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DRAVE Revista(da) Nº 3 Mensal Setembro 2012 Em reportagem Sol a Sol 2012 A visão de um participante Em Destaque Dravim 2012

Drave Revista(da)

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Revista da BNIV

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Page 1: Drave Revista(da)

DRAVERevista(da)Nº 3 Mensal Setembro 2012

Em reportagemSol a Sol 2012 A visão de umparticipante

Em Destaque Dravim 2012

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Diretor: Paulo Natividade

Diretor de Arte: Pedro Vinagre

Editor: Pedro Vinagre

Fotografia: Nuno Mendes “Kabrode”, João Brás, Helena Pires

Colaboradores: Carla Correia, Carla Espadinha, Luis Rodrigues

DRAVERevista(da)

Índice

12-Divulgação

7-Destaques

8-Maratona fotográfica

4-Reportagem3-Editorial

2-Indice

1-Capa

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Editorial

Nos dias que correm, muitas são as situações que nos im-pedem de parar e reflectir um pouco acerca do rumo das nossas vidas e o caminho que pretendemos que elas tomem.À velocidade que corre a vida, todos nós somos impelidos a colidir uns com os outros, somos como que forçados a olhar para aqueles que nos rodeiam e acompanham a nossa caminhada, nos auxiliam nos momentos que necessita-mos e nos ensinam e ajudam a crescer apenas com a sua simples presença. Todos eles nos ensinam algo mas, por vezes, nem a todos deixamos o devido olhar, o devido agra-decimento, ficamos como que à sombra do nosso olhar. Real-mente, muitas das vezes vive-mos à sombra do nosso olhar, das nossas acções, das nossas vontades.Todas as actividades que se realizam na Drave, tendem a impelir todos aqueles que se mostraram disponíveis a acei-tar o desafio de participação, a pararem uns momentos nas suas vidas e reflectirem sobre tudo o que os rodeia, sobre a sua fé. Não apenas a Fé no

sentido religioso, mas enten-dendo a fé num sentido mais amplo da palavra; todas as nossas crenças, tudo aquilo em que acreditamos, tudo aq-uilo que nos faz levantar todos os dias de manhã e sentir que vale a pena estar acordado para lutar por mais objectivos, num intuito muito mais amplo que nos reportará ao nosso contentamento e à felicidade daqueles que nos rodeiam.Drave por si só potencia toda esta possibilidade de reflexão e de descoberta interior. Num contacto muito próximo com a natureza e, numa cumplici-dade muito grande com o Pai. Ali tudo é bastante rudimentar e difícil, mas é o local onde tudo é possível. Ali não há im-possíveis e conseguimos trans-formar as nossas fraquezas, tornando-nos mais fortes, mais audazes. Com uma vontade que possibilita mover montan-has, ali, no meio do nada, tudo se consegue, tudo faz sentido.O Sol a Sol deste ano, foi mais um desses momentos. Mas como em tudo na vida, o tem-po que num momento parece infindável, noutra ocasião pas-sa num ápice e, sem nos dar-

mos por isso, era já hora das despedidas e do culminar de mais esta semana de trabalho em prol da Drave. Foi mais um momento que nos levou a par-ar as vidas agitadas que temos e nos fez olhar para nós e para as nossas acções – o modo como somos vistos e a maneira como vemos quem nos rodeia – as razões pelas quais muitas das vezes ficamos impávidos e serenos, quando à nossa volta surgem milhares de possibi-lidades e os motivos que nos impedem de remover todas aquelas montanhas que se nos atravessam no caminho, todas aquelas portas que se abrem à nossa passagem e todas as pessoas que se cruzam com o nosso trilho. Tudo isto pro-curando algo muito superior, a busca incessante pela nossa felicidade, sabendo que subi-remos aquela montanha, com uma vontade incessante de mudar tudo o que nos rodeia, bastando para isso manter a mesma vontade que nos per-mite fazer feitos impensáveis lá em baixo, naquele vale, de nome Drave.

