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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AUDITORIA INTERNA NA ORGANIZAÇÃO, SUA FINALIDADE E
IMPORTÂNCIA COMO INSTRUMENTO GERADOR DE
COMPETITIVIDADE, CONTROLE E TOMADA DE DECISÕES
Por: Renata Topini Teixeira
Orientador
Profª. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AUDITORIA INTERNA NA ORGANIZAÇÃO, SUA FINALIDADE E
IMPORTÂNCIA COMO INSTRUMENTO GERADOR DE
COMPETITIVIDADE, CONTROLE E TOMADA DE DECISÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria Interna e
Controladoria.
Por: Renata Topini Teixeira.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus por ter me concedido
força e determinação para dar mais um
passo rumo ao meu futuro, a
professora Luciana Madeira, minha
orientadora e incentivadora.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho ao meu esposo e
amigo Marcos Leandro com quem sempre
pude contar para a execução e realização
deste.
5
RESUMO
O presente texto tratará do seguinte tema: Auditoria Interna na
Organização, sua Finalidade e Importância como Instrumento Gerador de
Competitividade, Controle e Tomada de Decisões. Para tanto, primeiro
abordar-se-á sobre o histórico da auditoria no Brasil e no Mundo, na intenção
de situar tal atividade no tempo e no espaço e entender sua trajetória nos
contextos citados; em outro tópico, discorrer-se-á sobre a importância da
auditoria interna e sua finalidade nas organizações, observando a diferença
dos fazeres entre a auditoria interna e externa, porém deixa-se claro que, o
alvo deste trabalho é a auditoria interna e, por esse motivo, ater-se-á a essa
última, por entender-se sua relevância como ferramenta valiosa para a adoção
de medidas preventivas dentro das organizações para que as mesmas tornem-
se cada vez mais competitivas no cenário econômico das sociedades em que
se encontram.
E, por último abordar-se-á a cerca da importância da auditoria interna
na tomada de decisões e na competitividade a partir das informações geradas
por esta, tendo em vistas padrões, normas e procedimentos que ao serem
adotados agregam às organizações uma capacidade cada vez mais
consistente em enfrentar e acompanhar a velocidade das transações e
negócios das sociedades digitais e tecnologicamente alicerçadas.
6
METODOLOGIA
Na execução deste trabalho serão realizadas pesquisas bibliográficas
de artigos científicos, periódicos, livros, revistas, bases de dados científicos
indexados como Scielo, Google acadêmico, dentre outros que irão contribuir
para identificação, análise, comparação e discussão das questões relativas a
auditoria interna na organização, sua finalidade e importância como
instrumento gerador de competitividade, controle e tomada de decisões.
Para a realização desta pesquisa a metodologia se pautou numa
bibliografia principal e outra chamada aqui de complementar, as quais foram
inicialmente lidas e fichadas. A partir dos fichamentos foram levantados dados
cujas origens, já citadas anteriormente, tornaram viáveis as atividades e
esforços voltados à discussão e análise no desempenho das atividades no
contexto da auditoria e sua relação direta com a competitividade e a tomada
de decisões nas organizações.
Nesse sentido, usar-se-ão como base os autores Attie e Maffei, dentre
outros, para a construção das discussões nesse texto.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Um breve histórico da auditoria e sua importância nas
organizações
1.1-Surgimento da auditoria do Mundo, os principais fatos e surgimento do
ofício de auditor. 10
1.2- A auditoria no Brasil e seu surgimento. 14
CAPÍTULO II - Importância da auditoria interna e sua finalidade nas
organizações.
2.1- Auditoria interna e Externa, conceituações e focos. 19
2.2- Importância da auditoria interna como instrumento de controle. 23
CAPÍTULO III – A Auditoria Interna como ferramenta para a competitividade.
3.1- Competitividade, um diferencial no mercado. 27
3.2- A ISO 9000 e sua relação com a competitividade no mercado. 30
3.3- A auditoria interna e sua importância na tomada de decisão. 33
CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
8
INTRODUÇÃO
Em um mundo em que a competição faz parte do universo das
organizações, gera-se a necessidade cada vez maior por parte destas em
superarem-se umas às outras. O fenômeno da globalização exige que as
organizações acompanhem a velocidade das informações difundidas a partir
destas e que tais informações sejam cada vez mais confiáveis.
O volume de negócios realizados acompanha a velocidade provocada
pela globalização. Ser competitiva é uma necessidade crescente das
organizações modernas.
Para tanto, a auditoria interna, no cerne das organizações tem sido forte
aliada ao crescimento das corporações ao exercer uma importante função,
quando se destina à controlar os setores e as atividades desenvolvidas.
Evitar desperdícios, fraudes, otimizar o tempo, os trabalhos e os
serviços fazem com que a atividade de auditar se torne cada vez mais
importante. Tal atividade tem por objetivo maior adotar medidas preventivas
para que, como citado anteriormente, as organizações possam crescer de
maneira segura e saudável captando assim mais clientes, serviços e ganhando
confiabilidade no mercado econômico-financeiro.
