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DOMINGOS MARQUES JUNIOR
MAlKEL BORCHARDT
RODRIGO ZrMERMANN
ESTUDO DOS TEORES DE SAIS DAS AREIAS USADAS PARA
CONSTRU<;:AOCIVIL NA ORLA AO NORTE DA ILHA DE SANTA
CATARINA
Trabalho de Conclusao de Curso aprcscntado comorequisito parcial para obtemy:ao do titulo deEspecialista em Patologia nas Obras Civis daUnivcrsidadc Tuiuti do I)arana.Professor Oricntador: Cesar Hcnrique Daher.
CURlTlBA
2008
RESUMO
Apresenta-se trabalho sabre os possiveis efeitos da contaminayao dos sais namatriz cimcnticia. Ocorrc que as construc;:oes em balncarios aD norte da Ilha de SantaCatarina (ltapema, Meia-Praia, Camboriu, Barra Velha, etc.) usam para agregadomilldo, arcias, em sua maioria proveniente de jazidas situadas em estuarios. Taismananciais pelo efcita da penetrayao de mare, fenomeno normal no baixo estuario,podem cstar contaminando estes agrcgados com altos teores de sais, afctando assim amatriz cimcntfcia, quer scja nas argamassas de rcboco, como no proprio concreto.Foram realizados ensaios em laboratorios de amostms das principais jazidas estuarinaslocais, c ainda pcsquisa em bibliografia rcecnte das patogenias da a~ao de sais comonitTatos, sulfatos c cloretos, abundantes na agua marinha, em compositos a base decimento e ainda os cfeitos acentuados em construc,:oes proximas ao mar, sujeitas anevoa e respingos de sais marinhos. Os resultados das analises laboratoriais dasamostras das areias colhidas revelaram a inconformidade com 0 que preconiza a nonnabrasileira, confinnando que as areias das jazidas pesquisadas devem seT beneficiadascon forme descrito no trabalho, antes do seu uso para constru~ao corrente.
Palavras-chave: ; Areias; Sa is; Jazidas; degrada~ao,Analise espectral.
LISTA DE ILUSTRA<;:OES
Figura I: Deteriorayao dos corpos de prova a base de cal e areia peJos sais 11
Figura 2: Lei da evoluyao dos custos. Lei de Sitter. ... ..18
Figura 3: Curvas da salinidade e do balanyo entre evapora<;iio e precipitatyaonas direrenles latitudes. . 32
Figura 4: Perfil de declividade dos principais rios do Vale do llajai. Os valoresde declividade sao pard 0 Rio Hajai-a~(1e do Oeste.. . 36
Figura 5: Perfil de salinidade do rio Itajai-a,u. (profundidade em metros xdistancia em quilOmetros da cmbocadura) 36
Figura 6: Deteriorayao dos corpos de prova it base de cimento, cal hidratada eareia degradada pelo sulfato .42
Figura 7: Visao gerai dos corpes de pro va a base de cal e areia, apos umasohrecarga de sais higrosc6picos.. . .42
Figura 8: Porto de Areia em Tijucas/SC .45
Figura 9: Porto de Arcia em Camboriu/SC .45
Figura 10: Porto de Areia em llajauSC ... . .... .46
Figura I J: Porto de Areia em Araquari/SC .. . .46
Figura 12: Balsa de extrayao de areia .. . 48
Figura 13: Sistema de classificac;ao de arcia .. . .48
Figura 14: Colela de amostras de areia - Tijucas/SC .49
Figura 15: Coleta de amostras de arcia - AraquarifSC ...
Figura 16: Coleta de amostras de areia de praia - Tijucas/SC ..
Figura 17: Amostras na estufa, aquecimento da ,;gua deionizada e becker tampado ... 51
Figura J 8: Filtragcm das amostras .. . 52
vi
LlSTA DE TABELAS
Tabela I: Agregado Milldo 24
Tabela 2: Agregado Gmlldo 25
Tabcla 3: Limitcs maximos para a expansao dcvida a rcac;:aoalcali-agrcgado etcores de cloretos e sulfatos prcsentes nos agrcgados ." 29
Tabela 4: Quantidade em gramas por litro e a respectiva percentagem dos sais
dissolvidos na agua do mar 30
Tabcla 5: Comparac;:ao da contaminac;:ao entre a agua do mar c a do rio 33
Tabela 6: Mostra-nos com mais pormenores a difercm;a da distribuic;:ao dossolutos sob a fOl1l1a ionic3 33
Tabela 7: Prcssao originada pelo aumcnto de volume de alguns sais ao hidratar-sc .... 38
Tabela 8: Pressao de cristalizayao do Cloreto de S6dio e Sulfato de S6dio 39
Tabela 9: GnlU de sobrecarga dos principais sais higroscopicos 40
Tabcla 10: Distancia da s jazidas e largura da cmbocadura dos rios .. . ..... 47
Tabela II: Resultados das amHises das areias, localizayao das jazidas e asrespectivas redu((oes nas concentra.yoes apos 2 lavagens nasaITIostras.. . 55
LISTA DE CRAFICOS
Grafieo 1: Percentagem dos tcores de cloretos 57
gnifico 2: Pcrccntagcm dos teores de sais soluveis .. . 57
SUM,\RIO
LISTA DE ILUSTRA<;:OES V
LISTA DE GRAF'lCOS V11
INTRODU<;:AO 10
1.1
1.2
PROBLEMA DE PESQUISA ..
OBJETlVQS ..
1.2.1
1.2.2
Oljetivo gera! ...
Oljetivo tecnico ..
. 14
.. 14
. 14
.. 14
......................................... 15
................ 16
1.2.3
1.3
Oljetivos eJpec,jicos ..
HWOTESE ...
1.4 JUSTIFICATIVA.. . 16
j .4.1 Tecl1ologica .. . 16
1.4.2 Ecol1ihllica /7
1.4.3 Ecologica 18
REVISAO BIBLIOGRAFICA 20
2.1 MEIO AMBIENTE MARlNHO.. .. 20
2.2 AOREOADOS.. . 22
2.3 AOUA DO MAR.. .. 30
2.4 CIRCULA<;Ao ESTUARlANA.. . 34
2.5 SALfNIDADEX ARGAMASSAS.. . 37
2.6 NtvEIS DECONTAMINA(:AO 40
METODOLOGIA 44
3.1
3.2
3.3
3.4
PERSPEcnVA DA PESQUISA . ........ .44
POPULACAO E PARTICIPANTES DA PESQUISJ\ 44
PROCESSO DE EXTRACAo DE AREIA .. ................ .47
PROCEDlMEh'TO E TNSTRUMENTOS DE COLETA EANAuSE DE INFORMACOES 49
3.5 ENSAIOS DE LABORATORlO .. . 51
RESULTADOS DAS ANALISES LABORATORIAIS 54
4.1 fu'lJ\LISE DOS RESULTADOS 54
ix
4.2 EXTRAPOLACi\O DA PESQUISA 59
CONSIDERA(:OES FINAIS 61
5.1 RECOMENDACOES PARA TRAOALI-IOS FUTUROS.. . 62
REFERENCIAS 63
GLOSSARIO 67
ANEXOS 69
\0
INTRODU(:AO
o prescote trabalho possui como foeo determinar os teores de sais presente nas
arcias para construyao civil cxtraidas nos estuarios ao Norte da I1ha de Santa Catarina
e usadas em obras nestas orlas.
E vasto 0 conhecimento da cngenharia no que tange ao ataque dos sais no
composito concreto, comprometendo a annadura, quer por penetrayao dos mesmos por
difusao Oll por ja se concentrarem nos materiais que compoem a argamassa. A
bibliogratia sabre () asslinto e extensa e e alva de pesquisa em varios paises. Entretanto
as efeitos na propria argamassa de concreto Oll do ecboeo pDf ataque destes sais e
menos cstudado c possui pOllea bibliografia.
Estudos reccnles de pesquisadores de alglunas universidades (ARENDT
(1995), BEICHEL (1997), NAPPI (1995; 2002) entre oulros) delllonstram que sa is
como nitratos, cioreLOS e sulfatos deformam totalmente as argamassas por
meteriorizayao. Ambientes a beira mar, sujeitos a nevoa salina estfio mais suscetiveis
ao ataque destes sais, diminuindo em muito a vida lltil dos edificios e antecipando
mcdidas corrclivas.
Tal fato c acenhlado quando estes sais, por algurn motivo, ja sc cncontram nos
compos lOSdas argarnassas de cimenlo. A hidralayao des las argamassas com a preSeny3
de sais em alguns de sellS componentes, scgucm tempos diferentes c comprometem a
estanqueidade das ilrgamassas as tomando mais permeaveis e sujeitas a alaques
extcrnos (NAPPI; TONERA (1997a); NAPPI; MATOS (2003)).
II
Em sua tese de doutorado, Nappi (2002), apresenta fotos de corpos de prova
prismaticos de argalllassas de cimento, areia e cal, totalmcllte desagregados, ap6s
cnsaio acclcrado de umidifica9ao c secagcl11 em meio de clorctos c sulfatos,
reproduzindo ao longo dos anos construyoes a beiea mar, sujeitas it atmosfera marinha
(Figura I).
FIGURA 1: DETERJORACAO DOS CORPOS DE PROVA A BASE DE CAL EAREIA PELOS SAIS
Nappi (2002). ainda mostra fOlos da degenerayao em tijolos maciyos
ocasionada pete ataquc de sa is tambem em cnsaios acclerados. A prcocupayao em
construyoes na orla e 0 agravo dos efeitos, quando tambem os materia is possuem
contaminayao por urn au mais de um destcs sais (METRA, 2004).
Alguns destes autores quando definem agregados fazem a seguinte mency3.o:
"agrcgado c todo material inertc". Hi llluito tempo 0 agregado deixou de scr incrtc. 0
agregado graudo, por exemplo, com mincrais alcalis-reativos, atllalmente mllito
estudados sao causadores de verdadeiras endemias (HELENE, 2003).
12
As arcias sende reriradas de jazidas em estuarios, praias e rios sujeitos a
drenagem de aguas servidas de lavouras (nitratos e amenia de fertilizantes), residuos
industrials com rcjcitos quimicos, sais marinhos, etc, sende dificil atualmcntc em
regiOes habitadas, jazidas sem contaminayoes.
Em quase todos os processos quimicos que incorporam sals nas argamassas
(argarnassas de areta e cimento corn areia, cimento e cal) sua durabilidade e afetada, os
fatores que influenciam sao principaimente 0 tnmsporte de ga..'~es,de agua e sa is
agrcssivos solubilizados. A velocidade, extensao c cfeitos de transportc cstao muito
Jigados a estrutura dos poras que contrela a penetray30 de substancias. A hidratay30 da
massa com quantidades excedentes de agua detenninam os fatores de pCTIncabilidadc
que por sua vez interferem nos mecanismos de transporte enos mecanismos das
Iiga'toes quimicas das propriedades das areias e composic;ao quimica dos
aglornerantes.
Em resumo, as propriedades das areias (abstendo-se de se falar da qufmica dos
aglomcrantes ja muito estudados) sua granulometria, a fonna dos gdios e sua
contamina'tao afetam diretamente a hidrala'tao da massa, a evapora9ao de sais, a
penneabilidade e a velocidade de transportc dos agentes agressivos (NAPPI; MATOS,
2003).
