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Manutenção 9 770870 070007 ISSN 0870-0702 133/134 2. o e 3. o Trimestres de 2017 · 9.50 · Diretor: Luís Andrade Ferreira

e 3. Trimestres de 2017 · 9.50 o Manutenção · Þ Saliente-se que a Norma 60050 (191) foi entretanto re-vista e estruturada, tendo a nova versão sido publicada em 26 de Fevereiro

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Manutenção

9 770870 070007

ISSN 0870-0702

133/1342.o e 3.o Trimestres de 2017 · 9.50 € · Diretor: Luís Andrade Ferreira

Page 2: e 3. Trimestres de 2017 · 9.50 o Manutenção · Þ Saliente-se que a Norma 60050 (191) foi entretanto re-vista e estruturada, tendo a nova versão sido publicada em 26 de Fevereiro

sumário

1

134

133

MDiretorLuís Andrade Ferreira

Diretor-AdjuntoRaúl Dória

Direção ExecutivaCoordenador Redatorial: Ricardo Sá e Silva

[email protected] · T. 225 899 628Diretor Comercial: Júlio Almeida

[email protected] · T. 225 899 626 Chefe de Redação: Helena Paulino

[email protected] · T. 220 933 964

DesignLuciano Carvalho

[email protected]

WebdesignerAna Pereira

[email protected]

AssinaturasT. 220 104 872

[email protected]

Colaboração RedatorialLuís Andrade Ferreira, Raúl Dória, C. Pereira Cabrita,

Davide S. Fonseca, João Santos, José Sobral, Fernando Ferreira, Sorin Tudor, Konnerth Octavian,

Mário Barbosa, Rui Monteiro, Martín Alonso, Paulo Peixoto, Susana C. F. Fernandes,

Miguel Malheiro, Carlos Alberto Costa, Susana Valente, Marta Caeiro e André Mendes

Redação, Edição e AdministraçãoCIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®

Grupo Publindústria Praca da Corujeira, 38 · Apartado 3825

4300-144 PortoTel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629

[email protected] · www.cie-comunicacao.pt

PropriedadeAPMI – Associação Portuguesa de Manutenção

IndustrialNIPC: 501654267

Travessa das Pedras Negras, n.o 1, 1.o Dto. 1100-404 Lisboa

Tel.: +351 217 163 881 · Fax: +351 217 162 259www.apmi.pt · [email protected]

Publicação PeriódicaRegisto n.o 108797

Depósito Legal n.o 22330/88ISSN 0870 – 0702

Periodicidade: trimestralTiragem: 3000 exemplares

Representação no Reino UnidoEDWARD J. KANIA/ ROBERT G. HORSFIELD

International Publishers RepresentativesDaisy Bank – Chinley

High Peak SK23 6OA – EnglandT. (+44) 1 663 750 242 · F. (+44) 1 663 750 973

[email protected]

Representação AlemanhaJAN PEUCKERTArndtstrasse 48

D – 12489 BerlinT. (+49) 30 671 98 418 – F. (+49) 30 962 03 288

[email protected]

Impressão e Acabamento

Rua do Castanhal, 24485-842 Vilar do Pinheiro

Os artigos inseridos são da exclusivaresponsabilidade dos seus autores.

Estatuto editorial disponível emwww.revistamanutencao.pt

Manutenção133/134

www.revistamanutencao.ptAceda ao link através

deste QR code.

/revistamanutencaooo

2 editorial

artigo científico

4 Norma IEC 61703

(1.a Parte)

8 Otimização da manutenção baseada num modelo de simulação dinâmica

espaço de formação

12 Ficha técnica n.º 11

16 informações APMI

22 informações AAMGA

24 notícias da indústria

42 dossier sobre manutenção na indústria petroquímica

44

48

50

(1.a Parte)

54 O impacto da Industrial Internet of Things

56

nota técnica

60 Design e inovação com recurso à impressão 3D na indústria automóvel

case study

64 O hotel conetado

66 Renovação de laminadores – atualizações dos cilindros de trabalho para velocidades

extremas

reportagem

72 EMO Hannover 2017: “Connecting systems for intelligent production“

74 M&M celebra 10 anos do EPLAN P8

78 Siemens Automation Days

80 Jantar de gala no Palácio Nacional da Ajuda

informação técnico-comercial

86 CISEC na indústria petroquímica

88 As energias renováveis precisam de manutenção, a ENRIEL responde

90

92 Juncor: A importância da manutenção

94 Lubrigrupo: Óleos para motores a gás

98 Navaltik: Conceitos básicos de manutenção

100 Novo sistema de teste trifásico Testrano 600, da OMICRON

102 Primavera BSS: Manutenção preventiva reduz o downtime de ativos críticos

104 RS Components: A manutenção preventiva muda de periódica para preditiva

106

108 TecnoVeritas: Manutenção Condicionada na indústria petroquímica

110 Zeben: Arrancador suave com controlo inteligente de aceleração e desaceleração

112 bibliografia

114 produtos e tecnologias

132 links

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editorial

2

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M

No passado dia 25 de maio teve lugar no IPQ a apresentação da versão portuguesa

das Normas ISO 55000/1/2 dedicadas à Gestão dos Ativos Físicos ou, como são

mais conhecidas, ao Physical Asset Management.

Pela importância que se revestiu este evento, transcrevemos nesta edição da

revista Manutenção o discurso apresentado pelo Presidente da Direção da APMI,

Eng.º Lopes dos Santos.

O “Physical Asset Management” ou Gestão de Ativos Físicos é uma disciplina

relativamente jovem, mas é uma competência organizacional cada vez mais im-

portante.

Mas o que é Asset Management Asset Manage-

ment como: “as atividades coordenadas de uma organização para realizar valor com

os seus ativos”. A EFNMS (“European Federation of National Maintenance Societies”)

Physical Asset Management” como sendo “a gestão otimi-

zada do ciclo de vida dos ativos físicos para atingir de forma sustentada os objetivos

do negócio da organização

máximo valor dos equipamentos ao longo de todo o seu ciclo de vida, com uma

visão sistémica dos equipamentos.

Pode-se colocar a questão se o conceito de Asset Management vem substituir

o conceito de manutenção nas empresas. É na realidade um conceito muito mais

vasto que a manutenção, mas esta faz parte do núcleo central das questões por

ele abordadas.

É para nós evidente que sem uma manutenção devidamente organizada e

competente não há Gestão de Ativos possível. A manutenção é por isso uma das

componentes fundamentais da atividade de um Gestor de Ativos, para garantir

uma capacidade operacional otimizada.

Assim, a atividade da manutenção atinge outros patamares de importância

dentro das organizações, sendo naturalmente reconhecida a sua necessidade im-

periosa para a geração de valor para as organizações e para a sociedade em geral. M

Luís Andrade Ferreira

Diretor

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Norma IEC 61703

disponibilidade e manutibilidade

1.ª Parte

RESUMOCom base na norma internacional IEC 61703, apresenta-se

neste trabalho um conjunto de expressões normalizadas de

avaliação do desempenho da função manutenção.

1. INTRODUÇÃONas referências [1,2] expõe-se um estudo detalhado dos indi-

cadores de manutenção – manutibilidade e disponibilidade –,

propondo-se a generalização destes conceitos e respectivas

expressões de cálculo. Por sua vez, na Nota Técnica [3] escla-

recem-se os nossos leitores no que respeita aos estados e

tempos de manutenção de um bem (ou item). Na sequência

de [1,2,3], e com o objectivo de se complementarem estes

trabalhos, apresentam-se agora as expressões matemáticas

nas Normas IEC 60050 [4,5] e IEC 61703 [6], nas seguintes

condições [1,2,3,4,5,6]:

Aplicam-se a bens não reparáveis (ou não reparados),

bens reparáveis (ou reparados) com tempo de avaria

nulo, e bens reparáveis (ou reparados) com tempo de

avaria não nulo. Note-se que um bem não reparável é um

bem que, ao sofrer a primeira falha, cessa as suas funções

para sempre, entrando em estado de indisponibilidade

permanente, tendo assim que ser substituído. Por outro

lado, um bem não reparado é um bem reparável que, ao

sofrer uma falha de funcionamento, não é imediatamen-

IEC 60050 [4], Referências 191-01-02 (repaired item, enti-

té réparée, item reparado) e 191-01-03 (non-repaired item,

entité non répairée, item não reparado).

Saliente-se que a Norma 60050 (191) foi entretanto re-

vista e estruturada, tendo a nova versão sido publicada

em 26 de Fevereiro de 2015 [5]. As secções 191 passaram

-

não reparado foram descontinuadas e, inclusivamente,

repairable item,

entité réparable), e de item não reparável (192-01-12,

non-repairable item, entité non réparable) [5].

Todos os estados de disponibilidade correspondem a es-

tados de bom funcionamento contínuo do bem.

Todas as transições de um estado de disponibilidade para

um estado de indisponibilidade são consideradas como

falhas do bem.

Todas as transições de um estado de indisponibilidade

para um estado de disponibilidade são consideradas

como recuperações do bem.

Todos os estados de indisponibilidade correspondem a

avarias do bem e, por consequência, os tempos de indispo-

nibilidade coincidem com os tempos de avaria respectivos.

Após cada recuperação, o bem é considerado como se

fosse novo.

As grandezas temporais intervenientes (tempos de

funcionamento, tempos de manutenção, e tempos de

manutibilidade) obedecem a uma lei contínua de pro-

babilidades do tipo exponencial negativa. Considera-

-se esta distribuição na medida em que é das mais

utilizadas e usuais para se descrever os indicadores de

manutenção.

As distribuições exponenciais negativas têm como parâ-

bem) e µR (taxa de recuperações do bem).

Não se consideram quaisquer actividades de manuten-

ção preventiva ou outras acções programadas, que sejam

susceptíveis de originar a inaptidão do bem para cumprir

as funções requeridas.

Não se consideram os estados de avaria latente do bem.

No instante t = 0 o bem encontra-se em estado de funcio-

namento, sendo considerado como se fosse novo.

Para todas as expressões apresentadas, as numerações (0),

(1) e (2) referem-se, respectivamente, a bens não repará-

veis, bens reparáveis com tempo de avaria nulo, e bens re-

paráveis com tempo de avaria não nulo. Note-se que, para

(2), têm-se as expressões generalizadas, sendo por sua vez

as expressões relativas aos restantes bens, isto é (0) e (1),

obtidas por particularização dessas expressões genera-

lizadas. Para melhor compreensão, sugere-se então que

se parta destas expressões, demonstradas em [6], para as

respectivas particularizações, com especial atenção para as

estimativas dos diversos tempos de manutenção e respecti-

2. GLOSSÁRIO DOS SÍMBOLOS PRINCIPAISNa Tabela 1 apresenta-se a simbologia utilizada nas expres-

sões principais [4,5,6], assim como as respectivas designa-

ções nas línguas portuguesa e inglesa. Para melhor com-

preensão, indicam-se igualmente as respectivas referências,

Ma

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, 2.o

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3.9. Disponibilidade assimptótica

A = 0 (0)

A = 1 (1)

A = µ

R

+ µR

(2)

3.10. Função manutibilidade

M (t) = 0 (0)

M (t) = 1 (1)

M (t) = 1 – exp (– µACM

t) (2)

3.11. Manutibilidade

M (t1, t

2 ) = 0 (0, 1)

M (t1, t

2 ) = exp (– µ

ACM t

1 ) – exp (– µ

ACM t

2 ) (2)

4. GLOSSÁRIO DOS SÍMBOLOS COMPLEMENTARESNa Tabela 2 apresenta-se a simbologia utilizada nas expres-

sões complementares, de acordo com [4,5,6], assim como as

respectivas designações nas línguas portuguesa e inglesa.

Para melhor compreensão, indicam-se igualmente as respec-

IEC 60050 [4,5].

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS[1] C. Pereira Cabrita, J. Carlos Matias, F. Bigares Santos, C. Antunes Fer-

nandes, “Generalização dos Conceitos de Manutibilidade e Disponibilida-

de. Parte 1 – Manutibilidade”. Revista Manutenção nº 117, Abril/Junho

de 2013, p. 8 - 11.

[2] C. Pereira Cabrita, J. Carlos Matias, F. Bigares Santos, C. Antunes Fer-

nandes, “Generalização dos Conceitos de Manutibilidade e Disponibili-

dade. Parte 2 – Disponibilidade”. Idem nº 118/119, Julho/Dezembro de

2013, p. 4 - 8.

