se limita

simplesmente em lucros e custos, pelo contrário sem a estratégia calculada e

avaliada desta área é possível que a Empresa não alcance seus objetivos e

não se sustente no Mercado.

O capítulo “A Importância da Tomada da Decisão” demonstra que

independente do segmento em que a Empresa esteja é fundamental que toda

decisão seja planejada, e que inclusive na vida pessoal as melhores decisões

são realizadas com controle, negociação e planejamento. Já o tema “Decisões

ao balanço da Empresa” é a continuidade do capítulo anterior, pois enfatiza a

importância de uma Empresa se organizar através dos controles da

Contabilidade.

O capítulo III - “Quando um gasto vira beneficio” foi elaborado para

demonstrar como alguns processos se trabalhados podem deixar de serem

geradores apenas de despesas e podem passar a agregar mais valor as

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Empresas, principalmente se algumas áreas passarem a se falar com mais

frequência, foi neste capítulo que também foi incorporado a pesquisa realizada

no setor de viagens da Empresa Contax.

Em “Custos para Decisões” do capítulo IV foi destacado estratégias de

acordo com alguns autores para que Empresas se tornem sólidas,

principalmente quando se trata em gastos.

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CAPÍTULO I

A IMPORTÂNCIA DA TOMADA DA DECISÃO

...Deus é maior que todos os obstáculos.

A tomada de decisão e a hora que se aborda e levantar, o que se decidi

o que se vestir, qual tipo de comida irá comer, a que programa que irá assistir,

qual trabalho será desenvolvido durante o dia e etc. Algumas vezes, são

decisões importantíssimas: o casamento, a carreira que será escolhida, a

aquisição de casa própria e outras coisas a mais.

Evidentemente que estas decisões mais importantes requerem um

cuidado maior, uma análise mais profunda sobre os elementos disponíveis,

sobre os critérios racionais, pois uma decisão importante, mal tomada, pode

prejudicar toda uma vida.

Dentro de uma empresa, a situação não é diferente. Frequentemente,

os responsáveis pela administração estão tomando a decisões, quase todas

importantes, vitais para o sucesso do negocio. Por isso há necessidade de

dados, de informações corretas, de subsídios que contribuam para uma boa

tomada de decisão. Decisões tais como comprar ou alugar uma máquina,

preço de um produto, contrair uma divida a longo ou curto prazo, quantos de

dívidas são contraídas, que quantidade de material para estoque será

comprados, reduzir custos, produzir mais. (ALEXANDRE RODRIGUES -

Diretor Financeiro D&A, 2013).

Segundo Martins e Kanitz (1998), a Controladoria é grande instrumento

que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os

dados econômicos, calculando monetariamente, registrando e sumarizando em

forma de relatório ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para

tomada de decisões, começa com o entendimento de que todos os recursos

que são mobilizados e utilizados pelas organizações têm um objetivo maior:

produzir valor.

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Nesta perspectiva, a transformação produtiva, convertendo recursos em

bens e ou serviços, pressupõe da existência de mercado e demanda

econômica.

Essa transformação de recursos gera custos consequentemente, com

os seus produtos, produzir valor para os clientes e usuários, bem como para os

acionistas e ou investidores.

Os gastos ocorridos durante produção, fornecidos através de relatórios

periódicos gerenciais, são a base das tomadas de decisões da direção da

empresa de modo que, tenham total possibilidade de acertos. Em um mercado

altamente competitivo onde uma decisão errada poderá acarretar grande perda

de credibilidade, de clientes e consequentemente grande perda de numerários,

o sistema de controle é de suma importância para à administração, desde que

todos os componentes da organização tenham contribuído.

No conjunto das funções administrativas, o controle é praticamente a

única função que tem estreita ligação com o planejamento. No conjunto de

funções administrativas o passo primordial é o planejamento; posteriormente a

organização para atender a este planejamento, segue-se como vai ser

direcionado o processo e, finalmente caracterizasse o controle, que tem como

função principal medir o progresso, impedir desvio dos planos, indicar ação

corretiva. A ação corretiva pode envolver medidas simples, como pequenas

mudanças. Poderá até estabelecer novos objetivos, formulação de novos

planos, modificação da estrutura organizacional e outros aspectos que

conduzam ao melhor objetivo, atendendo desta forma ao princípio da

flexibilidade. (MARTINZ e KANITZ, 1998).

De acordo com a Empresa Analise Contábil, a contabilidade gerencial é

uma ferramenta indispensável para a tomada de decisão, através desta

constatação é destacado a seguinte afirmação. A controladoria tem por

finalidade fornecer informações para orientar as decisões de seus

administradores na busca de alternativas para gestão dos seus negócios. O

bom desempenho das funções administrativas de planejamento, organização,

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controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão, dentre outras, são

dependentes, com particular intensidade, da disponibilidade de dados e

informações contábeis confiáveis e em tempo divulgadas.

É evidente que a qualidade da informação irá determinar a decisão

tomada. Ocorre que, normalmente, à medida que a empresa cresce, os

diretores deixam de entrar em contato constante com todos os

acontecimentos. A alta administração se afasta dos níveis operacionais e

passa a ter menos conhecimento dos fatos, alguns dos quais podem, inclusive

determinar o sucesso da empresa.

Se a empresa está crescendo, o volume de dados para suprir todas as

informações necessárias também cresce e, geralmente, numa proporção muito

maior, isso ocorre principalmente quando os diversos níveis da empresa não

conhecem exatamente o que é importante no processo de tomada de decisão.

“Nesse momento, o fluxo eficiente e a qualidade da informação passam a ser

essenciais.” (PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ, 1995).

O controle organizacional segundo Santiago Lopes, 1995, compreende,

em todas as organizações, a administração cria mecanismos para controlar

todos os aspectos possíveis da vida organizacional. Em geral, os controles

organizacionais servem para:

• Padronizar o desempenho, por meio de inspeções, pesquisas,

supervisão, procedimentos escritos ou programas de produção.

• Padronizar a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela

organização, mediante treinamento de pessoal, inspeções, verificações,

controle estatísticos de qualidade e sistemas de recompensas e

incentivos.

• Proteger os bens organizacionais de abusos, desperdícios ou roubos,

por meio de exigência de registro escrito, inspeções, levantamentos,

procedimentos de auditorias e divisão de responsabilidades.

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• Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida pelas

posições ou níveis organizacionais, mediante descrições de cargos,

diretrizes e políticas, regras e regulamentos e sistemas de auditoria.

• Avaliar e dirigir o desempenho das pessoas, por meio de sistemas de

avaliação do desempenho do pessoal, supervisão direta, vigilância e

registros, incluídos informação sobre índices, como produção por

empregado ou perdas com refugos por empregados etc.

• Prevenir para garantir o alcance dos objetivos organizacionais, pela

articulação de objetivos em um planejamento, uma vez que eles ajudam

a definir o escopo apropriado e a direção do comportamento das

pessoas para o alcance dos resultados desejados.

A. Má gerência

Várias empresas, principalmente nas pequenas empresas, têm falido ou

enfrentam sérios problemas de sobrevivência. Grandes empresários que

criticam a carga tributária, os encargos sociais, a falta de recursos, os juros

altos e etc. Estes fatores, sem duvida, contribuem para debilitar a empresa.

Entretanto, descendo a fundo nas nossas investigações, constatamos que

muitas vezes, a culpa que cai sobres essas críticas, mas na má gerência, nas

decisões tomadas sem respaldo, sem dados confiáveis. Por fim observamos,

nesses casos, uma controladoria irreal, distorcida, em consequência de ter sido

elaborada única e exclusivamente para atender as exigências fiscais.

Em algum momento em que aplicar os recursos escassos disponíveis

com a máxima eficiência tornou-se, dadas dificuldades econômicas uma tarefa

nada fácil. A experiência do gerente não são mais fatores decisivos no quadro

atual; exige-se um elenco de informações reais, que no momento das tais

decisões. E essas informações estão contidas nos relatórios elaborados pela

controladoria. É evidente o processo de tomada de decisão não decorre das

informações apuradas pela controladoria e também não se restringe apenas

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aos limites da empresa os gerentes sabem muito bem sobre isso. (MARTINZ e

KANITZ, 1998).

“Segundo Gertz (1994), os gerentes que estão

convencidos do valor do crescimento precisam estar

conscientes de que estão buscando um estado de coisas

que não é apenas raro, mas que está se tornando cada

vez mais raro”.