Luis Rodrigues

Drave – Um Olhar lá do fundo

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Sol a Sol 2012 “Não foi um sim imediato”

Não foi um sim imediato. A inscrição para o ACANAC estava feita e os convites para ir de férias eram mais que muitos! Desculpas para não passar uma semana inteira a trabalhar era o que não faltava! “Roverway, Acanac, família, amigos, descanso, não vai ninguém que eu conheça, eu até já fui à Drave, bla bla bla”. Por algum motivo decidi ir. Decidi ficar mais cansada, com mais bolhas nos pés, com mais dores nas pernas, decidi não ver a minha família mais uma se-mana, adiar a praia uns dias e não tive problemas que as festas de verão acabassem sem que eu as fosse conhecer. Decidi ir porque sim, porque ser caminheiro também é arriscar e dar pri-oridade ao modo de vida que escolhemos. Não dei sossego ao lenço e parti. Depois de uma viagem de autocarro onde as horas teimavam em não passar, só o facto de chegar à Drave já fez valer o meu árduo sim. As nuvens estavam mais perto e o sol estava no céu pronto a dar as boasv vindas. Tal como eu muitos outros tinham aceitado o desafio. Os lenços vermelhos começavam a avistar-se lá de cima o que tornava ainda mais completa a aldeia.

Em reportagem com Carla Correia

Reportagem

Neste ano de 2012 a Base Nacional da IV voltou a desafiar os caminheiros de todo o país a participar no Sol a Sol entre os dias 12 a 18 de Agosto. Ouvir falar do Sol a Sol não é difícil, portanto era já previamente conhecido o trabalho, quer físico quer espir-itual que, caso fosse, iria cumprir.

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Reportagem

As tarefas eram muitas, diversi-ficadas e realizaram-se quer na Drave quer em Palhais. Foram feitos grupos de trabalho de modo a que tudo funcionasse da melhor forma e a vontade de dar continuidade ao projec-to que nos tinha sido atribuído inicialmente foi notória. Alguns dedicaram-se à construção de

“Foi fácil criar um grupo unido”

“As tarefas eram muitas e diversificadas”

A maioria das caras não me di-ziam nada, mas tendo cada um de nós um lenço ao pescoço foi fácil criar um grupo unido em prol dos mesmos objec-tivos. Começou a partilha, a descoberta dos outros e de nós próprios, a confiança em quem se sentava ao nosso lado para conversar sobre inqui-etações, desânimos e dificul-dades no caminho. Começou a compreensão, a constatação de problemas vividos em clã, a ajuda do outro na tentativa de encontrar uma solução. Começou a magia transmitida pela própria Drave, a magia

de nós nos encontrarmos no centro da magia, dos arrepios enquanto se ouvem músicas, de sentir as palavras querer, acreditar, continuar com toda a força que elas podem con-ter. Começou o Sol a Sol. A firmeza do trabalho, a cor-agem de abrir o coração, de moldar uma nova estrela que nos guie. Foi-nos entregue um diário onde, para além do programa, horários, dinâmicas, orações, músicas e reflexões nos era permitido escrever o que quiséssemos, de nós para nós. Acompanhou-nos toda a semana e lançou-nos logo de

início a proposta de sermos jo-vens capazes de estabelecer a ruptura com o senso comum.Não sei se tinha expectativas nem se queria ter, fui verda-deiramente à descoberta, de mãos abertas e espirito livre para fazer valer mais um desa-fio que me ajudasse a crescer enquanto caminheira, e por-tanto, também enquanto pes-soa.

uma escada de acesso à ribei-ra de Palhais, outros recon-struiram o moinho, pintaram a ponte com óleo queimado, procedeu-se à construção de beliches e na casinha foi arran-jado o telhado entre mais algu-mas obras. Os dias foram pas-sados desta forma, já durante a noite eramos geralmente con-

vidados a parar, para pensar, para olhar o céu e perceber o que as estrelas nos conseguem transmitir. A lua iluminou-nos e tendo todas as condições para que tal acontecesse fomos dando um bocadinho de nós uns aos outros sendo também renovada a nossa fé.

