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E-BOOK FUNDOS DE
INVESTIMENTOS
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Saiba como funcionam e como investir
nos principais Fundos de
Investimentos do mercado.
SUMÁRIO
04
14
17
20
26
30
O que é, e como funcionam os Fundos de Investimentos
Tipos de Fundos de Investimentos
Tipos de gestão de Fundos de Investimentos
A importância do prospecto
Saiba como escolher um Fundo de Investimento
Conclusão
4
O QUE É E COMO FUNCIONAM OS FUNDOS DE INVESTIMENTOS
5
O que é?
Um fundo de investimento é um condomínio que reúne
recursos de um conjunto de investidores (cotistas) com o
objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de
uma carteira formada por vários tipos de investimentos
(conhecidos como ativos).
Todo o dinheiro aplicado no Fundo de Investimento é
convertido em cotas. Cada cotista possui um número de
cotas proporcional ao valor total de seus investimentos.
O valor da cota é atualizado diariamente e o cálculo do
saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas
adquiridas pelo valor da cota no dia. O patrimônio de um
Fundo de Investimento é a soma de todos os recursos
aplicados por seus diferentes investidores.
A administração e a gestão do Fundo são realizadas por
profissionais capacitados (gestores), sendo o Fundo de
Investimento regido por um regulamento. Esta alternativa de
investimento apresenta diversas vantagens, em relação a
investir individualmente.
6
Vantagens
Diversificação - Uma carteira diversificada de ativos a um
valor acessível;
Gestão Especializada - Condições para uma tomada de
decisão mais assertiva;
Liquidez - O cotista pode resgatar suas cotas com certa
rapidez;
Praticidade - O cotista não precisa acompanhar a liquidez
dos ativos que compõem o Fundo de Investimento;
Redução de custos - Os custos são divididos entre todos
os cotistas.
7
Profissionais Envolvidos
Administrador - Responsável pela constituição do Fundo,
pelo seu funcionamento, pelos aspectos jurídicos e pela
prestação de informações à CVM, o administrador defende
os interesses dos cotistas.
Gestor - Responsável por acompanhar o mercado e definir
a estratégia de montagem da carteira, segundo os objetivos
e a política de investimento presentes no regulamento.
Busca definir os melhores momentos de compra e venda de
ativos financeiros, seleção de papéis e alocação, buscando
o maior lucro possível.
Distribuidor - Responsável pela venda das cotas do Fundo.
O papel do distribuidor pode ser desempenhado pelo
próprio administrador ou terceiros contratados por ele.
8
Profissionais Envolvidos
Auditor Independente - Responsável por realizar uma
auditoria independente, avalia a escrituração contábil do
fundo, buscando dar maior credibilidade às informações
divulgadas, bem como maior segurança aos cotistas.
Custodiante - Responsável pela "guarda" dos ativos do
Fundo de Investimento. Responde pelos dados e pelo envio
de informações do Fundo aos gestores e administradores.
Ou seja, responde pelo registro, liquidação e exercício dos
direitos e obrigações dos ativos que compõe a carteira.
9
Tributação (classificação para efeitos de Imposto de
Renda)
Segundo determinação da Secretaria da Receita Federal,
os Fundos de Investimento são classificados em três
categorias para efeitos de Imposto de Renda, e a incidência
do imposto dependerá do período em que cada aplicação
permanecer no Fundo:
Esses fundos contam com alíquota única de IR na fonte,
seja qual for o prazo em que o investidor permanecer com
os recursos investidos. O imposto será cobrado sobre o
rendimento bruto do Fundo, no momento do resgate.
Fundos de Ações
Prazo de Aplicação Alíquota de IR
Independente do prazo 15,0%
10
Tributação (classificação para efeitos de Imposto de
Renda)
Para fins de tributação, são considerados Fundos de
Investimento de Curto Prazo aqueles cuja carteira de títulos
tenha prazo médio igual ou inferior a 365 dias. Eles estão
sujeitos à incidência de IR na fonte.