Munique; Meira e Lira (2007) apresentam um estudo de como 0 usa de uma
granulometria correta das areias, tambem influeneia a velocidade de penetra'tao de
clorctos nas argamassas.
o uso de agrcgados corretos pode, portanto, mclhorar 0 desempenho das
eslruluras no que se refere a durabilidade. No sentido inverso 0 usa de matcriais mal
escoUlidos, mal dimension ados, e ja contaminados sais, minerais reativos, etc,
antecipam os processos degenerativos, pela ja inclusao de agentes patogenicos e suas
realfoes dcntro da matriz cimcnticia, racilitando 0 caminho para novas agrcssoes vindo
do ambiente extemo.
Pein localizayiio de alguns mananciais de agregados miudos que sao utilizados
para construlfoes de todos os tipos, em cidades da costa de Santa Catarina, acredita-se
que tais extra.yoes pOS3m estar contaminadas com teores de sais aeima das
recomenda.yocs nonnativas, podendo ser a causa ou urna das causas da dcteriora.yao de
grande parte dos rcbocos e concretos da regiao.
Neste trabalho prctende-se aprcsentar os teores de sais prescnte nas arcias
proveniente da extrayao em rio, eonsiderando-se a influencia da mare no local deSla
extrac;ao.
A pesquisa tern como finalidade realizar alguns ensaios laboratoriais nas
jazidas de areia Iocalizadas nas proximidades da embocadura dos Rios Tijucas, Rio
Camboriu, Rio Hajai A.yu c Rio Itapocu situadas no estado de Santa Catarina. Estes
agregados lTIiudos provavelmente estao sujeitos constanlemente a ac;:aodas mares e
suas contaminayoes. Logo, pretendc-sc detenninar a conccntrayao de sais em algumas
amostras e comparando-as com os teores estipulados em nonna e em outros estudos.
14
I.l PROBLEMA DE PESQUISA
Os teores de sais nas arcias nos estuarios dos Rios Tijucas, Camboriu, Hajai
Ayu e Itapocu, provcniente da influcncia de mares esHio dentro dos Iimites estipulados
em norma? Casa nao eslejam, quais as medidas necessarias para 0 usa destas arcias?
1.2 OBJETIVOS
Os objetivos geral, tecnico c cspccifico sao apresentados s seguir:
1.2.1 Objetivo gera!
Deterrninar as caracteristicas das arcias de alguns mananciais, em funyao de
sua localizayao, que abastecem as construc;:ocs ao norte da ilha de Santa Catarina.
1.2.2 Objetivo tecnico
Identificar atraves de pesquisa bibliogrMica as mecanismos de atu3yao dos
sais em ambicntcs marinhos (edificac;:oes do iitoral de Santa Catarina), verificando sua
potcncializayao com 0 usa de agrcgados ffiiudos contaminados (areia de estuarios e
dunas de praia), estudando os efeitos das tensoes desenvolvidas peia sua hidratayao e
15
cristalizac;:ao, de fanna a provar a nccessidadc de bencficiamcnto nos agrcgados acima
menciollados.
1.2.3 Objetivos especificos
A tim de atingir os objetivos gerais propostos, alguns objetivos especificos
devem seT atendidos:
• Conhecer as caracterfsticas das aguas do mar, acentuando-se a distribui9ao
ionica de sells sais;
• Entcnder 0 que e urn estuario e como se processa a penetraryao da cunha salina;
• Revisar os conceitos dos agregados e sua obtenc;:ao;
• Aprofundar os conhccimentos da a930 dos sais em compositos com cimento
(cloretos e sulfatos);
• Reahzar ensaios em areias de algumas jazidas em estmirios e dunas de praia;
• Estabclccer urn paralclo entre % de sais x dimensao da cmbocadura x disdincia
da jazida em relac;:ao ao mar, para lodos os mananciais com as mesmas
caracteristicas;
• Propor bencficiamento na areia para mclhorar SU3S caractcristicas em jazidas
semelhantes.
16
1.3 HIPOTESE
A principal hipotesc 6 que os mananciais de arcia estudados estao
contaminados com sais acima do pennitido em norma, podcndo ocasionar varios
problemas em argamassas de rcboco e concretos.
1.4 JUSTIFICATIVA
Apresenta-se as justificativas em tres tapicos diferentes, sendo cles
tecnol6gico, econ6mico e ecologico.
1.4.1 Tecnologica
A costa de Santa Catarina 6 composta de varios balnearios, com urna grande
atividade construtiva, que aumenta a cada dia. Au longo de sua orla nascem e crescem
varios cspigoes, sepultando de vcz as vilas de pcscadorcs com suas moradias rnais
simples.
o eldorado imobiliario parccc nao tcr tim e nesta correria especulativa nem
semprc as tecnicas construtivas sao preconizadas, levando as obras a processos
degradativos em urn curlo espa,o de lempo. Aercsccntando ainda 0 fato de tais
edifica'(ocs estarcm a bcira do mar, sujcitas ao ambicntc marinho, proximas a rodovias
17
com a vibrayao de utilitarios pcsados c ao alto tnifcgo de veiculos, situayao assim
agravada pela ambiente hosti!.
Urn fato, ainda mais curiosa pode cstar contribuindo para a acclerac;ao de
alguns sinlomas clinicos pes-abca deshls constru~oes, sao as areias lIsadas em todo 0
processo construtivo.
Ocorrc que em todo 0 litoral do cstado, as areias sao retiradas em sua maioria
de estuarios, com mananciais proximos as embocaduras, portanto sujeitas a
contaminac;ao de sais da agua do mar.
Sao tambem utilizadas para reboco devido sua granulometria ideal areia de
dunas. situadas em praias. muitas delas localizadas aioda no estirancio de mare
extrcmamenle contaminadas por clorelos e sulfatos.
Esta realidade motivou a pesquisa, com a coleta de amostras de areias ao
longo de jazidas situadas em estuarios ao norte da ilha de Santa Catarina, com 0 intuito
de se verificar a contamina,(ao das mesmas, e propor algum tipo de beneficiamento a
este agregado antes de seu uso.
1.4.2 Economica
Segundo Sitter (1984), as intcrvcllyoes em estruturas crcseem em projC'(30
geomelrica de raziio cinco, quando IlaO previstas prevcnlivamente na elapa de projeto.
Esta lei significa dizcr que se nao prevennos em projeto, na execu'(ao medidas
preventivas ellstarao 5 vezes mais que na fase de projeto, caso nao tenham side
cxccutadas cstas 111cdidasna cxccu<;:aodo projcto, na manutcn<;:3oprcvcntiva custad
18
25 vczes mais quc na epoca de projeto e assim por diante. A Figura 2 abaixo pcnnitc
uma melhor visualizay30 desta lei.
FIGURA 2: LEI DA EVOLU<;:AO DOS CUSTOS, LEI DE SITTER
Manuten- COITetfva--Z··------ - ---"----------,-------------------------tempo Manutenc;ao preventiva
• - - __ ~ __ ~_ - __ - _. •• __ - -0"'-. 0 • 0 ••
Execuc;lio
Projeto
15 25 125
Fonte: Sitter (1984).
custo relativo
Portanto a adoyao de agregados poueo contaminados, ajudaria a evitar
manutcn<;:3oao longo dos anos, cxc1uindo-sc de ccrta forma da Lei de Sitter.
1.4.3 Ecologica
Para Gross (1977) e Skinner & Turekian (1977), pode-sc concluir que a
movimentalYao estuarina e rica em nutrientes suas invers6es de agua doce e salgada
19
propiciam um tipo de utero marinho onde por difercn~as de densidadc oa mistura de
aguas. os alevinos (larvas de especies marinhas) que vern boiando na agua Olais densa
e decantam quando sc misturam com as aguas menos densas (agua doce). Em outras
palavras em um estmlrio com declividade conSlante oa penetra'rao de mares ffiaximas
(preamares de Iua cheia e nova) levam os alevinos em urn local de turbidez maxima
(onde nao mais existe estratificacy3.o de aguas doces e saJgadas) oode os mesmos
decantam e encontram condiyoes de se criarem.
A cxtralfao de arcias ao lango do estuario e logo no inicio do mesrno acarrcta
descontinuidade na declividade do leila do rio, gerando wna zona de turbidez
antr6pica. fOfyando a decanta((5,o de larvas marinbas oum falso local de procria<;3.o,
eXlerminando as especies quer por nao encontrarem condi<;oes na biodiversidade local
ou por serem dragadas em conjunto com as areias.
Portanto ecoiogicamente tais mananciais deveri am ser escolhidos baseados em
medi<;oes de salinidade, turbidez em pontos aonde nao houvesse estes perigos.
20
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
Neste capitulo serao apresentados alguns conceitos da bibliografia existente
sabre 0 moio ambiente marinho. agregados, agua do mar, circula~ao estuariana,
salinidade x argamassas e niveis de contaminayao.
2.1 MEIO AMBIENTE MARlNHO
o ambiente marinho seguramcnte e um dos mais nocivos as constmyoes. Sua
salinidadc, sua densidade c suas varia~5es de temperatura e corrcntcs constitucm para
o planeta 0 mais importanle sistema de manutenyao da vida, sendo responsavei pOT
uma grande divcrsidadc de ecossistcmas, suportc climatico, atmosfcrico, etc.,
cntTctanto, esle arnbicntc e extTcmamente danoso as obras human as.
A preseruy3 de agcntes agressivos com alta velocidade de ataque, clevido ao
ambiente marinho, a agua salgada e a grande concentra.;;ao de sais, atuam
negativamenle, causando condivoes patogenicas a argamassas e concretos.
Nas rcgiOes de atmosfera marinha a cstrutura reccbe, apcsar de nao estar em
contato com a agua do mar, uma quanti dade razoavel de sais, capazes de produzir
depositos salinas na superficic, onde se produzcm cidos de molhagem c sccagem. Os
ventos podcm carrcgar sais na fanna de particulas s6lidas au como gotas de solw;ao
salina con tendo varios OUlIOS constituintes. A quanti dade de sa is presentes vai
diminuindo em func;:ao da distancia do mar, sofrendo influencia da
direc;:ao dos ventos predominantes. Meira (2004) mediu concentrac;:oes de cloretos a
difcrentes distancia.••da orla e concluiu quc, a partir de 700m da orla, tem-sc lima
reduc;:aosignificativa no ataque provocado pelos ions cloretos.
Nappi (2002), em sua tese de doutorado mostra que nesta regiuo as argamassas
cimenticias sofrem uma grande desagrega/y3o callsando varios problemas de ordem
patogenica:
• Zonas de respingos e a regiao onde ocolTe a aC;:30 direta do mar. devido as oodas
c aos respingos. Os danos mais significativos sao produzidos por corrosa~) das
annaduras pelos ions clorcto e por erosao, dcvido as ondas~
Zona de variayao de mares est;} limitada pelos niveis maximos e minimos
alcanc;:ados pclas mares; dcvido a isso, 0 concreto pode cncontrar-sc scmpre
saturado, dependendo das condic;:oes climatol6gicas e com uma crescente
concentrac;:ao de sais. A degradayao acontccc devido Ii ac;:aodos sais agressivos
(ataque quimico), corrosao de armaduras (devido a presenc;:a de c1oretos). ac;:ao
das oodas e outras substancias em suspcnsao (abrasao) e microorganismos~
• Zona submersa e a regiao onde a estmtura de concreto encontra-se
permanentemente submersa. A degnlda~ao acontece pela ac.:ao de sais
agressivos (sulfato e magnesio) e pela ac;:aode microorganismos, que, em casos
extremos, pode gerar a corrosao biol6gica das annaduras.
A agressividade de cada uma dessas zonas seguem caracteristicas diferenles,
com diferentes velocidades de ataque, porem todas atacam violentamente a pasta de
22
cimento. Reitcra-se aqui que poucos autorcs se preocupam com os danos na matriz
cimenticia, ressaltando apenas as problemas nas annaduras e suas conseqUencias.