B. A Função do Controle

A função básica do Controle é produzir informações úteis aos usuários

da controladoria para tomada de decisões. Ressalte, entretanto, que em nosso

país, alguns segmentos da nossa economia, principalmente na pequena

empresa, a função do controle foi distorcida, estando voltada exclusivamente

para satisfazer o assunto da contabilidade. O controle não pode deixar de

desempenhar o seu papel de ordem e controle das finanças também no caso

dos patrimônios individuais. Frequentemente, as pessoas esquece-se que

alguns conhecimentos de controladoria e Orçamento muito as ajudariam no

controle orçamentário.

“Segundo Gertz (1994), o corte de custos e

reestruturações pode proporcionar um alivio financeiro

momentâneo, mas o fracasso em enfrentar problemas

competitivos fundamentais causa um continuo retorno à

crise”.

Após as identificações da empresa, nas publicações das suas

demonstrações financeiras, destaca-se em primeiro plano, o relatório da

Controladoria, em que a diretoria Dara ênfase às informações normalmente de

caráter não financeiro. Essas informações seriam mais significativas se não

houvesse excesso de otimismo, como algumas vezes se observa.

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A alta cúpula da empresa é obrigada a se reunir por fim, cabe-nos ainda

alertar sobre a necessidade de apresentar evidencias em dosagens

adequadas. Não ocultar informações que favorecem os usuários no sentido de

melhor analisar a tendência da empresa. (PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ,

1995).

Controle pode ser conceito como processo pelo qual a alta

administração se certifica, na medida do possível, de que a organização esta

agindo em conformidade com os planos e políticas traçadas pelos donos de

capital e pela própria alta administração. É uma conceituação bem ampla de

controle, aceita pelos autores modernos, em contraste com a definição restrita,

que resumia o controle a uma função quase policial dentro da empresa, única

e exclusivamente. Segundo a afirmação do controle é um processo útil das

seguintes formas:

a) Como meio de comunicação - Os relatórios de controladoria podem ser de

grande auxilio, ao informar a organização a respeito dos planos e políticas

da administração e, em geral, das formas de comportamento ou ação que a

administração deseja atribuir à organização.

b) Como meio de motivação - A não que a empresa ou negocio seja do tipo

individual, não compete à administração fazer executar o serviço. Isto quer

dizer que a administração não fabrica e vende pessoalmente o produto.

Pelo contrario, a responsabilidade da administração consiste em saber se o

trabalho esta sendo executado pelos outros. Isto requer, em primeiro lugar,

que o pessoal, seja, contratado e formado dentro da própria organização, e

que em segundo lugar, que a organização seja motivada de forma que

venha fazer o que a administração quer que faça. A informação da

controladoria pode auxiliar neste processo de motivação.

c) Como meio de verificação – Periodicamente, a administração necessita

avaliar a qualidade dos serviços executados pelos empregados.

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A apreciação desse desempenho pode resultar em acréscimo de

salário, promoções readmissões, ações corretivas as mais variadas, ou, em

casos extremos, demissões.

As informações da controladoria pode auxiliar esse processo de

avaliação, embora o desempenho humano não possa ser julgado apenas pela

informação contida nos registros contábeis.

Planejar é um processo de decidir que o curso de ação deverá ser

tomado para o futuro. Consiste em considerar vários cursos alternativos de

ação e decidir melhor. Pode abranger um segmento da empresa ou ela como

todo.

A informação da controladoria, principalmente no que se refere ao

estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento das áreas com plano

orçamentário, é de grande utilidade no planejamento empresarial.

Mesmo em caso de decisões isoladas sobre várias alternativas

possíveis, normalmente utiliza-se grandes quantidade de informação.

(PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ, 1995).

O capitulo seguinte continua sendo abordado sobre a importância do

balanço e planejamento estratégico para que as Empresas se sustentem de

maneira organizada interligando todas as áreas e setores de uma organização.

Em alguns momentos decisões de risco e complexidade alta precisam ser

tomadas, por isso a importância do controle contábil nestas situações.

Segundo Deutscher (1995), em um mercado de rápido crescimento, a

mais bem-sucedida estratégica competitiva é alcançar e manter uma posição

dominante no mercado, ou seja, através do preço ou pela segmentação do

mercado em um nicho que possa ser dominado.

Através deste posicionamento não se pode descartar que para se

dominar o mercado atual independente da segmentação e novos mercados é

preciso ter um posicionamento sólido em relação a sua organização o que esta

relacionada ao controle interno dos custos que a Empresa precisará ter para

alavancar cada vez mais seus resultados e lucros.

Em muitos casos é importante implantar projetos que levem os

funcionários a interligarem áreas e criarem fluxos em que um dependa do

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outro, mas pelo fato de estarem envolvidos no problema em alguns casos não

enxergam uma solução eficaz para a causa raiz.

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CAPÍTULO II

DECISÕES AO BALANÇO DA EMPRESA

A Controladoria tem um sistema de informação que visa prover e auxiliar

os usuários de dados para uma tomada de decisão. As empresas são

obrigadas a levantar o balanço pelo menos uma vez em cada 12 meses,

podendo esse período coincidir ou não com o ano civil.

Para fins de gestão administrativa, econômica e financeira dos

negócios, quanto maior numero de balanço for levantado em um período, tanto

melhor para a empresa e para as pessoas interessadas em suas atividades,

pois estas terão oportunidade de conhecer, em menor intervalo de tempo, o

patrimônio, suas variações, as causas certas das decisões passadas, bem

como fixar nova política para futuros negócios. Também nos seguintes casos

especiais: liquidações, transformações, incorporações, fusões e cisões.

(GERTZ e BAPTISTA, 1994).

Existem algumas razões para que os controles, no exercício normal de

sua profissão, procedem de forma tão conservadora, pelo menos nos relatórios

oficiais. Uma delas é que o valor a ser atribuído a um bem é algo subjetivo, e

que pode variar de apreciação para apreciação, de controle para controle. Para

evitar os riscos dos subjetivismos, prefere-se levantar relatórios contábeis que

representem acumulação de valores históricos, isto é, resultante de

transações, de preços de mercado objetivamente incorridos ou ocorridos em

várias datas, numa mescla de moedas de poder aquisitivo variável.

O fato de se levantarem Balanços com base em preço históricos não

significa, todavia, que não possamos efetuar alguns ajustamentos, a fim de

apresentar à administração visão mais realística e atualizada da situação

financeira e de rentabilidade da empresa, quando necessário. (GERTZ e

BAPTISTA, 1994).

De acordo com Kanitz (1998), a concorrência entre as empresas,

decorrente da abertura do mercado mundial, as empresas são obrigadas a

serem competitivas, pois os clientes se tornaram mais exigentes nas escolhas

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de seus produtos e serviços, pela variedade de ofertas no mercado. Hoje, o

segredo do sucesso está em oferecer produtos com qualidade, bom preço e

principalmente, que a satisfaçam as necessidades dos clientes, através da

inovação.

Antes, as empresas ditavam os preços dos produtos, através da soma

dos custos para sua fabricação mais seu lucro desejado. Hoje, quem dita o

preço é o mercado, de acordo com suas necessidades e satisfações. Assim,

as empresas necessitam de informações sobre os custos, para saber se o

produto esta gerando lucro, se o ideal é comprá-lo ou fabricá-lo até mesmo

cortá-lo do processo produtivo.

A necessidade de um sistema de Contabilidade de Custo nas empresas

adquiriu grande importância, não apenas como uma forma de obter bons

resultados, mas também, tornou-se uma das principais maneiras de

sobrevivência, pois que tem conhecimento de si própria tem mais probabilidade

de crescer e sobreviver.

Embora haja, analise das demonstrações Financeiras, não seria

conveniente esperamos muito tempos sem ter pelo menos uma ideia da

importância das demonstrações para tomada de Decisão. Sem duvida, trata-se

apenas de uma introdução bastante superficial, mas suficiente para manter o

estudante motivado nessa área. (MARTINZ e KANITZ, 1998).

É necessário ver qualidade da divida. Se a divida for de longo prazo,

Normalmente são melhores, pois, além de ter mais tempo para pagar, ela é

menos onerosa com juros mais barato que as dividas de curto prazo.

Segundo Gertz (1994), as iniciativas para aumentar as margens ou

taxas de lucros sobre volume de compras dos clientes quase sempre se

baseiam na venda aos clientes fies de produtos com preço mais elevados. Em

vez de reforçar a fidelidade dos clientes através de concessões de preços,

muitas empresas tentam espremer seus clientes ao máximo e com isso

acabam mandando-os embora.

Um bom Controle identificaria no Balanço Patrimonial que maior

problema da empresa é de ordem financeira: não tem Capital de Giro próprio

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não consegue pagar as suas contas e atrasa os impostos. O problema e que o

Passivo Circulante é maior que o Ativo Circulante, ou seja, os valores a pagar

no curto prazo são maiores que os valores a receber no curto prazo. Assim, a

saída do Controle é aumentar o ativo circulante ou reduzir o passivo circulante.

