98
Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico Unidade Coronariana - Hospital Pró- Cardíaco 2013

Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Doença Arterial Coronariana:

Fisiopatologia

Angina Estável e InstávelRoberto Esporcatte

Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJCoordenador Médico Unidade Coronariana - Hospital Pró-

Cardíaco

2013

Page 2: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Insuficiência CoronarianaIsquemia Miocárdica

É o desequilíbrio entre consumo e oferta

de oxigênio ao miocárdio.

A redução da oferta ocorre por redução do fluxo ou do conteúdo arterial de oxigênio.

Page 3: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

ESTADOCONTRÁTIL

FREQUÊNCIACARDÍACA

TENSÃOPARIETAL

DEMANDA DEOXIGÊNIO

FLUXOLOCAL

EXTRAÇÃO DEOXIGÊNIO ( % )

OFERTA DEOXIGÊNIO

PRESSÃOVENTRICULAR

VOLUMEVENTRICULAR

ESPESSURAPARIETAL

Page 4: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 5: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

RESERVA DE FLUXO CORONARIANO:

É a capacidade fisiológica do Fluxo Sanguíneo Coronariano aumentar acima dos

níveis basais, ajustando-se a qualquer aumento do MVO2.

Depende de: 1. Pressão de perfusão (arteríolas) 2. Área de seção transversa / unidade de volume tecidual 3. Freqüência cardíaca

Page 6: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

OCLUSÃO10 Segundos

HIPEREMIA REATIVA

A

B

FLU

XO

CO

RO

NA

RIA

NO

(m

l/min

)HIPEREMIA REATIVA E

RESERVA DE FLUXO CORONARIANO

Page 7: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 8: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Hipercoagulabilidade

Forças de Estresse

Composiçãoda Placa

Inflamação

Vasoconstricção

Page 9: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 10: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

PRÉ-CONDICIONAMENTOUm episódio breve de isquemia miocárdica pode reduzir os efeitos de um novo episódio de isquemia que ocorra nas horas subsequentes.

ATORDOAMENTOUm episódio de isquemia prolongado mas reversível, pode levar a uma piora residual da função ventricular, persistente por dias.

HIBERNAÇÃOUma redução crônica de fluxo, sem detecção de sinais metabólicos de isquemia, pode estar associada a perda persistente de função contrátil, que pode ser revertida com o reestabelecimento do fluxo coronariano.

Page 11: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

ATEROSCLEROSE ~ uma linha do tempo

CelEspumosa

EstriaGordurosa

LesãoIntermediária Ateroma

PlacaFibrosa

PlacaComplicada/

Ruptura

Pepine CJ. Am J Cardiol. 1998;82(suppl 104).

PrimeiraDécada

TerceiraDécada

QuartaDécada

Disfunção Endotelial

Page 12: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Cardiopatia Isquêmica

Elevada prevalência da DAC: 60 – 79 a: 25% M 16% F ≥80 anos: 37%M 23%F

Principal causa mortis (M&F) Elevada morbidade e afastamento profissional Angina pectoris: 1ª manifestação (50%) Incidência: crescente (F), pico 55 – 65 a (M) Antecede SCA em 50% dos casos Taxa de IAM em pac com angina: 3% - 3,5%ano Elevado custo hospitalar e intervenções

Page 13: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Causas de Dor Torácica

Panju AA; JAMA 1998; 280: 1256-63

Dor torácica

Cardíaca Não-cardíaca

Isquêmica Não-isquêmicaGastro-

esofageana Não-Gastroesofageana

Anginaestável

Anginainstável

Infarto agudo do miocárdio

Refluxo Gastro-

esofageano

Espasmo esofageano

Úlcera péptica

Dissecção aguda da Aorta

Pneumotórax Embolia Pulmonar Músculo-esquelética

Pericardite Valvular

Psico-emocional

Não gastro-esofageana

Page 14: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável

– Dor ou desconforto em região anterior do tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores;

– Desequilíbrio entre aporte e consumo de oxigênio miocárdico;

– Fatores desencadeantes: situações de isquemia miocárdica transitória como esforço físico, estresse emocional, frio ou descompensação de IC

– Fatores atenuantes: repouso, nitratos;– Comportamento predizível e reprodutível

Page 15: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: Semiologia da DT

• Constritiva, opressiva, em aperto, em peso, opressiva, como desconforto, queimação ou pontada

• Início súbito, aumentando em 2 – 3 minutos; raramente intensa desde o início;

• Localização precordial, retroesternal, ombro, epigástrio, cervical, hemotórax ou dorso