Fundos de Tributação de Curto Prazo
Prazo de Aplicação Alíquota de IR
Até 180 dias 22,5%
Acima de 180 dias 20,0%
11
Tributação (classificação para efeitos de Imposto de
Renda)
Para fins de tributação, são considerados Fundos de
Investimento de Longo Prazo aqueles cuja carteira de títulos
tenha prazo médio igual ou superior a 365 dias. Eles estão
sujeitos à incidência de IR na fonte. Neste tipo de fundo se o
cotista resgatar cotas por um período superior a dois anos,
ele pagará 15% de IR sobre o rendimento do Fundo no
período.
Fundos de Tributação de Longo PrazoPrazo de Aplicação Alíquota de IR
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20,0%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15,0%
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Come cotas
O Imposto de Renda dos Fundos de Investimento é
recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro,
em um sistema denominado "come-cotas". Para esse
recolhimento será usada a menor alíquota de cada tipo de
Fundo: 20% para Fundos de Curto Prazo e 15% para
Fundos de Longo Prazo.
Assim sendo, a cada 6 meses os Fundos, automaticamente,
deduzem esse Imposto de Renda dos cotistas,
considerando o rendimento obtido nesse período. A
cobrança desse imposto é efetuada em quantidade de
cotas, ou seja, calcula-se o número de cotas proporcional
ao valor financeiro referente ao IR devido e diminui-se esse
número do total de cotas que o cliente possui.
Além disso, no momento do resgate da aplicação do
investidor, se for o caso, será feito o recolhimento do IR, de
acordo com a alíquota final devida, conforme o prazo de
permanência desse investimento no fundo. Não há a
incidência de “come-cotas” em Fundos de Ações.
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IOF
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide sobre
o rendimento nos resgates feitos em um período inferior a
30 dias. O percentual do IOF pode variar de 96% a 0%,
dependendo do número de dias decorridos da aplicação,
incidindo sobre o rendimento do investimento.
Tabela Regressiva de IOF
Dias IOF (%) Dias IOF (%) Dias IOF (%)1 96 11 63 21 302 93 12 60 22 263 90 13 56 23 234 86 14 53 24 205 83 15 50 25 166 80 16 46 26 137 76 17 43 27 108 73 18 40 28 69 70 19 36 29 3
10 66 20 33 30 0
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02
TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS
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Tipos de Fundos de Investimentos
Um fundo pode aplicar os recursos dos investidores em
diversos tipos de ativos: em ações, em CDBs, em títulos do
governo, em aplicações complexas e sofisticadas. Como
saber onde seu dinheiro vai parar quando você aplica em
um fundo?
Existem milhares de fundos no Brasil e cada um deles tem a
sua política de investimento. Mas, para ajudar os
investidores, eles foram divididos em categorias e tipos, que
agrupam os fundos segundo o tipo de aplicação que fazem.
É como se elas fossem corredores e prateleiras de
supermercado: cada corredor contém produtos com
características similares, enquanto as prateleiras trazem
produtos iguais, mas de marcas diferentes.
As categorias e tipos nos ajudam a comparar os fundos.
Sabendo quais são do mesmo tipo, podemos confrontá-los
sem medo de misturar “bananas com laranjas”.
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Tipos de Fundos de Investimentos
Para facilitar ainda mais o entendimento do investidor e a
comparação entre produtos similares, a ANBIMA
(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais) subdividiu os fundos em diversas
classes, baseadas em três níveis que refletem tanto as
estratégias de investimento quanto os fatores de risco
associados às carteiras, de modo a detalhar ainda mais as
características de cada uma.
Para acessar a Classificação ANBIMA, clique no link a
seguir: www.classificacaodefundos.com.br
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03
TIPOS DE GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS
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Gestão Passiva
O gestor de um fundo que possui uma estratégia de
investimento passiva investe em ativos buscando "replicar"
um índice de referência (benchmark), visando manter o
desempenho do fundo próximo à sua variação.
Um exemplo de fundo com gestão passiva são os Fundos
de Ações Ibovespa Indexado. Nesses fundos o trabalho do
gestor é fazer com que o desempenho da carteira
acompanhe a variação do Índice da Bolsa de Valores.
O gestor compra para a carteira do fundo as mesmas ações
que compõem o índice, a fim de que o desempenho do
fundo seja bem aderente à variação do Índice Bovespa.