(MARTINZ e KANITZ, 1998).

• Ajustes das Contas

A escrituração contábil das operações realizadas pela empresa obedece

a dispositivos legais e aos princípios e convenções contábeis. Importância que

o Regime de Competência tem para o bem se medir o Resultado e o Balanço.

As demonstrações financeiras obtidas na escrituração contábil devem

mostrar como consequência, o mais corretamente possível, a situação

patrimonial e o resultado do período.

Para atingir esses objetivos são necessários, muitas vezes, lançamento

de ajuste, de complementação e de saneamento das contas aparecem no

balancete de verificação, a fim de que todas elas indiquem os valores corretos.

Muito facilitará, no ajuste das contas, preparar adequadamente os

inventários de cada um dos elementos patrimoniais, atendendo às

características do elemento patrimonial inventariado, aliviado pelo custo

histórico.

O termo inventário, aqui utilizados, é no mais amplo sentido de informes

documentados para fins de balanço, abrangendo, os inventários propriamente

ditos, os resumos, os quadros demonstrativos, os relatórios, os estatutos, os

contratos, os mapas de apropriação, as publicações, as correspondências, os

registros auxiliares e fiscais, os extratos, as conciliações, as confirmações, as

cotações de bolsa etc. necessários para a correta avaliação das contas.

Os inventários são juntados ao balancete de Verificação do Razão, ou

colocados à disposição dos interessados, para permitir a comparação com a

escrituração contábil, com a qual devem coincidir.

Apreciada, conta por conta, dentro de sua função, fazem-se os ajustes

necessários. Assim, há que se verificar se o saldo de Caixa reflete o que

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realmente existe de dinheiro; se o saldo bancário confere com os extratos; se

as contas a receber e a pagar conferem com os registros analíticos e com os

efetivos valores a receber e a pagar etc.

Como regra, na hipótese de se constatarem irregularidades, procede-se

a criteriosa analise de identificação das causas e dos efeitos, após o que se

efetuam os competentes lançamentos de ajuste.

Para a determinação dos valores de balanço, de forma em que se

espelha corretamente possível, o valor dos elementos patrimoniais,

mencionam-se os seguintes trabalhos auxiliares: de conversão dos contratos

ativos e passivos; correção monetária e juros de contratos ativos e passivos,

quando houver; determinação do valor provável de realização dos valores a

receber e dos estoques; atualização da equivalência patrimonial dos

investimentos nas coligadas e controladas; as depreciações, amortizações e

exaustões, pelo que indicam; levantamento das despesas incorridas a pagar e

das receitas a receber etc. (IUDÍCIBUS e MARION, 2009).

Da correta elaboração desses inventários depende a ajuste avaliação do

patrimônio.

Segundo Marion, (2009), destacam-se também, os ajustes de

enquadramento das contas patrimoniais nos vários grupos em que se divide o

Ativo e o Passivo, inclusive desdobramento de seus saldos, quando

necessários.

As contas das operações afetam o Patrimônio Liquido. Aqui

sintetizadas como Receitas e Despesas, também têm seus saldos ajustados,

complementados e saneados.

Muito importante assinalar que, simultaneamente com os lançamentos

de ajuste, são preparadas as Notas Explicativas, que complementam as

Demonstrações Financeiras.

As partidas de ajustes são escrituradas no livro Diário, transportadas

para o Razão, e um novo Balancete de Verificação do Razão é elaborado, o de

antes do encerramento das contas de Receitas e Despesas, denominado

Balancete de Verificação do Razão após os Ajustes.

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• Custos

Na Controladoria, encontramos diversos termos com significados

diferentes que muitas vezes são utilizados de forma inadequada. Por exemplo,

podemos encontrar termos como: desembolso dispêndio, gastos, desencaixe,

despesa, custos, perda e outro de natureza subtrativa.

Além do termo da natureza subtrativa, há aqueles que significam

acréscimo como: receita, ganho, encaixe e etc. (IUDÍCIBUS e MARION, 2009).

Onde se dar uma aprofundada em cada um desses termos:

Receita: Corresponde a vendas de mercadoria ou prestações de serviços. Ela

aparece no Balanço Patrimonial através de entrada dinheiro no Caixa ou de

entrada de Direito a Receber como Duplicata a Receber. Se a entrada for

dinheiro a vista podemos chamar também de Encaixe.

Gasto ou Dispêndio: é todo sacrifício para aquisição de um bem ou serviço

com pagamento no ato ou no futuro. Assim a empresa tem o gasto na compra

do imobilizado, na compra da matéria-prima, na compra de produção e etc.

Num primeiro estágio, todo sacrifício para aquisição de bem ou serviço e um

gasto. Portanto, no momento em que a empresa adquire um bem ou um

serviço defrontamos com um gasto.

Desembolso: é todo dinheiro que sai do Caixa para um pagamento. Onde

também utilizar o termo Desencaixe como sinônimo de desembolso, mais cedo

ou mais tarde, o gasto será um desembolso. Todavia nem todo desembolso é

um gasto. Por exemplo, amortização ou quitação de empréstimo bancário é um

desembolso, mas não é um gasto.

Perda: É um gasto involuntário, anormal, extraordinário. Ex: desfalque no

caixa, inundações, greves, incêndio, perda de um veiculo em um desastre etc.

Bastante difícil prever a perda, geralmente a perda diminui o Ativo.

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Ganho: Da mesma forma que a perda, o ganho e bastante aleatório. É um

lucro que independe da atividade operacional da empresa. EX: ganhos

monetários, venda de um imobilizado por valor acima de seu custo,

recebimento de seguro por um bem perdido etc.

Custo: Quando a matéria-prima é adquirida, denominados este primeiro

estágio de gasto; em seguida, ela foi estocada no Ativo: no instante em que

matéria-prima entra em produção, associando-se a outros gastos de

fabricação, reconhecemos como Custo.

Todo o gasto no processo de industrialização, que contribuem com a

transformação da matéria-prima, entendeu como custo; mão de obra, energia

elétrica, desgaste das maquinas utilizadas para a produção, embalagem e etc.

Despesa: É todo o consumo de bens ou serviços para obtenção de receita.

É exatamente aqui que a despesa se diferencia de perda, pois enquanto

aquela despesa representa sacrifícios no sentido de obter receita, esta perda

não gera receita.

No momento em que é gerada a despesa de comissão dos vendedores,

há também uma receita, ou seja, venda de bens ou serviços resultando do

trabalho dos vendedores. Esta despesa é normal, previsível, orçavel. Uma

perda com desfalque no caixa não provocou nenhuma receita, só subtração. É

um fato anormal, imprevisível, não foi orçado.

• Encerramento das Contas de Resultado

As contas Patrimoniais permanecem com seus respectivos saldo no

inicio de um novo exercício social: inclusive, concluir que o saldo de qualquer

conta Patrimonial é o saldo acumulado de todos os lançamentos efetuados

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nessa conta desde o inicio das atividades da empresa. As contas de resultado

começam cada exercício social com saldo nulo, como se a conta ainda não

tivesse sido movimentada. Para que essas contas comecem cada exercício

com saldo nulo, é necessário que no último dia do exercício anterior o saldo

existente seja encerrado. (MARTINZ e KANITZ, 1998).

As contas de Resultado movimentadas em determinado exercício

compõem a Demonstração do Resultado do Exercício. O encerramento das

contas consiste na transferência dos saldos das contas de Resultado para a

conta de Resultado do Exercício, onde é apurado o resultado daquele

exercício. O Resultado de um exercício poderá ser positivo, ou negativo,

dependendo de o saldo da conta ser respectivamente credor ou devedor.

O ponto de partida para o encerramento das contas de Resultado é o

Balancete de Verificação depois dos ajustes, de acordo com os Princípios e

Convenções Contábeis e os Preceitos Legais.

De acordo com Alexandre Rodrigues (2013), é relevante destacar

algumas informações em relação à controladoria como área de integração

entre a administração e a contabilidade.

Atualmente, as organizações dependem cada vez mais de informações

adequadas e que permitam a tomada de decisão eficaz. No entanto, nas

empresas, é comum a falta de integração entre as áreas, o que dificulta

sobremaneira a gestão empresarial.

Tal fato pode ser observado, inclusive, entre a Controladoria e as

demais áreas da instituição, principalmente no nível estratégico.

Por vezes, a responsabilidade dessa situação é decorrente da própria

atuação da área contábil, quando se preocupada mais com os aspectos fiscais

que com a gestão organizacional. Por outro lado, não se pode deixar de

considerar a responsabilidade da administração da empresa sobre a pouca

utilização da informação contábil na tomada de decisão visto que, por muitas

vezes, existe o desconhecimento, por parte do gestor, do potencial dos

sistemas contábeis.