• Irradiação MS (D, E, ambos), ombro, mandíbula, pescoço, dorso ou epigástrio

• DURAÇÃO: não deve exceder alguns minutos• Periodicidade: diária, semanal, mensal• Fatores desencadeantes: físico, sexual, posicional, alimentação,

respiração, emocional. Espontânea, noturna• Estratificação da gravidade, etiologia, instabilização (A. Instável)

Page 16: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Class ificação C l ín ica da Dor Torác ica

Angina Típica (definitiva)• desconforto torácico retroesternal• provocado p/ esforço ou estresse emocional• alivia com repouso/nitrato SL

Angina Atípica (provável)• reúne 2 características

Dor Torácica não Cardíaca• reúne 0/1 das características de angina típica

Page 17: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

DOR A: DEFINITIVAMENTE ANGINOSA

INDEPENDE DOS EXAMES COMPLEMENTARES

DOR B: PROVAVELMENTE ANGINOSA

EXAMES PARA CONFIRMAÇÃO

DOR C: PROVAVELMENTE NÃO ANGINOSA

EXAMES PARA EXCLUSÃO

DOR D: DEFINITIVAMENTE NÃO ANGINOSA

NÃO INCLUE ICA

Dor Torácica (DT)

A / B / C / D

Page 18: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: Classificação FuncionalSociedade Canadense de Cardiologia

C l a s s e IAtividades físicas habituais (caminhar, subir escadas, etc) não causam

sintomas. Angina ocorre aos esforços extremos, rápidos ou prolongados no trabalho ou recreação. (7 METS)

C l a s s e I ILigeira limitação da atividade física. Angina ocorre ao caminhar ou subir

escadas rapidamente, subir morros, caminhar ou subir escadas após refeições, no frio, contra o vento ou sob estresse emocional. Angina que ocorre ao caminhar mais de 2 quarteirões no plano ou subir mais de 1 andar no passo normal e em condições normais. (5 METS)

C l a s s e I I IAcentuada limitação da atividade física. Angina ocorre ao caminhar 1 ou 2

quarteirões no plano ou subir 1 lance de escadas no passo normal e em condições normais. (2 METS)

C l a s s e I VIncapacidade para exercer qualquer atividade física sem desconforto.

Angina pode ocorrer em repouso.

Page 19: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: MÉTODOS DIAGNÓSTICOS

Avaliação Clínica Eletrocardiograma Laboratório Radiografia de tórax Teste Ergométrico Eco de repouso

ECG Contínuo (Holter) Eco estresse Cintilografia RNM /TC Coronariografia

Page 20: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

ANGINA ESTÁVEL: Aval iação Inic ial• Hemograma, glicemia jejum, hemoglobina glicosilada• Perfil lipídico, uréia, creatinina• Proteína C-Reativa US: Framingham intermediário

C l a s s e I• ECG repouso (NE: B)• ECG repouso durante angina (NE: B)• Radiografia tórax: suspeita de ICC, valvular, pericárdio,

dissecção ou aneurisma aorta (NE: B)C l a s s e I I a

• Radiografia de tórax em pc suspeita dç pulmonar (NE: B)C l a s s e I I b

• Radiografia de torax em todos pacientes (NE: C)• Tomografia computadorizada (NE: B)

Page 21: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Grundy et al. Circulation 2004;110:227-39

Calcula o risco absolutode Infarto ou Morte por DAC em 10 anos

Escore de Risco de Framingham

Indivíduos Assintomáticos

ALTO

BAIXO

MÉDIO

< 10%

< 10-20%

> 20%Risco

Page 22: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Probabilidade Pré-Teste de DAC- pacientes sintomáticos -

[baixo vs alto risco (sem ou com DM/tabagismo/dislipidemia)]

Duke – Ann Intern Med 93;118:81 JACC 99;33:2092

Idade

Dor não-Anginosa

AnginaAtípica

AnginaTípica

fem masc fem masc fem masc

35 1-19 3-35 2-39 8-59 10-78 30-88

45 2-22 9-47 5-43 21-70 20-79 51-92

55 4-25 23-59 10-47 45-79 38-82 80-95

65 9-29 49-69 20-51 71-86 56-84 93-97

Page 23: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

R. Esporcatte

Page 24: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável:ELETROCARDIOGRAMA

• Normal em 50 % dos pacientes estáveis.

• Mais comum: alt. inespecíficas de ST-T, com ou sem infarto prévio.

• Diferenciar de alterações por HVE, eletrólitos, acidose ou alcalose, drogas, AVC, embolia pulmonar, miopericardite, etc.

• Nos pacientes com DAC as alt. de ST-T correlacionam-se com a gravidade da doença (nº de vasos, disfunção).

