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www.acm.org.br Nº 230 • Maio/Junho 2003 Jornal da ACM Jornal da ACM A s s o c i a ç ã o C a t a r i n e n s e d e M e d i c i n a Filiada à Associação Médica Brasileira A A CM reabre o debate sobre a participação dos médicos na política, amplia sua presença nas discussões sobre a saúde e os contatos com os parlamentares que representam Santa Catarina. P or sua importância, o tema também mereceu destaque no VI FEMESC (Fórum das Entidades Médicas Catarinenses), em L aguna, e no X ENEM (Encontro Nacional das Entidades Médicas), em Brasília. L ANÇADA CL ASSIFICAÇÃO DE HONORÁRIOS MÉDICOS PÁGINA 18 CONHEÇA A NOV A P ÁGINA DA CM NA INTERNE T A PÁGINA 03 PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO NA POLÍTICA CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Nº. 68001020/2001 DR/SC ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA

Edição 230- Mai/Jun 2003

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Participação do médico na política

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www.acm.org.br Nº 230 • Maio/Junho 2003

Jornal da ACMJornal da ACMA s s o c i a ç ã o C a t a r i n e n s e d e M e d i c i n a

Filiada à Associação Médica Brasileira

A ACM reabre o debatesobre a participação dos

médicos na política, ampliasua presença nas discussõessobre a saúde e os contatoscom os parlamentares que

representam Santa Catarina.Por sua importância, o tematambém mereceu destaqueno VI FEMESC (Fórum das

Entidades MédicasCatarinenses), em Laguna, e

no X ENEM (EncontroNacional das Entidades

Médicas), em Brasília.

LANÇADA CLASSIFICAÇÃODE HONORÁRIOS MÉDICOS

PÁGINA 18

CONHEÇA A NOVA PÁGINADA CM NA INTERNETA

PÁGINA 03

PARTICIPAÇÃODO MÉDICO

NA POLÍTICA

CORREIOS

IMPRESSO ESPECIALNº. 68001020/2001

DR/SCASSOCIAÇÃO CATARINENSE

DE MEDICINA

Jornal da ACM2

EXPEDIENTEInformativo da Associação

Catarinense de Medicina - ACMRodovia SC-401, Km 4,

Bairro Saco Grande - Florianópolis/SCFone/Fax: (48) 231-0300

D I R E T O R I APresidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaVice-Presidente

Dr. Genoir SimoniSecretário Geral

Dr. Luciano Nascimento SaporitiDiretor Financeiro

Dr. Sérgio Felipe Pisani MüllerDiretor Administrativo

Dr. Luiz Carlos GiulianoDiretor de Publicações Científicas

Dr. Armando José D'AcamporaDiretor Científico

Dr. Maurício José Lopes PereimaDiretor de Patrimônio

Dr. Dorival Antônio VitorelloDiretor de Previdência e AssistênciaDr. Waldemar de Souza Júnior

Diretor das RegionaisDr. Marcos Fernando Ferreira Subtil

Diretor de Defesa de ClasseDr. Carlos Alberto Pierri

Diretora Sócio-CulturalDra. Sílvia Maria Schmidt

Diretor de EsportesDr. Luiz Alberto Nunes

Diretor do Departamento de ConvêniosDr. Ubiratan Cunha Barbosa

Diretora de ComunicaçãoDra. Eliane Vieira de Araújo

VICE DISTRITAISSul - Dra. Mirna Iris Felippe Zilli

Planalto - Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte - Dr. Marcos Scheidemantel

Vale do Itajaí - Dr. Sérgio Marcos MeiraCentro-Oeste - Dr. Luiz Antônio Deczka

Extremo-Oeste - Dr. Luiz FernandoGranzotto

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Carlos Gilberto Crippa

Dr. Remaclo Fischer JuniorDr. Jorge Abi Saab NetoDr. Théo Fernando Bub

Dr. Luiz Carlos EspíndolaDr. Élcio Luiz BonamigoDr. Sérgio Marcos MeiraDr. Osmar Guzatti Filho

Dr. Marcos Fernando Ferreira SubtilDr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

Jornalistas ProfissionaisLena Obst Reg. 6048 DRT

Denise Christians Reg. 5698 DRT

FotografiaRenato Gama

Diagramaçãoe

ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Tiragem4.000 exemplares

EDITORIAL

O NECESSÁRIO DESPERTAR POLÍTICOEntre as inúmeras peculiaridades da formação

do médico está a preocupação permanente com oaprimoramento técnico-científico, com a atualizaçãodos conhecimentos, na busca de respostas cada vezmais eficazes no acompanhamento dos pacientes.Até um passado não muito distante, essa busca peloaperfeiçoamento era suficiente para a prática damedicina, garantindo aos profissionais qualidadena sua atividade e uma re-muneração digna.

No entanto, como amudança é a única certezaem nossas vidas, a medi-cina também vem sofren-do inúmeras e profundastransformações. Já nãobasta apenas o médicoestar bem preparado ci-entificamente. Para ga-rantir as condições detrabalho adequadas é ne-cessário mais do que de-dicação científica.

Na verdade, nos últi-mos anos os médicos jávêm despertando para anecessidade de adquirirconhecimentos na área ad-ministrativa, na medidaem que identificam quenão se pode mais ignoraros custos que advêm daprática médica, da ininter-rupta e veloz moderniza-ção do setor.

Também é verdadeque os médicos vêm des-cobrindo que não bastaapenas participar dos "fó-runs de discussão perma-nentes" realizados nos cor-redores e nas salas de ca-fezinho dos hospitais, quepode ser o começo de umenvolvimento maior com a classe, mas está muitoaquém do ideal. Assim, de maneira cada vez maisativa, os profissionais da medicina vêm ocupandofunções que extrapolam o mundo científico, admi-nistrando as cooperativas médicas, à frente das dire-ções hospitalares e ocupando cargos nas Secretariase Conselhos Estadual e Municipais de Saúde, en-tre outros.

Mais recentemente ainda, estamos descobrindoque até mesmo o ato médico está direta e inegavel-mente envolvido por decisões políticas maiores, querpassem pelo poder Executivo e, de maneira muito

"ESTAMOS

DESCOBRINDO QUE

ATÉ MESMO O ATO

MÉDICO ESTÁ

DIRETA E

I N E G A V E L M E N T E

ENVOLVIDO POR

DECISÕES

POLÍTICAS MAIORES,QUE PASSAM PELOS

PODERES

EXECUTIVO E, DE

MANEIRA MUITO

ESPECIAL, NO

LEGISLATIVO"

especial, pelo Legislativo. É nas Câmaras de Ve-readores, Assembléias Legislativas, Senado e Câ-mara Federal que está o poder de se decidir asmedidas capazes de refletir de maneira positivana assistência à saúde e nas condições dignas detrabalho para os médicos.

Exemplos de decisões que nos afetam e trami-tam no Legislativo não faltam:

- Lei do Ato Médico,que visa definir legalmen-te quais são os nossos li-mites e prerrogativas deatuação.

- Regulamentação daformação qualificada domédico e orientação daabertura de novos cursosde medicina, vinculadas àreal necessidade social.

- Destinação de verbasorçamentárias adequadasàs necessidades da assis-tência à saúde.

- Políticas na descentra-lização do SUS e na norma-tização do sistema de Saú-de Suplementar.

Todos esses assuntossão extremamente impor-tantes para a classe e segu-ramente não serão resolvi-dos dentro do nosso am-biente de trabalho e nemmesmo nos gabinetes dosórgãos públicos, nas dire-torias de hospitais ou nasnossas cooperativas. Asrespostas virão das pesso-as comprometidas em de-fender as causas da saúdee da medicina.

É chegada a hora domédico despertar para anecessidade de uma maior

e mais ativa participação política.Sejamos, pois, co-partícipes das mudanças, apoi-

ando, votando naqueles que podem nos ajudar aobter as conquistas que tanto almejamos, e tambémcandidatando-nos a um cargo no Legislativo. Certa-mente, em nosso meio, seremos capazes de identifi-car as reais lideranças com capacidade de respondera esse anseio.

Dr. Viriato João Leal da CunhaPresidente

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ACM MODERNIZA E LANÇASUA NOVA PÁGINA NA INTERNET

A Associação Catarinense de Medicinalança sua nova página na Internet a partirdeste segundo semestre de 2003. Total-mente remodelado e modernizado, o siteda ACM substitui a proposta de ser umportal de saúde para dirigir-se de maneiraespecial à classe médica, com assuntos eespaços preparados aos profissionais do se-tor e aos associados da entidade.

Um dos destaques da nova página ficapor conta dos cerca de 5 mil links ofere-

www.acm.org.br

cidos aos internautas, que ligam os"navegadores" aos mais diversos si-tes de interesse da área.

Para o Presidente da ACM, Dr. Viri-ato João Leal da Cunha, mais do queum espaço de comunicação, o site pre-tende ser um canal aberto junto aosmédicos. "É um elo que une a ACM aseus associados, suas Regionais e Socie-dades de Especialidades, além de sermais um benefício a oferecer aos profis-sionais da medicina e à sociedade".

Já a Diretora de Comunicação da ACM, Dra. Eliane Vieira Araujo,destaca a importância da participação dos associados no aprimoramento ena atualização constante da nova página. "Para alcançarmos nossas objeti-vos, contamos com a colaboração de todos os que puderem e quiseremapresentar sugestões capazes de aperfeiçoar o trabalho, ampliando a co-municação, a troca de idéias e a nossa capacidade de alcançarmos as metastraçadas em benefício da classe".

No site da ACM tem:- Sua ACM - Histórico, departamentos, ex-Presidentes, Diretoria, Estatuto Social, vantagens de ser associado, serviçose Regimento Interno da entidade.- Regionais Médicas .- Sociedades de Especialidades e Departamentos .- Últimas Notícias - Fatos atuais sobre as ações da ACM ou de interesse da área médica.- Convênios - Lista dos diversos convênios entre a ACM, empresas e instituições que oferecem descontos e promoções especiais aos associados,

separados em seções de HOSPEDAGEM, SERVIÇOS e CURSOS.- Biblioteca - Informações gerais, serviços e produtos, acervo, publicações ACM e biblioteca on-line.- Livraria - Oferece obras de autoria de médicos ou de interesse dos associados.- Centro de Convenções - Infra-estrutura oferecida, calendário de eventos já agendados no espaço e acesso ao setor de reservas.- Calendário de Eventos - Agenda de eventos na área médica ou da saúde.- Dr. Gourmet - Proposta que tem como objetivo integrar ainda mais a classe médica em torno de um hobby que combina tradição, arte, criatividade

e saúde. O site divulga as metas do programa e as receitas preparadas pelos gourmets que já participaram da ação.- Links - Separados em temas da medicina, especialidades médicas, governo, tempo livre e web sites de busca.

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MÉDICOS RECEBIDOS POR PARLAMENTARESCATARINENSES EM BRASÍLIA

Diretores da Associação Catarinense de Me-dicina - ACM estiveram reunidos com parlamen-tares representantes de Santa Catarina no Sena-do e na Câmara Federal, em Brasília, debatendosobre as principais questões de interesse da saú-de e da atividade médica no estado. A troca deidéias entre médicos e políticos ocorreu durantea realização do X Encontro Nacional das Entida-des Médicas - ENEM, realizado entre os dias 28a 30 de maio passado, reunindo representantesdos Conselhos Regionais de Medicina, Sindica-tos, Federadas da Associação Médica Brasileira,Sociedades de Especialidades e Associações Re-gionais de Médicos Residentes.

Coordenado pelo Presidente da ACM, Dr.ViriatoJoão Leal da Cunha, o grupo de médicos foi recebi-do por nove parlamentares: Senadores Jorge Bor-nhausen e Leonel Pavan, Deputados Federais An-tônio Serafim Venzon, Paulo Afonso Vieira, OdacirZonta, Leodegar Tiscoski, Mauro Passos, Ivan

Ranzolin e Carlito Mers. As conversas trataramsobre temas de grande importância para o setor dasaúde, entre eles a criação de uma lei capaz degarantir a qualificação das faculdades de medicinano estado e em todo o país; os necessários ajustesno Programa de Saúde da Família (PSF); a implan-tação de um Plano de Cargos e Salários do SUS(Sistema Único de Saúde) para todos os profissio-nais que atuam no setor; as mudanças indispensá-veis na regulamentação da saúde suplementar bra-sileira, através da atuação da ANS (Agência Nacio-nal de Saúde), e a aprovação da chamada Lei doAto Médico, que legaliza de vez as atribuiçõesexclusivas dos profissionais da medicina.

Os Senadores e Deputados foram receptivos aosassuntos abordados, colocando-se à disposição paraa ampliação dos debates sobre as questões específi-cas do setor, demonstrando reconhecimento e va-lorização às ações que a ACM vem desenvolvendoem defesa da saúde da população de Santa Catarina.

FORÇA DACLASSE

"A visita das lideranças médicas catarinensesnos gabinetes dos parlamentares catarinensesna Câmara dos Deputados e Senado foi de ex-trema importância. É fundamental o relaciona-mento entre os representantes da categoriaprofissional e o poder político. Durante muitotempo o médico esteve ausente da política, mascomeça, aos poucos, a integrar-se às questõesque envolvem diretamente suas atividades pro-fissionais e a saúde da sociedade. Um sinal des-se ressurgimento está na força que demonstrouna aprovação da EC 29 (Emenda Constitucio-nal), que obriga o Estado a investir 12% e oMunicípio 15% do seu orçamento na saúde.Cabe agora o médico participar das decisões noEstado e nos Municípios. Para ele saber quantoé o valor absoluto dos 12% ou dos 15%, precisasaber quanto é o 100%".