Nesse sentido pensa-se que a auditoria interna assume um papel
importante como ferramenta de apoio aos processos de gestão tornando-as
mais proativas e eficientes, porém este estudo tem como proposta (problema),
saber se as organizações estão prontas para receberem as auditorias internas.
9
O presente texto ganha relevância em lançar-se ao estudo das maneiras
como as organizações modernas instrumentalizam-se e adotam ferramentas
para receber as auditorias internas visando facilitar os processos de controle
das mesmas, de modo que ao sofrerem tais auditorias possam viabilizá-la e
através de seus resultados, se reorganizarem para tornarem-se mais
competitivas no mercado.
Esse estudo tem por objetivos ressaltar que auditoria interna utiliza-se
de mecanismos de auxílio para a gestão junto às organizações discutindo a
importância desta como elemento que viabiliza a competitividade das mesmas
no mercado .
10
CAPÍTULO I
Um breve histórico da auditoria no Mundo e no Brasil.
1.1- Surgimento da auditoria do Mundo, os principais fatos e
surgimento do ofício de auditor.
Muitas são as divergências a cerca da exatidão das atividades de
auditoria, estudos apontam para diferentes lugares no mundo, onde surgiu
como forma de verificação e confirmação dos métodos.
Sabe-se que desde os primórdios no antigo Egito, se tem vestígios da
auditoria. Isto porque sempre que se realiza uma atividade contábil que
implique em bens de outro ou outros, há necessidade da confiabilidade nas
informações a serem obtidas, o que gera igualmente outra necessidade: a de
veracidades nas informações.
Deste modo, podemos entender a ação de auditar como uma maneira
de aferir, conferir informações que se recebe ou que se levante a partir de algo
que se possui ou que alguém possua.
Retomando a ideia anterior sobre a imprecisão da origem da auditoria,
Sá (2010) afirma que:
11
“Os primeiros indícios históricos relacionados à auditoria, segundo Sá, surgiram na antiga Suméria, estes foram comprovados por provas arqueológicas encontradas em 4.500 anos antes de Cristo. Outras descobertas remontam a Roma, Londres, Paris, Veneza, Milão e em Bolonha. (SÁ, 2010, p. 21)”
Dando prosseguimento à ideia do autor acima citado, ressalta-se que no
império romano, a auditoria surge como ferramenta de controle das riquezas
distribuídas ao Oriente e ao Ocidente, para que se pudesse controlar e manter
os exércitos romanos e as muitas terras dominadas por este.
Pode-se notar até este ponto do estudo, que as atividades de auditoria
são muito antigas, mas sua principal função sempre foi de controlar e de
assegurar informações para àqueles a quem se destinavam.
Ao caminhar-se um tanto a mais na história do surgimento da auditoria,
depara-se com um evento que verdadeiramente modificou o modo com os
homens e a forma como as sociedades entendiam os processos de produção,
o capital e os processos contábeis e fabris: a Revolução Industrial.
Entende-se que a Revolução Industrial pode ser concebida como a
maior e a mais radical das transformações já vivenciada pela humanidade
durante seu crescimento. Em meados do século XVIII, ela surge trazendo
consigo mudanças no processo produtivo, dando à mão de obra um outro
significado. O que provocou desdobramentos não só no âmbito econômico,
mas no cultural, no político e principalmente no social.
Com a Revolução Industrial o mundo deixa de ser agrícola e passa a ser
fabril e moderno.
12
A maneira como a produção de bens deixa de ser artesanal e passa a
ser mecanizada, ou seja, passa-se ao uso de máquinas movidas a vapor e,
posteriormente, a energia térmica do carvão e a elétrica, muda-se todo o
contexto administrativo e financeiro das organizações, que tiveram que
aprender a lidar com a nova realidade na qual se encontravam imersas.
De acordo com os autores referenciados abaixo, pode-se entender que
o cenário econômico mundial, nunca ais seria o mesmo após os implementos
promovidos pela Revolução Industrial.
“É importante ressaltar que nesse cenário, a auditoria também crescerá e se firmará como uma atividade altamente necessária para as atividades econômico-financeira, é o momento em que a mesma começa a se firmar como profissão no país de origem da Revolução Industrial, a Inglaterra justamente no momento em que ocorre a expansão de negócios para os Estados Unidos” (HOOG e CARLIN, 2009, p.51).”
Na abordagem de Franco e Marra (2011) pode-se entender que ambos
reforçam as ideias dos autores Hoog e Carlin (2009), acima citados, quando
destacam que:
“(...) a ideia de que o fator que alavancou atividade da auditoria foi a grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais desenvolvida, determinando a evolução da auditoria, como consequência do crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos grandes empreendimentos. (FRANCO E MARRA, 2010, p. 39).”