Embora Iudícibus e Marion (2009), com suas obras publicadas no início

do século XX, sejam considerados os pais da Administração, desde o início da

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humanidade diversos princípios administrativos eram utilizados, como os da

divisão do trabalho e da estrutura hierarquizada.

Assim como a Administração, a Controladoria remonta, também, dos

primórdios da civilização, onde os aspectos quantitativos dos rebanhos e

outros bens objetivavam o registro do patrimônio.

A Controladoria, por sua vez, cuida do patrimônio da organização,

expresso monetariamente e registra e fornece informações financeiras.

Portanto, por um lado, a função principal do Administrador é a de gerir a

organização e, por conseguinte, tomar decisões, por outro lado, o Controle

tem, dentre outras responsabilidades, a função de cuidar da informação

contábil e fornecer subsídios para que o Administrador possa exercer, com

eficácia, as suas funções.

O Controle pode ir além e também participar do processo de tomada de

decisão, sendo necessário, para isso, que incorpore conhecimentos de gestão

organizacional, ampliando, assim, o seu leque de atuação e, com isso,

afastando as críticas comumente feitas pelos gestores da organização, de que

sua atuação profissional atende apenas às necessidades fiscais. (IUDÍCIBUS e

MARION, 2009).

Por conta dessa visão integradora da atuação dos profissionais da

Administração e da Controladoria, observa-se a necessidade da adoção do

modelo sistêmico nas organizações e, em decorrência, do gerenciamento por

processos. Para isso, torna-se importante a implantação do chamado ciclo

PDCA (Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir) onde cada uma dessas etapas

é atendida pelas informações oriundas dos Sistemas de Informação Gerencial

e Contábil, sendo oportunas, corretas, confiáveis e com periodicidade

necessária, viabilizando, assim, o controle e a tomada eficaz de decisões por

parte dos gestores da organização. (ALEXANDRE RODRIGUES - Diretor

Financeiro D&A, 2013).

No próximo capitulo serão abordados gasto como beneficio, pois o ativo

serve como simples investimento e trazer um lucro para empresa.

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CAPÍTULO III

QUANDO UM GASTO VIRA BENEFÍCIO

De acordo com Manzatti (2015), quando gasto vira benefícios futuros

para empresa denomina-se gasto de investimento. No fato deste gasto ser

classificado no ativo, poderão se chamar em vez de investimento,

simplesmente de Ativo. O Ativo é trazer benefícios futuros ou ter potencial para

gravar receitas e consequentemente o lucro para empresa. Assim uma

maquina, quando adquirida, tem potencial de trazer benefícios por muitos

anos.

Existem certos ativos oriundos de gastos realizados no período corrente

que beneficiam o exercício seguinte ou subperíodos de tal exercício. É o caso

do prêmio de seguro pago antecipadamente, usualmente remuneração a

seguradora por um ano de cobertura de seguro. Nesse caso, os típicos

exemplos de despesa paga antecipadamente classificável ao Ativo Circulante a

ativos realizáveis no curso do exercício social subsequente ao Balanço.

Se o período contábil, no caso, for de um ano e coincidente com o ano-

calendário, no ultimo dia do exercício de 20x0 o controle deverá realizar um

lançamento de ajuste, a fim de apropriar como despesas a parcela do premio

que beneficiou o atual exercício que está sendo encerrado.

Despesa é exatamente o contrario. Depois da sua ocorrência, não trará,

mais os benefícios para a empresa. A despesa é bem ou serviço cosumido

para obtenção da receita. (MANZATTI, 2015)

• DESPESA

Despesa o consumo de bens ou serviços, que direta ou indiretamente,

ajuda a produzir uma receita. Diminuindo o Ativo ou aumentando o Passivo,

uma Despesa é realizada com a finalidade de se obter uma Receita cujo, o

valor se espera superior à diminuição que provoca no Patrimônio Líquido.

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• RECEITA

Receita a entrada de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou

direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de

produtos ou à prestação de serviços. Uma recita também pode derivar de juros

sobre depósito bancário ou titulo e de outros ganhos eventuais.

A obtenção de uma Receita resulta, pois, num aumento de Patrimônio

Liquido. (IUDÍCIBUS e MARION, 2009).

• RESULTADO

Caso as receitas obtidas superem as despesas incorridas, o Resultado

do período Contábil será positivo, que aumenta o Patrimônio Liquido. Se as

despesas forem maiores que as receitas, este fato ocasiona um prejuízo que

diminuirá o Patrimônio Liquido.

“De acordo com Deutscher (1995), o lucro se obtém a

partir do ponto de equilíbrio. Até este ponto, a empresa

apenas cobre custos fixos e, a partir daí, cada unidade

vendida contribui com a margem unitária para o lucro uma

vez que os custos fixos já estão cobertos. O limite do

lucro é dado pela capacidade máxima de produção”.

Imagine uma pessoa vai ao supermercado fazer compras de alimentos.

Chegando a sua empresa, guarda esta compra na dispensa e vai fazer a

contabilidade da empresa. E não há duvidas, que aqueles alimentos trarão os

benefícios para ela e sua empresa, é um investimento, contabilizado no Ativo.

Passando o tempo, essas pessoas preparam o alimento e apronta uma

linda mesa para os seus funcionários saciarem a sua fome. Olhando para

aquela farta mesa, ela pensa: não há duvida, que ainda é o Ativo e vai

proporcionar um beneficio para todos nós.

Após ingerir aquele alimento, inicia-se o processo de transformação, o

ativo em despesa no estomago daqueles funcionários. Resta, apenas, a

pessoa ir até sua despesa, porem não ira trazer mais nenhum benefício.

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Assim, todas as vezes que um Ativo perde o seu potencial de trazer benefícios,

direta ou indireta, este Ativo acabou. Se, todavia não trouxer o ultimo benefício

não é despesa, mas perda. Imagine se, no caso da pessoa acima, sua compra

fosse roubada: não haveria beneficio para ela e sua empresa. Ela teria que

baixar o seu Ativo como perda. . (PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ, 1995).

1. DIFERENÇA ENTRE ATIVO E CUSTO

Já vimos que custo é a utilização de bens ou serviços na produção de

outros bens e serviços. Assim, na fabricação de uma mesa utilizam-se vários

bens que a empresa tem no seu estoque madeira, prego, tinta, parafusos,

serviços de mão de obra e serviços de terceiros. No final, mesa está lá pronta

para ser usada, para trazer benefícios ou para vender. Como ela vai trazer

benefícios permanece no Ativo. Podemos dizer que este Ativo mesa custou

histórico, ou custo original ou custo de fabricação.

Ai começam os Custos: somando ao valor do material usado a mão de

obra, a depreciação das maquinas que estão sendo utilizada para a fabricação

da mesa, a energia elétrica consumida pelas maquinas, a manutenção das

maquinas, enfim, todos os gastos para produção. Se estivesse em um final

de mês a mesa não estivesse pronta, o custo acumulado até o momento

apareceria no Ativo como estoque de produto em andamento estoque em

elaboração. Ao terminar a mesa, somam-se todos os custos de produção e

contabiliza-se com um estoque de produto acabado no ativo.

Portanto, numa indústria, Custo é o gasto para se produzir um bem que

contabilmente permanece no Ativo da empresa. (PAVANI, DEUTSCHER,

LÓPEZ, 1995).

2. DIFERENÇA ENTRE AS DESPESAS

Pode-se dizer que existe três tipos de despesas: as com vendas, as

administrativas e as financeiras que são chamadas de despesas operacionais

todas contribuem para a manutenção da atividade da empresa.

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a. Despesas de vendas

Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao

consumidor comercialização e distribuição. São despesas como o pessoal da

área de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade,

marketing, estimativa de perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo

provisão para devedores duvidosos (chamada de PDD).

b. Despesas administrativas

São aquelas necessárias para administrar a empresa. De maneira geral,

são gastos nos escritórios visando à direção ou à gestão da empresa. Como os

exemplos: honorários administrativos, salários e encargos sociais do pessoal

administrativo, aluguéis de escritórios, matérias de escritório, seguro do

escritório, depreciação de moveis e utensílios, assinaturas de jornais etc.

c. Despesas financeiras

São as remunerações aos capitais de terceiros, tais como: juros pagos

ou incorridos, comissões bancarias, correção monetária prefixada sobre

empréstimos, descontos concedidos, juros de mora pagos etc. As despesas

Financeiras deverão ser compensadas com as Receitas financeiras conforme

disposições legais, isto é, estas receitas serão deduzidas daquelas despesas.

Normalmente, nos países desenvolvidos, consideram-se Despesas e Receita

Financeiras como Não Operacionais. No Brasil, por força da Lei das

Sociedades por Ações, são consideradas como Operacionais.