Deputado Federal Antônio Serafim Venzon, médicocatarinense que registrou no Plenário da Câmara deDeputados a presença dos representantes da AssociaçãoCatarinense de Medicina, Conselho Regional de Medici-na e Sindicato dos Médicos em Brasília, destacandoainda mais a importância da ação

BANCADA DE SANTA CATARINAEM BRASÍLIA

SENADORES

Ideli Salvati - ProfessoraLeonel Pavan - Graduando em Ciências PolíticasJorge Bornhausen - Advogado e Empresário

DEPUTADOS FEDERAIS

Adelor Vieira - Securitário e ProfessorCarlito Mers - ProfessorCláudio Vignatti - Servidor daPrefeitura de ChapecóEdinho Bez - Bancário e ContadorFernando Coruja Agustini - Médico e Professor(Licenciado para assumir a Secretaria de Estadoda Saúde)

Antônio Serafim Venzon - Médico(Assumiu cadeira do Deputado Coruja)Gervásio Silva - EmpresárioIvan Ranzolin - Advogado e ProfessorJoão Matos - Professore Administrador de EmpresasJoão Alberto Pizzolatti -Administrador e Engenheiro CivilJorge Boeira - MicroempresárioLeodegar Tiscoski - EngenheiroLuci Choinacki - AgricultoraMauro Passo - EngenheiroOdacir Zonta - Técnico Contabilista,Filósofo e Agricultor CooperativistaPaulo Afonso Vieira - AdministradorPaulo Bauer - Advogado

DEPUTADO VENZON REGISTROU A VISITA DOS MÉDICOSCATARINENSES NO PLENÁRIO DA CÂMARA FEDERAL

Jornal da ACM 5Jornal da ACM 5

ACM PARTICIPA DE DEBATE SOBRE RECURSOS PARAA SAÚDE NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

No dia 11 de junho a Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina (AL) sediou umFórum Catarinense de Debates que teve como tema central a "Vinculação dos Recursos Orça-mentários da Saúde". O evento teve por objetivo discutir a definição de um modelo de finan-ciamento e gestão na saúde pública que atenda as necessidades da população e especifiquemetas para que os municípios consigam oferecer um atendimento humanizado e de qualidadeàs suas comunidades. Convidada a participar, a Associação Catarinense de Medicina estevepresente através de seu Presidente, Dr. Viriato João Leal da Cunha, que acompanhou asdiscussões ao lado de técnicos do Ministério da Saúde, representantes do Ministério Público,além do Secretário de Estado da Saúde, Dr. Fernando Coruja Agustini, e de diversos Secretá-rios Municipais de Saúde de todo Estado.

O Presidente da Assembléia, Deputado e médico Volnei Morastoni foi o responsável peloevento e abriu os trabalhos destacando a importância da Emenda Constitucional 29, aprovadaem 1999, determinando que de 2000 a 2004 os recursos para o setor cresçam de 7% a 15% nosmunicípios e de 7% a 12% nos estados.

"Nossa preocupação em organizar o debate foi de reunir a Assembléia Legislativa, o Tribunalde Contas do Estado e a Secretaria de Estado da Saúde junto às Secretarias Municipais, entidadesmédicas e ONGS (Organizações Não Governamentais) ligadas ao setor, para através da explana-ção e discussão, compreender de fato a Emenda 29, na busca de sua efetiva aplicabilidade emSanta Catarina", afirmou o Presidente da AL. "Convidamos as entidades médicas, cuja presençaconsidero de extrema importância, por entender que na área da saúde a participação do médico éfundamental, para que ele também possa entender as ações e o financiamento da área, auxiliandona aplicação e fiscalização da Emenda 29, denunciando quando a mesma não estiver sendocumprida, o que fatalmente refletirá na qualidade do atendimento à população".

O FÓRUM FOI CONDUZIDO PELO PRESIDENTE DAASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, DR. VOLNEI MORASTONI EREUNIU GESTORES DAS SECRETARIAS ESTADUAIS E

MUNICIPAIS DE SAÚDE, ENTIDADES MÉDICAS,REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, TRIBUNAL DECONTAS, MINISTÉRIO PÚBLICO E ONGS ENVOLVIDAS COM AS

QUESTÕES DA SAÚDE NO ESTADO

ORÇAMENTO DE R$ 360 MILHÕES PARA 2003Presente ao debate, o Secretário de Estado da

Saúde informou que em 2003 está previsto paraSanta Catarina destinar em saúde 10,36% daarrecadação, representando R$ 360 milhões.Destes, R$ 260 milhões serão destinados parapagamento de pessoal, sendo 30% para os inati-vos, restando R$ 100 milhões para aplicar efe-tivamente na saúde pública.

Na avaliação do Dr. Fernando Coruja Agustini,a Emenda 29 tem muito a se consolidar ainda nopaís. "Antes de mais nada é necessária a aprovação,pelo Congresso, de uma lei complementar quedefina o que é saúde, para que haja um fortaleci-mento do SUS e da própria emenda em questão.A Resolução 316, do Ministério da Saúde, deter-mina que o pagamento de inativos seja de respon-

sabilidade da Previdência, impossibilitando ser de-duzido dos recursos da saúde, como vem aconte-cendo na maioria dos estados (apenas três nãodeduzem) e em muitos municípios. Uma coisa é oque está orçado e outra é o que está sendo gastode fato. Pensando dessa forma, vamos evitar asdistorções que retiram verbas da saúde".

Os representantes do Ministério Público e daJustiça Federal no Estado, Aurino Alves de Souzae João Batista Lázzare, aproveitaram o Fórum paradestacar que a Constituição Federal de 1988 ga-rantiu direito à saúde para toda população, apre-sentando-se como parceiros na orientação e nafiscalização dos recursos a serem aplicados na saú-de. Já o Presidente do Tribunal de Contas doEstado, Salomão Ribas Júnior, enfatizou que uma

legislação integradora da Emenda 29 necessita daaprovação das reformas políticas - fora da pauta doCongresso Nacional - e tributária, que provavel-mente não vão atender o viés da descentralizaçãode estados e municípios. "O papel constitucionaldos Tribunais de Contas consiste no julgamentodas contas dos municípios, na fiscalização dos atosadministrativos, na consulta e orientação dos pre-feitos, entre outras ações que os fazem responsá-veis por organizar o debate da regulamentação daemenda 29. Respeitando a diversidade dos muni-cípios, temos que ser compreensíveis e estabele-cer uma visão realista", disse citando como exem-plo os gastos em saneamento que, de maneiragenérica, não podem ser enquadrados nos gastosmínimos a serem aplicados na saúde.

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ARTIGO ESPECIAL

O MÉDICO NA POLÍTICADR. GERALDO ALTHOFF

MÉDICO E EX-SENADOR DA REPÚBLICA

É notório o processo de ebuli-ção e de transformações que as ins-tituições brasileiras vêm sofrendonos últimos tempos. Após um perí-odo claro de inibição forçada, emvirtude do processo ditatorial quevigiu em nosso país, passamos a tera prerrogativa de pensar, de rei-vindicar e de exigir. Fatos nuncaantes discutidos passaram a ser re-alidade; situações antes impossíveisde existir passaram a se concreti-zar. Tudo acontecendo com a par-ticipação de significativa parte dasociedade brasileira.

É importante refletir que cadavez mais as pessoas, como tambémas entidades representativas, as as-sociações de classe, enfim a socie-dade civil como um todo, passaram,todas, a buscar suas aspirações, suasnecessidades, suas reivindicações,junto ao setor da sociedade que tempoder de resolutividade e de solu-ção, que é a classe política.

Entidades de todas as profissõescomeçaram a se organizar, e mais,buscar meios para poderem ter aparticipação efetiva nas grandes de-cisões, e principalmente naquelasdecisões que pudessem ingerir emsuas respectivas atividades.

Nós médicos, que nos inseri-mos no contexto associativo hámuito tempo, entretanto, quasefomos pegos no contra pé.

Enquanto continuávamos preo-cupados somente com o espírito as-sociativo e com o nosso aperfeiçoa-mento profissional, outros estavam

preocupados com outros assuntos denosso interesse.

Quando nos apercebemos, de-tectamos que profissões muito maisnovas que a nossa já estavam orga-nizadas e lutando no contexto polí-tico pelos seus interesses. Estavamtão organizadas que já tinham lide-ranças políticas com mandato, porelas estimuladas, e com real com-promisso de defesa de sua respecti-va classe. Já tinham suas profissõesregulamentadas e, pasmem, nós mé-dicos não a tínhamos.

Nos apercebemos que tínha-mos que tomar posições, e mais,nos apercebemos que obrigato-riamente tínhamos que buscarter representatividade, ou seja,tínhamos que inserir "O MÉDI-CO NA POLÍTICA".

Qualquer cidadão é convidadoem todos os momentos da sua vidaa participar do processo político.Muitos acham que participar do

processo político é simplesmentevotar no dia marcado pela JustiçaEleitoral. Isso é o mínimo que ocidadão pode fazer: votar. Nós, daclasse médica, em nossa grandemaioria, estamos inseridos exata-mente neste grupo de cidadãos -somente votamos.

O aperfeiçoamento político docidadão, e por conseqüência de nósmédicos, passa pela conscientiza-ção da participação política. Parti-cipação que implica em votar, masacima de tudo, buscar a consciên-cia de bem votar, com critério,identificando o candidato, suas idéi-as e o seu partido. Além de identi-ficar quais candidatos sejam com-prometidos com os interesses e asaspirações da nossa classe, pois sefalta compromisso dos políticoscom a classe, também falta com-promisso da classe médica com ospolíticos que realmente possambem nos representar.

Ouso questionar, para todos nós,se nos lembramos em quais candi-datos votamos nas eleições passa-das, para os cargos parlamentares.Muitos não lembrarão.

É importante nos desvencilhar-mos dos nossos pudores profissio-nais e iniciarmos um trabalho de in-dução do médico de participação napolítica. Alguns só votando comaqueles conosco comprometidos.Outros sendo indutores da classe,principalmente através de nossasentidades representativas, e poucosparticipando como candidatos.

No próximo ano teremos elei-ções municipais e seria oportunoque a classe já passasse a se inte-ressar, pelo menos nos grandes mu-nicípios, com a indicação de cole-gas engajados com as causas damedicina para a participação comocandidatos a vereador.

Acredito que muitos de nósainda pensamos que política nãoé para o médico; que nós médicosnão temos tempo para exercerpolítica; que se envolver em po-lítica é jogar dinheiro fora. Maisainda, política é suja e feita parapessoas sem princípios.

Não podemos dizer que o Brasilseja um bom exemplo no campo daspráticas políticas. Infelizmente, osescândalos que se sucedem estão le-vando o nosso sistema político aodescrédito e reduzindo a atividadepolítica a um nível muito baixo deaceitação por parte da sociedade.

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Além disso, não podemos dei-xar de reconhecer que os cidadãosestão perdendo cada vez mais o res-peito pelos seus governantes, pe-los Parlamentos e pelos seus ocu-pantes. Diante de tal situação, estámais do que claro que é precisomudar urgentemente essa péssimaimagem. Ela pode comprometerseriamente a construção do novoEstado nacional e o projeto de de-mocracia estável que está sendoedificado e que todos nós brasilei-ros desejamos.

Mesmo assim, apesar de todosos vícios e de todas as falhas, souotimista em relação ao nosso fu-turo e acredito firmemente queo paternalismo, o clientelismo ea desonestidade que caracterizamalguns homens públicos, estãorealmente perdendo terreno emnosso país.

Diante dessa realidade, é possí-vel admitir que a imagem do polí-tico pode ser melhorada e a ativi-dade política valorizada. Para con-quistar esses dois objetivos, de umlado, basta educar os eleitores para

aumentar o nível de consciência,e, do outro, exigir um melhor com-portamento dos próprios políticos,que têm o dever de honrar os seusmandatos populares.

A democracia brasileira, para sermoderna e duradoura, precisa aca-bar de vez com esses vícios quecomprometem o exercício da ci-dadania, da convivência, da parti-cipação, da confiança e da éticaque precisam existir entre o repre-sentante político e a comunidade.

Nós médicos fazemos partedessa comunidade, temos inseridosdentro de nós a visão social, e por-tanto, temos que lutar por nossasaspirações e pelas aspirações da-queles que nos procuram. Temosque desmistificar que nos reuni-mos somente para a solução dosnossos interesses.

E mais. Se temos interesses sãointeresses legítimos, cabendo aquicitar o Projeto de Lei do chamadoAto Médico, que tive a honra deser o motivador e seu autor no Se-nado Federal. É o início da buscado limite e da regulamentação de

nossa profissão. Se é do nosso inte-resse, é também do interesse dasociedade brasileira, que quer apartir desse projeto definir até ondeiremos para exercer nossa ativida-de e logicamente até onde irão asoutras áreas da saúde.

Finalmente, está mais do queclaro que a democracia brasileiraprecisa ampliar rapidamente o es-paço político e promover a inclu-são do maior número possível degrupos sociais, e nós médicos so-mos um grupo social, visando for-talecer a militância e as organiza-ções partidárias. Assim, sem umamaior participação dos cidadãos, ede nós médicos, a vida política con-tinuará no mesmo curso histórico,ou seja, permanecerá livre de umcontrole social mais rigoroso e se-guirá reproduzindo as velhas práti-cas, os mesmos vícios, os sucessi-vos escândalos e as constantes de-cepções sem a visão dos interessesdo setor social que representamos.