Durante o processo da Revolução Industrial e do crescimento do
capitalismo, outros registros sobre auditoria surgem, tanto que Almeida aborda
esse momento histórico da seguinte forma:
16
A auditoria é importante porque reflete a necessidade de investidores e
proprietários obterem informações seguras a cerca da realidade econômico-
financeira das empresas nas quais seus capitais são investidos. Para (Attie,
2011):
“O surgimento da auditoria está ancorado na necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das empresas investidas e, principalmente, em virtude do aparecimento de grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultâneo ao desenvolvimento econômico que propiciou participação acionária na formação do capital de muitas empresas.” (ATTIE, 2011, p.07)
Como dito anteriormente, as atividades de auditoria se ampliaram e se
ajustaram às necessidades do mercado. O fenômeno da globalização e a
aceleração de transações financeiras tornou necessário um controle efetivo
das informações geradas pelas organizações e a veracidade destas.
Em (Crepaldi, 2004), o texto explica claramente a necessidade da
auditoria nas empresas como prática para o exercício da confiabilidade, uma
vez que muitos são os tipos de investimentos e investidores, quando escreve:
A grandeza económica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a atividade de auditoria é mais desenvolvida, determinou sua evolução, como consequência do crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos grandes empreendimentos (CREPALDI, 2004: 105).
Para melhor visualizar o contexto histórico da auditoria no Mundo
incluiu-se um quadro sinótico da evolução desta para que assim esse capítulo
tenha seu fechamento didaticamente elaborado.
17
QUADRO 1: Evolução da Auditoria.
ANO ACONTECIMENTO
1756
A Revolução Industrial na Inglaterra e a expansão do capitalismo propiciaram grande impulso para a profissão devido ao surgimento das primeiras fábricas com uso intensivo de capital [...].
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados na Inglaterra.
1887 Cria-se nos EUA, a Associação dos Contadores Públicos Certificados.
1894 É criado na Holanda o Instituto Holandês de Contabilidade Pública.
Início do séc. XX Surgimento das grandes corporações americanas e rápida expansão do mercado de capitais.
1916 Surgimento do IPA (Institute of Public Accountants), que sucede a Associação supra citada em 1887.
1917 Redenominação do IPA para AIA (American Institute of Accountants).
1929 Crash da Bolsa de Valores.
Início dos anos 30
O AIA propõe ao Congresso Norte-Americano a regulamentação de normas e padrões contábeis por profissionais altamente capacitados.
1934
Criação da SEC (Security and Exchange Comission), nos EUA, aumentando a importância da profissão do auditor como guardião da transparência das informações contábeis das organizações e sua divulgação para o mercado de capitais [...].
1947 Declaração de Responsabilidade do auditor interno
1957
Redenominação do AIA para AICPA (American Institute of Certified Public Accountants), instituto que teve importância decisiva para o desenvolvimento das práticas contábeis e de auditoria.
1971 Criação do IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores) [...].
1973
Surgimento do FASB (Financial Accounting Standards Board), nos EUA, com o objetivo de determinar e aperfeiçoar os procedimentos, conceitos e normas contábeis.
1976 Com a Lei nº. 6404 - Lei das Sociedades por Ações - foram normatizados as práticas e relatórios contábeis.
1976
Com a Lei nº. 6385 é criada a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que tem a responsabilidade de normatizar as normas contábeis e os trabalhos de auditoria das empresas de capital aberto, além de fiscalizar.
1977 Surgimento do IFAC (International
18
Federation of Accountants), que substituiu o International Coordination Committee for Accountancy Profession, com a missão de emitir padrões profissionais e guias de recomendação, além de buscar a convergência internacional desses padrões.
2001
Surgimento do IASB (International Accounting Standards Board), com sede na Grã-Bretanha, que assume a responsabilidade de estudo de padrões contábeis, antes dirigidos pelo IASC (International Accounting Standards Comitte), com o objetivo de harmonizá-las internacionalmente.
Fonte: Oliveira & Diniz Filho (2001: 22).
A história da auditoria no Brasil e no mundo ainda está sendo escrita e
muito ainda será feito nesse universo das atividades econômico-financeira
Sabe-se que as atividades de auditoria podem ser externas e internas.
Trabalhar-se-á esse assunto de forma mais particularizada no capítulo
seguinte.
19
CAPÍTULO II
Importância da auditoria na organização, e sua finalidade
nas organizações.
2.1- Auditoria interna e Externa, conceituações e focos.
Inicia-se esse capitulo conceituando auditoria com o objetivo de, a partir
deste, distinguir auditoria interna e externa e seus focos de atuação.
Em um conceito etimológico e primeiro, (Seiffert, 2013), apresenta a
palavra auditoria como: “a palavra auditoria é originária do latim “auditus”, que significa
audição, e de “audire”, que significa ouvir”.
Embora o conceito acima seja simples, o mesmo denota que há
necessidade de se voltar uma atenção mais particularizada às atividades
desenvolvidas nas empresas, para que se possa então realizar as tarefas
inerentes à auditoria.
A ação de ouvir exige concentração para que a distinção do que se
ouve possa ser feita e assim, perceber-se a variação entre tantos sons. O
mesmo ocorre com as atividades envolvidas na prática de auditar no que tange
a distinção das informações trazidas pelas várias ferramentas de controle
econômico-financeiro. Pois, a natureza das informações são carregadas das
particularidades de cada um dos setores de onde se originam.