• Distúrbios de condução (BRE, HBAE): disfunção VE

26

Page 25: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Teste Ergométrico: Probabi l idade Pré-Teste

Probabilidade pré-teste de DAC vs Valor preditivo

1. Baixa probabilidade (5%): VPP = 21% elevado número de falsos

positivos

2. Alta probabilidade (90%):

– TE positivo aumenta probabilidade para 98%

– TE negativo reduz para 83%

3. Intermediária (50%):

– TE Positivo aumenta probabilidade para 83%

– TE negativo reduz para 36%

Page 26: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Teste Ergométrico : DIAGNÓSTICO

Grau de recomendação I, nível de evidência B

• Pacientes com probabilidade intermediária pré-teste

de ter obstrução coronariana, baseada na idade,

sexo e sintomas

Page 27: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Teste Ergométrico: PROGNÓSTICOAngina de Alto R isco

Baixa capacidade funcional <4 Mets ou ST em baixa carga ST 1,0 mm (1º Estágio ) ST em múltiplas derivações ST > 5 min (recuperação ) Déficit cronotrópico Resposta pressórica inadequada Arritmias ventriculares + ST + Dor

Page 28: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável:Ecocardiograma transtorácico em repouso

Alterações e contratilidade e relaxamento. Baixa especificidadeClasse I:

–SS sugestivo de estenose aórtica ou CM Hipertrófica (NE: C)–Durante episódio de angina ou até 30 min após, para detecção de anormalidade da contratilidade segmentar de VE (NE: C)

Classe IIa: –nenhuma

Classe IIb:–Click e ou sopro com suspeita de prolapso mitral (NE: C)

Classe III:Pc com ECG normal, sem história de IAM e sem sinais ou sintomas sugestivos de IC, dç valvular ou CM hipertrófica (NE: C)

Page 29: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: Ecocardiografia de Estresse

Estresse Físico ou Farmacológico (dipiridamol ou dobutamina)

Avaliação diagnóstica e prognóstica

Útil quando ECG em repouso alterado

Avaliação de viabilidade miocárdica

Avaliação de função sistólica e diastólica

Superior à cintilografia na presença de bloqueio de ramo,

hipertrofia ventricular e obesidade

Alto valor preditivo em pacientes com dor torácica atípica

Page 30: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

R. Esporcatte

Page 31: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: Cintilografia Miocárdica

Page 32: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Ressonância Magnética eTomografia Computadorizada por Múltiplos Detectores

Não devem ser utilizados em pac com baixa ou alta probabilidade

RNM: Excelente avaliação de extensão de fibrose e viabilidade

miocárdica Útil na avaliação de perfusão Não deve ser utilizado na triagem de assintomáticos

TCMD: Escore de cálcio FC = 60 – 70 bpm sem arritmias apnéia Limitada na presença de calcifica intensa

Page 33: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

ANGINA ESTÁVEL: Alto Risco (Óbito ou IM = 3%ano)

1. Disfunção VE grave (FEVE<35%), não explicada outras causas2. Déficit perfusão ≥10% em pac sem IM prévio3. TE com ST 2mm em baixa carga ou persistindo na recuperação, ST

ou TVFV no exercício4. Disf grave induzida por estresse (FE pico esforço <45% ou FE ≥10%)5. Déficit perfusão ≥10% indicando dç multivascular6. Dilatação VE induzida por estresse7. Alteração da contratilidade induzida em envolvendo 2 segmentos ou

leitos coronarianos8. Alteração de contratilidade em baixas doses de dobutamina

(10gkgmin) ou baixa FC (120 bpm)9. Índice CAC >400 U Agatston10.TC com DAC multivascular (≥70%) ou lesão de tronco (≥50%)

Page 34: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

C l a s s e I1. Angina estável CCS III ou IV a despeito do tratamento clínico (B)2. Alto risco em testes não invasivos,independente da angina (B)3. Angina e sobreviventes de parada cardíaca ou arritmia ventricular

grave (B)4. Angina e sinais e sintomas de IC (C)

C l a s s e I I a5. Diagnóstico incerto após testes não-invasivos nos quais o benefício de

um diagnóstico preciso supera os riscos e custos da cine (C)6. Impossibilidade de realização de testes não-invasivos por incapacidade

física, doença ou obesidade (C)7. Profissões de risco que requerem diagnóstico preciso (C)8. Pacientes com informações prognósticas inadequadas após testes não-

invasivos (C)

Angina Estável: Cinecoronariografia

Page 35: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

C l a s s e I I b1. Múltiplas internações por dor torácica em que o diagnóstico definitivo

é julgado necessário (C)