Como se vê, os alicerces da novademocracia brasileira precisam re-almente apoiar-se em novos signi-

ficados para terem vida longa. Alémdisso, a legitimidade do processoé, em verdade, o maior desafio quetemos de enfrentar. Por isso, ospartidos políticos precisam refor-çar bastante o campo da represen-tatividade e dividi-lo com a socie-dade civil organizada e organiza-ções profissionais, enfim, com oconjunto mais dinâmico e represen-tativo da sociedade.

Esse é o grande projeto que pre-cisamos construir juntos neste iní-cio de novo século, para transfor-mar o Brasil numa das maiores de-mocracias do mundo.

Nós médicos devemos nos inse-rir neste contexto, pois podemosajudar e transformar este país, aju-dando e transformando os nossosinteresses.

Participemos, pois somente des-ta maneira poderemos cobrar pelosnossos interesses.

Os nossos interesses são os inte-resses da sociedade brasileira.

Lutemos e nos organizemos paraque cada vez mais possamos inserir‘O MÉDICO NA POLÍTICA'.

É importante que lutemos jun-tos para construir uma vida políticaonde homens públicos sejam criati-vos, honestos e capazes de trans-formar em realidade, no mais breveespaço de tempo, os compromissosassumidos publicamente durantesuas campanhas eleitorais. É por essecaminho que chegaremos a estabe-lecer uma relação sincera de res-peito e de confiança entre o poderpolítico e os cidadãos.

As transformações políticas queimaginamos devem exigir que as de-

mandas sociais sejam atendidas, queos protestos sociais sejam respondi-dos com atos concretos em defesada ética, da correção na conduçãoda coisa pública e contra a impuni-dade dos poderosos que cometemcrimes contra o Estado. Ao mesmotempo, é preciso que a consciêncianacional seja mobilizada pelas insti-tuições, pela classe política e pelasociedade organizada, a fim de ga-rantir um verdadeiro projeto globalde modernização.

Os partidos políticos precisam re-

presentar verdadeiramente os ins-trumentos de garantia e prática daação política dos cidadãos. Além datarefa de educar e organizar a opi-nião pública, os partidos necessitamser órgãos independentes e bem es-truturados. Infelizmente, até hojeem nosso país, os partidos não foramcapazes de gerar estruturas políticasduradouras. Além do mais, eles sem-pre estiveram distantes das camadaspopulares. Na verdade, o que carac-teriza os partidos políticos no Brasilé o elitismo, o personalismo, o cli-

entelismo e o nepotismo. O aper-feiçoamento político dos cidadãospassa, portanto, pelo fim imediatodessas práticas.

Todas as vezes em que as insti-tuições políticas não têm capaci-dade de dar respostas corretas aosinteresses públicos, podemos di-zer que elas sofrem de subdesen-volvimento político. Em outras pa-lavras, quando as instituições po-líticas são fracas, elas não são ca-pazes de cumprir a sua função ecaem no descrédito social.

BRASILEIROS QUEREM UMA NOVA POLÍTICA

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MÉDICOS TÊM AUDIÊNCIACOM VICE-GOVERNADOR

O Vice-Governador Eduardo Pinho Morei-ra recebeu os colegas médicos para uma audi-ência especial no dia 26 de maio passado, noPalácio do Governo. O encontro reuniu os diri-gentes que integram o Conselho Superior dasEntidades Médicas (COSEMESC): Dr.NewtonJosé Martins Mota (Presidente do ConselhoRegional de Medicina - CREMESC) ,Drs.Viriato João Leal da Cunha e Genoir Si-moni (Presidente e Vice-Presidente da Associ-ação Catarinense de Medicina ) e Dr. Alvin La-emmel (Diretor do Sindicato dos Médicos - SI-MESC), que reafirmaram o desejo de mante-rem-se abertos ao diálogo junto ao Executivo.

As lideranças médicas também aproveitarama audiência para relatar as ações do COSEMESC,que teve seu modelo de união dos médicos re-presentada junto ao ENEM (Encontro Nacionaldas Entidades Médicas), realizado em Brasília,que teve como principal objetivo discutir e mo-bilizar todos os representantes da classe (Con-selhos Regionais de Medicina, Sindicatos, Fe-

deradas da Associação Mé-dica Brasileira, Sociedadesde Especialidades e Asso-ciação Regionais de Médi-cos Residentes) para esta-belecer as ações em favorda aprovação do Projeto deLei nº 25/2002 - que dis-põe sobre Ato Médico, en-tre outros temas.

O Vice-Governadordestacou a importância daação das entidades médicasdo estado na defesa nãoapenas dos profissionais damedicina, mas da saúde dapopulação. "Abro as portasdo Palácio Santa Catarina para receber as lide-ranças médicas com o respeito de um governan-te do estado e de um colega de classe, que quercontribuir com as ações que beneficiem a assis-tência à saúde da nossa sociedade".

VICE-GOVERNADOR EDUARDO PINHO MOREIRARECEBEU OS DIRIGENTES DAS ENTIDADES

MÉDICAS QUE COMPÕEM O COSEMESC

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ACM AJUDA A DIVULGAR NOVO SISTEMADE TRANSPORTE COLETIVO DE FLORIANÓPOLIS

Lideranças e representantes dos profissi-onais da medicina catarinense foram recebi-dos em audiência junto ao Prefeito Interinode Florianópolis, o médico Murillo RonaldCapella, no último dia 10 de junho, quandoapresentaram seu apoio ao colega, que tam-bém já esteve à frente de várias entidades dosetor. O principal pedido formulado pelo Pre-feito foi para que os dirigentes da classe co-laborem na divulgação do funcionamento donovo Sistema Integrado de Transporte Pú-blico de Passageiros da capital. A idéia éque os médicos auxiliem a disponibilizar asinformações nos hospitais, clínicas e ambu-latórios da região, tendo em vista o grandefluxo de pessoas que circulam por esses lo-cais diariamente, entre pacientes e funcio-nários das instituições.

Atualmente Florianópolis é atendida porcinco operadoras de transporte coletivo, queoferecem 143 linhas, uma frota de 411 ôni-

bus a um número médio diário de 221.362usuários. O novo sistema representará umaampla modernização do transporte e desa-fogará o tráfego de veículos no centro dacidade, através de terminais de integração,em Canasvieiras, Santo Antônio de Lisboa,Lagoa da Conceição, Rio Tavares, Trinda-de, Saco dos Limões, Capoeiras e JardimAtlântico.

Durante a audiência, o Prefeito em exer-cício obteve o apoio ao trabalho por partedos médicos Viriato João Leal da Cunha eGenoir Simoni (Presidente e Vice da Associ-ação Catarinense de Medicina), Marta Rinal-di Müller (Vice-Presidente do Conselho Re-gional de Medicina - CREMESC), César Fer-raresi (Diretor do Sindicato dos Médicos -SIMESC), Nelson Grisard (Presidente da Aca-demia Catarinense de Medicina - ACAMED),Remaclo Fischer Junior (Vice-Presidente daAssociação Médica Brasileira - AMB), Eucli-

HOMENAGEM NO ANIVERSÁRIO DE SEIS ANOSDO PROGRAMA CAPITAL CRIANÇA

Pelo segundo ano consecutivo, a Associação Ca-tarinense de Medicina recebeu um reconhecimen-to público de sua colaboração no Programa CapitalCriança. O Presidente da entidade médica, Dr.Viriato João Leal da Cunha recebeu das mãos daPrefeita da Capital, Angela Amin, e do Secretáriode Saúde do Município, Manoel Américo de Bar-ros Filho, diploma de participação na importanteação municipal, que vem conquistando destacadasvitórias na luta contra a mortalidade infantil nacidade. A entrega do Diploma aconteceu em 09de maio passado, quando a Prefeitura comemora-va o aniversário de seis anos do Capital Criança, noCentroSul. Também foram agraciados pela PMF

os Presidentes da Sociedade Catarinense de Pedi-atria (SCP), Dr. Remaclo Fischer Júnior; da Aca-demia Catarinense de Medicina (ACAMED), Dr.Nelson Grisard; da Unimed de Florianópolis, Dr.Edevard José de Araújo, e o Diretor do HospitalUniversitário, Dr. Fernando Osni Machado.

Desde que foi criado, o Programa já reduziu amortalidade infantil em Florianópolis de 21,6 para8,8 por mil crianças nascidas vivas, colocando acapital catarinense como a única com mortalidadede apenas um dígito em todo o Brasil.

A solenidade de aniversário da ação contoucom a presença de autoridades políticas e empre-sariais, representantes do Ministério da Saúde,

des Reis Quaresma (Presidente da CentralUnicred de Santa Catarina), Jorge Abi SaabNeto (Presidente da Unicred Florianópolis),Edevard Araujo (Presidente da Unimed deFlorianópolis), Marcos Venício Joaquim (Pre-sidente da Usimed Florianópolis) e MaurícioBuendgens (Presidente da Associação dos Es-tabelecimentos de Saúde no Estado -ASESC).

DR. MURILLO RONALD CAPELLA, PREFEITO EMEXERCÍCIO, RECEBEU OS DIRIGENTES DAS ENTIDADES

MÉDICAS DE SANTA CATARINA, ENTRE ELES OPRESIDENTE E O VICE DA ACM, DRS. VIRIATO JOÃO LEAL

DA CUNHA E GENOIR SIMONI

da Organização Mundial de Saúde e da UNI-CEF, acontecendo paralelamente ao V Encon-tro de Gestantes de Florianópolis, com a reali-zação de oficinas especiais oferecidas para pro-fissionais de saúde da região.

PROGRAMA CAPITAL CRIANÇA HOMENAGEOU EAGRADECEU A COLABORAÇÃO DA ACAMED, ACM, HU,

UNIMED E SCP, ATRAVÉS DOS SEUS DIRIGENTES

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ESPAÇO DA VICE DISTRITALO JORNAL DA ACM TEM UM ESPAÇO ESPECIAL PARA ENTREVISTAS JUNTO AOS VICE DISTRITAIS DA ENTIDADE, PARA QUE OS MESMOS POSSAM

INFORMAR AOS MÉDICOS CATARINENSES SUAS PROPOSTAS DE AÇÕES E AS NECESSIDADES DAS REGIÕES QUE REPRESENTAM.

CENTRO-OESTE

DR. LUIZ ANTÔNIO DECZKA

1. Qual a importância dasVice-Distritais no trabalhoda ACM junto aos médicoscatarinenses?

A principal importância dasVice-Distritais é servir de elo deligação entre as Regionais Médi-cas e a ACM, para que suas rei-vindicações possam ser atendidas.

2. Quais as prioridadese as propostas de ação daVice-Distrital do Centro-Oeste?

Nossa situação prioritária, comode qualquer Regional é fazer comque novos façam parte da Associ-ação e os veteranos não se afas-tem, para que a gente possa con-tinuar a ter representatividade emtodos os sentidos, crescer. A clas-se médica não tem muita repre-sentatividade porque não temtempo para ir atrás dos seus inte-resses profissionais.

DR. LUIZ ANTÔNIO DECZKA, VICEDISTRITAL DO CENTRO OESTE:CONCLUIU MEDICINA PELAUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ -UFPR, EM DEZEMBRO DE 1974. FEZRESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIANO HOSPITAL INFANTIL CÉSARPERNETTA, PUC/PR (75-76). EM 1977INSTALOU-SE EM JOAÇABA E MONTOUO SERVIÇO DE PEDIATRIA ENEONATOLOGIA DO HOSPITAL SANTATEREZINHA, ONDE ATUA ATÉ HOJE,ALÉM DO HOSPITAL SÃO MIGUEL. FOIPRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO MÉDICACENTRO OESTEA/JAOAÇABA; VICE-PRESIDENTE DISTRITAL POR TRÊSGESTÕES E É PRESIDENTE DASOCIEDADE REGIONAL DE PEDIATRIADO VALE DO RIO DO PEIXE.

3. Quais são os desafiosda ação associativa médi-ca na região?

Aqui nossa situação é suigeneris. Nossa cidade (Joaça-ba) tem 25 mil habitantes e apopulação da região (cidadesvizinhas) soma cerca de 200mil habitantes, que depen-dem da Regional Médica.Nosso maior desafio tem sidorelativo à criação da Faculdadede Medicina. Apesar de nos-sos esforços contrários, a insti-tuição foi aprovada e implan-tada. Nosso objetivo agora éimpedir a má formação daque-les futuros médicos, portantoteremos de nos colocar à dis-posição para que se torne umcurso decente, qualificado.

Outro desafio é o credencia-mento, pelo SUS, da hemodiá-lise e do Serviço de Oncologiado Hospital Universitário San-

ta Terezinha, também conheci-do como Hospital Regional doMeio Oeste. Isso é urgente, ex-tremamente necessário, já queatualmente as pessoas precisamse deslocar a Florianópolis e ou-tros centros para tratar das doen-ças oncológicas e renais.

4. Como o senhor vê oassociativismo médico emSanta Catarina?

É extremamente importante.Aqui em Santa Catarina o pio-neirismo do COSEMESC éexemplo para todo o país. Nossoestado une as entidades médi-cas, soma forças para obter maisrepresentatividade e reivindicarações que tornem mais digna anossa atividade.

Vale destacar que a classe mé-dica hoje está sendo esmagada,com salários baixos e precisamoscada vez mais unir nossas forças.