20
Sendo assim, caberá então àquele que audita ter a percepção e o
conhecimento necessário para fazer a filtragem destas informações e compilá-
las. Com o objetivo de construção do panorama econômico-financeiro das
organizações.
No contexto da auditoria enquanto atividade econômico-financeira, o
conceito mais adequado cabe a (Attie, 2011), que entende auditoria por:
A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência
e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de
expressar uma opinião sobre determinado dado. (ATTIE, 2011, p.5)
Sabe-se que os fazeres das auditorias concentram-se em dois tipos de
atividades: uma voltada as atividades externas e outra, voltada as atividades
internas. Neste capítulo, conhecer-se-á um pouco das duas, porém concentrar-
se-á na auditoria interna.
Para( Crepaldi, 2004), a auditoria interna pode ser entendida como:
O conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a
emissão do parecer sobre a adequação com que estes representam a
posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as
mutações do Patrimônio Líquido e as origens e aplicações de
recursos da entidade auditada consoante as normas brasileiras de
contabilidade. (CREPALDI, 2004, p.48)
Para o autor acima, a atividade de auditoria interna está ligada ao
acompanhamento das operações financeiras das organizações. Pode-se
21
entender que, enquanto atividade interna, esta estará voltada a questões que
envolverão a criação de medidas preventivas à saúde econômico-financeira
das organizações.
Quanto à auditoria externa, (Hoog e Carlin, 2009), conceituam da
seguinte maneira:
Aquela em que o serviço é praticado por contadores empregados das
sociedades, associações e fundações, que os contratam para tal. A
aplicação dos trabalhos tem fundamento na validação e avaliação
dos controles internos e demais procedimentos, pois, devido à falta
de independência, uma vez que o profissional é empregado, está
impedido o mesmo de dar uma opinião para interessados ou usuários
externos, sobre a adequação das demonstrações contábeis
encerradas. (HOOG e CARLIN, 2009, p. 61)
Deste modo, pode-se realizar a seguinte comparação entre os focos das
auditorias citadas: enquanto a auditoria externa foca em apresentações e
demonstrações contábeis, verificando se estas se encontram em consonância
com a legislação pertinente (resoluções, pareceres e normas que balizam os
procedimentos) utilizados durante o trabalho; a auditoria interna foca nos
controles internos da empresa, procurando sempre reconhecer e identificar
erros e falhas nos processos, indicando possíveis correções através de
pareceres que tem por finalidade a adoção de medidas relativas à prevenção.
O quadro abaixo mostra de forma simples a diferença entre as
atividades pertinentes as auditorias e seus fazeres, ressaltando o propósito de
seus trabalhos, os parâmetros para a execução dos mesmos, as preocupações
com os controles internos, a dependência profissional, a observância da forma
de relatórios e os principais usuários.
22
QUADRO 2: Diferença entre Auditoria Externa e Auditoria Interna
AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA
Propósito do Trabalho Análise da atividade operacional.
Emissão de opinião sobre demonstrações contábeis.
Parâmetros para a execução do trabalho
Normas de controle interno, políticas e procedimentos da empresa.
Princípios fundamentais de contabilidade.
Preocupação com os controles internos
Eficiência e qualidade do controle.
Efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
Dependência Profissional Dependência do emprego. Independência profissional. Forma de Relatórios Não padronizados. Padronizados.
Principais Usuários Gestores da empresa. Acionistas, mercado de capitais e credores.
Fonte: Oliveira & Diniz Filho (2001: 22).
Entretanto é importante ressaltar que as diferenças entre as auditorias
se completam, para que o trabalho seja confiável para os investidores de uma
determinada empresa ou organização, bem como para seus gestores.
Para que se possa obter eficiência e eficácia nesses procedimentos,
faz-se necessário basear-se nas normas e princípios de contabilidade
geralmente aceitos, e contratar um profissional independente – auditor externo
– para emitir um parecer sobre as demonstrações contábeis. Isto é, há um
inter-relacionamento entre as duas auditorias, pois, a auditoria externa
considera a auditoria interna como parte do sistema de controle de uma
empresa e, se perceber que a atividade exercida pela auditoria interna
funciona com naturalidade, neutralidade e a contento, a auditoria externa
simplifica seu trabalho e reduz a extensão do mesmo. (ATTIE, 1992).
23
2.2- Importância da auditoria interna como instrumento de controle.
A auditoria interna é aquela que permitirá a observação mais
particularizada das atividades nas organizações. Um conhecimento mais
específico das partes imersas nas atividades econômico-financeiras para as
quais ela se destina.
Em (Seiffert, 2013), explica-se de maneira clara a importância da
auditoria interna nas organizações, quando comenta que este tipo de auditoria,
também conhecida como auditoria de primeira parte, é realizada pela própria
organização com o objetivo de monitorar o seu desempenho quanto a algum
aspecto de seu funcionamento, vinculando-a ou não, formalmente a um
sistema de gestão. (SEIFFERT, 2013, p.15)
Para tanto, a organização pode recorrer tanto a recursos de pessoal
interno quanto externo, através da contratação de consultores que avaliam os
pontos fortes de melhoria com relação ao nível desejado de desempenho pré-
estabelecido pelas organizações.
