Após matéria do Sabadão, vereadores de Borebi recuam e revogam reajuste dos próprios de salários

Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

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EDIÇÃO Nº 156 - ANO 5 - 12 DE MARÇO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

Depois de um trágico acidente em 2012, que deixou um funcionário público gravemente ferido, Prefeitura anunciou que rotatória seria construída no cruzamento entre a avenida José Antonio Lorenzetti e rua Paraná. Sem a obra, acidentes continuam a ocorrer no local

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Reajuste ao funcio-nalismo será de 5%

Billy Mao

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Mães querem avolta do transporte escolar no Carolina

Marise se contradiz sobre rio em resposta à Câmara

Mantendo as perdas salariais dos ser-vidores públicos municipais de Lençóis Paulista pelo terceiro ano consecutivo, a Prefeitura Municipal anunciou em seu site que irá reajustar os vencimen-tos em 5%, percentual que representa menos da metade da inflação medida no período, que foi de cerca de 11%. A decisão foi apresentada na semana passada ao Sindicatos dos Servidores, em reunião a portas fechadas, e depois divulgada no site oficial da Prefeitura.

“Após análise detalhada do orçamen-to e os reflexos de um reajuste nas contas de 2016, a Prefeitura de Lençóis Paulista discutiu o assunto com os represen-tantes do sindicato dos servidores Públicos de Lençóis Paulista e definiu o índice a ser aplicado a partir de 1 de março, fixado em 5%. Importante esclarecer que esse reajuste é o máximo que a administração consegue suportar, considerando a realidade do país, esta-do e município”, diz a nota. Página 6

Uma tragédia esperada. Pode ser definido assim o acidente que causou a morte de duas pessoas no último fi-nal de semana, no cruzamento entre a Avenida José Antônio Lorenzetti e a Rua Paraná, na região do Jardim Nelli e Vila São João. A colisão en-tre duas motos resultou na morte de Diogo Gabriel Gomes, de 25 anos, e Vagner João Prando, de 34 anos, que era policial militar.

Como o jornal Sabadão do Povo mostrou em diversas matérias publicadas nos últimos anos, o local é palco cotidiano de diversos acidentes, a maior parte deles sem registro policial devido à menor gravidade, porém, presenciados por moradores da região, habituados a assistir as cenas de quedas, colisões, ferimentos e perdas materiais.

Mas, o aumento do fluxo de veícu-los, proporcionado pela construção da rotatória da Avenida Papa João Paulo II, na entrada da Cecap, e do viaduto de acesso ao Jardim América, sobre a rodovia Osni Matheus, em 2012, somado à iluminação precá-ria do trecho, o grande número de pedestres que transitam pelo local e os abusos de velocidade tornaram os acidentes constantes e mais graves (veja nesta página). Página 5

Alunos interessados em pedir o auxílio transporte deste ano têm até o dia 18 de março para efetuar o ca-dastro de suas informações pessoais no site da Prefeitura Municipal. O benefício foi garantido, de acordo com a Prefeitura, graças à verba que a Câmara deve devolver de seu orça-mento até o final do ano. Para alunos ouvidos pelo jornal, o valor previsto de, no máximo, R$ 100 do reembol-so demonstra a falta de preocupação da Prefeitura com os universitários e a falta de representatividade entre os próprios estudantes. Página 4

O pedido de informações endere-çado ao presidente da Defesa Civil e diretor do SAAE de Lençóis Paulista, José Antônio Marise revelou uma contradição na resposta dada à Câ-mara Municipal de Lençóis Paulista. O requerimento foi assinado pelo presidente da Casa de Leis, Ander-son Prado de Lima, Ailton Tipó Laurindo e Humberto José Pita e pedia informações sobre as represas rompidas no dia 13 de janeiro que cooperaram na maior enchente que atingiu Lençóis Paulista. Ainda, pedia informação sobre a localização das referidas represas e quais seus proprietários. Página 2

Um grupo de servidores municipais procurou o Ministério Público por que estariam se sentindo forçados a migrarem para o novo plano de saúde oferecido pela Associação dos Servi-dores Públicos Municipais, a ASP, em conjunto com a Prefeitura Municipal e a operadora local. O anúncio da mu-dança no plano oferecido aos servidores foi feito logo após a eleição que mudou a diretoria da ASP. Página 4

PEDESTRE, CUIDADO AO ATRAVESSAR AS RUAS - RESPEITE SUA VIDA!

Mortes na avenida: Prefeitura diz que não fará obra prevista em 2012

Menos de uma semana depois de matéria publicada pelo jornal Sabadão do Povo, que mostrava a correção dos salários dos vereadores de Borebi, ga-rantindo que não teriam as perdas da inflação, ao mesmo tempo em que o prefeito Manoel Frias Filho anunciava corte no seu salário e dos ocupantes de cargos em comissão, a Câmara bore-biense voltou atrás, apresentou projeto e revogou o reajuste dos vereadores, assim como aumentou o corte dos

salários do prefeito e dos cargos em mais 10%, somando 20% no total. A sessão que aprovou por unanimidade o reajuste foi realizada de forma extraor-dinária na quinta-feira, dia 10.

No sábado, dia 5, matéria do jornal Sabadão do Povo mostrou que o rea-juste de cerca de 11% aprovado pelos vereadores em seus próprios salários foi feito em janeiro, quando o prefeito Manoel Frias estudava formas de equi-librar as finanças do município diante

da crise econômica do país.Na semana passada, o prefeito enviou

à Câmara de Borebi ofício com proposta de redução de 10% do seu próprio salá-rio e dos vencimentos dos ocupantes de cargos de confiança da Prefeitura, entre as diversas medidas que vem adotando para redução de gastos. A iniciativa é prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal quando o percentual da folha de pagamento das prefeituras ultrapassa os limites determinados. Página 5

Estudantes vão receber,no máximo, R$ 100 mensais por auxílio

Moradores do bairro Jardim Ca-rolina fizeram, na semana passada, um abaixo assinado para reivin-dicar que a Prefeitura de Lençóis Paulista volte a fazer o transporte das crianças que residem no bairro e estudam na escola Nelson Brolo, no jardim Monte Azul. Página 6

Servidores procuram MP por troca de planode saúde feita na ASP

Fotos: Billy Mao

RÁPIDO | Tráfego intenso na avenida no horário de pico; no detalhe, motocicletas envolvidas no gravíssimo acidente

CHEIO | Água inundou tudo na Vila Contente

2LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

POLÍTICA

Borebi - Após rompimento, pessoas observam represas em Borebi; rodovia da Amizade foi ‘cortada’ pela água da enxurrada

Cola - Mané Frias teria confirmado o apoio ao vereador e pré-candidato José Roberto, de Bore-bi. O apoio à sucessão ainda não foi oficializado e deverá ocorrer neste domingo. O convidado para vice na chapa é o jovem Guilherme Stra-dioto, do Solidariedade. A dupla almeja conti-nuar os trabalhos iniciados por Mané frias.

Resposta contraditória daDefesa Civil desagrada vereador na CâmaraDiretor do SAAE e Defesa Civil, José Antônio Marise se contradiz em respos-tas sobre represas que cooperaram na maior enchente de Lençóis Paulista

C a f é c o m P o l í t i c a T a n i a M o r b i

Cresça e apareça - A novi-dade que chega do Paço Mu-nicipal agora é que diretores criaram fakes para navegar anônimos pela WWW sem que sejam descobertos. Pa-rece piada, mas uma fonte no Paço garantiu que a estra-tégia é para, supostamente, transitar despercebidos.

Máscara do coelhinho - Ocorre que a falta de identi-ficação plausível e amigos em comum com os navegantes, são deixas claras da armação. Outro ponto é que esses di-retores, na falta do que fazer, dão palpite em assuntos que dominam. Ou seja, usam uma máscara virtual para atacar

quem quer que seja. Diferen-te de quem tem caráter, que assume as postagem e mostra quem realmente é.

Fetiche - Quase como um voyeur (aquele que gosta de ver sem ser visto) esses dire-tores estariam prontos para rebater, de forma chula, tudo que cair na rede sobre a admi-nistração da prefeita Izabel.

Chore por quem? - O reajus-te proposto pela Prefeitura de Lençóis Paulista virou motivo de piada entre funcionários públicos municipais. Na Rá-dio Peão da Prefeitura a mú-sica mais tocada é aquela: “... Em vez de você ficar pensan-

do nele/Em vez de você viver chorando por ele/Pensa em mim,/Chore por mim,/Liga pra mim,/Não, não liga pra ele/Pra ele, não chore por ele...

Tchau - Depois de muitos anos no PV, o vereador Ailton Tipó Laurindo deixou o partido nesta semana. Tipó deverá mi-grar para o PMDB e é pré-can-didato natural na sucessão da prefeita Izabel Lorenzetti.

Voou - Esta semana o tu-canato lençoense teria se reunido para definir os pré-candidatos a vereador para as eleições desse ano. Uma fonte no partido informou que estaria havendo uma deban-

dada dos bicudos para outros partidos. O motivo seria a alta rejeição política que está cres-cendo nas ruas em relação ao nome do vice prefeito.

