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DOENÇAS IMUNOPREVINÍVEISAutor: Professora Erica SIMPIONATO DE PAULA
Sarampo
É uma doença infecciosa aguda, contagiosa, causada pelo vírus do sarampo.
0 sarampo é uma das principais causas de óbito em crianças menores de dois
anos devido as complicações da doença como broncopneumonia, pneumonia,
laringite, gastroenterite e meningoencefalite.
Transmissão: Os homens e os macacos são os únicos animais que abrigam
naturalmente esse vírus. Gotículas da respiração e mesmo o ar com o vírus ainda
vivo são responsáveis pela disseminação da doença.
O período de contaminação se inicia 3 a 4 dias antes e vai até 4 a 5 dias após o
surgimento das lesões da pele (rash cutâneo). O tempo que leva entre a
contaminação e o aparecimento dos sintomas (período de incubação) é em média
2 semanas.
Manifestações: Febre muito alta, tosse intensa, coriza, conjuntivite e exantema
máculo-papular (pele com placas ásperas avermelhadas). O exame interno da
bochecha permite identificar pequenos pontos branco-amarelados (enantema de
Koplick) que confirma o diagnóstico.
Tratamento: Na maioria das vezes o tratamento é voltado para diminuir os
sintomas como febre e tosse, ou para combater alguma complicação quando
antibióticos são usados.
Prognóstico: O sarampo é certamente a mais grave das chamadas doenças
comuns da infância: complicações graves e morte ocorrem em até 3/1000 casos.
Difteria
Também chamada de CRUPE - é uma doença infectocontagiosa causada
pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae, que provoca
inflamação da mucosa da garganta, do nariz e, às vezes, da traquéia e
dos brônquios.
Transmissão: Todos os casos são de transmissão pela inalação de gotas
expulsas em espirros ou tosse, ou menos freqüentemente através de
objetos.
O período de incubação é de 2 a 5 dias. A C.diphteriae coloniza
inicialmente as tônsilas e a faringe, onde se multiplica desenvolvendo-se
uma pseudomembrana de pus visível. Também pode infectar o nariz, e a
conjuntiva, assim como raramente, feridas noutras localizações. É uma
possibilidade preocupante que a pseudomembrana, bem aderente,
impeça o lúmen do tubo respiratório, levando à asfixia, o que não é raro
em crianças pequenas.
Manifestações: A faringite produz sintomas como dor, febre baixa, tosse, fadiga, dificuldade em deglutir e náuseas. As crianças podem ter febres altas. Os gânglios linfáticos cervicais podem estar edemaciados. A produção da toxina e sua libertação sanguínea levam à morte celular, principalmente nos orgãos de alta perfusão, como fígado, rins, glândulas adreanis, croação e nervos. Sintomas da intoxicação sistêmica podem incluir cardiomiopatia, hipotensão, paralisia de músculos e de nervos sensitivos.
A mortalidade total é de 5-10%, 20% em crianças pequenas.
Diagnóstico: Faz-se por identificação da toxina, através do teste de Elek
Tratamento: Em doentes, administra-se antídoto, que é contituído por anticorpos recombinantes humanos, que inativam a toxina no sangue. São também usados antibióticos, especialmente penicilina e eritrominina, para destruir as bactérias produtoras da toxina.
Coqueluche
É uma doença aguda transmissível, também conhecida como tosse cumprida, é
causada por uma bactéria B. pertussis .
Quando essa doença acomete crianças de menos de seis meses ela é mais
perigosa, pois pode aparecer infecções respiratória, podem ocasionar dificuldade
para se alimentar e para se hidratar.
Transmissão: A B. pertussis é transmitida pela inalação gotas expulsas pela tosse de um doente. As bactérias aderem fortemente ao epitélio ciliado dos brônquios sem invadir as células, permanecendo sempre no lúmen.
Após período de incubação de 10 a 14 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com rinorréia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas. A inflamação dos brônquios, com áreas de necrose, aumenta nesta fase.
Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vômitos.
A pertussis mata 1-2% das crianças com menos de um ano atingidas.
Diagnóstico: feito por cultura em meio artificial de amostras da expectoração, observação microscópica e analise bioquimica.
Tratamento: O tratamento com antibióticos, só é eficaz se administrado durante a fase de catarro.
Poliomielite
É uma doença aguda, transmissível conhecida como paralisia infantil, causada por
vírus denominado poliovírus.
Transmissão: É mais comum em crianças, mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal- oral, alimentos e água contaminada.
O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias.