[3] C. Pereira Cabrita, J. Carlos Matias, F. Bigares Santos, C. Antunes Fer-

nandes, “Estados e Tempos de Manutenção de um Bem”. Ibidem nº 124,

Janeiro/Março de 2015, p. 12 - 14.

[4] Norma Internacional CEI IEC 60050 (191), “Vocabulaire Electrotech-

nique International, Chapitre 191: Sûreté de fonctionnement et qualité

de service”. Commission Electrotechnique International, Genebra, Suí-

ça, 1990.

[5] Norma Internacional CEI IEC 60050 (192), “Vocabulaire Electrotechni-

que International, Chapitre 192: Sûreté de fonctionnement”. Idem, Ibi-

dem, Ibidem, 2015.

[6] Norma Internacional CEI IEC 61703, “Expressions mathématiques pour

de maintenance”. Idem, Ibidem, Ibidem, 2001. M

Tabela 2. Simbologia utilizada nas expressões complementares.

Símbolos DesignaçõesIEC 60050191 (1990)192 (2015)

R (t) t

Point estimate of the reliability function at time t191-12-01

-----

Quociente entre o número de bens não reparáveis ainda operacionais no instante t, e o número total de bens não

reparáveis, operacionais em t = 0

R (t1, t

2 ) de tempo (t

1, t

2)

Point estimate of the reliability for the time interval (t1, t

2)

191-12-01-----

Quociente entre o número de bens reparáveis que não falharam no intervalo de tempo (t

1, t

2), e o número total de

bens reparáveis, operacionais em t = 0

MACMTTempo médio de manutenção correctiva activa

Mean active corrective maintenance time191-13-07192-07-22

Esperança matemática da duração do tempo de manutenção correctiva activa

MACMT

Estimativa pontual do tempo de manutenção correctiva activa

Point estimate of the mean active corrective maintenance time

191-13-07-----

Quociente entre o tempo total de manutenção correctiva activa, e o número total de operações de manutenção

correctiva activa, para um dado período de tempo

MRTTempo médio de reparação

Mean repair time191-13-05192-07-21

Esperança matemática da duração do tempo de reparação

MRTEstimativa pontual do tempo médio de reparação

Point estimate of the mean repair time191-13-05

-----Quociente entre o tempo total de reparação, e o número total de operações de reparação, para um dado período de tempo

MTTFEstimativa pontual do tempo médio de

funcionamento até à falhaPoint estimate of the mean time to failure

191-12-07-----

Quociente entre o tempo total de funcionamento até à falha, e o número total de intervalos de tempo de funcionamento

até à falha, para um dado período de tempo

MTTREstimativa do tempo médio de recuperação

Point estimate of the mean time to restoration191-13-08

-----

Quociente entre o tempo total de recuperação, e o número total de intervalos de tempo de recuperação, para um dado

período de tempo

MAMTTempo médio de manutenção activa

Mean active maintenance time191-08-03

-----Esperança matemática da duração do tempo de manutenção

activa

MCMTTempo médio de manutenção correctiva

Mean corrective maintenance time191-08-05

-----Esperança matemática da duração do tempo de manutenção

correctiva

µTaxa de reparações constante

Constant repair rate191-13-02

-----Inverso do tempo médio de manutenção correctiva MCMT

µACM

Taxa de manutenção correctiva activa constanteConstant active corrective maintenance rate

191-13-02-----

Inverso do tempo médio de manutenção correctiva activa MACMT

µAM

Taxa de manutenção activa constanteConstant active maintenance rate

191-13-02-----

Inverso do tempo médio de manutenção activa MAMT

µRep

Taxa de reparaçõesRepair rate

191-13-02-----

Inverso do tempo médio de reparação MRT

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Otimização da manutenção baseada num modelo de simulação dinâmica

1. INTRODUÇÃOA manutenção com base no risco, em inglês Risk Based Main-

tenance (RBM), é uma metodologia que tem por objetivo

físicos através da adoção de políticas de manutenção ade-

quadas. Torna-se então necessário selecionar as técnicas

equipamento. Depois de selecionada a técnica e a sua perio-

reduzido o risco de falha inicialmente calculado.

No presente artigo é utilizada uma ferramenta de simu-

lação dinâmica onde, através do conhecimento do risco de

falha inicial, se consegue simular o impacto das técnicas de

manutenção nesse mesmo risco. Quando o decisor introduz

as técnicas de manutenção que julgue adequadas e a sua

periodicidade, o modelo apresentará o risco esperado e o

custo previsto da sua decisão.

Para alcançar o objetivo proposto foi utilizado um

software de simulação dinâmica que permite simular o mo-

delo criado num período de tempo conhecido.

A metodologia RBM utilizada no presente trabalho é ba-

seada na proposta apresentada por Khan e Haddara [1],

incluindo os seguintes passos:

1. Cálculo do risco

de falha, e é estimado o valor do risco para cada modo

de falha através do produto da probabilidade de ocor-

rência pela severidade;

2. Avaliação do risco: Depois de quantificado o risco,

este é avaliado com base num critério de aceitação

para que sejam identificados os modos de falha não

aceitáveis;

3. Planeamento da manutenção: Neste passo é adotada

uma política de manutenção que minimize o risco.

2.1. Avaliação da Severidade

valor de severidade ao impacto de cada modo de falha ana-

lisando uma matriz de severidade. A matriz utilizada neste

trabalho está apresentada na Tabela 1.

2.2. Avaliação da OcorrênciaA probabilidade de ocorrência a considerar no presente

trabalho é determinada por um método quantitativo. O

valor da ocorrência assume o valor da probabilidade de

falha num ano para cada modo de falha. Para o cálculo

da probabilidade de falha acumulada (F(t)) foi adotada a

função de distribuição de Weibull biparamétrica. Depois

de caraterizada a distribuição, o valor assumido para o

indicador de ocorrência será o resultado de F(t) para t =

365. Por não serem considerados eventos com risco nulo

(ainda que ínfima seja a sua probabilidade de ocorrência

esta nunca será nula), o valor mínimo de ocorrência foi as-

sumido como 0,1.

2.3. Cálculo do RiscoDe acordo com o normalmente assumido, o valor do risco de

cada modo de falha é determinado através do produto do

valor da ocorrência com o índice de severidade. Desta forma,

o valor do risco terá um mínimo assumido de 0,1 e máximo

de 10.

2.4. Avaliação do RiscoPara avaliar o risco calculado de cada modo de falha foram

utilizados os seguintes três patamares, baseados na norma

ISO 31000:2009 [2]:

Risco intolerável: Para modos de falha com índice de ris-

co maior ou igual a 7;

Risco moderado: Modos de falha com risco maior ou

igual a 4 e menor que 7;

Risco aceitável: Modos de falha com risco inferior a 4.Ma

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, 2.o

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Tabela 1. Índice de severidade.

Descrição

9 a 10

Muito importante para a operação do sistema.

A falha provocará a paragem do sistema.

Crítico 7 a 8

Importante para a boa operação. A falha provocará degradação

do desempenho do sistema e poderá provocar consequências

adversas.

Marginal

5 a 6

Necessário para a boa operação. A falha poderá afetar o desempenho

do sistema e poderá provocar consequente falha do sistema.

3 a 4

Opcional para o bom desempenho. A falha não afeta o desempenho

do sistema imediatamente. Mas a falha prolongada poderá

provocar falha do sistema.

Menor 1 a 2Opcional para a operação. A falha não deverá afetar

o desempenho do sistema.

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10

-

veis de entrada o período de degradação de falha e a perio-

dicidade das técnicas de manutenção.

3.2.3. Porta Lógica “Deteta?”

A porta lógica “Deteta?” simula a aplicação de uma técnica de

deteção num equipamento em falha potencial. Na porta ló-

gica “Deteta?” será introduzido o valor de detetabilidade que

cada técnica escolhida apresenta para cada modo de falha a

analisar.

Para atribuir o valor da detetabilidade, é feita uma aná-

lise qualitativa utilizando a Tabela 2.

Tabela 2. Índice de detetabilidade das técnicas.

Nível relativo

Detetabilidade(%)

Descrição

1 70-100 Deteta assim que ocorre a falha potencial ou muito

próximo desta.

2 40-70 Deteta após alguma degradação do equipamento mas ainda afastado

da falha funcional.

3 5-40 Deteta com uma degradação do equipamento avançada,

muito próximo da falha funcional.

4 0-5 Não deteta a falha ou deteta apenas após a falha funcional

ocorrer.

3.2.4. Custos das Técnicas de Manutenção

O custo de aplicação de cada técnica permite comparar in-

dividualmente a relação custo versus benefício. A Tabela 3

apresenta os custos considerados para as técnicas de ma-

nutenção condicionada. Os valores foram obtidos com base

em preços praticados por empresas prestadoras dos servi-

ços mencionados. O custo de homem hora foi considerado

tendo em conta um vencimento mensal médio na indústria

de 748,34€ [5].

Tabela 3. Custos de aplicação das técnicas de manutenção.

Técnica Preço Observações

Vibrações 90,00 €/hora

Preço médio de Hxh para medição e análise.

O número de Hxh varia com a complexidade da análise.

Parâmetros defuncionamento

7,74 €/horaTécnicas elaboradas por Hxh

próprias da organização.

70,00 €/hora

Preço médio de Hxh para medição e análise.

O número de Hxh varia com a complexidade da análise.

Análise de óleos 130,00 €Análise à qualidade do óleo e partículas em suspensão.

Inspeção visual 7,74 €/horaTécnicas elaboradas por Hxh

próprias da organização.

3.3. Fase 2 – SimulaçãoA fase de simulação corre no software Arena, apresentan-

desenvolvido.

Se a entidade “falha Coincide = Não”, ou

“Deteta = Não”, ao longo dos cinco blocos de técnicas, então

-

nho “Coincide = Sim” e “Deteta = Sim”, em qualquer um dos

cinco blocos de técnicas, então não haverá falha funcional.

Foi também incorporado um contador, que permite quan-

comparação com o MTTF antes das técnicas escolhidas.

3.4. Fase 3 – ResultadosO resultado do modelo desenvolvido mostra a diferença en-

tre o risco obtido após a simulação e o risco calculado com o

variação do MTTF no índice de ocorrência, que expetavel-

mente será menor após a aplicação das técnicas de manuten-

ção. A melhor decisão é selecionada através do cálculo de um

relação custo versus benefício. M

Figura 2. Fluxograma de simulação Arena.

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espaço d

e f

orm

ação

134

133

M

10.2 Teorema de Thévenin e Teorema de NortonOs teoremas de Thévenin e de Norton aplicam-se para sim-

-

grando fontes de tensão ou corrente, ou passivo, por um

equivalente de Thévenin ou de Norton que apresentam as

mesmas caraterísticas do circuito inicial. A Figura 69 ilustra

este princípio:

I

VAB

A

B

Parte de um circuito linear (fontes de tensão, fontes de corrente e

resitências lineares)

Restante parte do circuito que poderá conter elementos

lineares e não lineares

a)

I

VAB

A

BEquivalente de Thévenin

RTh

ETh

+

-Restante parte

do circuito

b)

I

VAB

A

BEquivalente de Norton

IN

RN

Restante parte do circuito

c)

Figura 69. (a) Circuito elétrico dividido em duas partes onde

de Thévenin (c) representação do equivalente de Norton.

Concretizando cada um dos teoremas apresentados, e relati-

vamente ao equivalente de Thévenin, a parte do circuito a

gerador de tensão equiva-

lente, formado por uma força eletromotriz, ETh

, em série

com a sua respetiva resistência interna, RTh

. As caraterísti-

cas deste gerador são:

A sua força eletromotriz, ETh

, é igual à tensão aos terminais

do dipolo quando este se encontra em circuito aberto, ou

seja, na ausência de qualquer carga aplicada (no exemplo

da Figura 69 quando os terminais AB estão em aberto);

A resistência interna, RTh

, é igual à resistência que o dipo-

lo apresenta aos seus terminais quando todas as fontes

de energia independentes são substituídas pelas suas

respetivas resistências internas.

Ficha técnica n.º 11

No que concerne ao equivalente de Norton, o circuito a

gerador de corrente equi-

valente, formado por uma fonte de corrente, IN, em pa-

ralelo por uma resistência interna, RN. As caraterísticas do

gerador de corrente são apresentadas de seguida:

A sua corrente, IN, assume o valor da corrente nos seus ter-

minais quando estes estão em curto-circuito (no exemplo

da Figura 69 quando o ramo AB está em curto-circuito);

A resistência interna, RN, é igual à resistência que o dipolo

apresenta aos seus terminais quando todas as fontes de

energia independentes são substituídas pelas suas res-

petivas resistências internas.