C l a s s e I I I2. Comorbidades significativas, em que o risco da angiografia supera os

benefícios do procedimento (C)3. Angina estável CCS I ou II que responde ao tratamento medicmanetoso

e sem evidências de isquemia em testes não-invasivos (C)4. Preferência por evitar a revascularização

Complicações da cinecoronariografia diagnóstica:• Óbito = 0,12% I. Miocárdio = 0,1% alt neurológicas = 0,1%• Arritmias com CVE = 0,3% Complicações vasc = 1,6% R• Reações vagais = 2,1% Anafilaxia – hipotensão = 0,1%

Angina Estável: Cinecoronariografia

Page 36: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: OBJETIVOS DO TRATAMENTO:

• Eliminar condições que desequilibram a oferta e o consumo de oxigênio

• Impedir a progressão da aterosclerose• Reduzir os eventos relacionados à doença

coronária• Reduzir os sintomas e a ocorrência de isquemia

miocárdica (qualidade de vida)• Prevenir o infarto do miocárdio e reduzir a

mortalidade

Page 37: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Redução dos Fatores de Risco• Dieta • Modificação do estilo de vida• Hipertensão• Tabagismo• Dislipidemias • Diabetes

Page 38: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Estável: TRATAMENTO

PREVENÇÃO DO INFARTO E

REDUÇÃO DA MORTALIDADE

• ANTIAGREGANTES PLAQ• AGENTES

HIPOLIPEMIANTES• BETABLOQUEADORES• IECA e ARA-2

REDUÇÃO DOS SINTOMAS EDA ISQUEMIA MIOCÁRDICA

• BETABLOQUEADORES• ANT CANAIS DE CÁLCIO• NITRATOS• DROGAS DE AÇÃO

METABÓLICA

Page 39: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

TratamentoPrevenção do Infarto

• Agentes antiplaquetários−ASPIRINA

• Inibição da enzima ciclooxigenase – bloqueio da síntese de tromboxano A2

• Dose: 75 a 325 mg.• Usar Aspirina em todos os pacientes se não

houver contra indicação • Indicação – I• Nível de Evidência – A

Page 40: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

• Agentes Antiplaquetários−CLOPIDOGREL

• Bloqueadores dos receptores plaquetários de adenosina difosfato. Reduz níveis de fibrinogênio e bloqueia parcialmente receptores de glicoproteína IIb/IIIa

• Dose: 75 mg.• Indicação – I • Nível de evidência – B

• Quando houver contra indicação à Aspirina

TratamentoPrevenção do Infarto

Page 41: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

• Terapêutica de redução dos níveis lipídicos – Agentes hipolipemiantes (estatinas)−As taxas de mortalidade cardiovascular

aumentam com valores elevados de colesterol sérico total e LDL-C, e o impacto dos valores lipídicos é significativamente maior em pacientes com DAC preexistente do que em pacientes sem doença isquêmica

−Metas:• Colesterol Total < 200 mg/dl• LDL-C < 100 mg/dl• HDL-C > 40 mg/dl• triglicerídeos < 150 mg/dl• VLDL-C < 30 mg/dl

TratamentoPrevenção do Infarto

Page 42: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

DAC e Beta BloqueadoresMecan i smo de ação

1. Redução da demanda miocárdica de oxigênio2. Inibe a estimulação simpática – reduz a freqüência

cardíaca e a contratilidade3. Reduz a pressão arterial – tensão parietal do ventrículo

Bene f í c io s1. Melhora da capacidade funcional2. Redução da depressão do segmento ST induzida pelo

esforço3. Redução da freqüência e da intensidade dos episódios

anginosos4. Redução da utilização de nitrato

Page 43: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

DAC e Beta Bloqueadores

• Propranolol – VO – 120 a 240 mg 3 a 4 x dia

• Atenolol – VO – 25 a 250 mg 1 a 2 x dia• Metoprolol – VO – 50 a 400 mg 2 a 3 x

dia−Pacientes com DAC e infarto prévio

• Recomendação – I• Nível de Evidência – A

−Pacientes com DAC e sem infarto prévio• Recomendação – I • Nível de Evidência – B

Page 44: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

• Antagonistas dos canais de cálcio−Na presença de contra-indicação aos

BB nos pacientes com isquemia contínua ou recorrente (não dihidropiridínicos) sem disfunção VE grave (I-B)

−Isquemia refratária ao Beta-bloqueador e ao nitrato (não dihidropiridínicos de longa ação) (IIa-C)

TratamentoRedução Sintomas e Isquemia

Page 45: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Antagonistas dos canais de cálcio

TratamentoRedução Sintomas e Isquemia

60

Diltiazem Verapamil Diidropiridinas

Freq. Cardíaca -

Contratilidade -

Condução Nodal -

Vasodil. Periférica

Page 46: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

• Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina−Melhora da perfusão sub-endocárdica −Estabilização das placas−Diminuição de eventos isquêmicos−Diminuição da mortalidade