Manifestações: A infecção é oral e há invasão e multiplicação do tecido linfático da faringe. Ele é daí ingerido e sobrevive ao suco gástrico, invadindo os enterócitos e aí multiplicando-se. As manifestações iniciais são parecidas com as de outras doenças virais, febre, dor de garganta, naúseas, vômitos, dor abdominal.
Em seguida dissemina-se pela corrente sanguíneas. Os mais atingidos são o sistema nervosom cérebro, coração e fígado. A multiplicação nas células do sistema nervoso pode ocasionar a destruição de neurônios motores, o que resulta em paralisia flácida dos músculos por eles inervados.
Diagnóstico: é por detecção do seu DNA com PCR ou isolamento e observação com microscópio electrónico do virus de fluídos corporais.
A poliomielite não tem tratamento específico.
Tuberculose-
Doença infecciosa, geralmente crônica, causada pelo bacilo de Kock que se
instala nos pulmões, mas pode se localizar em outros órgãos, como nas
meninges, nos ossos, nos olhos e na pele, etc.
Transmissão: A tuberculose se dissemina através de gotículas no ar que são expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirram, falam ou cantam. Só 10% dos pacientes com tuberculose infecciosa evoluem para o quadro da doença - uma percentagem bem reduzido.
A infecção por tuberculose se inicia quando o bacilo atinge os alvéolos pulmonares e pode se espalhar para os nódulos linfáticos e daí, através da corrente sanguínea para tecidos mais distantes onde a doença pode se desenvolver: a parte superior dos pulomões, os rins, o cérebro e os ossos.A resposta imunológica do organismo mata a maioria dos bacilos, levando à formação de um granuloma.
A tuberculose afeta principalmente os pulmões (75% ou mais) e é chamada de tuberculose pulmonar.
Manifestações: Os sintomas incluem tosse prolongada com duração de mais de três semanas, dor no peito e hemoptise. Outros sintomas incluem febre, calafrios, suores noturnos, perda de apetite e de peso, e cansaço fácil.
Outros locais do corpo que são afetados incluem a pleura, o SNC (meninges), o sistema linfático, o sistema genitourinário, ossos e articulações, ou pode ser disseminada pelo corpo.
Diagnóstico: Inclui um histórico médico, um exame físico, o teste subcutâneo de Mantoux, um raio-x do tórax e estudo sob microscópio e culturas microbiológicas.
Tratamento: Os tratamentos mais recentes para a tuberculose ativa incluem uma combinação de drogas e controle de comunicantes
Tétano
É causada pela neurotoxina que é produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium tetani. Há uma forma de tétano importante e com características próprias - o tétano neonatal.
Eles podem ser encontrados no solo, nos intestinos e fezes de animais.
A contaminação de feridas com esporos leva ao desenvolvimento e multiplicação local de bacilos. E
Não são invasivos e não invadem outros orgãos, permanecendo junto à ferida. Aí formam as suas toxinas, que são responsáveis pela doença e por todos os sintomas.
Manifestações: O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. Eles são provocados pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos prolongados. O primeiro sinal de tétano é o trismus ou seja contracção dos músculos mandibulares, não permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoço, costas, risus sardonicus, dificuldade de deglutição, rigidez muscular do abdome.
Sinais típicos de tétano incluem uma elevação da temperatura corporal de entre 2 a 4°C, diaforese (suor excessivo), aumento da tensão arterial, taquicardia. Os espasmos duram de 3 a 4 semanas, e recuperação completa pode levar meses. Cerca de 30% dos casos são fatais, por asfixia devido a espasmos contínuos do diafragma.
Diagnóstico: Recolhimento de amostras de líquido da ferida rico em toxina e inoculação em animal de laboratório (rato). Observação de sinais de tétano no animal.
Tratamento: A ferida deve ser limpa. É administrado antídoto, um anticorpo que se liga à toxina e inibe a sua função. São também administrados fármacos relaxantes musculares. A penicilina e o metronidazol eliminam as bactérias mas não têm efeito no agente tóxico que elas produzem. Os depressores do sistema nervoso central também são dados, reduzindo a ansiedade e resposta espásmica aos estímulos.
Hepatite B –
É uma doença transmissível causada pelo vírus da hepatite B(VHB). Alguns casos são inaparentes e outros se manifestam de forma fatal e fulminante, com necrose hepática aguda e maciça.
Transmissão: A transmissão é semelhante à da Aids: via sexual, agulhas infectadas ou de mãe para o feto ou recém-nascido. O vírus existe no sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais e leite materno de doentes ou portadores assimtomáticos.
O período de incubação da doença vai de um mês até três meses. Segue-se em 25% dos casos uma hepatite de progressão rápida com episódio agudo caracterizado por icterícia, febre, anorexia, mal estar, coliúria, náuseas e comichão.