A Figura 70 apresenta um circuito elétrico utilizado para

estudar o efeito da carga num divisor de tensão. Para ca-

da valor da resistência RL será necessário calcular todas as

grandezas necessárias para obtermos o valor de URL

e IRL

.

De forma a facilitar os cálculos, poderemos simplificar o

circuito à esquerda da resistência de carga pelo equivalen-

te de Thévenin, obtendo os resultados de uma forma mais

rápida e eficaz.

IRL

I

R1

U1 = 15 V

R2 R

LU

RL

A

B

+

-

Figura 70. Circuito para estudo do efeito da carga num divisor de tensão.

elementos à esquerda dos terminais AB do dipolo, conforme

apresentado na Figura 71. Para o cálculo do gerador equiva-

lente de Thévenin teremos de calcular a tensão aos terminais

do dipolo, quando este se encontra em circuito aberto, e a

resistência que o dipolo apresenta aos seus terminais, quan-

do todas as fontes de energia independentes são substituí-

das pelas suas respetivas resistências internas, que neste ca-

so a fonte E1 é uma fonte ideal correspondendo a uma r

i nula.

A tensão aos terminais do dipolo poderá ser calculada

pela aplicação do divisor de tensão, obtendo assim uma ten-

são do gerador equivalente de Thévenin de 7,5 V:

ETh

= UR2

= R

2

R1 + R

2 × U

1 =

10

10 + 10 × 15 = 7,5 V

Pau

lo P

eixo

toA

TE

C –

Aca

dem

ia d

e Fo

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Encontro Gestão de Ativos: Divulgação das Normas

da série NP ISO 55000

No passado dia 25 de maio 2017 teve lugar o Encontro Gestão de Ativos, no Auditório IPQ, na Caparica. A organização coube ao Instituto

Português da Qualidade. A coorganização foi da CT 204 – Gestão de Ativos, com o apoio da ONS/

APMI – Organismo de Normalização Setorial / Associação Portuguesa de Manutenção Industrial.

Este encontro teve como objetivo a apresentação da nova

comissão CT204 sobre gestão de ativos. Foi também feita

a divulgação das Normas da série NP ISO 55000, tendo sido

realizado um debate sobre a sua implementação nas organi-

zações dos diversos sectores de atividade económica.

Foram destinatários desta iniciativa entidades interessa-

das na gestão de ativos, legisladores, reguladores, segura-

doras, bancos e investidores, organismos de normalização,

de ativos.

No âmbito deste encontro o Presidente da Direção da

APMI, José Lopes dos Santos fez a seguinte alocução:

“Senhor Vogal do Conselho Diretivo do IPQ, Eng. Ricardo

Fernandes

Senhora Presidente da CT204, Eng.ª Helena Alegre

Minhas Senhoras e Meus Senhores

Em nome do ONS/APMI, agradeço ao IPQ a organização des-

te encontro, dada a importância da normalização e a relevân-

cia da gestão de ativos.

Permitam-me uma breve referência à APMI. A APMI – As-

sociação Portuguesa de Manutenção Industrial – associação

de 1980, tem como principais objetivos, consignados nos

seus estatutos:

Promover e apoiar o intercâmbio entre pessoas singula-

res ou coletivas no sentido de desenvolver a tecnologia,

métodos e outras áreas de manutenção dos meios de

produção e dos equipamentos;

Contribuir para a consciencialização da importância das

funções da manutenção;

Fomentar a divulgação das técnicas da manutenção.

A APMI é uma entidade que pela sua natureza e objetivos,

não está ligada a interesses corporativos, ou associada a gru-

pos de pressão ou de interesses de qualquer outro tipo. É na

sua independência face a interesses instalados que reside a

sua maior força e credibilidade. Pelos seus corpos gerentes

dos serviços e da academia.

Para a prossecução dos seus objetivos a APMI:

Fomenta a divulgação da importância da manutenção

como fator do aumento da produtividade e competitivi-

dade das empresas;

Promove entre os seus associados ações de formação

técnicas e de gestão;

Fomenta o conhecimento e a implementação das tecno-

logias, métodos e técnicas de manutenção que permitam

assegurar uma correta operacionalidade dos equipamen-

tos, sistemas e instalações;

Desenvolve as competências para a obtenção do má-

ximo rendimento do investimento feito nos ativos, ao

otimizar a sua vida útil, dando cumprimento a um obje-

tivo estratégico atual do desenvolvimento da Economia

Circular;

Organiza Congressos e Jornadas. A Economia Circular

será o lema do nosso próximo Congresso de Manutenção

em novembro de 2017;

Estabelece protocolos com entidades nacionais, empre-

sas e academia, para a difusão das tecnologias e metodo-

logias, no âmbito da Manutenção.

Como Organismo de Normalização Setorial desenvolve e

promove metodologias e normativos de apoio às atividades

da manutenção e gestão de ativos, que a seguir sintetizarei:

CT 94 – Criada em dezembro de 1991 (protocolo provisório)

GRUPOS DE TRABALHO DA CT 94

-

torial (atividade principal, a preparação documental ne-

Fevereiro de 2017)

GT 5 – Manutenção de edifícios

PELA CT 94 NP EN 13269:2007 Manutenção – Instruções para a Pre-

paração de Contratos de Manutenção

NP EN 13306: 2007 – Terminologia de Manutenção

NP EN 13460:2009 – Manutenção – Documentação da

Manutenção

NP EN 15341:2009 – Manutenção – Indicadores de De-

sempenho da Manutenção (KPIs)

NP 4483: 2009 – Guia para a implementação do sistema

de gestão da manutenção

NP 4492: 2010 – Requisitos para a Prestação de Serviços

de Manutenção

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NORMAS A SEREM TRADUZIDAS PELA CT 94

Referência do documento normativo CT Data de envio prevista

EN 15628:2014 Maintenance

de manutenção)

94 (GT1)setembro de 2017

EN 13306:2010 Maintenance – Maintenance terminology (Manutenção

– Terminologia de manutenção)94 (GT1)

dezembro de 2017

EN 15331:2011 Criteria for design, management and control of maintenance

services for buildings (Critérios para concepção, gestão e controlo de serviços

de manutenção de edifícios)

94 (GT5)julho

de 2017

NP 4492:2010 Requisitos para a Prestação de Serviços de Manutenção

94 (GT2)junho

de 2017

NORMAS A ACOMPANHAR European Committee for Standardization (CEN – Comité Eu-

ropéen de Normalisation);

Working Groups DA CEN TC 319 Maintenance (Acompa-

nhamento pela CT94):

EN 16646:2014 Maintenance – Maintenance within physi-

cal asset management – WG 10.

GESTÃO DE ATIVOSO ONS/APMI aceitou criar a nova CT para Gestão de Ativos,

o que aconteceu em 8 de fevereiro de 2017, em reunião no

IPQ, com a constituição da nova CT–204.

-

-nos para uma nova visão e integração de competências na

Gestão dos Ativos.

Vejamos o que diz a Norma ISO 55000 no ponto 0.4 – Be-

nefícios das Normas:

‘A adoção das Normas ISO 55001, ISO 55002, e da presen-

te Norma Internacional habilita uma organização a atingir os

ativos. A aplicação de um sistema de gestão de ativos consti-

tui uma garantia de que esses objetivos podem ser alcança-

dos de forma consistente e sustentável ao longo do tempo’.

-

ciência dos ativos, as Normas vêm colocar um novo paradig-

ma na forma como a manutenção tem sido gerida e avaliada

pelos decisores, isto é: substituir o conceito de ‘custos’ da

manutenção por ‘Resultados’ da manutenção.

-

veis da manutenção.

Vivemos uma época de grandes transformações:

A 4.ª Revolução Industrial:

Com a sensorização;

Com as nanotecnologias;

Com a recolha de dados relevantes, para gerarem in-

formação para apoio à tomada de decisões em tem-

po real;

Com a realidade aumentada.

A Economia Circular:

Com a extensão do ciclo de vida dos ativos, equipamen-

tos e componentes e com a reciclagem dos monos;

Com as preocupações da preservação ambiental;

e tornando o planeta mais sustentável.

A Manutenção tem também aqui um papel fundamental

nesta visão integrada e tem de saber posicionar-se como o

aproveitamento de uma oportunidade.

Será que estamos no caminho certo para o objetivo de

Será que estamos a confundir a redução de custos a cur-

Será que estamos a conseguir compatibilizar:

As diversas formas de conhecimento;

-

são do mundo empresarial;

O dinamismo exacerbado, com a ponderação;

A ambição com o respeito pelos valores;

As visões de curto e longo prazo;

O conservadorismo com o empreendedorismo.

Todos estamos conscientes de que, cada vez mais, o Ges-

competências técnicas tem de se associar as competências

de gestão. Assistimos nas empresas, à deslocação dos cen-

tros de decisão técnica para áreas de competência, onde os

e às vezes só de tesouraria.

Compete-nos a nós, ‘os técnicos’, como por vezes somos

designados, ajustar esta situação. Mas isso implica que fale-

mos a linguagem dos atuais decisores, a linguagem dos nú-

meros. Que sustentemos a nossa argumentação em dados

corretos e informação objetiva, reconhecendo que, como di-

zia um meu professor de Economia e Finanças e meu grande

amigo, ‘os números devidamente massacrados, confessam tudo

aquilo que nós quisermos’.

Temos de ter rigor na informação, pelo tratamento e in-

-

de devem coexistir na gestão e nas tomadas de decisão. As

folhas de Excel não têm ainda funções residentes, nem ma-

cros que considerem os sentimentos.

A pressão sobre a manutenção para reduzir os custos

da sua atividade, desligando-os dos ‘custos de oportunida-

de’, ou ‘lucros cessantes’, resultantes da produção perdida

e, logo, não vendida, devido a paragens forçadas por avarias

dos equipamentos.

Estes custos – normalmente muito superiores ao cus-

to das intervenções de manutenção e que devem integrar

o LCC não são apurados pela contabilidade de custos. São

frequente e injustamente ignorados na equação ‘custo-be-

nefício’ da manutenção. Se os custos de oportunidade fo-

rem devidamente considerados, o benefício da manutenção

tornar-se-á bem mais evidente ao contribuir para a redução

elevados, pretende-se que, em detrimento do custo de aqui-

sição, seja privilegiada a visão do custo ao longo do ciclo de

vida dos ativos físicos.

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IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES E REQUISITOS, CONCEÇÃO E PROJETO, INSTALAÇÃO E COMISSIONAMENTO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO, REINTRODUÇÃO NO PROCESSO, ABATE Neste modelo de análise, o papel da manutenção, que deve

intervir em todas as fases do ciclo de vida, é relevante pelos

contributos a dar para a redução do LCC, aumento do ciclo de

O Mundo está em crise, é verdade, mas, como traduzem

os chineses a palavra crise? Traduzem-na por risco e oportu-

nidade, Risco para quem nada faz, oportunidade para quem

se consegue desenvolver e melhorar.

A Manutenção, se bem gerida numa perspetiva de me-

muito importante ao possibilitar a extensão da sua vida útil.

Isto implica:

Deixarmos de ver a manutenção como um conjunto de

atividades instrumentais, resultantes da mera aplicação

de técnicas, metodologias, procedimentos e tecnologias;

Termos em consideração que a manutenção já está

presente nos edifícios, sejam eles administrativos, hote-

isso envolve;

Relevar a importância da Manutenção:

Na qualidade dos produtos;

Na preservação do ambiente;

Na segurança de pessoas e bens;

estratégica das organizações, pois proporciona a melhoria:

Da qualidade técnica dos ativos;

Da previsibilidade e da rentabilidade do investimento.

Sintetizaria dizendo que, nos cabe aqui, a todos nós, defen-

der a manutenção como uma área estratégica na gestão das

empresas, com atuação e competências a dois níveis:

Do ponto de vista organizacional, integrando: As com-

petências horizontais ou de gestão e administrativa, que

devem existir nos seus recursos internos; com as com-

petências verticais ou técnicas, nem sempre existentes

na sua totalidade na empresa, recorrendo para isso, se

necessário, a subcontratações, a parcerias ou fusões;

Do ponto de vista Económico: Concetualizar e gerir a

manutenção como um centro de resultados que é, e não

mais, como um centro de custos, como é ainda conside-

rado na visão predominante.