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MÉDICOS DE RIO DO SUL CONQUISTAMSOBREAVISO REMUNERADO

VITÓRIA DA CLASSE

No último dia 17 de junho foi realizada Assem-bléia Geral dos Médicos do Alto Vale, em Rio doSul, da qual participaram, além dos prefeitos daregião, promotores do Ministério Publico, gesto-res da Secretaria Municipal da Saúde, Diretoresda 4ª Regional da Saúde, da FUSAVI (Fundaçãode Saúde do Alto Vale do Itajaí), do Hospital Re-gional Alto Vale, SIMESC, ACM, CREMESC,Regionais do Sindicato e da ACM, além de médi-cos que atuam no hospital. O resultado da Assem-bléia foi uma conquista importante para a classe:os prefeitos presentes aprovaram, por unanimida-de, o rateio do valor estabelecido para o paga-mento do sobreaviso médico entre os municípiosda região, em percentuais proporcionais ao usoque suas populações fazem do hospital. O repassedos cerca de R$ 30 mil mensais será feito à FUSA-VI, que repassará o valor aos médicos.

Atendendo as deliberações da Assembléia Re-

gional do SIMESC, realizada no dia 29de abril, coube aos Diretores Regio-nais de Rio do Sul (Sindicato e Associa-ção Médica) e aos médicos do HospitalRegional (Diretor Clínico e DiretorTécnico) acompanharem os desdobra-mentos finais na solução encontrada. Naavaliação de todos, médicos, autorida-des, comunidade de Rio do Sul e re-gião saíram vitoriosos na questão.

Já em reunião realizada no dia 02 dejunho, o SIMESC e a ACM receberam documen-to assinado pelos presidentes da FUSAVI e daAMAVI (Associação dos Municípios do Alto Valedo Itajaí), Milton Hobus e Valcir Nardelli, respec-tivamente, pedindo um prazo de 30 dias para rea-lizar reunião com prefeitos da região, a fim detentar viabilizar o pagamento do sobreaviso dosmédicos do Hospital Regional Alto Vale. A abertu-

ra das negociações só foi possível graças à organi-zação e união dos médicos da região, que tiveramtotal apoio e participação do SIMESC e da ACMpara garantir o cumprimento das deliberações daAssembléia Regional.

ASSEMBLÉIA CONTOU COM A PRESENÇA DASLIDERANÇAS DE RIO DO SUL, DA ACM E SIMESC

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ALTO VALE - RIO DO SULREGIONAL MÉDICA DA ACM

A Diretoria da Regional Médica do Alto Vale vemtrabalhando com afinco pelas causas dos profissio-nais da região. Presidida pelo Dr. André MarquesVieira, a entidade tem objetivos bem definidos parao presente e o futuro:

- Recuperar a credibilidade da Regional, a fim de queos associados voltem a participar da mesma.

- Tornar a Regional mais atuante nas áreas científica,política e comunitária.

-Viabilizar a realização de cursos de atualização comperiodicidade trimestral, voltados para os profissionais daárea da saúde e para a comunidade em geral.

- Integrar os profissionais da região do Alto Vale.- Promover ações conjuntas à Associação Catarinense

de Medicina, o Sindicato Médico e o Conselho Regionalde Medicina.

Desde que tomou posse, em 2002, a atual gestãoda Regional já realizou o 1o Curso Riosulense deAtualização em Temas Médicos, no último dia 30 demaio, no Auditório do Hospital Regional, que con-tou com a participação de 130 inscritos, que assisti-ram palestras sobre "Câncer de Pele: Prevenção eTratamento", "Evolução dos Curativos até os DiasAtuais", e "Hemoterapia: Indicações e Reações Ad-versas". Para a realização do Curso, a Regional teve aimportante e efetiva participação do seu Presidente edos demais membros da Diretoria: Drs. Amir Abu ElHaje (Vice-Presidente), Simone Stadnick (DiretoraCientífica), Maria da Glória de Moura (Diretora Soci-al), Ademir Claudino dos Santos (1o Secretário) eLaila Quatrin (2ª Secretária).

DEFESA DE CLASSE"A união da classe médica com suas entidades representativas é fundamental para que sejamos reconhecidos e dignamente remunerados pelos nossos serviços. Prova maior

está na luta pelo pagamento do sobreaviso na região de Rio do Sul. A integração da ACM, do Sindicato Médico, do Conselho Regional de Medicina e do Corpo Clínico frenteao problema do sobreaviso não remunerado no Hospital Regional Alto Vale fez com que a classe saísse vitoriosa ao final da luta, que foi composta de várias fases de negociaçõesjunto à Diretoria da FUSAVI - Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí, onde contamos com a participação do Presidente da Associação Catarinense de Medicina, Dr. ViriatoJoão Leal da Cunha; do Presidente do Sindicato Médico de Santa Catarina, Dr. Cyro Soncini; do Presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. Newton José Martins Motta;e do Presidente do Sindicato Médico Regional de Rio do Sul, Dr. Cícero Stanke.

Em virtude do indicativo de paralisação do sobreaviso, com data prevista para 09 de junho, foi proposta pela Diretoria do Hospital Regional Alto Vale uma reunião organizadapela AMAVI - Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí, com a presença de seus respectivos prefeitos, mais o presidente da FUSAVI, Promotoria Pública, ACM,SIMESC, CREMESC, Gerência Regional de Saúde, Secretaria Regional de Saúde e Corpo Clínico, com a finalidade de solucionar o problema, visto que todas as entidadescitadas reconheceram ser digna e ética esta luta. Ao final da reunião, chegou-se à unanimidade de que o pagamento do sobreaviso será realizado através da divisão entre todasas prefeituras que compõem a AMAVI, de forma proporcional ao uso dos serviços do hospital.”

Dr. André Marques Vieira

PRESIDENTE DA REGIONAL: DR. ANDRÉ MARQUESVIEIRA, FORMADO EM 1991 PELA UNIVERSIDADEFEDERAL DE SANTA CATARINA, RESIDÊNCIA MÉDICAEM CIRURGIA GERAL E EM CIRURGIA DO APARELHODIGESTIVO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC.MEMBRO TITULAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DEVÍDEO-CIRURGIA. MEMBRO DO CORPO CLÍNICO DOHOSPITAL REGIONAL ALTO VALE, PRECEPTOR DOPROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIAGERAL E CHEFE DO SERVIÇO DE CONTROLE DEINFECÇÃO HOSPITALAR DO HOSPITAL REGIONAL ALTOVALE. MEMBRO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DAUNIMED ALTO VALE.

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LAGUNA RECEBE FÓRUM DAS ENTIDADESMÉDICAS DE SANTA CATARINA

O VI FEMESC - FÓRUM DAS ENTIDADESMÉDICAS CATARINENSES reuniu médicos dediversas regiões do estado durante os dias 16 e 17 demaio, no Hotel Ravena, em Laguna. Os debates e aspalestras da programação tiveram como temas cen-trais política e direitos dos médicos (científicos, pre-videnciários e éticos), Programa de Saúde da Famí-lia e Classificação Hierarquizada de Honorários e Pro-cedimentos Médicos, todos assuntos de grande in-teresse atual da classe e que tiveram deliberaçõesregistradas na Carta de Laguna, documento redigidocom os resultados do Fórum.

Coordenado pelo Presidente da ACM, Dr. ViriatoJoão Leal da Cunha, o evento teve como membros daequipe de organização os médicos Sílvia Maria Schmidt eLuciano Saporitti (Diretora Sócio-Cultural e SecretárioGeral da ACM), Marta Rinaldi e Wilmar de AthaydeGerent (Vice-Presidente e Secretário do CREMESC),Leopoldo Alberto Back e Elizabeth Regina Alves deFaria (Diretores do SIMESC) e Dra. Síldja Corrêa Silves-tre (Presidente da Regional Médica de Laguna).

"O FEMESC foi uma semente plantada em 1996,num solo que germinou e nos deu uma frondosa árvo-re, da qual hoje somos testemunhas de seus importan-tes frutos", afirmou o coordenador do evento durante acerimônia de abertura. "Vivemos um tempo de mu-danças rápidas e como médicos precisamos estar cons-cientes de que somos agentes co-partícipes das trans-formações, ou então seremos ‘atropelados' em nossopróprio exercício profissional. Por isso o Fórum dasEntidades Médicas é tão importante, na medida quedele sai o mote de ações das representações da me-dicina catarinense".

Já a Presidente da Regional de Laguna agradeceu apresença dos colegas e dos dirigentes da classe no mu-nicípio. "Estamos aqui para discutir os polêmicos temasde interesse da categoria. Precisamos sair da rotina denossos consultórios para falar de política e do nossofuturo. Laguna recebe a todos de braços abertos".

COORDENAÇÃO DO COSEMESC REPASSADA PARAO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA

Durante o VI FEMESC, a coordenação do Conselho Superior das Entidades Médicas passou das mãos do Presidente da ACM, Dr. ViriatoJoão Leal da Cunha, para o Presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. Newton José Martins Mota, que dará seqüência ao trabalho deunião da classe, meta maior desde a criação do COSEMESC e do FEMESC, em 1996. Os Coordenadores do COSEMESC são definidosanualmente, de maneira alternada entre as três entidades que compõem o Conselho Superior.

O FEMESC É O PRINCIPAL FÓRUM DE DEBATES DA CLASSENO ESTADO, CONSTITUINDO-SE NA RESPOSTA MAIOR AO

TRABALHO DO COSEMESC (CONSELHO SUPERIOR DASENTIDADES MÉDICAS DE SANTA CATARINA)

PRESIDENTE DA REGIONAL MÉDICA DE LAGUNA, DRA.SÍLDJA CORRÊA SILVESTRE, FOI A ANFITRIÃ DO EVENTO EAGRADECEU A PRESENÇA DOS COLEGAS DE TODO ESTADO

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CARTA DE LAGUNAO VI Fórum Catarinense de Entidades Médicas, realizado nos dias 16 e 17 de maio de

2003, na cidade de Laguna, organizado pelo Conselho Superior das Entidades Médicas(COSEMESC), órgão representativo das entidades médicas de Santa Catarina (ACM,CREMESC, SIMESC) deliberou e apresenta à categoria médica e à sociedade catarinenseas seguintes diretrizes:

1. O COSEMESC apóia a CLASSIFICAÇÃO HIERARQUIZADA DOS PROCEDI-MENTOS MÉDICOS e a política de implantação a ser definida pelas entidades nacionais,regionais e municipais no Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM).

2. O COSEMESC apóia e incentiva a participação do médico na vida política nacional,em todas as suas instâncias (Conselhos de Saúde, Câmaras de Vereadores, AssembléiaLegislativa, Congresso Nacional e Governos).

3. O COSEMESC apóia a implantação do Projeto Diretrizes elaboradopelo CFM eAMB e recomenda a sua utilização, respeitando a autonomia do profissional.

4. O COSEMESC permanecerá atento às discussões a respeito das reformas do sistemaprevidenciário e recomenda os médicos a participarem dos movimentos de defesa paramanutenção dos direitos previdenciários da categoria médica.

5. O COSEMESC reitera que os médicos observem os postulados éticos em relação aosseus direitos e suas condições de trabalho e que esclareçam as suas dúvidas junto às entida-des médicas.

6. Propostas do COSEMESC em relação ao Programa de Saúde da Família:a)Intensificar a implementação das mudanças curriculares nas universidades.b)Estimular o médico em PSF a fazer especialização ou residência.c)Manter cursos permanentes de capacitação.d)Divulgar direitos trabalhistas e irregularidades comuns.e)Recomendar contato prévio e exigir as condições mínimas de trabalho para o exercí-

cio da medicina com dignidade.f) Informar formas legais de contratação, condenando qualquer outra forma que não

seja através de concurso público.g) Averiguar condições irregulares.h) Recomendar aos médicos rejeitar contratos irregulares, denunciar descumprimento

contratual e estimular a participação nos Conselhos Municipais de Saúde.i) Exigir a justa remuneração aos profissionais, proporcional à importância do PSF.j) Exigir dos gestores o estabelecimento de sistema de referência e contra-referência

ao programa.7. Próximo FEMESC: Jaraguá do Sul.8. Outros assuntos:- Aprovado grupo de trabalho, a ser organizado pela regional da AMUREL, para estudo

de formas de apoio para o médico com intenção de participação política.- O sobreaviso deve ser pago. Nos casos contrários deve ser revisto o contrato, sendo de

responsabilidade do contratante o pagamento. Em caso de paralisação deverá ser obedeci-do o ritual do CREMESC.

- Reavaliação da estrutura do FEMESC.

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ACM - ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINACREMESC - CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE SANTA CATARINA

SIMESC - SINDICATO DOS MÉDICOS DE SANTA CATARINA

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REGULAMENTAÇÃO DO ATO MÉDICO É DESTAQUE NO

ENCONTRO NACIONAL DAS ENTIDADES MÉDICASRealizado nos dia 28 a 30 de maio, em Brasília,

o X ENEM - Encontro Nacional das EntidadesMédicas foi o maior fórum de debates dos médi-cos brasileiros realizado nos últimos anos e reuniuos principais representantes dos médicos em ativi-dade no Brasil, dirigentes dos Conselhos Regio-nais de Medicina, Sindicatos, Federadas da Associ-ação Médica Brasileira, Sociedades de Especiali-dades e Associações Regionais de Médicos Resi-dentes. Entre os diversos temas tratados na pro-gramação, destacaram-se: o Projeto de Lei nº 25/2002, que dispõe sobre o Ato Médico; o Progra-ma de Saúde da Família - PSF, do Ministério daSaúde; o Plano de Carreira, Cargos e Salários -PCCS, para os profissionais da área da saúde queatuam junto ao SUS; a abertura indiscriminada deEscolas Médicas; a Classificação Hierarquizada deHonorários e Procedimentos Médicos, e todos osdemais temas aprovados pelas entidades duranteos Pré-ENEM's, realizados em diversas regiõesdo país no início de 2003. Também em meio àssolicitações de melhorias para a saúde, as lideran-ças do setor aproveitaram o evento para apontaralguns avanços obtidos neste ano, entre eles aabertura da negociação com os novos gestores doMinistério da Saúde e a convocação da 12ª Confe-rência Nacional de Saúde, que deverá se encami-

nhar para ser um grande encontronacional da área.