Mordaça - A Rádio Peão da Prefeitura informa que funcio-nários públicos estariam proi-bidos pelos chefes dos setores de comentar o reajuste de 5% que deverá ser votado na Câ-mara, segunda-feira. Quem se arriscar poderá sofrer as chi-batadas do RH, com Processo Administrativo.

Ele - Pelo menos um funcio-nário público estaria receben-do insalubridade nos serviços gerais. Mas não pode divulgar!

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Billy MaoUm requerimento com pedi-

do de informações endereçado ao presidente da Defesa Civil e diretor do SAAE de Lençóis Paulista, José Antônio Marise revelou uma contradição na resposta dada à Câmara Mu-nicipal de Lençóis Paulista. O requerimento foi assinado pelo presidente da Casa de Leis, An-derson Prado de Lima, Ailton Tipó Laurindo e Humberto José Pita e pedia informações sobre as represas rompidas no dia 13 de janeiro que coope-raram na maior enchente que atingiu Lençóis Paulista. Ainda, pedia informação sobre a loca-lização das referidas represas e quais seus proprietários.

Na resposta do diretor do SAAE, ele aponta que a maioria das represas está fora do terri-tório lençoense, portanto, fora da sua área de atuação. Na se-quência, aponta o DAEE, De-partamento de Água e Energia Elétrica do Estado como fonte para a informação, orientando o pedido dos vereadores para que seja feito diretamente ao órgão, avisando que lá, serão obtidas informações oficiais sobre as represas.

Ailton Tipó Laurindo dis-cursou na Câmara e disse que estava estarrecido com a respos-ta do chefe da Defesa Civil que, segundo a leitura do vereador,

não informou nada sobre as represas. “Gente, isso aqui é muito sério para ser tratado dessa forma”, indignou-se o vereador.

A falta de informação na resposta do requerimento e a superficialidade, segundo o vereador, com que foi repassado que deveriam procurar outro órgão para obter informação oficial contradiz o conhecimen-to alegado por Marise sobre a Bacia Hidrográfica do rio Lençóis.

Como a palma da mãoEm junho de 2015, o diretor

do SAAE esteve na Câmara para falar sobre os despejos ocorridos no rio Lençóis e dejetos que es-tariam sendo lançados na água do rio sem o devido tratamento. Na ocasião, o diretor salientou que tem conhecimento amplo sobre a Bacia Hidrográfica, da nascente, até onde o Lençóis encontra o Tietê, disse na oca-sião. “Conheço a bacia do rio Lençóis como a palma da mi-nha mão”, salientou na época.

Durante sua participação na sessão daquele mês, Marise respondeu as perguntas feitas pelos vereadores e entre elas, o vereador Nardeli da Silva quis saber sobre os gastos com pro-jetos aprovados pelo Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) e onde teriam sido

aplicados os recursos.O diretor discorreu sobre

os gastos e também sobre uma reclamação corrente da falta de conhecimento do rio e sua bacia, por parte de ambienta-listas e ecologistas. “Sabendo dessa deficiência, da falta desse levantamento, hoje temos em mãos uma descrição precisa de toda a bacia do rio Lençóis, passando pelos municípios de Agudos, Borebi, Lençóis Pau-lista, Macatuba e Igaraçu do Tietê. Sabemos a posição exata de cada curva de nível; nós sa-bemos a declividade do terreno nesses locais, metro a metro. Sa-bemos, por exemplo, o desnível do rio Lençóis da nascente em relação a sua foz. Temos noção da situação da mata ciliar; qual é o nível de comprometimento do nosso solo agricultável. Nos conhecemos erosão por erosão, em toda a extensão da bacia. Quais as nascente existente e as que morreram. Todos os dados são georreferenciados e sabemos exatamente o que há em cada ponto desse levantamento. Hoje o SAAE dispõe de um software que disponibiliza esses dados e atualiza esses dados. Com isso, podemos ter uma fotografia diária da nossa bacia em toda a sua área. Esse é o mais importante diagnóstico que já fizemos”, discursou o diretor.

O Sabadão do Povo publicou em sua edição pós-enchente que a Defesa Civil, SAAE e Prefeitura sabiam que poderia ocorrer um grande estrago na cidade, devido à quantidade das chuvas que se precipitaram desde o início deste ano. Além dos argumentos usados naque-le momento para justificar a manchete, como o depoimen-to de um técnico ambiental especialista em assuntos do rio Lençóis, a declaração do diretor evidencia a capacidade técnica

e conhecimento dos órgãos responsáveis de todas as mu-danças que poderiam ocorrer, não apenas no rio Lençóis, mas também em sua extensa bacia hidrográfica.

O responsável pela Defesa Civil ainda salientou na oca-sião, em 2015, que a compreen-são daquilo que ocorria na bacia hidrográfica era tão precisa que as soluções poderiam ser feitas de maneira direta, de acerto pontual.

“Com esses dados podemos atuar de forma cirúrgica em qualquer fato que possa ocorrer na Bacia. Tudo isso (o Plano Municipal, o georreferencia-mento, o estudo) poderá ajudar no planejamento antecipada-mente. A consequência desse empenho é que temos condi-ção de fazer uma fiscalização imediata. Sempre que houver qualquer comprometimento, qualquer dano sendo praticado na bacia, temos condição de atuar em toda a extensão do rio, na bacia do rio Lençóis, podere-mos atuar de forma imediata”.

Essas declarações deixam claro o conhecimento ímpar do presidente da Defesa Civil em relação aos fatos que envol-vem o rio Lençóis e sua bacia. O estranhamento na resposta dada ao Legislativo esbarra nas afirmações apontadas por Ma-rise a cerca de oito meses antes, na própria Câmara Municipal.

Marise também informou que em cinco anos o SAAE recebeu R$1.4 milhão do Governo do Estado, para de-senvolvimento de Projeto de Defesa do Meio Ambiente. Na prática, segundo o diretor, o que beneficia o rio são as visitas feitas por entidades e cidades da região que buscam conhecer o sistema de fiscalização do rio para serem implantados em suas cidades.

Respeito - O vereador Ailton Tipo criticou res-posta enviada por Marise sobre localização de re-presas que contribuíram com enchente

Foto do Leitor

Billy Mao

OPINIÃO 3LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

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As bem aventuranças registra-das no Evangelho de Mateus 5.3-12, estão entre as mais notáveis e apreciadas passagens do Novo Testamento. As afirmações de Jesus contrastam com as atuais aparências e as futuras realidades a respeito daqueles que entrarão no reino de Deus. Jesus subiu a um monte, assentou-se e come-çou a ensinar seus discípulos na presença de uma multidão de pessoas. Discípulos aqui pode se referir não apenas aos doze, mas a toda multidão que estava atenta ao ensino. Jesus inicia com as palavras “Bem aventurados os pobres de es-pírito...” Bem aventurado significa mais que feliz, porque a felicidade é um sentimento que muitas vezes depende de circunstâncias externas e refere-se ao bem estar máximo e à alegria exclusiva dos que têm parte na salvação do reino de Deus em contraposição com os espiritualmente orgulhosos e auto suficientes. O reino não é algo

merecido por serviços prestados. É mais uma dádiva do que uma recompensa.

O ensino tem o propósito de mostrar que pode haver felicidade, mes-mo quando há sofri-mento e vai mais lon-ge, para acrescentar o aspecto espiritual da vida. Felizes os po-bres “em espírito”; os que tem fome e sede “de justiça”; os que choram, os humil-des, os misericordiosos, os puros de coração, os pacificadores, os perseguidos. Um caminho para a felicidade eterna no reino de Deus. Uma proposta exigente e difícil para os adultos, mais ainda para as crianças, mas gratificante a todos, pois é Deus quem faz a proposta. As bem aventuranças definem o caráter de um cristão.

As bem aventuranças, não eram bem uma promessa, significava

uma radical mudança nos valores do mundo. Não eram um alívio para os que sofriam com a pobre-za, a fome, a nudez, a tristeza e

a discriminação, mas uma nova relação com a vida, uma constata-ção de que o reino de Deus seria o objetivo para os que necessita-vam ser satisfeitos em suas necessidades. As alegrias do reino são usufruídas por quem já achou em Deus o

seu grande premio, com uma con-duta diferente da hipocrisia do reli-gioso e do materialismo mundano. Espera-se que todos os cristãos expe-rimentem as bem aventuranças em suas vidas e por isso deem glórias a Deus, dentre eles principalmente os compositores que se interes-sem em compor obras musicais sobre esse importante assunto teológico, mesmo que seja sim-ples, mas que possa ser cantado

pelos fieis nas suas igrejas.As bem aventuranças estão rela-

cionadas com os frutos do Espírito registradas em Gálatas 5.22 e não são essencialmente conhecimento mental, obras, desempenho, poder, realizações ou segurança financeira, mas amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. A principal virtude é o amor, as demais são manifestações do amor como cumprimento ao mandamento de Jesus: “...ao próximo como a ti mes-mo” (Mat.19.19). Não pensemos que uma árvore nada tem a fazer até que seus frutos surjam. Frutos não significam passividade da parte de quem crê. Obras enfatizam esforço humano, frutos enfatizam a capa-cidade divina. O fruto é o produto final no traço distintivo do caráter cristão (Ef. 4.15).