No cenário econômico-financeiro mundial, há uma crescente
necessidade de desenvolver mecanismos que tornem as organizações cada
vez mais eficientes e mais competitivas. Mais a frente neste texto, tratar-se-á
de maneira mais particular sobre a importância da competitividade para a
saúde das empresas, por hora abordar-se-á sobre a importância da auditoria
interna no processo de tomada de decisões.
24
Sabe-se que o crescimento das organizações, fez com que surgissem
normas e procedimentos internos que objetivam o acompanhamento dos seus
setores e colaboradores. Este acompanhamento é uma das responsabilidades
da auditoria interna.
Mediante à necessidade de evitar erros nos processos administrativos,
desperdícios, otimizar o tempo, minimizar as falhas e aumentar a
produtividade, tornar-se forte e lucrativa, as organizações tem investido cada
vez mais no aperfeiçoamento e desenvolvimento de ferramentas de controle
dos seus processos, tanto em organizações de pequeno porte quanto de
médio e grande porte. Quanto mais complexa a estrutura, maior a necessidade
de controle. Evitar riscos é um dos focos da auditoria interna.
Para dar continuidade a escrita deste, é importante conceituar o termo
controle, aqui entendido de acordo com a significação dentro do contexto das
auditorias, como: função da administração que faz parte do processo
administrativo e que antecede o planejamento como meio de regulação
utilizados por um indivíduo ou uma empresa.
Em (Oliveira, Perez Jr. e Silva, 2009), pode-se entender que tais
procedimentos e seus implementos variarão de acordo com a estrutura das
organizações. A implantação de um sistema de controle ou mesmo a revisão e
o aprimoramento de um sistema já existente, é uma atividade complexa, que
requer observância por parte da auditoria interna. (OLIVEIRA, PEREZ JR. e
SILVA, 2009, p.78).
25
O controle dos processos das organizações relativo à auditoria interna
está alicerçado em procedimentos de cunho operacionais e, que envolvem
responsabilidades administrativas, tendo por objetivo e preocupação maior, a
detecção de possíveis fraudes e erros no cerne das organizações.
É necessário ressaltar que os trabalhos de auditoria interna ocorrem de
forma contínua, desta maneira, o controle dos processos torna-se efetivo e
consequentemente mais seguro.
Lembra-se que o controle interno está voltado para atividades de
fiscalização dos setores das organizações, fiscalização esta que deve
observar o fluxo contínuo das demandas das organizações.
De acordo com (Attie, 2011):
“o controle interno compreende o plano de organização e o conjunto
coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para
proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de
seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar
a adesão à política traçada pela administração.” (ATTIE, 2011, p.188)
O trabalho da auditoria interna tem metas e objetivos a alcançar e, para
tanto, cabe a mesma estruturar seu controle interno de forma a atender às
necessidades das organizações que delas se utilizam para crescer e se
tornarem competitivas.
Nesse sentido, o controle interno tem quatro objetivos básicos que
( Attie, 2011) nos expõe da seguinte maneira:
27
CAPÍTULO III
3- A Auditoria Interna como ferramenta para a competitividade.
3.1- Competitividade, um diferencial no mercado.
No cenário econômico-financeiro, a competitividade se intensifica e
cresce significativamente dia a dia, e junto a ela também cresce o número de
concorrentes, fazendo com que em todo mundo aflore a necessidade das
empresas buscarem alternativas de vantagem competitiva para se manterem
no mercado.
Vive-se em um mundo cada vez mais globalizado e tecnologicamente
veloz. Sendo assim, ser competitivo requer esforços por parte das
organizações.
Para FERRAZ, 1997, existem duas linhas de pensamento que
conceituam a competitividade. Na primeira, a competitividade é vista como
desempenho, onde é expressa na participação do mercado, alcançada por
uma firma em determinado nicho e em certo tempo. A outra linha de
pensamento trata a competitividade como eficiência. Nestas duas visões são
utilizados enfoques limitados, pois estas se concentram em analisar a
competitividade apenas por seus indicadores.
Ainda em (Ferraz, 1997), “a competitividade é a capacidade da empresa
formular e implementar estratégias, concorrências, que lhe permitam ampliar
28
ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado”.
(FERRAZ, 1997, p. 03)
Entende-se que a competitividade é a mola que move as organizações
rumo às superações de suas dificuldades, fazendo-as buscar formas de
melhorar seu desempenho e performance para ganhar visibilidade e
credibilidade no mercado econômico-financeiro. A auditoria interna é um
instrumento valioso para que as organizações se destaquem frente as
concorrentes.
A auditoria interna possibilita a visibilidade dos processos de uma
empresa, permitindo melhor controle interno. E, mesmo sendo uma atividade
relativamente recente, vem passando por modificações em todo o mundo, se
reformulando e desenvolvendo mecanismos e formas de se efetivar. Além
disso, ressalta-se que, atualmente, as informações obtidas através desse
método se constituem em forte auxílio ao crescimento das organizações.