Venho defendendo há muitos anos que o conceito de centro

de custos é uma visão meramente contabilística;

Do ponto de vista da gestão só há lugar a centros de re-

sultados, com custos e proveitos, estes desejavelmente su-

periores àqueles”.

workshop «Manutenção integrada em Hospitais»

A A.P.M.I. organizou no dia 7 de Junho de 2017 o workshop

«Manutenção integrada em Hospitais», no Hospital de Cascais,

Dr. José de Almeida. O workshop foi conduzido pelo Eng.º Luís

Cardoso (TDGI), Eng.º Guilherme Martins (TDGI) e Eng.ª Marta

Almeida (TDGI), tendo como objectivo dar a conhecer acções

desenvolvidas numa unidade hospitalar e como actuar do

ponto de vista do prestador de serviços de manutenção.

Participantes: 12

Conteúdo Programático: Concepção, Construção e Ex-

ploração; Modos de Operação de Manutenção; Objectivos da

Manutenção em Hospitais; Valor acrescido para os Serviços

Clínicos; Case study: Hospital de Cascais; Contrato de Gestão;

Fases de intervenção; Modelo de Gestão; Implementação e

Controlo; Equipamentos Médicos.

workshop «Conceito de Facility Management

em Edifícios»

A A.P.M.I. organizou no dia 21 de Junho de 2017 o workshop

«Conceito de Facility Management em Edifícios», em Lagoas

Park. O workshop foi conduzido pela Eng.ª Sara Rodrigues

(TDGI) e Eng.º Carlos Ferreira (TDGI), tendo como objectivo

dar a conhecer e desenvolver o conceito de Facility Manage-

ment em Edifícios de Serviços.

Participantes: 16

Conteúdo Programático: Conceito de FM; Vectores de

Actividade; Concepção de Metodologias de Operação; Méto-

dos de Controlo e Supervisão; Gestão Económica; Case study:

-

vel de Serviço; Modelo de Operação e Gestão; Organigrama;

Controlo Operacional. M

Workshops A.P.M.I. – 2.º Trimestre de 2017

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Ficha de Sócio A.P.M.I. – Cupões de InscriçãoPara se poder tornar sócio da Associação Portuguesa de Manutenção Industrial,

utilize um dos formulários conforme a sua situação.

Fotocopie, preencha e envie a:

Associação Portuguesa de Manutenção Industrial

Travessa das Pedras Negras, n.o 1, 1.o Dto.

1100 -404 Lisboa

Telf.: +351 217 163 881 · Fax: +351 217 162 259

[email protected] · www.apmi.pt

SÓCIO COLECTIVO A.P.M.I. – CUPÃO DE INSCRIÇÃO

Pretendemos tornar -nos Sócio Colectivo da Associação Portuguesa de Manutenção Industrial, de acordo com o Regulamento a seguir indicado:

1.De acordo com os Estatutos da A.P.M.I. – Capítulo II, Art.º 4º, podem ser membros todas as pessoas colectivas que reconheçam a utilidade da Associação e estejam interessadas no desenvolvimento dos seus objectivos.

2.condições:

2.1 A Sede Social inscrever -se -á como Sócio Colectivo.

2.2Sede Social e uma instalação fabril expressamente designada na proposta de admissão.

2.3-

rão inscrever -se expressamente uma a uma.

3.Os membros Colectivos designarão o seu representante através de carta enviada à Direcção da Associação. A representação é válida por um ano.

4.Os membros Colectivos receberão um exemplar da Revista “Manutenção”. Poderão receber os números de exemplares que pretenderem pelo valor das assinaturas que subscreverem.

5.O presente Regulamento foi aprovado em Reunião de Direcção de 20.05.1985 e é aplicável a todas as empresas cujas unidades fabris tenham carácter permanente (isto é, mais de três anos). Não é aplicável a instalações do tipo estaleiro com vida provisária inferior a três anos.

5.1 O presente Regulamente é extensivo às Empresas já membros da APMI à data da sua aprovação.

Denominação: Centro de Exploração ou Fabril:

Endereço: Localidade:

Cód. Postal: Conselho: Distrito:

Telf: Extensão: Fax: Tm:

E -mail: Web site:

N.º Contribuinte: N.º Trabalhadores: CAE:

Representante junto da APMI:E -mail:

Cargo na Empresa:

Assinatura: Data:

RESERVADO AOS SERVIÇOS DA A.P.M.I.

Cartão N.º: Emitido em: Sócio N.º: Quota anual: € 260,00

Admitido em: Assinatura:

1. SÓCIO COLECTIVO

2. SÓCIO INDIVIDUAL

3. SÓCIO ESTUDANTE

1.

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2.

3.

SÓCIO ESTUDANTE A.P.M.I. – CUPÃO DE INSCRIÇÃO

Pretendo tornar -me Sócio Estudante da Associação Portuguesa de Manutenção Industrial.

Nome: B.I. (n.º): Arquivo:

Endereço Pessoal: Localidade:

Cód. Postal: Conselho: Distrito:

Telf: Fax: Tm:

E -mail: N.º Contribuinte: Data de nascimento:

Filiação:

Formação Académica:

Instituto: Faculdade/Departamento:

Endereço: Localidade:

Cód. Postal: Concelho: Distrito:

Assinatura: Data:

RESERVADO AOS SERVIÇOS DA A.P.M.I.

Cartão N.º: Emitido em: Sócio N.º: Quota anual: € 25,00

Admitido em: Assinatura:

SÓCIO INDIVIDUAL A.P.M.I. – CUPÃO DE INSCRIÇÃO

Pretendo tornar -me Sócio Individual da Associação Portuguesa de Manutenção Industrial, de acordo com o Regulamento a seguir indicado:

1.º Poderão ser admitidos como membros Individuais da APMI todas as pessoas que:

1.1

Tenham exercido ou exerçam a sua actividade na área da Manutenção ou, não tendo exercido tenham publicado trabalhos neste domínio

Manutenção nomeadamente Segurança, Prevenção de Acidentes, Informação e Controlo de Gestão de Manutenção, Produção e Distri-buição de Energia e Fluídos.

1.2 Possuam formação académica igual ou superior ao grau de Bacharel.

1.3Não possuindo a formação exigida no ponto anterior, desempenhem, funções equiparadas às exercidas por Licenciados e Bacharéis devendo, neste caso, essa situação ser atestada por uma empresa ou organismo ou por dois membros na plenitude dos seus direitos.

2.ºA admissão de membro Individual far -se -á por proposta à Direcção, que deliberará pela aceitação ou rejeição da proposta.Os Sócios Individuais recebem 1 número da Revista “Manutenção”.

Este regulamento foi aprovado em reunião de Direcção da APMI em 2 de Março de 1982.

Nome: B.I. (n.º): Arquivo:

Endereço Pessoal: Localidade:

Cód. Postal: Conselho: Distrito:

Telf: Fax: Tm:

E -mail: N.º Contribuinte: Data de nascimento:

Filiação:

Estado Civil: Formação Académica:

Empresa: Função na empresa: Departamento:

Endereço: Localidade:

Cód. Postal: Concelho: Distrito:

Telf: Extensão: Fax: E -mail:

Web site: N.º Contribuinte: N.º de Trabalhadores: CAE:

Assinatura: Data:

RESERVADO AOS SERVIÇOS DA A.P.M.I.

Cartão N.º: Emitido em: Sócio N.º: Quota anual: € 50,00

Admitido em: Assinatura:

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Participação da AAMGA no 14.º Congresso Nacional

de Manutenção / 5.º Encontro de Manutenção dos Países

1. A PARCERIA COM A FACULDADE DE ENGENHARIA TEM COMO:

Objetivo:A cooperação entre as entidades signatárias, tendo em vista a

colaboração institucional e o progresso do conhecimento no

domínio da Manutenção e Gestão de Ativos, numa perspetiva

de complementaridade das suas atividades.

Compromissos assumidos pelas partes:

a) Promover a cooperação e o intercâmbio de informações

entre as instituições nomeadamente em áreas como: bi-

bliotecas (normas técnicas, relatórios, catálogos), mate-

b) Divulgar o site institucional (o link e o logótipo) da outra

parte no seu website;

c) Participação na realização de ações a desenvolver em

conjunto e de comum acordo nomeadamente: inqué-

ritos, seminários, palestras, ações de formação, exposi-

ções, entre outros.

2. RELATIVAMENTE A APFM

Objetivos:Estabelecimento de uma pareceria que permita o desen-

volvimento de iniciativas comuns de promoção e divulga-

A AAMGA está a colaborar com a APMI na organização e participação do 5.º Encontro de Manutenção dos Países

decorrerá em simultâneo com o 14.º Congresso Nacional de Manutenção,

entre 23 e 24 de Novembro de 2017, no Campus da Malêutica (ISMAI/IPMAIA) no

Castêlo da Maia.

ACORDOS DE COOPERAÇÃO ESTABELECIDOS

da AAMGA (Associação Angolana de Manutenção e Gestão

de Activos), para promoção e apoio do intercâmbio entre

pessoas individuais e coletivas, no sentido de desenvolver

tecnologias, métodos e outras áreas de manutenção e ges-

tão de ativos dos meios de produção e dos equipamentos,

estabelecendo contactos com organizações congéneres, fo-

ram assinados acordos com:

1. A Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho

Neto, em 27 de outubro de 2016;

2. A APFM – Associação Portuguesa de Facility Management

a 17 de novembro de 2016;

3. O IANORQ – Instituto Angolano de Normalização e Qua-

lidade a de junho de 2017.

Foi celebrado o «Acordo de Reconhecimento da Associa-

ção Angolana de Manutenção e Gestão de Ativos como

Organismos de Normalização Setorial», entre o IANORQ

e a AAMGA.

A Comissão Técnica n.º 3 – Manutenção e Gestão de Ati-

vos (CT3), que é presidida e coordenada pela AAMGA, tem

dado sequência à implementação do seu Plano de Ação

de 2017, tendo sido já realizadas 18 reuniões desde a sua

constituição, que permitiram a elaboração das primeiras

três Normas Angolanas na área da Manutenção e Gestão

de Ativos.

Foram publicadas e estão já disponíveis para aquisição

direta ao IANORQ, as normas de Gestão de Ativos que fo-

ram preparadas pela CT3, estando agora a ser dinamizada

a sua implementação e preparado o respetivo processo de

NA ISO 55000:2016 – Gestão de ativos – Visão geral, prin-

cípios e terminologia;

NA ISO 55001:2016 – Gestão de ativos – Sistemas de ges-

tão – Requisitos;

NA ISO 55002:2016 – Gestão de ativos – Sistemas de ges-

tão – Diretrizes para a aplicação da NA ISO 55001.

O Plano de Ação da CT3 para o ano 2017 inclui a preparação

de vários anteprojetos de Normas Angolanas na área da Ma-

nutenção e Gestão de Ativos:

1. APrNA CT3 4-2017 – Terminologia de Manutenção, es-

preparação;

2. -

tenção, estando este anteprojeto de norma na sua fase

3. APrNA CT3 6-2017 – Indicadores de Desempenho de Ma-

nutenção (KPI), estando a ser preparado o início do traba-

lho nesta Norma através da obtenção da documentação

de referência. M

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SÓCIO INDIVIDUAL / SÓCIO ESTUDANTE

Nome: B.I. n.º: Arquivo:

Endereço Pessoal: Bairro:

Município: Cidade: Província:

Cód. Postal:

Tel.: Fax: Tlm.:

Email: Data de Nascimento:

Filiação:

Formação Académica:

Instituto: Faculdade/Departamento:

Endereço: Bairro:

Município: Cidade: Província:

Cód. Postal:

Assinatura: Data:

RESERVADO AOS SERVIÇOS DA A.A.M.G.A.

Cartão n.º: Emitido em: Sócio n.º:

Admitido em: Assinatura: Nome: Cargo:

DEVOLVER A: A.A.M.G.A., Endereço: Rua Major Kanhangulo n.º 504 (instalações da Infortel junto à estação central dos Caminhos de Ferro de Luanda), Bungo Luanda, Angola

Telefones: 941 575 726 (secretariado) / 924 122 871 (Telmo dos Santos – Secretário Geral)

[email protected] / www.aamga.co.ao

SÓCIO COLETIVO

Denominação: Centro de Exploração ou Fabril:

Endereço: Bairro:

Município: Cidade: Província:

Cód. Postal:

Tel.: Extensão: Fax: Tlm.:

Email: Website:

N.º de trabalhadores: CAE:

Representante junto da AAMGA:

Email: Cargo na Empresa:

Assinatura: Nome: Cargo: Data:

RESERVADO AOS SERVIÇOS DA A.A.M.G.A.