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Reportagem

Em reportagem com Carla Correia

Quase sem dar por isso a actividade acabou e o até já foi dito a todos aqueles que comigo viveram o sonho que é estar no Sol a Sol ajudando a Drave a crescer à medida que crescemos com ela. Com um balanço altamente positivo de tudo o que vivi voltei a casa com a mochila muito mais pesada do que nos faz mais leves, motivação, vontade, determinação. Voltei mas voltei com a certeza de que lá também irei voltar, porque a Drave é também uma casa, a nossa casa.

“As tarefas eram muitas e diversificadas”

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Dravim Outubro de 2012

Destaques

Uma vez mais, é chegada a altura de celebrares a TUA Base. Nos dias 06 e 07 de Outubro de 2012, a Base Nacional da IV faz-te novamente o convite para participares em mais um Dravim e assim, todos juntos celebrarmos a nossa Base, construída por todos nós com muito esforço, muita dedi-cação, muito suor, mas sempre com muita alegria e animação. O Dravim 2012, sob o lema de Linhas Cruzadas, pretende marcar o início de mais um ano escutista e tem como objec-tivos maiores celebrar a Base Nacional da IV, promovendo o espírito da IV Secção a nível nacional, através de um encon-tro mais próximo entre Camin-heiros de diversos pontos do país, que se deslocam a este local, partilhando os seus con-hecimentos, as suas experiên-cias e as suas vivências; e dar a conhecer a Base Nacional da IV - Drave e todo o trabalho nela realizado.Não fiques na comodidade do teu lar e ousa participar em mais este momento de cel-ebração.

Drave...Staff... e o compromisso!Ser staff da Drave é honrar um compromisso com o escutismo, com a natureza e com o próx-imo.Todos os anos, realizamos trocas de experiên-cias e sabedoria, aprendemos a compreender o ciclo de vida da BNIV e a unir esforços para proporcionar a concretização do sonho de qualquer caminheiro... ser homem novo.Realizar-se-á este nosso encontro de Staff já neste Dezembro. Patricia Rosa

Encontro Nacional do Staff Dezembro de 2012

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Desta vez não te pedimos tra-balho, apenas boa disposição e muita vontade de fazer a festa. O que te oferecemos é a descoberta de ensinamen-tos que outros têm para ti, a alegria de Ser Caminheiro, a alegria do encontro das coi-sas belas da vida e, acima de tudo, a alegria da partilha da tua felicidade, numa encruzil-hada de linhas (caminhos) que se cruzam. Queremos que seja uma descoberta de ti próprio, com os outros e para os out-ros, sempre acompanhados por Deus. Queremos acima de tudo, que sejas tu a vir descobrir as sur-presas que preparámos para ti. Temos momentos de convívio entre caminheiros de diversos pontos do país, momentos de animação, oportunidades para

reflectires e… E muitas outras actividades que terás de ser tu a descobrir nesse fim-de-semana, por ti mesmo.Pega na tua mochila, coloca lá a tua tenda, a tua boa dis-posição, toda a tua alegria e vem fazer a festa connosco. Está nas tuas mãos ousares par-ticipar e pores-te a caminho… Ou melhor, fazeres caminho…Fica atento ao site da BNIV (www.drave.cne-escutismo.pt), pois dentro de pouco tempo lá encontrarás toda a informação necessária à actividade, bem como o procedimento de in-scrição.Despacha-te pois apenas as primeiras 150 inscrições serão aceites.

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21 - Transporte do material até á Aldeia

2 - Reconstrução do telhado de uma das casas da BNIV

3 - “A Loja” novo local de convívio da BNIV

4 - Recuperação de um dos edifícios pertencentes ao Património Local o moinho de água

Maratona fotográfica

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Maratona fotográfica

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5 - “Drave faz-me descobrir o que de melhor existe den-tro de mim...” Joana Silva

5Maratona fotográfica

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Maratona fotográfica

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