Antônio C. Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teoló-gica Batista Grande ABC.

“Bem aventurados...”pr. Antônio CArlos CAbrAl

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

CHARGE ONLINE - MÁRIO

Os critérios da morte

EDITORIAL

“O que a história ensina é que os governos e as pessoas nun-ca aprendem com a história”

Georg Wilhelm Friedrich Hegel

billY MAo

Apenas um desabafo!

Sempre acreditei que existe algo mais do que essa simples reali-dade que conhecemos e vivemos constantemente. Quem busca a resplandecência da luz para brilhar acaba ofuscando os olhos daqueles que preferem viver nas sombras da escuridão. Escuridão das forças ocultas que buscam, constantemente, nos colocar para baixo, para nos vendar os olhos e não ver os absurdos que essa força sombria provoca na humanidade.

Apesar de não ser homem pú-blico como um prefeito ou verea-dor, que tem seu cargo conseguido através do voto popular, sujeito a prestar contas constantes à popu-lação e ao eleitor, tenho sofrido diariamente ataques nas redes sociais por pessoas que se quer me conhecem de verdade. E também pessoas que eu não devo nenhum tipo de satisfação da minha vida pessoal. Esses ataques extrapolam o bom senso, já que não tenho espaço nessas postagens e grupos para me defender!

É fato que devido meu trabalho a minha visibilidade nas redes sociais é maior que a da maioria dos in-ternautas comuns, porém, não sou pessoa pública, mesmo tendo uma função como assessor legislativo, onde atendo aos vereadores, e a eles devo satisfação do meu trabalho.

É muito estranho ficar falando em primeira pessoa, soa como centro de tudo, quando não o é. Para as pessoas que acompanham meu trabalho, a forma visceral com que ele é feito e os assuntos espinhosos que outros veículos de comunicação não mexem e eu mexo, me colocam como membro ativo da oposição à administração municipal. E só por esse detalhe, muitos se acham no direito de promover agressões gratuita contra mim, especialmente na internet.

Um exemplo disso é o quanto tentam diminuir meu trabalho jornalístico chegando ao cúmulo de achar que me chamando de “jornaleiro” estarão me atingindo. Preso pela profissão e confesso que o que mais gosto é poder entregar na mão do leitor algo que eu mesmo produzi e saber que aquilo acrescentará algo na manutenção

dessa nossa sociedade.São inúmeros amigos jornalis-

tas que começaram na profissão fazendo a entrega de jornal, sendo jornaleiros nas esqui-nas. Para meu enten-dimento, isso não di-minui absolutamente em nada qualquer cidadão. Conheço muitas pessoas que começaram suas vidas profissionais como simples mirins. Co-nheço pessoas que começaram cortando ferro e mon-tando estrutura na rua e hoje são exemplares empresários, bajulados pelas mesmas pessoas que vão na rede tentar me diminuir.

Não me sinto incomodado quando questionam meu traba-lho, quando divergem do meu ponto de vista. Mas, para isso, eu argumento com aquilo que pen-so. Não saio agredindo ninguém através da suposta segurança de estar na frente do computador. Em alguns casos, esses ataques partem de pessoas escondidas atrás de “fakes” e mentiras. E, até, de gente que prefere me agredir na rede, e quando me en-contra cara a cara, baixa a cabeça ou se quer tem coragem de me falar algo, argumentar.

O máximo da agressão esta semana foi saber que algumas pes-soas estão fazendo um abaixo-assi-nado para que eu seja exonerado da Câmara Municipal como asses-sor. Claro que isso deve estar sendo orquestrado por alguém que não tem competência para fazer o que eu faço. Ou por àquele que está de olho no lugar que eu ocupo.

Fui saber o que motivou essa iniciativa e descobri, através de um vereador do PSDB, que é pelo fato de fazer postagens no Facebook elencando problemas não resolvidos pela atual admi-nistração. Ora, se o trabalho do vereador é fiscalizar e apontar aquilo que pode estar errado no poder Executivo, então mais do que nunca estou fazendo a coisa certa. O que faço diariamente nas postagens é praticamente uma extensão (ou complemento) do

trabalho do vereador. E como assessor do Legislativo, estaria cooperando muito mais com a Casa de Leis.

Atitudes como essa me levam a pensar: o que induz uma pessoa a propor uma coisa assim? Será incapa-cidade de fazer o que eu faço? Inveja? Falta de algo melhor para fazer? Apenas politi-cagem? Sinceramente, chego a pensar que

é por pura maldade. Não é para acrescentar nada em nenhum lugar. Afinal, quem nos últimos tempos se dedica a trabalhar para tirar as vendas da população lhe mostrando o que acontece na rea-lidade lençoense? Como não pensar em perseguição? Em cerceamento e obstrução do meu trabalho diário? Apesar de trabalhar meio período, todos os assessores estão à disposi-ção da Câmara em tempo integral.

Sem contar que esse movimento demonstra total desrespeito com o Poder Legislativo, com a Mesa Diretora e com as Comissões da Casa. Ainda, total desrespeito com o Departamento Jurídico do Legis-lativo, um ex-promotor que seria o primeiro a apontar se algo não esti-vesse dentro da lei. E se esse suposto abaixo-assinado foi proposto por algum vereador, ai a coisa fica mais feia ainda. Fica deplorável.

Perfeição é algo longe de se alcançar e essa distância nos pro-porciona errar. Constantemente estamos aprendendo com os erros cometidos. Aprender não deveria ser virtude, deveria ser a forma natural de viver. No entanto, me entristece ver gente com tanta disposição, com tanto por fazer, se apegar aos velhos erros do passado. E erros de outros, o que é pior.

Daí toda a frustração, a falta de amor em casa, a falta de carinho do marido/namorada/esposa, a falta de saber quem realmente se é, simplesmente é preenchida com ataques, agressão gratuita e tantas outras coisas que se incrustam na pessoa não deixando que ela aprenda o que é respeito, amor verdadeiro e liberdade. Aliás essa

é uma das minhas palavras predi-letas: liberdade!

E é assim que eu vivo. Vivo em liberdade. Não deixo as amarras do rancor, da falta de amor, da arrogância, da soberba me pren-derem do jeito que prende quem se dá ao trabalho de me agredir nas redes sociais por não conseguir discutir, debater, compreender.

O que eu posso dizer é que me amar ou odiar não mudará minha forma de agir, de fazer o que eu gosto. De pensar política, de discutir política que beneficie o cidadão comum, o trabalhador e a dona de casa, por que sou jornalista por natureza e disso não abro mão.

Mudar a forma de pensar é mais que necessário. A todo momento. Os atos são apenas o reflexo daquilo que passa por nossas cabeças elétricas.

Mas, mesmo sofrendo diaria-mente ataques como os que sofro, não vou desistir dessa cidade. Não desisto de brigar e discutir para melhorá-la ainda mais. Digo isso com a convicção de quem sabe que esse cenário onde quem fala a verdade é punido, vai mudar. Já está em processo de mudança e a verdade é uma das energias que mantém quem pensa em pé. Todos os véus, todos as mentiras propagadas por décadas, vendidas diariamente pelas ondas do rádio como verdades serão desmascara-das. Cedo ou tarde!

Não cabe mais nas sociedades a manipulação dessas forças ocultas vindas das sombras. Não cabe mais o medo propagado através de ameaças, de conchavos, de es-quemas. Esse medo morreu, não existe mais. Isso se deve pelo fato que o que for feito para mim, será feito para meu irmão, meu vizi-nho, meu amigo. O que for feito para me prejudicar, estará sendo feito para o pai de família, para o trabalhador que encara a labuta de sol a sol; será feito para a mãe que cuida da casa esperando o marido e seus filhos. Quem age às escon-didas comigo para me prejudicar, age também como os seus.

Billy Mao é jornalista - Repórter fotográfico

Novamente é possível questionar os critérios da Prefeitura de Lençóis Paulista para escolha de como destina o recurso público, ao ser confirma-do que nenhuma intervenção será feita no trecho da avenida José Antonio Lorenzetti com a Rua Pa-raná, onde dois homens morreram no último fim de semana. Se a decisão não demonstra descaso com bairros carentes da cidade, é preciso que os critérios para aplicação de recursos em obras deste tipo sejam melhor esclarecidos.

O local das duas mortes é palco há pelo menos quatro anos de incontáveis acidentes, de maior ou menor gravidade, até o pior deles, no sábado, dia 5. Todos assistidos, quase que diariamente, por uma população perplexa com o crescimento de sua gravidade e a falta de ação da administração pública. Em qualquer das casas próximas é possível ouvir a afirmação. “Sabíamos que isso ia ocorrer”.

O fato se deve ao vertiginoso aumento do número de veículos que passou, no mesmo pe-ríodo, a usar a via entre duas regiões extremas e populosas da cidade – Cecap e Núcleo - após a rotatória da Avenida Papa João Paulo e a constru-ção do viaduto no Jardim América. As mudanças transformaram uma região periférica pacata em um local de extremo movimento de veículos, caminhões e pedestres, sem que nada de real-mente impactante fosse feito para prevenir o que ocorreu no último fim de semana.