Arendt (1995) e Nappi (2002) meneionam a degrada,iio nas argamassas de
reboco e embovo de edificios situados em ambientes marinhos.
A agressividade quimica do ambiente marinho se cleve principalmente aos sais
que se apresentam dissolvidos na agua do mar, quais sejarn: clorcto de sodie, cIaccto
de magnesia, sulfato de magnesio, sulfato de calcio, clarcto de d.lcio, claccto de
potassio, sulfato de potassio c bicarbonato de calcio. Para urn concreto submetido it
avaa da ab'1la do mar, sao prejudiciais, em primeiro lugar, as sais de magnesia e de
sulfato,ja que essa a,ao ocorre em longo prazo (LOPEZ, 1998).
A agressividade do ambiente marinho as eslruturas de concreto deve, assim,
ser dividida em dois aspectos significativamente distintos, com caracterfsticas de
ataques especificos: uma relativa it degraday30 do concreto, pela a~ao dos sais
agressivos; Dutra pelos processos de corrosao das armaduras, devido it presem;a de
ions cloreto e a alta umidadc do ambicnte.
2.2 AGREGADOS
No fim do seculo XIX e inicio do seculo XX, corn 0 desenvolvirnento dos
prirneiros estudos do concreto de cimento Portland, acreditava-se que os agregados
tinham apenas 0 papel de enehimcnto, que embora ocupando de 70% a 80% do
23
volume em concretas convencionais, tratava-sc apenas de um material granular inertc
destinado a baratear 0 custo final de produ~ao do concreto.
Como os agrcgados cram abundantcs, baratos e de boa qualidadc, tornava-sc
filci! acreditar no seu papel secundario. Mas, com 0 incremento no lisa do concreto,
sua aplica~ao em larga escala logo colocou em evidencia 0 seu verdadeiro papel e deu
aos agregados sua real imp0l1ancia tecnica, economica e social. Em anos reccntes, 0
esgotamento das jazidas de agregado natural de boa qualidade perto dos grandes
centros consumidores, 0 aumcnto dos custos de transportc, 0 acirramcnto da
competiyao comercial entre os produtores de concreto e a conscientiz3yaO da
sociedadc, que dcmanda leis de protec;ao ao mcio ambicnte, vicram a contribuir para
um melhor entendimento dessa qllestao.
Os agregados podem ser classificados quanta a sua origem:
• Naturais, encontrados na natureza ja preparados para 0 lISO sem outro
beneficiamento que nao sejam a lavagem (quando for 0 caso, sua classificac;ao
granlliometrica, geraimente, e feita por peneiramento), como, por exemplo, areia de
rio, pedregulho, areia cava, etc.;
• Britados, slIbmetidos a processo de comllnicayao, geralmente por britagem, para
que possam se adequar ao uso como agrcgados para concreLO,como pedra britada,
pedrisco, pcdregulho britado, etc.;
• Artificiais, derivadas de processos industria is, tais como a argila expandida e
pelotizada, 0 folhelho expandido por tratamcnto tennico, a vemliculita cxpandida,
etc.;
24
• Reciclados que pedcm ser residuos industriais granulaTes que ten ham propriedadcs
adequadas ao uso como agregado ou proveniente do beneficiarnento de entulho de
conSlTw;:ao ou demolic;ao sclccionado para esta aplicac;1io. Ex. Escoria de alto-
forno, entulho de constrw;ao/demolic;:ao etc.
Os agregados, quanta it. dimcnsao dos graos, sao classificadas em agrcgado
graudo e agregado miudo. Agregado graudo, segundo a nonna h~cnica NBR 7211
(ABNT, 2005a), eo agregado cujos graos passam pela peneira corn abertura de malha
152mm e ficam retidos na peneira com abcrtura de malha de 4,75mm, em ensaio
realizado de acordo com a NBR 7217 (ABNT, 1987c), com peneiras definidas pel a
norma NBR [SSO 3310-1 (ABNT, 1996), con forme Tabel. 1. Ja 0 "gregado miudo e
aquele cujos graos passam pela pencira com abcrtura de malha de 4,75mm c fiearn
retidos na pcncira com abemlra de malha de O,075mm em ensaio realizado de acordo
com a NBR 7217 (ABNT, 1987c) com peneiras definidas pela NBR [SSO 3310-1
(ABNT, 1996), confonne Tabela 2.
TABELA 1: AGREGADO MruDO
Peneira com abertura Porcentagem, em massa, retida acumulada I
de malh.Limites Inferiores Limites Superiores
Zona I Zona Zona I Zona(NBR NM ISSO 3310-1)Utilizavel1 6timal 6timal Utilizavel3
9,5 mm 0
6,3 mm
4,75 mm 0 10
2,36 mm 0 10 20 25
1,18mm 20 30 50
25
600 ~m
300 ~m
150 ~m
35 70
95
100
15 55
85
95
50 65
85 90
Fonte: ABNT (1987b).Notas:1 - 0 modulo de finum da zona 6tima varia de 2,20 a 2,90.2 - 0 modulo de finura da zona utiiizavcl varia de 1,55 a 2,20.3 - 0 modulo de finura da zona utilizivel varia de 2,90 a 3,50.
TABELA 2: AGREGADO GRAlrDO
Peneira com abertura Porcentagem, em massa, retida acumulada
de malha Zona Granulometrica dID
(NBR NM ISS0 3310-1) 4,75112,5 I 9,5/25 I 19131,5 I 25/50 I 37,5175
75 mm 0-5
63mm 5-30
50 mm 0-5 75-100
37,5 mm 5-30 90-100
31,5 mm 0-5 75-100 95-100
25mm 0-5 5-25 87-100
19mm 2-15 65-95 95-100
12,5mm 0-5 40-65 92-100
9,5mm 2-15 80- 100 95- 100
6,3mm 40-65 92-100
4,75 mm 80-100 95-100
2,36 rum 95-100
fon(e: ABNT (1987b).
o conhecimento dos agregaclos e as condicionantes de seu uso pela nonna,
nao 0 objetivo deste trabalho, podcndo as mesmas ser estudadas nas nonnas
anteriormente citadas e a extensa bibliografia sobre 0 assunto, entretanto nos
agregados miudos precisamos ressaltar.
26
Os agrcgados naturais sao obtidos a partir de urn processo que se inicia com os
procedimentos de prospec9ao, os quais visam localizar, identificar e avaliar as
chamadas jazidas, que no case dos agrcgados naturais, sao de do is tipos: os arcciros Oll
depositos de areia e as cascalheiras. A avaliayao realizada por diversas h~cnicas
geo16gicas compreende a determinayao do volume disponivel e da qualidade dos
materiais encontrados.
Nos depositos ou jazidas denominadas de areeiros hu predominancia de
agregado miudo natural chamado de arcia, ao passo que, nas jazidas chamadas de
cascalheiras, ocorre porcentagem maior de cascalho ou pedregulho que e 0 agregado
natural. Ambos padem ocotTcr no 1eito de rios, gcraimcntc na..'i curvas, mas tambcm
podem ser localizados como chamadas das forma'Yoes superficiais do solo.
Sao reconhecidos quatro tipos de jazidas de agregados natura is:
Leito de rio, em que areia ou cascalho e extraido por dragagem
diretamente do canal do rio - em geral, espera-se uma reposiyao parcial ou
total dos volumes extraidos principalmente durante a cpoca da cheia;
Cava invcrsa, na qual camadas individualizadas de cascalho e/ou areia dos
taludes de solo localizados as margens de rios Oll lagos sao explorados a
partir de dragas flutuantes que lanyam 0 produto dragado diretamente na
margcm do curso d'agua ou em barcayas flutuantcs, que sao dcscarregadas
nos silos de estocagem ou direlamente em pilhas, a polpa (sedimentos +
agua) passa por peneiramento simples para calibrayao granulometrica e
retirada de contaminantes (vegetais, bTfUmosargilosos, etc.)~
27
Cava seca, que tambem explora camadas individualizadas de arcia c/ou
cascalho em taludes de solo em cavas secas, por desmonte hidniulico com
manguciras d'agua sob prcssao. A palpa (scdimcnto + agua) resultantc
desse processo e dragada, apos concentra~ao, em lagoas de decantac;ao
estrategicamcntc localizadas e bombeadas para silos au pilhas de estoquc
apos passagem por pencirarncnto simples para calibrayao granu\omCtrica c
retirada de materiais contaminantes (restns vegetais, grumos argiiosos,
etc.);
Solo de aiteray30, em que horizontes de solo com predominancia de areia
c cascalho sao desmontados hidraulicamentc, por jatos sob pressao. 0
produto dessa opera<;:ao e submetido a processos de lavagens sucessivas
que separam a areia dos sedimentos finos como silte e argila. A polpa final
contendo areia e agua passa por Ul11apeneira grossa que separa os grumos
argilosos e contamina~oes organicas como galhos, fothas, etc., antes de
sua cnsilagem para distribuiyao ao consumo.
Alcm dessas fontes de areia natural, ha uma altemativa que envolve a
explorm;:ao de dunas superficiais ou cobertas por delgada camada de solo superficial.
As dunas sao fonnadas ba.'iicamente por arcias de origem colica (retrabalhadas pelo
vento) que, pela fonna~ao, apresenLam graos arredondados com superficie polida. Esse
tipo de grao, pela sua fonna e tcxtura superficial, age como doador de plasticidadc a
argamassa recem-misturada, proporcionando redu~ao no con sumo de agua para uma
mesma trabalhabilidade pretendida.
28
A correta insers:ao dessc tipo de areia no proporcionamento do concreto pode
levar a importante reduyao de custo de produyao sem perda de qualidade. Entretanta,
nlveis minimos de consumo de aglomerantc c niveis Imiximos de rclayao agua/cimento
devcm ser mantidos para preservar a durabilidade da argamassa e millimizar Slia
defonnabilidade.
Impurezas salinas, como cloretos, sulfatos, nitratos e sulfetos no agregado,
especiaimente no agregado milido, pode provocar alterayoes na hidratac;uo do cimento
Portland, surgimcnto de cflorescencias. cxpansoes e principalmentc acelerar a corrosao
das annaduras no casa dos cloretos que padem ser provenientes, por exemplo, da agua
do mar. 0 cnsaio de dctenninal(ao da prcsenya e quantificayao desses sais e realizado
de acordo com a NBR 9917 (ABNT, 1987d).
Residu()s industriais presentes 11aforma de contaminantes organicos (bleos,
graxas, solventes, etc.) podem tormar uma peifcula em tomo dos graos prejudicando a
aderencia com a pasta de cimento Portland. A contamina~ao do len((ol freatico ou de
cursos d'agua pode provocar a dissemina~ao dos residuos supracitados ou mesmo de
,icidos inorganicos Cacido sulfllfico, por exemplo) em jazidas produloras de areia, 0
que acaba prejudicando a hidrata~ao do cimento, alterando 0 tempo de pega e °desenvolvimento da resisteneia mecanica da pasta.
A nonna NBR 7211 (ABNT, 2005a) estabelece limites maximos de cloretos e
sulfatos presentes nos agregados, nao estabelecendo para quais locais (regifio sujcita it
nevoa marinha, ambientc meal, OLi zona urbana, etc.) os limites dcycm ser respcitados.
Ainda na mesma nonna para agregados milldos, 0 conccito de durabihdadc c
assim descrito em um clos itens: "Em agregados provenientes de regioes litoraneas, ou
29
cxtraidos de aguas salobras Oll ainda quando hOllver suspcita de contamina.;ao natural
Oll industrial, os teores de c1oretos e sulfatos nao devem exceder os limites
estabelccidos na tabela 3". (NBR 7211 - ABNT, 20053).