Após subtrair as despesas operacionais, apura-se o Lucro Operacional.

A partir daí, teremos as Despesas e Receitas Não Operacionais, as quais têm

características de Perdas e Ganhos, respectivamente. (MANZATTI, 2015)

3. DÉBITO E CRÉDITO

Como já visto anteriormente, os registro de aumentos e de diminuições

das contas de Patrimônio Liquido obedecem à seguinte regra: os aumentos

são registrados por critérios e as diminuições por débitos.

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Em decorrência dessa regra geral, as receitas obtidas, por aumentarem

o Patrimônio Líquido, deverão ser creditadas em contas de receitas. As

despesas incorridas, por diminuírem o Patrimônio Líquido, deverão ser debitas

em contas de despesa.

Uma despesa é, portanto, elementos que diminui o resultado, enquanto

uma receita é elemento que aumenta o resultado.

Para que haja condições de analise e informações detalhadas dentro de

uma empresa, receitas e despesas constituem apenas os grupos principais,

sendo desdobradas em cada classe, em diversas contas componentes,

segundo a natureza e o tipo de cada uma delas.

Por outro lado os custos também e importante para algumas tomadas

de decisões onde no próximo capitulo será abordada todas as informações

necessária. (MANZATTI, 2015)

Agregado a este capítulo é importante destacar a analise realizada a

empresa Contax, propriamente na área de viagens, onde foi possível identificar

que todo processo de solicitação de viagens desde o pedido até a aprovação

foi redesenhado todo processo, após visitação realizada pelas áreas de

Controladoria e Auditoria, onde identificaram as seguintes oportunidades, que

poderiam ser melhoradas a fim de melhorar o custo que a Empresa possui

quando algum funcionário precisa viajar a trabalho:

a) Passagens sendo solicitadas em menos de 15 dias da programação do

funcionário (gerando custo maior de solicitação) já que as companhias

áreas cobram valor maior quando o voo é mais próximo da viagem;

b) Algumas viagens ocorrendo para reuniões que poderiam ser realizadas

através de vídeo conferência;

c) Adiantamentos sendo realizados sem o controle de prestação de contas

posterior a viagem;

d) Utilização de táxi, sem cotação de empresa com melhor valor.

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Em anexo ao trabalho, consta o processo após redesenho com todo

passo a passo e pontos que devem ser realizados na aquisição de

viagens.

Por depoimento dos funcionários, após este redesenho o

processo trouxe benefícios para a Empresa, pois estão mais

controlados, vidando melhor valor e redução de custo (já que antes não

existia este tipo de avaliação) e para o colaborador pela organização e

rapidez nas devolutivas.

Os valores passaram a ser informados, assim como todas as

regras e procedimentos corporativos que devem ser utilizados durante

uma viagem de trabalho, inclusive com a criação de um book para

orientação dos colaboradores o que resultou em melhor utilização do

serviço.

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CAPÍTULO IV

CUSTOS PARA DECISÕES

Um dos pontos fundamentais quando se fala em Custos para decisão é

o calculo do ponto de equilíbrio. No estudo do ponto de equilíbrio, relacionados

em três variáveis básicas: Custos, volumes e Lucro. Por meio deste

relacionamento em condições de detectar o mínimo que uma empresa precisa

produzir a vender para não ter prejuízo. É exatamente no momento em que as

receitas Totais alcançam os custos totais. (MANZATTI, 2015)

• PERÍODO CONTÁBIL

O Resultado exato de uma empresa, portanto, somente poderá ser

apurado no final de sua vida, após a venda de todo Ativo e o pagamento de

suas obrigações para com terceiros. O Resultado do empreendimento será

medido pela diferença entre o Patrimônio Líquido, Inicial considerado, também

aumentos de capital e distribuição e Lucro havidos durante esse período.

Entretanto, a administração não pode esperar até que a empresa seja

liquidada ou encerrada; a informação do resultado das várias operações deve

ser fornecida a intervalos regulares, de tempo de um ano, de seis meses, de

um mês. Assim, a Controladoria registra e resume todas as mudanças no

Patrimônio Líquido que ocorrem durante o período escolhido e apresenta o

resultado obtido.

O período contábil, espaço de um tempo escolhido para a que a

controladoria mostre a situação patrimonial e financeira na evolução dos

negócios da empresa, quando de um ano, é também denominado exercício

social. Para a finalidade externa, o período normalmente é de um ano e,

muitas vezes, corresponde ao ano-calendário. (IUDÍCIBUS e MARION, 2009).

Para finalidade internas, as informações do resultado devem ser

mostradas em intervalos menores, por exemplo, mês a mês, a fim de que

administração acompanhe mais amiúde o desenvolvimento dos negócios, por

meio das demonstrações elaboradas.

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“De acordo com Gertz (1994), o valor de uma estratégia

construída em torno do desenvolvimento de novos

produtos e serviço pode ser vistos de diversas formas.

Uma delas é até que ponto uma base de receita

crescente se apoia nos novos produtos e serviços”.

A partir daí, com uma unidade a mais que se venda a empresa passa a

ter lucro. De grande relevância para todos os níveis de gerência tem sido o

bom aproveitamento de noções de custo e acompanhar os relacionamentos

entre as variações de volume e variações de custos.

Sistema de custo baseado na apuração de custos reias, isto é, custos já

incorridos, são importantes para traçar, através do tempo, o perfil da estrutura

de custos da empresa e para fornecer dados de grande valia para auxiliar na

previsão de tendências.

Claramente, o custo real deve ser apurado, mesmo num sistema de

custo-padrão, pelo menos periodicamente, a fim de efetuarmos as

comparações entre o padrão e o realizado. Importante é realçar, entretanto,

que a empresa ou baseia seu sistema de apuração em custos reais ou em

custos-padrão, conquanto naquele sempre se integrem a previsões, pelo

menos no que se refere aos custos indiretos de fabricação, e neste se

harmonizem as formas de se apurem as variações com os custos reais.

A filosofia dos dois sistemas, todavia, é completamente diferente.

Enquanto o sistema baseado em custos reais preocupa-se basicamente, em

delinear o quanto deveria custar certa produção, levando-se, em conta certas

condições normais ou ideias, em alguns casos. Envolve uma noção de meta a

alcançar, de eficácia e de eficiência. (GERTZ e BAPTISTA, 1994).

Normalmente, quando se fala em custo-padrão, limita-se sua amplitude

à área de custos de produção, conquanto existam sistemas de custos-padrão

abrangentes e estendidos às áreas administrativas, de distribuição, enfim, a

toda a empresa. Limitando-se um enfoque à abordagem mais comum, isto é, à

área fabril. Também, costuma-se afirmar que o custo-padrão, por visar,

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inclusive, ao correspondente do orçamento operacional da empresa que se

dedica à produção.

De fato, o orçamento operacional é uma etapa de um processo mais

amplo que denominados planejamento empresarial. Esta etapa é integrada

quanto aos vários aspectos ou setores da empresa que abarca. Inicia-se pelo

orçamento de vendas, segue-se com o orçamento de produção, deste

deveriam os orçamentos de compras etc., o todo levando, em ultima analise, a

um balanço e demonstrativo de resultados projetados. A visão orçamentária,

portanto, é a de um todo.

Por outro lado, não poderão esquecer que os custos-padrões, além de,

ser baseado em previsões e metas, são consubstancia em padrões ou

Standards técnicos algo mais detalhado que as previsões orçamentárias e,

acima de tudo, o custo padrão é concomitantemente a sua finalidade de

planejamento, um sistema de custeamento de produtos e tem filosofia de

controle das operações. (GERTZ e BAPTISTA, 1994).

No que concerne ao custo-padrão, controle tem um significado mais

restrito, quando necessário, do que o sentido mais amplo, de avaliação de

desempenho, comum em orçamento. Entretanto, também este último conteúdo

pode ser atribuído ao custo-padrão, pois que da análise de variações surgem

importantes consequências para a avaliação de desempenho no sentido de

quão bem atingidos o curso esperado.

Num sentido mais restrito, o custo-padrão é um hábil instrumento de

controle das operações, indicando se estas foram realizadas acima ou abaixo

dos padrões de eficiência fixados. Certos padrões, como de mão de obra

direta, podem ter em sua base estudos científicos de tempos e movimentos.

Um padrão assim estabelecido é, antes de qualquer coisa, um parâmetro de

controle de eficiência, um sentido pouco mais nada, um parâmetro de controle

de eficiência, num sentido pouco mais restrito do que comumente empregando

quanto ao termo controle em controladoria. (GERTZ e BAPTISTA, 1994).