Nestes quatro anos, as prioridades da Prefeitu-ra não beneficiaram quem precisa de segurança ao optar por transitar pela região. Embora a própria administração, quando da última mu-dança no trânsito da cidade, tenha reforçado a importância do motorista tomar vias periféricas para desobstruir o trânsito no centro. Hoje, com a decisão anunciada esta semana, quem segue esta orientação corre alto risco de se envolver em um acidente, que pode ser fatal.

Também em quatro anos, a Prefeitura passou da confirmação de que havia o planejamento para construção de uma rotatória no local, até esta semana afirmar que não há previsão, já que o número de veículos não justifica, além de não haver espaço para a obra. E claro, não há orça-mento. Os critérios parecem ter mudado entre as vésperas da eleição que deu início e o fim do atual mandato político-administrativo.

Os critérios também são questionáveis ao negarem uma situação caótica que está esta-belecida, ao mesmo tempo em que defendem investimentos na construção de rotatórias em local ermo, afastado do centro e com baixíssimo tráfego de veículos, em área particular que vem sendo, inclusive, questionada judicialmente, sob risco de que os mesmos investimentos sejam perdidos. Isso sob o critério de evitar acidentes.

O acidente do último fim de semana, que vitimou duas vidas, pelos critérios da Prefeitura, poderá ser debitado no abuso da velocidade, que realmente ocorre em diversas ruas e avenidas da cidade. Mas, também aí os critérios são falhos já que os recursos de redução e controle de veloci-dade, como o radar móvel, existem exatamente devido aos abusos. Se não existem critérios para instalação de redutor, semáforo ou rotatória no local, qual o critério para manter um radar de controle de velocidade, podem se perguntar as centenas de vítimas do trânsito da Avenida José Antonio Lorenzetti. O que se poderia supor é que os critérios sejam políticos, sociais ou financeiros.

Assim, tão estarrecedora quanto a cena do último acidente é a certeza de que nada será feito para evitar que outros ocorram. Se os moradores sabiam, até o sábado passado que o pior aconte-ceria, agora podem ter certeza de que ainda está por vir, graças aos critérios da Prefeitura.

4LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

R Á P I D A S

4X0 - Um morador do bairro Maria Cecília enviou esta foto para a redação do Sabadão do Povo reclamando que cobrou da Prefeitura por mais de um mês a limpeza de terrenos próximos ao Parque Paradão. Depois de muita insistência, parte dos terrenos foram roçados. A surpresa do morador foi quando um outro morador despejou duas carriolas de entulhos em um outro terreno próximo e para seu espanto, menos de duas horas depois haviam qua-tro funcionários da Prefeitura e um caminhão para tirar o despejo. “Eficiência”, disse o morador

Universitário vão receber, no máximo, R$ 100 mensais por auxílio transporte Anúncio do valor pago foi feito pela Prefeitura durante a semana, com a confirmação de que o benefício só será mantido devido a recursos repassados pela Câmara; anúncio do pequeno reembolso desagradou universitários

A C A S A C A I UCOLUNA POLICIAL

Mulher procurada em Mato Grosso do Sul é presa em Lençóis

Uma mulher que era pro-curada pela Justiça do Mato Grosso do Sul foi presa, na quarta-feira, dia 9, em Len-çóis Paulista, pela equipe da Rocam (Ronda Ostensiva Com o Apoio de Motoci-cletas), da Força Tática, no bairro Maestro Júlio Ferrari. Ela usava documentos falsos.

Segundo as informaçõe do Cabo Alisson, Juliana Alexan-dre de Oliveira, 24 anos, foi identificada depois que seu marido foi parado em uma blits de rotina. Por não portar os documentos, os policiais foram com ele até sua casa.

A princípio, Márcio Duete identificou sua esposa como Patrícia, porém ao apresentar o RG, constava o nome de Juliana. Indagados disseram que Patricia era a ex-mulher de Márcio. Os policiais pediram então a Certidao de Nasci-mento do filho deles, onde consta o nome de Patricia.

Novamente indagada, Ju-liana confessou que era pro-curada pelo Estado de Mato Grosso do Sul e usava o nome de Patricia, pois havia achado um Título de Eleitor nesse nome e usava ele como do-cumento, havia inclusive se internando na maternidade local quando do nascimento de seu filho. Através do titulo

a mesma foi ate uma LAN house e levantou o RG e CPF de Patricia para poder usar e receber benefícios.

Na delegacia foi confir-mado o mandado de prisão contra a mulher, que foi presa e encaminhada para a cadeia feminina de Pirajuí.

Vingar morte do irmãoSegundo informações obti-

das pelo Jcnet, com o Jornal Dourados News, no dia 26 de abril de 2013 Juliana foi flagrada com um revólver ca-libre 38, na ocasião em que foi presa por tráfico de drogas no local onde morava, em uma chácara em Dourados, Mato Grosso do Sul.

A arma seria utilizada para vingar a morte do irmão, An-dré Alexandre Neto, o Zóio, na época com 19 anos, Ele foi assassinado no dia 18 daquele mesmo mês, com cinco tiros

A acusada Juliana certa vez encontrou um título de eleitor e passou a utilizá-lo como documento, inclusive se inter-nou com ele na maternidade onde nasceu o filho. A partir desse documento, Juliana levantou o RG e o CPF da dona do título de eleitor via internet, em uma Lan House, para poder utilizá-los e receber benefícios. (Com Jcnet).

Servidores procuram MP por troca de plano de saúde feita na ASP

Da redaçãoUm grupo de servidores mu-

nicipais procurou o Ministério Público por que estariam se sentindo forçados a migrarem para o novo plano de saúde oferecido pela Associação dos Servidores Públicos Muni-cipais, a ASP, em conjunto com a Prefeitura Municipal e a operadora local.

O anúncio da mudança no plano oferecido aos servidores foi feito logo após a eleição que mudou a diretoria da ASP. Em entrevista coletiva em novembro, Prefeitura afirmou que havia assumido a negocia-ção para implantação do novo serviço, o que antes era feito entre a ASP e a operadora.

Segundo informações, os

servidores que procuraram o MP representam parte da par-cela que não aderiu ao novo plano, mas se sentiu forçada a fazê-lo. A informação foi levada à plenário da Câmara municipal pelo vereador Jona-dabe de Souza.

De acordo com o vereador, a informação dos servidores é de que, dependendo da idade so servidor, há o encarecimento dos serviços em até 30%. Por não aderirem imediatamente, os servidores teriam siso infor-mados de uma data limite para terem acesso ao novo plano, embora durante o anúncio do ano passado, operadora, Pre-feitura e Associação garantiram que só ingressaria no novo serviço os servidores que op-tassem, podendo fazer a escolha pela forma anterior do serviço. “Estou acompanhando o caso, pois Prefeitura e operadora não podem forçar os servidores a mudar, contra a sua vontade”, disse Jonas, por telefone na quinta-feira, dia 10.

PolíticaA mudança no plano de

saúde, na opinião do vereador e ex-presidente da ASP, é mais uma perda das conquistas dos servidores, assim como a não realização de festas tradicionais (Dia da Mulher). Jonas também citou a negociação do cartão de compras da ASP, cuja adminis-tração estaria sendo repassada pela diretoria à Cooperserv (Cooperativa de Crédito do Servidor), da Prefeitura, como parte do esvaziamento das con-quistas dos servidores.

“Eles (Prefeitura) já tentaram assumir a associação quando eu era presidente, mas não deixei. Quem comanda a associação

hoje são os diretores da Prefei-tura e o servidor vai perdendo, a associação se esvaziando até acabar”, afirmou. Sobre as acusações feitas pela diretoria da ASP contra ele, inclusive com pedido de cassação de seu mandato por falta de decoro, feito à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, o vereador alega que se trata de perse-guição política, com objetivo de prejudicá-lo nas próximas eleições.”Por ser ano de eleição querem acabar comigo junto aos servidores”, disse.

ASPO presidente da ASP Marcos

Antônio Francatti confirmou na sexta-feira, dia 11, que o novo plano de saúde é mais caro e que o antigo deve ser extinto, mas a ASP estaria negociando uma outra opção. Uma reunião está marcada para a próxima segunda-feira, entre a empresa que administra o convênio e os servidores que mantiveram o plano antigo para tratar do assunto. Como o plano anti-go é mais barato, mas possui menos serviços, a opção seria um meio termo que possa ser pago pelos servidores, de acordo com Francatti.

Sobre política, Francatti afirmou que nenhum dos integrantes da diretoria atual faz parte da vida política, por isso, não haveria por que se falar em perseguição política. “Se o Jonas tem desavenças com os diretores da Prefei-tura, é uma questão para ele resolver, a ASP não tem nada com isso”, afirmou.

Francatti garantiu que o cartão de compras da associa-ção não será repassado para a Cooperserv.