Cartão n.º: Emitido em: Sócio n.º:

Admitido em: Assinatura: Nome: Cargo:

DEVOLVER A: A.A.M.G.A., Endereço: Rua Major Kanhangulo n.º 504 (instalações da Infortel junto à estação central dos Caminhos de Ferro de Luanda), Bungo Luanda, Angola

Telefones: 941 575 726 (secretariado) / 924 122 871 (Telmo dos Santos – Secretário Geral)

[email protected] / www.aamga.co.ao

ção da importância da Manutenção e Gestão de Ativos e

do Facility Management como fatores chave para o aumen-

to da produtividade, competitividade das empresas, pro-

movendo, entre os seus associados, a partilha de conheci-

mentos e boas práticas.

Formas de cooperação:

a) Desenvolvimento de esforços comuns para realização e

promoção de eventos de organização conjunta;

b) Divulgação de eventos, iniciativas e publicações de cada

entidade;

c)

conjunto;

d) Criação e divulgação de conteúdos formativos e informa-

tivos elaborados conjuntamente;

e) Colaboração na divulgação de normas e outros docu-

mentos técnicos;

f) Atribuição de benefícios cruzados para os associados da

APFM e da AAMGA.

3. IANORQ

Objetivos:Reconhecimento da AAMGA (Associação Angolana de Manu-

tenção e Gestão de Activos) como Organismo de Normaliza-

ção Setorial (ONS) para o setor de Manutenção e Gestão de

Ativos por parte do IANORQ.

Em desenvolvimentoAtualmente a APFM e AAMGA trabalham em conjunto para a

realização do XIV Congresso de Manutenção e Gestão de Ativos /

5.º Encontro de Manutenção dos países integrantes da CPLP. M

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MANUTENÇÃO NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA

Martín Alonso

ENRIEL

a Parte)Pedro Vieira

Lubrigrupo

O impacto da Industrial Internet of ThingsRui Monteiro

Schneider Electric Portugal

Juan Carlos de Ascenção

UESystems

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DOSSIER

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de uma turbina a vapor para uma central térmica

A importância dos produtos petroquímicos na atualidade vai muito além do combustível que precisamos para os nossos veículos. Eles

também são uma parte fundamental na geração de eletricidade. Este estudo técnico analisa a situação do combustível em uso numa

turbina a vapor para uma central térmica, concluindo que, se o referido combustível não é alterado com brevidade, o equipamento

poderá danificar-se, causando paragens indesejadas, com o consequente impacto sobre a produção de energia.

Controlo de pressão de óleo:

41 kg / cm2;

1,5 kg / cm2;

Aumento da pressão do óleo:

800 kg / cm2;

Refrescos de óleo anual:

8000 kg / ano.

ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO

Fase 1: janeiro de 2016Realiza-se a primeira recolha de amos-

tras em janeiro de 2016. Já nesta

primeira análise se detetaram os pro-

blemas: a equipa podia encontrar em

-

cação e livre de aditivos protetores do

equipamento.

Com estes resultados e com a

quantidade de partículas que se en-

contravam no óleo e que estavam a

realizada outra análise mais completa

para ver a quantidade de aditivos fe-

nólicos e amónicos que permaneciam

antiespuma e antidesgaste.

Estas análises foram realizadas

num laboratório nacional de análise

de óleos, sem ter conhecimento de

reabastecimentos, tempo de utiliza-

ção do óleo, assim como amostras

do óleo original que estava a ser

utilizado.

Os resultados indicam um valor

RULER 27% (ver Tabela 1), indicando

que abaixo de 25% é necessária uma

paragem e substituição obrigatória do

óleo devido a uma degradação prati-

camente completa.

Com estes resultados, e depois de

ver a quantidade de partículas que se

encontravam no óleo e que estavam

realizada outra análise mais comple-

ta para ver a quantidade de aditivos

O presente estudo técnico analisa e

monitoriza o combustível a ser utiliza-

do numa central térmica para geração

de energia elétrica. O seu objetivo é

descrever as recomendações de lubri-

-

dologia para a manutenção, controlo e

-

pamentos em uso no interior das ins-

utilização e a sua afetação a equipa-

mento ou pessoas.

Com este estudo vamos ser capa-

zes de observar se o óleo em uso sa-

tisfaz as necessidades requeridas para

um óleo da turbina e, portanto, veri-

ou não, direta ou indiretamente, pelo

estado do óleo.

Este estudo técnico foi realizado

pela ENRIEL / CASTROL em colabora-

ção com o laboratório especializado

em análise de turbinas BP Condition

Monitoring, localizado na Bélgica.

PONTO DE PARTIDAO estudo é realizado numa central tér-

mica de carvão cujas instalações têm

uma turbina a vapor com as seguintes

caraterísticas:

Potência: 571 MW (100%);

Pressão de vapor: 174 bar;

Ano de construção: 1980.

O óleo em uso na turbina da instala-

ção tem uma idade aproximada de

8-10 anos, controlado pelo pessoal

de laboratório das instalações, com

uma formulação imutável ao longo

dos anos.

As condições de trabalho do óleo

são:

Controlo de temperatura do óleo

de ponto máximo);

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hidráulicos e os custos de produção

de baixa qualidade.

-

dráulico de alta pressão circula por

um circuito até distintos motores e

-

trolado diretamente por válvulas,

distribui-se mediante mangueiras e

um elemento importante do sistema

hidráulico e a chave para assegurar

uma utilização economicamente mais

-

do hidráulico, muitas vezes considera-

-se ser apenas uma matéria-prima com

rendimento técnico similar, indepen-

dentemente do fornecedor que o ofe-

rece. Numa época em que os preços

são tão elevados, é natural explorar

opções de baixo custo que são ofe-

recidas por diferentes fornecedores.

custo, especialmente os formulados a

partir de óleos base de baixa qualida-

de, ou de óleos reciclados, afetará o

rendimento do sistema hidráulico que

acabará aumentando os custos do seu

negócio.

Os elementos mais importantes

no sistema hidráulico são:

Bombas e motores;

Cilindros hidráulicos;

Válvulas;

Componentes do circuito (depósi-

-

ção, depósitos sob pressão, entre

outros);

Vedantes, juntas e elastómeros.

-

ra levar a cabo uma função chave em

máquinas em geral.

BOMBAS E MOTORESNos motores hidráulicos, as bombas e

os motores têm a função de transfe-

rir energia e estão sujeitos a grande

tensão hidráulica que pode chegar

hidráulico está formulado para prote-

ger os componentes impulsores e os

rolamentos contra o desgaste e a cor-

rosão, por forma a reduzir o atrito e as

necessidades energéticas.

A prevenção do desgaste e da

acumulação de depósitos traduz-se

-

tes, com uma vida útil mais alarga-

da, uma menor carga para o sistema,

e, com isto, um menor consumo de

-

xa qualidade não oferecem esta pro-

teção, pelo que aumentam os custos

do processo.

CILINDROS HIDRÁULICOSOs cilindros hidráulicos transformam

a pressão hidráulica em movimento li-

near que depois realiza o trabalho me-

evitar vibrações, minimizar o desgaste

e evitar a corrosão.

-

cos de baixo custo contenham baixos

valores de aditivos antidesgaste, fa-

zendo com que aumente a tendência

em surgirem riscos nos cilindros, re-

duzindo o seu rendimento e aumen-

tando os requisitos energéticos. A

compatibilidade com os materiais de

vedação também pode causar fugas

que resultarão em custos elevados: a

-

tância, a falha do sistema.

VÁLVULASAs válvulas são mecanismos que con-

hidráulico desde uma bomba ou uma

válvula de pressão. Nas válvulas, o

dissipar o calor, reduzir o desgaste e

minimizar o atrito e evitar a corrosão.

-

A hidráulica é parte da nossa vida diária. Há poucas máquinas que funcionam sem energia hidráulica, incluindo maquinaria agrícola, de

construção, transportadores, máquinas, ferramentas e maquinaria geral na indústria de transformação, como por exemplo: máquinas

para processamento de alimentos, aços e papel, incluindo os setores aeroespacial e de aviação.

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- 12ºC 110ºC 18ºC

30ºC

24ºC

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-6ºC dentro da câmara Aspiração Condensador

Compressor Visor

Gás liquefeito

Água de refrigeraçãodo compressor

Água de refrigeraçãodo condensador

Serpentina do evaporador

Válvula - regulador

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1.a Parte

Este artigo pretende dar uma visão da importância

devido às necessidades de cumprimentos das atuais normas ambientais relativas aos gases

refrigerantes.

A importância da refrigeração na sociedade atual passa pe-

para o suprimento de todas as necessidades na área da saú-

de e na área da climatização industrial, automóvel e parti-

cular. A par com esta importância, este setor tem estado

promovendo o seu desaparecimento. Este aspeto ambien-

tal negativo foi corrigido pelo protocolo de Montreal (1989)

e pelo protocolo de Kioto (1997), resultando daí a alteração

Estas diretivas, entre outras coisas vieram fazer “renascer” o

naturais” tais como o Amonía-

co (NH3) e o Dióxido de Carbono (CO2) e num outro registo

os Hidrocarbonetos (HC) como é o caso do Propano (C3H

8),

do Isobutano (C4H10/R600a) para as pequenas instalações

e para a climatização particular. Paralelamente estes pro-

estas alterações, os projetistas, os instaladores e os donos

escolhas corretas num ambiente complexo em permanente

centro de todas estas evoluções, são muitas vezes uma te-

mática pouco conhecida e por vezes negligenciada pelos

vários intervenientes, levando a avarias ou a uma menor

Neste artigo vamos fazer uma pequena resenha sobre

os tipos de compressores, os fundamentos da refrigeração

-

presentes no mercado, as suas vantagens e inconvenien-

tes. Falarei também sobre a forma de se fazerem os “re-

1. FUNDAMENTOS DA REFRIGERAÇÃO E DA LUBRIFICAÇÃO DOS COMPRESSORES FRIGORÍFICOSA produção de frio por compressão utiliza o princípio co-

nhecido da vaporização, mudança do estado líquido para o

-

dade considerável de calor é absorvida, o que leva à produ-

ção de “ frio”.

Sobre este princípio base existem muitas variantes

aplicadas nas instalações industriais, tais como: utilização

-

ta, evaporador “Seco”, evaporador “Húmido”, diferentes

3, R-717 na

2, R-744),

Figura 1.

"A importância da refrigeração

na sociedade atual passa

manutenção da cadeia alimentar,

para o suprimento de todas as

necessidades na área da saúde e

na área da climatização industrial,

automóvel e particular. A par

com esta importância, este setor

tem estado em foco devido à

sendo prejudiciais para a camada

de Ozono, promovendo o seu

desaparecimento."

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O impacto da Industrial Internet

of Things (IIoT) na indústria

Muitos dos produtos e serviços que

constituem a arquitetura IIoT têm já

muitos anos de aplicação comprovada

e estão já implementados em cente-

nas de players desta indústria. Tecnolo-

gias como a automação de processos

(DCS, HMI, SCADA, Historian, entre

outros) que formam o esqueleto de

sistemas de recolha de dados automa-

tizada e simulação de processos (mo-

dulagem, agendamento, entre outros)

que ajudam a otimizar as operações,

permanecerão componentes chave na

evolução de arquiteturas IIoT.

Apesar dos processos de downs-

tream incluírem muito mais instru-

mentação e conectividade em relação

às suas contrapartes em upstream e

midstream, a transição para a IIoT no

que diz respeito ao reajuste dos inves-

timentos existentes com os avanços

tecnológicos, encontra ainda algumas

lacunas, tais como a segurança (da

perspetiva do risco, este continua a

ser o principal obstáculo à adoção da

IIoT), a gestão do ciclo de vida e con-

trolo – sendo que um sistema de ges-

integra pelo menos 15 áreas de aplica-

ção (de diversos fornecedores).

A maioria dos executivos desta

indústria consideraram agora agir

de forma diferente do que faziam no

passado ao reavaliar o propósito e a

direção estratégica das suas empresas

e procurar novas formas de as tornar

lucrativas através da IIoT.

A implementação da IIoT nas suas

operações não só lhes permitirá esse

desenvolvimento, mas também uma

maior economia de recursos. Por

exemplo, a utilização de drones para

-

rias torna-se um processo mais bara-

feitas através de helicópteros e opera-

dores de câmara.

A implementação de soluções IIoT

traduz-se no aumento da inteligência

numa recolha de dados e análises mais

concretas e níveis mais elevados de

controlo automatizado e de tomada

de decisão. A implementação destas

tecnologias pode ser encarada como

disruptiva relativamente às formas

tradicionais de condução de negócios.