• Na DAC com disfunção ventricular, insuficiência cardíaca e ou diabetes – I / A

• Utilização de rotina – IIa / B

DAC e IECA (ou BRA)

Page 47: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

• Nitratos−Em crise de angina usar forma sub-lingual ou

spray (início de ação 1 a 3 minutos duração 30 a 45 minutos), recomendação – I, nível de evidência – C

−Preparações via oral de ação prolongada em pacientes sintomáticos em associação com beta bloqueadores, recomendação – I, nível de evidência – C

−Monoterapia na intolerância ao beta bloqueio, recomendação – IIa, nível de evidência – B

TratamentoRedução Sintomas e Isquemia

Page 48: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Nitratos Via Dosagem/posologia Efeito(h)

Dinitrato de SL 2,5 a 5 mg/sl 1 a 2 isossorbida VO 10 a 40 mg/ 10 a 40 mg 2 x dia 3 a 4

Propatilnitrato SL 10 mg/sl 1 a 2 VO 10 mg/ 10 a 20 mg 2 x dia 3 a 4

5-mononitrato de VO 20 a 40 mg/ 20 a 40 mg 2 x dia 8 a 10isossorbida

Nitroglicerina spray 0,4 a 0,8 mg/sn 1 transdérmica 10 mg/ 1 x dia 24

TratamentoRedução Sintomas e Isquemia

Page 49: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Síndromes Coronarianas Agudas

SCA sem supradesnivelamento de STAngina Instável – IAM sem supra

66

Page 50: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Troponina elevada Troponina elevada ou não

SCA COM elevaçãopersistente de ST

SCA SEM elevaçãopersistente de ST

Page 51: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

anginapré-infarto angina em

crescendo

insuficiência coronariana

aguda

síndromeintermediária

angina derecenteinício

anginaprogressiva

angina derepouso

ANGINAINSTÁVEL

ANGINAINSTÁVELIAM não Q

SCASEM

SUPRA ST

Page 52: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

SCAssST: Causas Trombo ou tromboembolismo, geralmente proveniente de placa

rota ou com erosão Trombo oclusivo, geralmente com vasos colaterais Trombo sub-oclusivo em placa pré-existente Tromboembolismo microvascular distal devido a trombo

associado a placa Obstrução dinâmica (espasmo ou vasoconstricção coronariana)

de vasos epicárdicos e/ou microvascular Obstrução mecânica progressiva ao fluxo coronariano Inflamação arterial coronariana Angina instável secundária Dissecção coronariana

Page 53: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Angina Instável: Pr incipais Apresentações

Angina de Repouso

Angina ocorrendo em repouso e prolongada, geralmente >20 min

Angina de Início Recente Angina de início recente, com intensidade CCS ≥3

Angina em crescendo

Angina prévia que tornou-se distintamente mais frequente, mais duradoura ou com menor limiar (aumento de classe funcional, pelo menos CCS 3)

Page 54: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Arq Bras Cardiol 2007;89:e89

Page 55: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Arq Bras Cardiol 2007;89:e89

Page 56: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Arq Bras Cardiol 2007;89:e89

Page 57: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Diagnóstico Clínico

A) HISTÓRIA CLÍNICARelato de dor precordial e equivalentes

B) ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO• História familiar (DAC, HAS, DM)• Hipertensão arterial sistêmica• Diabetes Mellitus• Tabagismo• Estresse• Dislipidemias• Sedentarismo • Alcoolismo• DAC / Intervenções prévias / Aterosclerose

EXAME

FÍSICO

Síndrome Coronariana Aguda

Page 58: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

SCA: Exame físico direcionado1. Vias aéreas, respiração e circulação;2. Sinais vitais, observação geral;3. Turgência jugular;4. Estertoração pulmonar;5. Hipoperfusão sistêmica (frio, palidez,

sudorese fria e pegajosa, agitação, desorientação, etc)

6. Sopros cardíacos e galopes;7. Ausência de pulsos;8. AVC.

Page 59: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

TnI

ActinaTropomiosina

TnC TnT

Mioglobina

Actina,Miosina

Troponina

LDH

CK, AST

Page 60: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Marcadores de Necrose Miocárd icaIn far to Agudo do Miocárdio

cTnI ou cTnT >percentil 99 em pelo menos 1 medida nas 24 h iniciais

CK-MB (preferencial/ CK-MB massa) >percentil 99 em pelo menos 2 medidas sucessivas, OU excedendo 2 vezes o limite nas horas iniciais