Da redaçãoAlunos interessados em pe-

dir o auxílio transporte deste ano têm até o dia 18 de março para efetuar o cadastro de suas informações pessoais no site da Prefeitura Municipal. O benefício foi garantido, de acordo com a Prefeitura, gra-ças à verba que a Câmara deve devolver de seu orçamento até o final do ano. Para alunos ouvidos pelo jornal, o valor previsto de, no máximo, R$ 100 do reembolso demonstra a falta de preocupação da Pre-feitura com os universitários e a falta de representatividade entre os próprios estudantes.

A Prefeitura destinou no orçamento deste ano R$ 200 mil para o benefício do auxí-lio-transporte, o que inviabi-lizou a ajuda aos estudantes. Após a repercussão do caso, acrescentou R$ 100 mil e só

anunciou a garantia do reem-bolso após a Câmara Muni-cipal confirmar a destinação do mesmo valor previsto pela Prefeitura, R$ 300 mil até o final do ano.

Após o período de inscrições e entrega de documentos acon-tecerá a análise dos pedidos, o que deve atrasar o início do repasse, como ocorre todos os anos. Após esta etapa será calcu-lado e informado o valor men-sal do benefício, que poderá ser inferior a R$ 100/mês para cada estudante. O valor definido será garantido pela Prefeitura conforme os recursos de seu orçamento. “A continuidade do benefício, até dezembro, está atrelado à devolução que será feita pela Câmara.

Falta de interesseAinda sem receber qualquer

ajuda da Prefeitura para viajar

com segurança para cursar o nível superior fora de Lençóis, em pleno mês de março, as estudantes Gislaine Pires dos Santos e Ana Cláudia Jordão têm ido de motocicleta às aulas da FAAG, em Agudos, prática que deve ser mantida, apesar de reconhecerem os ris-cos, após saberem do valor que a Prefeitura deve repassar para o auxílio transporte. “Pelo va-lor da van ou ônibus e o que a Prefeitura está reembolsando, compensa ir de carro, como não temos, vamos de moto. É um pouco caso o que a Prefeitura fez, pagando muita coisa sem necessidade, como a Facilpa, e demonstrando total falta de interesse em ajudar os estudantes”, disse Ana.

Para ela, a negociação feita por um grupo de estudantes não representou a maioria, por isso, o valor de repasse foi

tão baixo. “A negociação foi péssima. Não fomos represen-tados, na verdade”, declarou.

Entrega de documentosUma vez realizado o ca-

dastro das informações no site da Prefeitura, durante o período de 14 a 18 de mar-ço de 2016, os estudantes deverão realizar a entrega e protocolo do requerimento impresso e documentos ne-cessários para comprovação de sua condição de estudante e renda familiar, que cons-tam do Decreto Executivo nº 74/2016. Os estudantes que realizaram a pré-inscri-ção poderão acessar o pré-cadastramento já realizado para a l terar informações lançadas, caso seja necessá-rio, e também para efetuar a impressão do requerimento devidamente preenchido.

Após uma operação con-junta das polícias Militar e Civil, na quinta-feira, dia 10, um jovem de 22 anos foi preso no Jardim Primavera, acusado de tráfico de drogas. A ope-ração teve apoio do Canil da PM de Bauru.

A operação tinha como objetivo combater o trá-fico de drogas e localizar armas de fogo. No total,

Rapaz é preso com 157 gramas de maconha durante operação da PC

segundo a Polícia Civil, f o r am cumpr ido s qua -tro mandados de busca e apreensão apenas no bair-ro Jardim Primavera.

Em uma das casas, os poli-ciais encontraram 157 gramas de maconha. O morador L.H.H. (apenas as iniciais foram divulgadas), foi preso em flagrante por tráfico e co-locado à disposição da Justiça.

Decoro - Para Jonas, denúncia de quebra de de-coro é perseguição política; ASP nega

OPINIÃO 5LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

Tânia Morbi Uma tragédia esperada. Pode

ser definido assim o acidente que causou a morte de duas pessoas no último final de semana, no cruzamento en-tre a Avenida José Antônio Lorenzetti e a Rua Paraná, na região do Jardim Nelli e Vila São João. A colisão entre duas motos resultou na morte de Diogo Gabriel Gomes, de 25 anos, e Vagner João Prando, de 34 anos, que era policial militar.

Como o jornal Sabadão do Povo mostrou em di-versas matérias publicadas nos últimos anos, o local é palco cotidiano de diversos acidentes, a maior parte deles sem registro policial devido à menor gravidade, porém, presenciados por moradores da região, habituados a assistir as cenas de quedas, colisões, ferimentos e perdas materiais.

Mas, o aumento do fluxo de veículos, proporcionado pela construção da rotatória da Avenida Papa João Paulo II, na entrada da Cecap, e do viaduto de acesso ao Jardim América, sobre a rodovia Osni Matheus, em 2012, somado à iluminação precária do trecho, o grande número de pedestres que transitam pelo local e os abusos de velocidade tornaram os acidentes constantes e mais graves (veja nesta página).

Há vários anos a sensação dos moradores ouvidos pelo jornal é de que, sem a inter-venção da Prefeitura, através de obras de adequação às mu-danças no trânsito, o “pior” iria

Mortes na avenida: Prefeitura não realizou obra anunciada em 2012 e trânsito piorouAbuso de velocidade, mudanças no trânsito e falta de obras anunciadas há quatro anos pela Prefeitura fazem do cruzamento no Jardim Nelli, há vários anos, palco para tragédias como a do último fim de semana;moradores esperavam “o pior”

acontecer. E foi o que ocorreu no final da tarde de sábado, dia 5, quando os dois motociclistas, que seguiam no sentido bairro/centro se chocaram. Os dois tiveram ferimentos gravíssi-mos e foram socorridos por equipes do Samu, do Corpo de Bombeiros e do Resgate Integrado do município, mas não resistiram aos ferimentos e morreram na Unidade de Pronto Atendimento. As motos ficaram destruídas.

Entre as intervenções cogita-das por moradores, que pode-riam ser feitas pela Prefeitura estão redutores de velocidade, já que os que existiam na ave-nida - exatamente no trecho onde motociclistas abusam da velocidade - foram retirados há alguns anos e a construção de uma rotatória, obra que chegou a ser confirmada pela Prefeitura, através da diretoria de Planejamento, há quatro anos, sem nunca sair do papel.

Em junho de 2012, após outro acidente grave no local, a diretoria informou que a previsão era de construir o dis-positivo logo após o término da rotatória da Avenida Cru-zeiro do Sul com rua Niterói. A obra, segundo a Prefeitura na época, seria feita no mesmo ano, seguindo os moldes do dispositivo da Rua Piedade com Avenida Ubirama.

Desde então, as cenas de vio-lência no trânsito continuaram, e a única intervenção no local foi a instalação de “tartarugas” que orientam o trânsito, mas se mostraram ineficientes para

evitar os acidentes e a tragédia do final de semana.

“Nunca mais foi o mesmo”O depoimento de Luiz Ricar-

do, filho de José Dias Barbosa, de 62 anos, esta semana, três anos após o acidente envolvendo seu pai, mostra o quanto a falta de intervenção no trânsito da região do Jardim Nelli com São João, que pudessem evitar aci-dentes, tem causado sofrimento às vítimas e seus familiares.

O idoso estava em uma bi-cicleta motorizada quando foi atropelado por um carro, no mesmo local do acidente deste fim de semana, e arrastado por cerca de 10 metros pela Ave-nida José Antônio Lorenzetti. O condutor do veículo fugiu sem prestar socorro e não foi localizado pela polícia.

O acidente ocorreu por volta das 19h. Segundo o filho da vítima, o pai, que era jardineiro e funcionário da Prefeitura, es-tava indo ao mercado comprar pão quando foi atropelado.

Parado com a bicicleta no cruzamento da avenida com a rua Paraná, ele foi atingido por um Kadet cor vinho que, segundo testemunhas, trafegava em alta velocidade.

De acordo com as pessoas que presenciaram o acidente, o veículo teria arrastado o ho-mem por cerca de 10 metros. Em alguns momentos, o mo-torista chegou a dar marcha ré com o carro, mais de uma vez, até que a vítima se soltasse. De-pois, fugiu sem prestar socorro.

Barbosa foi socorrido por

uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Ur-gência (Samu) e levado ao pronto-socorro da cidade em estado grave, permanecendo cerca de 45 dias internado na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu. Ele teve hemorragia interna, três cos-telas quebradas, perfuração no pulmão e precisou de 30 pontos para fechar um corte nas costas.

Três anos depois, Luiz Ri-cardo afirma que ele nunca mais foi o mesmo depois do acidente. “Ele ficou com pro-blemas respiratórios crônicos, não movimenta um dos dedos das mãos e faz uso de remédio controlado desde então.

O pior de tudo é que depois de tal fato ele nunca mais andou nem de bicicleta, nem de carro. Possui síndrome do pânico e tantos outros problemas psi-cológicos. Ficou com vários traumas”, lamentou Luiz.

A vida ativa que o pai levava, apesar da idade, não foi recupe-rada. “Nossa família sofre junto com ele, porque era tão ativo e hoje tem medo de tudo”, co-mentou. Além dos traumas, o idoso terá que tomar remédios controlados permanentemente, devido às dores que sente. “O sentimento da família é de la-mento pela impunidade, tanto do autor, que não foi preso; pelo atendimento inicial que teve no hospital, que deixou sequelas, e pela Prefeitura, que não tomou medidas para que outros acidentes não ocorres-sem”, concluiu.