No entanto, as abordagens da IIoT irão

ajudar as empresas a estabelecer no-

-

de, ao mesmo tempo que promovem

a colaboração.

A capacidade de exploração dos

benefícios de IIoT e os níveis de inteli-

gência operacional associados depen-

dem de três atributos tecnológicos

muito importantes:

Conetividade – A recolha de dados

a nível local e o envio de quanti-

dades muito superiores de dados

para a cloud;

Cloud – Armazenamento acessível –

mas seguro – e gestão de dados;

Analytics – Conversão dos dados

em informação em tempo real que

gera decisões de negócio rápidas

mas exatas.

A necessidade de adaptação das em-

presas aos modelos de negócio atuais

é cada vez maior, e terão de sustentar

estas mudanças através da exploração

de novas tecnologias de IIoT mais eco-

nómicas, de forma a obter melhorias

de desempenho.

A resposta a essas necessida-

des aparece através das soluções de

Software como Serviço (Software as

a Service – SaaS ) que são o resultado

da convergência entre Tecnologias

de Informação (TI) e Tecnologias de

Operação (TO). No entanto, o modelo

de negócio SaaS apresenta tanto van-

tagens como desvantagens para os

stakeholders

AS VANTAGENS: Tempo de implementação – as so-

luções de SaaS podem ser instala-

das no espaço de semanas, em vez

de meses;

Menos responsabilidade interna

– os fornecedores de serviços de

cloud são responsáveis por gerir

o software, atualizar o hardware e

promover melhorias;

cloud -

do rapidamente os requisitos dos

clientes. A estes é apenas cobrado

o que utilizam, sem custos adicio-

nais de implementação. Por esta

razão, os custos iniciais são meno-

res comparativamente com as solu-

A Industrial Internet of Things (IIoT), a rede crescente de dispositivos conetados que comunicam e transferem dados entre si, está

preparada para desempenhar um papel cada vez mais importante

do custo da conetividade e do armazenamento de dados, os processos em toda a cadeia de valor da indústria do petróleo e gás são agora capazes de recolher mais dados do que nunca a partir de

um maior número de dispositivos, ativos, operações e processos. downstream) em particular, pode ganhar valor

rapidamente, tendo em conta que a infraestrutura TI existente é mais desenvolvida comparativamente com os processos de extração

(upstream) e distribuição (midstream).

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Como usar a tecnologia de ultrassons para melhorar o processo

mecânicos, à primeira vista, parece ser uma tarefa fácil: basta

correta e na altura certa. No entanto, a realidade é bem diferente

precisão absoluta e prolongar a vida útil dos rolamentos.

Estima-se que 60% a 90% das falhas

em rolamentos estejam relacionadas

-

do o problema não apenas a falta de

-

cação que provoca a falha. Falhas em

rolamentos provocam, com frequên-

cia, paragens não planeadas, causan-

do impacto na produção e também

afetando outros componentes ligados

ao rolamento. Em resumo, períodos

de inatividade custam dinheiro.

As falhas mais comuns nos rolamen-

tos estão relacionadas com más práticas

-

ta área de manutenção deveria ter uma

atenção e cuidados redobrados. Desde

rolamentos tem sido efetuada de uma

forma que à primeira vista parece fazer

sentido, mas quando a analisamos a fun-

do, notamos que constitui uma prática

de manutenção inapropriada.

-

-

cas “preventivas

baseadas apenas em intervalos de

tempo regulares. Ou seja, a cada X

meses, simplesmente se aplica massa

-

ção pode ser letal, causando falhas em

equipamentos, paralisações, repara-

ções, entre outros.

-

em intervalos regulares, corre-se o ris-

co de que aconteça algo tão ou mais

-

cada vez mais apontado por especia-

listas como a causa primária de falhas

prematuras de rolamentos.

-

riódicas e regulares é quase como um

jogo de adivinhar: acrescentar massa

Usando a tecnologia de ultrassons

( juntamente com práticas comuns

antiga e substituí-la por nova), os

proativa, combinar técnicas de manu-

tenção baseadas no tempo e técnicas

baseadas na condição (manutenção

preditiva), ganhando uma imagem

mais clara do que acontece com os

equipamentos.

COMO FUNCIONAM OS ULTRASSONSOs instrumentos ultrassónicos dete-

tam os ultrassons por via aérea ou por

via estrutural (normalmente inaudí-

veis para humanos) e eletronicamente

convertem-nos em sinais sonoros au-

díveis, o que permite que um técnico

possa ouvi-los através dos ausculta-

dores ligados ao instrumento, ou ob-

servar o nível de decibéis num painel.

Alguns instrumentos permitem até

analisar o som detetado num ecrã com

análise espetral de som. Com esta in-

-

nosticar a condição de um rolamento

e tomar as medidas corretivas que se-

jam necessárias.

Esta é uma vista de Forma de Onda

ao longo do tempo, relativa aos ultras-

de aproximadamente 1 minuto mos-

tra o rolamento antes e depois de ser

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Design e inovação com recurso à impressão 3D na indústria automóvel

A indústria automóvel está entre os maiores utilizadores de impressoras 3D.

Automobiles S.A.S., apresenta um

Dashboard obtido com recurso a im-

é personalizável no design, “feito à

medida do cliente”, o Veyron tem um

painel exclusivo, obtido através desta

tecnologia.

Um outro campo de aplicação é

o mercado dos automóveis exclusi-

vos ou do segmento de luxo, como a

Bentley ou a Ferrari. Estas recorrem

à tecnologia de impressão 3D para

personalização e individualização dos

automóveis. Inclusivamente existem

clientes que procuram o desenho dos

próprios automóveis junto de empre-

sas como Pininfarina & Guigaro para,

em seguida, levá-los para fabricação

No mercado dos automóveis clás-

sicos, há vários anos que é comum a

replicação de peças únicas por digita-

lização e impressão 3D.

Muitos construtores automóveis

(como é exemplo a Ford) estão oti-

mistas de que a impressão 3D pode

ganhar uma forte posição no mercado

a impressão 3D não está limitada às

partes interiores e de acabamento

Desde o surgimento das tecnologias

de impressão 3D e respetivos desen-

volvimentos, que a gama de aplica-

ções nesta indústria não tem parado

de crescer. A Ford, por exemplo, com-

prou a sua primeira impressora 3D em

1988, e em 2015 imprimia a sua peça

número 500 000, precisamente a tam-

pa de cobertura do motor do novo

Ford Mustang (v. 2017).

Em geral, a indústria automóvel

começou por utilizar a impressão 3D

como ferramenta de prototipagem

rápida para validação e teste das di-

ferentes etapas do processo de De-

sign e de Engenharia. Os fabricantes

utilizam-nas, sobretudo, na constru-

ção de protótipos iniciais, como peças

e acessórios do interior e do exterior

do automóvel, permitindo discutir e

partilhar conhecimentos (sobre for-

ma, função e requisitos de monta-

gem) entre as equipas de projeto e os

fornecedores.

Porém, as tecnologias de im-

pressão evoluíram sobretudo nos

materiais e acabamentos, tornando-

-se um recurso recorrente e importan-

te na produção de peças de pequena

série. Por exemplo, o superdesportivo

da Bugatti, o modelo Veryron, dese-

nhado e desenvolvido na Alemanha

pelo Grupo Volkswagen, e fabricado

(em Molsheim, na França) pela Bugatti

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O hotel conetado

Menos 20% de consumo de energia. Menos 25% nas horas de manutenção. Melhor experiência para os hóspedes

funcionários de manutenção no local.

Pior ainda, esses ajustes eram quase

sempre realizados em reação a quei-

xas de clientes, não sendo o protocolo

Bel descreveu o sistema antigo como

“um horror para operar”.

Através da sua colaboração com

a Schneider Electric e o seu parceiro,

BARCOL Controls, Bel e Albo esperam

aproveitar a tecnologia do hotel para

reduzir os custos de mão de obra, ao

mesmo tempo que evitam qualquer

interrupção nos serviços aos hóspedes.

TRANSFORMAÇÃO DE UM MONUMENTO Como é o caso de qualquer empreen-

dimento complexo, o primeiro passo

de transformação do Hotel Fort Garry

num “hotel conetado” foi a familiari-

zação profunda por parte da equipa

Schneider/BARCOL com o edifício, as

enfrentados pela equipa de funcio-

nários do hotel. Além do problema do

sistema HVAC com décadas de idade, a

natureza histórica da estrutura global

e considerações para o projeto. Assim

que a equipa compreendeu totalmen-

te todas as informações relevantes,

desenvolveu uma solução baseada na

plataforma tecnológica EcoStruxu-

reTM da Schneider Electric, que então

implementou com sucesso, com pou-

co ou nenhum tempo de inatividade

Empoleirado à beira de Manitoba – a

terra dos ursos polares e das belugas,

impressionantes paisagens naturais e

cidades vibrantes que combinam facil-

mente o passado e o presente – a ele-

gante estrutura do Hotel Fort Garry dá

as boas-vindas aos hóspedes da capital

de Winnipeg desde 1913. O hotel trans-

porta os visitantes para uma era de ele-

gância, oferece aos viajantes descanso

da correria e agitação do mundo mo-

derno, através de encantadores quar-

tos, designados salões de baile e um

spa de luxo. Mas, mesmo nas acomoda-

ções mais requintadas e convidativas, a

-

ciar da tecnologia inovadora de hotéis

conetados, que ajuda a melhorar o

conforto ao mesmo tempo que reduz

UNIR O VELHO MUNDO AO NOVOEnquanto a autenticidade histórica do

Hotel Fort Garry é incontestavelmente

cativante, a sua arquitetura antiquada

e sistemas de energia ultrapassados

representavam alguns problemas

muito reais, tanto para os hóspedes

do hotel como para Richard Bel e Ida

Albo, os proprietários / operadores

independentes da unidade hoteleira.

O Hotel Fort Garry estava a ser

pressionado pela subida dos custos

energéticos, o aumento de regula-

mentação e a necessidade de melho-

um edifício centenário, o seu consumo

de energia era muito elevado, pois o

isolamento não estava equiparado aos

requisitos atuais – foi construído com

um sistema de aquecimento a vapor

e sem ar condicionado, que assentava

num sistema de dois tubos para aque-

cer ou arrefecer os quartos. O Hotel

tinha equipamento que ainda funcio-

nava, mas cuja operacionalização era

complexa e difícil de gerir, incluindo

14 unidades diferentes de gestão do

ar ambiente, algumas das quais já ti-

nham várias décadas.

-

penho inerentes aos sistemas cente-

nários de aquecimento e refrigeração

das canalizações, não existia nenhum

sistema de monitorização ou controlo

centralizado do clima nos muito quar-

tos e espaços públicos do hotel. Todos

os ajustes para regular a temperatura

e outros elementos ambientais tinham

de ser feitos manualmente, através de

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eRenovação de laminadores – atualizações dos cilindros de trabalho para velocidades extremas

B. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

Seleção, design e aspetos dimensionais relacionados com rolamentos da extremidade do cilindro de trabalhoUm rolamento da extremidade do cilindro de trabalho não é,

da maioria das aplicações de rolamentos. Em vez disso, os prin-

cipais parâmetros de seleção (Figura 2) a considerar para um

rolamento são impostos pelo fabricante do laminador:

Diâmetro do corpo do cilindro – ØB, (nominal e mínimo);

Diâmetro da extremidade – ØN;

Comprimento do corpo – L;

Distância do torque de aperto – X.

Estas considerações ditam o espaço mínimo restante (pack)

deixado para o calço e rolamento. Os técnicos de aplicação

dos rolamentos começam por procurar rolamentos exis-

tentes que cumpram os critérios do pack. Posteriormente,

a partir da lista de rolamentos adequados, o técnico sele-

ciona os que reúnem os critérios de resistência à fadiga L10

solicitada pelo cliente. Além disso, a geometria interna do

rolamento é avaliada segundo a carga máxima projetada e

a velocidade de rotação máxima do cilindro de trabalho. A

geometria interna do rolamento pode ser atualizada ou en-

tão projetar-se um novo rolamento, se não existir nenhuma

referência que satisfaça as necessidades do cliente.

Figura 2. Parâmetros do cilindro de trabalho (calço superior esquerdo

removido para apresentar o diâmetro da extremidade do cilindro

de trabalho).

Os proprietários de laminadores necessitam frequentemente de suporte para a "renovação”

de um cilindro de trabalho em velocidades de funcionamento extremas.