A regulamentação do Ato Médicofoi o tema de maior destaque duran-te o evento, que debateu o assuntoem mesa redonda com a participaçãodo Conselheiro Federal Dr. Luiz Sal-vador Miranda de Sá Júnior, autor daResolução 1627/2001 do ConselhoFederal de Medidina, que define oAto Médico.

O Projeto de Lei sobre o Ato Médico, nº 25/2002, de autoria do ex-Senador e médico catari-nense Geraldo Althoff, já recebeu a aprovaçãona Comissão de Constituição e Justiça do Sena-do, em 04 de dezembro de 2002. O projeto se-guiu para a Comissão de Assuntos Sociais, aindano final do ano passado, e está em tramitação atéo momento, no aguardo de uma aprovação defi-nitiva, para posterior encaminhamento à Câmarados Deputados Federais.

"O importante neste momento é que a classemédica some esforços para demonstrar às outrasprofissões e aos parlamentares que a regulamen-tação do ato médico não é uma luta contra osoutros profissionais da saúde. Pelo contrário, adefinição do ato médico em lei é uma luta pela

ENCONTRO REUNIU OS PRESIDENTES DA ASSOCIAÇÃOMÉDICA BRASILEIRA, DO CONSELHO FEDERAL DE

MEDICINA, DA CONFEDERAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA,DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS, DA

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MÉDICOS RESIDENTES E OSDIRIGENTES DAS SUAS ENTIDADES ESTADUAIS

Saúde no país", avaliou o Conselheiro do CFMDr. Mauro Brandão, Coordenador da ComissãoNacional de Defesa do Ato Médico. "É necessá-rio que se regulamente o ato médico por duasrazões fundamentais: primeira, porque cada pro-fissional deve ter legalmente bem definido oseu campo de atividade, o que implica saber quaisprocedimentos profissionais pode realizar legal-mente; segunda, porque a sociedade tem o di-reito de saber o que pode e o que deve esperardos agentes de cada profissão".

“Ato médico, formação e qualificação profissional, ensino médico,planos de carreira e a classificação hierarquizada dos procedimentosmédicos são temas que interessam a toda a categoria médica. Por isto,o ENEM uniu nossas forças, para pleitearmos todos as mesmas coisas".

Dr. Eleuses Vieira de Paiva

Presidente da AMB - Associação Médica Brasileira

"Somos 283 mil médicos, 283 mil cidadãos, 283 mil trabalhadores,283 mil sonhos de ter um dia melhor, onde prevaleça a justiça, o respei-to à dignidade profissional, que antes de nos enaltecer, reflete o desejode consideração que a sociedade almeja para si mesma".

Dr. Edson de Oliveira Andrade

Presidente do CFM - Conselho Federal de Medicina

"O ENEM foi realmente um momento histórico, na medida em quereuniu as cinco entidades médicas nacionais lado a lado. Esta união legitimaas estratégias de atuação e fortalece nossas reivindicações, faz nossa vozecoar mais forte junto ao Governo e às operadoras de planos de saúde".

Dr. Ricardo Albuquerque Paiva

Presidente da CMB - Confederação Médica Brasileira

"A realização do ENEM, mais do que a realização de um sonho, foi umagrande vitória política para as entidades médicas. Foi muito bom estar emBrasília, no centro do poder, discutindo o porquê fazemos Medicina e quetipo de Medicina queremos praticar neste País".

Dr. Héder Murari

Presidente da FENAM - Federação Nacional dos Médicos

UNIÃO AMPLIA A FORÇA DOS MÉDICOS BRASILEIROS

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RASÍLIA

Os representantes de 283 mil médicos, reunidos no X Encontro Na-cional das Entidades Médicas, em Brasília, neste dia 30 de maio, vêmmanifestar à Nação e ao Governo do País o seu posicionamento relaci-onado ao importante momento político que vivemos, bem como apon-tar as medidas que consideramos necessárias à melhoria das condiçõesde vida e saúde de nosso povo.

Nos primeiros meses de 2003, assistimos a ascensão ao Poder donovo Presidente, através da histórica votação de mais de 50 milhõesde brasileiros. O mundo viveu uma guerra de grandes proporções,mais motivada por interesses geopolíticos e econômicos do que pelachamada "luta contra o terrorismo".

Presenciamos o surgimento de uma nova e letal epidemia, que maisque a guerra pode vir a trazer enorme sofrimento a grande parte dapopulação do planeta e sérios prejuízos econômicos aos países atingidos.

No Brasil, é enorme a expectativa da população e a responsabilidadede todos nós na construção de um País mais justo, com menos iniqüidadese bem colocado no cenário internacional. Ainda convivemos com a vergo-nhosa posição de 74º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).Proliferou-se a violência, em suas mais variadas formas, durante anos etornou-se também uma questão de saúde pública. A segunda causa demorte entre os brasileiros é advinda da violência.

Continua a Nação submetida à sangria de vultosas quantias mensaispara o pagamento dos juros da dívida externa. Chegamos ao ponto de,em um mês, o Brasil gastar com os serviços da dívida o correspondentea quase todo o orçamento anual do Ministério da Saúde: mais de R$ 20bilhões, limitando as possibilidades dos brasileiros conquistarem o ple-no direito à cidadania.

Os médicos brasileiros participarão ativamente do grande debate naci-onal, que se inicia em relação à reforma da Previdência, devendo este serancorado em dados reais. Queremos discutir também a reforma política eas relações de trabalho em nosso País. Somos favoráveis às ações governa-mentais, desde que elas não prejudiquem e penalizem nosso povo em seusdireitos duramente conquistados.

Na questão da saúde, ressaltamos a mudança de condução do novoMinistério, em relação ao tratamento com o movimento médico brasi-leiro. As entidades nacionais foram, nesse período, já recebidas peloMinistro da Saúde em diversas ocasiões. Além disso, foi convocada a12ª Conferência Nacional de Saúde e está sendo encaminhado umgrande debate nacional, relacionado à saúde suplementar. Foram ini-ciadas, ainda, as discussões relativas à forma de trabalho dos médicos,aos seus direitos e à sua carreira.

Assim, o X Encontro Nacional dos Médicos Brasileiros propõe:1 - Uma ampla discussão sobre o Ato Médico com a sociedade brasilei-

ra, com o Parlamento e com o Governo, tendo em vista a necessidadeurgente de definir, claramente, os atos privativos de nossa profissão e osque podem ser compartilhados. Os médicos brasileiros defendem a apro-vação do Projeto de Lei do Senado nº 25/2002. A eventual exclusão domédico de qualquer equipe de saúde compromete a qualidade do aten-dimento à população e, em última análise, indica a preocupação com aredução de custos, que vem ocorrendo há 12 anos, e menos a garantia deacesso universal à saúde.

2 - O fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, em seu conceito deatenção integral ao cidadão, garantindo o acesso a todos os níveis de

complexidade e resolubilidade, a reversão dos baixos indicadores epide-miológicos de saúde, assegurando a contratação dos profissionais médicos,através de concurso público, com carreira definida, para provimento decargos dentro do Sistema Único de Saúde, incluindo aí o Programa deSaúde da Família. Deverá ser apresentado ao Congresso Nacional umprojeto de lei determinando a implantação do Programa de Saúde daFamília em todos os municípios brasileiros. A Assistência Primária à Saúdedeverá ser acompanhada de permanente processo de educação continuadados profissionais que nele atuam, a fim de garantir uma atenção de qualida-de em todas as faixas etárias da população brasileira.

3 - Os médicos brasileiros lutarão, com tenacidade, pela implanta-ção de um Plano de Carreira, Cargos e Salários do Sistema Único deSaúde, a ser implementado por todos os Estados da Federação. Deveráser respeitada a complexidade da carreira do médico, com sua necessá-ria diferenciação nas atribuições e responsabilidades relativas ao exer-cício de suas atividades profissionais.

4 - O estabelecimento de um piso nacional da categoria médica, hojecalculado em R$ 2.711,11, para o período de 20 horas semanais, corrigi-do pelos índices em vigor.

5 - A urgente revisão da política de criação de cursos de medicina,sem a devida comprovação de sua necessidade social e recursos para suacompleta implantação e manutenção. Consideramos fundamental a apro-vação de dois projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional. Umestabelece o caráter terminativo aos pareceres do Conselho Nacional deSaúde para a abertura de novas escolas médicas. O outro estabelece aconcessão de período de moratória, sem autorização de abertura denovos cursos de medicina.

6 - O cumprimento das recomendações resultantes das avaliações ofici-ais de desempenho de cursos de medicina. Propomos, também, o atrela-mento das novas escolas com a oferta de vagas na residência médica.

7 - Implantar a Lista Hierarquizada de Procedimentos Médicos (LHPM),com o objetivo de valorizar o trabalho médico e regular as relações com asoperadoras de planos de saúde. O Sistema de Saúde Suplementar no Brasilcarece de um grande debate com a sociedade, buscando a satisfação dos 40milhões de usuários que dele dependem e dos profissionais médicos que aele dedicam os seus serviços.

8 - A participação dos médicos em todos os fóruns de gestão e controlesocial do Sistema Único de Saúde. É fundamental a participação e mobili-zação durante a preparação da 12º Conferência Nacional de Saúde.

Desta forma, os médicos brasileiros vêm reafirmar seu apoio ao SistemaÚnico de Saúde, público, integral, universal e equânime. Como cidadãosbrasileiros, mantemos a luta e a expectativa de um Brasil melhor, onde asaúde e o direito a uma vida digna sejam garantidos a todos nós.

Brasília, 30 de maio de 2003.

Associação Médica BrasileiraAssociação Nacional dos Médicos ResidentesConfederação Médica BrasileiraConselho Federal de MedicinaFederação Nacional dos Médicos

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LANÇADA CLASSIFICAÇÃO HIERARQUIZADADE PROCEDIMENTOS MÉDICOS

A AMB (Associação Médica Brasilei-ra) e o CFM (Conselho Federal de Me-dicina) lançaram oficialmente no dia 15de julho, em Vitória (ES), a ClassificaçãoHierarquizada de Honorários e Procedi-mentos Médicos. O trabalho de elabora-ção da nova lista começou em 2000 eenvolveu diretamente as SociedadesMédicas de Especialidades, num esforçosem precedente na história da medicinabrasileira sobre o honorário médico. Omomento agora é de união da classe paraa efetiva implantação da lista pelos con-tratantes de serviços médicos, tanto naárea pública como na privada.

SAIBA MAIS ...- A elaboração da Classificação de Procedi-

mentos iniciou após planejamento estratégicoconjunto entre a AMB e o CFM, em 2000. Ameta era de, em parceria com a FIPE (FundaçãoInstituto de Pesquisas Econômicas), formular umalista tecnicamente correta, equânime e possívelde ser implantada. Por isso, as definições foramexaustivamente discutidas com as Sociedades deEspecialidades e contaram com o assessoramen-to de instituições econômicas experientes.

- Foi criado um rol geral de procedimentos,com uma relação completa dos procedimentospor especialidade, informados pelas Sociedadesà Comissão Nacional de Honorários Médicos.

- A Comissão responsável pelo trabalho in-

cluiu dirigentes da AMB (Diretorias Médica eCientífica), do CFM, da FIPE e o Conselho Ci-entífico das Sociedades de Especialidades.

- A estratégia de implantação será nacional,depois regionalizada e junto aos planos de saúde(Cooperativas / CIEFAS / Medicina de Grupo).

- As definições de valores aos procedimentosincluíram atributos inerentes ao ato médico (Clí-nica, Cirurgia e SADT), levando em conta espe-cialmente o tempo de realização (pré, intra e pósprocedimento), cognição, habilidade, complexi-dade e riscos.

- A lista é dividida em Portes por Sociedadesde Especialidades (hierarquização vertical) e en-tre Sociedades (hierarquização horizontal)

RESOLUÇÃO DO CFM AMPLIAFORÇA DA CONQUISTA

MINISTRO DA SAÚDE ACEITA DISCUTIR NOVA LISTACOM SOCIEDADES DE ESPECIALIDADES

Outra importante conquista da classemédica é que o Conselho Federal de Me-dicina deverá amparar a implantação daClassificação Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos AMB/CFM através de umaresolução inédita, balizando pela primeiravez os valores pagos aos profissionais mé-dicos de todo o país. A Resolução do CFM,uma autarquia, tem força de lei e como taldeverá ser cobrada dos profissionais e com-pradores dos serviços médicos. A Classifi-cação também recebe amplo apoio das So-ciedades de Especialidades, através de umcomprometimento no sentido de buscar aaceitação da nova lista e coibir distorçõesque desmereçam o trabalho médico e oremunere inadequadamente.

Durante mais de três horas, Presidentes de Sociedades de Especialidades tiveram a oportunidade dedialogar com o ministro da Saúde, Dr. Humberto Costa, em encontro promovido pela Associação MédicaBrasileira, no último dia 10 de junho, em sua sede em São Paulo. Além de temas pontuais, específicos acada entidade, como as diversas campanhas que já vêm sendo desenvolvidas em conjunto com váriasEspecialidades e o Ministério da Saúde, outros assuntos de interesse geral para a categoria médicatambém foram abordados, entre eles a abertura de escolas médicas e a regulamentação do Ato Médico.