AtropelamentoAlém de diversos acidentes

entre veículos, a região registrou em 2014, o atropelamento de um idosa que atravessava a avenida. Testemunhas conta-ram que a iluminação precária do local teria dificultado que o motociclista visse a senhora a tempo de evitar o acidente, já que ele estaria trafegando

dentro da velocidade permitida. A mulher foi socorrida pelas

equipes do SAMU e do RI, após esperar pelas viaturas junto ao motociclista, que ficou no local após o acidente.

Segundo apurou o jornal, após medicada, a idosa perma-neceu em observação, mas seu estado não era grave.

PrefeituraDiferente do que ocorreu em

2012, esta semana, a Prefeitura informou que não tem previsão de construir uma rotatória ou fazer qualquer intervenção no local do acidente em que dois homens morreram no último sábado, porque o local não teria espaço ou tráfego que justifique o investimento. Para a Prefei-tura, o local tem sinalização adequada. “A diretoria de Obras e Infraestrutura informa que o local não comporta rotatória e que está devidamente sinalizado. A instalação de rotatória segue alguns critérios como tráfego que justifique este equipamen-to, condições físicas (espaço) e disponibilidade orçamentária. Para este local não há progra-mação de intervenção, pois está devidamente regulamentado e sinalizado”, afimou por e-mail.

Questionada pela repor-tagem sobre a construção de duas rotatórias no Jardim Vil-lage, em 2012, mesmo ano que afirmou que havia previsão de rotatória para o Jardim Nelli, a Prefeitura disse que a área está em expansão para ligar o Jardim Itamaraty como meio de escoamento rápido e que o projeto é preventivo para o crescimento ordenado da cidade. Novos investimentos devem ser feito no local.

A desapropriação da área onde foram feitos os investi-mentos para construção das rotatórias é objeto de uma ação na justiça, por parte da proprietária, que questiona o pagamento pela desapropriação feito pela Prefeitura.

O Q U E D I Z E MO S M O R A D O R E S

D A R E G I Ã O

Duas rotatórias: do nada para lugar nenhumÉ essa a definição de inter-

nautas que discutiram a falta de sinalização em trechos da cidade de Lençóis Paulista e em relação ao acidente fatal da semana passada.

As duas rotatórias construí-das no Jardim Village aten-dem uma parcela minúscula da população. Com exceção dos 10 dias da Facilpa, o local pouco é usado por motoristas.

Na contramão, locais como o cruzamento da Avenida José Antônio Lorenzetti, não rece-bem intervenções de grande porte. A reportagem do Saba-dão esteve no local na tarde de quarta-feira e constatou a pre-cariedade na sinalização, como um dos problemas enfrentados por quem utiliza a via.

Mário L. M. Camargo,motorista“O trânsito é péssimo. Estes dias socorri

um motoqueiro que caiu para não bater em

outra moto. A imprudência é dos motoristas,

mas a Prefeitura tem uma grande culpa. Fez

o viaduto, aumentou o fluxo de veículos e

não fez nada aqui. Ou faz rotatória ou põe

semáforo, ou não vai ser só este acidente

grave. Jeito tem, precisa de vontade”.

Luciana da Silva,doméstica“Falta lombada, falta respeito. O que mais

precisa é a sinalização, por isso os aci-

dentes graves. Já vimos muitos acidentes,

inclusive graves. A gente não queria, mas

sabia que ia acontecer. Agora, ou tomam

providência ou mais pessoas vão morrer.

Nossos filhos correm risco, vindo da escola

ou do serviço”.

Menos de uma semana de-pois de matéria publicada pelo jornal Sabadão do Povo, que mostrava a correção dos salá-rios dos vereadores de Borebi, garantindo que não teriam as perdas da inflação, ao mesmo tempo em que o prefeito Ma-noel Frias Filho anunciava corte no seu salário e dos ocupantes de cargos em comissão, a Câ-mara borebiense voltou atrás, apresentou projeto e revogou o reajuste dos vereadores, assim como aumentou o corte dos salários do prefeito e dos cargos em mais 10%, somando 20% no total. A sessão que aprovou por unanimidade o reajuste foi realizada de forma extraordiná-

ria na quinta-feira, dia 10.No sábado, dia 5, matéria

do jornal Sabadão do Povo mostrou que o reajuste de cerca de 11% aprovado pelos verea-dores em seus próprios salários foi feito em janeiro, quando o prefeito Manoel Frias estudava formas de equilibrar as finanças do município diante da crise econômica do país.

Na semana passada, o prefei-to enviou à Câmara de Borebi ofício com proposta de redução de 10% do seu próprio salário e dos vencimentos dos ocupantes de cargos de confiança da Pre-feitura, entre as diversas me-didas que vem adotando para redução de gastos. A iniciativa

é prevista na Lei de Responsabi-lidade Fiscal quando o percen-tual da folha de pagamento das prefeituras ultrapassa os limites determinados.

Por lei, são os vereadores que devem apresentar proposta de adequação de salários de prefeitos e vice. Por isso, Mané Frias enviou ofício pedindo que o presidente João Lima apre-sente projeto com a redução do salário de prefeito, vice e cargos de confiança. Porém, a Câmara aumentou o corte e o projeto aprovado prevê redução de 20% dos salários de prefeito, vice e cargos de confiança.

A mudança de posiciona-mento dos vereadores ocorreu

após a repercussão nas ruas de Borebi e na internet da in-formação de que haviam rea-justado seus próprios salários, decisão que foi amplamente criticada nas redes sociais. Um grupo de moradores, que inclui servidores muni-cipais, e que tem apresentado propostas de mudanças para a cidade esteve na Câmara durante a semana cobrando explicações do presidente João Lima sobre a decisão, em um momento crítico para a cida-de. Recebidos, os moradores tiveram a garantia de que o reajuste seria revisto, revisão que foi aprovada por todos os vereadores.

Vereadores de Borebi voltam atrás e revogam reajuste Nestor José Dias Filho

Fatal - Sem grandes intervenções de adequação ao crescimento do fluxo de veículos, local já era tido por moradores como futuro palco de tragédias

Salários - Vereadores voltaram atrás no reajuste

Fotos: Billy Mao

Google Maps

6LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Tânia MorbiMantendo as perdas salariais

dos servidores públicos muni-cipais de Lençóis Paulista pelo terceiro ano consecutivo, a Pre-feitura Municipal anunciou em seu site que irá reajustar os ven-cimentos em 5%, percentual que representa menos da metade da inflação medida no período, que foi de cerca de 11%. A decisão foi apresentada na semana passada ao Sindicatos dos Servidores, em reunião a portas fechadas, e depois divulgada no site oficial da Prefeitura.

“Após análise detalhada do orçamento e os reflexos de um reajuste nas contas de 2016, a Prefeitura de Lençóis Paulista dis-cutiu o assunto com os represen-tantes do sindicato dos servidores Públicos de Lençóis Paulista e definiu o índice a ser aplicado a partir de 1 de março, fixado em 5%. Importante esclarecer que esse reajuste é o máximo que a administração consegue suportar, considerando a realidade do país, estado e município”, diz a nota.

O índice de 5% é o mesmo praticado na adequação dos vencimento em 2015, quando a inflação registrada nos 12 meses contados para a correção (março de 2014 a fevereiro de 2015), ficou em 7,7%, segundo o IBGE ((Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística), completando três anos seguidos de perdas salariais pelos servidores.

Perdas em 2014, 2015 e 2016

Em 2014, a prefeita não fez em março, data base do servidor, qualquer tipo de correção aos salários, “jogando” a adequação de cerca de 1200 servidores para o mês de setembro. Os servidores públicos esperaram cinco meses para receber os salários reajusta-dos. Embora o dissídio da catego-ria seja o mês de março, o paga-mento dos salários com correção foi feito apenas em setembro de 2014, o que causou a perda de cinco meses sem reajuste.

Na época, a administração municipal justificou o calote temporário como necessário para equilibrar o percentual da folha de pagamento, que havia atingido o índice prudencial, de-terminado pela Lei de Responsa-bilidade Fiscal, que é de 51,31% relativo ao orçamento. Este ano, a Prefeitura não divulgou qual o percentual atual da folha em relação ao orçamento.

Em 2015, em sua justificativa, a prefeita Izabel Lorenzetti alegou que, apesar do orçamento do município de 2015 ser maior que o de 2014, “a diferença ficou aquém dos valores da inflação deste ano” por isso, “a capaci-dade orçamentária financeira do município está restrita por conta da redução de uma de suas principais receitas: o repasse da cota-parte do ICMS”. A pre-feita também ressaltou que em janeiro, 733 servidores tiveram salários reajustados de acordo com o aumento do salário-mí-nimo e que houve o adicional de periculosidade incluído à categoria dos vigilantes, ambas ações, seguindo determinações legais, por isso, independentes de decisão do Executivo.

