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defendia sermos imortais toda vez que
alguém nos lesse e entendesse clara
mente nossas ideias, trazendo em pen
samento a nossa visão do mundo.
Os 75 poetas desta edição também cons
troem arabescos voltados para os poe
mas de Donizete Galvão e se insurgem
contra a sua morte: conversam com ele,
o corporificam, o vivificam e o inespera
do acontece: a poesia contemporânea
derrota a morte de seu amigo poeta.
“Quem me lê me cria” – vaticina o ver
so de Donizete Galvão. E assim se fez
nos diversos poemas, como diz Renan
Nuernberger: “encontrálo outra/vez
(Doni)/ nessa tarde/parada em/seu
olhar (grave/ruminando/o mundo)”.
Esta é uma obra rara. Se não a mais com
pleta, certamente a mais verdadeira reu
nião da poesia brasileira contemporânea.
LEANDRO ESTEVES
LEUSA ARAUJO
ISBN 978-85-8282-032-2
9 7885828 28203229 788582 820322
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L I T E R A T U R A
Esta é uma coletânea rara, feita em torno
de temas essenciais à poesia: a amizade
e a imortalidade. Assim, em vez de reunir
poetas representativos de uma geração
ou de dividilos por regiões do país ou
em movimentos artísticos, encontra
mos tão bem orde nada a produção de
75 poetas contemporâneos – a maioria
brasileiros – apresentando o seu melhor
e com uma solenidade inédita: tratase
de dialogar com os versos de 15 poemas
de Donizete Galvão. O poeta que partiu
na madrugada do dia 30 de janeiro de
2014, aos 59 anos, e que agora sobrevive
tanto em seus versos, como renasce nos
poemas desta antologia.
Em um dos seus Ensaios chamado “Da
Amizade”, Montaigne, o famoso filósofo
francês do século XVI, descreve o tra
balho do muralista que pintava a grande
parede de seu castelo. Dizia para que
observassem que quase todo o trabalho
eram arabescos que dirigiam a aten
ção para o tema central de sua pintura;
e concluía que toda a sua obra, da vida
inteira, eram os arabescos que escreveu
e que levam a atenção do leitor para a
ideia central: O discurso da servidão voluntária, ensaio de seu amigo Étienne
de La Boétie.
A obra de Montaigne é caudalosa, monu
mental; enquanto o discurso de seu ami
go possui apenas 37 páginas – e Étienne
mais não fez porque morrera cedo.
Charles Sanders Peirce, matemático e se
miótico norteamericano, do sé culo XIX,
R E Y N A L D O D A M A Z I OR U Y P R O E N Ç A
TA R S O D E M E L O
( o r g a n i z a d o r e s )
OUTRAS RUMINAÇÕES7 5 P O E TA S E A P O E S I A D E D O N I Z E T E G A LVÃ O
DONIZETE GALVÃOP O E S I A
J Ú L I O C A S TA Ñ O N G U I M A R Ã E S
J Ú L I O M A C H A D O
K L E B E R M A N T O V A N I
L E A N D R O S A R M AT Z
L E I L A G U E N T H E R
L E O N A R D O G A N D O L F I
L I L I A N A Q U I N O
L U I S A G U I L A R
L U I Z G O N Z A G A
L U I Z R O B E R T O G U E D E S
L U I Z R U F F AT O
M A N O E L R I C A R D O D E L I M A
M A R C O S S I S C A R
M A R I O A L E X R O S A
M O A C I R A M Â N C I O
N I N A R I Z Z I
PÁ D U A F E R N A N D E S
PA U L O F E R R A Z
P R I S C A A G U S T O N I
P R I S C I L A F I G U E I R E D O
R E N A N N U E R N B E R G E R
R E Y N A L D O D A M A Z I O
R I C A R D O R I Z Z O
R O D R I G O P E T R O N I O
R O N A L D P O L I T O
R O S A M AT T O S
R O S A N A P I C C O L O
R U Y E S P I N H E I R A F I L H O
R U Y P R O E N Ç A
S É R G I O A L C I D E S
S I M O N E B R A N T E S
S Ô N I A B A R R O S
TA R S O D E M E L O
T U L I O V I L L A Ç A
V E R A L Ú C I A D E O L I V E I R A
V E R O N I C A S T I G G E R
V I C T O R D E L F R A N C O
V I C T O R O L I V E I R A M AT E U S
A D O L F O M O N T E J O N A V A S
A L B E R T O B R E S C I A N I
A L B E R T O M A R T I N S
A L E S S I O B R A N D O L I N I
A L E X A N D R E B O N A F I M
A L E X A N D R E G U A R N I E R I
Á L V A R O A L V E S D E F A R I A
A N D R É L U I Z P I N T O
A N D R É V A L L I A S
A N D R É A C AT R O PA
A N N I TA C O S TA M A L U F E
A N T O N I O C A R L O S S E C C H I N
A R I A N E A L V E S
B R U N O B R U M
C A R L O S A U G U S T O L I M A
C A R L O S F E L I P E M O I S É S
C A R L O S L O R I A
C A R L O S M A C H A D O
C H A N TA L C A S T E L L I
D A L I L A T E L E S V E R A S
D I N I Z G O N Ç A L V E S J U N I O R
D I R C E U V I L L A
D O N I Z E T E G A L V Ã O
E D I M I L S O N D E A L M E I D A P E R E I R A
E D U A R D O L A C E R D A
E D U A R D O S T E R Z I
E L I S A A N D R A D E B U Z Z O
F A B I A N O C A L I X T O
F A B I O W E I N T R A U B
F A B R Í C I O M A R Q U E S
G I L B E R T O N A B L E
G U I L H E R M E G O N T I J O F L O R E S
H E I T O R F E R R A Z M E L L O
H E L E N A T E R R A
I A C Y R A N D E R S O N F R E I TA S
I TA L O M O R I C O N I
J O Ã O F I L H O
J Ú L I A S T U D A R T
SELO DONIZETE GALVÃO DE POESIACOORD. ANA TEREZA MARQUES
Esta antologia é o primeiro título do
Selo Donizete Galvão de Poesia, que
reunirá livros de poesia contemporânea
identificados pela lamparina de autoria
do artista plástico Rogério Barbosa. Da
lamparina, dissenos o poeta em “Lições
da noite”: “A brevidade de sua chama/ e
a baixa luz com que nos ilumina/ lem
bramnos de que a noite é nossa sina”.