Indagado sobre a posição do Ministério da Saúde em relação à Classificação Hierarquizada deProcedimentos, recentemente finalizada pela AMB e CFM, Dr. Humberto Costa prometeudiscutir o assunto com as entidades médicas de maneira mais ampla. "Inicialmente temos quecorrigir nossas tabelas no sentido de reduzir algumas distorções. Em relação à tabela do SUS,temos alguns procedimentos que são bem remunerados e outros, envolvendo a Patologia, porexemplo, que se encontram bastante defasados. Estamos abertos à discussão sobre a Classifica-ção Hierarquizada, assim como o Projeto Diretrizes, que pode representar maior eqüidade nosrecursos do Sistema Único de Saúde", disse o Ministro.

Por fim, o médico fez questão de colocar o Ministério à disposição das Especialidades. "Estaremossempre abertos ao diálogo para futuras parcerias. Poderemos até divergir em alguns pontos, porém,esse diálogo será importante para a construção do sistema de saúde brasileiro".

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DIVULGADOS PRIMEIROS RESULTADOSDO NOVO PERFIL DOS MÉDICOS BRASILEIROS

O Conselho Federal de Medicina concluirá nosegundo semestre de 2003 a "Pesquisa de Qualifi-cação, Trabalho e Qualidade de Vida do Médico"que começou a ser desenvolvida em setembro de2002. O trabalho reúne 14.870 entrevistas feitascom médicos de todo o país, num total de aproxi-madamente 283 mil profissionais em atividade noBrasil. Algumas conclusões parciais já vêm sendodivulgadas pela entidade e merecem a atenção detodos os profissionais do setor. Conheça-as:

- A maioria dos médicos brasileiros é formadapor homens, reside nas capitais e fez algum tipode curso de pós-graduação.

- 42,7% afirmam que registraram queda na re-muneração nos últimos sete anos, quando a Fiocruzrealizou um levantamento sobre o assunto.

- A média nacional é de 1 médico paracada 618 brasileiros.

- 62,1% dos médicos moram em capitais -ondevivem 41 milhões (23,4%) dos 175 milhões de brasi-leiros- e apenas 37,9% estão em cidades do interior.

- Como 72,6% deles residem no mesmo localonde trabalham, o levantamento aponta que o

Programa de Interiorização do Trabalho em Saú-de do Governo Federal não tem conseguido le-var profissionais para cidades menores. O pro-grama, que vem sendo rediscutido pelo Ministé-rio da Saúde, tem o objetivo de levar atendi-mento básico à população de municípios com in-suficiência de serviços médicos.

- A renda mensal do médico está em US$ 1.667(R$ 5.000), enquanto o valor desejado pelos entre-vistados seria de US$ 3.300 (R$ 9.900) por mês.

- A falta de estabilidade no emprego desestimu-la a mudança do médico para cidades menores.

- Um dos maiores anseios da classe é para a cria-ção de um Plano de Carreira, Cargos e Salário noSistema Único de Saúde.

- Outra reivindicação presente na maioriadas entrevistas feitas pela pesquisa demonstraque os profissionais querem a instalações demecanismos que garantam a qualificação das fa-culdades de medicina e sugerem uma fiscaliza-ção pelo Governo Federal que evite a aberturaindiscriminada de novos cursos, além dos atuais135 já autorizados a funcionar no Brasil.

O último Perfil do Médico no Brasil data de 1997, quando o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira, a FederaçãoNacional de Médicos e a Fundação Osvaldo Cruz divulgaram resultados de pesquisa elaborada junto à classe. As peculiaridades que envolviama atividade médica em Santa Catarina à época também estavam relatadas no trabalho, com informações de grande importância sobre asexpectativas dos profissionais frente à atividade e a conscientização político-associativa do setor.

Acompanhe, a seguir, alguns dos dados obtidos no território catarinense pela pesquisa:- 17,9% dos médicos catarinenses desconhecem o Código de Ética Médica;- 84,7% acreditam que a classe vem sofrendo um sério desgaste profissional;- 29,5% consideram que a condição feminina ainda é obstáculo no mercado de trabalho;- 16,9% dos entrevistados pela pesquisa têm uma visão otimista sobre o futuro da profissão;- 67% dos médicos catarinenses precisam exercer três atividades para ter um orçamento familiar em dia com suas necessidades;- 76,5% dos profissionais têm atividades no setor público, enquanto 59,2% trabalham no setor privado e 87% exercem atividade liberal em

consultórios privados;- 68,8% dos profissionais em atividade têm menos de 45 anos de idade e apenas 4,2% têm mais de 60 anos.

PECULIARIDADES DOS PROFISSIONAIS DA MEDICINA EM SANTA CATARINA

Jornal da ACM20

MAIOR SEGURANÇA NA PREVIDÊNCIA PRIVADADOS MÉDICOS CATARINENSES

Como forma de orientar seus associados, a Diretoriade Previdência e Assistência da ACM apresenta, a se-guir, uma matéria com as principais perguntas e respos-tas sobre a parceria da Associação Catarinense de Medi-cina com o Clube Médico, firmada através de convêniodesde o ano 2000. De acordo com o Dr. Waldemar deSouza Júnior, Diretor da área, o Clube Médico atuapraticamente em todos os estados e abrange as Associa-ções Médicas Federadas da Associação Médica Brasilei-ra (AMB), ligadas numa única seguradora, gerando mai-or segurança e retorno financeiro.

O que é o Clube Médico?O Clube Médico Assistência e Previdência é uma

sociedade civil sem finalidade lucrativa, resultante daunião das entidades Médicas Estaduais e da AssociaçãoMédica Brasileira (AMB), com objetivo bem definido:congregar os profissionais de todo o território nacional,através de um amplo e consistente programa de seguri-dade. A COMED Corretora de Seguros é a corretora dosmédicos que gerencia e fiscaliza, assim como respondepela intermediação dos planos do Clube.

Qual o trabalho realizado pelo Clube Médico juntoàs Associações Médicas Estaduais, entre elas a ACM?

O Clube Médico vem buscando desenvolver e ge-rar, utilizando diferentes instrumentos e técnicas, umprocesso de total integração junto às Federadas da AMBe suas Regionais, com mútua geração de benefícios.O que justifica esta ação é a falta de um canal, um elo deligação entre Clube, Federadas e Regionais, podendoser esta figura desempenhada pelo próprio médico.

Assim sendo, o Clube busca, mais especifica-

mente, otimizar a ocupação das diferentes forças detrabalho e consolidar seu envolvimento juntamentecom a Associação Médica Brasileira, a Associação Ca-tarinense de Medicina e suas Regionais, e aindaaumentar a receita gerada para a ACM e suas Regio-nais, aprimorando esta parceria.

Quais os produtos oferecidos aos médicos catarinen-ses pelo Clube Médico?

A área de benefícios é onde o Clube MédicoAssistência e Previdência tem mantido o seu foconos últimos anos. Seu produto chave é o seguro deVida que, em função das necessidades do segmentomédico, recebeu outros produtos e atualmente seapresenta com as opções de:

- Acidentes Profissionais- Renda Diária por Internação Hospitalar

- AUXÍLIO-DOENÇA ou Renda Mensal Tempo-rária por Invalidez- Invalidez Permanente Total por Doença- Invalidez Permanente Total ou Parcial porAcidente- VIDA TODA - Seguro de Vida Individual Reen-quadrável- Seguro Assistência Funeral- Cartão de Descontos- Sorteios mensais de valores em dinheiro que va-riam de R$ 10.000,00 a R$ 50.000,00.A Companhia de Seguros Previdência do Sul seencarrega de supevisionar e treinar os profissionaisdo Clube Médico, que por sua vez faz a divulgaçãoe comercialização dos produtos junto aos médicos.

Quais os benefícios gerados a todas as partes envol-vidas no convênio?

Os médicos ganham com novos produtos e realsegurança sobre o funcionamento do que estão ad-quirindo. A Associação Médica Brasileira ganha pormeio do aumento da receita gerada pelos médicosassociados e aumenta também sua credibilidade atra-vés de uma prestação de serviços de seguridade certae eficaz. A Associação Catarinense de Medicina, porsua vez, ganha com o aumento de médicos associadosde suas regiões e também com a demonstração aossócios do real interesse na luta pela tranqüilidadedos mesmos. As Regionais, além da possibilidadede geração de renda, ganham com a maior influênciaque poderão vir a exercer junto à sua Federada.

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COMUNICADO OFICIAL DO COLÉGIOBRASILEIRO DE RADIOLOGIA

O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnósticopor Imagem (CBR), departamento científico da Associ-ação Médica Brasileira (AMB), após a reanálise de todosos fatos que envolvem o acidente ocorrido com o meiode contraste baritado utilizado nos exames radiológicosdo trato digestivo no país e considerando que:

- Até o momento ficou comprovado que estes aci-dentes fatais se devem à utilização do produto CELO-BAR, do Laboratório ENILA;

- Pelas informações obtidas da ANVISA (AgênciaNacional de Vigilância Sanitária) as suspeitas recaemsobre a matéria prima utilizada na fabricação do CE-LOBAR e que a Sachtleben Chemie GmbH, prova-velmente o mais importante fornecedor de sulfato debário no mundo, desde o início de 2002, deixou defornecer matéria prima ao Laboratório ENILA;

- Recebeu dos demais laboratórios farmacêuticos, lau-dos dos seus produtos e da matéria prima utilizada, bemcomo dados sobre a manipulação e armazenamento;

- Existem no mercado brasileiro produtos de ou-tros fornecedores que permitem a realização dos exa-mes radiológicos contrastados com a mesma segurançacom que sempre se trabalhou historicamente;

Desta forma resolve:1) Cancelar o Comunicado Oficial de 02/03/2003.2) Alertar aos médicos e clínicas, que permanece a

proibição da utilização de qualquer lote do produtoCELOBAR em todo o território nacional.

3) Autorizar a utilização de contraste baritado (sulfa-to de bário) de outros laboratórios farmacêuticos, nacio-nais ou importados, para que não haja descontinuida-de no atendimento médico de diagnóstico e maiorprejuízo para a população brasileira.

4) Alertar aos médicos e clínicas, que se precave-nham contra eventuais ações judiciais de que pos-sam se tornar vítimas, acarretadas por pessoas opor-tunistas e de má índole, que tentem associar mortesclínicas de parentes, ocorridas no período coinci-dente com o relacionado aos eventos relatados pelautilização do meio de contraste, sem que haja qual-quer comprovação médico-legal.

O CBR reconhece que a legislação sanitária bra-sileira está suficientemente atualizada para garantirtranqüilidade à população, aos médicos e aos profis-sionais de saúde e que somente o descumprimentodestas medidas e a não observância de padrões de

qualidade podem expor a população a situações crí-ticas, como as acontecidas.

O CBR ratifica que o sulfato de bário é um meio decontraste extremamente seguro e eficaz para o diagnós-tico das patologias do aparelho digestivo, não tendosido registrado qualquer acidente semelhante na his-tória recente ou passada da radiologia brasileira.

O CBR aproveita para reforçar sua confiança nas auto-ridades sanitárias e no Sistema Nacional de VigilânciaSanitária, liderado pela ANVISA, pelas ações desenca-deadas e pelo excelente trabalho desenvolvido, evitan-do desta forma um agravamento das ocorrências.

Finalmente o CBR espera que, após a conclusãodas análises que irão determinar as causas que deramorigem ao elevado número de acidentes fatais e quecomprometem de forma grave a especialidade médicaRadiologia e Diagnóstico por Imagem, que sempreprimou por exercer a atividade de maneira segura ecom qualidade, que os seus causadores sejam devida-mente responsabilizados pela Justiça desta Nação.

São Paulo, 09 de junho de 2003.Dr. Aldemir Humberto Soares

Presidente CBR

Jornal da ACM22

NOVO CORPO DE CONSELHEIROSDO CREMESC SERÁ ELEITO EM AGOSTO

No próximo dia 20 de agosto, o CREMESC ele-ge o seu novo Corpo de Conselheiros, constituídopor 20 membros efetivos e 20 suplentes, para umagestão de cinco anos. O pleito terá chapa única,inscrita no prazo legal, encerrado no dia 16 de ju-nho, conforme definido em Edital publicado no dia23 de maio passado. A Comissão Eleitoral foi esco-lhida pelo atual Corpo de Conselheiros, em Plená-ria realizada no dia 08 de maio, documentada naResolução 083/2003, que designou para o traba-lho os seguintes médicos: Presidente, Dr. GeraldoNicodemos Vieira; Primeiro Secretário, Dra. Mar-cela Brisighelli Schaefer, e Segundo Secretário,Dr. Maurício José Lopes Pereima.