Outro aspecto relevante é que o controle interno é uma excelente
ferramenta para as empresas quando ao auxiliá-las nos processos de gestão
administrativa e contábil, tendo em vista nortear tomadas de decisões.
Entende-se o controle interno como sendo um plano em que as
organizações avaliam seus métodos, reveem suas medidas dentro de uma
estrutura coordenada, de modo que se tenha o máximo de exatidão nos
controles relativos ao operacional; sempre observando se as diretrizes
administrativas estabelecidas estão sendo cumpridas. É importante destacar
que os controles contábeis garantirão a saúde financeira das empresas, sendo
transparentes em seus pareceres.
29
Agregar valor às empresas é uma das facetas da auditoria interna.
Destaca-se que agregar valor é a resultante de uma série de interesses
internos e externos que possibilitam ganhos, não necessariamente com fins
monetários, mas sim com fins que possibilitem a boa gestão como um todo.
Em função das constantes mudanças ocorridas no ambiente externo das
empresas, em que alianças e fusões passaram a ocorrer a todo instante, estas
se organizaram por meio de planejamentos estratégicos para a otimização de
seus recursos. O planejamento estratégico nada mais é que um caminho que
norteará o gestor e seus colaboradores para rumos que sejam positivos ou
negativos, de acordo com a eficiência de sua elaboração.
Diante desse panorama, as auditorias, tanto interna quanto externa, são
ferramentas das quais as empresas dispõe para aumentar seus índices de
crescimento e competitividade, otimizando e valorizando seus recursos.
Falar em competitividade dissociada da premissa da qualidade é
praticamente impossível, pois as organizações utilizam-se de padrões e
normas que tem por observância certificações de qualidade em serviços, bens
e consumo.
Tratar-se-á a seguir da ISO 9000 e sua relação com a melhoria de
prestação de serviços e processos nas empresas.
30
3.2- A ISO 9000 e 9001 e sua relação com a competitividade no mercado.
A ISO é uma ferramenta valiosa para a aferição e controle das
atividades de auditoria interna nas organizações.
A sigla ISO 9000, que significa International Organization for
Standardization, é uma entidade não governamental criada em 1947 com sede
em Genebra, na Suíça, e pode-se entendê-la como um conjunto de normas
que visa o estabelecimento de critérios e padrões que orientam a melhoria dos
processos internos das organizações.
Esses critérios vão desde a maior capacitação dos colaboradores, o
monitoramento do ambiente de trabalho, a verificação da satisfação dos
clientes, até os colaboradores e os fornecedores, em um processo contínuo de
melhoria do sistema de gestão, sempre objetivando a qualidade.
Sua aplicabilidade perpassa campos, instâncias muito distintas entre si,
mas juntos, constituem-se em aliados fortes para a obtenção de um potencial
verdadeiramente competitivo. Esses campos ou instâncias se referem aos
materiais utilizados para os mais variados fins e aplicações, produtos
produzidos, processos utilizados e serviços prestados.
Pensa-se que ao adotar as normas ISO, as organizações e empresas
passam a obter vantagens reais, pois, a ISO confere as mesmas, expansão do
potencial produtivo e aumento da credibilidade no mercado como um todo.
32
nacional e internacional. (BRAGA, LIRA, SALES, OLIVEIRA e
VERCHOOR, 2011 p. 5):
A atividade de controle interno, ligada aos processos de auditoria
interna, fornecem dados importantes para que a gestão da qualidade ocorra
sempre de forma satisfatória.
Entende-se que a auditoria interna tem seus olhares voltados para os
procedimentos operacionais das empresas, objetivando sempre o aumento da
qualidade, a redução dos custos, a melhoria e a otimização de processos.
Auxiliando nas atividades de gerenciamento correto dos recursos financeiros,
econômicos e humanos, minimizando riscos e auxiliando ainda na tomada de
decisões.
É na figura do auditor interno que a confiança dos administradores
encontra-se depositada, sua intervenção é realizada de forma permanente.
A área em que atua o auditor interno envolve as atividades da empresa
e auxilia os membros da administração no desempenho de suas funções e
responsabilidades. Fornecendo-lhes pareceres e recomendações pertinentes
às atividades examinadas e, para tanto, o auditor interno deve ter acesso total
e amplo a todas as áreas e informações das organizações para desenvolver
seu trabalho satisfatoriamente.
A auditoria tanto interna quanto externa são ferramentas mais que
necessárias a implementação da ISO 9001 dentro das organizações, já que
fornecem dados reais a cerca destas.
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pois ameaças e oportunidades estão presentes dentro e fora se suas
empresas.
Aspectos como a globalização, o crescimento e o implemento das
tecnologias de comunicação e informação, diminuíram barreias e encurtaram
distâncias, dando ao mundo dos negócios, um universo de grandes avanços e
possibilidades, assim como, maior visibilidade.
Destaca-se que, com tudo isto, o ambiente das organizações tem ficado
cada vez mais complexo e faz com que seus administradores estejam em
constante necessidade de reavaliar e reconduzir seus processos decisórios,
sempre tentando diminuir riscos e evitar perdas.