Em nenhum destes momen-tos, a administração pública lençoense considerou reduzir salários de cargos em comissão ou função de confiança, como forma de reduzir a folha de pagamento e assim evitar as perdas salariais dos servidor. A medida é uma das recomendações da Lei de Responsabilidade Fiscal , quando o município ultrapassa os limites impostos com gasto de folha de pagamento, prevendo redução de pelo menos 20% nos salários dos cargos de confiança e exoneração de servidores não estáveis.

Servidor perde novamente com reajuste de salário definido pela Prefeitura: apenas 5%Correção de 5% repete índice do ano passado e mantém perdas acumuladas de três anos; decisão foi apresentada ao Sindicato a portas fechadas

Moradores do bairro Jar-dim Carolina fizeram, na semana passada, um abaixo assinado para reivindicar que a Prefeitura de Lençóis Pau-lista volte a fazer o transporte das crianças que residem no bairro e estudam na escola Nelson Brolo, no jardim Monte Azul.

O aba ixo as s inado fo i ent regue à a s se s sor ia de Gabinete da prefeita Iza-bel Campanari Lorenzetti e relata a dificuldade que pais e responsáveis têm em levar os filhos até a escola, desde qu eo serviço foi in-terrompido.

Segundo Neusa Perino, que ajudou as mães a orga-nizarem o documento, algu-mas estariam deixando seus trabalhos para podre atender os horários de entrada e saída dos filhos.

Mães do Carolina querem de volta transporte de alunosA Prefeitura informou que

em 2015, quando o trans-porte foi interrompido, os pais dos alunos do Jardim Carolina foram avisados de que os filhos deveriam ser encaminhados para a esco-la Guiomar Fortunata Co-neglian Borcat, no Jardim Caju, e que caso decidissem mantê-los na escola Nelson Brollo teriam que arcar com as despesas do transporte. De acordo com a Prefeitura, não há falta de vagas na escola Guiomar, por isso os pais têm que arcar com o custo do transporte para outra escola.

Correios Outro problema do bairro

relatado pelas moradoras é a falta de entrega de corres-pondências pelos Correios. De acordo com as mora-doras, o serviço nunca foi

implantado definitivamente desde que o bairro foi inau-gurado.

Na Câmara, os vereadores pedem providências da Pre-feitura e um posicionamento dos Correios desde o começo de 2015, segundo vários requerimentos enviados por diversos vereadores.

Sobre o problema, a asses-soria dos Correios informou por e-mail que a previsão para que a distribuição do-miciliária no Jardim Caroli-na seja regularizada é o início do mês de abril.

Até que a situação seja re-gularizada, segundo o órgão “a população deve continuar retirando seus objetos pos-tais na agência de Correio que f ica na Rua Sete de Setembro, 876, Centro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação determinou em 2013, que a idade obrigatória para ingres-so na vida escolar, a partir de 2016, seria os quatro anos de idade, e não mais seis anos. A informação, pouco divulgada, pode servir para orientar pais e responsáveis quanto ao ingresso obrigatório de crianças, que não é exigido antes desta idade.

A alteração na LDB foi feita através da emenda constitucio-nal 59/2009, aprovada pelo Congresso e estabeleceu até 2016 o prazo para que os mu-nicípios se adequassem para o atendimento do novo público.

Em Lençóis Paulista, segun-do a diretoria de Educação, não há demanda reprimida na Educação Infantil, porque o município teria se antecipado

à obrigatoriedade. “Nenhuma criança com essa faixa etária está fora da escola. Toda a demanda é atendida na rede municipal, desde a criação do ensino fun-damental de 9 anos”, informou a assessoria da Educação.

Antes da mudança na Cons-tituição, o ensino fundamental era a única fase escolar obri-gatória no Brasil. Depois da aprovação da emenda, o ensino

passou a ser obrigatório dos 4 aos 17 anos, incluindo a pré-es-cola, o ensino fundamental e o médio. O chamado maternal, que atende crianças a partir dos três anos não é obrigatório.

Na época das alterações, prefeituras e Estados chegaram a questionar a decisão, que foi mantida. Para arcar com as despesas extras, as prefeituras recebem apoio federal por

meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância).

A resolução em vigor determina que para o ingresso, na pré-escola, a criança deve ter 4 anos completos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. No caso do ensino fundamental, a idade é 6 anos. (Com EBC).

Idade obrigatória para ingresso na escola é de 4 anos a partir de 2016

Máquina retroescavadeira cai no córrego Corvo Branco, na ContenteUma cena inusitada cha-

mou a atenção dos morado-res da Vila Contente. Uma máquina da Prefeitura que trabalhava na margem do córrego Corvo Branco ficou atolada nas águas depois que um barranco se rompeu levan-do o equipamento para dentro do córrego.

O fato ocorreu por volta das 12h30 da quarta-feira e a ten-tativa de retirar o maquinário avançou até as 15h.

Segundo informações co-lhidas no local, o maquinista não estaria acostumado com a máquina e isso pode ter cooperado com o ocorrido. O maquinista teria sido chamado

quando prestou concurso para exercer a profissão de maqui-nista, porém, ocupava o cargo de motorista de caminhão. Re-centemente, teria sido chamado para ocupar o cargo de maqui-nista devido ao afastamento de um outro funcionário.

Para retirar a máquina do córrego foi necessário a interven-ção de outro funcionário “mais experiente” e, mesmo assim, foi necessário a ajuda de uma máquina esteira para servir de escora e fixação para que a retro conseguisse ser içada.

Ninguém se feriu no inciden-te e o maquinista continuou seu trabalho sob os olhares atentos dos moradores do bairro.

Não param - Apesar das perdas acumuladas em três anos, servidores públicos de Lençóis mantém rotina de serviços em toda a cidade, diferentemente do que ocorre em cidades como Bauru, onde funcionários devem iniciar greve devido ao baixo reajuste

Caído - Caminho até escola é longo e acidentado

Foto do Leitor

Fotos: Billy Mao

SAÚDE 6LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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O rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro de 2015 na unidade industrial de Germano, próximo ao município de Mariana (MG), considerado o maior desastre ambiental já ocor-rido no Brasil, chega hoje aos 128 dias sem punição por parte do governo brasileiro à SAMARCO/VALE/BHP, 600km de des-truição territorial no continente, alguns mi lhare s de km2 de lama tóxica mar a dentro a partir do litoral do estado do Espirito Santo, 19 pessoas e outras milhões de espécies de animais e plantas mortas e tantas outras desaparecidas, e comunidades ribeirinhas inteiras desoladas.

Um acordo entre os poderes pú-blicos federal e dos estados atingidos pelo desastre (Minas Gerais e Espi-rito Santo) assinaram um acordo no último dia 02 de março com a mineradora Samarco onde foi criado um fundo de R$ 20 bilhões para recuperar a Bacia do Rio Doce em 15 anos. Contudo, até o momento, assim como anteriormente nas outras multas aplicadas a empresa, nenhum pagamento foi efetuado.

A empresa Samarco, controlada por duas acionistas: a brasileira VALE S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton Brasil Ltda. – duas das três maiores mineradoras do mundo - trabalham com a retirada minério de ferro do solo na região para o comércio, tanto nacional como in-ternacional – da qual a maior parte do produto é exportado para fora do Brasil e compõe grande parte do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

A barragem que se rompeu con-tinha os rejeitos de minério de ferro provindos da mineração na região. Es-ses rejeitos ficam concentrados em um “vale” artificial suportado por grandes camadas de areia, que cedeu por pro-blemas técnicos/administrativos por parte dos supervisores da barragem.

Esses rejeitos são altamente tóxi-

cos, apesar de alguns pesquisadores terem alegado que o produto é inerte à saúde e boa para o consumo. Sério? Então como todos aqueles MILHÕES de animais, princi-palmente da ictiofauna (peixes),

morreram devido à falta de oxigênio – pela sedimentação do minério - e alimento – que são compostos pelos Fitoplancton (algas e outros vege-tais aquáticos) e Zoo-plancton (animais invertebrados que servem de alimentos para outros seres vi-vos) – na água?

A empresa Samarco teve sua licença ambiental suspensa e o mi-nistério público deve se pronunciar em breve sobre o pedido de prisão de 7 pessoas, que podem responder por homicídio qualificado e dolo eventual. Após o IBAMA (Institu-to Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ter negado um primeiro Plano de Recuperação Ambiental para as regiões afetadas pelo desastre – pela péssima qualidade do projeto – uma revisão foi feita pela empresa a qual teve como resultado o acordo citado acima da criação do fundo para recuperação da Bacia do Rio Doce e das pessoas afetadas.

Muito ainda deve ser feito, como pesquisas em todas as áreas impactadas da nascente à foz do Rio Doce e da comunidade marinha, também afetada pela lama toxica, pois, o descaso, como ocorreu e está ocorrendo com este desastre, pode levar ao encorajamento por parte de grandes empresas e afins que “controlam” o pais, a praticarem cada vez mais a destruição ambiental indireta e “inconscientemente”, para o crescimento econômico insusten-tável do Brasil.