TABELA 3: LIMITES MAxIMOS PARA A EXPANSAO DEVlDA A REA<;:AOALCALI-AGREGADO E TEORES DE CLORETOS E SULFATOSPRESENTES NOS AGREGADOS
Determina~ao Metodo de Ensaio Limites
ASTMC 1260Expansao maxima de 0,10%aos 14 dias de cura agrcssiva
Reatividadc<ilcali-agregado
ABNTNBR9773')
Expansao maxima de 0,05%aos lres mescs
Expansao maxima de 0,10%aos scis mcscs
< 0,2% concreto simples
Teor de Clorclos 2) (CI) ABNTNBR 9917ABNT NBR 14832') < 0,1 % concreto armada
< 0,0 1% concreto protendido
Teor de Sulfalos 4) (SO.'") ABNT NBR 9917 <0,1%Fonle: ABNT(2005a).Notas:
1) Ensaio facultativo, nos tcrmos de 5.3.2.2) Agrcgados que cxcedam os timitcs cstabclccidos para ciorctos podem ser utilizados em
concreto, dcsde que 0 teor total trazido ao concrelo par lodos os seus componentcs (agua,agrcgados, eimento, adiCocs e aditivos quimicos), vcrificado par ensaio realizado pelo mctodoADNT NBR 14832 (determinacao no concreto) au ASTM C 1218, nao execda os seguinteslimitcs, dados em porcentagem sabre a massa de eimento:- concreto protendido ::::0,06%;- concreto annado cxposto a cloretos nas condicoes dc servico da estrutum :s 0, 15%;- concreto annado em condicocs de exposic50 nao severns (seco ou protcgido da umidadenas condicoes de servico da cstrutura) :s 0,40%;
- oulros tipos de construcao com concreto armado ::::0,30%.3) 0 metodo da ABNT NBR 14832 estabeleee como delerminar 0 tear de clorctos cm clinquer c
cimenlo Portland. Neste caso cspecifico, 0 mclodo pode ser utilizado para 0 ensaio de3&'Tegados.
4) Agregados que excedam 0 limitc estabelecido para sulfatos podem ser utilizados cm concrcto,desdc que 0 leor lotal trazido ao concrcto por todos os scus componentes (agua. agrcgados,cimenlo, adicoes e adilivos quimicos) nao exccda 0,2% ou que fique comprovado 0 uso noconcrClo de cimenlo Portland resistente a sulfatos confonnc a ABNT NBR 5737.
30
A mcsma nonna ainda rccomenda que produtorcs de agrcgados rcalizcm
periodicamente ensaios para obteny30 da reatividade potencial dos agrcgados.
2.3 AGUA DO MAR
Como uma primeira aproximacyao muito boa, podemos pensar que os oceanos
sao 501u<;6es salinas de 3,5% em peso (ou 35 partes por mil), tendo a composi<rao
mostrada na tabela 4. A medida da quanti dade de sal no oceano e chamada de
salinidade, e a atual taxa de salinidadc no oceano aberto situa-se entre 32%0 (partes por
mil) c 38%0. Essas variac;:oes sao dcvidas it perda de agua pel a evaporac;:ao ou formal(ao
de gelo, que aumcntam a salinidade, e diluiy3.o pela chuva ou neve, afluxo de rios
provcnientes dos continentes eu fusao de gelo. que sao todos processos que ocorrcm
na superficie dos oceanos. (SKINNER; TUREKIAN, 1977).
TABELA 4: QUANTI DADE EM GRAMAS POR LITRO E A RESPECTIVAPERCENTAGEM DOS SAIS DISSOLVIDOS NA AGUA DO MAR
(gliitro) (% dos sais)
NaCI 27,21 77,55
MgCI, 3,80 10,87
MgSO, 1,65 4,73
CaSO. 1,26 3,60
K,SO, 0,86 2,46
CaCO, 0,12 0,34
31
MgBr2
SOMA
0,08
34,98
0,21
99,76
ronte: Lcinz& Amaral(1975).
Dc acordo com Lcinz & Amaral (1975), a pcrccntagcm dcstcs sais sao mais ou
menDS constantes nos oceanos abertos e variaveis nos mares secundarios. Pela
tamanho menor e pelo isolamento parcial, as flutua<;5es na salinidade tornarn-se mats
pronunciadas, ora pel a evapora~ao intensiva, ora pelo grande atluxQ de agua doce.
Como exemplo, a a!:,'1la do mar BalticD possui apenas de I a 1,5%, grayas Ii diluiyao
produzida pel os rios, enquanto 0 mar vermelho, sihIado em regiuo arida e quente, sem
preseny3 de rios que diluiram as aguas, passui 4% de sais.
A Figura 3 mostra-nos a variayao da salinidadc dos oceanos com a latitude (v.
a legenda). Trata-se de valores medias, tirados em diversas partes dos diferentes
oceanos. 0 aurnento da pluviosidade na regiao equatorial e diminui<;ao da evaporas:ao
(pelas grandes calmarias) resultam num fator negativo, abaixando a curva. Com isso
abaixa tarnbern a salinidade e consequenternente a intensidade da vida planct6nica.
32
FIGURA 3: CURVAS DA SALINIDADE E DO BALAN<;;O ENTREEVAPORA<;;Ao E PRECIPITA<;;AO NAS DIFERENTESLATITUDES.
Fonte: Lcinz & Amaral (1975).
Al6m dcstcs elementos ocorrem numerosos outros, em quantidades mcnores,
parem de grande importincia para a vida nos mares, pelo fato de serem
imprescindiveis aos seres vivos.
A quantidadc de sais dissolvidos no mar abrange cifras gigantescas. Se a agua
dos mares se evaporasse, deixando os sais distribuidos por sabre 0 globo terrestre,
formar-sc-ia uma camada de 44m de espessura. (LEINZ; AMARAL, 1975).
A composi~ao quirnica das aguas dos rios atuais e muito diferente da do mar,
as tabclas 5 c 6 mostralll-llOS a discrepancia das composi<;oes da agua dos mares c dos
rios.
33
Leinz & Amaral (1975), faz a seguintc compara<;:ao entre a agua do mar e a do
rio:
TABELA 5: COMPARA<;:Ao DA CONTAMINA<;:Ao ENTRE A AauA DO MAREADO RIO
Agua Carbonatos Sulfatos Cloretos
RJO 80% 13%
0,2%7%
89%MAR 0,2%Fonte: Lcinz & Amaml (1975).
TABELA 6: MOSTRA·NOS COM MAlS PORMENORES A DIFEREN<;A DADISTRJBUl<;AODOS SOLUTOS SOB A FORMA IONICA
Ions Agua Fluvial Agua do Mar
CO," 35,15 % 0,41 (BCO',) %SO.-- 12,14 7,68cr 5,68 55,Q4NO,' 0,90CaH 20,39 1,15Mg++ 3,41 3,69Na· 5,79 30,62K+ 2,12 1,10SiO, 2,75
(Fe, AI),O, 11,67Sr++. H)BO). Br 0,31
Total 100,00 100,00Fonte: Lcin7.& Amaral (1975).
Dc .eordo com Gross (1977), a densidade da agu. do mar C de eerea de
1,03g1em3 (e 3% mais alta do que a agu. doee devido.o sal dissolvido).
34
2.4 ClRCULA<;:Ao ESTUARlANA
Pela defini~ao em dicionarios de lingua portuguesa estmlrio significa:
"desaguadouro, lugar em que 0 rio se lanc;a ao mar, foz, etc". Como ja mcncionado
nesle trabalho. as arcias podem ter sua origem em rios, estuarios, elc. Na costa de santa
Catarina a maiaria dcstes agrcgados provcm de estmirios.
Estmirios sao corpos de aguas restrilas ande ocorre a diluic;ao cia agua marinha
pela agua doce proveniente da drenagem continental, tendo uma livre conexfio com 0
mar aberto e com seu limite continental definido como 0 limite dos efeitos de mare
(FAIRBRlDGE,1980).
Sao divididos em: alto esluario, ande nao ha prcscnc;:ada agua marinha. media
estuaria, allde ha a interayao das aguas continentais e oceanicas, e 0 baixo es[{uirio,
com predomimineia dos processos oceanicos. Os estuarios constitucm um importante
elo na ecologia global, uma vez que e atraves destes ambientes que passa a maior parle
da materia originada da dccomposi~ao contincntal em dirc((ao aos oceanos.
lnfelizmente a grande ocupa'Yao humana continua c desordenada as margens dos
estuarios, vem dcgradando as mesmos, com despejos domesticos e industriais,
dragagcns para implantay3.o portmiria, atcrros hidriulicos, dragagens extrativistas, ctc.,
prejudicanJo sua biodiversidade e poluindo suas aguas (SCHETIfNl, 2001).
De uma maneira geral as jazidas de arcias em estuarios (dragagens
extrativisl~lS) encontram-se oa zona proxima a sua embocadura, au seja, no baixo
cstmirio. Estc fato n50 e tao somente prcdominante em Santa Catarina, mas tambem
em toda parte do mundo.
35
o baixo cstmirio e caracterizado por:
Penetrayao de agua saJgada por cfcito das mares (cunha salina) onde a
agua do mar por ser mais densa cotra proxima ao fundo, pcnnitindo que a
agua doce continue no sentido inverso em dircy3.o ao mar;
Suas energias cineticas e potencial tcndem a zero, au seja, as agu3s nesta
parte estuarina, comumente ja nao possuem fon;:a de erosao depositando
sedimentos (por isso c neste local onde sc situa a maioria das jazidas de
arcia) energia cinctica proxima a zero. A dcclividadc no baixo estmirio e
muito pequena, proxima a zero, diminuindo em muito tambem a energia
potencial (CARVALHO; SCI-LETTINI; RIBAS (1998); CASTRO (1990)).
Para este estudo, estes dais fatas sao de extrema importancia:
• lazidas sujeitas a agua salina;
• Declividade no local das jazidas pr6ximas de zero.
Na Figura 4. encontra-se 0 perfil de declividade dos principais rios/cstwirios
do Vale de Itajai. no litoral de Santa Catarina, oode pode-se observar a pcquena
dec1ividade destes rios (SCI-IETTIN!, 200 I).
36
FIGURA 4: PERFIL DE DECLIVIDADE DOS PRINCIPAlS R10S DO VALE DO ITAJAi,OS VALORES DE DECLIVIDADE sAo PARA 0 RIO ITAJAi-Ac;:0 E DOOESTE
-R IlaplI-:u,,,u,,;dll(h..: ..h.:
I{ llap! dll SuiI{ ll:lF!! dlt ~ltll..:
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"no, .,-
Nil 210 tHO"
:lIM)1)1.,lllll~JaO·III)
1 I....t).) 1 !!}!? 1 ~I..IO110,'
Fonte. GAPLAN (\986) modlflcado.
Abaixo, a Figura 5, mostra urn exemplo de perfil de salinidade realizado no
dia 5 de maio de 1989, no rio ltajai-afYu.
FIGURA 5: PERFIL DE SALINIDADE DO RIO ITAJAi-ACU, (PROFUNDIDADEEM METROS X DISTANCIA EM QUILOMETROS DAEMBOCADURA)
- •• : IIIE ,0: ,IIII "'"c
0: ·X
·12·211 ·IX ·1(, -I. ·I~ ·111 ·X .[, ••
Fonte, D1DELE / INrI! (1989),
37
2.5 SALINIDADE X ARGAMASSAS
o sal pode ser definido, segundo Netto (1995) como "compostos provenientes
Oll dos acidos, pela substituiyao total ou parcial dos sellS hidrogcnios ionizaveis por
cations, Otl das bases, pela substituiyao total ou parcial dos grupos OH pelos anions
dos <icidos". Em outras palavras e ma substancia tonica, que resulta da rea<rao quimica
entrc um acido e uma base.