INTEGRANTES DA CHAPA ÚNICA INSCRITAConselheiros Efetivos Conselheiros SuplentesDra. Marta Rinaldi Müller Dr. Júlio César GonçalvesDr. Celso Accácio Teixeira Moreira Dr. Tanaro Pereira BezDr. Nelson Grisard Dr. Edson Roberto Rebello MalinverniDr. Antonio Silveira Sbissa Dra. Blandina Belli VieiraDr. Paulo Norberto Discher de Sá Dr. Marcelino Osmar VieiraDr. Rodrigo d'Eça Neves Dr. Vicente Pacheco OliveiraDr. Newton José Martins Mota Dra. Tânia Maria LorenzoniDra. Winnie Maria S. de Souza Lima Dra. Eliane Vieira de AraujoDr. Jairo Vieira Dra. Rosane Leal Marcon LeonettiDr. Anastácio Kotzias Neto Dra. Raquel Maria Duarte MoritzDr. Roberto Luiz d'Ávila Dr. Oscar Antônio DefonsoDr. José Francisco Bernardes Dra. Maria Salete Medeiros VieiraDr. Paulo César de Oliveira Dra. Eulina S. Rodrigues CunhaDr. Edson Sidney de Campos Dr. Romilton Crozetta de CunhaDr. Armando José d'Acampora Dr. Waltamir Horn HulseDr. Reinaldo Brasiliense Machado Dr. Dorival Antônio VitorelloDr. Wilmar de Athayde Gerent Dr. Sérgio Malburg FilhoDr. Rodrigo Jorge da Luz Bertoncini Dr. Werner André WeissheimerDr. Marco Antônio Curi Al Cici Dr. Fábio May da SilvaDr. Ylmar Corrêa Neto Dr. Itairan da Silva Terres

REELEITO PRESIDENTE DO SINDICATODOS MÉDICOS DE SANTA CATARINA

O Dr. Cyro Soncini foi reconduzido ao cargo dePresidente do SIMESC (Sindicato dos Médicos doEstado de Santa Catarina) nas eleições realizadasno dia 24 de junho. Além da Diretoria Executivado Sindicato foram eleitos o Conselho Fiscal e

as16 Diretorias Regionais para um mandatode três anos. A apuração foi realizada pelaComissão Eleitoral, no dia 1o de julho, nasede do Sindicato. Foram apurados 477 votospara a Diretoria Executiva e Conselho Fis-

cal, sendo sete nulos, um branco e469 para a chapa Novo Sindicato.

"O Novo Sindicato foi aprovadonas urnas pela categoria e está orgu-lhoso, mas insatisfeito, pois ainda há

muito a conquistar e, sobretudo, a resgatar",afirma o Presidente reeleito, lembrando que"será necessária muita luta para que sejam con-quistados os resultados que queremos". Paraele, o fortalecimento da categoria só é possí-vel com a união das entidades médicas.

A posse oficial, seguindo normas estatutárias,ocorreu no dia 15 de julho e a posse festiva ocorre-rá no dia 15 de agosto, na sede da ACM (Associa-ção Catarinense de Medicina), em Florianópolis.

W&DCLÍNICADOS PÉS

Presidente: Dr. Cyro Veiga SonciniVice-presidente: Dr. César Augusto FerraresiSecretário Geral: Dr. João Pedro Carreirão Neto1o Secretário: Dr. Leopoldo Alberto Back2o Secretário: Dr. Anamar Lucia BrancherTesoureiro Geral: Dr. Vânio Cardoso Lisboa1o Tesoureiro:Dr. Paulo Marcio da Silveira BrunatoDir . de Imprensa/Divulgação:Dr. Franz Willy N. CruzDir. Relações Intersindicais:Dra. Eliana Oliveira NunesDir. Assuntos Sócio-Culturais:Dra. Zulma S. NatividadeDir . de Assuntos Jurídicos: Dr. Jairo VieiraDir. Adjunto Assuntos Jurídicos:Dr. Alexandre Vianna

Dir. Form. Sindical e Sócio Econômico:Dr. Luiz J. AlvesDir. de Saúde do Trabalhador:Dr. Luiz Leitão LeiteDir. de Patrimônio: Dr. Sérgio Wilson DuweDir. de Informática:Dr. Fábio Cabral BotelhoDir. de Apoio ao Graduando:Dr. Odi José OleinisckiDir. de Apoio ao Pós-graduando:Dr. Alvim Laemmel

CONSELHO FISCALTitulares:Drs. José Caldeira Ferreira Bastos, MarcolinoCargnin Cabral e Walter V. Bassanezi FilhoSuplentes:Drs. César Augusto de Mello, Alexandre Pos-ser e Eduardo N. Usuy Junior

DIRETORIA EXECUTIVA

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INFARTO AGUDO“DOR” MIOCÁRDIO

ALÉM DO CONSULTÓRIO MÉDICO

Nesta vida todos temos um destinoTodos teremos uma dorA minha, acredito já veioE, no meu peito ela se apresentou.

É de uma intensidade tão grandeQue não tenho como explicarMuito maior que uma saudadeQue faz nosso coração chorar.

O coração que de músculos e vasos é formadoTrabalha noite, dia e feriadoNão cobra nada por issoSó, quando se sente injustiçado.

Uma punhalada pelas costasDada por um grande amorFica muito aquém da dor do infartoPelo tipo que é a dor.

O suor frio, são as lágrimas do corpo Expressando naquele quadro A isquemia, a naúsea e a prostação Que complementam o corolário.

Na face reside a dorQue expressa aquele momentoA qual implora uma medicaçãoQue alivie a dor e o sofrimento.

Alguns suportam tão grande dorOutros nem conseguem suportarOs que suportam, ficam conhecendo a dorOs que não suportam, Deus já tem o seu lugar.

Espero que fique gravadoNa mente o tipo de dorQue com o coração não se brincaMesmo que seja de um grande amor .

D. S. AlvarezD. S. AlvarezD. S. AlvarezD. S. AlvarezD. S. AlvarezCRM-SC 5383Joinville, 10 de abril de 2003 - 0430h

O PRAZER DE JOGAR PETECAO hábito de jogar peteca de um vizinho mi-

neiro chamou a atenção do médico Jorge Zim-mermann, há oito anos, na praia de Cabeçudas,onde mora. "Me aproximei e gostei muito da no-vidade. É um esporte ainda pouco divulgado noSul do País, mas bem popular nos estados de Mi-nas Gerais e Goiás. Desde que comecei a praticá-lo, já participamos de alguns campeonatos e ven-cemos duas vezes o Campeonato Nacional Sul dePeteca de Praia, em Caiobá, PR".

Durante o verão, os oito "petequeiros" deItajaí recebem inúmeros colegas do esporte queconheceram nos campeonatos realizados em di-versas regiões do Brasil. "É muito bom receberos amigos, fazer pequenos campeonatos e, éclaro, jogar peteca. Gosto tanto desse esporteque troquei a raquete de tênis pela peteca eaté construí uma quadra ao lado de minha casa,onde costumo jogar duas ou três vezes por se-mana". As petecas são especiais: fabricadas emMinas Gerais e feitas com oito anéis de borra-cha, com cerca de oito centímetros de diâme-

tro cada e quatro penas.Dr. Zimmermann acredita que haja mais pete-

queiros no Estado, inclusive médicos que gostamdo esporte, mas talvez não tenham com quempraticar. Por isso, o médico propõe que os colegasinteressados entrem em contato para que haja umamaior difusão da peteca no território catarinense."Minha idéia é divulgar a modalidade esportiva,aumentar o número de adeptos para realizar cam-peonatos e confraternizações".

Os médicos que quiserem se unir aos pete-queiros de Itajaí podem entrar em contato com oDr. Jorge Zimmermann, pelo fone (47) 348-3329.

PARAPENTE, UMA PAIXÃOQuando visitou pela primeira vez a Parapente Sul

Chapecó, em maio de 1997, o médico Carlos AfonsoRossi Tirapelle ficou encantado pela maneira como osalunos iniciavam as manobras de decolagem. Após al-guns passos de desabalada corrida morro abaixo, entra-vam em vôo por alguns segundos. Incentivado peloprofessor,"não custa nada tentar", se encheu de cora-gem, vestiu a selete (cadeirinha), conectou a vela e láse foi. " Corra ...corra ...com vontade ......." foi o queouviu e, de repente, para sua surpresa, estava no ar,sem contato com o solo, assustado, com o coraçãosaindo pela boca, incrédulo de conseguir algo atéentão inimaginável aos seus 46 anos de idade.

O médico recebeu treinamento no morrete daescola durante quatro meses, inicialmente aos fi-nais de semana e, conforme a paixão foi aumentan-do, chegou a trocar os horário de trabalho durantea semana com os colegas de equipe da Clínica deAnestesiologia Chapecó para poder "voar".

Finalmente, em 30 de agosto fez seu primeiro vôosolo. Instruções repassadas, tudo checado. Chegou ahora. A decolagem foi no município vizinho de Faxinal-zinho (RS) a beira do Rio Passo Fundo e, mais à frente,a visão do Rio Uruguai, a ponte e o estado de SantaCatarina. "Tudo aos meus pés: 360 metros de desnível,o coração prestes a explodir de emoção, medo e angús-tia . Porém, a vontade de voar foi maior e lá fui eu!

Por alguns e infindáveis segundos tudo escureceu, odia virou noite, apenas ouvia o som do vento assobiandolevemente nas linhas da vela, e lá estava eu a flutuarsozinho no espaço, a voar. Não foi como os outros pilotosdescreviam, foi mil vezes melhor, as imagens foram no-vamente se formando, o azul do céu enchia meus olhosde alegria, o verde dos pastos, os rios, os carros, a ponte,as pessoas, estavam todos abaixo de mim, senti umafelicidade indescritível. Enfim, criei asas" .Hoje,Dr.Tirapelle é Presidente do Clube de Vôo Livre Cha-pecó, fundado em 1997. O médico já chegou a ser criti-cado pelos amigos por praticar um esporte de risco. "Aspessoas questionam se não temos medo. Respondo sem-pre que sim, pois devemos ter medo para evitar o desres-peito às regras, às condições climáticas, aos nossos limites.Voar não é para exibicionistas, além disso é preciso saberquando decolar e, principalmente, quando não decolar.Praticando o parapente com sabedoria, conseguiremosminimizar riscos e encontrar só o prazer de voar".

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Curso de Especialização emMedicina do Trabalho

Data: 01/08/2003 a 20/11/2004Coordenador: Dr. Sebastião Ivone VieiraCarga Horária: 540 horas/aulaHorário das Aulas Teóricas:Sexta-Feiras das 14h30min às 21h40minSábados das 8 horas às 11h30min e das13h30min às 17 horasAs aulas serão de três semanas continuadas euma de folga em cada mês.Local: Sede da Associação Catarinense de Me-dicina, em FlorianópolisInformações e InscriçõesACM, com a colaboradora Ivonete, através dofone (48) 231-0325, das 11 às 19 horas, ou pelocelular (48) 9991-2067, ou ainda pelo e-mail:[email protected]

I Jornada Sul de Radiologiae Diagnóstico por Imagem

Data: 05 a 07 de setembro de 2003Local: Centro de Convenções da ACM, emFlorianópolisPromoçãoSociedade Catarinense de Radiologia e Diag-nóstico por Imagem, com a co-promoção daSociedade de Radiologia do Paraná, e o apoiodo Colégio Brasileiro de RadiologiaTemas de DestaqueRadiologia pediátrica, tórax, abdome, gênito-urinário, neuro, músculo-esquelético, sessõesde discussão de casos, módulo associativo epainéis científicosParticipações Especiais- Dr. Jacob Szejnfeld- Dr. Ayrton Pastore- Dr. Giussepe d'Ipollito- Dr. Vanildo OzelameInformações e InscriçõesOceano EventosFone (48) [email protected]

V Congresso de CirurgiaPediátrica dos Países do

Conesul

Data: 11 a 14 de novembro de 2003Local: Costão do Santinho - FlorianópolisComissão Organizadora* Dr. Euclides Reis QuaresmaPresidente do V Congresso de Cirurgia Pedi-átrica dos Países do Conesul

AGENDA C IENTÍFICA

* Dr. Edevard José de AraujoPresidente do VI Congresso Brasileiro de Uro-logia PediátricaPresidentes de Honra:Dr. Murillo Ronald CapellaDr. Peter GoldbergUnião de EventosXXIV Congresso Brasileiro de CirurgiaPediátricaVI Congresso Brasileiro de Urologia PediátricaXXXVII Congresso Argentino de CirurgiaPediátricaXV Congresso Boliviano de Cirurgia PediátricaXXXI Congresso Chileno de Cirurgia PediátricaVI Congresso Paraguaio de Cirurgia PediátricaXI Congresso Uruguaio de Cirurgia PediátricaTemas de DestaqueCirurgia Neonatal, Cirurgia Fetal, Incontinên-cia Urinária, Intersexo, Oncologia, Trauma, Vi-deocirurgia, entre outrosConvidados Internacionais* Dr. Arnold G. Coran - Chefe do Serviço deCirurgia Pediátrica da Universidade de Michi-gan, Ann Arbor/EUA* Dr. David A. Diamond - Urologista Pediatrado Hospital Infantil da Harvard Medical Scho-ol, Boston/EUA* Dr. Donald Nuss - Chefe do Serviço de Ci-rurgia Pediátrica do Hospital Infantil Norfolk,Virginia/EUA* Dr. Jay L. Grosfeld - Chefe do Serviço deCirurgia Pediátrica da Universidade de India-na, Indianápolis/EUA* Dr. José Boix-Ochoa - Chefe do Serviço deCirurgia Pediátrica do Hospital Valld´bron,Barcelona/Espanha* Dr. Olivier Reinberg - Chefe do Serviço deCirurgia Infantil do Hospital Universitário deVaudois, Lausanne/Suíça* Dr. Takeshi Miyano - Chefe do Serviço deCirurgia Pediátrica da Universidade de Jun-tendo, Tóquio/JapãoInformações e InscriçõesFones: (48) 251-9091 / 251-9280Fax: (48) 251-9099E-mail: [email protected]: www.cipe.org.br/congresso

XVI Congresso Brasileirode Cancerologia

XIII Congresso Brasileirode Oncologia Clínica

Data: 26 a 30 de novembro de 2003Local: Memorial da América Latina -São Paulo-SP

PresidentesDr. André Moraes - Presidente da SociedadeBrasileira de Oncologia ClínicaDra. Nise Hitomi Yamaguchi - Presidente doXVI CONCANTemas de DestaquePara responder às demandas que o tratamentodo câncer requer, os congressos abordarão te-mas como diagnóstico molecular do câncer,aconselhamento genético, prevenção, orienta-ção e tratamentos. Entre as formas de trata-mento, destaca-se o desenvolvimento, em faseexperimental, das vacinas imunológicas.

