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arquivo em pdf sobre o controle da dor
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HOSPITAL SEM DOR:
“a dor como
5º sinal vital”
Enfª Lucimara Duarte Chaves
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
Qualidade da assistência
• Ampla discussão nas instituições hospitalares;
• “A qualidade passou a ser indispensável e um elemento diferenciador no processo de atendimento das expectativas de clientes e usuários”.
(Hortale, Obbadi & Ramos 2002)
• Ênfase ao paciente com dor;
• Foco na melhoria tem levado ao
desenvolvimento de indicadores e medidas
que buscam avaliar a qualidade dos serviços
prestados:
AVALIAÇÃO DA DOR
Qualidade da assistência
• A avaliação da dor e o registro
sistemático e periódico de sua
intensidade é fundamental para
que se acompanhe a evolução dos
pacientes e se realize ajustes
necessários ao tratamento.
Qualidade da assistência
• 1995 - James Campbell - American Pain
Society:
– “Os sinais vitais são verificados rigorosamente. Se
a dor fosse avaliada com o mesmo zelo como os
outros sinais vitais, teríamos uma chance de tratá-
la adequadamente”.
– “Precisamos treinar médicos e enfermeiros para
tratar a dor como um sinal vital. A dor ser
avaliada e tratada significa qualidade no cuidado”.
Dor: 5o sinal vital
Dor: 5o Sinal Vital
TORNAR A PRÁTICA
DE VERIFICAÇÃO
“VISÍVEL” NA
INSTITUIÇÃO;
VERIFICAR,
AVALIAR E
DOCUMENTAR
É O PRIMEIRO
PASSO;
ASSEGURA
QUE A DOR NÃO
ALIVIADA
SEJA
IDENTIFICADA
E TRATADA.
• Estratégias:
– documentação para todos os pacientes como
parte do registro dos sinais vitais;
– avaliação detalhada;
– documentação da avaliação, da intervenção e do
intervalo de reavaliação.
Dor: 5o Sinal Vital
• 4 etapas:
GERENCIAR A DOR
ESTABELECER OS INDICADORES
MONITORAMENTO
IMPLANTAR
Dor: 5o Sinal Vital
• Implantação:
– definir como verificar a intensidade da dor e
instrumento de avaliação;
– definir instrumento de documentação da intensidade;
– educação de médicos e equipe de enfermagem:
instrumento utilizado, documentação, avaliação
detalhada, manejo da dor;
– educação de pacientes e família sobre: avaliação da
dor, direitos e responsabilidades relacionadas ao
manejo da dor e opções de tratamento disponíveis.
Dor: 5o Sinal Vital
AVALIAÇÃO DA DOR
DOR
“Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano real ou potencial dos tecidos,
ou descrita em termos de tais lesões”.
A dor é sempre subjetiva e pessoal
• Não há nenhuma técnica objetiva que mensure precisamente ou que possa demonstrar a real ocorrência de dor.
• Os comportamentos dolorosos e, não propriamente a dor, é que são avaliados pelo observador.
MENSURAÇÃO DA DOR
AVALIAÇÃO DA DOR
• Esses comportamentos observáveis compreende:
– as expressões verbais e não verbais e as ações indicando que a dor está sendo experenciada.
– Expressões verbais incluem:
- o relato descrito da condição,
resmungos, gemidos e a
expressões fonéticas.
• Expressões não verbais e outros comportamentos:
– expressões faciais, reações de retirada ou de defesa, uso de dispositivos para apoio ou para assistir a marcha, etc
AVALIAÇÃO DA DOR
Dimensão Fisiológica
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
• Obter dados do auto-relato do paciente:
1- Localização
2- Qualidade
3- Padrão
4- Intensidade
Quatro aspectos são essenciais para
entender a etiologia da dor 4
Copyright 2001 D.J. Wilkie & K.A. Puntillo all rights reserved
1- AVALIANDO A LOCALIZAÇÃO DA DOR
E D D
E D D
1- AVALIANDO A LOCALIZAÇÃO DA DOR
2- Qualidade da dor (descrição)
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
“Uma das característica
mais importantes ”
Indica se a etiologia é nociceptiva ou neuropática
(Bonica, 1990)
3-Padrão de dor
– Padrão da dor
• Início
• Duração
– Variação da dor com o tempo
• Periodicidade da melhora ou piora
• Fatores de piora ou melhora
Natureza temporal da dor
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
• Instrumentos de avaliação:
– INTENSIDADE:
ESCALAS DE AVALIAÇÃO
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
4-Intensidade
UNIDIMENSIONAIS E MULTIDIMENSIONAIS
• Escalas de avaliação da intensidade da dor: – ESCALAS NUMÉRICAS: 0-5 ou 0-10, onde 0
significa ausência de dor e 5 ou 10 a pior dor imaginável;
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
4-Intensidade
Escala Visual Analógica Numérica
• Escala Visual Analógica Numérica e de Cores
Instrumentos da Prática Clínica
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
4-Intensidade
• Escalas de avaliação da intensidade da dor: – ESCALA DE CATEGORIAS DE PALAVRAS:
• sem dor,
• dor leve,
• dor moderada,
• dor intensa e
• dor insuportável;
Instrumentos da Prática Clínica
0 1 2 3 4 5
Não dói Dói
porquinho
Dói um
pouco
Dói
bastante
Dói muito Dói muito
muito
(B)
Figura 1. Exemplos de Escalas de Faces para avaliação da intensidade da dor em crianças:
(A) Escala dos Ursinhos (In: Plaja 2003); (B) Escala da Mônica e Cebolinha (Claro 1993)
Instrumentos da Prática Clínica
• Escala de Faces de McGrath
• Escalas de avaliação da intensidade da dor:
– ESCALA QUANTITATIVA NÃO NUMÉRICA: escala de expressões faciais de sofrimento crescente ou de seqüência de copos - são úteis em pacientes com baixa escolaridade e naqueles com dificuldade de compreender a escala numérica.