Hardwick (1965), afirma que quando urn ion que se dissolve deixa a superficie
do cristal, ele carrega consigo uma camada de moleculas do salventc. Se 0 salventc for
a agua, os ions sao chamados de hidratados. Algumas vczcs as molcculas do salventc
cstao ligadas fracamcntc c scm regu\aridade; outras vezes elas sao fortemcntc Jigadas
aDs ions, numa estrutura complexa. Em muitos casos, as moleculas do solvente se
ligam Hio fortemente que acompanham os ions quando estes regeneram 0 crista\. Este
content en tao, moleculas de agua intercaladas em sell reticulo cristalino, chamada de
agua de cristalizac;;ao. Os novos cristais terao uma estrutura defercnte daqucla de forma
anidra e podem perder agua apos urn aquecirnento.
No entanto, nem todos os sais trazem problemas para as edificai(oes. Para que
isto ocorra, duas caracteristicas VaGdctcrminar a periculosidadc de sua aC;;aoc sua
responsabilidade pelos danos na construc;;ao: 0 grau de solubilidade e 0 nivel de
higroscopicidade.
o grau de solubilidade e a capacidade que possuem de se dissolverem em
mcio aquoso. Deve ser ressaltado, de acorclo com Netto (1995) que sais clitos
insoluveis "sofrem uma pequenfssirna dissociac;ao iOnica em agua (na pratica
38
considcra-se que nae a sofrem}". 0 nivcl de higrospocidade e a condi9ao em que este
sal absorve agua do meio ambiente. as sais, ao retercm uma certa quantidade de agua
em sua estrutura cristalina, cujo valor dcpcndc das condic;:ocs de temperatura e
lImidade, provocam um aumento no seu volume, originando uma pressao de
hidratayiio contra ••s paredes dos poros dos materiais em que 0 mesmo esta inserido.
podendo rompe-Io. Pode-se dizer que cste efeito e muito semelhante ao da agua ao se
congelar. Salienta-se ainda que isto pode aconfecer tanto nos edificios antigos como
nos contempodincos.
Para salienlac-se a gravidade do problema, Buergo e Limon (1994), atTaveS da
tabcla abaixo indicam a pressao originada pelo aumento do volume de alguns sulfatos
ao passar do estado anidro para 0 estado hidralado, denominada pressao de hidralayao.
TABELA 7: PRESSAO ORIOlNADA PELO AUMENTO DE VOLUME DEALGUNS SAIS AO HlDRA TAR-SE
Sal Anidro Sal Hidratado Pressao (kg/em')
Na2S0,MgSO,CaSO,
Na,SO, .[OH20MgSO, .7H20CaSO, .2H,O
2502501.100
Fonte: Buergo c Limon (1994).
Outra caracterfstica que influencia muito nos danos gerados nos poros das
argarnassas cimcnticias e a prcssao de crlstalizayao. Seichcl (1997) cita os valores para
esta pressae, os quais estae indicados na tabela 08, informando tambem a reJayao entre
a cOllccntrayao existcnte na soluc;:aoe a conccntrac;;ao de saturac;;ao deste meSI110sal,
em duas tcmperaturas distintas.
39
TABELA 8: PREssAO DE CRISTALIZA<;:AO DO CLORETO DE SODIO ESULFATO DE somo
C/Cs~ 2 C/Cs ~ 10
Sais O'C I 50'C O'C I 50'C
55,4 MP.29,2 MP.
65,4 MP.34,5 MPa
184,5MPa 219,0 MPa97,0 MPa 115,0 MPa
Fonte: Beichcl (1997).Ondc: C/Cs - valor de sobreSalllf[I(;:50 da solwyilo;
C - quanlidadc 10tal de sal na solu~o. em g;
Cs - quanti dade de sal ate atingir 0 ponto de saturayao, elil g.
Segundo Arendt (1995) e Beiehel (1997), os sais mais danosos as edifiea<;5es
sao os cloretos, nitralos e sulfatos, coprincipal mecanismo observado na deteriora<;ao
consiste na cristaliza~ao de sais no interior da argamassa cndurccida gcrando tensoes
de lissurayao e desagregayao. J3 no concreto estes sais alingem as armaduras
provocando corrosao (corrasao por pites) aumcntando a condutividade clCtrica do
concreto e gerando na rnassa de cimento fissuras, esfoliay3o superficial,
desplacamcntos, perda de CGesao da pasta, diminuiryao da rcsistencia do concreto,
redu<;iiodo pH, ete.
Varias normas preconizam quanlidades maximas de sais na massa de cimenlo
em rciaryao ao ataque das annaduras (nomlas intemacionais c brasilciras) que variam
de teores de 0,02% a 0,4% para cloretos e 4% para sulfalos. EntreLanlo, apos pesquisa
bibliognifica nao se encontrou qualquer menryao a teores que estabelcyam 0 limite
maximo de sais na massa de cimento, a fim de coibir os efeitos danosos das tcns6es de
hidratayuo ou de cristalizaryao desses sais na argamassa, de forma a reduzir a
porosidadc c conscqiicntcmentc minimizar a entrada dos agcntcs agrcssivos.
40
2.6 NivEIS DE CONTAMINA(:AO
Segundo Arendt (1995), as sa is rnais danosos as edificaryoes sao os ciofetos,
nitTatos c sulfatos. Em tCrolOS do nivel de degrada¥3o ocasionado pelos sais em
argamassas de cimento. existe nma tabela, criada pelo Institut fUrGebaudeanalyse und
Sanierungsplanung - IGS, c de acordo com 0 proprio autar Arendt, a SlIa obtenr;ao foi
realizada atraves de processos pealicos no referido Instituto. A mesma fai compietada,
ern sus estudos, com 0 acrescimo do nivel IV - muito alta e encontra-se transcrita na
Tabela 9, abaixo. Salienta-se que a partir do nfvel ill, a velocidade de degradar;ao das
superficies C I11UitOacclerada e qualqucr proccsso de reclIpcrar;ao com materiais
convencionais tem lima vida util ern toma de 3 anas. No entanto, deve ser ressaltado
ainda, que tal tabela nao indica 0 grau de degradayao com existencia de dois ou mais
sais simultancamcntc, fato cstc comum COl alguns cdificios.
TABELA 9: GRAU DE SOBRECARGA DOS PRlNCIPAIS SAISHIGROSCOPICOS
Grau deSobrccargaO-minimo1- POtiCO
II -medio111- alto
0,005 - 0,0300,031 - 0,0900,091 - 0,280
0,017 - 0,0500,051-0,1600,161-0,500
0,025 - 0,0770,078 - 0,2400,241 - 0,770
>0,771IV - muito alto > 0,281 > 0,50 IFonte: Adaptado de Arendt (1995).Nota: * . em rela¥ao a massa do material (lGS Alemanha)
41
MuilOS materiais utilizados na constnu;:ao de edificios podem conter sais,
aib'Ul1s deles incorporados a sua composi<;;ao quimica, enquanto Dutros simplesmente
deposit ados em sellS poros ou dissolvidos na agua prescntc no interior dos meS1l1Os.
Tambem, a propria agua consumida pelo ser humane e elemento essencial para
execul;:1o de qualquer tipo de edifica~a() pode estar conta!11inada. Podem ser citados
como exemplos, as pedras de constru<;:ao, as areias, alguns tipos de cimentos, alguns
adilivos utilizados nas argamassas e concretos e tijolos.
As arcias retiradas das praias ou dos estmlrios dos riDS contem sais, l11uitas
vezes com tcores de ate 6%, em rclayao a sua massa, de acordo com Metha e Monteiro
(1994). Como um possivel supridouro de cloretos na argamassa, a proprio cimento
Portland conlem em 10010 de 0,0 I% da massa tOlal, de sal. A agua pOlavel pode canter
aproximadamente de 250 ppm de ions cloreto e numa rela~ao agua/cimento 0,4 esta
aglla contribuira com a mesma quantidade de ions com 0 proprio cimento.
Tambem os tijolos fabricados com argilas contaminadas por pirita (FcS2) que,
durante 0 cQzimento, transformaram-se em sulfato de urn metal a1calino (potassio,
sodio) Oll metal alcalino terroso (calcio, magnesio) podem ser uma fonte de
contamina~ao dos edificios. Muitos aditivos utilizados como aceleradorcs do tempo de
pega nas argarnassas tern como base os cloretos.
Apesar da existencia desscs sais nos matcriais de construyao, nonualmente os
sellS Iliveis sao Illirn valor muito reduzido, nao acarretando danos aos proprios
materia is. No entanlo, se forem varias fontes de contaminayao, as argamassas eorrem
urn serio risco de sofrcrcm degradayao significativa.
42
As Figuras 6 c 7 mostram como ficaram alguns corpos de prova submetidos it
sobrecargas de sais, no estudo realizado por Nappi e Matos (2003).
FIGURA 6: DETERlORA<;:Ao DOS CORPOS DE PROVA A BASE DECIMENTO, CAL HIDRATADA E AREIA DEGRADADA PELOSULFATO
Fonte: Nappi e Matos (2003).
FIGURA 7: VlsAo GERAL DOS CORPOS DE PROYA A BASE DE CAL EAREIA, APOS UMA SOBRECARGA DE SAIS HIGROSCOPICOS
Fonte: Nappi e Matos (2003).
43
Por ser urn estudo mais espccifico Arendt (1995), divide em varios niveis a
contaminayao maxima dos principais sais, na soma de tadas as materiais que
comp5em as argamassas. A norma NBR 7211 - ABNT (2005a) fomcee val ores para
contaminay:1o de agregados com sulfatos e cleretes em urn niveI menos abrangente.
Sugerc-se 0 entendimento dos valores elencados na norma como urn limite, que,
entTetanto nao exclui de forma aib'uma os efeitos nocivos nas edific3yOeS,
principalmente em ambientes hostis.
44
3 METODOLOGlA
A seguir apresenta-se a metoiogia cmpregada oeste trabalha.
3.1 PERSPECTlV ADA PESQUISA
Trata-se de um estudo de natureza predominantemente quantitativa de carater
exploratorio, analitico e descritivo. 0 metoda ulilizauo foi urn estudo de caso,
descnvolvido por mcio de pcsquisa de campo e ensaios em laborat6rio.
3.2 POPULA<;:AO E PARTICIPANTES DA PESQUISA
Fazem parte da amostra 4 tipos de areias de 4 portos de extra~ao c
cornercializ3yao de areias para a utiliz3c;ao na construyao civil e 2 tipos de areia de
praia. Obtevc-sc desta forma urn total de 6 amostras de areia.
Os portos de cxtra<;:ao c comercializay3.o de arcia csti'io situados nos
municipios de Tijucas, no Rio Tijucas; Camboriu. no Rio Camboriu, Itajai, no Rio
Hajai Ac;u e Araquari no Rio Itapoet!. As areias de praia foram coletadas nas praias de
Tijucas, em Tijucas e Praia dos Amores. em Balneario Camboriu. As figuras 8 a 11
aprcscntam a localizac;ao do ponto de captac;ao de areia ate a foz dos rios, bern como a
45
Jargura da cmbocadura dos rios. A Tabcla 10 apresenta os valorcs com as disHincias do
ponto de captavao de areia ate a embocadura do rio e a largura desta embocadura.