Tratamento de MelanomaUm dos destaques dos XVI CONCAN e XIII SBOCserá o painel Atualização no Tratamento de Melanomae Câncer de Pele, coordenado pelo Grupo Brasileirode Melanoma. O Grupo foi criado há oito anos com oobjetivo de congregar diferentes especialistas - comocirurgiões plásticos, dermatologistas e cancerologistas -e uniformizar as condutas dos médicos sobre o melano-ma, além de manter os profissionais atualizados quantoaos sinais que indicam a presença desse tipo de câncerno paciente.A incidência de melanoma cresce 6% anualmenteem todo mundo. Num país como o Brasil, estima-seque em 2003 podem ocorrer 39.000 casos de câncerde pele não melanoma entre homens e 43.155 entreas mulheres. No caso do melanoma, as taxas de mor-talidade e incidência são ainda moderadas, mas seugrau de letalidade é elevado, o que aumenta a pre-ocupação dos profissionais de saúde em estarempreparados para diagnosticar o câncer o mais rápidopossível, facilitando o tratamento.

ObjetivosO XVI Congresso Brasileiro de Cancerologia eo SBOC Congresso visam ainda levar aos pro-fissionais de saúde atualização e conhecimen-tos variados que possam ajudá-los a lidar como câncer em todos os aspectos, desde o trata-mento da doença por médicos e enfermeiros,até aspectos psicológicos dos pacientes.Eventos Paralelos* VII Congresso Brasileiro de Psicooncologia* VIII Simpósio Internacional do Câncer deMama* Encontro Brasileiro de Enfermagem On-cológica.Informações e InscriçõesAs inscrições para os congressos poderão serfeitas antecipadamente, até 27 de outubro, ouno dia, na secretaria do congresso no Memorialda América Latina.Recon EditoraTelefax: (11) 3891-0295 / 3891-1780

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ACM E UNICRED REALIZAMCAMPANHA DO AGASALHO

Encerrou no dia 26 de junho a Campanhado Agasalho promovida pela ACM em parce-ria com a Unicred Florianópolis. As doaçõescomeçaram a ser recolhidas em 26 de maiopassado beneficiando o Lar São Vicente dePaula, que abriga crianças de zero a seis anos,e o Lar de Zulma, que atende idosos entre 80e 95 anos de idade. Ao todo foram arrecada-das mais de 300 peças de roupas e sapatos,tanto para adultos como para crianças.

A entrega dos agasalhos contou com apresença da Diretora Sócio-Cultural da Asso-ciação Catarinense de Medicina, Dra. SílviaMaria Schmidt, e das colaboradoras da Uni-

cred, Andreza Silveira Pereira e Ivana Mariados Santos, que coordenaram a campanha nasentidades e auxiliaram na divulgação dos tra-balhos junto aos médicos.

"Neste tipo de trabalho voluntário, ganhamais quem está se doando, porque o retornoé inesquecível", afirma Dra. Sílvia Schmidt,que agradece a todos os médicos catarinen-ses que colaboraram com a ação.

Na avaliação do Presidente da Unicred,Dr. Jorge Abi Saab Neto, a campanha foiextremamente proveitosa, "na medida emque exercitou o lado social das duas insti-tuições promotoras ".

LAR DE ZULMA RECEBEU ASDOAÇÕES RECOLHIDAS NACAMPANHA DO AGASALHO,ENTREGUES PELA DIRETORASÓCIO-CULTURAL DA ACM,DRA. SÍLVIA SCHMIDT, ECOLABORADORAS DAUNICRED

LIVRO ABORDA AINFECÇÃO URINÁRIADE FORMA DIDÁTICA

Destinado a médicos de todas asespecialidades e estudantes de medi-cina, o livro da médica Ana MariaNunes de Faria Stamm, "Infecção doTrato Urinário - aspectos práticos nodiagnóstico e tratamento", lançado pelaEditora da UFSC, apresenta informa-ções úteis, de forma didática e bastan-te atuais sobre a doença. De acordocom a literatura estrangeira, a infec-ção do trato urinário é uma das infec-ções bacterianas mais freqüentes noser humano, sendo que somente nosEstados Unidos, leva cerca de cinco asete milhões de pessoas aos consultó-rios médicos todos os anos. Se naque-le país desenvolvido o impacto eco-nômico gerado é grande (elevadoscustos de atendimento ambulatorial) ,tanto mais no Brasil. Por isso, a impor-tância de uma obra sobre o assunto.

De acordo com a autora, umfato relevante de seu livro é quea maioria dos dados são locais, de

pacientes internados no HospitalUniversitário da UFSC. "Incorpo-rei informações de pesquisas apli-cadas no HU e comparei com aliteratura especializada no tema.A obra sintetiza dados desde 92,que foram publicados em revistasou apresentados em congressos es-taduais e nacionais, o que tornaessa publicação atualizada e práti-ca para os profissionais que lidamou se interessam pela infecção dotrato urinário", destaca a Dra. AnaMaria, que faz análises precisas dasapresentações clínicas e condutasterapêutica, enfocadas de modocriterioso, simples e eficiente. "Oobjetivo é servir de instrumentode orientação aos que praticam,ensinam ou pesquisam temas re-levantes na clínica médica, semperder a base dos preceitos da me-dicina baseada em evidência", res-salta a médica autora.

ESPAÇO UNIMED SC

A Unimed Santa Catarina já está recebendo inscrições para o 2ºPrêmio de Jornalismo, que tem como tema "Prevenção em Saúde"nas mais diversas especialidades médicas. O prêmio visa reconhecere valorizar o trabalho dos jornalistas e dos veículos que publicam/veiculam matérias sobre a saúde preventiva em Santa Catarina.

Com inscrições até 15 de agosto de 2003, o prêmio vai distribuirum total de R$ 10,5 mil para profissionais da imprensa e estudantesde jornalismo, divididos nas categorias Jornal/Revista, Rádio, Televisãoe Destaque Acadêmico. A principal novidade deste ano é amodificação da categoria voltada para estudantes, que vai premiar amatéria impressa ou eletrônica (TV ou rádio) que apresentar a melhorutilização dos recursos oferecidos pelo meio para difundir aprevenção. Outra inovação são as premiações para os finalistasnão-vencedores, que ganharão estadias em hotéis de lazer de SantaCatarina.

Segundo o presidente da Unimed SC, Dalmo Claro de Oliveira, oobjetivo da Unimed é contribuir para que assuntos relacionados àsaúde ocupem cada vez mais espaço nos veículos impressos e

eletrônicos, beneficiando toda a sociedade com o acesso a informaçõesmédicas.

"A comunicação é uma ferramenta indispensável para a prevençãode doenças e para a promoção da saúde, proporcionando melhorqualidade de vida para a população. E a imprensa é um dos meiosmais importantes para difundir em larga escala informações sobrecomo evitar os mais diversos tipos de doenças", destaca o presidenteda Unimed SC.

InscriçõesA ficha de inscrição está disponível no portal www.unimed.com.br.

Também pode ser solicitada para as 23 Unimeds sediadas em Santa Catarina.O julgamento será realizado por uma comissão de cinco membros, integradapor médicos e jornalistas. No final do mês de setembro serão divulgados ostrês finalistas em cada categoria, e em outubro será realizada a cerimônia depremiação.

Inscrições abertas para o2º Prêmio de Jornalismo da Unimed

Jornal da ACM 27

A IMAGEM QUE HASSIS NÃO PINTOUCRÔNICA MÉDICA

DR. ANTONIO SBISSAMÉDICO CARDIOLOGISTA

Hassis teve uma longa e fantástica jornadapelas formas e cores que retrataram sua vi-são, com muitos matizes e texturas, do mun-do em sua volta. Cores às vezes sombrias dopássaro de olhos grandes observando a repro-dução humana, ou do feto em um útero re-dondo e grande. Muito a propósito a colagemassinala ontemanhã.

Estas suas incursões imaginárias pelo interi-or humano também representou de formas irre-ais, como se de luz fosse o interior do corpo.Sua curiosidade pelo Mundo, no início de suasobras, fizeram que também as colagens assina-lassem palavras fortes de miséria, guerra, medo,multidões, bombas e fuzis.

Será que o detalhe de um tigre lembrava otambém fantástico universo de Borges?

Naquele tempo, décadas atrás, palavras for-tes apareciam relacionadas aos então símbolosdo horror, às imagens daquela guerra, com umgrande óculos, como a dizer que a visão desseshorrores necessitava de maior nitidez.

Na sua imaginação moldada na realidade, emsuas telas, outros olhos entreabertos contem-plavam incêndios, árvores caídas, bombas nocéu. Outros olhos, janelas com grandes algemase outras armas.

A coleção de fantásticas cenas de terror,como que terminam nessa parte de sua obra,no ontemanhã, em seres humanos numa soli-dão, final sob a imensidão do poder destruti-vo, ao que parece, de um céu no redemoinhode destruição.

Escreveu:

"...Filhos do nosso amor,Para o ódio,Para matar,Para Morrer...Abutres agourentos,Aguardam o banquete macabro...Medo..."

Nosso artista foi muito mais diverso.Com a capacidade de ver o mundo, que só

têm aqueles que nascem assim predestinados,retratou as cores e o ritmo do Carnaval, emmuitos ângulos, sob muitas formas.

Neste momento observo aqui em um qua-dro, o tamborim, a ginga e as cores da alegriaque o artista colocava nesses temas. Contemplooutro, com o mar, a areia, nuvens e silhuetas tão

características, símbolos definitivos da Ilha. Prin-cipalmente o céu de suas apaixonadas gaivotas.

Pintou nossa Ilha de "vento sul com chuva"da década de cinqüenta, quando as poucas cons-truções, como que nos faziam mais parte da pai-sagem, mais integrados com a Cidade, com suasformas e movimentos.

Muitas foram suas faces de Cristo, todas coma dramática expressão com que o imaginou.

Posso dizer que, como médico, sempre oacompanhei. Foram muitos anos na Reabilita-ção. Muito tempo de amizade. Todos os anos,no jantar de confraternização, habitualmentepresenteava um quadro para sortearmos.

Hassis um dia foi vítima de sua doença. Este-ve no ambiente dramático do hospital, com asformas e as cores de outra guerra - a da vidacontra a morte.

Infelizmente esta última batalha perdemos.O genial artista certamente observou, no

hospital, um mundo para ele estranho. Um am-biente tão dramático que, no entanto, não che-gou a pintar, a retratar.

Com audácia imaginei como ele o teriafeito, como teria retratado um paciente, comoo que estava no leito à sua frente, do outrolado da sala.

Tentei enfatizar a perspectiva, esboçar al-guns aparelhos que estão neste ambiente.

Tentei usar cores mais fortes do que as pá-lidas nuances da unidade coronária.

Resolvi pintar sem a menor pretensão ar-tística.

Certamente, como já sabia, não consegui imi-tá-lo, nem de muito longe.

Não consegui criar as formas, as cores, oritmo, a imagem que sempre o caracterizou.Mas esta não foi mesmo a intenção.

Foi a homenagem e o carinho que eu e to-dos temos por Hiedy Assis Corrêa - o artistamaior, Hassis.

A Diretoria Sócio-Cultural da ACM já estáprogramando novas edições do "Dr. Gourmet"neste segundo semestre de 2003 e pede que osmédicos interessados em participar da promoçãoentrem em contato com a entidade para agendara data e o prato a ser preparado para o jantar.

O Dr. Gourmet foi criado pela AssociaçãoCatarinense de Medicina em março de 2000, ten-do como meta reunir periodicamente associadose convidados numa noite de gastronomia, prepa-rada pelos médicos, que além de mostrar seusdotes culinários, ainda congregam um grupo decolegas num evento acolhedor e "saboroso". Tam-bém é objetivo do programa arrecadar recursospara financiar ações sociais do projeto ACM -Qualidade de Vida, que pretende auxiliar entida-des e comunidades carentes, primeiramente naregião da Grande Florianópolis, onde está locali-zada a sede da entidade.

Conheça os Gourmets que já participaram doprograma:

Dr. Carlos Gilberto CrippaDr. Jorge Abi Saab NetoDr. Luiz Arthur da LuzDr. Rodrigo d'Eça NevesDr. Luiz Fernando de VincenziDr. Giovani ColomboDr. Almir GentilDr. Edevard José de AraujoDr. Newton CapellaDr. Ivan Moritz Martins da SilvaDr. Jorge Humberto Barbato FilhoDr. Maurício Cherem BuendgensDr. Geraldo SwiechDra. Nádia Hallack PortoDr. Roberto Hess de SouzaDr. Antônio Silveira SbissaDr. João Nilson ZuninoDr. Murillo Ronald CapellaDr. Vanildo OzelameDra. Cíntia Z. MeirellesDra. Mary Anne SyridacksDra. Regina Santos ValimDra. Maria Helena NunesDr. Ângelo Gomes da CruzDr. Eduardo César RibeiroDr. José Caldeira BastosDr. Euclides Reis QuaresmaDr. Jorge Anastácio Kotzias Filho

Todas as receitas preparadas nos jantares doDr. Gourmet estão no site da ACM.

NOVAS ATRAÇÕESDO DR. GOURMET

Jornal da ACM28