Leonardo Henrique da Silva, graduando em Ciências Biológicas e pesquisador de Iniciação Científica

leonArdo Henrique dA silvA

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

ESCoNDiDão DE BACAlHAuingredientes:- 2 postas de bacalhau demolhado - 1 kg de batatas - Manteiga - Leite quanto baste. - Sal e pimenta a gosto - 4 colheres (de sopa) de azeite - 1 cebola grande - 3 dentes de alho - 1 ramo de salsa - 300 g de tomate maduro - 1 folha de louro - 1 cálice de vinho branco - 1 gema

Modo de preparo:

Tempere o bacalhau com pimenta do reino e reserve.Cozinhe as batatas ao ponto de formar um purê. Acrescente uma colher de manteiga e leite até obter um purê macio. Tempere com

sal e pimenta. Em fogo baixo, cozinhe no azeite a cebola, alhos e a salsa picada, tomate e o louro por aprox. 15 minutos.Acrescente o vinho e o bacalhau limpo dividido em lascas e cozinhe por mais 10 minutos. Espalhe metade do puré num recipiente untado com manteiga. Sobre essa metade espalhe o refogado de bacalhau. Cubra com o restante do purê. Pincele a superfície com a gema de ovo batida e temperada com uma pitada de sal, pimenta e algumas gotas de leite. Leve ao forno a 190 ºC até dourar. Bom apetite!

Meio ambiente e biodiversidade:o descaso com o Rio Doce

Da redaçãoA doença renal crônica em

crianças é relativamente rara, porém quando ocorre, traz con-sequências devastadoras para as crianças acometidas e o trata-mento dessa condição de alta complexidade é difícil, caro e trabalhoso. Particularmente em crianças, a DRC está associada a consequências graves para o crescimento o desenvolvimento dos pacientes e representa redu-ção significativa na esperança de vida ao nascer.

O diagnóstico precoce da DRC é um objetivo mundial como estratégia de preven-ção secundária dessa condição buscando o diagnóstico, e o tratamento precoces de crianças com DRC. Existem evidências científicas de que a progressão da doença renal pode ser retar-dada, desde que o diagnóstico seja feito a tempo de permitir a adoção de medidas terapêu-ticas apropriadas. Essa ação, se adotada plenamente em nosso meio, poderia lograr redução nas consequências da DRC nas crianças, adolescentes e mesmo em adultos.

Em nosso país há diferenças regionais importantes na inci-dência e prevalência da DRC, com maior frequência da doen-ça nas regiões Sul e Sudeste, em detrimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, o diagnóstico na maioria das vezes é tardio e incompleto. A situação clinicamente mais frequente é o estabelecimento do diagnóstico da DRC já em sua fase terminal, fazendo com que os benefícios potenciais do diagnóstico mais precoce sejam pouco aproveitados.

O Dia Mundial do Rim de 2016 centra-se na doença renal na infância e os antecedentes da doença renal do adulto, que podem começar na infância. A doença renal crônica (DRC) na infância é diferente dos adultos, sendo as anomalias congênitas e as doenças hereditárias os diagnósticos mais frequentes, enquanto glomerulopatias e doença renal por diabetes inco-muns em crianças. Além disso, muitas crianças com lesão renal aguda acabarão por desenvol-ver sequelas que podem levar à hipertensão e doença renal crônica na infância ou mais

Dia Mundial do Rim alertapara doença na infância

tarde na vida adulta.Porque existem disparida-

des no acesso aos cuidados de saúde, é necessário um esforço de modo a que as crianças com doença renal, onde quer que vivam, possam ser tratadas de forma eficaz, independente-mente das suas circunstâncias geográficas ou econômicas. Nossa esperança é que o Dia Mundial do Rim informará os formuladores de políticas públicas e os cuidadores sobre as necessidades e possibilida-des que cercam a doença renal na infância.

Dia Mundial do rim 2016O objetivo é incentivar e

facilitar a educação, a detecção precoce e um estilo de vida saudável nas crianças e seus pais para combater o aumento de doenças evitáveis nos rins. A campanha também quer alertar para a importância do tratamento de crianças com problemas renais.

Em 2015, o Brasil foi o ter-ceiro país do mundo com maior número de atividades, ações e

iniciativas no Dia Mundial do Rim. A presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Dra. Carmen Tzanno, foi nomeada embaixadora do Dia Mundial do Rim no Brasil e estará à frente das ações dessa iniciativa. “O Dia Mundial do Rim é um marco para chamar a atenção de todos para a importância da prevenção das doenças renais. Mas é importante lembrar que atuamos diariamente para mos-trar que a prevenção é o melhor caminho para cuidar dos rins. A SBN está sempre de portas abertas para os médicos e toda a população”, destaca.

Sobre a doençaA doença renal crônica

(DRC) em crianças traz con-sequências devastadoras para o crescimento, desenvolvimento cerebral e expectativa de vida ao nascer;

O tratamento dessa condição de alta complexidade é difícil, caro e trabalhoso;

A progressão da doença renal pode ser retardada, desde que o diagnóstico seja feito a tem-

po para a adoção de medidas apropriadas;

No Brasil há diferenças re-gionais importantes na incidên-cia e prevalência da DRC, com maior frequência da doença nas regiões Sul e Sudeste;

O diagnóstico da DRC em crianças no Brasil na maioria das vezes é tardio e incompleto;

O Dia Mundial do Rim de 2016 está centrado na DRC na Infância e nos antecedentes da DRC do adulto que podem começar na infância.

A DRC na infância é di-ferente daquela dos adultos. As anomalias congênitas e as doenças hereditárias são os diagnósticos mais frequentes, enquanto glomerulopatias e doença renal por diabetes são incomuns;

É necessário um grande es-forço para que as crianças com DRC, onde quer que vivam, possam ser tratadas de forma eficaz, independentemente das suas circunstâncias geográficas ou econômicas. (Fonte:sbn.org.br/events/dia-mundial-do-rim-2016)

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8LENÇÓIS PAULISTA, 12 DE MARÇO DE 2016 - SABADÃO DO POVOSUA IMAGEM

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A Lwart Lubrificantes, líder no país no setor de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado, promove, no dia 22 de março, terça-feira, o 1º Encontro Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, em parceria com a SEMMA (Secretaria de Meio Ambiente de Bauru) e apoio da CIESP e da CETESB. O evento acon-tece das 14h às 18h, no Obeid Plaza Hotel.

Com o tema “Boas práticas para o gerenciamento de re-síduos”, o encontro reúne os principais geradores de OLUC (óleo lubrificante usado con-taminado) da região, como indústrias, oficinas e concessio-nárias, além de representantes de sindicatos e associações. O objetivo do encontro é ampliar o diálogo entre o setor empre-sarial e o poder público sobre destinação adequada do OLUC e os benefícios para o meio ambiente. Após o encerramento do evento, será oferecido um coquetel aos participantes.

A programação conta com apresentações da secretária do Meio Ambiente de Bauru, Lá-zara Gazzeta, que abordará as “Ações locais: Como as cidades estão contribuindo para a sus-tentabilidade?”, da CETESB,

Lwart Lubrificantes realiza Encontro Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável em Bauru

sobre “Resíduos, efluentes e emissões – Riscos de Impactos do gerenciamento incorreto”, com Helen Milene Cursino dos Santos e Hellen Cecília de Juli Ravacci e da CIESP, sobre a “Sustentabilidade como oportunidade”, com Sebastião Carlos Gonçalves de Lima (Le-leco). Os interessados devem confirmar presença obrigatória para o evento, por e-mail ou telefone, até o dia 18 de março.

O Gerente de Relações

Institucionais e Regulatório da Lwart Lubrificantes, Ma-nuel Browne, será um dos palestrantes, apresentando o tema “Logística Reversa: O que é? Como se faz?”. Segundo ele, “eventos deste porte são importantes porque estreitam parcerias e promo-vem interface com empresas e segmentos importantes, a fim de discutir problemá-ticas comuns, facilitando a aplicação de soluções”, co-

menta. Browne enfatiza ainda a necessidade de um maior compromisso entre todos os elos da cadeia do óleo lubri-ficante usado e ou contami-nado. “Todos os envolvidos, sejam produtores, geradores, coletores, rerrefinadores ou usuários, têm a responsabi-lidade compartilhada de agir sempre conforme a Lei, e quem ganha somos todos nós, o meio ambiente e as gerações futuras”, completa.

Foi inaugurada nesta sexta-feira, dia 11, a creche municipal Aparecida de Fátima Moreira Frias, em Borebi, com a presença do Secretário de Educação José Renato Nalini, que foi recepcionado pelo prefeito Manoel Frias Filho. Também participaram do evento vereadores, secretários, pais de alunos e funcionários públicos. Apesar do clima de festa, o prefeito Frias aproveitou o encontro com o secretário para pedir que faça o intermédio para a liberação do recurso de R$ 900 mil, que foi destinado pelo Governo Estadual para a reforma da escola Iracema Leite e que ainda não foi liberado. “A situação do telhado da escola é crítica, temos medo do que possa acontecer, por isso pedi para o secretário que peça ao governador Alckmin a liberação do recurso para a reforma, já que obra já foi, inclusive, licitada”, afirmou Mané Frias

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Fotos: Tania Morbi