Valores de CK e CK-MB devem fazer “curva” Na ausência de CK-MB ou Troponina, a CK total

“pode” ser utilizada (> 2 X limite)

Page 61: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Marcadores de Necrose Miocárdica

MIO

CK LDH

CK-MB

TncI

TncT

Page 62: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

IMSEM

O n d a Q

IMCOM

O n d a Q

AnginaInstável

IM sem supra ST

Síndrome Coronariana Aguda

Com Elevação STSem Elevação ST

DOR TORÁCICA

Page 63: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 64: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Isquemia Miocárdica e Onda T

Fase inicial de oclusão coronariana agudaOnda T hiperaguda, apiculadaOclusão de DA

Page 65: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Sí nd rome Coronar i an a Agu da

Page 66: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

semdor

comdor

Page 67: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Avaliação Diagnóstica da Dor Torácica na Unidade de Emergência

Protocolo de Dor Torácica Rx de tóraxTC de tórax

Rx de tóraxEndoscopia

Dor Torác ica Potencia lmente Fata l

SCAPneumotórax Ruptura

de EsôfagoAortopatias

AgudasEmbolia

Pulmonar

Page 68: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

S U S P E I TA C L Í N I C A D ES Í N D R O M E C O R O N A R I A N A A G U D A

ALTA / MODERADAPROBABILIDADE

BAIXAPROBABILIDADE

ECGSUPRA/BRE

ECG INFRA / INV Tou MNM positivo

ECG NORMAL / INESPe MNM negativo

ROTA 1

CATimediato

HistóriaExame FísicoTn I (0 e 6h)ECG (0 e 6h)

ROTA 2invasiva

CATprogramado

positiva negativa

ALTA HOSPITALAR

ROTA 2conservadora

ECO estresse ou Cintilografia

ROTA 3

Teste Ergométrico

ADMISSÃO HOSPITALAR

positivonegativo

Limitação p/ TE

ECO estresse Cintilografia

ou TC coronária

positivanegativa

ADMISSÃO HOSPITALAR

Page 69: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Síndrome Coronariana Aguda

Com Elevação STSem Elevação ST

DOR TORÁCICA

Reperfusão

Invasiva Conservadora

Estratificação

Page 70: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

92SOCERJ 2000

SCA sem Supra de ST: ALTO RISCO de Eventos

3 fatores de risco Idade mais avançada Angina de repouso, contínua, prolongada ou

repetitiva Angina pós-infarto Revascularização miocárdica prévia Terapia anti-isquêmica prévia intensiva Desvio ST 1 mm ou dinâmico CK-MB, Troponina T ou I Proteína C-reativa Arritmias ventriculares Instabilidade hemodinâmica

Page 71: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

E C G

S T N O R M A LT N e g S T

TROPONINA

I A M c s S T A l to R i s c o B a i xo R i s c o

+ - Admissão / 6 - 12 h

SCA: Tomada de Dec isão In ic ia l

Page 72: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

IM prévio, RMC, ACTP, HNF (24h) e ICC: não-preditivos

S C A s s S T: Í n d i c e d e R i s c o T I M I

Idade 65 anos 3 Fatores de Risco Estenose coronariana

50% (prévia)

Desvio de ST 2 episódios (24 h) Uso de AAS (7 dias) Marcadores elevados

JAMA 2000;284:835

Óbito / IM /Isq. Recorrente (14 dias)

0-1 2 3 4 5 6 - 7

Page 73: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Killip P PAS (mmHg) P FC

(bpm) P Idade P

I 0 80 58 50 0 30 0

II 20 80-89 53 50-69 3 30-39 8

III 39 100-119 43 70-89 9 40-49 25

IV 59 120-139 34 90-109 15 50-59 41

140-159 24 110-149 24 60-69 58

160-199 10 150-199 38 70-79 75

200 0 200 46 80-89 91

90 100Creatinina mg/dL P

0-0,39 1 Parada Cardíaca Admissão 390,40-0,79 40,80-1,19 7 Desnível ST 281,20-1,59 101,60-1,99 13 Elevação MNM 142,00-3,99 21

>4,0 28

E s c o r e d e R i s c o G R A C E

Page 74: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

http://www.outcomes-umassmed.org/grace

E s c o r e d e R i s c o G R A C E

Page 75: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

E s c o r e d e R i s c o G R A C E

Categoria de Risco Escore GRACE Mortalidade (%)

hospitalar

Baixa ≤108 <1

Intermediária 109 - 140 1 - 3

Alta 140 >3

6 m pós-alta

Baixa ≤88 <3

Intermediária 89 - 118 3 - 8

Alta 118 >8

Page 76: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

SCA sem supradesnível de STA B C D E

A• Anti-isquêmicos • Antiplaquetários• Anticoagulantes • Anti-SRAA

– Inib. da ECA– Bloq. recep Ang

B• Betabloqueador • Blood Pressure (PA)