FIGURA 8: PORTO DE AREIA EM TlJUCAS/SC
FIGURA 9: PORTO DE AREIA EM CAMBORIU/SC
Fonte Carla Topognifica de Camboriu SO -22-Z-0-11-2 1:50,000 !BOE 1983 c Carta Topognifica deItajai SG-22-Z-I3-V-4 1:50.000 IBOE 1981. Imagcm Google Earth. SatClitc QUick Bird 2005.
46
FIGURA 10: PORTO DE ARElA EM ITAJAiiSC
Satclitc QUick Bird 2005.
FIGURA II: PORTO DE AREIA EM ARAQUARIISC
Earth, Satclitc Quick Bird 2005.
47
TABELA 10: DISTANCIA DA S JAZlDAS E LARGURA DA EMBOCADURADOS RlOS
RIO LARGURA(m) DISTANCIA (m)
TlJUCAS 151,80 8.782,00
CAMBORH) 134,60 6.243,00
lTAJAi.A<;:U 187,60 20.000,00
lTAPOCU 195,00 7.841,00
3.3 PROCESSO DE EXTRA<;:Ao DE ARETA
Os 4 portos de areia possuem processo de extra~ao e classificac;ao de arcia de
forma scmelhante, ou seja, a areia e coletada em balsas flutuantes e classificada com
sistema de peneiras.
A balsa flutuante suga a areia no fundo do rio atraves de urn sistema de
bombas com equipamento de maraca radial em sua extremidade submersa para
afrouxamento da areia. 0 material e armazenado na balsa em silo de annazenamento e
apcs completada a carga a balsa desloca-se ate a margem do rio, onde ha urn sistema
de mangotes que sao engatados nu balsa para que a rncsma atTaves de sistema bomba
lance a arcia ate 0 sistema de classifica<;ao por peneiras. Na Figura 12 apresenta-se
uma balsa de extra~ao de areia e um detalhe da maraca radial.
48
FIGURA 12: BALSA DE EXTRA<;:Ao DE AREtA
-o sistema de classificac;;ao de areia e formado por sistema vibratorio de
penciras com malhas diversas. Desta forma ao cair no sistema 0 material passa por
estas peneiras e 410 ser retido encaminha-se para calha::;coletoras.
Em seguida 0 material c transportado para montes de cstoque de acordo com a
granulometria do mesmo. A Figura t 3 apresenta 0 sistema de classificayao de areia.
FIGURA 13: SISTEMA DE CLASSIFICA<;:Ao DE AREIA
49
3.4 PROCEDIMENTO E INSTRUMENTOS DE COLETA E ANALISE DEfNFORMACOES
As amoslras de areias foram coletadas nos portos dircl.amente no local ontic as
balsas descarrcgam 0 material, Oll seja. imcdiatamcntc apos a cxtray30 e dcscarga,
Figuras 14 e 15. Coletou-se a areia em pontos variados no monte de estoque,
buscando-se uma maior represcntatividade do material.
FIGURA 14: COLETA DE AMOSTRAS DE AREIA - TIJUCAS/SC
FIGURA 15: COLETA DE AMOSTRAS DE AREIA - ARAQUARIISC
50
As amostras de areia de praia foram coletadas em pontos de arcia umida,
removendo-se mais ou menas 30 em da superficie e coletando 0 material do fundo,
Figura 16.
FIGURA 16: COLETA DE AMOSTRAS DE AREIA DE PRAIA - T1JUCAS/SC
Do total de 6 locais difcrcntcs de coleta de amostra, foram ensaiados 18 tipes
de areia. Esta populayao de amostras foi fannada ensaiando-se as 6 areias mantcndo-se
suas caractcristicas naturais, as mcsmas 6 amostras de arcias com I ciclo de lavagem e
novamente as 6 amostras de areia com 2 ciclos de lavagem.
As areias foram lavadas em peneira com agua corrente em ciclos de
aproximadamcntc 2 minutos, sendo que na primcira lavagem mantcve-se 0 proccsso
ate 0 inicio da passagem de agua limpa pela peneira, ou seja, removendo-se grande
parcela do material pulverulento.
51
3.5 ENSAIOS DE LABORATORIO
o procedimento de preparatyao da amostra para ensaio foi realizado baseado
na norma t6cnica NM 50:1996 "Agrcgados para concreto - Determina~ao de sais,
cloretos e sulfatos soluveis". A delerminayao do leor de clorelos foi realizada pela
metoda de Volumctria de precipitayao - Metodo de Mohr.
o Objetivo destes ensaios e detenninar 0 toor de cloretos e 0 tear de sais da
areia de cada amastra, pelo metoda da titulac;ao.
Quanta aos procedimentos, inicialmente coloca-se parte da areia de cada
amostra em lima estufa por no minima 24 hams. Passando esse tempo, retira-se 20 g
de cad a amostra de arcia seca c coloca-se em um bcqucr. Em seguida e prcciso aquccer
urn recipiente com agua deionizada ate 800 C e separar cefca de 150 ml desta agua
para acrcscentar no mesmo bequer com as 20 g de areia secas. 0 proximo passo e
tampar 0 bequer com uma colha de borracha e agitar a soluyao durante 5 minulos
(Figura 17).
FIGURA 17: AMOSTRAS NA ESTUFA, AQUECIMENTO DA AGUADEIONIZADA E BECKER TAMPADO
52
Em seguida, e necessaria tiltrar 300 ml desta solw;ao em uma proveta,
confonne a Figura 18. Com a agua deionizada, na temperatura ambiente, preenche-se
o rcstantc desta provcta ate que a I11csma atinja as 500 tnl. Para a titulac;ao, rctira-sc 10
ml dest. {.him. solu,;;o e adicion.-se Iml de nitrato de prata (AgN03) como reagente,
e 0 vagarosamente vai se adicionando 0 cromato de potassio como indicador, ate
atingir uma colonlyao padrao, proximo da cor de urn tijolo.
FIGURA 18: FILTRAGEM DAS AMOSTRAS
Quando atingir a coloral(ao padrao, anota-se 0 valor utilizado do cromato de
pot<issio. c estc valor vai para wna planilha no Excel fornccido pelo LATEC
(Laborat6rio de pesquisas de tecnologia de Engenharia da Univali), para obter-se as
tcores de cloretos.
Usanda as mesmas soluc;oes do ensaio anterior, e possivei detenninar 0 teor de
sa is totais das amostras analisadas. Logo, para cada amostra lcva-sc dois bcckcres it
estufa a 100°C por no minimo 20 minutos, este procedimento e necessario, para que se
retire todH a umidade dos beckeres. Ern seguida os rnesmos sao resfriados em urn
53
rccipientc contendo silica em gel, com a finalidade de rcsfriar scm absorver umidade
do ambiente, depois deste procedimento pesa-se as beckeres.
Dcpois, acrcscenta-se nestes beckeres 100 ml da soiuyao do ensaio anterior, e
novamente as beckeres vollum para a eslufa. Apos 24 horas os beckeres sao
nOV3mcnte resfriados, e levados a balam;a de precisao. Logo, a soiuyao evaporou,
restanda apenas os sais totais das amostras. Ou seja, diminuindo 0 peso do becker seeo
e sem umidade do valor obtido apos as 24 horas de estufa, e dctcrminado os teores de
sais totais da amastra.
54
4 RESULTADOS DAS ANALISES LABORATORIAIS
Apos a conclusao dos trabalhos em lahorat6rio passou-se a analise destes
resultados atraves de tabclas e graticos.
4.1 ANALISE DOS RESULTADOS
Na Tabcla 11, sao apresentados os resultados obtidos em laboratorio para cada
amostra de areia, bem como para as amostras com 1 ciclo de lavagem e para as
amostras com 2 cidos de lavagem. Para cfcito de rcferencia apresenta-se os resultados
de ensaios de amostras de areia coletadas em 2 praias diferentes.
Tambcm sao rclacionadas 11a Tabela 11 a largura da cmbocadura dos rios c a
distancia da jazida de areia ate a cmbocadw·a.
55
TABELA 11: RESULTADOS DAS ANALISES DAS AREIAS, LOCALTZA<;:AODAS JAZIDAS E AS RESPECTIV AS REDU<;:OES NASCONCENTRA<;:OES APOS 2 LAVAGENS NAS AMOSTRAS
I~
56
Pcrccbc-se que os teores de sais soluveis dao;; amostras scm lavagem
apresentam valores aproximados, exceto para a amostra do Rio Itapoeu, e que estes
valores sao men ares aos encontrados para as amostras de arcia das praias.
Ja no primeiro cicio de lavagem destas amostras nota-se uma redw;:ao media
de 84,60% do teor de sais soluveis e na seguncla lavagem este valores passam 91,98%.
Desta fonna pode-se concluiT que 1 cicio de lava gem e suficiente para a redw;:ao
significativa dos teores de sais destas areia...;;.
Os tcorcs de cloretos tambem sao menares que os tearcs encontrados nas
arcias de praia, cxceto Rio Itajai Ayu.
A lavagem da aceia nao c tao cficicntc para a reduyao dos tcorcs de clorcto,
como a apresenk1da para a redw;:fiodos teo res de sais. Obteve-se uma redw;:ao media
de 25,21% dos teores de cloreto no primeiro cicio de lavagem e 27,21% no segundo
cicio. Cabe comentar que as amostras foram lavadas com agua proveniente da
concessionaria municipal, buscando-se desta forma simular uma lavayao na prodUyllO.
Os graficos Ole 02 apresentam as rcduyoes lineares destcs resultados de
forma a facilitar 0 entendimento dos mesmos, alem de correlacionar as concentrayoes
de sais ao local das jazidas, tema dcstc trabalho.
Fez-se uma correiayllo entre a distancia da embocadura em reiayao a largura
da embocadura para que seja passive! a obtenyao dos teores de sa is e cloretos para
qllalquer rio nesta regiao. as percentuais de teores de cloretos e sais apresentados
foram obtidos em rclayao it massa de areia.
57
GRAFICO 1: PERCENTAGEM DOS TEORES DE CLORETOS
0,1400 ,.----r----,------,----,-------,----
;? ),1200 f-----~----+_---+----I----t__:_--~
o,oxo+----+_---+_---+----t_---t_---0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00
CorTeI~(Distanciada-ra/Largurada-ra)(m1m)
• Areias sem Lavagem • Areias com 1 ado de Lavagem• Areias ccm2 ados de Lavagers - Linear (A'"eias sem Lavagerr)
- Linear (.Areias com 1 ado de Lavagerr) - Unear (heias corn2 ados de Lavagens)
GRAFICO 2: PERCENTAGEM DOS TEORES DE SAIS SOU1VEIS
0,2000
0,1800
0,1600
~ 0,1400
.~0,1200
,~ O,10c0
~ 0,0800
~ 0,0600
~ 0,0400~~ 0,0200
O,OXO
----~-- ------ R' = 0,6423
-I----
: R 0,0950,53611
40,00 100,00 120,0060,00 80,000,00 20,00
Correl~ (Distancia da ErriJocaduralLargura de Erri:locadura) (mlm)
,/l(eia Sem Lavagem • tveia cern 1 ado de L8\lagemAlElia rom 2 Odes de Lavagem - Unea- (Areia Sem Lavagem)
- Urear (Areia a:m 1 ado de Lavagem) - Unea- (.Aroo com2 ados de Lavagem)
58
Apos analise da tabcla dos gnificos, conclui-se que:
1. Segundo a norma ABNT 7211 as arcias colctadas encontram-se dentIO do
prcconizados para concreto amlado c algumas amostras com certa
contaminayao acima do pcnnitido para concreto protendido. Tal nonna
visa apenas a protcyao de annadura.