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
4-Intensidade
Ansiedade
Medo Depressão
Irritação
Respostas afetivas: emoções negativas
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
Respostas Cognitivas
• Crenças
• Atitudes
• Significado da dor
• Memória passada da dor
• Estratégias cognitivas
de enfrentamento
A AVALIAÇÃO DO DOENTE COM DOR
data FR Intensidade
da dor
ANTES
Intensidade
da dor
DEPOIS
Sedação
hora Assinatura
Intervenção
Dor: 5o Sinal Vital
Dor: 5o Sinal Vital
• Gerenciar a dor:
– avaliação da dor e instrumento de registro:
• localização;
• intervenções farmacológicas e não
farmacológicas;
• intervalos de reavaliação;
• dados de reavaliação;
• observações.
Dor: 5o Sinal Vital
• Estabelecer indicadores: • prevalência;
• principais medidas analgésicas adotadas;
• consumo de morfina;
• satisfação do paciente.
Dor: 5o Sinal Vital
• Monitoramento:
• coleta de dados;
• análise dos dados;
• plano de ação: implementação de medidas
de melhoria.
Dor: 5o Sinal Vital
• QUALIDADE é “um processo dinâmico,
ininterrupto e de exaustiva atividade permanente
de identificação de falhas nas rotinas e
procedimentos, que devem ser periodicamente
revisados, atualizados e difundidos, com
participação da alta direção do hospital até seus
funcionários mais básicos”.
(Novaes e Paganini, 1994)
Dor: 5o Sinal Vital /
qualidade na assistência?
Dor: 5o Sinal Vital
As normas
precisam ser
integradas a prática
clínica.
São necessárias:
avaliações constantes,
educação continuada e
manutenção dos resultados
previamente estabelecidos.
Dor: 5o Sinal Vital
segundo Campos (1992) “aspecto mais
importante do controle de
Qualidade Total”.
• QUALIDADE “implica uma abordagem na área de
educação, pois acredita-se que a qualidade relaciona-se
diretamente à educação”;
• “Os programas de qualidade obtêm resultados mais
satisfatórios se a população tiver melhor nível
educacional” (Mello e Camargo, 1998).
• “O sucesso de países e organizações está nos seus
recursos humanos” (Mello e Camargo, 1998).
Dor: 5o Sinal Vital /
qualidade na assistência?
• A “Joint Commission on Acreditation of
Healthcare Organizations (JCAHO)” - entidade
que realiza a certificação de qualidade em
serviços de saúde - reconhece a necessidade do
gerenciamento da dor e define diretrizes para o
manejo da dor.
Dor: 5o Sinal Vital
– reconhecer o direito de manejo da dor
dos pacientes;
–avaliar e registrar a existência, natureza,
e intensidade da dor em todos os
pacientes;
–assegurar a competência da equipe no
manejo e avaliação da dor;
Dor: 5o Sinal Vital Dor: 5o Sinal Vital
–estabelecer políticas e procedimentos
para o efetivo manejo da dor;
–educar os pacientes e família sobre o
efetivo manejo da dor;
–atender as necessidades dos pacientes no
manejo dos sintomas na alta hospitalar.
Dor: 5o Sinal Vital Dor: 5o Sinal Vital
“A ADOÇÃO DA DOR COMO
QUINTO SINAL VITAL
É ANTES DE MAIS NADA
UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO”
Dor: 5o Sinal Vital
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
“Viver não dói”
Carlos Drummond de Andrade