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• ENCERRAMENTO DE CONTAS DE RECEITA E DESPESA

Toda empresa necessita fazer a apuração de resultado pelo menos uma

vez por ano. O lucro ou prejuízo de um exercício está na dependência do

confronto das contas de receita e despesas, e esses resultados liquidam é

apurado na conta denominada resultado.

Para efeito de apurar o Resultado da empresa, as contas de receita e

despesas são periódicas, isto é, somente deverão conter registro para um ano

ou período menor, conforme a duração do período contábil, o que significa que

todas as contas de receita e de despesa devem possuir saldo zero no inicio

dos períodos. Para que isso ocorra, no final de cada período deve-se proceder

ao encerramento.

O encerramento das contas de receitas é realizado pela transferência de

seus saldos credores para creditos da conta de Resultado. As contas de

despesas são encerradas pela transferência de seus saldos devedores para

débitos da conta de Resultado. (MANZATTI, 2015).

• DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADO

Pelo exposto tópico anterior, a conta resultado recebe, por transferência,

a débito o valor dos saldos das contas de despesas e a créditos os saldos das

contas de receita. Se o total dos créditos da conta Resultado for superior ao

total dos débitos, teremos um lucro liquido; se, ao contrario, o total dos débitos

superar o total dos créditos, chegarão a um prejuízo.

Ocorrendo lucro ou Prejuízo, o resultado apurado será transferido para a

conta Lucros ou Prejuízos acumulados. Após sua transferência para a conta

Lucro ou Prejuízos Acumulados, o Resultado do Exercício poderá ser

distribuído para contas do Patrimônio Líquido e do Passivo.

• DEMOSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXECÍCIO

A conta Resultado do serve, pois, de intermediaria na apuração do

Lucro de um exercício. Entretanto, não basta apenas a conta do razão

resultado, onde aparecem as contrapartidas das contas de despesas e de

receitas encerradas no fim do exercício. É necessária também a

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Demonstração do Resultado do Exercício, onde aparecerá, detalhamento e

dentro de critérios de classificação, as contas de Receitas, Despesa e o Lucro

ou Prejuízo Liquido.

O lucro apurado por meio da Demonstração do Resultado do Exercício

pode ser considerado razoavelmente correto; porém, o lucro exato de uma

empresa somente poderá ser apurado no fim de sua vida, após a venda de

todo o seu ativo e o pagamento de suas obrigações.

Como geralmente a empresa tem o tempo de duração indeterminado e

é necessário que se conheça frequentemente o resultado de suas operações,

a demonstrações do Resultado deve ser levantada no mínimo uma vez por

ano. (MANZATTI, 2015).

• ANÁLISE ESTRATÉGICA

Os possíveis para uma empresa podem ser resumidos conforme abaixo:

1. Crescer a taxas superiores à do mercado.

2. Manter participação no mercado.

3. Priorizar lucros e caixa para reinvestimento em outro setor.

4. Consolidar a posição em um nicho.

O que significa crescer a taxas superiores à do mercado? Significa que

sua prioridade deixou de ter rentabilidade e assim os executivos estão

autorizados a buscar negócios que não remunerem adequadamente o

investimento.

A cada objetivo corresponderá uma estratégia atrelada ao composto:

Perfil do empresário – Dinâmica do setor – Estrutura da empresa. Em cada

diferente composto temos uma possível consequência em termos de sua

percentagem no mercado e uma possível estratégia de resposta.

Um empresário agressivo em um setor dinâmico com uma estrutura pouco

flexível deve crescer abaixo do mercado.

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A estratégia recomendada é tomar sua estrutura mais flexível para

acelerar o crescimento. Recomenda-se controle, devido ao dinamismo do

processo. (PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ, 1995).

Conforme Pavani (1995), o crescimento pode se dar das seguintes

maneiras:

ü Concentração: Penetração no mercado: se o empregado é dinâmico,

com uma estrutura flexível, o crescimento pode se dar acima do

crescimento do mercado, ganhando fatias de concorrentes menos

agressivos e flexíveis.

ü Desconcentração: produto novo no mercado atual ou produto atual em

um mercado novo. Se o mercado atual já está saturado, uma possível

estratégia é a de buscar uma desconcentração.

ü Diversificação: quando um negócio movimenta-se para novos produtos e

mercados.

ü Cuidado porque existe uma duplicação do risco.

ü Maximização do lucro: se a empresa está em um setor não dinâmico,

pode tentar crescer sobre a fatia de mercado do concorrente, o que não

é uma tarefa fácil. Neste caso, a estratégia recomendada é a de tornar-

se cash cow, realizar lucros e buscar segmentos dinâmicos para

reinvestir, se este for o desejo dos sócios.

Situação presente:

ü De que maneira está sendo levado o seu negocio diariamente?

ü O que é a sua empresa?

ü Como ela pode ser vista através de seus produtos e serviços?

ü E de que maneira?

ü Quais são os benefícios que a empresa provê?

ü Como está concentrado o seu faturamento atual?

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• METAS

Os objetivos devem ser transformados em metas quantitativas e

temporais. Se meu objetivo é crescer acima do mercado no período de cinco

anos, o plano de metas deve dizer como isto acontecerá a cada ano.

Decorrido um ano, tendo o mercado crescido 5%, e após ter investido

R$ 1 milhão, se a venda não aumentar em pelo menos 10% o objetivo, a

estratégia e meta devem ser revistos.

ü Plano executivo: O plano de metas deve ser transformado em um plano

executivo. Este plano deve ser apresentado após o plano de marketing.

ü Cronograma físico: Onde os eventos relevantes para a obtenção das

metas devem ser listados.

ü Cronograma financeiro: Associa os eventos físicos com os

desembolsos. (PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ, 1995).

• ESTRATÉGIA

É o como atingir o conjunto objetivo/meta. No exemplo anterior, a

estratégia foi abrir mercado através de participação em férias. Uma possível

estratégia alternativa seria investir este mesmo valor em promoção. A

oportunidade está escrita no singular e ameaças no plural de propósito: em

geral a oportunidade é única e as ameaças, diversas. (PAVANI, DEUTSCHER,

LÓPEZ, 1995).

ü Oportunidade: Nesta parte o empreendedor deve explicar porque optou

por realizar o projeto. Que fato novo propiciou o surgimento da demanda

deste produto ou então que fato novo permitiu a produção deste

produto? Por que este produto é importante? Que produto ele irá

substituir, com que vantagens, custos, velocidade, qualidade? Até que

ponto os consumidores estarão dispostos a pagar um "plus" por estás

vantagens? Qual o tamanho do mercado?

ü Ameaças: Quais são os fabricantes dos produtos que o novo produto irá

substituir? Que tipo de reação é esperada? Qual o ciclo de vida

esperado para o projeto? De que tecnologias alternativas se tem notícia

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que poderão no futuro substituir este produto? Qual o plano de

contingência para cada uma destas ameaças? (PAVANI, DEUTSCHER,

LÓPEZ, 1995).

• PONTOS FORTES E FRACOS

Neste ponto é importante fazer uma analise dos pontos fortes e fracos

de sua empresa, de maneira a esclarecer melhor as ameaças e oportunidades

frente ao ambiente externo e face à concorrência. Desta maneira, você fará

uma descrição do que a empresa realmente é, em vez de como ela deveria

ser. (PAVANI, DEUTSCHER, LÓPEZ, 1995).

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CONCLUSÃO

É Importante para a empresa que exista uma área de controladoria

para controlar seus gastos? Porque o controle dos gastos e o planejamento

estratégico são essenciais para a Organização?

Geralmente as empresas possuem gastos que podem ser controlados e

efetivamente evitados ou utilizados de forma eficaz, mesmo que seja

necessário a sua utilização é importante avaliar a melhor maneira e quanto de

retorno financeiro aquele custo trará para a Companhia.

Realizar tal controle não significa que atuaremos simplesmente com

cortes, mas sim que se tenha conscientização na utilização de tal recurso. Em

alguns casos uma simples alteração em um processo, pode atrair recursos que

antes não era considerado.

É necessário buscar maneiras e processos que possam auxiliar no

desenvolvimento financeiro da Empresa, utilizando as teorias e métodos

utilizados na Controladoria. Através de um plano estratégico a Companhia é

capaz de interligar todos os setores, afim do retorno financeiro sustentável

mesmo em momentos de crise. s empresas modernas e que se preocupam

com um processo de gestão bem desenvolvido, necessitam de uma estrutura

organizacional bem delineada para a sua sobrevivência. Neste novo cenário

surge um órgão interno cuja finalidade é garantir que as informações sejam

adequadas ao processo decisório e que esteja sempre pronta a apoiar a

diretoria da entidade no processo de gestão. É claro que estamos falando da

controladoria.