2. Segundo Arendt (1995) (baseado no IGS Alemao, ja mencionada neste
trabalha, tabela 9) tadas as amostras esHio contaminadas em media e alto
grau de saturayao (grafteD de clorctos) podendo estar as amostras
exlremamente contaminadas quando consideramos a prescm;:a de sulfatos,
nitratos e cloretos em conjunto no grafieo de sais tctais. Tais
considerac;6cs levam em conta as conlaminayoes na matriz cimenticia e
nao oa armadura confonne varios estudos, inclusive norma da ABNT.
3. Os grMicos 01 e 02 demonstram em maior ou menor grau a impol1ancia
do beneficiamento das areias, percebe-se que a reduc.;ao ap6s a primeira
lavagcm c significativa em ambos os casos, clorctos e sais totais c que a
segunda lavagem nao moditica muilo as concentra«;oes, portanto justifica-
sc peto menos ullla primeira lavagem antes do lISO destas arcias em
qualquer constru«;ao.
59
4.2 EXTRAPOLA<;:AO DA PESQUISA
Em hidniulica, as formulayoes para determinados fenomenos passam por
varias incognitas que geram equ3yocs matriciais de grandcs complexidadcs. E,
portanto, normal fixar-se detenninadas variantes que sao constanles a Ladas as
ocorrcncias. Tais como: pequenas dcclividades proximas a foz, amplitude de marc,
energias cim!ticas e potenciais parecidos. etc. Tais variantes ocorrem de fonna idenlica
oa maiaria dos estmirios e iguais nos aqui tratados. De forma anciloga pode-se citar
caracteristicas de cada urn em especial, tais como: largura da embocadura,
profundidadc, distancia das margcns etc., que afct3m mais au menos dctcrminados
estudos.
No casa deste trabalha, as varianles que mais afctam sao: A "amplitude de
mare". constante ate 0 nordeste bra.;;ileiro, a largura de cmbocadura, devido a
penetrayao de mare e a distancia de jazida, pela concentra<;:ao de sais. A profundidade
e a largura entre as margcns nao sao tao relcvantcs, pois sao mascarados pelo
fenomeno de estrati fica<;:aoda cunha salina, ou seja, intera«oes entre agua doce e
sal gada mascarando 0 raio hidnlulico, c ainda, a polui~ao vinda de montante que difere
de rio para rio.
Nas areias dos rios aqui tratados 0 parametro polui<;:30e parecido uma vez que
as agua.;; scrvidas sao na maioria de agrotoxicos provcnicntcs de lavouras de fUl11o,
arroz e etc.
60
Os gr<lficos 1 c 2 possibilitam a detcrmina~ao dos tcores de cloretos c sais nas
areias extraidas para construyao, extrapolando as resultados para qualquer localizayllo
de jazida em estmirios ao norte da ilha de Santa Catarina.
61
CONSIDERAt;:UES FINAlS
Atraves do estudo realizado pode-se conduir que as areias ensaiadas estao
carrcgadas de sais.
as teores de clorelo e sais encontrados atendern as preconizayoes da norma
para concreto armada, mas algumas destas arcias nao atcndem as estipuiadas para
concreto protendido.
Baseando-sc em Arendt (1995) (baseado no lGS Alemao, ja mencionada ncste
trabalho, tabela 9) toclas as amostras estao contaminadas em media e alto grau de
saturayao.
Pcrcebeu-se tambcm que ha grande redu.-;ao nos teores de clorctos c sa is apcs
1 cicio de lavagem destas areias. A lavagem de areia e urn processo viavel, desde de
que os extratorcs de arcias estejam motivados a rcaliza-Ia.
Deve-se notar tambem que as nOfffias existentes nao levam em considera<;:ao a
regiao geogritfica de cxtrayao de areia e nem a regHio de cmprego dcstc materia1. Em
regioes iitoraneas onde ha respingos de mare a utilizay:lo destas areias com maiores
concentrayocs de sais pode constituir urn risco para a integridadc das obms, uma vez
que em locais agrcssivos agrcgados ja contaminados sao vetores para a dctcriorizayao
da matriz cimenticia, por tanto, tais teores permitidos em nonna deveriam ser revislos
para que as constnH;5cs tcnham 0 mcsmo desempenho que outras em lugares menos
abTfessivos.
62
5.1 RECOMENDA<;:OES PARA TRABALHOS FUTUROS
Sugere-se, para estudos futuros, que sejam comparados atraves de analise
espectrai de Dudas de energta. corpos de pro va de argamassas com varios ciclos de
conlaminw;:ao com espectros de corpus de prova (rcbacos e concretas) retinldos de
edifica<;:i5esde varias idades na orla de SC, sujeitas a nevoa maritima, com 0 innlito de
comparar-se estes varios espectros, na lenlativa de se estabelecer llma correlayao com
a natureza, a tim de parametrizar 0 tempo de degradayao das argamassas contaminadas
e estabelecer 0 nivel de contaminacrao permissivel para cada estimativa de vida util em
projeto, ou seja, para as <Jrgamassas durarem "x" anos ern ambiente marinho, 0
somat6rio dos materiais que a comp5e (agregados, 3b'11a,cimento, etc.) devem possuir
atc 0 maximo de "y" de sa is contaminantes.
Apos a correlac;:ao realizada, e as devidas equac;:5es parametrizadas. pode-se
definir tempos de degradac;:ao na natureza para qualquer silu3c;:ao de obras, com
qualqucr tipo de areia, ou seja, construc;:oes em ambicntes marinhos e constmc;:oes em
OutTOS ambientes.
Outra sugcstao para novas pcsquisas e a cornplcmcntac;:ao de dados atravcs de coletas
de arcias em outros estuarios com intuito de aumentar 0 universo pesquisado; incrementando
os gnificos I e 2 de forma a cxlrapolar-se 0 cstudo. ajustando a curva para lima grande area da
costa brasilcira. uma vez que grande parte das arcias usadas em conslmc;:ao na raixa litorfinea
prov6m destes locais.
63
6 REFERENCIAS
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67
7 GLOSSARIO
A
Anidro: Substancia ou cornposto quimico que nao cantem agua.Agregados: Material incrtc que serve para preencher argamassas e concretos.
cComposito: Material constituido por dais ou mais componentes com composi.;:ao,
estrutura e propriedades distintas, que nao se misturam e que trabalham emconjunto.
Concentra'tao: Propor.;:ao cxistcntc cntre as quantidades de soluto e salventc. E 0
cocicnte entre a massa do soluto (gramas) e 0 volume da solu.;:ao (litros).Cristaliza~ao: Passagem dos sals de estado liquido ao gasoso para 0 estado cristalino.
Materiaiiz3yaO de sais em cristais.
D
Dissocia~iio ionica: Fcn6mcno em que DeOITO a scpara~ao de fons. Pode Dcorrer combases c sais, principalmcnte em soiuyao aquosa.
Difusiio: Mistura ou tTansporte de ions atraves de uma se\iao da soluryao (1 cm2) porsegundo a urn gradicntc de concentraryao igual a urn.
E
Estuario: Local ondc a rio dcsagua no mar. Delta do rio, bravo de rio sujcito apenetra\iao de agua salina e efeito de mare.
Endemico: Doenya ou problema que existe constantemente em dctcrminado lugar.
H
Hidrata~ao: Fenomcno quimico que consistc na abson;:ao au fixaryao da agua por umadetemlinada substancia.
ions; Dissociayao de acidos, bases ou sais em unidades eletricamente carregadas.
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M
Matriz: Lugar aude alga e gcrado, fonte ou origem.Matriz cimenticia: E a pasta cimenticia que envolve a areia, que por sua vez envolve
os agregados.Mctcrioriza~iio: Aumento uu dilatm,:ao do volume das argamassas pela ayaa de
agentes pemiciosos (gases, sa is e liquido).Minerais alcali-reativos: Rea~ao quimica deletcria na matriz cimcnticia entre seus
alcalis de sodio e potassio e os componcntcs de mincrais de certosagregados.
p
Patogcnico: Que gera dacnyus na estrutura.pH: Medida de acidcz ou alcalinidade de uma soiuyao.rites: Corrosao ern uma supcrficic mctaiica, confinada a uma pcqucna area, tomando
[anna de cavidadc.
sSal; Substancia que ioniza a aglla, produzindo ions difcrcntes dos ions de hidrogcnios
e das hidroxilas. E fonnado de ions positivos com ions de carga ncgativa.Saturaft30: Processo pela qual urna substancia se associ a na maior quantidade
possivel iI Olttra.Solu~ao: Mistura de composilYao variavel, de duas ou mais substancias. Sistema
homogenco com mais de um componcntc.Soluto: Produto que sc dissolve em urn sol vente.
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ANEXOS
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RELATORIO TECNICO nO 059/2008
Itajal, 29 de fevereiro de 2008.
Solicitante: Maikel Borchardt.
Tipo de ensaio: Tear de sa is e cloretos soluveis em areia.
Procedencia do material: Nao fornecido.
Procedimentos
Par solicitay30 do Sr. Maikel Borchardt, 0 Laboralorio de Maleriais de Constrw;ao Civil da
Universidade do Vale do Jtajai, executou ensaios de caracterizac;:a.o de agregados miudo em
qualro amostras de areia, a amostragem foi feita e entregue no laboral6rio pelo solicitante.
Procedimentos de ensaio: 0 proccdimento prcpara'tao da amostra para ensaio roi
rcalizado bascado fla norma tecnica NM 50: 1996 "Agrcgados para concreto - Detcrminac;ao
de sais, cloreles c sulfatos soluveis ", A detenninac;ao do teor de clorCloS [oi rcalizada pclo
metoda de Volumetria de prccipitayao - Metodo de Mohr.
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Tipo de ensaio: Tipo de ensaio: Tear de sa is e cloretos soluveis em areia.Amostragcm: Felta pelo solicitanteReagente utilizado para precipita.yao: Nitrate de prata (AgN03)Data de recebimento do material: 25/02/2008Data de conclusao do ensaio: 29/02/2008Data de emissae do relatorio: 29/02/2008
Tabela 1 - Tear de sals soluveis presentes na areia.sa IS soluveis
(%Ara uari
Determinac6es
Areia naveqantes Areia Ti'ucas Rio CamboriuPrimeira 01147 01037 01322 0,1225SeQunda 0,1147 0,1037 0,1322 0,1225Valor media 0,1147 0,1037 0,1322 0,1225
Tabela 1 - Tear de cloretos - Titul~o---'p~lo Metoda de Mohr.
Amostra OeterminacOes cloretos soluveis crQ I Cry Q areia %
AreiaPrimeira 0,001128 0112
NavegantesSegunda 0,001154 0,115Valor media 0,001141 0,114Primeira 0,000885 0,088
Areja Tijucas SeQunda 0,000839 0,083Valor media 0,000862 0,086
Tabela 2 - Tear de cloretos - Tltulacao pelo Metodo de Mohr.
Amostra Determinayoes cloretos soluveis cr9 cr {g areia %
Areia RioPrimeira 0,000515 0,051
Camboriu Segunda 0,000607 0,060Valor medio 0,000561 0,056Primeira 0000758 0075
Areia Araquari Sequnda 0,000583 0,058Valor media 0,000671 0,067
Obs : Os resultados de analise tern significancia restrita a amostra analisada.Este relatorio so deve ser reproduzido par inteiro e com a aprova9ao do clientc;
Reinaldo Ramos Furtado Filholaboratorista
Prof. Eng. Andre Matte SagaveCoordenador dos laboratorios de Eng. Civil
Portaria 602/2002
Claudcmir M. Rm!ctskiCRQ: 13100490
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RELATORIO TECNICO n° 116/2008
ltajai, 02 de abril de 2008.