De acordo com Stoner e Freeman (1995 apud JAMIL, 2006), “o
processo decisório envolve a identificação de um problema específico e a
escolha de uma ação para resolvê-lo ou aproveitar uma oportunidade”.
(Stonner e Freeman, 1995 apud Jamil, 2006 s.d. p.1)
A decisão faz parte do processo natural de gestão das organizações e,
sendo assim, Drucker (1997, p.124) “considera as decisões como atribuições
específicas de gerentes”.
Como dito anteriormente, as atividades de auditoria interna são fortes
aliadas no momento em que uma decisão se faz necessária por parte dos
administradores.
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Através da autoria interna é possível nortear a tomada de uma decisão e um
processo decisório de forma mais segura, tanto para as organizações quanto
para seus investidores, sócios e/ou acionistas.
A auditoria interna é uma tarefa que tanto envolve a área operacional
quanto a área administrativa. Cabe ao auditor interno e sua equipe realizar
trabalhos que integrem os profissionais da administração, mantendo-os em
consonância com os objetivos e fins a alcançar, buscando sempre a eficiência
e eficácia das rotinas e operações envolvidas.
Deste modo para (Attie, 1986),
para que a função da auditoria interna encontre ressonância na
empresa, é necessário que além de contar com apoio total da
diretoria, também apresente a execução de um trabalho imaginativo,
capaz de fornecer subsídios valiosos à administração. Esses
aspectos se aplicam tanto para o auditor, que tem o dever de
fornecer benefícios a sua empresa, como para a diretoria, que tem o
dever de ordenar a execução de tudo aquilo traçado pela auditoria.
(ATTIE, 1986, p.29)
Ainda de acordo com o mesmo autor (1998, p.49), uma auditoria é mais
bem vista como parte de uma cooperação de esforços integrados de ambos, a
administração e o auditor, para assegurar adequada demonstração financeira
e proteção aos investidos. Estes esforços podem incluir um conselho
antecipado dos auditores sobre perspectivas de mudanças nos sistemas e
controles contábeis, nos princípios contábeis para serem utilizados em
transações especificas e na maior parte das decisões que finalmente afetam
as demonstrações financeiras.
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A espontaneidade dos administradores para consultar antecipadamente
sobre a escolha das melhores práticas evidencia a integridade dos mesmos e
a validade dos pontos de vista do auditor contribui para a qualidade da
escolha. Na melhor das hipóteses, a prática de auditoria é antes preventiva do
que corretiva, servindo como um controle acessório que ajuda a evitar confli tos
potenciais de interesses que possam concretizar-se.
Muito embora saiba-se que existam modelos a serem seguidos para os
processos decisórios, não cabe aqui apresentá-los ou discuti-los de forma
particularizada pois o foco deste texto é a auditoria interna e sua importância
na tomada de decisões.
Agregar valor às organizações é o que as atividades de auditoria interna
tem feito quando auxiliam os administradores, fazendo-os, através de
diagnósticos e pareceres fornecidos, repensarem e reaprenderem as novas
técnicas da administração que intencionam conseguir mais resultados
utilizando cada vez menos recursos.
Segundo (Almeida, 1996):
“O controle interno representa em uma organização o conjunto de
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os
ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração
na condução ordenada dos negócios da empresa”. (ALMEIDA 1996,
p. 25)
O controle interno é o mecanismo de que dispõe a auditoria interna para
realizar a extração de seus dados de forma contínua, obedecendo e
promovendo um fluxo constante desses dados e informações. Para tanto, se
faz necessário que o trabalho de auditoria interna seja eficiente e eficaz.
Sendo necessária para isto, a elaboração com antecedência de um
planejamento que seja capaz de precaver-se de situações perigosas e realizar
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um trabalho bem-sucedido, de forma a possibilitar uma tomada de decisão
eficaz.
Segundo (Paula, 1999) a auditoria interna é importante porque:
• É parte essencial do sistema global de controle interno;
• Leva ao conhecimento da alta administração o retrato fiel do
desempenho da empresa, seus problemas, pontos críticos e
necessidades de providências, sugerindo soluções;
• Mostra os desvios organizacionais existentes no processo decisório
e no planejamento; • É uma atividade abrangente, cobrindo todas as
áreas da empresa;
• É medida pelos resultados alcançados na assessoria à alta
administração e à estrutura organizacional, quanto ao cumprimento
das políticas traçadas, da legislação aplicável e dos normativos
internos;
• Apresenta sugestões para a melhoria dos controles implantados ou
em estudos de viabilização;
• Recomenda redução de custos, eliminação de desperdícios,
melhoria da qualidade e aumento da produtividade;
• Assegura que os controles e as rotinas estejam sendo corretamente
executados, que os dados contábeis merecem confiança e refletem a
realidade da organização e que as diretrizes traçadas estão sendo
observadas;
• Estimula o funcionamento regular do sistema de custos, controle
interno e o cumprimento da legislação;
• Coordena o relacionamento com os órgãos de controle
governamental;
• Avalia, de forma independente, as atividades desenvolvidas pelos
diversos órgãos da companhia e por empresas controladas e
coligadas;
• Ajuda a administração na busca de eficiência e do melhor
desempenho, nas funções operacionais e na gestão dos negócios da
companhia. (PAULA 1999, p.40)
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Após as considerações acima citadas, ressalta-se que o trabalho da
auditoria interna tem grande relevância no processo de tomada de decisão,
uma vez que este influenciará de forma direta na maneira como as
organizações se comportam e se movimentam para manterem-se firmes,
sadias e atraentes ao mercado econômico-financeiro para o qual se encontram
voltadas.