A necessidade de manter a empresa sempre competitiva exige uma

equação que une produtividade e eficiência, à alta lucratividade a custos

menores; então, uma função que antes era apenas de suporte, passa a ter

uma importância estratégica, mas suprir a demanda por controladoria tem sido

um dos grandes problemas para as empresas.

De acordo com Alexandre Rodrigues que é contabilista, auditor,

consultor de empresas, a controladoria é um papel gerencial que precisa ser

desenvolvida por um profissional contábil capacitado e com um conhecimento

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amplo. A busca contínua por atualização e por novas soluções são apenas o

começo de um caminho para quem pretende seguir neste mercado.

Para que uma Empresa se torne sólida e competitiva é fundamental

que a engrenagem de todo setor financeiro faça a interligação entre todas as

áreas de maneira organizada e planejada, para que haja retorno financeiro

com qualidade e crescimento.

Neste trabalho a intensão foi demonstrar que as Empresas estão

buscando formas de trabalhar a redução de seus gastos, para possível

investimento em qualidade, serviços rentáveis e em sua própria sustentação

para encarar um mercado competitivo e cada vez mais exigente.

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REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS

GERTZ L. DWIGHT e BAPTISTA A. P. JOÃO.

Crescer para lucrar sempre, Desvendando os Mitos do Crescimento.

Local: São Paulo. Campus, Ano: 1994.

IUDÍCIBUS DE SÉRGIO e MARION CARLOS JOSÉ

Curso de Contabilidade, Para não Contadores.

7ª Edição, Local: São Paulo. Atlas, Ano: 2009

MANZATTI RUBENS

Controladoria na pequena Empresa, Para ter a Empresa na palma da mão.

Local: São Paulo. Trevisan, Ano: 2015.

MARTINS ELISEU e KANITZ CHARLES STEPHEN

Contabilidade Introdutória, Atualizada e Corrigida.

11ª Edição, Local: São Paulo. Atlas, Ano: 1998

PAVANI CLAUDIA, DEUTSCHER ARRNALDO JOSÉ e LÓPEZ SANTIAGO.

Planos de Negócios, Planejando o Sucesso de seu Empreendimento.

Local: Rio de Janeiro. ABC Glória, Ano: 1995.

RODRIGUES ALEXANDRE.

D&A Contabilidade Brasil

Escola de Negócio - Inteligência Empresarial, Local: São Paulo, Ano: 2013.

.

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ANEXO 1

PESQUISA REALIZADA

Pesquisa e entrevista realizada na empresa CONTAX

A pesquisa tem por objetivo analisar a área de viagens da Companhia, levando

em consideração os custos existentes no fluxo de solicitação de viagens.

1. OBJETIVO

Estabelecer os conceitos, critérios e responsabilidades para viagens a serviço,

bem como definir as políticas e diretrizes para os procedimentos de solicitação,

autorização, alteração, cancelamento e prestação de contas.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Este Regulamento aplica-se a todas as Unidades Operacionais da CONTAX

especificamente ao público viajante, independente do nível hierárquico, bem

como à Diretoria Executiva.

3. CONTEÚDO GERAL

3.1 Regras Gerais

3.1.1 Todas as etapas da viagem tais como solicitações, alterações,

cancelamentos, solicitação de adiantamento de numerário e prestação de

contas, deverão ser realizadas no SAP;

3.1..2 Toda viagem, nacional ou internacional, deve ser planejada e aprovada

no SAP com um mínimo de 5 (cinco) dias de antecedência da data de início da

viagem visando assegurar a disponibilidade de horários ao menor custo para a

CONTAX;

3.1.3 Devem-se evitar viagens com motivo de reunião interna buscando

alternativas como conferências telefônicas e/ou videoconferências;

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3.1.4 Os voos de ponte aérea devem ocorrer somente as terças, quartas e

quintas feiras, sendo as exceções somente aprovadas pelo Diretor de

Finanças;

3.1.5 É vedado o reembolso de despesas com viagens através de fundo fixo

ou qualquer outra forma de pagamento que não seja através do módulo de

viagem no SAP;

3.1.6 O planejamento das viagens deve ser feito de forma a não haver

permanência com hospedagem em finais de semana e feriados do local

visitado, exceto nos casos de projeto que existam atividades inadiáveis;

3.1.7 As solicitações de prestadores de serviços, cujos custos de viagens são,

sob contrato, de responsabilidade da CONTAX, devem obrigatoriamente

respeitar os procedimentos desta norma e deverá ser aberto no SAP um ID de

terceiros para a criação da viagem;

3.1.8 Toda viagem deverá ser realizada utilizando acordos e contratos que a

CONTAX possua com agências de viagens, hotéis e demais prestadores de

serviços;

3.1.10 São elegíveis para viagem os cargos de coordenadores, especialistas,

gerentes e diretores – exceção somente com autorização por e-mail do diretor

da área solicitante;

3.1.11 Para fins de registro no SAP, o período de cada viagem será limitado

em 15 (quinze) dias.

3.1.12 Solicitações de viagens devem ser feitas até as 18h30, horário em que

a BBTUR extrai o último relatório do SAP para emissão;

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4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

4.1 Solicitações de Viagens

4.1.1 Para solicitar uma viagem será necessário o preenchimento do formulário

de Solicitação de Viagens disponibilizado no caminho: CONTAXNET

>>Serviços ao Colaborador >> Centro de Atendimento a Viagens que

deverá ser enviado ao FACILITADOR de viagem, com todos os campos

devidamente preenchidos. A falta de preenchimento de algum campo

acarretará na devolução do formulário para que o viajante/solicitante

complemente o preenchimento;

4.1.2 Cada viagem aberta, somente poderá conter um trajeto completo,

entendendo-se trajeto completo por saída da origem até retorno à origem;

4.1.3 No caso de terceiros, somente será permitida a criação de ID através de

um colaborador da CONTAX. É vedado ao administrativo acatar pedidos de

viagens partindo de um terceiro;

4.1.4 Qualquer alteração do voo ou hospedagem, que gere custo para a Cia,

deve ser aprovada previamente pela diretoria, com o conhecimento do custo

envolvido;

4.1.5 A aprovação da solicitação de viagem no SAP deverá seguir a ordem de

hierarquia, pelo gestor do viajante.

Independente de o viajante ser o gestor de seu centro de custos, este deverá

ter sua viagem aprovada pelo seu gestor imediato.

Se houver algum problema na aprovação, o aprovador deverá contatar a

Gerência de Suporte do SAP, que administra o módulo BT, para a solução do

problema.

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NOTA: A relação de facilitadores responsáveis por criação de viagem por

localidade com e-mail e ramal está disponível no CONTAXNET – CAV.

4.2 Passagens Aéreas

4.2.1 As reservas de voos deverão ser solicitadas informando o horário do

compromisso no destino e o horário desejado de saída. Poderá a agência de

viagens oferece, dentro da melhor opção de tarifa, opções de voo com 1 hora

de antecedência, na ida, e/ou 1 hora posterior na volta.

4.2.2 Para trechos com duração inferior a 6 horas deverá ser emitida a tarifa

em classe econômica. Para trechos com duração superior a 6 horas poderá

ser emitida a tarifa em classe executiva, independentemente da companhia

aérea a ser utilizada e do nível hierárquico do viajante.

4.3 Deslocamentos Rodoviários

4.3.1 O deslocamento rodoviário deve ser utilizado de acordo com a

necessidade de trabalho e conveniência da CONTAX, devendo o viajante

providenciar a aquisição das passagens através de adiantamento, prestando

contas através de comprovantes.

4.4 Deslocamentos em Veículo Próprio ou Alugado

4.4.1 A utilização de veículo próprio deve ser autorizada pelo gerente da área

através do Termo de Compromisso, disponibilizado no caminho: CONTAXNET

>>Serviços ao Colaborador >> Centro de Atendimento a Viagens,

isentando a CONTAX de qualquer responsabilidade decorrente de danos

físicos e/ou materiais que possam ocorrer ao Colaborador e/ou Terceiros, seja

pessoa física ou jurídica, quando da utilização do veículo próprio, durante o

período da viagem a serviço da companhia.

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4.4.2 O documento deverá ser entregue à equipe de viagens ANTES da

viagem.

Caso o "Termo de Compromisso" não tenha sido assinado previamente à

realização da viagem, o colaborador não terá direito ao reembolso de

quilometragem percorrida.

4.4.3 O reembolso ao Colaborador pela utilização de veículo próprio, a serviço

da CONTAX, será efetuado com base no valor de R$0,51 por quilometro

rodado, desde que o termo de compromisso esteja anexado na prestação de

contas.

4.4.4 Para comprovação do trecho percorrido, deverá ser anexado na

prestação de contas o relatório do Google Maps, disponível através do

endereço: http://maps.google.com.br/.