Nesse caso, o fundo pode comprar todas as ações do
Ibovespa e nos mesmos percentuais do índice, ou o gestor
pode optar por comprar apenas parte das ações, desde que
o desempenho desse grupo de ações acompanhe o
desempenho do Ibovespa como um todo.
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Gestão Ativa
A estratégia de gestão ativa de um fundo de investimento
busca obter rentabilidade superior ao de determinado índice
de referência. Isso significa que o gestor procura no
mercado as melhores alternativas de investimento visando
atingir o objetivo desse fundo, sempre de acordo com a sua
política de investimento.
Os Fundos Multimercados, por exemplo, são fundos que
normalmente possuem gestão ativa, pois combinam
investimentos em ativos de diversos mercados (juros,
câmbio, ações, derivativos etc.) em função de uma
estratégia de investimento adotada pelo Gestor e sem se
preocupar com o desempenho de um índice de referência
específico. Dessa forma, podem assumir mais riscos
visando rentabilidades maiores.
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04
A IMPORTÂNCIA DO PROSPECTO
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O prospecto de um fundo de investimento é um documento
elaborado em uma linguagem simplificada e de fácil
entendimento. O selo ANBID que consta na capa dos
prospectos indica o compromisso do administrador do fundo
em elaborar prospectos obedecendo aos parâmetros
mínimos fixados pela Associação, dando assim mais
transparência ao investidor.
Nele estão as informações que você precisa saber sobre o
funcionamento do fundo:
Objetivo do fundo
Aqui é apresentado qual o objetivo do fundo, em que classe
de ativos ele investe e qual o retorno pretendido (superar ou
acompanhar determinado índice de referência), sem que
esta seja uma promessa de rentabilidade.
Política de investimento
Neste item você saberá como o gestor do fundo pretende
alcançar o objetivo determinado no item anterior (Objetivo
do Fundo). Aqui estão as definições das regras e a forma de
atuação do gestor. Por exemplo: se o fundo adquire títulos
públicos ou privados ou, ainda, se a gestão do fundo será
ativa ou passiva.
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Risco
Este é um ponto importante que visa alertar para os riscos
do produto. Neste item são explicitados os riscos inerentes
aos mercados nos quais o fundo aplica seus recursos. É
com base nele que você determinará se o fundo está dentro
de suas expectativas e objetivos.
Regras de tributação
No prospecto você encontrará todas as regras de tributação
do fundo. Por isso, a leitura deste item permitirá saber todos
os impostos que incidirão sobre sua aplicação.
Taxa de administração
Aqui está uma informação essencial: quanto você vai pagar
para os prestadores de serviço do fundo (administrador,
gestor, custodiante, entre outros) realizarem seu trabalho.
As taxas, geralmente, são expressas em percentual ao ano,
e seus valores variam de acordo com o tipo de fundo e os
valores mínimos de aplicação. Vale fazer comparações
antes de decidir pelo investimento, mas lembre-se sempre
que este não é o único fator de avaliação.
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Gestor e administrador
O gestor e o administrador não são necessariamente a
mesma instituição. Um banco de varejo pode administrar um
fundo e entregar a gestão a um banco de investimento, por
exemplo. Neste item do prospecto, fica claro quem
responde pelo quê.
O administrador é o responsável legal perante os órgãos
reguladores, e o gestor faz a escolha dos ativos de acordo
com sua política de investimento e objetivo.
Auditoria
O administrador do fundo é obrigado a informar no
prospecto o auditor (ou empresa de auditoria), externo e
independente, contratado para acompanhar o fundo.
Periodicamente esse auditor realiza um trabalho de
verificação de que o fundo está cumprindo o que consta em
seu regulamento.
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Capa do prospecto
Na capa de um prospecto, devem ser destacados os
seguintes avisos:
Como é feito um prospecto: o administrador prepara o
prospecto baseado no regulamento do fundo e nas
recomendações dos órgãos reguladores e autorreguladores.
Exemplo: “Este prospecto foi preparado com as informações
necessárias ao atendimento das disposições do código de
Autorregulação da ANBID para a Indústria de Fundos de
Investimento, bem como às normas emanadas da Comissão
de Valores Mobiliários (CVM)”.