Cerca de 75% poderão ser assintomático mas mesmo assim em risco de desenvolvimento de cronicidade.
Manifestações: O HBV infecta e multiplica-se nas células sem as destruir, e maior parte dos danos e sintomas da hepatite que provoca são devidos à resposta citotóxica.
O fígado responde de duas formas à destruição das suas células.
Inicialmente os hepatócitos regeneram o tecido perdido, mas tarde com os danos repetidos inicia-a se também a produção de tecido conjuntivo fibroso pelos fibrócitos.
Com danos contínuos, a capacidade de regeneração dos hepatócitos é insuficiente, e a fibrose torna-se predominante, levando à cirrose hepática com insuficiência hepática devido ao pequeno numero de hepatócitos.
Diagnóstico: São usadas técnicas elaboradas de detecção de antígenos e anticorpos diferentes que surgem em diferentes estágios da doença.
Tratamento: Sintomático
Haemophilus influenzae –
Bactéria que causa graves infecções, como meningite, otite, pneumonia, celulite,
artrite séptica, osteomielite, pericardite, epiglotite e septicemia.
Modo de Transmissão: através de gotículas e secreções nasofaríngeas, durante
o período infectante. O sítio de entrada mais freqüente é a nasofaringe.
Manifestações: Geralmente, o Haemophilus influenzae penetra pelo trato
respiratório e produz uma nasofaringite, freqüentemente acompanhada de febre.
Alcança a corrente sangüínea, originando bacteremias, atingindo as meninges.
Sinais de hipertensão intracraniana, convulsões focais ou generalizadas.
Tratamento: Antibióticos
Rubéola –
É uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade e acomete, principalmente, crianças.
Quando ocorre em gestantes, particularmente no primeiro trimestre da gestação, pode ocasionar abortos, natimortos, que se caracteriza por malformações congênitas.
Transmissão: Através da inalação de gotículas de secreção nasal de pessoas contaminadas que contém o vírus ou via sangüínea, no caso do feto, a partir da mãe grávida.
Manifestações: febre, “rash” cutâneo que dura aproximadamente 3 dias e aumento de gânglios linfáticos.
Diagnóstico: Clínico
Tratamento: Não há tratamento específico antiviral. Poucos pacientes demandam tratamentos sintomáticos, em geral analgésicos comuns controlam as dores articulares e musculares ou febre.
Caxumba- (nome científico parotidite infecciosa, também chamada de papeira).
Doença viral aguda caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares.
Transmissão: É altamente infeccioso. Os vírus são transmitidos por gotas de espirros, tosse, ou por contato direto.
O vírus penetra pela boca e vai até à glândula parótida onde se dá a multiplicação primária, viremia e localização nos testículos, ovários, pâncreas, tireóide, cérebro, próstata, fígado, braço e timo. Nos casos masculinos pode ocorrer orquite, isto é inflamação do testículo e em casos femininos, a ooforite, isto é, inflamação dos ovários. Em alguns casos podem ocorrer meningite, as seqüelas podem ser diminuição da capacidade auditiva e4 esterilidade.
Manifestações: Os sintomas são inchaço das parótidas com dor, febre, dores de cabeça, faringite e dores de testículo em 20% dos casos. Um terço das infecções pelos vírus da caxumba são assintomáticos.
O diagnóstico é pela detecção de anticorpos específicos contra o vírus, ou por imunofluorescência.
Não existe tratamento específico. São indicados repouso, uso de medicamentos analgésicos e observação de possíveis complicações.
Febre amarela
É uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus
A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti.
Manifestações: Dissemina-se pelo sangue. Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares. Náuseas, vômitos e diarreia também surgem por vezes. Mais tarde e após descida da febre, em 15% dos infectados, podem surgir sintomas mais graves, como novamente febre alta, diarréia de mau cheiro, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários orgãos, que são potencialmente mortais.
O diagnóstico é PCR, inoculação de soro sanguineo em culturas celulares
A febre amarela é tratada sintomáticamente, ou seja, são administrados liquidos e transfusões de sangue ou apenas plaquetass caso sejam necessárias.
CONCLUSÃO
Diversas doenças que foram discutidas, atualmente, não encontramos hoje nos serviços de saúde, graças a intensa imunização realizada anteriormente.
Mas ainda muitas desta encontramos com freqüência.
Os profissionais de saúde deve investir suas ações na prevenção de doenças. A imunização é uma das armas que podemos recorrer para esta prevenção
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
www.cve.saude.sp.gov.br
www.opas.org.br