4.4.5 A utilização de veículo alugado deverá ser solicitada de acordo com a

necessidade de trabalho e conveniência da CONTAX, com informação do

percurso a ser percorrido e deverá ser autorizada pelo gerente da área.

4.5 Hospedagem

4.5.1 Para que a CONTAX possa se beneficiar de valor de diária mais

competitiva, as solicitações de reservas são direcionadas para os hotéis pré-

definidos, com limites pré-estabelecidos para cada região, em apartamento

standard. Toda e qualquer exceção deverá ser justificada e aprovada pelo

Diretor da área.

4.5.2 Toda reserva de hospedagem é efetivada, sempre considerando o check

in do viajante após as 12h00 e o check out até às 12h00.

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4.5.3 O cancelamento de hospedagem deve ser realizado com prazo mínimo

de 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do início da reserva contratada.

Ao contrário pode haver cobrança referente ao "No Show".

4.6 Documentação Pessoal

4.6.1 O passaporte, os vistos consulares e exames médicos (vacinas

precedentes e posteriores à viagem a fim de atender os requisitos da

Organização Mundial de Saúde e as exigências das autoridades médicas no

embarque e do local a ser visitado), devem ser providenciados pelo viajante,

sendo as despesas decorrentes ressarcidas pela CONTAX, mediante

comprovação.

4.7 Cancelamento de Viagem I Reembolso de Bilhete de Passagem Aérea

4.7.1 No caso de adiamento ou cancelamento da viagem, o viajante deverá

contatar imediatamente a Agência de Viagens e a área administrativa,

informando sobre sua desistência e realizar a solicitação verbal de

cancelamento de bilhete de forma a evitar o não comparecimento (No show).

Isto se faz necessário para evitar cobranças indevidas nas faturas emitidas

contra a CONTAX.

4.8 Adiantamento

4.8.1 O adiantamento de numerário para viagens nacionais deve ser solicitado

através do SAP e corresponder, em valor, ao produto do número de dias da

viagem pelo valor de uma diária, conforme tabela a seguir:

Localidade Diária

NACIONAL - Capitais R$ 45,00

NACIONAL - Interior R$ 30,00

INTERNACIONAL - AMERICA SUL US$ 25,00

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INTERNACIONAL - DEMAIS PAISES US$ 50,00

4.8.2 O valor do adiantamento será disponibilizado através de deposito na

conta corrente do viajante no prazo de até 48h após a aprovação da viagem no

SAP, exceto para os casos de portabilidade, cujo prazo para deposito

dependerá da informação do numero da c/c pelo colaborador;

4.8.3 Quando o valor adiantado para a viagem for superior ao valor gasto

(levando em conta os limites estabelecidos), o colaborador deverá fazer a

restituição a CONTAX através dos dados bancários disponibilizados no

diretório: CONTAXNET >>Serviços ao Colaborador >> Centro de

Atendimento a Viagens.

4.8.4 O adiantamento será concedido apenas para funcionários da CONTAX,

não sendo aplicável a terceiros.

4.9 Despesas com Viagens

4.9.1. Traslados

As despesas efetuadas com metrô, ônibus ou outros meios de transporte e

estacionamento, durante a permanência do viajante na localidade de destino

ou do ponto de embarque até a empresa ou residência e vice-versa, serão

reembolsadas, desde que sejam comprovados e discriminados em cada recibo

os percursos de deslocamento.

No caso específico de táxi, deverão ser utilizados única e exclusivamente os

serviços WAPPA. As exceções deverão conter justificativa com ok do gestor do

viajante.

4. 9.2 Refeições As despesas com alimentação realizadas pelo viajante, tais

como: almoço, jantar e lanche, devem ser reembolsados mediante a

apresentação dos respectivos comprovantes contendo o registro do CNPJ do

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estabelecimento, observando-se as condições e os limites diários

estabelecidos de acordo com a tabela a seguir.

Despesas efetuadas com o consumo de bebidas alcoólicas e/ou cigarros não

serão reembolsadas.

Tabela de limites - Gastos em Viagem

Localidade Refeição/dia Ligações

telefônicas/dia

Reembolso

Celular/dia

Capitais R$ 45,00 R$ 8,00 Recarga de R$ 10,00

Interior R$ 30,00

4. 9.3 Lavanderia

As despesas com lavanderia devem ser reembolsadas para viagens em

serviço com duração igual ou superior a 5 (cinco) dias, mediante a

apresentação das notas ou cupons fiscais, desde que ocorridas a partir do 3°

dia de permanência na localidade de destino.

4.9.4 Ligações Telefônicas

As ligações telefônicas efetuadas no hotel devem ser reembolsadas mediante

comprovação, dentro dos limites estabelecidos.

As ligações telefônicas feitas através de celular pré-pago deverão ser

reembolsadas dentro dos limites diários estabelecidos.

Para reembolso de ligações de telefone pós-pago, o valor reembolsado deverá

coincidir com o período da viagem e destacadas aquelas que foram feitas a

serviço.

O limite é diário para despesas com ligações telefônicas, obrigatoriamente

através do código 31 (exceto nas áreas onde a Telemar não detém a

concessão);

4.9.5 Excedente de Bagagem

Será reembolsada para viagens em serviço com duração igual ou superior a 15

(quinze) dias

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4.10 Prestações de Contas

4.10.1 A documentação original deverá ser encaminhada ao facilitador em até

5 dias corridos da data de retorno da viagem, anexado ao formulário de

prestação de contas, disponibilizado no diretório: CONTAXNET >>Serviços ao

Colaborador >> Centro de Atendimento a Viagens.

4.10.2 Para viagens internacionais, além dos recibos para prestar contas do

valor adiantado, deverá ser anexado o comprovante da taxa de conversão da

moeda.

4.10.3 Na falta de um FACILITADOR no site, será encaminhado ao ponto focal

administrativo de cada site para conferência/protocolo e encaminhamento ao

FACILITADOR.

4.10.4 O viajante deve preencher o formulário de Prestação de Contas com

todos os documentos fiscais pertinentes:

• Copia do e-mail (bilhete eletrônico onde constam os valores da

passagem, da taxa de embarque e da diária do hotel) enviado pela

Agência de viagens

• Cópia da Nota Fiscal de hospedagem em hotel (inclusos lavanderia e

telefonia), canhoto do cartão de embarque ou capa do bilhete de

passagem aérea

• Comprovantes fiscais das demais despesas efetuadas

• Comprovante de depósito bancário efetuado pelo Colaborador a favor

da Empresa, quando houver devolução de adiantamento.

4.10.5 As prestações de contas sem os devidos comprovantes não serão

aceitas e serão devolvidas ao viajante para que completem a documentação,

bloqueando a criação de uma nova viagem caso a devolução da

documentação exceda o prazo de cinco dias.

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4.10.6 As Prestações de Contas deverão ser feitas no máximo 5 dias corridos

após o retorno do viajante, com todos os comprovantes devidamente anexados

O FACILITADOR tem um prazo de 48 horas para processamento das

informações no SAP.

4.10.7 A Aprovação no SAP deverá seguir a ordem de hierarquia, ou seja,

independente do viajante ser o gestor de seu centro de custos, deverá ter sua

prestação de contas aprovada pelo segundo gestor.

4.10.8 Reembolso de despesas adicionais e adiantamento adicional não

descrito neste regulamento somente serão aceitas para reembolso se

previamente acordadas e autorizadas via e-mail pelo diretor responsável.

4.10.9 É de responsabilidade do GESTOR o encaminhamento dos

comprovantes de despesas do terceiro sob sua gestão, ainda que o mesmo

não retorne à empresa.

A cobrança será feita diretamente ao GESTOR/APROVADOR da viagem.

4.10.10 Os documentos relativos à viagem realizada, após a aprovação da

Prestação de Contas no SAP, serão encaminhados obrigatoriamente ao

Arquivo Corrente, quando for realizado o fechamento.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 05

RESUMO 07

METODOLOGIA 10

SUMÁRIO 12

INTRODUÇÃO 13

CAPÍTULO I - A Importância da tomada de decisão 15

CAPÍTULO II - Decisões ao balanço da Empresa 23

CAPÍTULO III - Quando um gasto vira benefício 32

CAPÍTULO IV - Custos para decisões 38

CONCLUSÃO 47

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 49

ANEXOS 50

ÍNDICE 58

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FOLHA DE AVALIAÇÃO Por José Maurício Vieira dos Santos

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de MBA Auditoria e

Controladoria da UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - AVM FACULDADE

INTEGRADA.

Orientadora: Professora Luciana Madeira

Data:

_______________________________________________________________

Resultado:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Professora Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2015