Uso de derivativos: o prospecto deixa claro se o fundo
utiliza ou não estratégias com derivativos que podem
resultar em perdas e os riscos associados.
Gestão de risco: a critério do Administrador, na capa existe
um aviso referente ao gerenciamento de riscos do fundo. É
preciso esclarecer nesse item que há riscos no investimento
e que as técnicas de gerenciamento de riscos não serão
sempre suficientes para eliminá-los.
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Capa do prospecto
Garantias: o administrador explica que não há mecanismos
de seguro para uma aplicação em um fundo de
investimento, como, por exemplo: “O fundo não conta com a
garantia do administrador, gestor da carteira, de qualquer
mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de
Crédito – FGC”.
Rentabilidade passada: a rentabilidade obtida no passado
não representa garantia de retorno futuro.
Leitura do prospecto e do regulamento: aqui entra uma
recomendação para que o investidor leia também o
regulamento do fundo.
Data, nome do administrador e selo da ANBID: essa
informação é a garantia de que a elaboração desse
prospecto segue as normas da ANBID.
Resgate: essa informação deve aparecer na capa do
prospecto se a data de solicitação do resgate for diferente
da data de conversão das cotas e de pagamento.
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05
SAIBA COMO ESCOLHER UM FUNDO DE INVESTIMENTOS
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Se você identificou seus objetivos, avaliou sua tolerância ao
risco e determinou seu horizonte de tempo, já tem base
para fazer sua escolha de investimento.
O próximo passo é selecionar fundos mais adequados ao
seu objetivo e perfil de risco. Em seguida escolher aqueles
cujo valor mínimo de aplicação seja condizente com o
montante que tem para investir. Depois disso, resta ler
atentamente o prospecto daqueles selecionados antes de
fazer seu investimento inicial.
O prospecto menciona, por exemplo, em que tipos de
produtos (ações, debêntures, títulos públicos, moedas etc) o
fundo pode investir, para você ter uma ideia do perfil de
risco daquela carteira.
Esse processo fará com que você entenda o que cada
fundo de investimento tem a oferecer e se está adequado
aos seus objetivos.
Defina seus objetivos:
• Qual o objetivo me leva a guardar dinheiro?
• De quanto dinheiro preciso para realizar este objetivo?
• Em quanto tempo quero realizar este objetivo?
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Se você conhece bem sua necessidade, será fácil perceber
que tipo de fundo é o mais adequado para você. Por
exemplo:
- Quero manter uma poupança que, mais do que
rentabilidade, me dê liquidez para uma situação de
emergência.
Seus recursos devem ficar aplicados em um fundo que
permita resgates diários e de baixo risco, como Fundos de
Curto Prazo e Referenciado DI.
- Quero garantir recursos para minha aposentadoria. A
única coisa que me interessa é manter o poder de
compra do meu dinheiro em reais.
Você deve aplicar seus recursos em um fundo que objetive
superar inflação no longo prazo, como Fundos de Renda
Fixa.
.
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- Quero investir porque penso no futuro em morar no
exterior e preciso manter o poder de compra do meu
dinheiro em dólar.
Há várias alternativas de fundos que buscam acompanhar a
variação cambial, os chamados Fundos Cambiais.
- Quero investir parte do meu dinheiro aceitando
correr maior risco em troca de uma melhor
rentabilidade no longo prazo.
Você pode aplicar nos fundos que têm uma carteira
diversificada de ativos ou invistam em ações, como Fundos
de Ações e Multimercado.
Lembre-se: você pode montar uma carteira de investimento
comprando cotas de vários fundos, um para cada objetivo.
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06
CONCLUSÃO
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Conclusão
Ter um percentual dos seus investimentos aplicados em
Fundos com bons gestores é muito importante para melhorar
a rentabilidade da sua Carteira ao longo do tempo. Lembre-
se: você pode montar uma carteira de investimento
comprando cotas de vários fundos, um para cada objetivo
que você tiver. Se ficou com alguma dúvida, fale com a
gente.
Não custa lembrar: esse material é de cunho educacional e
não representa oferta, análise ou recomendação de
investimentos.