Solicitante: Maikel Borchardt.
Tipo de ensaia: Tear de sais e cloretos soluveis em areia.
Procedencia do material: Nao fornecido.
Procedimentos
Por solicita.yao do Sr. Maikel Borchardt, 0 Laborat6rio de Materiais de ConstrUl;:ao Civil da
Universidade do Vale do Itajai, executou ensaios de caracterizat;:ao de agregados miOdo em
duas amostras de areia, a amostragem foi feita e entregue no laborat6rio pelo solicitante.
Procedimentos de cnsaio; 0 proccdimcnto prcparayao da amostra para ensaie foi
rcalizado baseado na norma lecnica NM 50:1996 "Agrcgados para concreto - Delerminayao
de sais, c1oretos e sulfatos soluvcis ", A dclclTI1inayao do teor de clorelos [oi realizada pelo
metodo dc Volumctria de precipita~ao - Metodo de Mohr.
Tipo de ensaio: Tipo de ensaio: Teor de sais e cloretos soluveis em areia.Amostragem: Feila pelo solicilanteReagente utilizado para precipita~ao: Nitrato de prata (AgN03)Data de recebimento do material: 20/03/2008Data de conclusao do ensaio: 27/03/2008Data de emissao do relatorio: 02/04/2008
Tabela 1- Tear de sais soluveis presentes na areia.
Delerminac;oes
0,1812
sais soluveis(%j
amoresAreia praia dos Areia Tijucas
Primeira 0,1550 0,1824S~nda 0,1550 0,1800Valor medio 0,1550
Tabela 1 - Teor de cloretos - Titula~ao pelo Metodo de Mohr.
Amostra Determinacoes cloretos soluveis cr9 cry 9 areia %
Areia praia dos Primeira 0,001108 0,111
amores Segunda 0,001108 0,111Valormedio 0,001108 0,111
Areia praia Primeira 0,001236 0,124Seaunda 0,001236 0,124njucasValor medio 0,001236 0,124
Obs : as resultados de analise tem signifid3ncia restrita oil amostra analisada.Estc rc1at6rio s6 deve scr reproduzido por intciro c com a aprovayao do clicnlc;
Reinaldo Ramos Furtado Filholaboratorisla
Prof. Eng. Andre Matte SagaveCoordenador dos laboratorios de Eng. Civil
Portaria 60212002
Claudcmir M. RadctskiCRQ,13100490
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RELATORIO TECNICO n° 059/2008
Itajai, 13 de junho de 2008.
Solicitante: Maikel Borchardt.
Tipo de ensaio: Tear de sals e cloretos soluveis em areia.
Procedencia do material: Nao fomecido.
Procedimentos
Per solicita9ao do Sr. Maikel Borchardt, 0 Laborat6rio de Materiais de Construy<3oCivil da
Universidade do Vale do Itajai, executou ensaios de caracteriza9aO de agregados miudo em
qualro amostras de areia, a amostragem foi feita e entregue no laboral6rio pelo solicitante.
Proccdimentos de ensaio: 0 proccdimcnto prcparayao da amostra para cnsaio roi
rcalizado bascado na norma lecnica NM 50:1996 "Agrcgados para concreto - Dctcnninay30
de sais, cJorclos e sulfatos soluvcis ". A dctcnninayao do teor de cJorctos roi realizada pela
mclodo de Volumctria de precipita.y3o - Mctodo de Mohr.
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Tipo de ensaio: Tipo de ensaio: Teor de sais e cloretos soluveis em areia.Amostragem: Fella pelo solicitanteReagente utilizado para precipitac;ao: Nitrato de prata (AgN03)Data de recebimento do material: 10/05/2008Data de conclusao do ensaio: 11/06/2008Data de emissao do relat6rio: 13/06/2008
Tabela 1 - Teor de sais soluveis presentes na areia.
Determinayoes sais sotuveis(%
Praia Camboriu 1 Praia Camboriu 2 Praia Tijucas 1 Praia Tijucas 2Lavagem Lavaflem lavaaem Lavaaem
Primeira 00116 00019 0,0041 00036Seaunda 0,0036 0,0020 0,0058 0,0011Valor media 0,076 0,0019 0,0049 0,0023
Tabela 1 - Teor de cloretos - Titulac;ao pelo Metoda de Mohr.
Amostra Determinayoes cloretos soluveis crg CrVg areia %
Praia Camboriu Primeira 0,000406 0,040SeQunda 0,000622 0,0621 LavagemValor media 0,000514 0,051
Praia CamboriuPrimeira 0000622 0062Segunda 0,000498 0,0492 LavagemValor medio 0,000560 0,056
Tabela 2 - Teor de cloretos - TituJacao pelo Metodo de Mohr.
Amostra Determinac;oes cloretos soluveis crQ cr ,Q areia %
Praia Tijucas 1Primeira 0001066 0,106SeQunda 0,001117 0,111LavagemValormedio 0001092 0,109
Praia Tijucas 2Primeira 0000972 0097Segunda 0,000931 0,093LavagemValormedio 0,000952 0,095
Obs : Os resultados de analise t~m significancia restrita a amostra analisada.Este rclat6rio s6 deve scr reproduzido por inteiro e com a aprovayao do clicnte;
Reinaldo Ramos Furtado Filholaboralorista
Prof. Eng. Andre Matte SagaveCoordenador dos laborat6rios de Eng. Civil
Portaria 60212002
Claudcmir M. R';ldetskiCRQ,13100490
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RELATORIO TECNICO nO 059/2008
Itajai, 13 de junho de 2008.
Solicitante: Maike! Borchardt.
Tipo de ensaio: Teor de sals e cloretos so[uveis em areia.
Procedencia do material: Nao fornecido.
Procedimentos
Par soJicitar;:aodo Sr. Maikel Borchardt, 0 Laborat6rio de Materiais de ConstrUt;ao Civil da
Universidade do Vale do Itajai, executou ensaios de caracterizac;:ao de agregados miudo em
qualro amostras de areia, a amostragem foi feita e entregue no laborat6rio pelo solicitante.
Procedimcntos de cnsaio: 0 proccdimcnto prcparar;:ao da amostra para cnsaio roi
rcalizado bascado oa norma tccnica NM 50:1996 "Agrcgados para concreto - Delcrminac;:ao
de sais, c1arclos c sulfatos soluvcis ". A dClcnllinar;:ao do teor de clarclos rei realizada pclo
metodo de Volull1ctria de prccipitat;ao - Mctodo de Mohr.
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Tipo de ensaio: Tipo de ensaio: Tear de sa is e cloretos soluveis em areia.Amostragem: Feita peto solicitanteReagente utilizado para precipita~ao: Nitrato de praia (AgN03)Data de recebimento do material: 10/05/2008Data de conclusao do ensaio: 11/06/200BData de emissao do relat6rio: 13/06/2008
Tabela 1 - Tear de sais sohiveis presentes na areia.
Determina~oessals soluveis
(%1Camboriu 1 Camboriu 2 Itajai 1 Lavagem Itajai 2 Lavagemlavagem Javagem
Primeira 00099 0,0054 00074 0,0063SeQunda 0,0063 0,0058 0,0089 0,0044Valor media 0,0081 0,0056 0,0081 0,0053
Tabela 1 - Tear de cloretos - Titulagao p_eloMetoda de Mohr.
Amostra Determinat;oes cloretos sol(rveis crQ cr I Q areia %
CamboriO 1Primeira 0,000422 0,042
lavagem Seaunda 0,000479 0,047Valor media 0,000451 0,045
Camboriu 2Primeira 0,000422 0,043SeQunda 0,000439 0,042lavagemValor medio 0,000431 0,043
Tabela 2 - Teor de cloretos - Titulac;ao pelo Metodo de Mohr.
Amostra Determinayoes cloretos soluveis CI"9 Cr~gareia %
Primeira 0000809 0,080Itajaf 1 Lavagem SelJunda 0,000896 0,089
Valormedio 0,000853 0,085Primeira 0,000934 0,093
Itajai 2 Lavagem Sequnda 0,001116 0,111Valor medio 0,001025 0,102
Obs : Os resultados de analise tem significancia restrita a amostra analisada.Este rclat6rio s6 deve ser reproduzido por inteiro c com a aprovayao do cJienle;
Reinaldo Ramos Furtado FilhoLaboralorisla
Prof. Eng. Andre Matte SagaveCoordenador dos laboral6rios de Eng. Civil
Portaria 60212002
Claudcmir M. RadctskiCRQ: 13100490
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RELATORIO TeCNICO nO 059/2008
Itajai, 13 de junho de 2008.
$olicitante: Maikel Borchardt.
Tipo de ensaio: Teor de sais e cloretos soluveis em areia.
Procedencia do material: Nao fomecido.
Procedimentos
Por solicitac;:ao do Sr. Maikel Borchardt, 0 Laborat6rio de Materiais de Construc;:ao Civil da
Universidade do Vale do Itajal, executou ensaios de caracterizac;:ao de agregados miudo em
quatro amostras de areia, a amostragem foi feita e entregue no laborat6rio pelo so1icitante.
Procedimentos de ensaio: 0 proccdimcnto preparac;;ao da amoslra para cnsaia foi
rcalizado bascado na norma t6cnica NM 50:1996 "Agrcgados para concreto - DClcrminac;;ao
de sals, cJorctos c sulfatas soluvcis ", A detenninac;;ao do leor de cloretos [oi realizada pelo
mctodo de Volumetria de prccipitay3.o - Metoda de Mohr.
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Tipo de ensaio: Tipo de ensaio: Teer de sais e cloretos soluveis em areia.Amostragem: Felta pelo saHeltanteReagente utilizado para precipitar;ao: Nitrato de prata (AgN03)Data de recebimento do material: 10/05/2008Data de conclusao do ensaio: 11/0612008Data de emissao do relat6rio: 13/06/2008
Tabela 1 - Tear de sais soluveis presentes na areia.
Determinal;oessals soluveis
(%Itapocu 1 Itapocu 2 Tijucas 1 Tijucas 2Lavagem Lav~em Lavag~m Lav~~m
Primeira 0,0069 00040 00172 00068Seaunda 0,0052 0,0024 0,0060 0,0038Valor media 0,0061 0,0032 0,0116 0,0053
Tabela 1 - Tear de cloretos - Titulacao pelo Metoda de Mohr.
Amostra Determinagoes cloretos soluveis cr9 cry 9 oreio %
Itapocu 1Primeira 0,000446 0,044SeQunda 0,000668 0,066
LavagemValormedio 0,000557 0,055
Itapocu 2 Primeira 0000446 0044Segundo 0,000494 0049
LavagemValor media 0,000470 0,047
Tabela 2 - Teor de cloretos - Titulac;:ao pelo Metodo de Mohr.
Amostra Determina~Oes cloretos solOveis crg cr I g areia %
Tijucas 1Primeira 0000667 0066Segunda 0,000687 0,068LavagemValor medio 0,000677 0,067
Tijucas 2Primeira 0000643 0064Segunda 0,000622 0,062LavagemValor media 0,000633 0,063
Obs.: Os resultados de analise tem significancia restrita a amostra analisada.ES1Crclatorio so dcvc scr rcproduzido por intciro c com a aprova~ao do c1icntc;
Reinaldo Ramos Furtado Filholaboralorisla
Prof. Eng. Andre Malte SagaveCoordenador dos laboratorios de Eng. Civil
Portaria 60212002
Clamlcmir M. RadctskiCRQ: 13100490