A. INTRODUÇÃO E VISÃO GERAL DO MERCADOOs proprietários de laminadores estão sob pressão cons-

tante para reduzir os seus custos de produção, tendo em

conta o contexto de um mercado global variável. Uma for-

ma comum de conseguir custos competitivos consiste em

aumentar a produtividade dos laminadores. Para tal, pode

como a velocidade linear (m / min) da faixa que passa pela

caixa de quatro laminadores (4-HI) (Figura 1). No entanto,

devido ao risco de desgaste rápido dos cilindros ou de da-

nos nos rolamentos, não se podem aplicar velocidades de

funcionamento dos laminadores maiores diretamente nos

laminadores existentes. Podem surgir outras restrições de-

vido à velocidade limite do trem de transmissão (motores,

caixas de engrenagens e caixa de pinhão).

A velocidade de rotação do cilindro de trabalho é cal-

culada com base na velocidade da linha de laminação e é

uma função do diâmetro do corpo do cilindro. A uma de-

terminada velocidade da linha de laminação, o cilindro de

trabalho possui uma velocidade de rotação superior à do ci-

lindro de apoio devido ao diâmetro menor do corpo. Conse-

quentemente, a velocidade de rotação maior do cilindro de

trabalho tem de ser cuidadosamente avaliada em relação

ao desempenho máximo projetado do laminador. Os pro-

prietários de laminadores necessitam frequentemente de

suporte para a “renovação” de um cilindro de trabalho em

velocidades de funcionamento extremas.

Figura 1. Caixa de quatro laminadores.

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reportagem

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M

EMO Hannover 2017: “Connecting systems

for intelligent production“

AS EMPRESAS ESTÃO A EXIGIR SOLUÇÕES GLOBAIS DE PRODUÇÃO E AUTOMAÇÃOLotes mais pequenos, peças mais

complexas, maior diversidade de pe-

ças e a combinação de processos, são

que se colocam à produção industrial.

Os clientes precisam de um grande

apoio técnico para utilizarem as capa-

cidades das suas máquinas de forma

materiais e automatizarem da melhor

forma possível os tempos de trabalho

administrativos cada vez mais com-

plexos, que vão desde a elaboração

de cotações até à emissão de faturas.

Uma vez dominados, grandes gan-

hos de produtividade existirão nas

empresas. Possibilitar o acesso a es-

tes processos também às PMEs com

ofertas adequadas e consistentes é

máquinas-ferramenta.

A DIGITALIZAÇÃO ESTÁ A TRANSFORMAR OS PRODUTOS E A PRODUÇÃOO enfoque está na digitalização dos

produtos e dos processos. É um facto

que não é possível ter na totalidade

uma imagem de todos os processos,

desde da encomenda online, passan-

do pela execução da encomenda,

da produção e da expedição. No

entanto, o objetivo é procurar ter

realidade da fábrica em tempo real,

como por exemplo ter o “digital sha-

dow” ou “digital twin” dos ativos.

Também o conhecimento dos pro-

cessos está a tornar-se cada vez mais

digital, e por isso mais rapidamente

reproduzível e otimizável, permitindo

tempos de entrega cada vez mais cur-

tos e taxas de defeito cada vez mais

reduzidas. É no “know-how” dos fabri-

cantes de máquinas-ferramenta, bem

como dos fornecedores e dos utiliza-

dores de produtos interconetados,

que assenta o sucesso deste impulso

de desenvolvimento.

A INTERCONEXÃO DA CADEIA DE VALOR É O PRÓXIMO PASSOOutro progresso é a interconexão

perfeita da cadeia de valor. Inclui os

-

cedores e os clientes. O pensamento

em rede entre empresas resulta num

inteligência de todas as partes. Isso

requer abertura em termos de siste-

mas e de pensamento. Atualmente a

indústria das máquinas-ferramenta

exige cada vez mais “know-how” em TI.

NO CONHECIMENTO EM REDE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS GANHA RELEVÂNCIAA partir da digitalização dos produ-

tos e processos podem surgir novas

soluções e modelos de negócio de

grande utilidade para os clientes, per-

mitindo também a entrada de novos

fornecedores no mercado. A presta-

ção de serviços e a consultoria por

parte dos fabricantes de máquinas-

-ferramenta ganham uma crescente

relevância, constituindo um fator de

vantagem acrescida em termos de

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o

Sistemas conetados em rede para uma produção inteligente é o mote da feira EMO Hannover 2017. Empresários de todo

o mundo estão a dirigir a sua atenção para a digitalização e a interconexão dos seus produtos, da sua produção e das suas

cadeias de logística, porque preveem que é no desenvolvimento desta área que poderão obter nos próximos tempos os maiores

ganhos de competitividade.

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M M&M celebra 10 anos do EPLAN Electric P8O futuro é automático e já há quem prepare as ferramentas

para que tal aconteça…

EPLAN Electric P8, lançado em 2007.

Dez anos depois do lançamento

da versão base, a aplicação EPLAN

Electric P8 está na versão 2.6 HF e

continua em processo evolutivo. “O

EPLAN 21, lançado em 1998, já fazia

maravilhas, mas a ideia que esteve na

A M&M Engenharia assinalou 10 anos do software de automação industrial EPLAN Electric P8. O evento teve lugar na ATEC –

Academia de Formação, em Palmela, reunindo parceiros de negócio e outros convidados.

“O FUTURO ESTÁ PRÓXIMO…”

Em declarações à revista “Manu-

tenção”, José Meireles considera

que o atual momento de mercado

transmite algum otimismo face à

tendência positiva das empresas pa-

ra se modernizarem e concorrerem

nos mercados internacionais.

“Os nossos melhores clientes estão

a solicitar-nos serviços de novo, estão

que isso aconteça. Se pensarmos na

área da robótica, onde grande parte

do trabalho de montagem de um qua-

dro é manual, já vemos as máquinas a

departamento de engenharia. A área

da produção já não tem que ter grande

know-how. Eu conheço empresas onde

o know-how ainda está na montagem

e não acima, ou seja, se o funcionário

faltar, deixa de ser possível produzir

aquele quadro naquelas condições.

O que se quer no futuro é idealizar

e conceber um projeto e produzi-lo

exatamente com a qualidade que se

idealizou.”

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Dez anos é muito tempo, muitos dias,

muitas horas, repetia o refrão do su-

cesso que Paulo de Carvalho gravou

na década de 80. O EPLAN Electric P8

não é um poema nem uma partitura

mas, tal como a música, tem harmo-

matemática e um CV com 10 anos de

experiência atualizada à medida das

exigentes solicitações da engenha-

ria industrial, impondo-o hoje como

uma potente ferramenta integrada de

planeamento, gestão e operação de

automatismos complexos.

Foi para assinalar esta jornada

de êxito que a M&M Engenharia,

Portugal, reuniu parceiros de negó-

cio e outros convidados num evento

comemorativo realizado a 7 de abril

nas instalações da ATEC – Academia

de Formação, em Palmela.

o caminho percorrido pela plataforma

EPLAN e também para pensar nos rumos

para o futuro”, salientou na ocasião

José Meireles, Diretor-Geral da M&M

Engenharia. O mesmo responsável

assinalou a importância da presença

colaborativa da Introsys, “um parceiro

e cliente muito importante com quem

trabalhamos há 20 anos, uma empre-

sa moderna e ambiciosa que dá muito

valor ao software, à aprendizagem e à

formação”.

A plataforma EPLAN está no mer-

cado há 35 anos. As versões EPLAN 5

e EPLAN 21 foram as antecessoras do

a aumentar a sua quota de mercado e a

investir na internacionalização, estamos

presentes e temos acompanhado as suas

necessidades. Este é um mercado de tec-

nologias de vanguarda, crescemos o ano

passado e as expetativas em relação a

este ano são as de continuar esse cres-

cimento, pois já temos um background

bastante elevado”, refere o Diretor-

Geral da M&M Engenharia.

Sobre a evolução esperada da

tecnologia, em particular nas aplica-

ções para automação industrial, José

Meireles admite que o “futuro está

sempre mais próximo do que pensamos”:

“vejo um futuro automático e já esta-

mos a trabalhar nas ferramentas para

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M

Siemens Automation Days Moldar a Transformação Digital da Indústria 4.0

-

mens Automation Days. Sob o lema

“Set the pace for digitalization!

o ritmo da digitalização!), este é um

evento que pretende dar a conhecer

as soluções que tornam o mundo di-

gital numa realidade, permitindo às

empresas reduzir o tempo de chegada

produção customizada, aumentar a

qualidade dos produtos e serem mais

tornam cada vez mais seguras.

sem precedentes e também grandes

oportunidades, uma pergunta lidera a

palestra: ‘Qual o caminho para se tornar

uma empresa digital? ’.

A revista “Manutenção” juntou-se à

equipa Siemens, seguindo o evento no

-

ta, no dia 1 de junho.

António Silva Amaral, responsável de

Automação da Siemens, começou com

os devidos agradecimentos, perante

uma audiência atenta. “Vamos trabalhar

em conjunto e traçar o rumo em direção à

empresa digital!”, sublinhou.

O Automations Days, que marca

este ano a sua terceira edição, está

alicerçado em vários workshops tec-

nológicos. “São demonstrações das

capabilidades dos nossos sistemas. Este

é um evento que começou verdadeira-

mente com cariz interno, ou seja, com

o cariz dos colegas da Siemens, dando a

conhecer melhor as nossas soluções, pro-

dutos, tendências, inovações… de forma

que nós, perante os clientes, saibamos

responder melhor àquilo que são as

propostas de valor que estes novos pro-

dutos aportam. Fizemos também uma

versão direcionada para o exterior, para

os nossos clientes, para poderem conhe-

cer melhor essas mesmas propostas de

valor”. O evento destina-se igualmen-

te aos ‘end-users

são também eles conhecedores des-

tas novas tendências e de “como nós,

enquanto companhia ‘trendsetter’ nesta

área industrial, estamos a fazer as coi-

sas e como pensamos fazê-las no ‘near

future”.

Assim, o objetivo do Automation

Days, refere Silva Amaral, é “todos res-

pirarmos um pouco daquilo que é hoje a

nossa oferta atual, aquilo que pensamos

que vai ser o dia de amanhã, discutirmos

-

dos como é que podemos tirar mais sumo

das nossas soluções”.

Durante a sua intervenção inicial,

o engenheiro responsável de Auto-

mação fez um apanhado da evolução

tecnológica até aos dias de hoje, man-

tendo a ponte sob a Siemens. A 4.ª

Revolução Industrial está aí e, com

para as empresas e perceber que nós po-

demos ver isto exactamente pelo uso da

tecnologia adequada. Esta é uma opor-

tunidade para aumentar a rentabilidade

das empresas; o contexto hoje é cada vez

mais exigente, os nossos consumidores

são cada vez mais exigentes, querem ci-

clos de vida e ciclos de inovação cada vez

mais curtos e isso irá obrigar as empresas

a reagirem”. Salientou ainda a impor-

como a 4.ª Revolução Industrial está a

alterar o modo como vivemos, tam-

bém no contexto industrial: “Temos

que ter esta ‘mindset’aberta e moderni-

zar o processo produtivo. A qualidade na

era digital ainda é mais importante do

que antes, porque se algo corre mal, toda

e a digitalização podem ajudar-nos a con-

seguir níveis de qualidade mais elevados.

‘Ciber-security’ é um tema das próximas

décadas. A Siemens tem já um departa-

mento que cuida destas matérias”.

INTEGRATED MOTION

ENGINEERING

Francisco Correia e Beatriz Salvador

conduziram o primeiro workshop da

manhã, que versou sob o tema ‘Inte-

grated Motion Engineering’. Fazendo

um paralelismo com o ciclismo de pis-

ta, onde cada equipa tem que estar

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“Num mundo cada vez mais digital, a indústria não é exceção. Todos os

fundamental que as empresas percebam qual o caminho a percorrer para

não perderem o comboio da era digital”.

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M Jantar de gala no Palácio Nacional da AjudaWeidmüller Portugal celebra 25 anos

Jantar a rigor ao som da harpa num pa-

lácio que alojou a monarquia durante

três décadas. Já não tilintam as por-

celanas da Companhia das Índias, nem

ecoam as angústias de D. Manuel I,

que tinha pavor de terramotos, mas

o espaço permanece aristocrático, re-

gularmente utilizado para as tomadas

de posse da República e como tal ins-

pirador para as bodas de prata de uma

empresa referência no setor elétrico.