C• Colesterol (LDL~70 mg/dL) • Cigarro

D• Diabetes (HbA1C <7%)• Dieta

E• Exercício• Estratificação

Page 77: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

SCAssST: Terapia Anti-isquêmica CLASSE I

100

1. Repouso cama/cadeira com ECG contínuo2. O2 suplementar se SaO2 <90%3. Nitrato SL (3x) NTG IV (<48h)4. Betabloqueador IV/VO iniciar 24 h5. Bloq canais de cálcio não dihidrop, se beta bloq CI6. IECA (24h) se congestão pulmonar, FE ≤40%7. BRA (intolerante IECA)

Page 78: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

EHJ 2009;30:1964

Page 79: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

104Lewis e col N Engl J Med 83;309:396 / Cairns e col N Engl J Med 85;313:1369Theroux e col N Engl J Med 88;319:1105. RISC Group Lancet. 1990;336:827.

AAS NA ANGINA INSTÁVELÓBITO/IM

*P=.0005

N = 178

10.1

5*

279

*P=.012

276

12.9

6.2*

118

*P=.008

121

11.9

3.3*

397

*P<.0001

399

17.1

6.5*

Placebo AAS

% d

e Pa

cien

tes

155

Page 80: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 81: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

106

Objetivo Principal:Óbito CV / IM / AVC

Clopidogrel in Unstable angina to prevent Recurrent EventsCURE

0 3 6 9 12 meses

CLOPIDOGREL

PLACEBO 11,4%

9,3%

RR = 0,80 (0,72 – 0,90)P < 0,001

NEJM 01;345:494

Page 82: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

T I E N O P I R I D Í N I C O S

Page 83: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 84: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

S C A s s S T - C L A S S E I

E s t r a t é g i a N E

Em pac com suspeita de SCAssST, diagnóstico e estratificação de risco isquêmico/hemorrágico deve ser baseada na combinação de história clínica, sintomas, exame físico, ECG (repetido ou por monitor de ST contínuo) e biomarcadores

A

Pac com SCA devem ser admitidos preferencialmente em unidades dedicadas a dor torácica ou unidades coronarianas C Recomenda-se utilizar escores de risco estabelecidos para prognóstico e hemorragia (p.ex. GRACE, CRUSADE) B ECG (12 der) deve ser obtido em 10 min após contato médico e analisado imediatamente por médico experiente. Deve ser repetido em caso de recorrência, após 6-9 h e 24 h, e antes da alta hospitalar

B

Derivações adicionais (V3R, V4R, V7-9) são recomendadas quando derivações de rotina são inconclusivas

C

Page 85: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

S C A s s S T - C L A S S E IE s t r a t é g i a A n t i p l a q u e t á r i a N E

AAS para todos sem contraindicações em DA = 150 – 300 mg e DM = 75 – 100 mg a longo prazo, independente da estratégia de tratamento. A

Ticagrelor (DA 180 mg; DM 90 mg x 2) para todos pacientes de risco de eventos isquêmicos moderado a elevado (ex: cTn elevada), independente da estratégia inicial de tratamento e incluindo pt pré-tratados com clopidogrel

B

Prasugrel (DA 60 mg; DM 10 mg) é recomendado, especialmente em diabéticos, com anatomia coronariana conhecida e prosseguindo à ICP, a menos que haja alto risco hemorrágico ou outra contraindicações.

B

Clopidogrel (DA 300 mg; DM 75 mg) para pt que não possam receber ticagrelor ou prasugrel A Clopidogrel em DA 600 mg (ou dose suplementar 300 mg na ICP após a dose inicial de 300 mg) é recomendada para pt programados para ICP qdo ticagrelor ou prasugrel não são opção

B

Page 86: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 87: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

115

1. Anticorpo monoclonal: Abciximab (c7E3) (ReoPro®)

2. Mimético heptapeptídeo sintético: Eptifibatide (Integrilin®)

3. Mimético não-peptídeo sintético:

• uso venoso: Tirofiban (Aggrastat®), Lamifiban

• uso oral: Sibrafiban, Orbofiban, Xemilofiban,

Roxifiban, Fradafiban,

Lefradafiban

• uso venoso e oral: RPR 109891 (Klerval)