Deste modo para ( Attie,1987):
“[ ] a auditoria interna tem a responsabilidade de desenvolver suas
tarefas em todas as empresas associadas, de caráter permanente, e
em todos os locais aplicáveis, analisando as políticas,
procedimentos, usos e costumes, documentação, sistemas e
métodos, para buscar a eficiência, o aprimoramento e a
padronização dos controles aplicáveis às operações e atividades
pertinentes às empresas.” (ATTIE ,1987, p.43)
Sabe-se que as auditorias internas ainda estão se desenvolvendo enquanto
práxis a serem vistas e utilizadas para diagnosticarem, de maneira antecipada,
as possíveis dificuldades encontradas no seio das organizações exercendo
assim papel decisivo na tomada de decisões quando funciona como
instrumento de prevenção à possíveis danos, perdas e insucesso junto ao
mercado econômico-financeiro.
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CONCLUSÃO
O estudo realizado voltou sua tentativa para o seguinte problema: saber
se as organizações estão prontas para receberem as auditorias internas.
Para tanto se buscou primeiramente entender o que é a própria autoria
em si, a seguir tratou-se do histórico da mesma no Brasil e no Mundo,
seguindo por sua importância e finalidade dentro das organizações,
observando sua conceituação (auditoria interna e externa) e seus respectivos
focos e por último , em como a mesma se constituiu como ferramenta valiosa
no ganho da competitividade no mercado econômico-financeiro influenciando
inclusive no processo de tomada de decisões.
Destacou-se também como o evento da globalização e o constante
avanço das tecnologias influenciaram diretamente na forma como as empresas
se comportavam em relação às outras empresas e consigo mesmas.
É possível concluir que as organizações cada vez mais se preparam
para sofrerem, receberem, auditorias internas a partir do momento que
precisam ficar mais competitivas e fortes frente às exigências do cenário sócio
econômico e financeiro em que se encontram imersas. Nesse sentido um forte
indicador que comprova que as organizações estão se preparando cada vez
mais é a certificação ISO que, se tornou sinônimo de excelência e
credibilidade e, ao crescente o número de empresas que buscam através
desta a excelência de seus trabalhos ao adquirirem suas certificações.
Pode-se concluir também que as auditorias internas são uma
ferramenta valiosa para as organizações que buscam a certificação, uma vez
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que as mesmas se tratam de uma avaliação antecipada, prévia, que está
associada a uma ação contínua de correção dos processos administrativo e
econômico-financeiro e que cada vez mais controlar seus fluxos
administrativos faz com que se protejam de quaisquer dificuldades que possam
afetar suas atividades. Entendeu-se também que a auditoria interna se
apresenta como poderosa e forte ferramenta aliada aos processos
administrativos que garantirão às empresas e organizações a excelência de
que necessitam para destacarem-se, e, a busca contínua pela melhoria, faz
com que diferenciais sejam criados. Ressalta-se aqui que os trabalhos de
auditoria interna e externa assumem papel mais que importante perante as
necessidades de tomada de decisão nas organizações e, que estarem prontas
para passarem por estas, faz com que as informações sejam geradas com
fidedignidade e comprometimento, proporcionado aos investidores e
empresários segurança para seus interesses.
Deste modo pode-se concluir também que a observação correta dos
dados obtidos durante a auditoria interna pode resultar em tomadas de
decisões que, se conduzidas de forma criativa, “fora da caixa”, podem levar à
mudanças internas e alavancar a melhoria contínua dos processos. Assim, os
ciclos virtuosos tendem a ser ampliados, deixando para trás os vícios
administrativos, dentre os quais pode-se destacar, o crescimento e a agilidade
administrativo-financeira das organizações. Desta maneira, a empresa tende a
alcançar mais rápido os objetivos de eficiência e eficácia em seus processos e
rotinas, tornando-se cada vez mais competitiva dentro desse mercado cada
vez mais globalizado.
Sabe-se que ainda há muito que se conhecer sobre auditoria interna na
organização, sua finalidade e importância como instrumento gerador de
competitividade, controle e tomada de decisões e que é preciso produzir
muitos outros olhares para a trama da diversidade na qual se fundamenta a
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este estudo. Muitas são as questões que ainda permearão as atividades das
auditorias internas nas organizações.
Em face de tantas questões lançadas durante este trabalho, em seus
capítulos ressalta-se aqui que este estudo é um escrito aberto, entender-se
que a adoção da auditoria interna está em processo de construção nas
organizações contemporânea e que, portanto, há que se voltarem olhares para
esse universo tão rico, tão complexo.
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