O evento realizado a 19 de

Maio reuniu dezenas de clientes da

Weidmüller, colaboradores da empresa

e media partners, entre os quais a re-

vista “Manutenção”. Presente também

a pala-

pontos de honra e os pilares do cresci-

estes 25 anos.”

“Clientes, colaboradores, qualidade e

inovação. Estes elementos constituem a

nossa fórmula de sucesso”, acrescentou

-

de para agradecer a três pessoas que o

acompanham desde 1992: José Catari-

no, Pedro Margarido e Sandra Saldanha.

“Já em 98, seis anos depois de termos

começado, conquistámos a liderança do

mercado português no nosso segmen-

to e defendemos essa posição até hoje.

Como conseguimos? Inovando sempre.

Inovamos a nível de produtos e de servi-

ços, tentando antecipar as necessidades

dos nossos clientes, criando tendências,

sendo ‘opinion leaders’, e isso tem sido a

chave deste percurso”, referiu Deodato

Tabora Vicente.

O Diretor-Geral da Weidmüller

Portugal confessou aos convidados

que o momento mais marcante do

seu trajeto de 25 anos ao serviço da

empresa ocorreu há três anos quando

foi convidado para assumir a Direção-

-geral no Brasil e na América Latina.

“No entanto, ao aceitar esse convite

coloquei uma condição, que foi a de con-

tinuar a ser responsável pela Weidmüller

Portugal e poder voltar para o meu país.

A viagem de regresso está marcada para

Janeiro de 2019”, informou o gestor.

Deodato Vicente assinalou, ainda,

os locais recentes de celebração dos

aniversários da Weidmüller, prepara-

dos para surpreender os convidados,

a começar pelo espaço, casos dos

jardins do Palácio do Marquês de Pom-

bal, em Oeiras, onde foi celebrado o

10.o aniversário, o Planetário e o Cen-

tro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa,

na altura da celebração dos 20 anos, e

desta vez no Palácio Nacional da Ajuda,

em Lisboa, para comemorar os 25 anos.

“Vocês merecem”, concluiu o Dire-

tor-geral da Weidmüller Portugal.

MARCA GLOBALFundada em 1850 como empresa têxtil, em Chemnitz, na Saxónia, Alemanha,

a Weidmüller dá um novo rumo à sua atividade industrial nos anos 40, produ-

zindo o primeiro bloco elétrico modular.

A expansão internacional é iniciada em 1959 com a abertura da primeira

seguiu-se Áustria, França e Itália e na década seguinte a Austrália e os Esta-

dos Unidos. Em 79, Espanha, e em 92 chega a Portugal.

A Weidmüller, cuja casa-mãe está atualmente sediada em Detmold,

na Renânia do Norte-Vestfália, é um dos mais importantes fornecedores

mundiais de soluções de ligação elétrica, transmissão, acondicionamento e

processamento de energia, sinais e dados em ambiente industrial.

A Weidmüller tem centros de produção, distribuição e representantes

em 80 países e emprega 4500 pessoas.

a aristocracia internacional da Com-

panhia, José Carlos Álvarez Tobar, o

responsável mundial para o marketing e

vendas e o primeiro não alemão em 160

anos de história a ser nomeado para o

Board da Weidmüller, Rafael Fiestas,

Regional Manager para o sul da Europa,

América do Sul e Central, e a equipa da

Weidmüller Espanha, incluindo o coun-

try manager Josep Rovira.

Deodato Taborda Vicente, Diretor-

-geral da Weidmüller Portugal, cargo

que se estende ao Brasil, América do

Sul e central, salientou na mensagem

de boas vindas, os valores comuns no

negócio que sempre têm ligado os

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A Weidmüller Portugal completou 25 anos de atividade. A data foi assinalada a rigor, na companhia de colaboradores e clientes

reunidos para jantar no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Um evento onde se falou de razão e coração.

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bibliografia

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M

Autor: António Santos

ISBN: 9789897232329

Editora: Publindústria

Número de Páginas: 222

Edição: 2017

Idioma: Português

Venda online em www.engebook.pt

20,00€ Bombas e Instalações Hidráulicas

Desde há longa data que o homem usa as bombas para fazer o transporte da

água, desde os locais de captação aos locais de consumo. Estas máquinas, atual-

líquidos, quer nos edifícios residenciais, como nos de comércio e serviços, indús-

com o dimensionamento das tubagens, das bombas e instalações para o trans-

porte de líquidos, bem como o conhecimento dos principais equipamentos as-

sociados, são temas de interesse para os técnicos do setor. Direcionado para as

bombas e as suas aplicações no transporte de água e de energia, este livro, estru-

turado em quatro capítulos, segue temas que abrangem os conteúdos progra-

-

relacionadas com esta temática.

Índice:

equipamentos para instalações hidráulicas.

Autor: Adalberto José Rosa, Renato de Souza

Carvalho, José Augusto Daniel Xavier

ISBN: 8571931356

Editora: Interciência

Número de Páginas: 808

Edição: 2006

Idioma: Português (do Brasil)

Venda online em www.engebook.pt

79,39

Autor: José Eduardo Thomas

ISBN: 8571930996

Editora: Interciência

Número de Páginas: 272

Edição: 2004

Idioma: Português (do Brasil)

Venda online em www.engebook.pt

40,65€ Fundamentos de engenharia de petróleo

ambiente, um produto ou um bem que não contenha compostos derivados do

petróleo ou que não seja produzido direta ou indiretamente a partir do petróleo.

De origem natural, não renovável e de ocorrência limitada, o petróleo movimen-

ta bilhões de dólares diariamente numa atividade industrial gigantesca, empre-

gando milhares de trabalhadores, técnicos e cientistas. Recursos consideráveis

são alocados para o seu desenvolvimento e pesquisa, fazendo surgir, a cada dia,

-

Índice: Capítulo 1 – O petróleo. Capítulo 2 – Noções de geologia de petróleo. Capítulo 3 –

Prospeção de petróleo. Capítulo 4 – Perfuração. Capítulo 5 – Avaliação de formações. Capítulo 6

– Complementação. Capítulo 7 – Reservatórios. Capítulo 8 – Elevação. Capítulo 9 – Processamento

Engenharia de reservatórios de petróleo

Esta obra reúne num único volume os conceitos fundamentais para o entendi-

mento das técnicas utilizadas na engenharia de reservatórios de petróleo, os

principais métodos usados na previsão do comportamento de reservatórios e,

consequentemente, na estimativa do potencial produtor e da reserva de jazidas

petrolíferas, bem como as técnicas empregadas para se incrementar a recupe-

ração do petróleo dessas jazidas. O texto inclui ainda trabalhos desenvolvidos

PETROBRAS e durante a realização dos seus programas de mestrado e de douto-

rado em engenharia de petróleo.

Índice:

Balanço de materiais em reservatórios de gás. Balanço de materiais em reservatórios de óleo.

Ajuste de histórico. Previsão de comportamento de reservatórios usando a equação de balanço

de materiais. Análise de curvas de declínio de produção. Simulação numérica de reservatórios.

Estimativa de reservas. Métodos convencionais de recuperação secundária. Métodos especiais de

recuperação secundária. Apêndices. Nomenclatura.

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bibliografia

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A S U A L I V R A R I A T É C N I C A !

W W W . E N G E B O O K . C O M

Autor: Vitório Donato

ISBN: 9788536503998

Editora: Érica Saraiva

Número de Páginas: 256

Edição: 2012

Idioma: Português (do Brasil)

Venda online em www.engebook.pt

38,02€ Logística para a indústria do petróleo,

gás e biocombustíveis

para este campo de estudo. Elaborado para servir como ferramenta de apoio

para os cursos de Administração, Engenharia do Petróleo, Logística e Operador

de Processos da Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, fornece conhe-

cimentos teóricos básicos, assim como indica regras e procedimentos aplica-

trabalho.

Traz exercícios para fixação da aprendizagem e um glossário técnico. Cons-

titui uma importante ferramenta de trabalho para os setores do petróleo, gás e

biocombustíveis, já que aborda todo o processo logístico. Apresenta desde su-

gestões de arranjos em redes logísticas com as suas diversas cadeias até a preo-

cupação com os impactos ambientais.

Com linguagem simples, o livro apresenta as bases teóricas e práticas para

desenvolver as operações logísticas necessárias à complexa indústria do petró-

leo, gás e biocombustíveis.

Índice: Parte 1 – Introdução. Parte 2 – O petróleo, o gás e os biocombustíveis. Parte 3 – A indústria

do P, G & B. Parte 4 – Atividades de apoio logístico comuns às operações onshore e . Parte

5 – Infraestrutura logística nas operações do petróleo, gás e biocombustíveis. Parte 6 – Arquitetura

das redes logísticas nas diversas fases das operações onshore e . Parte 7 – Movimentação de

cargas nas operações do petróleo, gás e biocombustíveis. Parte 8 – Gestão do risco.

ISBN: 9789897232237

Editora: Publindústria

Número de Páginas: 182

Edição: 2017

Idioma: Português

Venda online em www.engebook.pt

Problemas e Trabalhos Práticos de Juntas

Adesivas Estruturais

Esta obra é uma ferramenta didática que pretende dar apoio aos estudantes

de pré e pós-graduação no estudo das juntas adesivas estruturais. Existem na

literatura muitos livros que abordam o tema teoricamente. No entanto, é im-

portante, para uma mais fácil aprendizagem do estudante, ter algum suporte

prático, quer seja através da resolução de problemas, quer seja através da rea-

lização de trabalhos laboratoriais que ilustram os conceitos teóricos. Foi nesse

intuito que se realizou esta obra, de modo a colmatar a falta de material prático

Não se pretende de modo algum fazer um estudo exaustivo do tema, mas

apenas tratar as matérias mais relevantes para engenheiros mecânicos e outros

ramos da engenharia que utilizam este tipo de ligações.

O livro está dividido em três partes. A primeira parte apresenta problemas

sob a forma de perguntas de desenvolvimento e perguntas de escolha múlti-

pla. A segunda parte propõe 13 demonstrações laboratoriais que os estudan-

tes poderão realizar para melhor compreender alguns aspetos essenciais da

tecnologia das juntas adesivas. A terceira parte propõe cinco trabalhos práticos

laboratoriais que ilustram de forma concreta vários aspetos relacionados com

o projeto de juntas adesivas. Os ensaios e técnicas laboratoriais mais usadas

no estudo de ligações adesivas estruturais estão presentes nesses trabalhos

práticos.

Índice: Prefácio. Parte A – Problemas. Parte B – Demonstrações. Parte C – Trabalhos laboratoriais.

17,00€

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links

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M

Congresso Nacional de ManutençãoA Associação Portuguesa de Manutenção Industrial – A.P.M.I., realiza o 14.º Con-

gresso Nacional de Manutenção nos dias 23 e 24 de novembro de 2017, no Cam-

pus da Maiêutica (ISMAI/IPMAIA) no Castêlo da Maia.

Simultaneamente organiza, em colaboração com a AAMGA – Associação

Angolana de Manutenção e Gestão de Activos, o 5.º Encontro de Manutenção

Gestão e organização da Manutenção, Tecnologias aplicadas à

-

cação, Segurança na Manutenção, A Internacionalização da Ma-

nutenção, A Manutenção inserida numa política de Gestão de

Activos e a Indústria 4.0.

www.14cnm.pt

Associação Portuguesa de Manutenção Industrial A Associação Portuguesa de Manutenção Industrial – A.P.M.I. – é a reserva tec-

nológica e deontológica da Manutenção. Esta Associação, que soma já 37 anos,

é o fórum de ideias e de discussão esclarecedora, assim como o

indutor formativo de um setor que se pretende moderno, dinâ-

mico e competitivo. Para que estas ideias se transformem cada

vez mais numa realidade, a A.P.M.I. deixa o convite a uma adesão

e participação através da página web.

www.apmi.pt

Associação Angolana de Manutenção e Gestão de ActivosA Associação Angolana de Manutenção e Gestão de Activos – A.A.M.G.A. – foi

formalmente constituída em julho de 2013. A Associação tem vindo a contribuir

para o desenvolvimento de uma consciência nacional da função de manutenção

e gestão de activos, promovendo o conhecimento e divulgando as boas práticas

aos decisores, gestores e técnicos, valorizando-os como principal ativo para o

aumento da competitividade das empresas, do aumento da operacionalidade

dos sistemas e da segurança no trabalho, respeitando o meio

ambiente.

gestão de ativos é uma das principais missões desta Associação

Angolana.

www.aamga.co.ao

Utilize o seu SmartPhone para aceder automaticamente ao link através dos QR codes.