Antagonistas da Integrina Glicoproteína IIb/IIIa

Page 88: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

C L A S S E I I I

D r o g a N E

Sem benefício: Abciximab se angio não planejada iGPIIb/IIIa (upstream) para baixo risco isquêmico ou alto risco

hemorrágico, em uso de AAS e clopidogrelA

Com dano: uso de prasugrel se HPP de AVC/AIT B

Page 89: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Ant ip laquetár ios na Revascular i zação Miocárd ica

S C A c s S T

D r o g a C R N E

AAS I B

Clopidogrel (com DA 600 mg asap) I C

Prasugrel I B

Ticagrelor I B

iGPIIb/IIIa (com grande carga trombótica intracoronariana)

Abciximab IIa AEptifibatide IIa B

Tirofiban IIb B iGPIIb/IIIa (upstream) III B

Page 90: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Anti-trombínicos na SCAssST Sumár io das recomendações e ev idênc ias

Recomendação Classe I• Uso de HNF em todos os pacientes (NE: A).• Uso de HBPM em todos os pacientes (NE: A).

Recomendação IIa• Uso de enoxaparina preferencialmente à HNF, a não ser que RMC

esteja planejada para as próximas 24 horas (NE: A).• Não realizar uso alternado ou concomitante de HNF e HBPM (NE: B).

Arq Bras Cardiol 2007;89:e89

Page 91: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

S C A s s S T - A N T I C O A G U L A N T E SC L A S S E I N E

Anticoagulação é recomendada para todos pacientes em associação com terapia antiplaquetária A

ACO selecionada de acordo com risco isquêmico e hemorrágico e de acordo com o perfil eficácia- segurança da droga escolhida C

Fondaparinux (2,5 mg SC/d) é recomendada como perfil eficácia- segurança mais favorável A

Se usar fondaparinux, fazer bolus único de HNF (85 UI ajustado ao TCA ou 60 UI se associado ao iGPIIbIIIa) na ICP B

Enoxaparina (1 mg/kg c12h) é recomendado se fondaparinux não disponível B

Se fondaparinux ou enoxaparina não disponível, usar HNF (PTTa alvo 50-70 seg ou outra HBPM C

ESC 2011

Page 92: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

SCA sem elevação ST

Estratégia Invasiva vs Conservadora

Page 93: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

137

0 1 2 3 4 5 6Tempo (m)

0

4

8

12

16

20

% P

acie

ntes

CONSINV

RC = 0,78IC 95% (0,62- 0,97)

p=0,025

19.4%

15.9%

Objetivos Primários

Óbito, Infarto do Miocárdio, Rehosp por SCA em 6 m

Page 94: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

138

CONS INV

Troponina T: Obj 1o (6 m)

“corte” TnT = 0.01 ng/ml (54% c/ TnT +)

RC=0,52*p<0,001

InteraçãoP<0,001

p=NS

*

N=414 N=396 N=463 N=495

Óbito, Infarto do Miocárdio, Rehosp por SCA em 6 m

Page 95: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

139

11,8

20,3

30,6

12,816,1

19,5

05

101520253035

Baixo 0-2 Intermed. 3-4 Alto 5-7

Óbi

to/IM

/reho

sp S

CA

(%)

CONS

TIMI Risk Score: Obj 1º (6 m)

% de Pac.: 25% 60% 15%

INV

RC=0.75IC (0.57, 1.00)

RC=0.55IC (0.33, 0.91)

Page 96: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

S C A s s S T: r e c o m e n d a ç õ e s p a ra C ATA p r e s e n t a ç ã o C R N EE s t r a t é g i a i n v a s i v a está indicada em: GRACE >140 ou pelo menos 1 critério de alto risco Sintomas recorrentes Isquemia induzível em teste provocativo

I A

E s t r a t é g i a i n v a s i v a p r e c o c e ( < 2 4 h ) está indicada em: GRACE >140 múltiplos critérios de alto risco

I A

E s t r a t é g i a i n v a s i v a t a r d i a (dentro de 72h) está indicada: GRACE <140 ausência de múltiplos critérios de alto risco

Na presença de sintomas recorrentes ou isquemia indutívelI A

Estratégia invasiva NÃO deve ser feita em: baixo risco alto risco para diagnóstico invasivo ou intervenção

III A

Pac em alto risco isquêmico (angina refratária, IC, arritmias ou instabilidade hemodinâmica) devem ser considerados para CAT de emergência (<2h)

IIa C

Page 97: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico
Page 98: Doença Arterial Coronariana: Fisiopatologia Angina Estável e Instável Roberto Esporcatte Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJ Coordenador Médico

Doença Arterial Coronariana:

Fisiopatologia

Angina Estável e InstávelRoberto Esporcatte

Professor Adjunto de Cardiologia - FCM-UERJCoordenador Médico Unidade Coronariana - Hospital Pró-

Cardíaco

2013